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FACULDADE DE LETRAS
PÓS-GRADUAÇÃO EM ESTUDOS LITERÁRIOS – POSLIT
A pesquisadora inicia seu texto com informações sobre a situação dos estudos intermidiáticos,
que se encontra mais avançada na escola alemã, em contraste com o conceito primeiro, que
tratava a intermidialidade como algo de caráter generalizado, dependendo de onde, quando e
por que era necessário. Ela destaca que não é objetivo uma unificação teórica, mas que é
preciso “definir mais precisamente a compreensão particular de intermidialidade adotada” (p.
17), situando- a em uma área mais ampla, como Estudos de Mídia, Cinema e Sociologia.
Assim, Rajewsky resolve apresentar sua abordagem individual do termo, com base nos
Estudos Literários, não se limitando apenas a estes, mas buscando contextualizar sua
concepção, em meio a várias abordagens já existentes. Assim, ela parte do conceito particular
de intermidialidade em sentido amplo e em sentido restrito.
Em sentido amplo, a intermidialidade se refere a tudo o que acontece entre mídias, sendo um
termo genérico. Contudo, segundo a pesquisadora, a amplitude do termo não permite que seja
aplicado a qualquer tema, nem caracterizar precisamente um fenômeno individual. Assim que,
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para esses casos mais específicos, faz-se necessário restringir a concepção do termo
intermidialidade.
Num sentido mais restrito, foram feitas três distinções, de acordo com a abordagem de
Rajewsky, concentrando-se em “configurações midiáticas concretas e em suas qualidades
intermidiáticas específicas'' (p. 23). Então, as três subcategorias de intermidialidade no sentido
mais restrito, propostas pela estudiosa, são:
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intramidiáticas (intertextuais) por essa característica ilusionista, que apenas evoca ou imita
outra mídia, mas que causa, no receptor, a sensação da presença dessa mídia evocada.
Outro fenômeno comentado pela autora é a remediação, que é a remodelação de mídias mais
antigas. No conceito de Bolter e Grusin1, as mídias digitais remediam, homenageiam, mas
também lutam com as mídias mais antigas, cada uma defendendo o seu espaço. Como
exemplo, citam o cinema como mídia mais atual à fotografia e ao teatro. Daí, ela considera a
remediação com um tipo de relação intermidiática particular, mas não conciliável com as
subcategorias que ela propõe em seu ensaio.
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J.D. Bolter e R. Grusin, citados pela autora, como estudiosos das novas mídias, ou mídias digitais.
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