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INTERIORES

RESIDENCIAIS
PROFA. TAÍS DANGELIS
2019-2 AULA 01

Photo by Jarrod Pimental on Unsplash


AULA 01
CONTEÚDOS

1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
2 MATERIAIS E INSTRUMENTOS
3 HISTÓRIA DA CASA BRASILEIRA
1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

objetivos
• Capacitar o aluno a desenvolver projetos de interiores residenciais a partir de um
conceito norteador, considerando a conexão irrevogável entre o projeto de
arquitetura, os espaços interiores e a identidade do cliente;
• Compreender o espaço interior construído e saber qualificá-lo para o desenvolvimento
do projeto de interiores;
• Desenvolver o raciocínio projetual de acordo com a escala humana e o
dimensionamento de espaços para o homem e seus equipamentos (ergonomia);
• Elaborar desenhos técnicos de projeto como: projeto de iluminação, plantas de piso,
teto, a demolir e a construir, detalhamentos e especificações dos componentes de
interiores.
1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

metodologia
AULAS TEÓRICAS

+
AULAS PRÁTICAS
(desenvolvimento dos trabalhos)

*a frequência é muito importante (mín. 75%)!!


1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

avaliação
NOTA ÚNICA
composta por: 40% Trabalho 01
40% Trabalho 02
20% Atividades em sala

Nota do semestre

* Média de aprovação: 6,0


1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

cronograma AULA 01
AULA 02
16/ago
23/ago
Apresentação da disciplina; História da Casa Brasileira
O usuário e o programa arquitetônico de interior
AULA 03 30/ago O conceito como norteador projetivo
AULA 04 06/set Setorização, Fluxos, Vistas e Entornos
AULA 05 13/set Ergonomia e antropometria
AULA 06 20/set Circulação: novas diretrizes e relação de escala
ENTREGA DO TRABALHO I E
AULA 07 27/set
LANÇAMENTO DO TRABALHO II
AULA 08 04/out Salas e Quartos
AULA 09 11/out Cozinhas e Banheiros
AULA 10 18/out Loft
25/out SEMANA ACADÊMICA
AULA 11 01/nov Desenvolv. do Trabalho II - Iluminação
AULA 12 08/nov Desenvolv. do Trabalho II - Materiais de Revestimentos
15/nov FERIADO
AULA 13 22/nov Desenvolv. do Trabalho II - Plantas técnicas
AULA 14 29/nov Desenvolv. do Trabalho II - Detalhamento de mobiliário
AULA 15 06/dez ENTREGA DO TRABALHO II
1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

bibliografia
BARBOSA, Marília Pereira de Ardovino et al. Projeto de interiores residenciais. Porto Alegre:
SAGAH, 2018. Disponível na biblioteca virtual Estácio.
CHING, Francis. Arquitetura de interiores ilustrada. Porto Alegre: Bookman, 2013. Disponível
na biblioteca virtual Estácio.
GRANADO, Robson de Barros. História do design de interiores. Rio de Janeiro: SESES, 2018.
Disponível na biblioteca virtual Estácio.
NETTO, Claudia Campos. Desenho arquitetônico e design de interiores. São Paulo : Érica, 2014.
Disponível na biblioteca virtual Estácio.
PANERO, Julius; ZELNIK, Martin. Dimensionamento Humano para Espaços Interiores. São
Paulo: Gustavo Gili, 2002.
AULA 01
CONTEÚDOS

1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
2 MATERIAIS E INSTRUMENTOS
3 HISTÓRIA DA CASA BRASILEIRA
2. MATERIAIS E INSTRUMENTOS

quais os materiais e como utilizá-los?


2. MATERIAIS E INSTRUMENTOS

lista de materiais
• Lapiseira 0,3 – grafite HB
• Lapiseira 0,5 – grafite B
• Lapiseira 0,7 – grafite B
• Lapiseira 0,9 – grafite 2B
• Escalímetro (1:50/1:75/1:25/1:20/1:100/1:125)
• Par de esquadros sem graduação e sem rebaixo (45° e 30°/60°)
• Gabarito sanitário
• Borracha branca
• Compasso com regulagem de abertura
• Folhas sulfurize A3
• Fita crepe/fita adesiva
• Pasta ou canudo para transporte dos trabalhos
2. MATERIAIS E INSTRUMENTOS

lapiseiras
2. MATERIAIS E INSTRUMENTOS

esquadros
2. MATERIAIS E INSTRUMENTOS

como iniciar o desenho?


2. MATERIAIS E INSTRUMENTOS

1) Posicionar a borda da folha paralela à régua


(se a folha já contem desenhos, posicioná-la
paralelamente segundo uma reta do desenho).
2. MATERIAIS E INSTRUMENTOS

1) Posicionar a borda da folha paralela à régua


(se a folha já contem desenhos, posicioná-la
paralelamente segundo uma reta do desenho).

2) Fixar a primeira fita na


direção das diagonais da folha,
esticando-a. A segunda fita
deverá ser fixada na
extremidade diagonal oposta.
2. MATERIAIS E INSTRUMENTOS

1) Posicionar a borda da folha paralela à régua


(se a folha já contem desenhos, posicioná-la
paralelamente segundo uma reta do desenho).

2) Fixar a primeira fita na


direção das diagonais da folha,
esticando-a. A segunda fita
deverá ser fixada na
extremidade diagonal oposta.
2. MATERIAIS E INSTRUMENTOS
2. MATERIAIS E INSTRUMENTOS

17,5 cm

variável
carimbo
(identificação do desenho e do
responsável)

Área para informações


complementares (tabelas de
esquadrias, notas, revisões,
etc.)
AULA 01
CONTEÚDOS

1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
2 MATERIAIS E INSTRUMENTOS
3 HISTÓRIA DA CASA BRASILEIRA
3. HISTÓRIA DA CASA BRASILEIRA

ABRIGO

A função básica da casa é o abrigo.

Um invólucro seletivo e corretivo das


manifestações climáticas.
3. HISTÓRIA DA CASA BRASILEIRA

HABITAR

Ato distraído e rotineiro que


pode ser qualificados pelo
espaço arquitetônico.

Não percebemos os aspectos


socioculturais vinculados às
habitações e suas
transformações.

Moramos simplesmente.
3. HISTÓRIA DA CASA BRASILEIRA

HABITAR
Em geral, não percebemos
aspectos ligados às técnicas
construtivas, à distribuição
dos espaços, aos materiais
aplicados, aos mobiliários e
decorações presentes.

"[...] o ato de projetar uma casa


é interdisciplinar e os aspectos
antropológicos são

fundamentais." (LEMOS, 1989, p.10)


3. HISTÓRIA DA CASA BRASILEIRA

casa brasileira colonial


OCUPAÇÃO INICIAL (séc. XVI e XVII)
• Colonos possuíam vidas e habitações modestas;
• As edificações da Igreja católica, presentes desde o início, representavam as
construções de maior importância;
• As primeiras riquezas geradas na colônia tem origem na atividade extrativista e
na agricultura (ciclos econômicos da cana-de-açúcar, do ouro e do café).

A história da casa brasileira está relacionada às raízes lusas, assim como, indígenas.
3. HISTÓRIA DA CASA BRASILEIRA

casa brasileira colonial


• A "casa portuguesa" se expressa no Brasil através da sua aparência externa, em
função dos materiais e da reprodução estilística;
• As plantas e partidos arquitetônicos derivam das condições socioeconômicas e
climáticas aqui presentes;
• Fizeram uso das técnicas construtivas indígenas (coberturas de palha, sapé,
folhas de coqueiro, amarrações de cipó e estrutura de paus roliços)
• Adotaram o costume indígena da cozinha separada da casa (embaixo da copa de
árvores ou em rancho próximo), em função do calor e da presença da mão-de-
obra escravizada.
3. HISTÓRIA DA CASA BRASILEIRA

arquitetura rural colonial


CASA SERTANEJA
• Construção mais simples do período colonial;
• Pertenciam a homens livres que cultivavam
uma propriedade, dividindo a produção como o
senhor de engenho;
• Podia ser feita toda de palha – a palhoça - ou
com paredes de pau-a-pique;
• Tinham apenas um compartimento interno
com sobreposição de funções.
3. HISTÓRIA DA CASA BRASILEIRA

arquitetura rural colonial


CASA BANDEIRISTA
• Ainda que precária possui um desenho clássico
rigoroso;
• Feita em taipa de pilão ou de mão, telhados de
barro sobre madeiramento;
• Seu programa possui a sala como lugar central e os
demais cômodos nas laterais;
• Destaca-se o quarto de hóspedes dentro do corpo
da construção, porém abrindo para o exterior.
3. HISTÓRIA DA CASA BRASILEIRA

arquitetura rural colonial

Sítio do Padre Inácio, Cotia/SP, Século XVIII.


3. HISTÓRIA DA CASA BRASILEIRA

arquitetura rural colonial


CASA BANDEIRISTA

Sítio Mandu, Cotia/SP, Século XVIII.


3. HISTÓRIA DA CASA BRASILEIRA

arquitetura rural colonial


FAZENDA DE ENGENHO
• Conjunto composto por diversas edificações;
• Morar associado ao trabalho e produção.

1- Capela;
2-Casa Grande;
3-Hóspedes;
4-Casa do engenho;
5-Cavalariças;
6- Casa do bagaço;
7- Forno;
8- Cocheira;
9- Refinaria-destilaria;
10- Olaria;
11- Senzalas;
12- Casa do feitor
3. HISTÓRIA DA CASA BRASILEIRA

arquitetura rural colonial


FAZENDA DE ENGENHO
• Elemento indispensável nas casas-grandes
de fazenda é a varanda, grande e larga,
ocupando na maioria das vezes toda a
frente;
• Capela ligada à casa;
• Quarto/alcova para hóspedes voltada para a
área externa.
3. HISTÓRIA DA CASA BRASILEIRA

arquitetura rural colonial


FAZENDA DE ENGENHO

Fazenda do Viegas. Rio de Janeiro, 1725.


3. HISTÓRIA DA CASA BRASILEIRA

arquitetura rural colonial


FAZENDA DE ENGENHO

Fazenda do Viegas. Rio de Janeiro, 1725.


3. HISTÓRIA DA CASA BRASILEIRA

arquitetura urbana colonial


CASA TÉRREA
• Nas cidades, o programa das habitações se aproximava do modelo de
Portugal, diferenciando-se pela presença dos escravos;
• Seguiu praticamente a mesma planta em todo o Brasil;
• Volumetria determinada por questões de parcelamento do solo (lote
estreito e profundo), tectônicas e ambientais;
• Casas construídas no alinhamento predial (sem recuos) e geminadas
nos dois lados (sem afastamentos);
• Possuíam “chão batido”, diferentemente dos assoalhos dos sobrados.
3. HISTÓRIA DA CASA BRASILEIRA

arquitetura urbana colonial


CASA TÉRREA

Casario de Paraty/RJ.
3. HISTÓRIA DA CASA BRASILEIRA

arquitetura urbana colonial ALCOVA

Casa de porta e janela


• Programa com apenas sala, quarto, varanda e cozinha; ALCOVA

• A circulação para os compartimentos dos fundos se dava


pelas alcovas/quartos;
• Ausência de vãos de iluminação e ventilação nas alcovas;
• Pessoas que não faziam parte do convívio familiar não ALCOVA

eram admitidas para além da sala;


• Variações podem acontecer com o acréscimo de ALCOVA

alcovas/quartos e independência de circulação.


3. HISTÓRIA DA CASA BRASILEIRA

arquitetura urbana colonial ALCOVA

Casa de porta e janela

ALCOVA

ALCOVA

ALCOVA

Casa colonial, Pelotas/RS.


3. HISTÓRIA DA CASA BRASILEIRA

arquitetura urbana colonial


SOBRADO
• Revelavam maior poder aquisitivo da
família;
• Possuíam assoalho no nível superior,
utilizado como habitação;
• O piso inferior era ocupado ou por
comércio da família ou para
acomodação de escravos e animais.
3. HISTÓRIA DA CASA BRASILEIRA

arquitetura urbana colonial


SOBRADO

Sobrado nº 28, da rua do Amparo,


Sobrado nº 07, Pátio de São Pedro, Olinda/PE. Olinda/PE.
3. HISTÓRIA DA CASA BRASILEIRA
"Nos quartos de dormir, lavatórios providos de
bacias, e jarras. Agora, soalhos encerados.
Paredes forradas de papel decorado. Cortinas,
arquitetura do século XIX reposteiros. Grades de ferro forjado ou fundido
nos balcões. Fachadas iluminadas a noite por
meio de lanternas penduradas em graciosos
suportes. Tintas de novas cores."
• Vinculadas à chegada da corte portuguesa em 1808; (LEMOS, 1989, p. 45)

• A corte transferida de Lisboa para o Rio trouxe os hábitos fidalgos, assim como,
novidades decorrentes da Revolução Industrial (como o vidro plano transparente);
• A área de serviço é o que menos se altera já que a mão-de-obra continuava sendo a
escravizada;
• Passaram a adotar também decorações neoclássicas através da influência francesa.
• Esse novo universo é verificado inicialmente no Rio de Janeiro, partindo daí para o
Brasil afora.
novidades estilísticas - neoclássico
Palácio Imperial, em Petrópolis.
novidades estilísticas - ecletismo
Casario de Olinda/PE.
Antigo sobrado dos Guimarães, Curitiba/PR.
Solar dos Leões, Curitiba/PR.
3. HISTÓRIA DA CASA BRASILEIRA

arquitetura do século XX

Como é a casa brasileira desse período??


para a próxima aula
• Casa brasileira do século XX;
• Materiais de desenho;
• Definição de duplas para trabalho I;
• Levantamento físico do ambiente a ser trabalhado (quarto com
banheiro).

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