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TRANSTORNOS

de
ANSIEDADE
Prof. Ms. ADJA SILVEIRA
Especialista em Terapia Cognitivo-comportamental e Psicologia Hospitalar
Psicoterapêuta / Consultório Particular
Psicóloga / CTA da FMT-HVD
TRANSTORNOS de ANSIEDADE
PARTE I

AS BASES BIOLÓGICAS DOS


TRANSTORNOS DE ANSIEDADE.
Bases Biológicas dos Transtornos de
Ansiedade (Faller; Dornelles;Piccoloto.2007)
• Existem vários fatores ainda desconhecidos que influenciam no
desenvolvimento dos transtornos psiquiátricos.
• Evidências clínicas e epidemiológicas demonstram que componentes
genéticos e ambientais podem aumentar a vulnerabilidade para
transtornos de humor e ansiedade (Nemeroff,2005)
• A ANSIEDADE É GENÉTICA E INERENTE À ESPÉCIE HUMANA.
• Darwin (1872) foi o pioneiro no entendimento biológico da ansiedade
como paradigma evolutivo.
• A teoria, posteriormente sustentada por estudos neurofisiológicos,
defende que as reações do organismo frente a algo ameaçador teriam
papel importante na preservação da vida e da espécie.
Bases Biológicas dos Transtornos de
Ansiedade (Faller; Dornelles;Piccoloto.2007)
• Experimento realizado com gatos (Hess & Brugger, 1943) desencadeou, através
de estimulação elétrica, emoções de raiva, medo e atitudes de ataque e defesa. O
estudo demonstrou que o hipotálamo estava diretamente conectado com
reações adaptativas, comportamentais e fisiológicas, de defesa no SNC, e que o
córtex atuaria como um freio sobre o hipotálomo (Fanselow, 1991).
• Estudos posteriores sobre o SNC identificaram outras áreas relacionadas ao
sistema cerebral de luta e fuga:
-os comportamentos agressivos de defesa e de ameaça, que são produzidos através
da estimulação do centro da região periventricular-periaquedutal, na margem do
terceiro ventrículo (diencéfalo) e do aqueduto cerebral, localizado no mesencéfalo.
- As reações de fuga, por sua vez são produzidas com a estimulação periférica
dessas mesmas regiões.
Bases Biológicas dos Transtornos de
Ansiedade (Faller; Dornelles;Piccoloto.2007)
• Os mecanismos responsáveis pelas respostas de ansiedade são
ativados por:
 estímulos que causam dor,
estímulos ameaçadores selecionados por aprendizagem da espécie
(inatos) e
estímulos condicionados (aversivos por serem pareados com
estímulos ‘nocivos’.
Bases Biológicas dos Transtornos de Ansiedade (Faller;
Dornelles;Piccoloto.2007)

estímulos condicionados (aversivos por serem pareados com


estímulos ‘nocivos’:
-Estímulos inicialmente neutros, que foram influenciados pela
aprendizagem, passando a desencadear a reação de ansiedade após o
estabelecimento de relação com o estressor.
Ex: Um indivíduo que foi assaltado enquanto esperava o ônibus passa a
ter reações fisiológicas quando se encontra no contexto “esperando na
parada de ônibus”.
A estrutura cerebral responsável por esse tipo de aprendizagem é a
AMÍGDALA,
cujo papel, neste caso, é atribuir à ameaça significado emocional.
Bases Biológicas dos Transtornos de Ansiedade (Faller;
Dornelles;Piccoloto.2007)

A resposta ao estresse implica, também, em alterações hormonais devido a


alterações no sistema simpático e no eixo Hipotálomo-Hipófise-Adrenal (HHA)
Núcleos basolaterais transmitem para o
Ameaça núcleo central, que trabalha como um
Amígdala
alarme, enviando um ‘aviso’

Cortex Pré- Libera CRH (hormônio


frontal liberador de corticotrofina)
Hipocampo Hipotálamo

Libera ACTH (h.


Objetiva evitar excesso de cortisol no adrenocorticotrófico)
Hipófise
sangue.
Inibe a liberação de CRH.
Bases Biológicas dos Transtornos de Ansiedade (Faller;
Dornelles;Piccoloto.2007)

A resposta ao estresse implica, também, em alterações hormonais devido a


alterações no sistema simpático e no eixo Hipotálomo-Hipófise-Adrenal
(HHA).
Quando há a presença de TRANSTORNOS DE ANSIEDADE, verifica-se uma
desregulação do
Eixo HHA

Nesses casos, ocorre uma sensibilização e uma ativação inapropriada da amígdala.


Quando o estresse cronificado está presente há liberação constante e abundante de
cortisol, o que danifica células hipocampais impedindo, assim, o controle do cortisol.
Bases Biológicas dos Transtornos de Ansiedade (Faller;
Dornelles;Piccoloto.2007)

A resposta ao estresse implica, também, em alterações hormonais devido a


alterações no sistema simpático e no eixo Hipotálomo-Hipófise-Adrenal
(HHA).
Quando há a presença de TRANSTORNOS DE ANSIEDADE, verifica-se uma desregulação do
Eixo HHA

Este acontecimento acaba servindo como mantenedor do estresse.


Sintomas presentes nos Transtornos de Ansiedade são comandados
diretamente pela amígdala.
O hipotálamo é responsável pelas alterações fisiológicas.
A substância branca periaquedutal pelo comportamento de esquiva, e os
Sistemas modulatórios difusos, pelo aumento da vigília.
Bases Biológicas dos Transtornos de Ansiedade (Faller;
Dornelles;Piccoloto.2007)

O Brasil dispõe das 3 principais técnicas de neuroimagens funcionais


(SPECT, PET e RMf) para estudos relacionados à transtornos
psiquiátricos.
Entretanto, ainda carecem de maiores estudos e metodologias com
técnicas de neuroimagens para avaliar os resultados de psicoterapia no
país.
Apesar disso, as técnicas psicoterapêuticas da TCC vêm demonstrando
excelentes resultados, levando a crer na modificação de estruturas
cerebrais e interações neurais disfuncionais associadas a esses
transtornos.
Bases Biológicas dos Transtornos de
Ansiedade (Faller; Dornelles;Piccoloto.2007)
Bibliografia:
Faller; Dornelles;Piccoloto. Terapia
Cognitivo-Comportamental e Neuroimagem
nos Transtornos de Humor e de Ansiedade.
In: Piccoloto,L.; Piccoloto, N.; Wainer, R..
Tópicos Especiais em terapia cognitivo-
comportamental. São Paulo: Casa do
Psicólogo, 2007.

OBRIGADA PELA ATENÇÃO


adjasilveirapsi@hotmail.com
(92) 99112-3618
TRANSTORNOS
de
ANSIEDADE
DSM-5
Prof. Ms. ADJA SILVEIRA
Especialista em Terapia Cognitivo-comportamental e Psicologia Hospitalar
Psicoterapeuta / Consultório Particular
Psicóloga / CTA da FMT-HVD
TRANSTORNOS de ANSIEDADE
PARTE II

Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais.


DSM-5
DSM-5
• Transtornos de Ansiedade:
Compartilham características de medo e ansiedade excessivos e perturbações
comportamentais relacionados.
Diferem entre si nos tipos de objetos ou situações que induzem medo, ansiedade
ou comportamento de esquiva e na ideação cognitiva associada.
Os Critérios Diagnósticos são acompanhados de:
- Características Diagnósticas
- Características Associadas que apoiam o Diagnóstico
- Prevalência
- Desenvolvimento e curso
- Fatores de risco e Prognóstico
- Questões Diagnósticas Relativas à Cultura e ao Gênero
- Risco de Suicídio
- Diagnóstico Diferencial
- Comorbidade
Transtornos de Ansiedade / DSM-5

T. de Ansiedade de Separação
Mutismo Seletivo
Fobia Especifica
T. de Ansiedade Social (Fobia Social)
T. de Pânico
Agorafobia
T. de Ansiedade Generalizada
T. De Ansiedade Induzido por substância/medicamento
T. A. devido a outra condição médica
Outro T. A. Especificado
T. A. Não Especificado
Fobia Específica
Critérios Diagnósticos
A. Medo ou ansiedade acentuados acerca de um objeto ou situação (p. ex., voar, alturas, animais, tomar uma injeção, ver
sangue).
Nota: Em crianças o medo, ou ansiedade pode ser expresso por choro, ataques de raiva, imobilidade ou comportamento
de agarra-se.
B. O objeto ou situação fóbica quase invariavelmente provoca uma resposta imediata de medo ou ansiedade.
C. O objeto ou situação fóbica é ativamente evitado ou suportado com intensa ansiedade ou sofrimento.
D. O medo ou ansiedade é desproporcional em relação ao perigo real imposto pelo objeto ou situação especifica e ao
contexto sociocultural.
E. O medo, ansiedade ou esquiva é persistente, geralmente com duração mínima de seis meses.
F. O medo, ansiedade ou esquiva causa sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social,
profissional ou em outras áreas importantes da vida do individuo.
G. A perturbação não é mais bem explicada pelos sintomas de outro transtorno mental, incluindo medo, ansiedade e
esquiva de situações associadas a sintomas do tipo pânico ou outros sintomas incapacitantes (como na agarafobia);
objetos ou situações relacionados a obsessões (como no transtorno obsessivo-compulsivo); evocação de eventos
traumáticos (como no transtorno de estresse pós-traumático); separação de casa ou de figuras de apego (como no
transtorno de ansiedade de separação); ou situações sociais (como no transtorno de ansiedade social).
Fobia Específica
Critérios Diagnósticos (cont.)
Especificar se:
Código baseado no estímulo fóbico:
300.29 (F40.218) Animal (p. ex., aranhas, insetos, cães).
300.29 (F40.228) Ambiente natural (p. ex., alturas, tempestades, água).
300.29 (F40.23x) Sangue-injeção-ferimentos (p. ex., agulhas, procedimentos médicos invasivos).
Nota para codificação: Escolher o código especifico da CID-10-MC como segue: F40.230 medo de sangue; F40.231
medo de injeções e transfusões; F40.232 medo de outros cuidados médicos; ou F40.233 medo de ferimentos.
300.29 (F40.248) Situacional (p. ex., aviões, elevadores, locais fechados).
300.39 (F40.298) Outro (p. ex., situações que podem levar a asfixia ou vômitos; em crianças, p. ex., sons altos ou
personagens vestidos de com trajes de fantasia).
Nota para codificação: Quando está presente mais de um estímulo fóbico, codificar todos os códigos da CID-10-MC que se
aplicam p. ex., para medo de cobras e de voar, F40.218 fobia específica animal e F40.248 fobia específica, situacional.
Transtorno de Ansiedade Social (Fobia Social)
Critérios Diagnósticos 300.23 (F40.10)
A. Medo ou ansiedade acentuados acerca de uma ou mais situações sociais em que o individuo é exposto a possível
avaliação por outras pessoas. Exemplos incluem iterações sociais (p. ex., manter uma conversa, encontrar pessoas que
não são familiares), ser observado (p. ex., comendo ou bebendo)p e situações de desempenho diante de outros (p. ex.,
proferir, palestras).
Nota: Em crianças, a ansiedade deve ocorrer em contextos que envolvem seus pares, e ao apenas em interações com
adultos.
B. O individuo teme agir de forma a demonstrar sintomas de ansiedade que serão avaliados negativamente (i.e,. será
humilhante ou constrangedor; provocará a rejeição ou ofenderá a outros).
C. As situações sociais quase sempre provocam medo ou ansiedade.
Nota: Em crianças, o medo ou ansiedade pode ser expresso chorando, com ataques de raiva, imobilidade, comportamento
de agarra-se, encolhendo-se ou fracassando em situações sociais.
D. A situações sociais são evitadas ou suportadas com intenso medo ou ansiedade.
E. O medo ou ansiedade é desproporcional à ameaça real apresentada pela situação social e o contexto sociocultural.
F. O medo, ansiedade ou esquiva é persistente, geralmente durando mais de seis meses.
G. O medo, ansiedade ou esquiva causa sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social,
profissional ou em outras áreas importantes da vida do individuo.
H. O medo, ansiedade ou esquiva não é consequência dos efeitos fisiológicos de uma substancia (p. ex., droga de abuso,
medicamento) ou de outra condição médica.
Transtorno de Ansiedade Social (Fobia Social)
Critérios Diagnósticos (cont.) 300.23 (F40.10)
I. O medo, ansiedade ou esquiva não é mais bem explicado pelos sintomas de outro transtorno mental, como transtorno de
pânico, transtorno dismórfico corporal ou transtorno do espectro autista.
J. Se outra condição médica (p. ex., doença de Parkinson, obesidade, desfiguração por queimaduras ou ferimentos) está
presente, o medo, ansiedade ou esquiva é claramente não relacionado ou é excessivo.
Especificar se:
Somente desempenho: Se o medo está restrito à fala ou ao desempenhar em púbico.
Transtorno de Pânico
Critérios Diagnósticos 300.01 (F41.0)
A. Ataques de pânico recorrentes e inesperados. Um ataque de pânico é um surto abrupto de medo intenso ou
desconforto intenso que alcança um pico em minutos e durante o qual ocorrem quatro (ou mais) dos seguintes
sintomas:
Nota: O surto abrupto pode ocorrer a partir de um estado calmo ou de um estado ansioso.
1. Palpitações, coração acelerado, taquicardia. 8. Sensação de tontura, instabilidade, vertigem ou desmaio.
2. Sudorese. 9. Calafrios ou ondas de calor.
3. Tremores ou abalo. 10. Parestesias (anestesia ou sensações de formigamento).
4. Sensações de falta de ar ou sufocamento. 11. Desrealização (sensações de irrealidade) ou despersonalização
(sensação de estar distanciando de si mesmo).
5. Sensações de asfixia. 12. Medo de perder o controle ou “enlouquecer”.
6. Dor ou desconforto torácico. 13. Medo de morrer.
7. Náusea ou desconforto abdominal.
B. Pelo menos um dos ataques foi seguido de um mês (ou mais) de uma ou de ambas as seguintes características.
1. Apreensão ou preocupação persistente acerca de ataques de pânico adicionais ou sobre suas consequências (p. ex.,
perder o controle, ter um ataque cardíaco, “enlouquecer”).
2. Uma mudança desadaptativa significativa no comportamento relacionada aos ataques (p. ex., comportamentos que
tem por finalidade evitar ter ataques de pânico, como a esquiva de exercícios ou situações desconhecidas).
Transtorno de Pânico
Critérios Diagnósticos 300.01 (F41.0)
C. A perturbação não é consequência dos efeitos psicológicos de uma substância (p. ex., droga de abuso, medicamento)
ou de outra condição médica (p. ex., hipertireoidismo, doenças cardiopulmonares).
D. A perturbação não é mais bem explicada por outro transtorno mental (p. ex., os ataques de pânico não ocorrem
apenas em resposta a situações temidas, como no transtorno de ansiedade social; em resposta a objetos ou situações
fóbicas circunscritas, como na fobia específica; em resposta a obsessões, como no transtorno obsessivo-compulsivo; em
resposta à evocação de eventos traumáticos, como no transtorno de estresse pós-traumático; ou em resposta à
separação de figuras de apego, como no transtorno de ansiedade de separação).
Especificador de Ataque de Pânico
Nota: Os sintomas são apresentados com o propósito de identificação de um ataque de pânico; no entanto, o ataque de
pânico não é um transtorno mental e não pode ser codificado. Os ataques de pânico podem ocorrer no contexto de um
transtorno de ansiedade, além de outros transtornos mentais.
Nota: O surto abrupto pode ocorrer a partir de um estado calmo ou de um estado ansioso.
1. Palpitações, coração acelerado ou taquicardia.
2. Sudorese.
3. Tremores ou abalo.
4. Sensações de falta de ar ou sufocamento.
5. Sensações de asfixia.
6. Dor ou desconforto torácico.
7. Náusea ou desconforto abdominal.
8. Sensação de tontura, instabilidade, vertigem ou desmaio.
9. Calafrios ou ondas de calor.
10. Parestesias (anestesia ou sensações de formigamento).
Agorafobia
Critérios Diagnósticos 300.22 (F40.00)
A. Medo ou ansiedade marcantes acerca de duas (ou mais) das cinco situações seguintes:
1. Uso de transporte publico (p. ex., automóveis, ônibus, trens, navios, aviões).
2. Permanecer em espaços abertos (p. ex., áreas de estacionamentos, mercados, pontes).
3. Permanecer em locais fechados (p. ex., lojas, teatros, cinemas).
4. Permanecer em uma fila ou ficar em meio a uma multidão.
5. Sair de casa sozinho.
B. O individuo tem medo ou evita essas situações devido a pensamentos de que pode ser difícil escapar ou de que o
auxilio pode não estar disponível no caso de desenvolver sintomas do tipo pânico ou outros sintomas incapacitantes ou
constrangedores (p. ex., medo de cair nos idosos; medo de incontinência).
C. As situações agorafóbicas quase sempre provocam medo ou ansiedade.
D. As situações agorafóbicas são ativamente evitadas, requerem a presença de uma companhia ou são suportadas com
intenso medo ou ansiedade.
E. O medo ou ansiedade é desproporcional ao perigo real apresentado pelas situações agorafóbicas e ao contexto
sociocultural.
F. O medo, ansiedade ou esquiva é persistente, geralmente durando mais de seis meses.
G. O medo, ansiedade ou esquiva causa sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social,
profissional ou em outras áreas importantes da vida do individuo.
Agorafobia
Critérios Diagnósticos (cont.) 300.22 (F40.00)
H. Se outra condição médica (p. ex., doença inflamatória intestinal, doença de Parkinson) está presente, o medo,
ansiedade ou esquiva é claramente excessivo.
I. O medo, ansiedade ou esquiva não é mais bem explicado pelos sintomas de outro transtorno mental – por exemplo, os
sintomas não estão restritos a fobia específica, tipo situacional; não envolvem apenas situações sociais (como no
transtorno de ansiedade social); e não estão relacionados exclusivamente a obsessões (como no transtorno obsessivo-
compulsivo), percepção de defeitos ou falhas na aparência física (como no transtorno dismórfico corporal) ou medo de
separação (como no transtorno de ansiedade de separação).
Nota: A Agorafobia é diagnosticada independentemente da presença de transtorno de pânico. Se a apresentação de um
indivíduo satisfaz os critérios para transtorno de pânico e agorafobia, ambos os diagnósticos devem ser dados.
Transtorno de Ansiedade Generalizada
Critérios Diagnósticos 300.02 (F41.1)
A. Ansiedade e preocupação excessivas (expectativa apreensiva), ocorrendo na maioria dos dias por pelo menos seis
meses, com diversos eventos ou atividades (tais como desempenho escolar ou profissional).
B. O individuo considera difícil controlar a preocupação.
C. A ansiedade e preocupação estão associadas com três (ou mais) dos seguintes seis sintomas (com pelo menos
alguns deles presentes na maioria dos dias nos últimos seis meses).
Nota: Apenas um item é exigido para crianças.
1. Inquietação ou sensação de estar com os nervos à flor da pele.
2. Fatigabilidade.
3. Dificuldade em concentrar-se ou sensações de “branco” na mente.
4. Irritabilidade.
5. Tensão muscular.
6. Perturbação do sono (dificuldade em conciliar ou manter o sono, insatisfatório e inquieto).

D. A ansiedade, a preocupação ou os sintomas físicos causam sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no


funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo.
E. A perturbação não se deve aos efeitos fisiológicos de uma substancia (p. ex., droga de abuso, medicamento) ou a
outra condição medica (p. ex., hipertireoidismo).
Transtorno de Ansiedade Generalizada
Critérios Diagnósticos (cont.) 300.02 (F41.1)
F. A perturbação não é mais bem explicada por outro transtorno mental (p. ex., ansiedade ou preocupação quanto a
ter ataques de pânico no transtorno de pânico, avaliação negativa no transtorno de ansiedade social [fobia social],
contaminação ou outras obsessões no transtorno obsessivo-compulsivo, separação das figuras de apego no transtorno
de ansiedade de separação, lembranças de eventos traumáticos no transtorno de estresse pós-traumático, ganho de
peso na anorexia nervosa, queixas físicas no transtorno de sintomas somáticos, percepção de problemas na aparência
no transtorno dismórfico corporal, ter uma doença séria no transtorno de ansiedade de doença ou o conteúdo de
crenças delirantes na esquizofrenia ou transtorno delirante).
INVESTINGANDO ..........
Investigando ...
SITUAÇÃO:
• Onde estava?
• O que estava fazendo?
SENSAÇÕES CORPORAIS
• O que notou que estava acontecendo com o seu corpo?
• Que sensações experimentou?
COGNIÇÕES
• No momento em que estava particularmente ansioso, o que passou pela
sua cabeça?
• COMPORTAMENTO
• O que fez?
• Abandonou a situação?
Investigando ...
E O COMPORTAMENTO DAS OUTRAS PESSOAS?
• Como X reagiu?
• O que X disse / fez?

....COMPORTAMENTOS DE EVITAÇÃO
• Há situações que evite devido a ansiedade?
• Há coisas que costumava fazer antes de ter desenvolvido o problema e que
deixou de fazer agora?
• Quando nota os sintomas, há coisa que se recusa a fazer?
• Quando nota os sintomas, há coisas que faz a fim de se proteger?
Investigando ......
OS MODULADORES
• Há coisas que nitidamente agravam os sintomas ou aumentam a
probabilidade de sua ocorrência?
• Há coisas que notou terem lhe ajudado a controlar os sintomas ou a tornar
a ocorrência menos provável?

ATITUDES E COMPORTAMENTOS DE OUTRAS PESSOAS SIGNIFICATIVAS


• O que X pensa a respeito do problema?
• O que X faz quando você está particularmente ansioso?
A TEORIA DO PACIENTE
• O que você acha sobre isso que acontece com você?
DSM-5
Módulo I: T. Fóbicos e A. Social

Muito obrigada pela atenção


adjasilveirapsi@Hotmail.com
(92) 99112-3618

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