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Universidade Federal do ABC

Centro de Engenharia, Modelagem e Ciências Sociais Aplicadas


Engenharia Biomédica

email: diogo.soriano@ufabc.edu.br
Séries de Fourier - Introdução

 Definição central:
• Série de Fourier: decomposição de sinais periódicos em uma soma
(possivelmente infinita) de funções periódicas mais simples (senos e
cossenos)

 Estudo das séries de Fourier: parte da análise de Fourier


 Joseph Fourier (1768-1830)

• Estudo sobre a propagação de calor em metais.


• Equação de calor: equação diferencial parcial.
• Soluções simples são obtidas para fontes de calor
simples (senos e cossenos)
• Proposta: decomposição de fontes de calor
complexas em combinações lineares de fontes
simples.
• Formalismo posterior: Dirichlet & Riemann
Séries de Fourier

 Propriedades uteis das senóides:


 Sinais periódicos podem ser escritos como uma composição de senos e cossenos

 Senóides são as únicas funções que possuem potência em apenas uma


frequência (tom puro).
 Possibilita a representação em um domínio alternativo (domínio em frequência).

 Representação em frequência de um sinal: espectro


Séries de Fourier

 Propriedades uteis das senóides:


 Caso o sinal de entrada em sistema linear seja uma senóide, sua saída também
será uma senóide de mesma frequência com possíveis alterações de fase e
amplitude (autofunção).
 Isso implica que a resposta do sistema a uma entrada periódica arbitrária pode ser
determinada a partir do princípio de decomposição e superposição.

 Se as senóides são harmonicamente relacionadas (i.e. múltiplos em frequencia


uma das outras) elas são ortogonais: a adição de um novo componente não
altera os valores dos componentes adicionados anteriormente.
Séries de Fourier

 Dada a proposta central de Fourier:


 Qualquer sinal periódico pode ser representado como senóides
harmonicamente relacionadas em relação a uma frequencia fundamental.

 O Teorema da série de Fourier pode ser matematicamente


exposto como:
 Dado um sinal periódico com f1 = 1/T e a série harmonicamente relacionada:

 O teorema da série de Fourier estabelece que o sinal pode ser representado


como uma série de senóides com amplitude e fase ajustados para a melhor
representação em cada componente.
Séries de Fourier

 o que leva a representação:

Termo DC para contemplar


sinais que não sejam de média 0
Séries de Fourier

 Por simplicidade a equação anterior pode ser reescrita como:

 A representação de um sinal em termos de senos e cossenos equivale a


perguntar decomposição em termos de senos e cossenos equivale a maximizar
uma métrica de correlação
Séries de Fourier

 Exemplo:
 Obtenha a série de Fourier na sua forma trigonométrica para o seguinte sinal:
 Mostrar programas
 Comentar fenômeno de Gibbs;
Séries de Fourier

 Exemplo:
 Obtenha a série de Fourier na forma trigonométrica para:

 Obtenha o espectro de amplitude e fase:


Séries de Fourier

 Formas alternativas para a série de Fourier:


 Representação apenas como cossenóides (forma trigonométrica
compacta):

 Representação na forma de exponenciais complexas:


Séries de Fourier

 Exemplos

 Obtenha a série de Fourier utilizando a sua representação na forma de exponenciais


complexas para o seguinte sinal:
Séries de Fourier

 Condições para a convergência da série de Fourier:

 1) O sinal deve ser absolutamente integrável

 2) Em qualquer intervalo finito de tempo, x(t) tem variação limitada; ou seja,


não existe mais que um número finito de máximos e mínimos durante qualquer
período do sinal.
Séries de Fourier

 Condições para a convergência da série de Fourier:

 3) Em qualquer intervalo de duração finita, existe apenas um número finito de


descontinuidades. Cada uma dessas descontinuidades é finita.
Séries de Fourier

 Simetria par e ímpar:


 Função par: x(t) = x(-t)

T
T /2
 f (t )dt  2
0
0
f (t )dt

 Função ímpar: x(-t) = -x(t)

T

0
f (t )dt  0

 Função par x par = par


 Função ímpar x ímpar = par
 Função ímpar x par = ímpar

Se f(t) é par; f(t)sen(2πnt/T) é ímpar e portanto bn = 0;


Se f(t) é ímpar; f(t)cos(πnt/T) é ímpar e portanto an = 0;
Séries de Fourier

 Exemplos

 Exercícios para casa:


 Obtenha a série de Fourier para os seguintes sinais (use as informações de simetria) e
depois plote os respectivos espectros de amplitude e fase.
Séries de Fourier

 O papel da fase na série de Fourier


Séries de Fourier de Tempo Discreto

 Particularidades da série de Fourier

 O conjunto de todos os sinais exponenciais complexos de tempo discreto que


são periódicos de período N é dado por:

 Exponenciais complexas de tempo discreto que diferem em frequencia por um múltiplo de


2π são idênticas, i.e.:
Séries de Fourier de Tempo Discreto

 Periodicidade em frequência das exponenciais complexas


Séries de Fourier de Tempo Discreto

 Assim, x[n] pode ser expresso como uma combinação linear das sequencias
φk[n]:

 Pela propriedade da periodicidade basta expressar os coeficientes da sequencia


dentro de um intervalo N, i.e.:

 Por analogia com o que já foi definido para tempo contínuo, qualquer sinal
periódico de tempo discreto x[n] pode ser escrito como:
Séries de Fourier de Tempo Discreto

 Exemplo: considere o sinal:

Com N = 5. Obtenha os coeficientes da série de Fourier discreta.


Séries de Fourier

 Relação de Parseval de tempo contínuo e tempo discreto

 A potência de um sinal é igual à soma das potências de todos os seus


componentes harmônicos
Sumário da Aula

 Nesta aula vimos que:


 A proposta de Fourier para a decomposição de funções periódicas
em termos de senos e cossenos.
 Aspectos e propriedades convenientes para a representação de
sinais em termos de senos e cossenos.
 A representação da série de Fourier na sua forma trigonométrica,
bem como a determinação de seus coeficientes.
 A representação da série de Fourier na sua forma exponencial
complexa, bem como a determinação de seus coeficientes.
 Condições para a convergência da série de Fourier.
 Séries de Fourier de tempo discreto.
 Relação de Parseval.
Sumário da Aula

 Para ler em casa:


 Oppenheim, “Sinais e Sistemas Lineares”, Cap. 03.
 Lathi, “Sinais e Sistemas Lineares”, Cap. 06, pg 528-566.
 Semmlow, “Signals and Systems for Bioengineers”, Cap.
03, pg 65-89.

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