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Curso de:

TREINAMENTO CONCORRENTE

Prof. Dr. João Moura.


Prof. Kayus Cesar Silva

@idealcursoseeventos @blufitweb

www.escola.treinoemfoco.com.br

@treinoemfoco @jeffersoncalistenia @kayuscesar @prof_joao_moura


O TREINAMENTO CONCORRENTE gera o FENÔMENO DA INTERFERÊNCIA (Docherty and Sporer, 2000; Kraemer et al., 1995).

Treino Prejudica Performance


aeróbio de força

Causa Efeito

- Intensidade do exercício aeróbio;


- Tipo de exercício aeróbio (corrida x ciclismo);
- Tempo de intervalo entre as duas sessões de
Variáveis treino (aeróbio após força);
moduladoras - Grupo muscular envolvido em ambos os
exercícios;
- Nível de treinamento;
- Faixa etária
Tem aplicação prática?
Uma hipótese para explicar o fenômeno da interferência é a fadiga residual
produzida pelos exercícios realizados primeiros na sessão de treinamento
(Leveritt et al., 1999).

Por exemplo, se um exercício aeróbio for realizado previamente


com intensidade suficiente para depletar os estoques de
glicogênio, um treinamento de endurance de força (RML/RMG)
pode ser negativamente afetado.

A ideia de que exercícios de força como são mais “dependentes” do “neural drive”, poderiam não ser
afetados por performance aeróbia prévia.
Fadiga periférica Fadiga central

- Taxa de glicogênio muscular; - Padrão de recrutamento de


- Depleção de fosfagênios; diferentes tipos de UM;
- Mudanças no pH muscular. - Recrutamento de UM.

Efeito local Efeito geral

Efeito deletério...

... Sobre grupos musculares ... Sobre vários grupos


específicos musculares
44% - Amostra foi separada em três grupos:
força (S), endurance (E) e
força/endurance (S+E);
34% - Todos eram familiarizados aos exercícios;
25% - Treino de força:
- Foi 5xsem por período de 10 sem;
p>0,05
- 3xsem:
- Agachamento 5x5RM

p>0,05 - Flexão joelho 3x5RM;


- Extensão joelho 3x5RM;
- Nos outros dois dias realizavam:
- Leg press 3x5RM;
- Panturrilhas 3x20RM;
- Terra e abdominais duas 3 a 4 vezes
na semana.
- Todos as séries com 3’ de intervalo.
27% 19%

18%
24%
- Treinamento de Endurance:
Medida de força
- 6 dias/sem por 10 sem;
- 1RM no agachamento;
- 3 dias com treino intervalado em ergômetro e os outros dias corrida contínua;
- Carga intervalada 5’ de ciclismo por 2’ repouso com carga próxima ao VO2máx.;
Medida de endurance (VO2max)
- Corrida contínua mais rápido possível 1xsem 30’, 2xsem 35’, 3xsem 40’;
- Esteira e bike;
- Protocolo de rampa;
- O treinamento Força+Endurance:
- Aumento de carga por
- Foram as mesmas cargas e sessões já descritas;
percepção de esforço.
- 2h de intervalo foi dado entre os treinamentos.
EFEITO DA INTENSIDADE
Como os “caras” fizeram o estudo?
- 5 visitas ao laboratório foram necessárias;
- 1ª dados antropométricos e teste de esteira.
- 2ª e 3ª teste e reteste de 10RM;
- 4ª e 5ª sessões de treinamento de força após aplicação de treino aeróbio de 60 ou 80% da FCMax foram aplicados de forma
contrabalanceada;
- 25 mulheres idosas e ativas fisicamente com pelo menos 5 anos de experiência recreacional nas duas modalidades foram
utilizadas;
- Teste aeróbio foi de Balke-Ware com velocidade constante de 3,4 km/h e onde a inclinação eleva-se 1% a cada minuto até a
fadiga volitiva;
- Eletrocardiograma contínuo durante o esforço foi conduzido e monitorou-se FC, PA e PSE até a fadiga volitiva;
- Teste de 10RM foi realizado no leg press, extensão e flexão de joelhos com máximo de 3 tentativas e com 5’ de intervalos entre as
mesmas e 20’ de intervalos entre os exercícios;
- SEQA 3 séries (1 min e meio de intervalo) com quilagem de 10RM na sequência LP+EJ+FJ (3’ de intervalo entre os exercícios)
antecedido por treino aeróbio de 20’ a 60% da FCmáx;
- SEQB mesma que anterior porém com treino aeróbio de 80% da FCmáx (2’ entre o treino aeróbio para o posterior de força);
- A PSE foi questionada ao final do treinamento aeróbio das três séries realizadas.
PSE
PONTOS IMPORTANTES DA DISCUSSÃO

- A performance no exercício de força é “dificultado” pelo exercício aeróbio prévio (20’) sendo que em intensidade maior (80%)
o efeito deletério sobre a performance (nRM) é maior;
- A PSE foi maior ao final da atividade aeróbia de 80% e também ao final das 3 séries quando realizadas após esta intensidade;
- A queda do nRM ao final das séries deve-se além do esforço aeróbio prévio também ao efeito acumulativo de série para série
quando do exclusivo treinamento de força:
- Acúmulo de metabólitos (amônia, lactato e fosfato inorgânico);
- Depleção de substratos energéticos (glicogênio, ATP, PCr);
- Lembrar sempre que a fadiga residual é músculo-específica;

- Os resultados do estudo podem ser desvantajosos quando se busca TRP voltado a força e hipertrofia onde o volume de
treinamento é fundamental.
- Para uma comparação mais correta deveriam ter adotado a formulação de GC onde os voluntários realizariam somente o
treinamento de força sem prévio treinamento aeróbio. Seria o mais interessante para avaliar o efeito exclusivo da fadiga
residual.
APLICAÇÕES

- Se for objetivado ganhos de força neste público e


desejável que a prescrição do treinamento aeróbio
seja realizada em sessões diferentes aos de força
(separadas por turnos ou dias) para que uma maior
carga-volume de treinamento seja alcançado Vs
(quilagem x repetições x séries);

- Se, por ventura, não seja possível realizar sessões


diferentes maiores intervalos de repouso entre séries
e exercícios devem ser prescritos para minimizar os
efeitos da fadiga prévia sobre a carga-volume.
EFEITO DA INTENSIDADE
COMO FOI REALIZADO O ESTUDO?

Procedimento experimental (teste de base)

48 hr 48 hr
1º: Capacidade aeróbia máxima (Vo2Máx) 2º: Teste de velocidade na esteira 3º: Teste de corrida em esteira inclinada

48 hr

4º Teste de 1RM (high pull, agachamento,


supino reto, levantamento terra e push press)

Procedimento experimental (intervenções)

48 hr
2º: Treino aeróbio continuo 45 min há 60% do Vo2 reserva
1º: Treino de força :Agachamento e supino 3 x 10 rep com 75% de 1RM; Levantamento terra e push
+ intervalo 10 min+ treino de força (P1).
press 3 x 10 rep com 70% de 1RM; High pull 3 x de 6 rep com 80% de 1RM.
48 hr
3º : Treino aeróbio por 20 min há 75% vo2 reserva + intervalo 10 min+ treino de força 4º : Treino aeróbio intervalado 5 x de 3 min há 90 – 100% Vo2 reserva
(P2). intervalado com 3 mim há 40% Vo2 reserva+ intervalo 10 min + treino de força (P3)

48 hr

Lactato sanguíneo, frequência cardíaca e número de repetições foram 5º : Treino aeróbio em esteira inclinada ( 6 - 9%) por 20 min há 75%do Vo2 reserva+
coletados. Intervalo de 10 min + treino de força (P4).
COMPARAÇÃO DE REDUÇÃO DAS REPETIÇÕES MÁXIMAS DOS CINCO EXERCÍCIOS

P3 - (90 a 100% 5x3’ + 5x3’ repouso 40% = 30’total);

P1 - (aeróbio continuo carga aeróbia = 60% com 45’)

P2 - (aeróbio contínuo carga = 75% com 20’)

P4 - (aeróbio contínuo carga = 75% com 20’ e


inclinação 6 a 9%)
E AI QUAL FOI O COMPORTAMENTO DAS REPETIÇÕES MÁXIMAS?

- No exercício high pull não ocorreu efeito do treino


aeróbio;

- Todos treinos aeróbios produziram efeito sobre


o desempenho no agachamento. Queda maior no P1 e
P3;

- Todos os treinos aeróbios produziram queda


Nas repetições máximas no supino. Queda maior no
P3;

- P1, P2, e P3 produziram uma redução significativa


nas repetições no push press.
QUAL FOI O COMPORTAMENTO DO LACTATO?

- O nível de lactato foi maior após intervalado


(maior dependência sistema glicólitico
Anaeróbio);

- Protocolos de força somados aos protocolos


aeróbios produziram sempre valores de lactato
significativamente maiores em relação a somente os
o treinos aeróbios;

- Porém, não sofreram efeito do treino aeróbio prévio.


E O EFEITO SOBRE O COMPORTAMENTO DA FC?

- Resposta da FC sempre foi maior nos treinos aeróbios


- ( 171 bpm ~86% da FCM )

- O treino de força após aeróbio teve valores de FC


maiores que a sessão controle (sem prévio aeróbio).
PONTOS IMPORTANTES DA DISCUSSÃO

-Todos os protocolos aeróbios produziram queda significativa nas repetições máximas (entre 9.1 a 18.6%) comparado com o controle. O
agachamento foi o exercício que sofreu maior redução;

- P3 (intervalado) foi o que produziu maior queda nas repetições máximas seguido pelo P1;

- Os níveis de lactato foram significativamente maiores após o P3;

- A queda nas repetições máximas no supino reto parece estar vinculado as oscilações que são transferidas para ombros e braços. Assim,
músculo deltoide pode ter sido acionado de forma significativa para estabilizar esta articulação.

- Além disso, o supino reto foi o terceiro exercício, e pode também ter sido influenciado pela fadiga gerada nos dois exercícios prévios.

- Os valores de FC maiores identificados nos treinos de força podem estar vinculados a patamares mais elevados no início. Assim, treino
aeróbio prévio pode potencializar as repostas cardiovasculares;
APLICAÇÕES PRÁTICAS
Se liga
professor!!!
Principalmente realizar treino aeróbio de alta
intensidade antes do treinamento de força não
parece ser uma estratégia viável. Quando se
objetiva maximizar os ganhos de força e
hipertrofia. Redução no volume de treino.
EFEITO DO VOLUME (Quilometragem 3, 5 e 7 km)
Como os “caras” fizeram o estudo?

Procedimento experimental (primeira fase)

2º:Familiarização teste neuromuscular e de 3º:Familiarização teste neuromuscular e de


1º: Antropometria e teste em esteira
força força

4º Contração isométrica máxima 5º Avaliação da resistência de força ( 4 x 80%


(cadeira extensora) até a falha no leg press). Sessão controle.
e teste de 1RM (leg press). Sessão
controle.

Procedimento experimental (Segunda fase)

1º: Corrida 3 km ( 90% do limar anaeróbio) 2º: Corrida 5 km ( 90% do limar anaeróbio) 3º: Corrida 7 km (90% do limar anaeróbio)
+ teste de 1RM + teste de 1RM + teste de 1RM

4º: Corrida 3 km ( 90% do limar anaeróbio) 5º: Corrida 5 km ( 90% do limar anaeróbio) 6º: Corrida 7 km ( 90% do limar anaeróbio)
+ teste de repetições máximas + teste de repetições máximas + teste de repetições máximas
E AI... QUAIS FORAM OS RESULTADOS? Volume-Carga = séries x repetições x quilagem
Volume-Carga = 4 x 12RM x 200 kg = 9.600 kg

- Volume total de carga foi significativamente menor após 5 e 7 km quando comparado a condição controle (sem aeróbio prévio)
(12% e 22%, respectivamente);

- Volume total de carga menor após 7 km do que após 3 km (14%) e 5 km (12%). Nenhuma diferença ao comparar 3 e 5 km.
PONTOS IMPORTANTES DA DISCUSSÃO

- A queda no volume total de carga no treino de força foi dose dependente. Ou seja, quando maior a quilometragem
Mais significativa foi a queda;

- Essa redução no volume total de carga pode estar intimamente relacionada a fadiga periférica (queda nos níveis de
glicogênio muscular)

- Por outro lado, o desempenho no teste de 1RM não foi afetado (drive neural).
APLICAÇÕES PRÁTICAS
Se liga
professor!!!
- Evitar a realização de treino aeróbio de volume
moderado a alto previamente ao treino de força de
membros inferiores se busca-se performar esse
treinamento.

- Se o treino visa treino de “força pura”


(janela de 01 a 06 RM (ACSM, 2009)) pode-se
utilizar treinamento aeróbio antes de treino
com prudência e cautela.
EFEITO DO MODO DO EXERCÍCIO

Medidas realizadas
- 1 RM;
- Número máximo de repetições (MNR);
- TV (RM x quilagem levantada);
- EMG do vasto lateral – EMG VL.
Como os “caras” fizeram o estudo?

- 10 homens ativos entre 18 a 35 anos; VO2pico (corrida) de 45,0±6,3 ml/kg/min. 1RM no meio agachamento de 188,7±27.8
kg. Velocidade máxima atingida (Imáx) de 15,8±1,6 km/h. Pelo menos 2 anos de experiência no treino de força e aeróbio
e praticavam esportes de forma recreacional.

- Seis sessões experimentais


- Sessões 1 e 2 testes de VO2pico esteira e bike, Imáx e medidas antropométricas;
- Sessão 3 teste de 1RM meio agachamento no Smith Machine;
- Sessão 4 – controle – somente a execução de 4 séries de meio agachamento (2’ intervalo) até FMC com 80% 1RM (S);
- Sessão 5 – corrida intermitente de alta intensidade (RS);
- Sessão 6 – ciclismo intermitente de alta intensidade (CS);
- O treinamento intermitente nos dois corrida/ciclismo foi de 15 vezes 1’ corrida/ciclismo no Imáx + 1’ de repouso
passivo e após protocolo controle. 15’ entre término do endurance para início da força.
- Impacto maior é do ciclismo embora também exista impacto negativo da corrida. Este impacto é mais expressivo na
primeira e segunda série.
- O sinal EMG (VLRMS) não apresentou alterações significativas durante o meio agachamento após treinamento de
endurance independentemente do modo de treinamento desde que o mesmo seja intermitente e de alta
intensidade;

- Como o sinal EMG não alterou-se parece que fatores neurais não seria explicativos para os decréscimos de
performance de força;
PONTOS IMPORTANTES DA DISCUSSÃO
Se liga
professor!!!

- A performance de força decresce quando antecedida por treino intermitente de alta intensidade tanto de ciclismo
como de corrida;

- O treinamento de ciclismo intermitente é mais deletério sobre a performance de força do que a corrida;

- Parece que o ciclismo, com intensidade equalizada a corrida (estudos citados na discussão), gera maior consumo de
carboidrato de forma oxidativa e participação anaeróbia.
PONTOS IMPORTANTES DA DISCUSSÃO
Se liga
professor!!!

- Do ponto de vista crônico parece que a interferência da corrida sobre o desenvolvimento da força (estudos citados
na discussão) é maior. A explicação mais plausível é de que o maior componente excêntrico da corrida poderia
perdurar por mais tempo afetando a performance de força e o seu desenvolvimento crônico;

- O efeito agudo pode ser danoso no logo prazo, ou seja, a corrosão aguda pode interferir em ganhos a longo prazo na
força muscular;

- Evitar sessões de treinamento de força logo após exercícios aeróbios de alta intensidade particularmente se forem
exercícios de ciclismo;

- Os voluntários não eram corredores, ciclistas ou levantadores de peso, apesar de altamente condicionados, devido a
especificidade desses atletas poderá ser alterada as magnitudes de inferência encontradas no presente estudo.
EFEITO DO GRUPO MUSCULAR

Medidas realizadas:
- 1RM no agachamento e supino (todos pesos livres);
- 3 séries até a FMC a 75% de 1RM com intervalos de 2’.
Como os “caras” fizeram o estudo?

- Homens em idade colegial com experiência no TRP e aeróbio (1 a 2xsem por pelo menos 6 meses) realizaram
exercícios de agachamento e supino com e sem exercício aeróbio prévio no “elliptical machine” (MMII);
- Ambos exercícios para MMSS (supino) e MMII (agachamento) foram realizados para determinar se o efeito seria
específico a musculatura utilizada durante o exercício aeróbio;
- Dados EMG (peitoral maior, vasto lateral e reto femoral) forma coletados e analisados para determiner se o efeito
negative do exercício aeróbio foram de origem central ou periférica;

- For example, uma redução no sinal da EMG pode ser interpretado como uma redução no recrutamento de UM ou
na taxa de disparo e, assim, pode ser indicador de fadiga central (4);

- Treino aeróbio a 70% da FCME (220-idade) por 30 minutos.


- TRP 3 series a 75% de 1RM com FMC e 2’ de interval intrasérie.
- O exercício de elíptico realizado antes do exercício de supino não afetou (p>0,05) no exercício de supino, porém no
exercício de agachamento o número de RM foi menor (p<0,05) do que a condição sem realização de elíptico.
- Nos exercícios de supino e agachamento houve aumento significativo (p<0,05) da primeira para última repetição nas
duas primeiras séries.
CONCLUSÕES E APLICAÇÕES
Se liga
professor!!!

- Principal achado é de que o agachamento tem seu desempenho afetado pelo treino prévio aeróbio de 30’ de elíptico (8,2±1,7 vs 9,5
±1,7 RM). Isto pode ser atribuído a fadiga periférica já que o exercício de supino não foi afetado (8,5 ±1,7 vs 8,7 ±2,1 RM);

- Isso pode ter sido causado, segundo os autores, devido a grande ativação do músculo reto femoral durante o exercício de elíptico,
inclusive maior do que em corrida (cintando estudo de Prosser et al., 2011);

- O tempo de intervalo entre término do treino aeróbio e início do treino de força (10’) foi suficiente para permitir completa capacidade
de treino no supino mas não no agachamento.
CONCLUSÕES E APLICAÇÕES Pense esses
dados em
relação a sua
prescrição.

- A ativação muscular é uma função do SNC e é refletida pela amplitude do sinal EMG. Os resultados do estudo mostram que os
resultados do sinal EMG foi igual para os dois exercícios;

- A ativação muscular aumenta da primeira para última repetição na primeira e segunda série e na terceira série este aumento da
primeira repetição para a última não ocorre. Sendo este comportamento igual para o supino e agachamento. Estes resultados
demonstram que o trabalho aeróbio não afetou a ativação muscular pois, em tarefas fadigantes, dever-se-ia esperar um progressivo
aumento da amplitude do sinal;

- Assim, entende-se que a fadiga tem sua origem em fatores periféricos e não centrais;

- A fadiga pode ter cunho central quando intensidades maiores forem aplicadas, HIIT por exemplo ou contínuo em intensidades maiores
dos que a do presente estudo.
APLICAÇÕES PRÁTICAS
E ai
professor???

Assim, o treinamento de TRP precedido por exercícios aeróbio de


grupos musculares similares deve ser evitado enquanto que
exercícios de diferentes grupos pode ser utilizado.
EFEITO DO GRUPO MUSCULAR
COMO FOI REALIZADO O ESTUDO?

Procedimento experimental

1° Protocolo 2° Protocolo
- Lactato foi
mensurado antes e
após exercício
aeróbio.

45 min há 75% da FCM 6 x há 80% de 1RM até a falha 6 x há 80% de 1RM até a falha

3° Protocolo 4° Protocolo
- Durante os exercícios de
foi realizado eletromiografia.

45 min há 75% da FCM 6 x há 80% de 1RM até a falha 6 x há 80% de 1RM até a falha
QUAL FOI O COMPORTAMENTO DA RMS NO SUPINO RETO?

- Observou-se uma queda similar no número de repetições máximas ao longo da séries em ambas formas de treino;

- Assim, o treino aeróbio não produziu efeito deletério sobre o desempenho do supino.
QUAL FOI O COMPORTAMENTO ELETROMIOGRÁFICO NO SUPINO RETO?

- Atividade eletromiografica foi maior somente para o tríceps braquial quando se realizou somente o supino
(sem aeróbio prévio).
QUAL FOI O COMPORTAMENTO DAS RMs NO AGACHAMENTO?

- Na primeira série o número de repetições foi maior para o protocolo somente agachamento ( 12.56) quando comparado ao
protocolo agachamento após aeróbio ( 10.00);

- Nas demais séries não observou-se diferença significativa entre os protocolos. Ou seja, a queda ao longo da séries foi similar.
QUAL FOI O COMPORTAMENTO ELETROMIOGRÁFICO NO AGACHAMENTO?

- Não houve diferença significativa na atividade eletromiografica entre os dois protocolos.


E O COMPORTAMENTO DO LACTATO?

- Níveis de lactato sanguíneo forma

significativamente maiores após o

treino aeróbio quando comparado a

linha de base (2.49 vs 1.49 mmol).


PONTOS IMPORTANTES DA DISCUSSÃO

- A queda nas repetições máximas no agachamento quando precedido pelo treino aeróbio pode estar vinculado ao lactato
e também queda nos níveis de glicogênio muscular local.

- A redução na atividade eletromiografica no tríceps braquial após treino aeróbio, pode estra atrelado a
necessidade de segurar as manoplas da bicicleta.
APLICAÇÕES PRÁTICAS

- Caso o objetivo seja manter o volume de para membros inferiores um treino aeróbio similar a carga de esforço do
estudo poderá reduzir esta variável.

- Como o volume total de carga tem forte influencia


nos ganhos de força e hipertrofia, a redução a longo
prazo poderá prejudicar essas adaptações.
E ai
professor???
EFEITO DO TEMPO DE REPOUSO

Lactato e amônia plasmáticos foram mensurados para verificar se


mudanças agudas na atividade metabólica foram evidentes quando
exercício de força foi realizado 8 e 32 horas após exercício de
endurance.
COMO O ESTUDO FOI FEITO?

- 8 homens estudantes universitários com experiência de mínima de 12 meses no TRP participaram do estudo;

- Foi feita familiarização aos procedimentos e testes;


- Medida da força máxima isométrica (5” com joelho em extensão completa), isotônica (10 repetições a 80% do torque
isotônico máximo) e isocinética de extensão do joelho dominante dos participantes (o torque isocinético –
Dinamômetro - foi determinado em 5 velocidades diferentes). Intervalos de 5’ foram dados entre os testes;
- A potência máxima na performance do ciclismo também foi medida – Power Critical – CP;
- Amostras sanguíneas foram coletas antes e após os treinamentos de força.
COMO O ESTUDO FOI FEITO?

- O treino aeróbio foi ondulatório de pedaladas em bike estacionária


por 10’ (conforme imagem)
- Foram 5 ciclos de pedalada de 10’ com intervalos de 1’ entre cada
pedalada, totalizando, portanto, 50’;
- A intensidade variou de 70 a 110% da potência crítica (critical
power - CP).
- Quanto ao desempenho isocinético em 6 velocidades diferentes não foram
encontradas diferenças entre CON e EXP. O mesmo resultado foi encontrado
para o trabalho mecânico externo isotônico (p>0,05);
- O lactato aumento para todas as condições pós exercícios de força exceto CON
32 hs;
- As concentrações de amônia foram significativamente maiores na condição EXP
do que CON para 8 e 32 hs.
PONTOS IMPORTANTES DA DISCUSSÃO

- A força permaneceu inalterada após 8 e 32 hs de uma única sessão de treinamento aeróbio;


- Estudos prévios (discutidos no artigo) demonstraram que 4 horas foi ineficiente para recuperar a força havendo,
portanto, decréscimos após treinamento aeróbio. Assim, parece que no mínimo 8 horas são necessárias para a
recuperação, porém observar:
- intensidade dos protocolos (no presente estudo menos intenso);
- características físicas;
- Pequeno n amostral do presente estudo (n=8);
- nível de experiência dos participantes (no presente estudo com elevado background em treinamento de força).

- Mudanças significantes no lactato plasmático foram evidenciadas após exercício de força em 8 e 32 horas no grupo
experimental, enquanto que no grupo controle somente após 8 horas. Isto é, quando se realizou anteriormente o
trabalho aeróbio a concentração de lactato foi maior e perdurou por mais tempo no sangue;
- Significantes na concentração de amônia plasmática pós exercício sugerem que atividade metabólica aguda durante
exercício de força pode ser alterada quando precedida de exercícios de endurance.

- Um aumento da concentração de amônia pode indicar mais rápido turnover de ATP ou ainda recrutamento das fibras
do tipo II;
VERIFICAR A MAGNITUDE E DURAÇÃO DA INTERFERENCIA DO TREINO AERÓBIO SOBRE O DESEMPENHO DE FORÇA COM DIFERENTES
INTERVALOS DE RECUPERAÇÃO (30, 60 MINUTOS, 4, 8, 24 HORAS) EM INDIVÍDUOS COM DIFERENTES EXPERIÊNCIAS DE TREINAMENTO.
COMO FOI REALIZADO O ESTUDO?
Amostra: 27 homens divididos em três grupos

Grupo aeróbio: 10 corredores de meia distancia, Grupo concorrente: Grupo Força: 6 powerlifters e
com tempo para 10 Km <37 min. 6 jogadores, 1 raquete e 2 crossfit. 2 weightlifetrs.

SESSÕES CONTROLE (TESTE DE BASE)


1º sessão: Antropometria + teste em esteira
+ familiarização teste de 1RM agachamento 2º sessão: Teste de 1RM no agachamento (Smith Machine)

SESSÕES EXPERIMENTAIS (INTERVENÇÕES)


1º sessão (controle): 4 séries há 80% no agachamento.
2º sessão: Treino aeróbio intervalado 5km (1 min Vo2 pico + 1 min intervalo passivo)
+ 30 minutos intervalo+ treino de força.
3º sessão: Treino aeróbio intervalado 5km (1 min Vo2 pico + 1 min intervalo passivo)
+ 60 minutos intervalo+ treino de força.
4º sessão: Treino aeróbio intervalado 5km (1 min Vo2 pico + 1 min intervalo passivo) + 4 horas
intervalo+ treino de força.
5º sessão: Treino aeróbio intervalado 5km (1 min Vo2 pico + 1 min intervalo passivo)
+ 8 horas de intervalo + treino de força.
6º sessão: Treino aeróbio intervalado 5km (1 min Vo2 pico + 1 min intervalo passivo) + 24
horas de intervalo + treino de força.
E AI QUAL FOI O COMPORTAMENTO DAS REPETIÇÕES MÁXIMAS?

- Número de repetições máximas foi significativamente superior para grupo aeróbio comparado ao força;

- Ocorreu queda significativa para todos os grupos após 30 e 60 minutos da realização do treino aeróbio.
E O VOLUME DE CARGA (NÚMERO DE REPETIÇÕES X CARGA)?

- O volume de carga alcançado para todos os grupos foi significativamente menor após 30 e 60 minutos do
treino aeróbio quando comparado a sessão controle;

- Após 30 minutos : GA = - 8%; GC: - 26.98%; GF = - 35.59%. Após 60 minutos: GA: - 8%; GC= - 10%; GF= - 33%.
PONTOS IMPORTANTES DA DISCUSSÃO

- Os resultados demonstraram que a queda no número de repetições máximas e volume de carga não teve diferença estatisticamente
significativa entre os grupos. Porém, a queda nestas variáveis foram maiores no GC e GF comparado ao GA. E ainda, maiores no GF
comparado ao GC.

- Não foi identificada interferência significativa no número de repetições e volume de carga após 4, 8 e 24 horas. Porém, mesmo após
essas horas de intervalo o GC e GF não conseguiram atingir o mesmo número de repetições e volume de carga da sessão controle

- Uma maior capacidade oxidativa das fibras musculares do GA pode ter proporcionado uma maior número de repetições alcançado e
permitido uma mais eficiente recuperação nos intervalos de 8 e 24 horas.
APLICAÇÕES PRÁTICAS

- Para manter o número de repetições máximas e volume de carga deve-se aplicar no mínimo quatro horas de
intervalo. Porém, como os valores dessas variáveis para os GC e GF não voltaram ao patamares de controle, para
alunos/clientes que tem experiência de treinamento concorrente e de força, parece ser mais adequado um intervalo
de 24 horas.

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