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Se você que mudar o mundo comece arrumando sua cama.

Se você
arrumar sua cama toda manhã, você terá feito a primeira tarefa do dia. Isso lhe
dará um pequeno sentimento de orgulho, que irá te encorajar a realizar outra
tarefa, e depois outra, e outra. E ao final do dia, aquela primeira tarefa completada
terá se tornado muitas outras tarefas completadas. Arrumar sua cama também
reforçará o fato de que as pequenas coisas da vida importam. Se você não
consegue fazer as pequenas coisas direito, você nunca será capaz de fazer as
grandes coisas direito. E se por acaso você tiver um péssimo dia, você chegará
em casa com a cama arrumada. Arrumada por você. E uma cama arrumada lhe
dá esperança de que amanhã será melhor.

Para passar no treinamento SEAL, há uma série de longos mergulhos


que devem ser completados. Um deles é o mergulho noturno. Antes do mergulho,
os instrutores alegremente introduzem os alunos a todas as espécies de tubarões
que habitam as água ao redor de San Clemente. No entanto, eles te garantem que
nenhum aluno foi comido por um tubarão, pelo menos até onde eles se lembram.
Mas eles também te ensinam que se um tubarão começar a rodear sua posição,
mantenha-se em posição. Não nade para longe. Não demonstre medo. E se um
tubarão esfomeado por um lanchinho noturno começar a nadar até você, junte
todas as suas forças e soque ele no focinho, e então ele dará meia volta e nadará
para longe. Há muitos tubarões no mundo. Se você pretende completar o
mergulho, você terá de lidar com eles. Portanto se você quer mudar o mundo, não
recue perante os tubarões.

Ao longo de algumas semanas de um treino pesado, a minha turma,


que começou com 150 homens, estava com apenas 42. Agora haviam seis
equipes com sete membros em cada uma. Eu estava no barco com os caras mais
altos, mas o melhor grupo que nós tínhamos era composto pelos “baixinhos”. “A
equipe Munchkin” assim eram chamados. Nenhum media mais que 5´5 (1,65 m).
A equipe Munchkin tinha um índio-americano, um afro-americano, um polaco-
americano, um grego-americano, um italiano-americano, e dois valentes
moleques do centro-oeste. Eles eram melhores remadores, corredores, e
nadadores do que qualquer outra equipe. Os grandões dos outros times sempre
zoavam inocentemente das pequenas nadadeiras que os Munchkins usavam em
seus pequenos pezinhos antes de todos os mergulhos. Mas de alguma maneira
estes baixinhos de todos os cantos do país e do mundo sempre riam por último.
Nadando mais rápido que os outros e alcançando a costa muito antes do resto de
nós.

O treinamento SEAL foi um ótimo igualador. Nada importava além de


sua força de vontade. Não importava sua cor, sua cultura, sua educação, nem seu
status social. Se você quer mudar o mundo, julgue uma pessoa pelo tamanho do
seu coração, não pelo tamanho de suas nadadeiras. A nona semana de
treinamento é chamado de Hell Week (semana infernal). São seis dias sem dormir,
constante abuso físico e mental, e um dia especial na Mud Flats. A Mud Flats é
uma área entre San Diego e Tijuana, onde a água escoa e cria a Tijuana Slews,
um terreno pantanoso onde a lama irá te engolir.

É na quarta-feira da Hell Week que você rema até a Mud Flats e passa
as próximas 15 horas tentando sobreviver contra o frio congelante, os ventos
uivantes, e a incessante pressão dos instrutores de desistir. Quando o sol
começou a se por naquele fim de tarde de quarta a minha turma, após ter
cometido graves infrações às regras, foi mandada para a lama. A lama consumiu
cada um até que não havia nada visível além de nossas cabeças. Os instrutores
nos disseram que nós poderíamos sair da lama se cinco homens desistissem.
Apenas cinco homens, só cinco homens, e nós poderíamos sair do frio opressor.
Olhando ao redor, era aparente que alguns alunos estavam prestes a desistir.
Ainda faltavam oito horas até que o sol nascesse, mais oito horas de frio de doer
na espinha. O bater de dentes e os gemidos dos alunos eram tão altos, que era
difícil escutar o resto. Mas então, uma voz começou a soar pela noite. Uma voz se
ergueu em melodia. A música estava terrivelmente desafinada, mas cantada com
grande entusiasmo. Uma voz se tornou duas, duas se tornaram três, e sem
demora todos da turma estavam cantando. Os instrutores nos ameaçaram com
mais tempo na lama se continuássemos cantando, mas a cantoria continuou, e de
alguma maneira a lama parecia um pouco mais quente, e o vento um pouco mais
manso, e o alvorecer não tão longe assim. Se eu aprendi alguma coisa no meu
tempo viajando o mundo, é o poder da esperança. O poder de uma pessoa. Um
Washington, Lincoln, Ling, Mandela, e até uma jovem garota do Paquistão,
Malala. Uma pessoa pode mudar o mundo dando esperança aos outros.

Então se você quer mudar o mundo. Comece cada dia com uma tarefa
completada. Encontre alguém para te auxiliar ao longo da vida. Respeite os
outros. Saiba que a vida não é justa, e que você falhará frequentemente. Mas se
você assumir alguns riscos, se levantar quando os tempos são os mais difíceis,
enfrentar os valentões, ajudar os derrubados, e nunca, jamais desistir. Se você
fizer essas coisas, a próxima geração e as gerações seguintes viverão em um
mundo infinitamente melhor do que vivemos hoje. E o que começou aqui terá, de
fato, mudado o mundo positivamente.

(Autor: desconhecido)

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