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Texto 11 PSIQUIATRIA E SAUDE MENTAL Cap 13 Transtornos de Ansiedade
Texto 11 PSIQUIATRIA E SAUDE MENTAL Cap 13 Transtornos de Ansiedade
Tanstornos de Arzsiedade
INTRODUÇÃO
131
◄
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obsessivo-ror11pulsivo e o 1r:111storno dv esln·ssc.:· pós 1r:1u111:11ln>.
lj2
'(RANSTORNO DE PÂNICO
EPIDEMIOLOGIA
HIPÓTESES ETIOLÓGICAS
Fatores Genéticos
Fatores Psicossociais
Fatores bio/,ógicos
133
Mudanças de pH no sistema nervoso central _também_podem ~star asso-
ciadas. A infusão de Iactato de sódio e simulaçoes de htperventilaçào têm
reforçado esta hipótese. Talvez estes pacientes tenham fraca tolerância a
pequenas mudanças de pH ou produzam ~ai_s ácido ~á~t!co que o n~rrnal.
Alguns estudos com imagem - ressonanc1a_ magnetica ~ t~mograf1a por
emissão de pósitrons - têm sugerido anorm~lt?ades a~atomicas, ?e fluxo
sangüíneo e metabolismo no lobo temporal direito e na area para-h1pocarn-
pal direita .
Há, ainda, a associação entre prolapso de válvula mitr~l e_transtorno de
pânico. Neste aspecto há diferentes correntes entre os pst~lll~tra~: aqueles
que defendem uma associação etiológica, outros uma assoc1açao smtomato-
lógica. Defendemos que O prolapso de válvula mitral é achado ocasional
quando de exame físico pormenorizado e exames laboratoriais, como o eco-
cardiograma. Os pacientes com transtorno de pânico, devido às diversas
sensações físicas e aos inúmeros exames a que se submetem, têm maior
chance de serem diagnosticados como portadores de prolapso de válvula
mitral. Nào há estudos demonstrando que a prevalência de prolapso seja
maior nestes pacientes do que na população normal.
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS
134
físicos intensos que os pacientes sofrem. Devido a eles, ficam com medo de
estar desacompanhados em lugares públicos ou de difícil socorro, surge a
idéia de que têm uma doença grave a qual apenas exames complementares
poderão desv~ndar. Alguns começam a abusar de drogas que possam dimi-
nuir a sua ansiedade antecipatória.
As desavenças conjugais , as dificuldades financeiras e alguns sinto-
mas depressivos , como o suicídio, podem ser compreendidos pela "sín-
drome de desmoralização" que estes pacientes sofrem. Um adulto, em fase
produtiva de sua vida , começa a passar mal freqüentemente, a desenvol-
ver agorafobia e hipocondria , a não conseguir ir ao trabalho sozinho, enfim
a depender dos outros. A família , os amigos e , às vezes , até médicos con-
sultados não entendem o problema e questionam a "má vontade " dopa-
ciente , como se a simples vontade fosse capaz de decidir se alguém terá
ou ficará livre dos sintomas.
Tabela 13.1
Diretrizes Diagnósticas da CID-10 para Transtorno de Pânico (F41)
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
TRATAMENTO
135
Os antidepressores IMAO (tranilcipromina e -~ o~lobemida) ~ão eficazes
e apresentam piora inicial mais branda que os tn~icli~os. Os efeitos indese-
jáveis da tranilcipromina (dose média de 40mg/ dia) sao numerosos, e a exi-
gência de uma dieta pobre em tiramina dificulta O seu uso. A moclobemida
um IMAO reversível, não necessita de dieta e apresenta boa tolerabilidad~
(dose média de 800mg/ dia), entretanto sua eficácia no transtorno do pânico
necessita de mais estudos.
Os SSRis (sertralina, fluoxetina e paroxetina) são drogas novas. Há pou-
cos estudos demonstrando a eficácia da sertralina e da fluoxetina no trans-
torno de pânico. Sua tolerabilidade é razoável, parecendo ser a sertralina a
mais bem tolerada, mas não há estudos de acompanhamento a longo prazo.
As doses médias são de 50mg/dia para a sertralina, 20mg/dia para a fluoxe-
tina e 20mg/dia para a paroxetina.
Os benzodiazepínicos (clonazepam, alprazolam, cloxazolam, lorazepam
etc.) inicialmente eram considerados ineficazes. Apenas na década de 80
observou-se que a eficácia depende da potência em miligramas e da dose.
Teoricamente, todos os benzodiazepínicos são eficazes no tratamento do
transtorno de pânico, mas se, por exemplo, tratarmos de um paciente com
um benzodiazepínico pouco potente em miligramas (clorazepato, clordia-
zepóxido ou diazepam) necessitaremos de doses altas e os efeitos indesejá-
veis não serão suportados. Caso utilizemos um benzodiazepínico potente
em miligramas (clonazepam, alprazolam, cloxazolam ou lorazepam), usare-
mos doses menores, e os efeitos indesejáveis serão suportados. A vantagem
dos benzodiazepínicos é que são eficazes como os antidepressivos tricícli-
cos ou IMAO, e não apresentam a piora inicial (são indicados para os mo-
mentos de sintomatologia grave). A desvantagem deste grupo é a dificulda-
de na retirada da medicação devido aos sintomas de abstinência. Qualquer
retirada de um benzodiazepínico deve ser lenta e gradual. O alprazolam apre-
senta síndrome de abstinência muito grave, talvez por ser potente em mili-
gramas e, deste subgrupo, o de menor meia-vida. O lorazepam é por demais
sedativo. O clonazepam e o cloxazolam são as melhores opções para este
tratamento.
As doses médias dos principais benzodiazepínicos para o tratamento do
transtorno de pânico são: 3mg/ dia de clonazepam, 4mg/ dia de cloxazolam,
4mg/dia de lorazepam e 45mg/dia de clorazepato.
As psicoterapias, comportamental e de família , têm o papel fundamen-
tal de tratar as complicações do transtorno de pânico. A terapia comporta-
mental visa o tratamento da esquiva agorafóbica. A terapia de família deve
ser dirigida à educação e apoio da família do paciente, a qual está sempre
comprometida pelas dificuldades de conviver com uma pessoa com trans-
torno de pânico.
AGORAFOBIA
136
d
cinemas etc .), multidões, lugares públicos, permanecer em uma fila , viajar
de ônibus. trem ou automóvel , distanciar-se de casa e de estar só em uma
destas situações. A agorafobia é uma complicação freqüente no transtorno
de pânico, no qual todas as situações temidas têm em comum o medo de
pass~r mal ~ ~ão ter ~ocorro fácil ou imediato.
E o mais incapacitante dos transtornos fóbicos , sendo que alguns pa -
cientes tornam-se totalmente confinados ao lar.
A maioria é do sexo feminino. O início se dá usualmente no começo da
vida adulta . Sintomas depressivos, obsessivos e fóbicos sociais podem estar
presentes, mas não dominam o quadro.
A CID-1 O subclassifica a agorafobia em agorafobia com transtorno de
pânico (complicação freqüente já citada) e agoragobia sem transton10 de
pânico. A DSM-IV tem visão oposta, classificando-a como uma complicação
do transtorno de pânico: transtorno de pânico com agorafobia ou sem ago-
rafobia , mantendo ainda o diagnóstico de agorafobia sem transtorno de
pânico. Estas classificações nosográficas demonstram a questão teórica en-
volvida na etiologia - o que vem antes: a agorafobia ou os ataques de pânico?
O importante é que estes diagnósticos existem, os pacientes sofrem, e pode-
mos ajudá-los com tratamentos eficazes.
Aproximadamente 0,6% da população apresentará em algum período
de suas vidas agorafobia. Quase a totalidade desses pacientes terá transtor-
no de pânico associado. O início da agorafobia ocorre, muitas vezes , na
terceira década de vida , e é mais freqüente nas mulheres.
A agorafobia deve ser diferenciada dos outros transtornos fóbicos . A
presença de outros sintomas, tais como depressão, despersonalização, sin-
tomas obsessivos e fobia social, não invalida o diagnóstico.
Diferentemente dos ataques de pânico, que parecem desaparecer es-
pontaneamente após alguns anos, a agorafobia pode, inclusive, piorar com
o passar dos anos, se não tratada. Entretanto, muitas vezes, quando o trans-
torno de pânico é tratado de forma eficaz, a agorafobia desaparece progres-
sivamente em poucos meses.
Quando a agorafobia não desaparece sem tratamento específico, a tera -
pia comportamental está indicada . A técnica de dessensibilização com ex-
posição progressiva à situação fóbica é a que tem apresentado os melhores
resultados.
Tabela 13.2
Diretrizes Diagnósticas da CID-10 para Agorafobia (F40.0)
137
TRANSTORNO DE ANSIEDADE GENERALIZADA
EPIDEMIOLOGIA
HIPÓTESES ETIOLÓGICAS
DIAGNÓSTICO
138 1
11111
Tabela 13.3
Diretrizes Diagnósticas da CID-10 para Transtorno de Ansiedade
Generalizada (F41.1)
. o paciente deve ter sintomas primários de ansiedade na maioria dos dias, por pelo menos
várias semanas, e usualmente por vários meses .
• Esses sintomas devem usualmente envolver elementos de:
- apreensão (preocupações sobre desgraças futuras, sentir-se "no limite", dificul-
dade de concentração etc.);
-tensão motora (movimentação inquieta, cefaléias tensionais, tremores, incapa-
cidade de relaxar);
-hiperatividade autonômica (sensação de cabeça leve, sudorese, taquicardia ou
taquipnéia, desconforto epigástrico, tonturas, boca seca etc.).
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
TRATAMENTO
139
tite, depressão, percepção sensorial aumentad~ et~ .) po~e ~er mais faciln1ente
controlada nestes benzodiazepínicos de meia-vida . media
_ . a _longa . O e rro
clínico mais comum no tratamento com b enzo d tazepmicos e não prever
inte1Tllpçào do tratamento, e muitos pacientes acabam utilizando-os por tod:
a vida. Alguns podem se beneficiar do uso "apenas quando necessário"; isto
é , nos momentos ou dias de maior ansiedade, fazendo uso de uma a três
doses . Quando está melhor ou até assintomático, não usa a droga . Nesse
esquema , a chance de se desenvolver dependência é menor.
A buspirona (dose entre 5 e 15mg/dia) é uma droga ansi?lítica do grupo
das azaspirodecanedionas, que se apresenta como alternativa . Sua indica-
ção única se dá no tratamento do transtorno de ansiedade generalizada . Nos
demais transtornos de ansiedade , esta substância não tem se mostrado efi-
caz. Os efeitos adversos mais comuns são cefaléia , náusea e tonteiras. A
vantagem da buspirona é a ausência de sedação e de interação com o álco-
ol. Entretanto, sua resposta terapêutica não é imediata , necessitando de um
período de latência em torno de 15 dias , e o número ele pacientes refratários
é maior do que com os benzodiazepínicos.
Esse diagnóstico deve ser usado quando ambos os sintomas, ele ansie-
dade e de depressão, estão presentes, porém nenhum deles, considerado
separadamente, é grave o suficiente para justificar um diagnóstico. Quando
as síndromes depressão e ansiedade estão presentes e são graves, ambos os
transtornos devem ser diagnosticados, e essa categoria não deve ser usada.
O transtorno misto de ansiedade e depressão existe apenas como cate-
goria diagnóstica na CID-10, não existindo conceito similar na classificação
americana, DSM-IV.
Pessoas com essa mistura de sintomas, comparativamente leves, são fre-
qüentemente vistas em cuidados primários , porém existe maior número de
casos entre a população geral, os quais nunca vêm à atenção médica ou
psiquiátrica.
O diagnóstico diferencial deve ser feito com todos os transtornos médi-
cos e psiquiátricos que possam cursar com ansiedade e depressão. O diag-
nóstico de transtorno misto de ansiedade e depressão é de exclusão.
O tratamento deve seguir a orientação referida para o tratamento do
transtorno de ansiedade generalizada. A utilização de antidepressivos com
poucos efeitos colaterais pode ser benéfica para o controle dos sintomas
depressivos.
Tabela 13.4
Diretrizes Diagnósticas da CID-10 para Transtorno Misto de Ansiedade
e Depressão (F41.2)
140
►
FOBIA SOCIAL
Tabela 13.5
Diretrizes Diagnósticas da CID-10 para Fobia Social (F40.1)
EPIDEMIOLOGIA
Os estudos com fobia social são muito recentes. Estima-se que 5% a 15%
da população geral apresentem sint~m_as f?bicos _s~ciais que r~sult_em em
diferentes graus de incapacitação e hm1taçoes soc1a1s e ocupac1ona1s.
HIPÓTESES ETIOLÓGICAS
14 1
ela tenha sido esquecida da visão médico-biológica. Desde 1985, com O in' .
. . l b . lC10
da abordagem com medicamentos, a fobia so~ia rece eu imenso progresso
no seu diagnóstico e tratamento. Hoje, é considerada um transtorno crôn·
de ansiedade, na qual o uso de psicofármacos e- b ene' fºlCO . lCO
TRATAMENTO
PROGNÓSTICO
FOBIAS ESPECÍFICAS
142
>
Tabela 13.6
Diretrizes Diagnósticas da CID-10 para Fobias Específicas (F40.2)
TRANSTORNO OBSESSIVO-COMPULSIVO
DIAGNÓSTICO
EPIDEMIOLOGIA
HIPÓTESES ETIOLÓGICAS
143
Fatores biológicos
Fatores Genéticos
Fatores Psicológicos
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS
144
Tabela 13.7
Diretrizes Diagnósticas da CID-10 para Transtorno
Obsessivo-Compulsivo (F42)
TRATAMENTO
PROGNÓSTICO
145
◄
Tabela 13.8
Diretrizes Diagnósticas da CID-10 para Transtorno de Estresse
Pós-Traumático (F43.1)
BIBLIOGRAFIA
146