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Três modalidades:
Hemodiálise
Vantagens:
Desvantagens:
Instabilidade hemodinâmica
• Hipoxémia
• Trocas rápidas de água e
solutos
• Equipamento complexo
• Pessoal especializado
• Difícil em pequenos
Lactentes
Diálise Peritoneal
Vantagens:
• Facilidade na montagem e
utilização
• Utilização fácil em lactentes
• Estabilidade hemodinâmica
• Sem necessidade de
anticoagulação
• Possibilidade de colocação do
cateter na cama do doente
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Desvantagens:
• Ultrafiltração pouco
quantificada
• Remoção lenta de água e
solutos
• Falência na drenagem
• Fuga
• Obstrução do cateter
• Compromisso respiratório
• Hiperglicemia
• Peritonite
HVVC
Vantagens:
• Utilização fácil na UCIP
• Correcção rápida dos
electrólitos
• Excelente clearance de solutos
• Correcção rápida do equilíbrio
ácido/base
• Balanço controlado de líquidos
• Tolerado por doentes instáveis
• Uso precoce de NPT
• Acesso vascular colocado na
UCIP
Desvantagens:
• Anticoagulação sistémica
• Frequente formação de coágulos
no filtro
• Hipotensão em pequenos
lactentes
• Acesso vascular em lactentes
Introdução:
Hemofiltração veno-
venosa continua
(HVVC) permite a
remoção equilibrada
de solutos e a
modificação do
volume e composição
do líquido extra-
celular.
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Hemofiltração
Consiste na colocação de um pequeno filtro altamente
permeável à água e solutos, mas impermeável às
proteínas plasmáticas e elementos celulares do sangue,
num circuito extra-corporal.
Quando o sangue perfunde o hemofiltro, o ultrafiltrado
plasmático é removido de forma análoga à filtração
glomerular.
História: pediatria
– Lieberman 1985 (EUA): ultrafiltração contínua lenta ('UFC')
utilizada com sucesso num recém-nascido em anasarca e com
anúria
– Ronco 1986 (Itália): Hemofiltração Arterio-Venosa Continua
(HAVC) no recém-nascido
– Leone 1986 (EUA): HAVC na criança maior
– 1993: aceitação geral de que a técnica de HVVC é menos
problemático que a HAVC
VVC
1. Controlo quase completo da taxa de remoção de
líquidos (i.e. taxa de ultrafiltração)
2. Precisão e estabilidade
3. Electrólitos ou elementos celulares do sangue
(plaquetas, eritrócitos ou leucócitos) podem ser
removidos ou adicionados, independentemente das
alterações do volume total de água corporal.
Ultrafiltração (UF)
A filtração através da membrana de ultrafiltração é feita por um
processo de convecção, idêntico ao que ocorre no glomérulo renal.
Convecção
convecção
As moléculas de soluto são removidas por arrasto através
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da membrana, processo que é chamado de 'solvent drag.'
hemofiltração
Durante a hemofiltração não é utilizado dialisado pelo que
não pode ocorrer transporte por difusão.
A transferência de soluto é inteiramente dependente do
transporte por convecção, pelo que a hemofiltração é
pouco eficaz na remoção de solutos.
Hemodiálise
A Hemodiálise permite a remoção de água e solutos por
difusão através de um gradiente de concentração.
Difusão
difusão
As moléculas de soluto são transferidas através da
membrana na direcção da menor concentração de
soluto a uma taxa inversamente proporcional ao peso
molecular.
hemodiálise
Durante a hemodiálise, o movimento dos solutos
através da membrana de diálise, do sangue para o
dialisado, resulta primariamente do transporte por
difusão.
Biocompatibilidade
Nas membranas de
hemofiltração são usados vários
materiais sintéticos:
– polisulfona
– poliacrilonitrilo
– poliamida
Todos são biocompatíveis.
A activação do complemento ou
a leucopénia, frequentemente
associada à hemodiálise, ocorre
raramente na hemofiltração.
Me mbrana de Hemofiltração
A membrana de hemodiálise
contém canais longos,
tortuosos interligados que
condicionam uma alta
resistência ao fluxo da água.
A membrana de
hemofiltração consiste em
canais relativamente
estreitos e de diâmetro
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progressivamente maior que
oferecem pouca resistência
ao fluxo de água.
Me mbrana Hemofiltração
O hemofiltro permite uma
transferência fácil de solutos
com menos de 100 daltons
(e.g. ureia, creatinina, ácido
úrico, sódio, potássio, cálcio
ionizado e quase todos os
fármacos que não se ligam às
proteínas plasmáticas). Todos
os hemofiltros de HVVC são
impermeáveis à albumina e a
outros solutos maiores de
50,000 daltons.
Fracção de Filtração
O grau de desidratação do sangue pode ser
estimado pela fracção de filtração (FF), que
corresponde à fracção de água do plasma
removida pela ultrafiltração:
FF(%) = (UF x 100) / QP
Onde QP é a taxa de filtrado plasmático em ml/min.
QP = Fluxo Sanguíneo (ml/min) x (1-Hct)
Taxa de Ultrafiltrado
FF(%) = (UF x 100) / QP
QP = Fluxo Sanguíneo x (1-Hct)
Por exemplo, quando o Fluxo Sanguíneo = 100 ml/min e
o Hct = 0.30 (i.e. 30%), QP = 70 ml/min. A Fracção de
Filtração > 30% promove formação de coágulos no
filtro. No exemplo anterior, quando a FF máxima
permitida é 30%, um Fluxo Sanguíneo de 100 ml/min
permite a UF = 21 ml/min
Fluxo sanguíneo & clearance
Para uma criança com superfície corporal de 1.0
m2, Fluxo Sanguíneo = 100 ml/min e FF = 30%, a
clearence de pequenos solutos é 36.3 ml/min/1.73
m2 (cerca de um terço da clearance renal normal
de pequenos solutos).
– clearance HVVC ideal: pelo menos 15 ml/min/1.73
m2
– Para crianças pequenas, taxa de fluxo sanguíneo >
100 ml/min é desnecessário em geral
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– Fluxo Sanguíneo alto pode contribuir para
aumentar a hemólise no circuito HVVC
Lentificação
Fracção de Filtração superior a 25 - 30% aumenta
consideravelmente a viscosidade no circuito com risco de
formação de coágulo e disfunção.
Pré-diluíção
Os problemas associados ao aumento da viscosidade podem ser
reduzidos adicionando líquido de substituição (reposição) em préfiltro.
No entanto, a eficácia da ultrafiltracção fica comprometida visto que o
ultrafiltrado contém líquido de substituição.
Balanço hídrico
Um balanço hídrico preciso é uma das maiores
vantagens da HVVC. Em cada hora, o volume de líquido
de substituição (reposição) do filtrado (FRF) é
ajustado de forma a permitir o balanço hídrico
desejado.
Reposição
O Ultrafiltrado (UF) é simultaneamente substituído
(reposição) por uma combinação de:
– Soluções fisiológicas habituais
– Lactato de Ringer
– Soluções de nutrição parentérica total
Nos doentes com sobrecarga hídrica, o volume do
ultrafiltrado não é substituído completamente
permitindo um balanço negativo previsível e
controlado.
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– Cómodo, adequado, prático
– Económico
– Elimina o risco de erro na preparação dos sacos pela
fórmula de Michigan
A solução de reposição de Michigan parece ser preferível
em crianças gravemente doentes nomeadamente em
lactentes, mas as 2 soluções não foram avaliadas
comparativamente, de forma sistemática.
Anti-coagulação
Para prevenir a formação de coágulos no filtro e a
interrupção do circuito de HVVC pode ser necessário
fazer anticoagulação.
- heparina
- citrato
- ‘local’ vs. Sistémica
Anti-coagulação
Doentes com coagulopatias podem não
necessitar de heparina.
– Se o aPTT do doente é > 200 segundos
antes do tratamento não usamos heparina
– A formação de coágulos no filtro assinala
que determinada coagulopatia melhorou
espontaneamente
Anti-coagulação: heparina
Doentes com coagulopatias podem não necessitar
de heparina.
– Quando o aPTT é < 200 segundos, administra-se
uma dose inicial de heparina @ 5-20
unidades/kg, seguido de:
– infusão contínua de heparina (ritmo inicial 5
unidades/kg/hr) préfiltro
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– Ajustar ritmo de heparina de forma a manter
aPTT pósfiltro de 160 to 200 segundos
Anti-coagulação: citrato
A anticoagulação com citrato no circuito de HVVC pode ser
utilizado quando a anticoagulação sistémica é contra-
indicada por qualquer razão (normalmente quando o doente
sofre de coagulopatia grave).
– Na HVVC-D (Hemofiltração Veno-Venosa Continua com
Diálise) perfunde-se uma solução de diálise em
contracorrente no filtro
– HVVC-D ajuda a prevenir a hipernatrémia induzida com a
solução de citrato trissódico
Anti-coagulação: citrato
Anticoagulação local do circuito de HVVC com citrato :
– Citrato trissódico 4% préfiltro
– Ritmo de infusão de citrato = taxa de filtração (ml/min) x 60 min.
x 0.03
– Líquido de substituição: soro fisiológico
– Infusão de cálcio: CaCl 8% no soro fisiológico no lado distal
– dialisado: Na 117 . glucose 100-200 . K 4 . HCO3 22 . Cl 100 . Mg 1.5
O Cálcio ionizado no circuito diminui para < 0.3, enquanto a
concentração de cálcio sistémico é mantida pela infusão.
Experimental: alto-fluxo
A HVVC de alto volume pode melhorar o estado hemodinâmico,
aumentando a perfusão de órgão, diminuindo os níveis séricos de
lactato e as concentrações de nitrito/nitrato.
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preferenciais
• Lactentes < 2500 g
• Hipotermia grave ou hipertermia
• Síndroma hemolítico-urémico
Diálise Peritoneal: inadequado
• Hiperamoniemia grave (erros inatos do
metabolismo)
• Intoxicação com tóxicos dialisáveis
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• Usar soluções não standard com Bicarbonato
PD: peritonite
• Drenagem do dialisado purulento
• Dialisado > 100 leucócitos/cc
• > 50% leucócitos polimorfonucleares
• organismos gram positivos [nas UCIPs: também gram (-)]
• antibióticos intraperitoneais de acordo com exame cultural
• vancomicina (8 mg/L) + ceftazidime (125 mg/L) --- ou ---
• gentamicina (8 mg/L)
• associar heparina 500 U/L para reduzir a formação de
fibrina
• cefalosporina @ como profilaxia na colocação do cateter
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