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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PELOTAS

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE


CURSO DE FISIOTERAPIA

Impactos sobre o crescimento e desenvolvimento (Ingestão de drogas na maternidade)

Trabalho realizado para a


disciplina de Fisioterapia Neurofuncional I
para a professora Giane Braida

Henrique Peglow Voss

Pelotas, agosto de 2020


Alguns estudos mostram que o uso de cocaína crack durante a gravidez pode exercer
no feto efeitos negativos preocupantes, malformações, alterações no crescimento do
cérebro e na arquitetura do córtex (CUNHA et al., 2001). Lindow (2004) sugere que o
uso da cocaína está frequentemente relacionado com o descolamento prematuro da
placenta, com partos prematuros, ruptura uterina, disritmias cardíacas, isquemia
cerebral, infarto e morte. Além disso, bebês de mulheres viciadas em cocaína e crack
nascem com síndrome de abstinência.

Em média no Brasil há anualmente 1600 óbitos de mulheres por morte materna e 50


mil óbitos de bebês até um ano de idade. Atualmente, a quase totalidade de causa das
complicações está associada ao consumo de substâncias psicoativas durante o período
gestacional.

Na grávida, o descolamento prematuro da placenta causado pelo uso de cocaína,


pode também levar a hemorragias e sangramentos durante a gestação. O filho de uma
mulher viciada em crack e cocaína pode futuramente sofrer de taquicardia, hipertensão,
alterações comportamentais e dificuldade no aprendizado escolar na primeira infância.

Já sobre o uso da maconha na gestação, pode causar alterações


neurocomportamentais e cognitivas, alterando o desenvolvimento da criança. “É preciso
lembrar que isso é um fenômeno psicossocial. A gestante que é viciada em drogas
precisa ter um pré-natal feito não só por um obstetra, mas também por psicólogo e
psiquiatra”, nos conta a pediatra Conceição Aparecida de Mattos Segre, coordenadora
do grupo de trabalho sobre os efeitos do álcool na gestante, no feto e no recém-nascido
da Sociedade de Pediatria de São Paulo.

É preciso tomar diversos cuidados em relação à todas essas complicações. Mulheres


grávidas ou amamentando que são usuárias pesadas de cocaína, devem receber uma
atenção especial, pois é dever do serviço de saúde intervir para preservar a saúde do
feto, ou da criança, antes e após o nascimento. As mães que optaram por amamentar,
mas seguem usando cocaína de forma intermitente, devem esperar 24 horas, após o
consumo da droga, para alimentar o bebê com seu leite, este é o tempo para uma
eliminação da cocaína que evite passar volumes perigosos da substância à criança.
Referências:

http://g1.globo.com/bemestar/blog/1000-dias/post/saiba-os-riscos-do-uso-de-alcool-
cigarro-e-drogas-na-gestacao.html

https://wp.ufpel.edu.br/pgenfermagem/files/2015/10/eb160de1de89d9058fcb0b968dbbb
d68.pdf

https://www.saude.sc.gov.br/index.php/documentos/atencao-basica/saude-
mental/protocolos-da-raps/9216-crack-e-cocaina-em-gestantes-e-bebes/file

https://cenpre.furg.br/images/stories/TCCEspec201314/cntiaserpadarosa.pdf

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