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FAINOR – Faculdade Independente do Nordeste

CURSO : Adm./Enfermagem, Eng./Comput./Produção data : 28.08.2020


Código : ADM/CTB.ENGs. Empreendedorismo I-Unid. Turno: Mat./Not.
Professor: Dirlêi A Bonfim Turmas: 2.º 8.º 9.º 10.º. semestre/2020.2.

 O QUE É O MEI - MICROEMPREENDEDOR INDIVIDUAL, ME E EPP...?


 O MEI é o pequeno empresário individual que atende as
condições abaixo relacionadas:
 A Lei Complementar nº 128/2008 que alterou a Lei Geral da Micro e Pequena
Empresa (Lei Complementar nº 123/2006) cria a figura do Microempreendedor Individual.
... 1.3 - A legislação do Microempreendedor Individual já está em vigor?
Microempreendedor individual (MEI), no Brasil, é o empresário individual a que se refere o
artigo 966 do Código Civil Brasileiro.
Atua geralmente como empresa virtual, através de formas que independem de
estabelecimento fixo, como Internet, porta-a-porta, máquinas
automáticas, correios, telemensagens e outros meios virtuais previstos em lei.
O MEI trabalha por conta própria e se legaliza como pequeno empresário, desde que fature
no máximo 81 mil reais por ano, não tenha participação em outra empresa como sócio,
administrador ou titular e tenha no máximo um empregado contratado que receba o salário
mínimo ou o piso da categoria.
A Lei Complementar nº 128, de 19 de dezembro 2008, criou condições especiais para tornar
um MEI legalizado, com registro no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ),
enquadramento no Simples Nacional e unificação dos impostos federais (imposto de
renda, PIS, Cofins, IPI e CSLL).
De acordo com a lei vigente desde janeiro de 2019, o pagamento mensal da DAS garante ao MEI
benefícios previdenciários[1] que se estendem também aos seus dependentes. Para ter direito a
cada benefício é necessário respeitar a quantidade mínima de pagamentos em dia da DAS
conforme abaixo:

 Aposentadoria por idade: Mulher aos 60 anos e homem aos 65 anos. É necessário
contribuição mínima de 180 meses, a contar do primeiro pagamento em dia. Especialmente
para esse benefício, a regra válida é que as contribuições do MEI para a aposentadoria nunca
se perdem, ou seja, não importa se o empreendedor tiver parado de contribuir em algum
momento;
 Auxílio doença ou invalidez: São necessários 12 meses de contribuição. O benefício se
aplica nos casos de acidente de qualquer natureza ou se o MEI sofrer de alguma
enfermidade que o impeça de exercer sua atividade;
 Salário maternidade: São necessárias 10 contribuições para que o MEI tenha direito ao
pagamento. O MEI do sexo masculino também tem direito ao benefício no caso de
falecimento da mãe.

 a) tenha faturamento limitado a R$ 81.000,00 por ano


 b) Que não participe como sócio, administrador ou titular de outra empresa;
 c) Contrate no máximo um empregado;
 d) Exerça uma das atividades econômicas previstas no Anexo XI, da Resolução
CGSN nº 140, de 2018,o qual relaciona todas as atividades permitidas ao MEI.
1.2 - QUAL É A LEI QUE INSTITUIU O MICROEMPREENDEDOR INDIVIDUAL?

 A Lei Complementar nº 128/2008 que alterou a Lei Geral da Micro e Pequena


Empresa (Lei Complementar nº 123/2006) cria a figura do Microempreendedor
Individual.

1.3 - A LEGISLAÇÃO DO MICROEMPREENDEDOR INDIVIDUAL JÁ ESTÁ EM VIGOR?

 Sim, entrou em vigor em 01/07/2009.

1.4 - QUAL O FATURAMENTO ANUAL DO MICROEMPREENDEDOR INDIVIDUAL?

 De até R$ 81.000,00 por ano, de janeiro a dezembro.


 O Microempreendedor Individual que se formalizar durante o ano em curso, tem seu limite
de faturamento proporcional a R$ 6.750,00, por mês, até 31 de dezembro do mesmo ano.
 Exemplo: O MEI que se formalizar em junho, terá o limite de faturamento de R$ 47.250,00
(7 meses x R$ 6.750,00), neste ano.

Microempresa, Empresa de Pequeno Porte e Microempreendedor Individual:


diferenças e características

O porte de uma empresa pode ser definido com base no faturamento anual, número de
funcionários e atividades desempenhadas. Ao longo do tempo, esses dados podem ser alterados
com a expansão do negócio.

Definir se o negócio é microempresa (ME), empresa de pequeno porte


(EPP), microempreendedor individual (MEI) ou empresa de médio e grande porte é importante.
A partir da formalização em contrato social, o empreendimento passa a arrecadar tributos e
emitir nota fiscal dos serviços. O enquadramento errado do porte do negócio pode render multas
e a perda de benefícios.

Conhecer as diferenças e características da ME, EPP e MEI é fundamental para o


empreendedor. Consultar um especialista que indique o porte correto do empreendimento no
momento da formalização pode evitar penalizações para o negócio. O Sebrae oferece
gratuitamente consultorias em seu Portal de Atendimento para auxiliar a definir algumas
características de um negócio, como abertura e gestão. Mas antes de buscar um consultor,
entenda quais são as diferenças entre ME, EPP, MEI e uma empresa normal.

Participação dos novos empresários no mercado

Dados do Sebrae revelam que as micro e pequenas empresas representam 27% do Produto
Interno Bruto (PIB) brasileiro. A estimativa é que esses novos negócios alcancem a marca de
17,7 milhões de empreendimentos até 2022. Por outro lado, um levantamento realizado pelo
Serasa Experian mostra que mais de 5 milhões de micro e pequenas empresas estavam
inadimplentes em junho de 2018. Comparado com o ano anterior, houve crescimento de
9,5%. O registro é preocupante, pois as micro e pequenas empresas são as que mais
contratam quando a economia está em alta. Quando a economia está em recessão, são as que
menos demitem. As dívidas podem prejudicar as empresas, dificultando a negociação, impedindo
a expansão e até levando ao fechamento do negócio.
Em 2018, a Receita Federal anunciou que cerca de 9 mil microempresas e empresas de
pequeno porte corriam o risco de serem excluídas do Regime Especial Unificado de
Arrecadação Tributos e Contribuições, o Simples Nacional. Essas empresas tinham débitos
previdenciários e não-previdenciários com o Fisco federal. No total, foram 716.948 empresas com
dívidas que chegavam a R$ 19,5 bilhões.

As dívidas com a Receita Federal, porém, não impedem o empreendedor de se enquadrar na


categoria de Microempreendedor Individual. Por outro lado, é importante estar atento para o
pagamento dos tributos relacionados com a atividade. A inadimplência pode levar ao
cancelamento da inscrição do MEI. Atualmente, o país conta com 8,1 milhões de
microempreendedores formais.

Saber em qual modelo a empresa pode se formalizar é essencial para evitar o pagamento de
tributos que não contemplam o negócio. Veja, a seguir, quais são os níveis de faturamento em
que cada modelo pode se enquadrar.

Diferentes portes para diferentes níveis de faturamento

O principal aspecto de diferenciação entre ME, EPP, MEI e empresas de médio e grande é o
faturamento anual do negócio.

Microempreendedor Individual (MEI)

Em diferentes artigos do Blog e conteúdos do Portal de Atendimento, apresentamos as


características e direitos do microempreendedor individual (MEI). Você pode se aprofundar no
assunto consultando o Super E-book do MEI e o post Você sabe o que é um Microempreendedor
Individual – MEI?. O Microempreendedor individual (MEI) é a regularização desenvolvida
para enquadrar microempreendedores que não têm sócios, faturam até R$ 81 mil por ano e
desempenham uma das mais de 400 atividades permitidas pela atual legislação. Esse
profissional pode atuar na venda de produtos ou serviços, trabalha individualmente e é
optante do Simples Nacional (Simei). Porém, pode ter um funcionário, ganhando até um salário
mínimo. O profissional precisa cumprir com o pagamento de tributos específicos, como o
Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS-MEI), que garante direitos básicos, como
auxílio-maternidade e aposentadoria. Além disso, o MEI, assim como outros modelos de
enquadramento, conta com subsídios do governo para expandir e desenvolver o negócio.

Micro Empresa (ME)

Empreendimento que tem receita bruta anual inferior ou igual a R$ 360 mil. Para
formalização, é necessário optar entre uma das formas de tributação (Simples Nacional, Lucro
Real ou Lucro Presumido) e realizar o registro em uma Junta Comercial. Nessa modalidade,
não há restrições para o desempenho de serviços, no entanto, é importante ter o controle
do faturamento a partir do registro correto do fluxo de caixa (que deve ser realizado em
toda empresa). Se o lucro ultrapassar o limite para ME, o contrato social deve ser revisto,
alterando também o regime tributário do empreendimento. A Micro Empresa pode ser dividida
em quatro categorias: sociedade simples, EIRELI, sociedade empresária e empresário.
Empresa de Pequeno Porte (EPP) Negócios com limite de faturamento anual de R$ 4,8
milhões podem ser enquadrados como EPP. Da mesma forma que a ME, o titular de uma
Empresa de Pequeno Porte deve formalizar o negócio em uma Junta Comercial, optando por um
dos regimes tributários (Simples Nacional, Lucro Real ou Lucro Presumido).
Empresa de médio a grande porte - Uma empresa de médio a grande porte é aquela que,
diferente de uma ME e uma EPP, não tem limite de faturamento ou tem receita bruta anual
acima de R$ 4,8 milhões. Por esse motivo, não pode optar pelo Simples Nacional.
Enquadramento Tributário - A definição do porte de um negócio tem relação direta com a
forma de tributação dos serviços prestados. Cada modelo é enquadrado em um regime, com
cobranças e fiscalizações tributárias condizentes com o seu tamanho. Atualmente há quatro
regimes fiscais que podem ser adotados por empresas brasileiras:
SIMEI - O SIMEI é o regime fiscal adotado pelos Microempreendedores Individuais. A
adoção desse regime está prevista no artigo 18-A da lei Complementar nº 123/06, que
define o recolhimento em valores mensais dos mesmos tributos do Simples Nacional. Todos os
profissionais que se formalizam como MEIs devem se enquadrar nesse modelo.
Simples Nacional - O Simples Nacional é uma forma compartilhada de arrecadação de
tributos para ME e EPP. O regime está previsto na Lei Complementar nº 123/06. Abrange em
um único documento de arrecadação (DAS), o pagamento do IRPJ, CSLL, PIS/Pasep, Cofins, IPI,
ICMS, ISS e a Contribuição para a Seguridade Social destinada à Previdência Social a cargo da
pessoa jurídica (CPP).
Lucro Presumido

Lucro Presumido é uma tributação simplificada do cálculo do imposto de renda e da


Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido das pessoas jurídicas. A alíquota cobrada é calculada
a partir da projeção de faturamento do negócio, com base na receita bruta e outras receitas
sujeitas à tributação. São arrecadados os valores referentes do IRPJ e CSLL. Os outros tributos
(PIS/Pasep, Cofins, IPI, ICMS, ISS) são cobrados separadamente.

Lucro Real

O Lucro Real é um regime tributário determinado a partir do lucro líquido da empresa. São
considerados os registros contábeis e fiscais efetuados de acordo com as leis comerciais, para a
arrecadação do IRPJ e CSLL. Da mesma forma que o Lucro Presumido, os outros tributos
também são arrecadados separadamente.

A importância da escolha - Como já destacado, definir se o negócio será MEI, empresa de


médio ou grande porte, uma ME ou uma EPP, exige a ajuda de um profissional
especializado. Muitos empreendedores preferem não participar dessa definição, deixando tudo
a cargo do contador. O que é compreensível, afinal, a burocracia pode confundir e tomar muito
tempo do profissional. Porém, a informação é fundamental para evitar prejuízos,
penalidades e até inadimplência com o setor público. Quanto mais informado o empreendedor
estiver, melhor será para o seu próprio negócio. Agora, você já sabe as características
principais de cada modalidade. No entanto, busque uma consultoria especializada para que
você possa ter sucesso e desenvolver adequadamente o seu negócio.

**contribuição do Professor DsC. Dirlêi A Bonfim, Doutor em Desenvolvimento Econômico e Ambiental,


Professor da SEC/BA**Sociologia**Cursos/FAINOR de ADM/CONTÁBEIS/ENGENHARIAS/FAINOR/2020.2**

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