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Revista Caderno JENEPS – n.3 – vol.1 – 2020 – ISSN 2595-6787
EXPEDIENTE
Editor Corporativo
Corpo Editorial
Dra. Bruna Molisani Ferreira Alves – Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ
Dra. Elaine Ferreira Rezende de Oliveira – Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ
Dra. Eloiza Gurgel Pires – Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ
Dra. Heloisa Josiele Santos Carreiro – Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ
Dra. Patricia Elaine Pereira dos Santos – Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ
Me. Patricia Flávia Mota – Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – UNIRIO
Diagramadora
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APRESENTAÇÃO
A educação social continua sendo a materialização das práticas educativas não escolares.
Todo o esforço teórico que realizamos na sociedade é para reforçar, valorizar e dar
visibilidade a diversos profissionais da educação que se dedicam, de maneira árdua e
específica, nesse trabalho, dentro e fora das salas de aulas no país.
Essa é a realidade que celebramos nas Jornadas de Educação Não Escolar e Pedagogia
Social, JENEPS, que realizamos anualmente na Faculdade de Formação de Professores
da Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ.
Por isso, ele está dividido em duas partes: a primeira com alguns trabalhos que foram
apresentados na IV JENEPS de 2019 e que se apresentaram como temas relevantes a
serem registrados e aprofundados ao longo de outras possíveis formações continuadas por
outros grupos de pesquisas espalhados pelo país. A segunda parte, é composta por um
dossiê temático, organizado pelo Coletivo de Leituras e Investigações em Pedagogia
Social – CLIPS da Universidade Castelo Branco (UCB) no Rio de Janeiro. Esse material
continua a reflexão sobre temáticas da Pedagogia Social a partir do tempo histórico vivido
pela sociedade brasileira e a pandemia do Coronavírus. Assim, as temáticas da educação
social se reorganizam para atender as demandas dos indivíduos em suas novas formas de
relacionamento social.
Enfim, esse material está em aberto e pronto para ser usado como princípio da discussão
sobre a Pedagogia Social e as práticas da E ducação Social. Cuidar, amparar e orientar
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ÍNDICE
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Pg. 48 - Referências
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Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Políticas Sociais – Universidade Estadual do Norte
Fluminense Darcy Ribeiro – UENF. Email: carolfrancapessanha@gmail.com
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Professora Associada da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro e do Programa de
Pós-Graduação em Políticas Sociais. Email: r.maldonado@globo.com
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estudantes, assim como o papel do Pré-Vest UENF em contribuir para promover o acesso
dos discentes ao ensino superior. Importante ressaltar que foram dados aos cinco egressos
nomes fictícios, são eles: Ana, Joana, Mario, João e Maria. O trabalho baseou-se nos
referenciais teóricos de Zago (2008), que analisa o percurso e o surgimento dos primeiros
pré-vestibulares no país, no contexto da redemocratização da sociedade brasileira e Gohn
(2010), que analisou o surgimento e características do campo da educação não formal.
No que tange à análise da trajetória escolar dos cinco egressos, pôde-se perceber que a
maioria deles frequentou instituições de ensino públicas, com exceção de uma única
egressa que esteve durante todo o ensino fundamental em instituição particular, com
bolsa. No entanto, o ensino médio também foi realizado em instituição pública, como
todos os outros egressos. O fato de a trajetória escolar dos egressos ter sido quase
majoritariamente pública revelou que o público alvo do Pré-Vest UENF está sendo
atendido, pois, como citado anteriormente, a meta dos cursos pré-vestibulares sociais é
possibilitar que as pessoas pertencentes às camadas sociais desfavorecidas tenham acesso
ao ensino superior, e fazem parte desse público-alvo os alunos provenientes das escolas
públicas. Ao analisar a trajetória familiar desses estudantes, notou-se que todos eles vêm
de famílias oriundas de classes sociais menos abastadas. A maioria dos pais faz parte dos
quadros dos trabalhadores assalariados, com exceção da mãe de Mario e o pai de Maria
que são autônomos. Observou-se também que nenhum desses pais tiveram acesso ao
ensino superior, conquistando em poucos casos, somente o acesso ao ensino médio. Dessa
forma, percebeu-se que esses egressos fazem parte de famílias cujo acesso ao ensino
superior ainda é reduzido. Dois egressos entrevistados admitiram serem os primeiros da
família a ingressarem nesta modalidade de ensino. Este fato revelou como o acesso ao
ensino superior tem sido restrito, até os dias de hoje, com exceções, a determinadas
classes sociais. Quando questionados sobre a razão de terem decidido participar de um
pré-vestibular, alguns egressos responderam que os conhecimentos oferecidos pelas
escolas nas quais estudaram eram insuficientes para o ingresso no ensino superior, de
forma que precisaram buscar complementar seus estudos em cursos pré-vestibulares
sociais para aumentarem suas chances de acesso. Outros egressos apontaram somente a
questão da necessidade de relembrar os conteúdos abordados no ensino médio, não
citando especificamente a questão da qualidade do ensino. Em relação ao acesso ao ensino
superior, a maioria dos egressos frequentou o Pré-Vest UENF por um ano, com exceção
de Mario, que esteve no curso por dois anos seguidos. Todos eles conquistaram o acesso
ao ensino superior assim que terminaram o curso. Dessa forma, a egressa Ana participou
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do curso no ano de 2012, conquistando o acesso ao ensino superior no ano de 2013, Joana
participou do projeto no ano de 2011, ingressando no ano de 2012, Mario foi o egresso
que frequentou o curso por dois anos, 2009 e 2010, conquistando em 2011 o acesso. João
participou no ano de 2015 e entrou para a universidade em 2016 e Maria cursou o Pré no
ano de 2011, alcançando o acesso ao ensino superior no ano de 2012. Os cinco egressos
conquistaram vagas em universidades públicas situadas no município de Campos dos
Goytacazes, RJ, e passaram para os cursos que realmente desejavam. Por fim, quando
questionados sobre a contribuição do Pré-Vest para seu acesso à universidade, notou-se,
a partir da fala de cada egresso, que todos eles confirmaram que a participação no curso
“facilitou”, “contribuiu”, “direcionou”, “ajudou”, para que eles alcançassem o acesso.
Visto isso, diagnosticou-se a partir da pesquisa realizada que apesar de serem oriundos
de famílias das classes menos abastadas, cuja trajetória escolar é curta no que tange aos
anos e níveis de escolaridade alcançados, os egressos do curso que participaram dessa
pesquisa alcançaram o acesso ao ensino superior público. Este, na concepção de Saviani
(2010), além de formar profissionais universitários, possibilita o acesso à organização da
cultura superior, a fim de promover discussões sobre os problemas do homem
contemporâneo. Desse modo, a partir desse resultado, observamos que o Pré-Vest UENF
vem realizando um trabalho estratégico na região, contribuindo para a diminuição das
desigualdades sociais e econômicas presentes no município.
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Psicóloga e Pedagoga, Pós-Graduação em Orientação Educacional – AVM (Cândido Mendes);
Especialista em Educação Infantil – UFRRJ e Especialista em Dificuldades de Aprendizagem – UERJ.
Orientadora Educacional – SEMED (Belford Roxo) e CAp UFRJ. E-mail: crisviana3003@hotmail.com
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os alunos escutam, como era a prática das aulas magistrais do ensino tradicional. O
pressuposto do diálogo é sair de si mesmo e abrir-se ao outro (a educação autêntica não
se faz de A para B ou de A sobre B, mas de A com B). Freire (1987) postula uma educação
baseada no diálogo, em que o aluno e o professor são entendidos como seres em busca.
Neste contexto, fazem pleno sentido as palavras tão conhecidas de Freire (1987):
“Ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, os homens se educam entre si,
mediatizados pelo mundo” (1987, p. 68). E, posteriormente, através do estabelecimento
do vínculo Orientador/estudante, trabalhar com as narrativas das suas histórias de vida (a
princípio o Orientador tem acesso ao relato das histórias por meio dos registros do Setor),
possibilitando uma ressignificação das mesmas a partir do momento que tiver o contato
com o estudante. O mesmo irá recontar em sua perspectiva sua trajetória de vida e
possibilitar, assim, compreender os avanços e impasses vivenciados em sua vida
acadêmica, para que promova um recriar de um novo olhar sobre sua realidade e encontre
brechas para novos vínculos com o conhecimento e novas possibilidades de aprendizado
para o estudante (a partir da valorização do espaço escolar). Conforme sinaliza Freire
(1996), a busca pela igualdade aposta numa educação que tem como pressuposto o
diálogo, em que todos têm direito à voz e se educam mutuamente. Esta atuação tem como
objetivos: Compreender a importância das histórias como fortalecedoras da relação
Orientador/estudante; Criar diferentes estratégias relacionadas aos estudantes para que os
mesmos possam ter o sentimento de pertencimento à escola e Desenvolver a valorização
da “escuta” também nos demais protagonistas em suas demandas. Os Procedimentos
metodológicos foram realizados de forma qualitativa, sendo de cunho bibliográfico-
documental, bem como, através do relato de experiência. Utilizando aportes teóricos da
Psicologia Escolar, da Educação popular e da Psicologia Social. Percebe-se nos
resultados iniciais que a partir do suporte da Orientação baseado na singularidade dos
estudantes, reflete satisfatoriamente em sua trajetória acadêmica.
PALAVRAS-CHAVE: Acolhimento; Narrativas; Adolescentes.
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Graduada em Serviço Social pela Universidade Federal Fluminense e Assistente Social na Secretaria
Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos de Niterói. E-mail: jessyca.pozzi@hotmail.com.
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RESUMO: A proposta do presente artigo nasceu a partir dos diálogos entre estudantes
de graduação, com base nas atividades que exercemos junto ao COLEI (Coletivo de
Estudos e Pesquisas sobre Infâncias e Educação Infantil), e tem como objetivo refletir
sobre as ações do Projeto de Iniciação Científica “Rodas de Contação e Leitura de
Histórias na Praça: Pretextos para encontros entre a Comunidade Acadêmica e a
Comunidade Paraíso, São Gonçalo-RJ”, coordenado pela professora Heloisa Carreiro.
Trata-se de uma pesquisa intervenção (DAMIANI et al, 2013) que se mobiliza fora do
espaço escolar, pensando elementos atrelados à Educação Popular (FREIRE, 1991). A
principal ação do projeto se materializa através da montagem de uma Tenda Literária na
Praça dos Ex-Combatentes, no bairro Paraíso, na cidade de São Gonçalo, que se iniciou
em outubro de 2018 e aconteceu durante todo o ano de 2019. A Praça localiza-se em
frente ao Campus da UERJ de São Gonçalo e foi escolhida como espaço de pesquisa,
como estratégia de aproximação da academia com a comunidade local. O COLEI é um
Coletivo de pesquisa que estuda questões relacionadas à formação de professores; ao
cotidiano escolar e; às relações de crianças, de adolescentes e de adultos com a literatura.
Seu trabalho não é somente no campo teórico, mas trata-se de um grupo que nas suas
ações investigativas busca articular a teoria e a prática, pois, estas são compreendidas
como inseparáveis. O nosso Grupo se reúne semanalmente, às quintas-feiras, à tarde, para
montar uma Tenda Literária na Praça ou para realizar estudos teóricos, refletindo sobre
as experiências vividas na pesquisa e planejando nossas ações futuras. Assim, sentimos a
necessidade de pesquisar teoricamente assuntos e questões que nos ajudem a entender os
desafios que vivenciamos na Tenda e em outras experiências que articulamos através do
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Bolsista Voluntária de IC da FFP-UERJ
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Professora Adjunta da UERJ-FFP - Coordenadora do COLEI - Coletivo de Estudos e Pesquisa sobre
Infâncias e Educação Infantil
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Bolsista Voluntária de IC da FFP-UERJ
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Bolsista de monitoria em Educação Infantil I na FFP-UERJ
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Bolsista de Iniciação à Docência da FFP-UERJ
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nosso Coletivo. Nos estudos teóricos que desenvolvemos envolvendo a articulação entre
os projetos do COLEI, percebemos que todos eles trazem para o protagonismo de suas
ações a mediação literária (CORSINO, 2014), pois entendemos que a literatura é central
no processo de formação humana, seja de adultos ou de crianças. Por isso, nossos projetos
de iniciação científica, de monitoria, de iniciação à docência e de extensão investem na
leitura literária como parte importante de suas ações. Costumamos dizer que a literatura,
de certo modo, é o nosso “sangue”. Ela circula por todas as ações que desenvolvemos,
vai nutrindo com experiências: reflexivas; culturais; estéticas; sensoriais e, com diferentes
linguagens, os sujeitos adultos e infantis que se encontram envolvidos com cada um de
nossos projetos. Tomamos a mediação literária como estratégia didática central em nossas
atividades educativas, e em diálogo com Antônio Candido (1989) reconhecemos que o
contato com a literatura deve ser parte dos direitos humanos. Confirmamos que a leitura
literária amplia a interpretação de nossa própria história e dos outros, desperta
experiências estéticas e culturais, além de provocar saberes sobre novas narrativas
humanas, em relação ao modo de ser e de estar no mundo. É sempre desafiadora a
montagem da Tenda Literária e sua dinamização, por isso, resolvemos estudar e refletir
sobre o vivido na experiência de investigação. Reconhecemos que existem algumas
complicações no desenvolvimento de pesquisas em ambientes externos, por exemplo: o
barulho do local, o fato de abordar e interagir com estranhos; no primeiro dia da pesquisa,
particularmente, o fato de que não houve um público grande de crianças e adolescentes
para fazer a leitura em voz alta. Isso nos desafiou a pensar outras alternativas de mediação
literária (CORSINO, 2014) e a leitura ao pé do ouvido (MEDEIROS et all., 2019),
revelou-se uma alternativa possível. Os estudos que vimos coletivamente desenvolvendo
em nosso grupo se debruçam a entender e sistematizar como acontece a “leitura ao pé do
ouvido” (Idem). Nós a entendemos como uma experiência singular de mediação literária
entre leitor e ouvinte, que no caso da pesquisa acontece no contexto da agitação urbana.
Assim, o barulho dos carros e ônibus fazem com que esses dois sujeitos necessitem de
aproximação física, enquanto um lê ao pé do ouvido, o outro voluntariamente escuta o
que está sendo lido. A experiência de leitura ao pé do ouvido evoca laços afetivos que
são consolidados entre leitor e ouvinte no momento da mediação literária. Trata-se de
uma relação de afeto que vai sendo criada e alimentada pela intimidade que tais práticas
de leitura exigem, a saber: a) proximidade corporal para escuta da voz que é
compartilhada em tom baixo; b) proximidade afetiva para a leitura das reações daqueles
que nos ouvem de perto; c) um trabalho com as expressões faciais dando vida ao conteúdo
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Pós-graduanda do curso de Especialização em Pedagogia Social para o século XXI – UFF, Niterói/RJ.
Assistente Social estatutária da prefeitura da cidade do Rio de Janeiro, atuante na Central de Recepção de
crianças e adolescentes – Taiguara. E-mail: janeascarvalho@hotmail.com.
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BAUMAN, Zygmunt. O mal-estar da pós-modernidade. Rio de Janeiro, Ed. Zahar, 1998.
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Face ao exposto, estamos defronte de um grande desafio para nós, pedagogos sociais,
que é compreender que lugar de cuidados crianças e adolescentes em situação de
acolhimento institucional se fazem presentes na sociedade. A pedagogia social atravessa
tais espaços e propõe um novo olhar, capaz de realizar as leituras pautadas no
compromisso ético-político, implicando que nós investigadores busquemos a
“decodificação ao vivo, a observação compreensiva” (FREIRE, 2015) 12 e tenhamos uma
nova releitura da realidade e possamos intervir de forma consciente, problematizadora,
empática, acolhedora e educativa.
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FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1995.
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RESUMO: O interesse acerca dos relatos narrativos em primeira pessoa feitos por
autistas teve início a partir da minha inserção enquanto estudante de Pedagogia em um
projeto de pesquisa sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA), do qual faço parte
desde agosto de 2018. Ao mesmo tempo em que temos o crescimento do número de
laudos de indivíduos dentro do espectro (POSAR, VISCONTI, 2017), também temos a
ampliação da divulgação do tema entre os profissionais da saúde, da educação e da
população em geral (FELDMAN, 2013) através das diversas mídias. Entretanto, por
vezes, a ampla divulgação deste transtorno de forma midiática tem ocasionado a
generalização de estereótipos em torno das pessoas com autismo. Diante do exposto,
julgamos que seria oportuno realizar minha pesquisa monográfica sobre os relatos
pessoais de sujeitos com TEA. Acreditamos que conhecer os autistas através de narrativas
em primeira pessoa pode nos revelar muitas possibilidades de compreensão e intervenção
para além dos laudos e definições médicas, contribuindo possivelmente para a produção
de alternativas no campo da Educação. Presumimos que a realização da revisão
bibliográfica sobre as autobiografias de autistas irá possibilitar melhor entendimento
sobre a escolarização e inclusão desses alunos por meio de outra perspectiva. A
metodologia de pesquisa utilizada baseia-se na revisão bibliográfica de autobiografias de
autistas. Até o momento, foram identificadas 9 (nove) obras autobiográficas em língua
portuguesa, dentre as quais destacamos a obra “O que eu nunca disse antes. Eu, meu
autismo e no que acredito” (Federico de Rosa, 2016), em que o autor relata que o esforço
para sua escolarização foi possível através de sua determinação pessoal, o apoio de seus
familiares, assim como o suporte de seus professores e amigos que se engajaram na causa
da inclusão do mesmo. Em suma, o conhecimento e a divulgação dessas obras podem
contribuir significativamente para que professores resinifiquem suas práticas e possam
auxiliar no desenvolvimento das capacidades e potencialidades de seus alunos com
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Bolsista de monitoria de Educação Especial da FFP-UERJ, Bolsista Voluntária do GEPAC- Grupo de
Estudos e Pesquisas sobre Autismos e Intervenções com cães da FFP-UERJ.
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Professora Adjunta da UERJ-FFP - Coordenadora GEPAC- Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Autismos
e Intervenções com cães da FFP-UERJ
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autismo. A proposta dessa pesquisa é colaborar para a inclusão escolar e social de pessoas
com TEA. Ao longo do tempo, o Transtorno do Espectro Autista (TEA) vem sofrendo
transformações em seu significado, conforme afirma FELDMAN (2013). No período
inicial de identificação do transtorno as explicações para o mesmo eram de cunho
emocional, afetivo. No momento atual, as causas do TEA são consideradas multifatoriais,
envolvendo componentes genéticos e ambientais, sendo o diagnóstico realizado por
equipe interdisciplinar, a partir de observações clínicas e do histórico do paciente, levando
em consideração os parâmetros estabelecidos pelo DMS-5 (Manual de Diagnóstico e
Estatística dos Transtornos Mentais) e pelo CID 10 (Classificação Internacional de
Doenças da OMS). Ao mesmo tempo em que temos o crescimento do número de laudos
de indivíduos dentro do espectro (POSAR, VISCONTI, 2017), também observamos a
ampliação da divulgação do tema entre os profissionais da saúde, da educação e da
população em geral (FELDMAN, 2013) através das diversas mídias. Entretanto, por
vezes, a ampla divulgação deste transtorno de forma midiática tem ocasionado a
generalização de estereótipos em torno das pessoas com autismo. Tendo em vista o
crescimento do número de diagnósticos de TEA e de sua ampla divulgação, consideramos
oportuno realizar minha pesquisa monográfica nesta área, com recorte para a escrita em
primeira pessoa realizada pelos autistas. Para compreender qual a importância e o papel
das autobiografias para sociedade e para o sujeito que as escreve foram feitas leituras de
textos que tinham temática voltada para tais áreas cujos autores são: BOLÍVAR, Antônio.
(2011, n.p) que afirma que “(...) A característica própria da autobiografia é ser uma
construção e uma configuração da própria identidade, mais que um relato fiel da vida,
que está sempre em projeto de vir a ser. (...)”. E ABRAHO, Maria Helena; CUNHA, Jorge
Luiz; BÓAS, Lúcia. (2018), que também foram fundamentais para tal entendimento,
destacam que “(...) a expressão histórica de vida como abordagem tematiza tramas
individuais e coletivas, enquanto possibilidade privilegiada compreensão dos processos
humanos e sociais (p.74) ”. No que se refere ao campo das autobiografias dos autistas a
contribuição de BIALER, Marina (2014, 2015, 2017) tem sido fundamental. Para
BIALER (2014, 2015, 2017), a escrita autobibliográfica é usada pelos autistas como
opção terapêutica de (auto) tratamento, assim como também uma opção de comunicação
alternativa. Outra autora que muito tem contribuído para nossa pesquisa é FELDMAN,
Clara (2013). A autora destaca, entre outras coisas, o uso da internet como meio de
comunicação e propagação dos autistas frente a sociedade. Conhecer o Transtorno do
Espectro Autista através de narrativas em primeira pessoa pode nos revelar muitas
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RESUMO: O presente artigo tem por finalidade construir uma reflexão que perpasse os
modelos insuficientes de educação, na qual se pauta o conteudismo presente no chão da
escola, em detrimento de uma pegada pedagógica social, que leve o sujeito ao exercício
de um pensar com criticidade, visando principalmente, sua autonomia. Para tanto, o
diálogo será construído entre teoria e empiria, com revisão bibliográfica, na perspectiva
de contribuir para a tentativa de reversão do quadro de involução pelo qual passa a nossa
educação, tanto básica quanto superior. Diante desses pressupostos, este trabalho propõe
demonstrar que, no percurso educacional, são necessários, através de práticas assertivas
em ações pedagógicas sociais disruptivas, mecanismos que venham romper com a
normalidade e naturalidade na tratativa relacionada à Educação, no que se refere a
estagnação nas atuações, percebida no contexto histórico. Dessa maneira, ao pensar em
disrupção, infere-se, portanto, uma educação com possibilidades para além dos muros
escolares, visto que a escola como equipamento de socialização do indivíduo não deva
estar apartada da realidade social a que está inserida. Compreende-se que nessa relação
não há espaço para dicotomias que decerto produzirão desigualdades e injustiças sociais.
Apreende-se, então, que a partir de uma relação horizontalizada, a construção de
alternativas esteja permeada de êxito, uma vez que as vozes foram faladas e ouvidas e
estão carregadas de sentimentos. Na dialogicidade, tornam-se elementos fundantes da
disrupção, ou seja, vai interromper o seguimento normal de um processo, além de apontar
para o rompimento daquele fazer pedagógico conteudista, ao intensificar a educação
como prática social, revelando assim, que é possível educar para transformar. Ademais,
outro fator que pode-se considerar importante nessa reflexão diz respeito a buscar nessa
construção de pensamento, como esse ator (educador ou educando) vai se apresentar
diante da situação, no sentido de olhar, ouvir e sentir, sem juízo de valores. Assim, será
possível desconstruir, de forma a garantir a humanização, essa relação que perpassa o
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DOSSIÊ TEMÁTICO
Pedagogia Social em tempos de
Coronavírus.
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Coronavírus é uma família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus foi
descoberto em 31/12/19 após casos registrados na China. Provoca a doença chamada de coronavírus
(COVID-19). Disponível em: https://www.saude.gov.br/noticias/agencia-saude/46435-brasil-confirma-
primeiro-caso-de-novo-coronavirus. Acesso em: 13.04.2020.
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orientando que a população permanecesse em casa a fim de que o vírus não fosse
disseminado com rapidez.
Neste contexto, todos nós tivemos de nos adaptar a uma nova lógica e dinâmica
social, trabalhar na perspectiva do home office e nos afastarmos de uma convivência
(JARES, 2008) tão característica do povo carioca: os beijos afetivos, toques envolventes
e abraços calorosos. Momento quando, por meio do aplicativo Zoom, eis que realizamos
uma videoconferência no dia 03 de abril com alguns dos pesquisadores do CLIPS a fim
de dialogarmos sobre a necessidade de fortalecimento dos vínculos humanos (BAUMAN,
2004) neste momento de reclusão e, ainda, sobre a potência do campo teórico da
Pedagogia Social em tempos que se impõem o afastamento.
Ilustração 1- Encontro Virtual do CLIPS.
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aglomeração em salas de aula. Contudo, fica comprovado que, em casos como esse, a
escola não é essencial, uma vez que seu ambiente pode ser um propagador de doenças e
causar o caos no país. Neste sentido, fica comprovada através da experiência que a saúde
é importante para que a vida continue e o funcionamento da escola depende da saúde da
população.
Não está sendo fácil para muitos pais neste período de afastamento social manter
as crianças em casa. Entender que a escola não é um ambiente propício no momento e
sim, a casa onde a criança reside é o espaço mais seguro. E esse espaço precisa ser
prazeroso, cercado de afeto e muita brincadeira para distrair a galerinha cheia de energia.
No espaço da casa não tem a figura do professor. E agora? O que fazer? É tempo de
reinventar imediatamente para a galerinha não ficar de fora.
O texto do autor Geraldo Caliman (2010), sobre as concepções históricas da
Pedagogia Social, uma que ambienta com a atual situação é “a teoria da formação social
do ser humano através da relação educativa. Ciência capaz de contribuir com a dimensão
social da formação integral, na qual o social é um entre tantos itens formativos; família,
escola, pedagogia social” (CALIMAN, 2010, p. 348).
Em um momento em que a saúde é a única preocupação, os encontros na escola
não têm relevância e as visitas são inadequadas. Por isso, a transferência dos encontros
para as redes sociais como: duo, Skype, whatsapp e zoom se tornaram novas
possibilidades imediatas para a aprendizagem.
Neste sentido, pensar na relação educativa na Sala de Recursos Multifuncional
excede o espaço dentro da escola indo para a casa do pedagogo que necessita reinventar
suas propostas de ações educativas a fim de alcançar o aluno incluído em sua dimensão
social através das redes sociais.
A princípio, o whatsapp é a melhor opção por causa da acessibilidade uma vez
que se imagina que em uma família exista, ao menos, um celular com internet. Não houve
tempo para “programar currículo”. É isso mesmo! De repente, a pandemia chegou e
desorganizou o ano letivo e o currículo.
Existe grande preocupação em programar aulas na modalidade EaD seguindo o
currículo escolar. Neste contexto, cabe evidenciar que a Pedagogia Social não combina
com “programação de currículo a ser seguido criteriosamente”. Então, ler história, jogar,
conversar ou realizar outra ação pedagógica pela rede social escolhida permite
continuidade à aprendizagem enquanto a criança está em um ambiente não escolar, a
própria casa.
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No início dos anos 90, o termo psicologia na comunidade caiu em desuso, abrindo
espaço para a psicologia da comunidade. O termo passou a fazer referência às práticas
ligadas a saúde, onde os profissionais atuavam com vínculo empregatício com um órgão
prestador de serviços.
A partir desde movimento, a psicologia da comunidade passou a desenvolver um
atendimento com termos menos acadêmicos, mais próximos da população e voltados para
a construção do coletivo.
Em tempos de Pandemia e afastamento Social, torna-se necessário pensar
coletivamente, pensar no outro. Cuidar de si pelo bem do outro, e não com o pensamento
individualista. Ter o cuidado para não criarmos uma fala individualista e anularmos a fala
do outro é fundamental para quem busca seguir esse caminho.
Nesse contexto coletivo, a Psicologia Comunitária passa a promover e não
remediar, o que se faz no local. Ela leva a comunidade à reflexão, fortalecendo a
importância do coletivo para a mudança, afinal, para ser Psicologia Social Comunitária
somente tem sentindo no coletivo, colocando-se no lugar do outro, tendo empatia e
promovendo ação. É transformar o indivíduo em sujeito instituinte.
Neste período de Pandemia e afastamento Social, o papel do Psicólogo Social é
ser um facilitador, fazendo que o sujeito que está em afastamento venha primeiramente
entender o sentido do que está acontecendo, sempre mostrando que o afastamento não é
um produto de uma violência social ou institucional contra ele, mas é uma forma de
protegê-lo e propiciar o seu direito maior que é o da vida. Que este sujeito possa entender
isso e a importância do afastamento social.
Apesar do distanciamento, buscamos nos aproximar dos sujeitos, fazendo
atendimentos, pelo telefone, com pacientes que estejam contaminados, isolados e
afastados de sua família. Ou atendimentos grupais, através de videoconferências, com a
própria família que está afastada do seu parente, com o objetivo de reduzir a ansiedade
que acomete a muitos nesses momentos, propiciando desta maneira meios mais afetivos
de adaptação e enfrentamento desta pandemia.
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que, por meio delas, as diferentes demandas do ‘outro’ sejam percebidas, valorizadas e
integradas.
Em tempos de abraçar ou de afastar-se do abraçar, a Pedagogia Social encontra-
se presente!
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