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PERDA DA PROPRIEDADE

1) Introdução – Uma vez que o direito de propriedade é perpétuo, só


poderá ser perdido pela vontade do dono ou por alguma causa legal.
O simples não uso, sem as características de abandono, não determina
sua perda se não for usacapido por outrem, AINDA que se passem mais
de 15 anos. O direito brasileiro enumera as situações de perda de
propriedade, dividindo-as em dois modos com as respectivas
subdivisões.

2) Modos de perda da propriedade:


a) Voluntários:
- Alienação – ocorre por meio de contrato (negócio jurídico bilateral),
pelo qual o titular transfere a propriedade a outra pessoa. Pode ser a
título oneroso, como na compra e venda, ou a título gratuito, como na
doação. Em qualquer caso, os efeitos da perda da propriedade
imóvel serão subordinados ao registro do título transmissivo. (art.
1275,p. único).
- Renúncia – é ato unilateral, pelo qual o titular abre mão de seus
direitos sobre a coisa, de forma expressa. O ato renunciativo de
imóvel deve ser registrado no Registro de Imóveis competente
(art.1275, p. único). Exige-se a escritura pública para a “Renúncia de
direitos reais sobre imóveis de valor superior a 30 vezes o maior
salário mínimo vigente no país”, conforme art. 108, CC. Também a
renúncia à sucessão aberta deve constar expressamente de
instrumento público ou ser tomada por termo nos autos, conforme
artigo 1806 do CC.
- Abandono – também é ato unilateral, pelo qual o titular abre mão
de seus direitos sobre a coisa. Nesse caso, NÃO HÁ manifestação
expressa. No caso do abandono a conduta do proprietário
caracteriza-se pela INTENÇÃO de não mais ter a coisa para si.
Abandonado o imóvel , qualquer pessoa pode apossar-se dele,
porém, se for arrecadado como COISA VAGA pelo Município ou pelo
Distrito Federal, por se achar nas respectivas circunscrições,
permanecerá como “coisa de ninguém” durante 3 anos contados da
arrecadação se estiver em zona urbana. “ O imóvel situado na zona
rural, abandonado nas mesmas circunstâncias, poderá ser
arrecadado como bem vago, e passar, 3 anos depois, à propriedade
da União, ONDE QUER QUE SE LOCALIZE”. Existe, porém, a
possibilidade do proprietário arrepender-se no decurso do referido
prazo, mas presumir-se-á de modo absoluto a intenção de não mais
conservar o imóvel em seu patrimônio quando, cessados os atos de
posse, este deixar de cumprir com as obrigações fiscais (art.1276,
caput e pp. 1º e 2º)

b) Involuntários:
- Perecimento da coisa – quando ocorre a perda do objeto.
- Desapropriação = nos casos expressos na Constituição Federal.

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