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Agosto/2011
ELETROBRAS
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Centro – Rio de Janeiro – 20071-003
Caixa Postal 1639 – Tel: 21 2514 5151
www.eletrobras.com
Presidência
José da Costa Carvalho Neto
Diretor de Transmissão
José Antônio Muniz Lopes
Equipe Técnica
ELETROBRAS PROCEL ELETROBRAS CEPEL
1 INTRODUÇÃO..................................................................................... 11
2 FUNDAMENTOS ................................................................................. 12
2.6.1 GERAL..................................................................................................................................59
2.6.2 CONDICIONADORES DE JANELA E “SPLITS” ..................................................................60
2.6.3 “SELFS” E “CHILLERS”........................................................................................................62
MÓDULO II.............................................................................................. 63
1 INTRODUÇÃO..................................................................................... 65
BIBLIOGRAFIA........................................................................................ 94
ANEXOS................................................................................................... 96
ANEXO A - TABELAS............................................................................... 98
ASHRAE................................................................................................. 138
MÓDULO I
Sistemas de Ar Condicionado 11
SISTEMAS DE AR CONDICIONADO
MÓDULO I
1 INTRODUÇÃO
2 FUNDAMENTOS
Resfriador
Circuito de água
gelada
Trocador de calor
Bomba de água
gelada
FIG. 4A
Figura 4 - Sistema de ‘Água Gelada’ – Equipamento da Central de Água Gelada (CAG)
2.2.1 TEMPERATURA
A temperatura é uma propriedade da matéria. É uma medida do nível energético de um corpo.
Uma alta temperatura é um indicativo de alto nível de energia do corpo. Diz-se, neste caso, que
o corpo está quente. Já se demonstrou que a temperatura é uma função da energia cinética
interna, sendo um índice da velocidade molecular. É expressa em graus Celsius (°C), no sistema
Internacional, Fahrenheit (°F) e outras unidades.
A correspondência entre as escalas Celsius e Fahrenheit, é mostrada na Figura 6, a seguir:
Ponto de ebulição
da água
212° 100°
Ponto de
congelamento
da água
32° 0°
0° -17,8°
A escala coincide
-40° -40°
Zero absoluto
-460° -273°
FIG. 5
A título de ilustração:
A água a 100 °C , corresponde a:
Vapor saturado
212°F
212°F
Fonte de calor
FIG. 6
Válvula aberta
14.7 psia
Vapor
Massa específica
-0.0373 lb/cu ft
212°F
Água
FIG. 7
Figura 8 - Geração de vapor saturado pela adição de calor latente em ‘caldeira’ (com válvula aberta)
16 Sistemas de Ar Condicionado
No caminho inverso, se tomarmos o vapor que estava sendo gerado no exemplo acima e o
passássemos num Condensador (operação de condensação), removendo o seu calor, obteríamos
um líquido (o condensado), também a 100°C. O calor removido foi, igualmente, Calor Latente.
Sumarizando:
Toda vez que há troca de calor com mudança de temperatura, sem mudança de estado físico,
o calor cedido ou removido é dito Sensível. No momento em que a troca de calor acarreta
mudança de estado físico, sem ser acompanhado por mudança de temperatura, dizemos que
houve troca de Calor Latente.
A umidade relativa do ar pode ser medida com auxílio de higrômetros, sendo que os técnicos
de ar condicionado (A/C) usam mais comumente os psicrômetros (Figura 9). Estes consistem
basicamente de dois termômetros, um de bulbo seco e outro úmido. Com estas medidas, a
umidade pode ser lida numa Carta Psicrométrica (Figura 10).
Termômetro de
bulbo seco
FIG. 8
Figura 9 - Psicrômetro
Sistemas de Ar Condicionado 17
2.2.7 ENTALPIA
A Entalpia é uma variável termodinâmica de posição ou de quantidade. De uma maneira geral
trabalha-se com diferenças de entalpias. Esta diferença corresponde à quantidade de calor
trocado pelo ar (mistura ar-vapor), entre duas posições.
1 lb = 0,454 kg
1 grain vapor = 1/7000 lb vapor
1g vapor =15,42 grains vapor
1g vapor / kg ar seco = 1/7 grains vapor/ lb ar seco
Volume Específico – (v) – m3/kg ar ou ft3 de ar/ lb ar – (o volume específico é o inverso da massa
específica).
Entalpia - (h ou i) - BTU/ lb ar ou kcal/kg ar.
A Figura 11, a seguir , apresenta de forma esquemática as principais linhas de uma carta
psicrométrica, com as respectivas grandezas termodinâmicas:
Volu
me
esp
Bu ecíf
lbo ico
En úm
(v)
ta ido
lpi
a (BU
(h )
)
Umidade absoluta
(w)
Bulbo seco
(BS)
ativa (UR - %)
Umidade rel
FIG. 10
A evolução do fluido refrigerante pode ser representada graficamente num diagrama chamado
de Diagrama de Mollier, ilustrado esquematicamente, com suas principais linhas e grandezas
termodinâmicas, Figura 17.
Figura 17 - Ciclo frigorífico por compressão – Diagrama de Mollier – Aspecto das curvas
As Figuras de 18 a 25, a seguir, mostram cada fase do ciclo com os respectivos balanços
energéticos: o calor removido no ciclo, através do Evaporador (serpentina); a potência requerida
no acionador do Compressor; o calor removido no Condensador e sua passagem na Válvula
de Expansão.
Sistemas de Ar Condicionado 25
EVAPORADOR
Figura 18 - Evaporador
COMPRESSÃO
Figura 20 – Compressor
Figura 21 – Compressão (1 – 2)
Sistemas de Ar Condicionado 27
CONDENSAÇÃO
Figura 22 – Condensador
Figura 23 – Condensação (2 – 3)
28 Sistemas de Ar Condicionado
EXPANSÃO
Figura 25 – Expansão (3 – 4)
Sistemas de Ar Condicionado 29
Onde:
ϕ= Fluxo térmico , em kcal/h ou BTU/h
A= Área da superfície radiante (m2, ou ft2)
ε= Emissividade do corpo
σ = Constante de Boltzman (5,669 W/m2.K ou BTU/h.ft2. K)
T2,T1= Temperaturas absolutas da fonte quente e fria , em Kelvin
B) CONVECÇÃO - A Convecção envolve transferência de energia térmica dentro de um fluido,
através de uma ação de “mistura”. Pode ocorrer, naturalmente, por diferença de densidade ou
por interferência de um agente externo (ventilador, bomba, etc.). A Figura 29, a seguir, mostra
um exemplo da transferência por Convecção.
Massa de água fria
desce para tomar lugar
da quente que sobe
FIG. 27
Onde:
ϕ= fluxo térmico, em kcal/h ou BTU/h
A= área da superfície radiante (m2, ou ft2)
h= coeficiente de película (em BTU/h.ft2.°F ou kcal/h.m2.°C)
T1, T2= temperaturas em °F ou °C
C) CONDUÇÃO - Envolve a transferência de energia entre as moléculas dentro de um corpo,
por contato físico. A transferência pode ser alcançada pelo contato entre dois corpos, podendo
ser dois sólidos, ou fluidos, ou um de cada. A condução dentro de um fluido é concomitante
com a transferência por Convecção.
A Condução através de um corpo depende da sua área (A), da resistência térmica oferecida pelo
material do qual o corpo é feito (r) ou falando de outra forma, da sua condutibilidade térmica
(k), da sua espessura (x), e da diferença de temperatura (T2-T1).
A resistência oferecida pelo “filme”, ou seja, seu coeficiente de película (h) devido a transmissão
por Convecção deve ser contabilizado.
Observando a Figura 31, a seguir, vamos calcular o fluxo térmico através do corpo:
Onde:
ϕ= fluxo térmico, em kcal/h ou BTU/h
A = área da superfície radiante (m2, ou ft2)
h0, hi = coeficientes de película externo e interno (em BTU/h.ft2.°F ou kcal/h.m2.°C)
T1, T2,T3,T4= temperaturas em °F ou °C
X = Espessura da “parede”
1 - cálculo do fluxo térmico entre 1 e 2:
daí,
daí,
daí,
Se fizermos:
Teremos:
onde, k1, k2, k3, k4, são os coeficientes de condutibilidade dos materiais.
O problema pode ser apresentado na forma de “resistências”:
e:
36 Sistemas de Ar Condicionado
vem:
logo, vem:
Exemplo 1:
A parede externa de uma casa (Figura 33) é constituída de tijolos de 10 cm (4 pol) de espessura
e de duas camadas de argamassa de 2,5 cm cada (1 pol), com 30 m2 de área. Imaginando-se
que a temperatura interna é de 24 °C e, a externa é de 35 °C , calcular o fluxo térmico.
Exemplo 2:
Calcule o fluxo térmico através da laje de cobertura (Figura 34) com 30 m2, sob diferencial de
temperatura de 11 °C , e constituída da seguinte forma:
Na Tabela 3F – Anexo A vamos encontrar as resistências oferecidas pelos filmes de ar (“air film”)
ou espaços de ar (“air space”).
A = 30 m2 = 322,8 ft2
∆T= 11 °C
∆T=19,8 F
ϕ=322,8.0,53.19,8=3387BTU/h
A título de exercício, verifique a relação entre os fluxos térmicos e “U”, deste exemplo e do anterior.
CAG
Sistema de distribuição de ar
Cargas
Cargas externas são tipicamente aquelas provenientes da insolação através de uma janela;
diferença de temperatura exterior/interior
FIG. 33 através de parede externa; admissão ou infiltrações
de ar externo e outras.
Cargas internas são aquelas geradas no interior da edificação. Tipicamente, provêm de pessoas,
equipamentos, iluminação, recintos adjacentes sob temperaturas mais elevadas.
Por este fato, ao se fazer um estudo de localização de uma edificação, é de suma importância
analisar a orientação das fachadas envidraçadas.
Cabe observar que a energia solar incidente através dos vidros não se torna integralmente em
carga térmica instantânea. As lajes e paredes atingidas pela energia radiante do Sol absorvem
esta energia e a irradia parcialmente para o ambiente. Existem metodologias que auxiliam no
cálculo da energia transferida para o ambiente. As Tabelas 4D, 4E, 4F, 4G e 4H – Anexo A, extraídas
do Manual da Springer Carrier, indica os fatores aplicáveis, para uma determinada fachada, peso
de construção e horário.
Outros fatores que influenciam na energia transmitida pelos vidros são função das características
de vidro e a existência de elementos de sombreamento (venezianas, telas, toldos, “brises”, etc.).
A Tabela 4 I, do Anexo, mostra como estes fatores influenciam na radiação transmitida.
A seguir faremos um exercício aplicativo.
Calcular o ganho solar através das janelas de uma construção, com as seguintes características:
Local - Rio de Janeiro - latitude 22 S – mês: dezembro
Área de vidro comum (6 mm) - 100 ft2 (com esquadria de alumínio)
Fachada Oeste (W) - 10 h e 16 h
Alternativa 1 - Sem veneziana
Alternativa 2 - Veneziana interna clara
Alternativa 3 - Veneziana externa clara
Peso médio da construção - 100 lb/ft2
Solução:
1 - Área de vidro - 100 ft2
2 - Pico solar: da Tabela 4B – Anexo A, lat. sul 20, dezembro, oeste, temos o pico de 160 BTU/h.ft2
Do rodapé da tabela , tomadas as correções de 17 % e 7 % para latitude Sul, dezembro:
160 X 1,17X 1,07 = 200,3 BTU/h.ft2
3 - Fator de armazenamento (Tabela 4 – Anexo A)
Alt 1/3 (sem sombreamento, c/ veneziana externa) - Tabela 4E – Anexo A, lat. Sul, oeste, 100 lb/ft2
10 h _ 0,09
16 h _ 0,40
40 Sistemas de Ar Condicionado
Alt 2 (venez. Int. clara) - Tabela 4D – Anexo A, lat. sul - oeste - 100 lb/ft2
10 h_ 0,09
16 h_ 0,66
4- Correção para proteção (veneziana – Tabela 4 I – Anexo A, vidro comum (6 mm)
Sem veneziana - 0,94
Veneziana interna clara - 0,56
Veneziana externa - 0,14
O quadro, a seguir, sumariza os ganhos devido a insolação, para os diversos horários, e com
elementos de proteção diversos:
Correcão
Ganho
Área Ft2 Armazenamento para Tot BTU/h
BTU/h.ft2
protecão
Alt 1 200,3 100 10 h 0,09 0,94 1694
Sem veneziana 16 h 0,4 7531
Alt 2 200,3 100 10 h 0,09 0,56 1009
Com veneziana interna 16 h 0,66 7403
Alt 3 200,3 100 10 h 0,09 0,14 252
Com veneziana externa 16 h 0,4 1121
O diferencial ∆Teq, é obtido nas três Tabelas 5A, 5B e 5C – Anexo A, da Springer Carrier.
A equação mais geral, para obter condições para latitudes e meses diferentes de 40 N, Julho,
é a seguinte:
Onde:
∆teq= Diferencial equivalente, para latitude, mês.
∆tes= Idem, para mesma parede ou telhado, em sombra, na hora, corrigido.
∆tem= idem, para mesma parede ou telhado, insolado, na hora, corrigido.
Rs= Máximo ganho solar, para fachada em questão ou telhado, para mês e latitude.
Rm= Máximo ganho solar, para fachada em questão ou telhado, para julho, 40 N.
Onde se fizerem necessárias correções para diferentes cores de paredes, as expressões acima
se transformam em:
Paredes claras (ou tetos)
2 - Ar de Ventilação
Da Tabela 8 - Anexo A - Escritório (público) - 25 m3/h/pessoa
25 m3/h X 35,3 ft3/m3 X 1 h/60 min = 14,7 cfm (ft3/min)
(1 m3 = 35,3 ft3)
Ocupação:
600 m2/ 6 pés/m2 = 100 pessoas
Vazão : 14,7 cfm/pés x 100 pessoas = 1470 cfm
3 - Carga Térmica
Cs = 1,08 X cfm X Dt BS = 1,08 x 1.470 x 19,8 °F = 31.434 BTU/h
Cl= 0,67 x cfm X Du = 0,67 x 1.470 x 64 = 63.033 BTU/h
Ct= 4,5 x cfm x X Dh = 4,5 x 1.470 x 15 = 99.225 BTU/ h
(a diferença encontrada entre a soma das parcelas de Cs e Cl contra o valor calculado de Ct,
decorre de imprecisão na leitura de valores na Carta Psicrométrica, aproximadamente 5 %).
2.3.1.4 INFILTRAÇÃO
O ar infiltrado num ambiente através de janelas, portas, frestas, outras aberturas ou por efeito
de exaustores, constitui-se numa carga para o ambiente e, conseqüentemente, para o sistema,
já que o ar externo irá aquecer o ambiente (verão). A carga será proporcional a vazão de ar
(área da abertura e velocidade do ar) e ao salto entálpico entre as condições externa/interna.
A Tabela 11 – Anexo A fornece meios para estimar a quantidade de ar infiltrado. Eventualmente,
este valor terá que ser determinado por medições.
Sistemas de Ar Condicionado 43
A exemplo do cálculo de cargas térmicas, visto no parágrafo anterior (ar de ventilação), com
a vazão de ar infiltrado e as condições termo - higrométricas, pode-se estimar a carga térmica
devido ao ar infiltrado.
A carga a ser computada deverá considerar situações de projeto (1 e 2) e situação efetivamente
medida (3).
(1)- Caso o ar infiltrado (calculado) seja inferior à vazão de ar de ventilação, apenas esta carga
será computada, já que a pressurização do recinto evitará a infiltração.
(2)- Caso o ar infiltrado (calculado) seja superior à vazão de ar de ventilação, a diferença (infiltrado
- ventilação), será computada a título de carga de infiltração.
(3)- Caso o ar infiltrado, seja efetivamente verificado (por medição), este valor deverá ser usado
para base de cálculo.
A seguir faremos um exemplo.
Uma loja de departamentos possui quatro portas de 1,80 m de largura, que permanecem abertas
durante o seu funcionamento. Sabendo-se que a ventilação (ar de renovação) foi dimensionada
para 200 pessoas, calcular:
a) Ar de ventilação
b) Ar de infiltração
c) Vazão efetiva para cálculo de carga de ar infiltrado
Solução:
a) Ar de ventilação
Da Tabela 8 – Anexo A, loja, recomenda-se 17 m3/h/pessoa.
17 x 200 pessoas = 3400 m3/h (2000 cfm)
b) Ar de infiltração
Da Tabela 11 – Anexo A, porta de 1,80 m de largura, temos: 2000 m3/h x 4 = 8000 m3/h (4706 cfm)
c) Ar efetivamente infiltrado:
Considerando que o recinto será pressurizado pelo sistema de ar condicionado, teremos:
Ar infiltrado (calculado) - Ar de ventilação (calculado) 4706 cfm - 2000 cfm = 2706 cfm. Com esta
vazão e os dados (BS, W, h) do ar exterior e interno, seguindo os cálculos do exemplo anterior
(Ar de ventilação), poderíamos calcular a carga térmica devido à infiltração.
2.3.2.1 GANHOS POR CONDUÇÃO ATRAVÉS DE VIDROS - PAREDES INTERNAS- FORROS - PISOS
Este ganho é proporcional à área, ao Coeficiente “U” do elemento construtivo e ao diferencial
de temperaturas.
Para o caso de vidros de janelas externas em paredes não insoladas, pode-se usar o diferencial
temperatura externa/interna.
No caso de paredes internas (divisórias), forros e pisos, usa-se o diferencial de temperaturas
dos ambientes.
A seguir, um exemplo:
Um escritório em São Paulo tem uma área de divisórias internas calculada em 200 m2, adjacentes
a áreas não condicionadas. Estimar a carga térmica através desta divisória, sabendo -se que o
“U” da divisória é de 0,36 BTU/h.ft2.°F
Solução:
1- Condição interna para Escritório (Tabela 10A – Anexo A)
24 °C (75,2 °F)
2- Condição das áreas internas não climatizadas
As áreas não climatizadas, por experiência, costumam ficar a 5 °C abaixo da temperatura
ambiente externa.
Para São Paulo, da ABNT, Tabela 9A – Anexo A, temperatura externa de BS = 31 °C (87,8 °F)
Temperaturas das áreas não condicionadas :
31 - 5 = 26 °C (78,8 °F)
3- Cálculo da carga térmica
A= 200 m2 x 10, 70 ft2/m2 = 2152 ft2
A seguir, um exemplo:
Uma Empresa sofreu uma reestruturação ao longo dos anos, tendo reduzido o número de
funcionários em 1000 pessoas. Estimar a redução proporcional na carga térmica.
Da ABNT, Tabela 12 – Anexo A, para escritórios, a 24 °C:
Calor sensível - 61 kcal/h
Calor latente - 52 kcal/h
Total 113 kcal /h/pessoa
Para 1000 pessoas :
113 kcal/h x 1000 pessoas = 113.000 kcal/h
Em BTU/h:
1 kcal/h = 3,968 BTU/h
1BTU/h = 0,252 kcal/h
113.000 kcal/h = 448.384 BTU/h
Em TR (toneladas de refrigeração)
1 TR = 12.000 BTU/h
448384 BTU/h = 37,36 TR
2.3.2.3 POTÊNCIA DISSIPADA POR EQUIPAMENTOS
Equipamentos que dissipam calor diretamente para os ambientes condicionados devem ser
contabilizados.
A Tabela 13 – Anexo A, da ABNT e outras fontes, apresentam valores listados para dissipação
de equipamentos.
2.3.2.4 POTÊNCIA DISSIPADA POR ILUMINAÇÃO
Despeito de, na realidade, a dissipação pelos sistemas de iluminação para os ambientes
também estarem sujeitos ao armazenamento térmico pelas estruturas da edificação, em
cálculos estimativos, admite-se que todo o calor dissipado pelas luminárias se tornam uma
carga instantânea para o sistema de ar condicionado.
A Tabela 14 – Anexo A, da ABNT (de 1980), estabeleceu critérios para cálculo da energia dissipada
por sistemas de iluminação. Caberia ressaltar, no entanto, que o melhor meio para calcular esta
carga seria através do levantamento na planta de iluminação. Os valores indicados na tabela da
ABNT correspondem a padrões antigos, distantes em muitos casos de padrões de iluminação
“eficiente”. Valores mais atuais, podem estar na faixa de 20 w/m2 ou cerca de 2 w/ft2. Tabelas com
valores para iluminação eficiente são encontradas no Anexo A (Tabelas ASHRAE).
46 Sistemas de Ar Condicionado
Uma rede de dutos não isolada , com 20 ft (6 m) de comprimento, passa sobre uma área não
condicionada, que se encontra a 100 °F (37,8 °C). Conhecendo-se, ainda, a velocidade do ar
no duto, de 2000 ft/min (10 m/seg), a temperatura do suprimento do ar de 60 °F (15,6 °C) e o
ganho de calor sensível no recinto de 1000.000 BTU/h, determinar o percentual adicional de
calor ao recinto.
48 Sistemas de Ar Condicionado
Solução:
Diferença de temperatura (ambiente - duto): 100 - 60 = 40 °F
Da carta da Springer Carrier, com 100.000 BTU/h, duto não isolado, e 20 ft de comprimento, o
percentual adicional é de : 4,5 %
Correção para a velocidade de 2000 ft/min e 40 °F : 1,26 Percentual adicional: 4,5 x 1,26 = 5,7 %
Calor adicional :
0,057 x 100. 000BTU/h = 5780 BTU/h (aproximadamente 0,5 TR)
Condensação a ar - Split
• Arranjos:
Dois tubos - quatro tubos
Sistemas de Ar Condicionado 55
Descarga de ar
Ar
insuflado
Serpentinas
(resfriamento e
Sala típica
aquecimento)
Ar de
recirculação
Ar exterior
Ventilador
Aquecedor de
água
Filtro
Resfriador
Sala típica
Ar de
recirculação
Ar exterior
Aquecedor de
água
Resfriador
Fonte: Carrier
FIG. 42
Figura 44 - Arranjo - “fan coil” - quatro tubos
56 Sistemas de Ar Condicionado
Climatizador
a
(Fan-coil)
Ar primário
Duto
ar primário
b Climatizador
(Fan-coil)
Duto
Unidade ar primário
(Fan-coil)
c
FIG. 43
Fonte: Carrier
Figura 45 - Sistema Ar – água
Tanque de
expansão Tanque de
P/ outras
unidades expansão
Purga
Pressustato
(localizado a meio
caminho das prumadas
Fan coils de
recintos
Dutos de
típicas)
alta / baixa
velocidade
Controladora
T3 de vazão
V5 Bomba
T4
secundária
T1 V1 Bomba
V2 Aquecedor secundária
T2
V4 T1 V3 V1
Bomba Aquecedor
Pre aquecedor
Desumificador
Reaquecedor
Registros
Ar exterior Ventilador
de ar primária
primário
Circuito secundário
Resfriador
Filtros Circuito
Enchimento primário
Resfriador
rápido
M1
Dreno P/ fan coil
Bomba de água
gelada Ar primário
Lanchonete
Salas Espera
Exames
Corredor
Quadra
esportes Raio-x
Salas Diagnóstico
Raio-x
Clínica médica
Escola
Comunicação
Estúdio
Guichês "B"
Sala de
Estúdio TV controle Espera
Escritórios Filmes
Banco Estúdio TV
Fonte: Carrier
FIG. 46 Figura 48 – Aplicações dos Sistemas “Multizona”
58 Sistemas de Ar Condicionado
M3
Ventilador
Ar de Registro de retorno
exaustão da exaustão
(se utilizado)
Registro V1 M4 Registros
do
retorno M2 de mistura
M2
Aquecedor
Zona 1 Zona 2 Zona 3
Vazões Ventilador
Ar máximas
exterior Vazão T1
mínima
T3
Filtro
T2 Desumificador
M1
Fonte: Carrier
Figura 49 - Equipamento “Multizona”- Arranjo de dutos (câmaras)
2.5.2.3.2 SISTEMAS
FIG. 47 VAV
A sigla VAV significa Volume de Ar Variável. Estes sistemas abrigam, normalmente, além de
caixas reguladoras de vazão, chamadas caixas VAV, controles de freqüência nos acionadores
dos ventiladores.
• Aplicação:
Sistemas com cargas internas variáveis, que requeiram controle de temperatura fixo.
Ex.: Prédios de escritórios com diferentes fachadas e horários de funcionamento flexíveis.
• Vantagens:
-- Redução na carga de refrigeração, pela redução nos volumes de ar resfriado;
-- Redução da carga térmica, pela admissão de maiores parcelas de ar exterior em estações
amenas;
-- Controle individual de temperatura, pelo controle de vazão de ar em caixas VAV, para
diferentes recintos.
Sistemas de Ar Condicionado 59
P/ outras zonas
Ar de retorno M4
Registro para
M3 zona 2 T3
Registro do
retorno Pressostato
M2 M2 Registro para
Aquecedor T2
Filtro zona 1
(opcional)
T1
Máximo
Desumificador
ar exterior Posição alternativa
Mínimo
ar exterior
Preaquecedor T1 M5 Controlador
(opcional) V1 vazão
M1 Fluido
refrigerante
Fonte: Carrier
Figura 50 – Sistema ‘VAV’
FIG. 48
Fonte: Trox
Figura 51 - Caixa VAV
2.6.1 GERAL
Conforme foi visto no parágrafo 2.2.11, 12 e 13, o rendimento de um equipamento pode ser
expresso através de seu COP, seu “EER” ou em kW/TR.
O rendimento através do índice EER, é expresso em BTU/h/watts, representando a relação entre
o efeito útil e a quantidade de trabalho utilizado para produzi-lo.
60 Sistemas de Ar Condicionado
Evidente que este aumento do COP se traduz em considerável redução no consumo de energia
elétrica.
Os COP’s para Ar Condicionado de Janela e “Splits” foram levantados dentro do Programa Brasileiro
de Etiquetagem (PBE), através convênio Eletrobrás/CEPEL/Inmetro, e estão disponibilizados na
página na Internet deste Instituto. A seguir, reproduzimos tabelas resumo de COP’s, mostrando
para diversas faixas de capacidades e Classes (A, B, C, D, E). Observe-se que quanto maior o COP,
mais eficiente o equipamento (classe A).
Fonte: Procel
Tabela 1 – Coeficiente de eficiência energética – Condicionadores de Janela
Fonte: Procel
Tabela 2 – Coeficiente de eficiência energética - Condionadores “SPLIT”
62 Sistemas de Ar Condicionado
Fonte: TRANE
Tabela 3 - Dados de fabricante para “CHILLER” com compressor “SCROLL”
Para o modelo CGAD 020, a eficiência nominal, seria a relação entre 24,1 kW e 18,3 TR, levando
a cerca de 1,3 kW/TR.
Fonte: TRANE
Tabela 4 - “CHILLER“ Parafuso
Esta tabela é mais completa e apresenta dados para diferentes condições de operação (TSAG
– temp saída de água gelada e temperatura de entrada no condensador).
Para TSAG 44 °F e TAR cond 85 °F, lemos:
TR= 352.2
kW = 357,4
A relação kW/TR , é de aproximadamente 1,01.
Seria bom lembrar que a norma ASHRAE 100, estabelece padrões mínimos de eficiência para
equipamentos de refrigeração. Algumas tabelas desta norma são reproduzidas no Anexo deste
Manual (Tabelas Diversas).
Sistemas de Ar Condicionado
MÓDULO II
Sistemas de Ar Condicionado 65
SISTEMAS DE AR CONDICIONADO
MÓDULO II
1 INTRODUÇÃO
Estas medições, num ambiente, podem ser obtidas com um termohigrômetro, que indica TBU
e TBS, podendo-se obter em carta psicrométrica a umidade relativa do ar.
Figura 3 - Termohigrômetro
Figura 4 - Termohigrômetro
b) Temperaturas de Superfícies
As temperaturas de superfícies são requeridas quando necessitamos, por exemplo, tomar
temperaturas de fluidos refrigerantes, nas tubulações de sucção e descarga de um circuito
frigorífico, que se desprezando pequenos erros, são aproximadamente iguais às temperaturas
de superfície dos tubos que os conduz.
Podem ser utilizados termômetros de contato ou os de infravermelho, como mostrado a seguir:
Estes termômetros são, também, bastante úteis quando necessitamos fazer cálculos de energia
irradiada por uma superfície, como uma tubulação a alta temperatura, etc.
c) Temperaturas de Água em tubulações
Estas medições são efetuadas com termômetros de imersão, com bulbos preenchidos com gás
ou líquidos, conectados às tubulações. Seus usos mais típicos são para medições em circuitos
de água de condensação ou de água gelada, na tomada e descarga de equipamento (“chillers”,
“fan coils”, “selfs”, etc.).
Figura 8 - Anemômetro
f ) Vazão de Água
A medição de vazão de água (gelada ou de condensação) se faz necessária quando se balanceia
um sistema de distribuição de água ou se quer fazer um balanço térmico (para medir a
capacidade de um “chiller”, por exemplo).
A medição direta, mais precisa, requer instrumentos tipo de bóia, com instalação mais complicada
e faixas de operação restritas.
72 Sistemas de Ar Condicionado
Figura 13 - Fluxômetros
Outro método de medição direta, que lança mão de medidores por ultra-som, com grande
precisão, larga faixa de operação, capacidade de memória de massa, porém com preços mais
elevados.
h) Medidas Elétricas
Durante a “partida” de sistemas é freqüente a tomada de medidas elétricas dos equipamentos
envolvidos, visando comparar com seus dados de projeto e, assim, verificar se estão operando
dentro dos parâmetros esperados.
As principais medidas levantadas são:
• Tensões entre fases de todos os equipamentos (Volts – V)
• Correntes nas fases. (Ampères- A)
• Potências – (Watts - W)
• Fator de potência (cos φ)
Figura 16 - Multímetro
Nelas poderão ser registrados dados de projeto e aqueles levantados em testes e assim permitir
uma comparação de “performance” ou de quanto os equipamentos se encontram desviados
de seus parâmetros originais, permitindo ainda dar subsídios àquele que se encontra fazendo
um diagnóstico energético.
Sistemas de Ar Condicionado 75
A medição do ar efetivamente tomado, deve ser feita com um anemômetro como aquele
mostrado a seguir:
Figura 18 - Anemômetro
Uma vez calculada a vazão e respectiva Carga Térmica (BTU/h), pode-se chegar a um consumo
de kWh e R$.
A seguir um exemplo:
No Módulo I, parágrafo 2.3.1.3, calculou-se o ar de ventilação para um escritório. Determinou-
se o número de ocupantes (100 pessoas) e a carga térmica respectiva para o ar de renovação
(1.470 ft3/min e 99.225 BTU/h).
Considerando-se que o gerente de manutenção mediu, na tomada de ar exterior uma vazão
de 1.800 ft3/min (cfm), calcular o consumo em excesso.
O ar em excesso corresponde a :
(1800 - 1470) cfm= 330 cfm
Proporcionalmente, a 99.225 BTU/h, estes 330 cfm, correspondem a uma carga térmica de :
(330/1.470) X 99.225 = 22.275 BTU/h
Agora calcularemos o consumo em kWh e R$, admitindo-se:
• O escritório opera 22 dias/mês, 10 h/dia, 12 meses;
• A eficiência do equipamento (chiller antigo) é de 1,3 kW/TR, ou 1,3 kWh/TRh;
• A tarifa média de energia é de R$ 0,07/kWh:
Recomenda-se que a perda de pressão nos filtros seja controlada por manômetros, tipo coluna
d’água, procedendo-se à limpeza ou troca dos filtros (descartáveis), quando atingida a perda
máxima recomendada pelo fabricante. Esta perda, em geral, é expressa em mm CA (milímetros
de coluna d’água), polegada de CA, Pa (Pascal) ou outras unidades de pressão.
As perdas de energia podem ser estimadas conforme a seguir.
Onde:
W= kW - potência
m= vazão em massa (l/s)
PD= Pressão diferencial - kPA (quilo Pascal)
Verificou-se que uma instalação de A/C tem seus FACs operando com 230.000 m3/ h, com filtros
sujos durante três períodos de 1 mês por ano.
Estimar as perdas em energia elétrica.
No caso de trocadores tipo casco, tubo e outros, o uso de manômetros (Figura 21) permite o
controle das perdas de carga dentro do especificado pelo fabricante do equipamento.
Uma área que, originalmente, era um laboratório com exaustores e se tornou uma área de
escritório, poderá igualmente ter sua carga de equipamentos e ventilação reduzidas.
Esta avaliação poderá indicar uma redução na vazão de ar exterior (ventilação) ou a necessidade
de rebalancear o sistema de distribuição de ar (dutos), remanejando vazões de regiões com
superávit para regiões com déficit, melhorando assim as condições de conforto e reduzindo
as reclamações dos ocupantes.
A redução de ar exterior, através de medição e atuação no “damper” da tomada de ar, trará uma
redução no consumo de energia.
Correcão
Ganho
Área Ft2 Armazenamento para Tot BTU/h
BTU/h.ft2
protecão
Alt 1 200,3 100 10 h 0,09 0,94 1694
Sem veneziana 16 h 0,4 7531
Alt 2 200,3 100 10 h 0,09 0,56 1009
Com veneziana interna 16 h 0,66 7403
Alt 3 200,3 100 10 h 0,09 0,14 252
Com veneziana externa 16 h 0,4 1121
Entre o projeto sem veneziana e com veneziana externa há uma redução superior a 6 vezes
(às 16 h) na carga térmica do recinto. Daí recomenda-se, sempre que possível, o uso destes
elementos de proteção na arquitetura do prédio. As venezianas devem ser de cores claras,
preferencialmente.
Exemplo:
Imaginemos que um prédio com 9.300 m2 (100.000 ft2) possua um sistema de iluminação que
vai ser eficientizada, passando de uma taxa média de 33 w/m2 (3 w/ft2) para 21 w/m2 (2 w/ft2).
Calcular as economias obtidas.
Tempo de operação:
10 h/dia x 22 dias /mês x 12 meses/ano= 2.640 horas
Redução no consumo de iluminação:
(33 - 21) w/m2 x 9300 m2 x 2640 h/ano = 294.624.000 wh = 294.624 kWh/ano
Equivalente em TRh (carga térmica acumulada):
1 w = 3,4 BTU/h
1 TR = 12.000 BTU/h
então:
294.624 kWh = 84.704 TRh
Se considerarmos que a eficiência de um “chiller” novo é de 0,6 kWh/TRh:
84.704 TRh X 0,6 kWh/TRh = 50.822 kWh de redução de consumo no “chiller”
A uma tarifa média de R$ 0,10 /kWh, teremos uma economia anual de :
50.822 kWh X R$0,10 = R$ 5082,00/ano
Adicionalmente, a redução na capacidade do “chiller”, no caso de substituição será de:
(33 -21) W/m2 X 9.300 m2 = 111.600W = 32 TR
A um custo médio de U$ 450,00/TR, teremos uma redução de U$ 14.438,00, no custo de
investimento (R$ 36.095,00).
É oportuno lembrar que a relação de potências varia com o cubo da variação da rotação. Isto
significa que, reduzindo a vazão (atuando na rotação), o consumo cairá em relação cúbica.
Estudos (nos EUA) têm mostrado que o uso destes dispositivos pode economizar até 52 % de
energia.
Abaixo, uma tabela com custos estimados de Variadores de Freqüência para diversas potências:
HP R$(1) R$(2)
5 2.330,00 2.330,00
10 3.700,00 3.700,00
30 12.200,00 12.200,00
50 19.600,00 14.800,00
100 43.000,00 28.300,00
Notas:
– 220 V
– 440 V
Em Ar Condicionado, atualmente, os sistemas VAV (Volume Variável) e de bombeamento, já
aplicam largamente estes dispositivos.
90 Sistemas de Ar Condicionado
Exemplo:
Numa empresa foram constatadas a degradação e obsolescência de seus resfriadores (com cerca
de 25 anos). Considerando-se a substituição desses resfriadores, foi feito um estudo técnico-
econômico em cima dos números a seguir.
Capacidade Instalada: 640 TR (4 x 160 TR)
TRh calculada por ano : 1.136.083 TRh
RET-ANOS RET-ANOS
DIF CUSTO DIF CUSTO
10 % AA 12 % AA
4-ANOS 4,5 ANOS
Sistemas de Ar Condicionado 93
BIBLIOGRAFIA
DOSSAT, Roy J. Principles of Refrigeration. 2ª ed. Estados Unidos: John Wiley & Sons, Inc., 1978.
603 p.
MARQUES, Iomar. Termodinâmica Técnica. 4ª Editora Científica, 1965. 438 p.
JORGENSEN, Robert. Fan Engineering. 70ª ed. New York: Buffalo Forge Company, 1970. 729 p.
CARRIER - SYSTEM DESIGN MANUAL. New York: Carrier Corporation, 1968-1972.
AMERICAN SOCIETY OF HEATING, REGRIGERATING AND AIR-CONDITIONING ENGINEERS. Ashrae
100-1995, Standard. Atlanda, 1996.
ABNT, Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 6401: Instalações centrais de ar-
condicionado para conforto – Parâmetros básicos de projeto. dez. 1980. 17 p.
ASHRAE Standard. Energy Conservation in Existing Buildings, (ANSI/ASHRAE 100-1995), American
Society of Heating, Refrigerating and Air-Conditioning Engineers, Inc. Atlanda, 1996.
_____, “Trane Reciprocating Refrigeration Manual, “ The Trane Company, La Crosse, Wisconsin,
1964.
Sistemas de Ar Condicionado
ANEXOS
Sistemas de Ar Condicionado 97
ANEXO A - TABELAS
Redução de 99,5%: 1º de
janeiro de 2020 (consumo
restrito a serviços em
refrigeração e equipamentos
de ar condicionado existente
até a data)
Redução de 100%: 1º de
janeiro de 2030
1. PAREDES EXTERNAS U
a) Tijolos maciços (20cm x 10cm x 6cm)
14 cm = 2 revest. + 10 tijolos + 2 revest. 0,59
24 cm = 2 revest. + 20 tijolos + 2 revest. 0,4
Dupla = 2 revest. + 20 tijolos + ar + 20 tijolos + 2 revest. 0,2
Dupla = 2 revest. + 20 tijolos + ar + 10 tijolos + 2 revest. 0,24
Dupla = 2 revest. + 20 tijolos + ar + 6 tijolos + 2 revest. 0,26
Dupla = 2 revest. + 10 tijolos + ar + 10 tijolos + 2 revest. 0,3
Dupla = 2 revest. + 10 tijolos + ar + 6 tijolos + 2 revest. 0,33
Dupla = 2 revest. + 6 tijolos + ar + 6 tijolos + 2 revest. 0,36
Standard = 20cm x 10cm x 10cm
b) Tijolos
furados Lajota = 20cm x 10cm x 20cm ou 30cm
Livre = 20cm x 20cm x 6cm
14 cm = 2 revest. + 10 tijolos + 2 revest. 0,53
24 cm = 2 revest. + 20 tijolos + 2 revest. 0,39
Dupla = 2 revest. + 20 tijolos + ar + 20 tijolos + 2 revest. 0,19
Dupla = 2 revest. + 20 tijolos + ar + 10 tijolos + 2 revest. 0,22
Dupla = 2 revest. + 20 tijolos + ar + 6 tijolos + 2 revest. 0,25
Dupla = 2 revest. + 10 tijolos + ar + 10 tijolos + 2 revest. 0,26
Dupla = 2 revest. + 10 tijolos + ar + 6 tijolos + 2 revest. 0,3
c) Concreto ou pedra
10 cm 0,8
15 cm 0,78
25 cm 0,62
35 cm 0,52
50 cm 0,41
106 Sistemas de Ar Condicionado
2. PAREDES INTERNAS U
a) Tijolos maciços
10 cm = 2 revest. + 6 tijolos + 2 revest. 0,55
14 cm = 2 revest. + 10 tijolos + 2 revest. 0,47
24 cm = 2 revest. + 20 tijolos + 2 revest. 0,34
Dupla = 2 revest. + 10 tijolos + ar + 10 tijolos + 2 revest. 0,26
Dupla = 2 revest. + 10 tijolos + ar + 6 tijolos + 2 revest. 0,29
Dupla = 2 revest. + 6 tijolos + ar + 6 tijolos + 2 revest. 0,31
b) Tijolos furados
10 cm = 2 revest. + 6 tijolos + 2 revest. 0,52
14 cm = 2 revest. + 10 tijolos + 2 revest. 0,43
24 cm = 2 revest. + 20 tijolos + 2 revest. 0,33
Dupla = 2 revest. + 10 tijolos + ar + 10 tijolos + 2 revest. 0,24
Dupla = 2 revest. + 10 tijolos + ar + 6 tijolos + 2 revest. 0,26
Dupla = 2 revest. + 6 tijolos + ar + 6 tijolos + 2 revest. 0,29
c) Concreto
10 cm 0,65
15 cm 0,58
Sistemas de Ar Condicionado 107
3. TETOS E PISOS U
a) Laje simples com tacos
16 cm = 2 revest. + 10 concreto + 2 argamassa + 2 tacos 0,41
b) Laje simples com ladrilhos
16 cm = 2 revest. + 10 concreto + 2 argamassa + 2 ladrilhos 0,58
c) Laje nervurada com tacos
16 cm = 2 revest. + 10 lajota + 2 argamassa + 2 tacos 0,34
d) Laje nervurada com ladrilhos
23 cm = 2 revest. + 10 lajota + 7 concreto + 2 argamassa + 2 ladrilhos 0,45
e) Laje dupla
Laje dupla 0,21
108 Sistemas de Ar Condicionado
4. TERRAÇOS DE COBERTURA U
a) Laje simples sem isolamento
18cm = 2 revest. + 10 concreto + 1,5 feltro e asfalto + 5 revest. 0,67
NOTA: O revestimento da face superior da laje (4 ou 5cm) é, geralmente, de
concreto com “SIKA”, ou argamassa e ladrilhos.
a1) Idem, com 2,5cm de cortiça ou equivalente 0,22
a2) Idem, com 5cm de cortiça ou equivalente 0,13
b) Laje simples coberta com lajota de tijolo
30cm = 2 revest. + 10 concreto + 10 lajota + 2 argamassa + 1,5 feltro 0,39
e asfalto + 5 revest.
c) Laje nervurada sem isolamento
27cm = 2 revest. + 10 lajota + 7concreto + 1,5 feltro e asfalto + 5 0,5
revest.
c1) Idem, com 2,5cm de cortiça ou equivalente 0,2
c2) Idem, com 5cm de cortiça ou equivalente 0,12
5. TELHADOS (forro sem ventilação)
a) 2 revest. + 8 concreto + forro + telhado de telhas francesas 0,45
a1) Idem, com 2,5cm de cortiça ou equivalente, sobre o teto 0,22
a2) Idem, com 5cm de cortiça ou equivalente, sobre o teto 0,13
6. VIDROS EXTERNOS
Verão 1,06
Inverno 1,13
7. VIDROS INTERNOS 0,75
Vidros internos 0,75
Sistemas de Ar Condicionado 109
BTU/H.PE2.ºF
Sistemas de Ar Condicionado 111
(º F por BTU/H.pe2)
112 Sistemas de Ar Condicionado
(º F por BTU/H.pe2)
Sistemas de Ar Condicionado 113
PESO HORÁRIO
FACHADA
(lb / pe 2 (Latitude Sul)
A.M. P.M. A.M.
de piso)
6 7 8 9 10 11 12 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 1 2 3 4 5
150 e acima .17 .27 .33 .33 .31 .29 .27 .25 .23 .22 .20 .19 .17 .15 .14 .12 .11 .10 .09 .08 .07 .07 .06 .06
100 .19 .31 .38 .39 .36 .34 .27 .24 .22 .21 .19 .17 .16 .14 .12 .10 .07 .08 .07 .06 .05 .05 .04 .03 Sudeste
30 .31 .56 .65 .61 .46 .33 .26 .21 .18 .16 .14 .12 .09 .06 .04 .03 .02 .01 .01 .01 0 0 0 0
150 e acima .16 .26 .34 .39 .40 .38 .34 .30 .28 .26 .23 .22 .20 .18 .16 .14 .13 .12 .10 .09 .08 .08 .07 .06
100 .16 .29 .40 .46 .46 .42 .36 .31 .28 .25 .23 .20 .18 .15 .14 .12 .11 .09 .08 .08 .06 .06 .05 .04 Leste
30 .27 .50 .67 .73 .68 53 .38 .27 .22 .18 .15 .12 .09 .06 .04 .03 .02 .01 .01 .01 .01 0 .0 .01
150 e acima .08 .14 .22 .31 .38 .43 .44 .43 .39 .35 .32 .29 .26 .23 .21 .19 .16 .15 .13 .12 .11 .10 .09 .08
100 .05 .12 .23 .35 .44 .49 .51 .47 .41 .36 .31 .27 .24 .21 .18 .16 .14 .12 .10 .09 .08 .08 .06 .06 Nordeste
30 0 .18 .40 .59 .72 .77 .72 .60 .44 .32 .23 .18 .14 .09 .07 .05 .03 .02 .01 .01 .01 0 0 0
150 e acima .10 .10 .13 .20 .28 .35 .42 .48 .51 .51 .48 .42 .37 .33 .29 .26 .23 .21 .19 .17 .15 .14 .13 .12
100 .07 .06 .12 .20 .30 .39 .48 .54 .58 .57 .53 .45 .37 .31 .27 .23 .20 .18 .16 .14 .12 .11 .10 .08 Norte
30 0 0 .12 .29 .48 .64 .75 .82 .81 .75 .61 .42 .28 .19 .13 .09 .06 .04 .03 .02 .01 .01 0 0
150 e acima .11 .10 .10 .10 .10 .14 .21 .29 .36 .43 .47 .46 .40 .34 .30 .27 .24 .22 .20 .18 .16 .14 .13 .12
100 .09 .09 .08 .09 .09 .14 .22 .31 .42 .50 .53 .51 .44 .35 .29 .26 .22 .19 .17 .15 .13 .12 .11 .09 Noroeste
30 .02 .03 .05 .06 .08 .12 .34 .53 .68 .78 .78 .68 .46 .29 .20 .14 .09 .07 .05 .03 .02 .02 .01 .01
150 e acima .12 .11 .11 .10 .10 .10 .10 .13 .19 .27 .36 .42 .44 .38 .33 .29 .26 .23 .21 .18 .16 .15 .13 .12
100 .09 .09 .09 .09 .09 .09 .10 .12 .19 .30 .40 .48 .51 .42 .35 .30 .25 .22 .19 .16 .14 .13 .11 .09 Oeste
30 .02 .03 .05 .06 .07 .07 .08 .14 .29 .49 .67 .76 .75 .53 .33 .22 .15 .11 .08 .05 .04 .03 .02 .01
150 e acima .10 .10 .10 .10 .10 .10 .10 .10 .12 .17 .25 .34 .39 .34 .29 .26 .23 .20 .18 .16 .14 .13 .12 .10
100 .08 .09 .09 .09 .09 .09 .09 .09 .11 .19 .29 .40 .46 .40 .32 .26 .22 .19 .16 .14 .13 .11 .10 .08 Sudoeste
30 .02 .04 .05 .07 .08 .09 .10 .10 .13 .27 .48 .65 .73 .49 .31 .21 .16 .10 .07 .05 .04 .03 .02 .01
150 e acima .16 .23 .33 .41 .47 .52 .57 .61 .66 .69 .72 .74 .59 .52 .46 .42 .37 .34 .31 .27 .25 .23 .21 .17
Sul e
100 .11 .33 .44 .51 .57 .62 .66 .70 .74 .76 .79 .80 .60 .51 .44 .37 .32 .29 .27 .23 .21 .18 .16 .13
Sombra
30 0 .48 .66 .76 .82 87 .91 .93 .95 .97 .98 .98 .52 .34 .24 .16 .11 .07 .05 .04 .02 .02 .01 .01
1
Vidro sem proteção - Qualquer janela sem elemento de sombreamento interno. Janelas com elementos de sombreamento externo ou protegidas para projeções
(sombra) externas são considerados vidros sem proteção.
2
Estes fatores se aplicam quando mantendo temperatura constante no ambiente, durante a operação. Onde a temperatura for permitida flutuar, armazenamento
adicional ocorrerá durante períodos de 'pico' .
Fonte: Carrier System Design Manual, 1972, Part 1- Load Estimating, p.1-31, Table 8.
Sistemas de Ar Condicionado 119
TABELA 11 – INFILTRAÇÃO DE AR
Sistemas de Ar Condicionado 133
ASHRAE
ANEXO B
BALANCEAMENTO DE BOCAS DE AR
PROJETO: SISTEMA:
FABRICANTE: INST.TESTE:
BOCA DE AR PROJETO OBS
ÁREA Nº TIPO DIM FATOR m3/h m/s FATOR m/s m3/h
SERVIDA A.L.
OBSERVAÇÕES
NOTA:
TIPO
VENTILADOR
MODELO
ROTAÇÃO RPM
VAZÃO
MARCA
POTÊNCIA CV
TENSÃO V
MOTOR
CORRENTE NOMINAL A
AJUSTE RELE A
Nº. DE POLOS
ENTRADA DE AR BS / BU (º C)
TEMP.
SAÍDA DE AR BS / BU (º C)
TEMP. ENTRADA BS / BU (º C)
AR
TEMP. SAÍDA BS / BU (º C)
VAZÃO
ÁGUA
TEMP. ENTRADA (º C)
TEMP. SAÍDA (º C)
PRESSÃO KG/CM2
SAÍDA
ENTRADA
TEMPERATURA ºC
SAÍDA
VAZÃO DE ÁGUA L/H
ENTRADA
COND.1
PRESSÃO KG/CM2
SAÍDA
ENTRADA
TEMPERATURA ºC
SAÍDA
VAZÃO DE ÁGUA L/H
ENTRADA
COND.2
PRESSÃO KG/CM2
SAÍDA
ENTRADA
TEMPERATURA ºC
SAÍDA
OBSERVAÇÕES
CORRENTE A
CONSUMO KW
AJUSTE PREST. ALTA (DESARME) PSIG
AJUSTE PREST. BAIXA (DES/REA) PSIG
TENSÃO V
COMP. 2
CORRENTE A
CONSUMO KW
AJUSTE PREST. ALTA (DESARME) PSIG
AJUSTE PREST. BAIXA (DES/REA) PSIG
TENSÃO V
CORRENTE
COMP. 3
A
CONSUMO KW
AJUSTE PREST. ALTA (DESARME) PSIG
AJUSTE PREST. BAIXA (DES/REA) PSIG
TENSÃO V
CORRENTE
COMP. 4
A
CONSUMO KW
AJUSTE PREST. ALTA (DESARME) PSIG
AJUSTE PREST. BAIXA (DES/REA) PSIG
ALTA
PRESSÃO BAIXA PSIG
ÓLEO
SUCÇÃO
TEMPERATURA 0C
DESCARGA
Sistemas de Ar Condicionado 145
146 Sistemas de Ar Condicionado
SELF CONTAINED
TIPO
MODELO
VENTILADOR
INSUFLAM.
VAZÃO RETORNO M3/H
BY PASS
AR EXTERNO
ROTAÇÃO RPM
PRESSÃO ESTÁTICA DISPONÍVEL MmCA
MARCA
POTÊNCIA CV
MOTOR
AJUSTE RELE A
ROTAÇÃO RPM
CORRENTE NOMINAL A
TENSÃO V
INSULFLAMENTO BS/BU (0C)
RETORNO BS/BU (0C)
TEMP.
CIRCUITO DE ÁGUA
Nº ROWS
ALETAS/POL
EVAP.
ÁREA DE FACE M2
VELOCIDADE DE FACE M/S
VAZÃO DE ÁGUA L/H
PRESSÃO ENTRADA
COND. 1
SAÍDA KG/CM2
TEMPERATURA ENTRADA 0C
SAÍDA
VAZÃO DE ÁGUA L/H
PRESSÃO ENTRADA
COND. 2
SAÍDA KG/CM2
TEMPERATURA ENTRADA
0C
SAÍDA
Sistemas de Ar Condicionado 147
INSUFLAM.
VAZÃO RETORNO M3/H
BY PASS
AR EXTERNO
ROTAÇÃO RPM
PRESSÃO ESTÁTICA DISP/TOTAL MmCA
MARCA
POTÊNCIA CV
MOTOR
AJUSTE RELE A
ROTAÇÃO RPM
CORRENTE NOMINAL A
TENSÃO V
INSULFLAMENTO BS/BU (0C)
RETORNO BS/BU (0C)
TEMP.
ÁREA DE FACE
VELOCIDADE DE FACE
VAZÃO
ENTRADA
TEMP.
SAÍDA
PRESSÃO ENTRADA
KG / CM2
SAÍDA
DIAMETROS DOS TUBOS POL
OBSERVAÇÕES:
148 Sistemas de Ar Condicionado