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Av. Sambaqui, 318 – B. Santo Antônio – Balneário Piçarras – Fone: (47) 3261-1403
O MAIOR MUSEU OCEANOGRÁFICO
DA AMÉRICA LATINA ESTÁ EM
BALNEÁRIO PIÇARRAS.
HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO:
TERÇA A SEXTA:
DAS 14:00 ÀS 20:00
SÁBADOS E DOMINGOS:
DAS 10:00 ÀS 18:00
VALOR DO INGRESSO:
R$ 20,00 INTEIRA – R$ 10,00 MEIA
Feto de Pinguim de
Painel com Humboldt, em expo-
maxilas de sição na ala das aves
diversos tubarões. marinhas. É uma
Entre elas, as cinco das espécies mais
espécies com vulneráveis, pois são
mais registros nativas da América
de ataques a do Sul, encontradas
humanos. apenas na costa do
Chile e do Perú.
www.univali.br/institucional/museu-oceanografico-univali
www.historiacatarina.com.br
EXPEDIENTE ÍNDICE ANO XI ED. 86 2017
MATÉRIA DE CAPA
EDITOR
Cláudio R. Silveira
REVISÃO DE TEXTOS
Teresa Setti de Liz
ARTE E DIAGRAMAÇÃO
Franciele Schneider
PARCERIA CULTURAL:
- Arquivo Histórico Eugênio Victor Schmöckel
Jaraguá do Sul
- Arquivo Público de Blumenau
- Arquivo Público de Joinville
- Arquivo Público de Rio do Sul
- FCC – Fundação Catarinense de Cultura
- Fundação Cultural de Lages
- Fundação Genésio Miranda Lins – Itajaí
- IHGSC – Instituto Histórico e Geográfico A porcelana em Santa Catarina, e em algumas outras partes do Brasil, carrega
de Santa Catarina um simbolismo de bom gosto e afetuosidade que tem sido repassado, geração após
- IHGL – Instituto Histórico e Geográfico de geração. Além de sua utilidade a porcelana contém o trabalho de arte de vários artistas
Lages e Serra Catarinense
anônimos.
- INGESC – Instituto de Genealogia de SC
- Museu Thiago de Castro
- Museu Histórico de São Francisco do Sul
CONSELHO CONSULTIVO
- Jornalista Marli Cristina Scomazzon
- Historiador Jali Meirinho 06 NEM TODOS SABIAM QUE...
- Geógrafo Augusto Zeferino
10 NOTÁVEIS HISTORIADORES
DEPARTAMENTO COMERCIAL
Juliana Franklin da Silveira
Afonso Taunay
historiacatarina@gmail.com
Distribuição para todo o Estado 12 EMINENTES PENSADORES
Fernando Pessoa
EDITORA LEÃO BAIO
LAGES – Rua Amapá, 405 14 ARTE E MULTIDISCIPLINARIDADE
São Cristóvão – CEP: 88509-140 Victor Meirelles
Fone: (49) 3225.3475
16 A ORIGEM JUDAICA DOS BANDEIRANTES E A INQUISIÇÃO
Como a Inquisição pode explicar a fúria das bandeiras de
São Paulo contra os jesuítas
26 A PORCELANA
História e beleza
36 A PORCELANA EM SANTA CATARINA
/Historiacatarina
Histórias de Família
48 MAYDAY! MAYDAY! MAYDAY!
A chamada que salva vidas
APOIO:
52 ARAUCARIA ANGUSTIFOLIA:
Milhões de anos de história
IHGSC IHG-Lages
Instituto Histórico e Instituto Histórico e
Geográfico de Santa Catarina Geográfico de Lages
NOSSA CAPA
Jogo de porcelana
chinesa, a mãe de
todas as porcelanas do
mundo.
Foto divulgação/
Skinner.
ISSN 1980-1637 Banco de Memória Histórico e Cultural de Santa Catarina
EDITORIAL
EFEMÉRIDES DE
JUNHO
Assume seu cargo o primeiro Ou- Registrado, nesta data, no Tribunal Eleitoral de
vidor nomeado para Santa Catarina, Santa Catarina, o Diretório Seccional do Partido So-
Dr. José Manuel de Faria. cial Progressista.
Tendo os trilhos da es- Instalação, pelo governador Celso Ramos, da Comissão fun-
trada de Ferro São Paulo-Rio dadora do Banco do Desenvolvimento do Estado de Santa Cata-
Grande alcançado as mar- rina, criado pelo Decreto N. GE-16-06-61/149. Esta Comissão foi
gens do rio Uruguai, em ter- integrada pelo Secretário da Fazenda, Geraldo Wetzel, como pre-
ritório catarinense, chega ali, sidente, e por Guilherme Renaux, presidente da Federação das
nesta data, o primeiro trem, Indústrias, Haroldo Soares Glavan, presidente da Federação do
procedente de Porto União. Comércio; Oscar Schwister e Plínio Arlindo de Nez, empresários.
Lei no 889 cria o mu- Morre, em Florianópolis, Henrique Rupp Júnior. Bacharel em
nicípio de Herval Velho, Direito, atuou na política catarinense como deputado estadual em
desmembrado de Cam- sucessivas legislaturas. Como professor, participou da fundação da
pos Novos. Faculdade de Direito de Santa Catarina, onde exerceu a cátedra.
Na imprensa, fundou os jornais O Estado (1915) e A Pátria (1930).
Lei Municipal no 1.229 cria a Fundação Edu- Lei no 08, desta data, cria a Comarca
cacional do Planalto Central Catarinense – FE- de Araranguá, a primeira a ser criada
PLAC – com sede na cidade de Curitibanos. sob o Regime Republicano.
Referência: Datas Históricas de Santa Catarina - 1500/2000/Jali Meirinho, 2a. ed. rev.aum. atualizada. Florianópolis: Insular, Ed. UFSC, 2000.
• Exposição Histórico-Jurídica. Mafera, Manoel da Silva, 1831-1907.
HC – 8 Ed. 86 - 2017
Notáveis Historiadores
Afonso Taunay
Afonso d'Escragnolle Taunay a 1910. Foi diretor do Museu Paulista
nasceu em 11 de julho de 1876, no (conhecido como Museu do Ipiran-
Palácio-sede do Governo, conhecido ga), entre 1917 e 1945. Reorganizou a
como Palácio Rosado em virtude da biblioteca e o arquivo do Ministério
cor utilizada na parte externa da casa, das Relações Exteriores, em 1930. De
na antiga Vila do Desterro, atual Flo- 1934 a 1937 foi professor na Faculda-
rianópolis, e faleceu em São Paulo, de de Filosofia, Ciências e Letras da
SP, em 20 de março de 1958. Universidade de São Paulo.
Obras publicadas
• Leonor de Ávila, romance brasi-
leiro seiscentista.
• Ensaios de bibliografia (2ª parte:
língua estrangeira); • História seiscentista da vila de
• Nicolau A. Taunay (documentos São Paulo, 4 vols. (1926-1929);
sobre sua vida e sua obra); • História antiga da abbadia de
• São Paulo nos primeiros anos São Paulo: escripta á vista de
(1920); avultada documentação inedita
• São Paulo no século XVI (1921, (1598-1772), (1927)
reeditado conjuntamente com a • História do café no Brasil, 11 vols.
obra acima pela editora Paz e Ter- (1929-1941);
ra, 2004) • O Rio de Janeiro de antanho: im-
• Pedro Taques e seu tempo, (1923); pressões de viajantes estrangei-
• A vida gloriosa e trágica de Bar- ros, (1942).
tolomeu de Gusmão, biografia; • Pequena história do café no Bra-
• Obras diversas de Bartolomeu de sil (1727-1937), (1945).
Gusmão; • Zoologia fantástica do Brasil (sé-
• A missão artística de 1816 (reedi- culos XVI e XVII)
tado pela Editora Universidade de • Rio de Janeiro de antanho: im-
Brasília, 1983); pressões de viajantes estrangei-
• Non ducor, duco: notícias de São ros (1942);
Paulo (1565-1820), (1924); • Lexicografia: Léxico de termos
• Escritores coloniais (1925); técnicos e científicos;
• Visitantes do Brasil colonial (sé- • A terminologia científica e os
culos XVI-XVIII), (1933); grandes dicionários portugueses.
• História geral das bandeiras • História da Cidade de São Paulo
paulistas, 11 vols. (1924-1950); (1953)
HC – 12 Ed. 86 - 2017
Fernando Pessoa
Às vezes ouço passar o
vento; e só de ouvir o
vento passar, vale a pena
ter nascido.
O poeta é um fingidor /
Finge tão completamente /
Que chega a fingir que é dor /
A dor que deveras sente.
A liberdade é a
possibilidade do
isolamento. Se te é impossível
Bruno Maio.
Adoramos a perfeição,
Amo como ama o amor. Não porque não a podemos ter;
conheço nenhuma outra razão repugna-la-íamos se a tivésse-
para amar senão amar. Que queres que mos. O perfeito é o desumano
porque o humano é imperfeito.
te diga, além de que te amo, se o que
quero dizer-te é que te amo?
O próprio viver é morrer,
porque não temos um dia
Matar o sonho é ma- a mais na nossa vida que não
tarmo-nos. É mutilar a tenhamos, nisso, um dia a
nossa alma. O sonho é o que menos nela.
temos de realmente nosso,
de impenetravelmente e
inexpugnavelmente nosso. Tudo vale a pena quando a
alma não é pequena.
Ed. 86 - 2017 13 – HC
A Arte de
Victor Meirelles
Victor Meirelles de Lima nasceu em Desterro, em 18 de agosto de
1832. De origem humilde, cedo seu talento foi reconhecido, sendo admi-
tido como aluno na Academia Imperial de Belas Artes. Especializou-se em
pintura histórica e, ao ganhar o Prêmio de Viagem ao Exterior, passou vá-
rios anos em aperfeiçoamento na Europa. Lá pintou sua obra mais conhe-
Ed. 86 - 2017 HC na Arte – Estudo Multidisciplinar 15 – HC
História da Arte
Multidisciplinaridade
Batalha Naval do Riachuelo, 1882/83.
Acervo: Museu Histórico Nacional/IBRAM/MinC.
cida, A Primeira Missa no Brasil. Voltando ao Brasil o primeiro dos pintores nacionais a conquistar
tornou-se um dos pintores preferidos de D. Pedro II. admissão no Salão de Paris. É um dos principais
Tornou-se estimado professor da Academia, for- pintores do século XIX, para muitos o maior de
mando uma geração de grandes pintores, e continuou todos, sendo autor de algumas das mais célebres
seu trabalho pessoal realizando várias outras pinturas recriações visuais da história brasileira, que per-
históricas importantes. Em seu apogeu foi conside- manecem vivas na cultura nacional e são inces-
rado um dos principais artistas do Segundo Reinado. santemente reproduzidas em livros escolares e
Com frequência recebendo elogios pela perfeição de uma variedade de outros meios. Morreu em 22
sua técnica, recebeu condecorações imperiais e foi de fevereiro de 1903, no Rio de Janeiro.
HC – 16 Ed. 86 - 2017
A ORIGEM JUDAICA
DOS BANDEIRANTES
E A INQUISIÇÃO
Como a Inquisição pode explicar a fúria das
bandeiras de São Paulo contra os jesuítas.
Ed. 86 - 2017 A partida dos bandeirantes. Clóvis Graciano. Acervo: Salão Nobre da CMSP. 17 – HC
“
A origem nobre dos
primeiros portugue-
ses que chegaram a São
Paulo é uma ‘balela’. Aque-
les que exibem brasão de
armas para comprovar
nobreza estão mostrando
uma fantasia”.
HC – 18 Ed. 86 - 2017
Fonte: http://www.camara.sp.gov.br
que tinham origem judai- 06) O que você sabe sobre Baltazar Fer-
nandes?
ca tinham de pagar mais
tributos e não tinham 07) Como teria ocorrido a confissão de
Raposo Tavares sobre o fato de ser judeu?
acesso a certos cargos",
afirma Valadares. Para in- 08) Com a expulsão dos jesuítas espa-
nhóis, que território Portugal ganhou?
gressar em Ordens Religiosas ou no
exército, o candidato precisava pro- 09) De acordo com o historiador John
Monteiro que causa pode explicar a fero-
var que não tinha antepassado judeu, cidade dos bandeirantes em seus embates
com colonos e jesuítas bandeirantes?
árabe, negro ou índio, por até sete
gerações. 10) Quem foi Paulo Prado, o que ele dis-
se a respeito dos bandeirantes e o que ele
não sabia, na época?
Assim, para ascender, era ne-
11) O que Jaime Cortesão e José Gonçal-
cessário renegar o passado. A prática ves Salvador disseram sobre Raposo Ta-
era corrente em São Paulo desde sua vares?
fundação, em 1554. Segundo Vala-
dares, a mãe de Anchieta era cristã Para saber mais
nova e seu trisavô foi queimado pela • FOLHA DE SÃO PAULO. http://www1.folha.uol.com.
Inquisição. HC br/fsp/cotidian/ff0509200416.htm
HC – 26 Ed. 86 - 2017
MASSA PASTOSA
A massa pastosa é utilizada
em peças modeladas em tornos.
Depois de misturada, a massa é pe-
neirada, em seguida é colocada em
filtroprensas (equipamento de fil-
tragem da água sob pressão), que
tem por finalidade retirar o excesso
de água deixando aproximadamen-
te 25% de umidade.
MASSA LÍQUIDA
Trata-se da mesma massa, porém
diluída. Contém aproximadamen-
te 30% de água. Também é chamada Na confecção da
de “barbotina” e é usada na fabrica- porcelana a massa
ção das peças para as quais se usa um pastosa é utilizada
molde. O molde é preenchido com a em peças modela-
massa líquida, e depois de um breve das em tornos. A
tempo de secagem parcial, esse molde
massa líquida tem
é aberto para a retirada, de seu inte-
a mesma compo-
rior, da peça já moldada.
sição da massa
pastosa, porém
MODELAGEM AUTOMÁTICA diluída.
MODELAGEM MANUAL
É utilizada para as peças de maior dimensão,
como: saladeiras, prato de arroz e prato de bolo. As peças ovais,
retangulares,
redondas e ocas –
PEÇAS MOLDADAS A LÍQUIDO: OCAS, bules, travessas,
OVAIS E RETANGULARES. sopeiras, mantei-
gueiras e similares
Este processo também é chamado de “cola- – são moldadas a
gem”. Consiste em encher formas de gesso com a
líquido: enche-se
massa líquida. Após decorrido o tempo necessário
as formas de gesso
para formação das paredes na espessura desejada
(absorção da água pelo gesso), o excesso de massa
com essa massa
é despejado. Os cabos e alças passam pelo mesmo e descarta-se o
processo e são colados manualmente. excesso quando as
paredes do objeto
As peças obtidas por colagem são: bules, leitei- atingem a espessu-
ras, cafeteiras, sopeiras, manteigueiras, açucareiros, ra desejada.
travessas, etc. Após a secagem todas as peças são es-
ponjadas para corrigir eventuais imperfeições.
HC – 32 Ed. 86 - 2017
QUEIMA
Depois de secas as peças so-
frem a primeira “queima”, deno-
minada “biscoito”, a 900°C, com
o objetivo de dar às peças resis-
tência e porosidade para a perfeita
absorção do verniz. Nesta etapa as
peças adquirem um tom rosado.
VERNIZ
O verniz é composto pelos
mesmos materiais da massa, em
quantidades diferentes.
A decoração da
Como o processo de decoração feito
com pintura manual demanda muitos arte-
porcelana é feita
sãos qualificados, e maior tempo de execu- de diversas formas:
ção, não é mais praticado em larga escala, com o uso de “pin-
exceto por algumas poucas fábricas que têm tura à mão livre”,
na decoração manual o seu diferencial. uso de “estanhola”
(molde vazado), a
A “estanhola” nada mais é que um aplicação de decal-
molde vazado, que serve de máscara para a que, de “transfer”,
aplicação da tinta à mão, com uso de pincel e a de “filetes” (ou
ou aerógrafo. listel). Algumas pe-
ças recebem mais de
O “decalque” é um adesivo impresso
um processo duran-
em gráficas, em um papel adesivo especial,
que é removido do suporte quando mergu-
te sua decoração.
lhado em água, e é, então, aplicado na peças
de porcelana. Após ser colocado na posição
correta, passa-se uma borracha para alisá-
HC – 34 Ed. 86 - 2017
Angelina Wittmann
A Porcelana em
Santa Catarina
Histórias de Família
O s períodos de festas e encontros de famílias re-
metem-nos à tradição e à história da fábrica de
Porcelana Schmidt, a partir das histórias das famílias
que estiveram presentes no início desta empresa.
Ed. 86 - 2017 37 – HC
A imigração
Como em todas as antigas Co-
lônias, na Colônia Blumenau os imi-
grantes, alemães e italianos rece-
biam lotes coloniais para se instalar
com suas famílias.
Cerâmica Bunzlau
Em 1929, o imigrante alemão
Fritz Lorenz, patrocinou os estudos
de seu sobrinho, Sr. Fritz Erwin Sch-
midt, que embarcou para a Alemanha
no dia 08 de abril daquele ano, com
16 anos de idade, para estudar na ci-
dade alemã de Bundslau, onde per-
maneceu por quatro anos. Na Alema-
nha, o jovem Fritz estudou as técnicas
de fabricação de artigos de barro, tipo
Bunzlau, uma espécie de grês fino,
técnica muito conhecida na época.
deiros da Porcelana Mauá e pediu Hans Ernst Schmidt, Sr. Ailhen Krä-
demissão, no dia 28 de maio daquele mer, Sr. Arthur Leopold Schmidt, e
ano, e, com ele, os demais familiares, Rodolph Pedro Schmidt. A Porcelana
técnicos especializados que trabalha- Schmidt foi a 3a fábrica de cerâmica
vam na Indústria. A empresa chegou do Brasil.
a parar a produção, por algum tempo,
em função do ocorrido. A nova fábrica de porcelana ini-
ciou suas atividades instalada em um
O Sr. Fritz Schmidt e seus irmãos, galpão de madeira, na cidade de Po-
após trabalharem em outras cerâmi- merode, Santa Catarina.
cas, como Céramus e Matarazzo, fun-
daram, em 23 de setembro de 1943, Em pouco tempo de atividade a
a Porcelana Real S/A, em Mauá – no empresa teve acentuado crescimento,
local da Porcelana de seu tio. Também motivado pela moderna tecnologia e
em 1943 foi fabricado o primeiro jogo aumento de sua capacidade produti-
de jantar completo de porcelana bran- va, mesmo com as dificuldades no pe-
ca, no país e na América do Sul. ríodo do pós-guerra.
Crise
A abertura do mercado chinês No 57, de 24 de julho de 2013, a qual
e a mudança do padrão de consumo aplica direito de antidumping provi-
foram fatores que contribuíram para sório, por prazo de até seis meses, às
uma crise na empresa, a partir dos exportações brasileiras de objetos de
anos 90 do século passado. Houve em louças para mesa, originários da Chi-
torno de 2.500 demissões no campo na. O setor entrou, então, em fran-
fabril de Campo Largo e a queda de ca recuperação. De acordo com o Sr.
20% para 5% das exportações, como Rodolph Otto Schmidt, no mês de se-
também a queda de 2,4 milhões de pe- tembro de 2013, as vendas dobraram,
ças cerâmicas/mês para 1.9 milhão/ para Japão, Alemanha e França.
mês, em 2010. Também em 2010,
houve atraso de salários e a empresa
entrou em Recuperação Judicial, para
evitar a falência. Uma tradição e uma
história estavam em crise e ninguém
queria acreditar no que ouvia.
Métodos antigos
MAYDAY! é um
Em 1588, o Santa Maria de la Rosa, da Ar-
pedido de so-
mada Espanhola, disparou seus canhões para
pedir ajuda quando ficou à deriva no meio de
corro, conhecido
uma tempestade violenta. O navio afundou, e internacional-
não houve sobreviventes. Em outros casos, an- mente. Graças a
tigos marinheiros içavam bandeiras específi- ele, em 2008 a
cas para solicitar ajuda. Até hoje, uma bandeira Guarda Costeira
branca com uma cruz vermelha em diagonal é dos EUA realizou
reconhecida internacionalmente como um pedi-
mais de 24 mil
do de socorro.
missões de resga-
Na década de 1760, marinheiros começaram te, salvou 4.910
a usar um código visual chamado de “semáfo- vidas – uma mé-
ro de bandeirolas”. Nesse código, o sinaleiro usa dia de 13 por dia
uma bandeirola em cada mão como se fossem – e ajudou mais
ponteiros de um relógio. Cada posição dos “pon-
de 31 mil pessoas
teiros” indica uma letra e um número diferente.
em perigo.
Mas bandeiras, tiros de canhão e sinais vi-
suais funcionavam apenas se houvesse pessoas
perto o suficiente para ver ou ouvir o chamado
de socorro. Muitas vezes, a tripulação em perigo
tinha pouca esperança de receber ajuda. Como a
situação melhoraria?
HC – 50 Ed. 86 - 2017
Fonte: Revista Despertai 10/2010, página 27. Esta publicação é distribuída pelas Testemunhas de Jeová.
HC – 52 Ed. 86 - 2017
Araucaria Angustifolia:
MILHÕES DE ANOS DE HISTÓRIA
E ste artigo foi elaborado em
resposta aos instigantes ques-
tionamentos do prof. Dr. Valberto
Dirksen sobre a origem, a evolução e
a dispersão da espécie Araucaria an-
gustifolia, feitos por ocasião da defesa
da Monografia de Gil Karlos Ferri, na
UFSC, em 18 de agosto de 2014.
53 – HC
MORFOLOGIA DA ARAUCÁRIA
HC – 56 Ed. 86 - 2017
Cone masculino
Araucária adulta
(sexos separados)
Gametas
feminino
Semente
(pinhão)
Germinação
jovem
Gametas
masculinos
Fecundação
Embrião
Ed. 86 - 2017 57 – HC
O CRESCIMENTO
Araucaria araucana,
Araucariaceae. Cone maduro.
Jardim botânico Karlsruhe,
Alemanha. Foto: H. Zell.
HC – 62 Ed. 86 - 2017
MEIOSE
Inflorescência feminina Microsporócitos MITOSE
Saco embrionário
ou gametófito
POLINIZAÇÃO feminino
Estame ou
microsporófilo
Micrósporos
Flor masculina ou cone MITOSE
portador de pólen
Semente
Embrião
Proembriões
Poliembrionia
Esporófito diplóide Cone maduro
RIO DO SUL
Fundição Estrela
na década de 1950,
a empresa existe
até hoje.