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SUMÁRIO

O conceito do agronegócio
cio .....................................................
............................................................
.........................03
Brazil x produção de alime
alimentos..........................................................................04
..........................................................................04
Tendências do agronegócio no Brasil..............................................................06
..............................................................06
Empresa rural....................................................................................................07
....................................................................................................07
Agricultura familiar no Br
Brasil.............................................................................08
.........................................08
Agronegócio por região....................................................................................10
....................................................................................10
Principais atividades do agronegócio brasile
brasileiro................................................14
................................................14
Diversificação
iversificação na propriedade rrural...................................................................29
...................................................................29
Agroindústria......................................................................................................31
......................................................................................................31
Agregar valor no agronegóc
agronegócio..........................................................................38
.......................................................................38
Turismo rural......................................................................................................40
......................................................................................................40
Sucessão familiar no agronegóc
agronegócio...................................................................52
......................................52
Comercialização de produtos agrícolas............................................................5
las............................................................55
Oferta e demanda no agronegóc
agronegócio....................................................................59
....................................................................59
Insumos agrícolas para o agronegóc
agronegócio.............................................................61
.......................................61
Compra conjunta de insu
umos......................................................................
............................................................................63
Cooperativas agropecuár
agropecuárias..............................................................................6
.............................................64
Inovação no agronegócio
o..................................................................................69
..................................................................................69
5 dicas para inovar a empresa rrural...............................................................
..................................................................70
Agricultura 4.0....................................................................................................7
....................................................................................................7
....................................................................................................73
O cenário tecnológico no agronegóc
agronegócio..............................................................7
..............................................................77
Aplicativos úteis para o agr
agronegócio.................................................................
.................................................................79
Plataformas e Serviços Web.............................................................................93

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O CONCEITO DO AGRONEGÓCIO
Entende-sese por agronegócio, a totalid
totalida-
de das operações de produção e distrdistri-
buição de suprimentos agrícolas, das
operações de produção nas unidades
agrícolas,
grícolas, do armazenamento, do pr pro-
cessamento e da distribuição. Ainda d de-
vemos
mos adicionar a este conjunto, os
serviços financeiros, de transporte,
marketing,
ting, seguros, bolsas de mercad
mercado-
rias, etc…Todas estas operações são
elos de cadeias, que se tornaram cada
vez mais complexos.
Como podemos ver na medida que a agricultura está se modernizando, o pr pro-
duto agrícola tem passado a agregar mais e mais serv
serviços,
iços, que estão fora da
fazenda.
O conceito de agronegócio engloba:
• Fornecedores de bens e serviços para agricultura;
• Produtos rurais;
• Processadores;
• Transformadores e distribuidores;
• Todos envolvidos na geração e no fluxo dos produtos de origem agrícola até
chegarem ao produto final.
Além de:
• Agentes que afetam e coordenam o fluxo de produtos (como o governo, os
mercados, as entidades comerciais,
financeiras e de serviço).
Agronegócio – Importância
O agronegócio é o maior negócio da
economia brasileira
rasileira e também da e-
conomia mundial.
PIB do ano passado: 3,1 trilhões de
reais,
s, sendo 26,3% aproximadamente
450 bilhões no agronegócio (70,5%
na agricultura e 29,5% na pecuária). O agronegócio é o maior exportador do

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Brasilil e também o maior gerador de empregos aproximadamente 37% de todos
empregos do País. Responde por mais de 40% das exportações totais brasilei-
ras, sendo superavitário sistematicamente.
O Brasil é o País com maior potencial em todo o mundo, para aumentar as ex-
portações de produtos do agagronegócio,
ronegócio, em especial, os ligados aos alimentos
(in natura e processados) e energéticos, como o álcool e biodisel.

BRAZIL X PRODUÇÃO DE ALIMENTOS


O Brasil se consolidará como uma potência agrícola nos próximos dez anos e
vai disputar
tar a liderança na pro
produção de ali-
mentos com os Estados Unidos. A projeção
é do Ministério da Agricultura
Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (MAPA), ), que divu
divulgou o es-
tudo Projeções do Agronegócio 2010/11 2010/11-
2020/2021.
De acordo com o estudo, produtos agrícolas
de alto consumo interno – e que já fazem
parte da pauta de exportação brasileira –
tendem a ter um aumento de produção, sso-
bretudo devido ao avanço tecnológico, e g ga-
nhar mais mercado. As estimativas indicam que a produção de grãos deve a au-
mentar 23% até 2021 e a área de colheita será 9 9,5%
,5% maior que atual.
Além de mais produção e mais vendas, o Mapa avalia que o País terá uma n no-
va fronteira agrícola – batizada como Matopiba (formada pelo Maranhão, T To-
cantins, Piauí e Bahia). Essas áreas estão atraindo novas lavouras porque têm
terras maiss baratas que a região Centro
Centro-Oeste
Oeste e poderão aumentar a produção
de algodão, frango, carne bovina e soja; além de celulose e papel.

Crescimento das safras e exportações

O agronegócio é o setor é responsável por


44,6% de todas as nossas exportações.
Emm 2017, balança comercial atingiu reco
recor-
de de US$ 67 bilhões.
Responsável por quase metade das expo
expor-
tações brasileiras, a venda de produtos a-
gropecuários tem tido uma grande impo
impor-
tância para o saldo comercial brasileiro.
Como a agropecuária foi uma das maio
maiores
responsáveis pelo crescimento da econ
econo-
4
mia brasileira no ano passado, as vendas desses produtos cresceram e ajud ajuda-
ram a tornar o Brasil ainda mais forte no comércio exterior.
A produção do algodão deve crescer 47,8% nos próximos anos e a exportação
do produto
roduto (sem as barreiras comerciais americanas) em mais de 68%. O café
terá aumento de produção em mais de 24% e a venda para o comércio exterior
crescerá em quase 46%. Já a produção de soja subirá em cerca de 36% e a
exportação em 39%.
Os resultados poderãorão ser ainda melh
melho-
res que o esperado. “Os números são
conservadores”, disse o ministro da A-
gricultura, Wagner Rossi, ao afirmar que
a projeção feita pelos técnicos do MMapa
e da Empresa Brasileira de Pesquisa
Agropecuária (Embrapa) se baseou em
resultados medianos.
De acordo com ele, a demanda por al ali-
mento está em expansão nos merc mercados
interno e externo e os preços dos prod
produtostos agrícolas estão em ascendência, o
que estimula a produção. “Isso não é uma situação circunsta
circunstancial.”
cial.”
O ministério avalia que o P País mante-
rá a dianteira na produção da carne
de frango e carne bovina, e increme
incremen-
tará a produção de carne suína. No
total,
tal, o país passará da produção atatu-
al de 24,6 milhões de toneladas de
carne para 31,2 milhões de toneladas
na temporada 2020/21 (crescimen
(crescimento
de 36,5%).
Alguns produtos como leite e milho –
cadeias produtivas nas quais Brasil não é líder de vendas - terão incremento
significativo nas exportações. A venda de leite deverá crescer 50,5% (atingindo
300 milhões de litros) e a comercial
comercialização do milhoilho crescerá em 56,5% (alcan-
(alca
çado 14,3 milhões de toneladas).
Se o cenário se confirmar, o Brasil terá 12% do mercado de milho; 33,2% do
mercado de grão de soja; 49% da participação da carne de frango; 30,1% da
carne bovina e 12% da carne suína.
O crescimento
ento das exportações será acompanhado da expansão do consumo
interno, que continuará sendo o principal destino da produção: 85,4% do milho;
83% da carne bovina; 81% da carne suína; 67% da carne de frango; e 64,7%
da soja.

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Ameaças

O cenário otimista do Mapa poderá ser contrariado, no entanto, se houver nova


recessão internacional, se as áreas agrícolas foram afetadas por problemas
climáticos ou se houver aumento de protecionismo, diz o coordenador do est estu-
do, José Garcia Gasques.
Na próxima semana, o mi ministro
nistro Rossi estará na França, participando da reuni-
reun
ão do G20 (20 principais economias do planeta) sobre a produção de alime alimen-
tos. Ele não pretende criticar a política de subsídios da França e dos países e eu-
ropeus. “Reconheço o direito desses países de prote
proteger
ger seu produtores”, disse,
adiantando que se empenhará para que haja maior flexibilização quanto aos
produtos já importados.
Rossi defende que o G20 crie instrumentos financeiros para proteger os países
pobres da alta das commodities e que também seja cr criado
iado um estoque mínimo
emergencial para essas economias.

TENDÊNCIAS DO AGRONEGÓCIO NO BRASIL


Conhecer as demandas e as tendências
do mercado ajuda o produtor a me
mensurar
sua produção e a definir estratégias de
comercialização, evitando de
desperdícios e
investimentos
stimentos desnecessários.
Conforme o relatório de Projeções do A-
gronegócio no Brasil (2010/11 a 2020/21),
os produtos com maior potencial de cre cres-
cimento da produção e de exportações são
o algodão, a soja, a carne bovina e de
frango, o açúcar, o papel e a celulose.
Vários produtores e pecuaristas têm apos-
tado na agricultura sustentável como um
grande diferencial nos negócios. A adado-
ção de técnicas agrícolas sustent
sustentáveis
contribui
bui para a redução da emissão de
gases poluentes sem prejudicar a pr
produti-
vidade e rentabilidade.
O consumidor é a engrenagem mais iim-
portante do agronegócio. Por isso, é iim-
portante avaliar o que está sendo cons
consu-
mido e quais são suas expectativas em relação aos produtos ofertados.

6
A inovação é muito importante para a conquista de novos me
mercados.
rcados. Ao inovar,
tornamos o processo produtivo mais eficiente, pensamos em novas formas de
atender o cliente, oferecendo produtos e serviços melhores.

Tendências em agronegócios

 Uso de energias renováveis (bioenergia, energia hídrica e outras)


 Maior produtividade
odutividade com sustentabilidade
 Criação de novos produtos para consumidores exigentes
 Aumento do consumo de produtos “naturais”
 Escolha do produto pela qualidade e sustentabilidade
 Rastreabilidade do alimento para identificação e procedência
 Profissionalização
zação do setor
 Contratação de seguros rurais modernos para cobertura de ririscos

EMPRESA RURAL
Segundo o Estatuto da Terra, é o e em-
preendimento de pessoa física ou jurídjurídi-
ca, pública ou privada, que explore ec eco-
nômica e racionalmente imóvel rural,
dentro de condição de rendimento ec eco-
nômico da região em que se situe e que
explore área mínima agricultável do i-
móvel segundo padrões fixados, pública
e previamente, pelo Poder Executivo.
Para esse fim, equiparam
equiparam-se
se às áreas cultivadas, as pastagens, as matas natu-
nat
rais
is e artificiais e as áreas ocupadas com benfeitorias. NotaNota-se
se que empreen-
empree
dimento é atividade dirigida à explor
exploração
ção econômica e racional do prédio rústi-

co, isto é, a exploração extrativa, agragrí-
cola,
la, pecuária ou agroindustrial. Ad Ade-
mais, a exploração organiza
organizada por pes-
soa física
sica ou jurídica com fins agrícolas,
pecuários
cuários ou agroindustriais constitui o
conteúdo da atividade da empresa rrural.
No que se refere à forma da empr empresa,
ela pode ser propriedade de um pa particu-
lar ou de uma sociedade, ou seja, o
empresário será uma pessoa física ou
jurídica que organiza e põe em atividade os fatores da produção agrícola, pe-
cuária etc. Distinguem-se se entre si a empr
empresasa individual e a coletiva. Na primei-
prime
7
ra, o empresário assume toda a responsab
responsabilidade
lidade e risco do empreendimento
rural,
ural, comprometendo todo o seu patrimônio. Por sua vez, na coletiva, a re res-
ponsabilidade e os riscos do empreendimento d dividem-se
se entre os associados.
O imóvel rural, objeto do empreendimento, pode ser ou não propriedade da
pessoa física ou jurídica. Por fi
fim,
m, a empresa agrária pode organizar-se
organizar para a
exploração econômica e racional de imóvel rural de outrem, mediante qualquer
das formas de contrato agrário existentes no Est
Estatuto da Terra.
AGRICULTURA FAMILIAR NO BR
BRASIL
Segundo a Constituição brasileira, m mate-
rializada na Lei nº 11.326 de julho de
2006, considera-se agricultor famili-
ar aquele que desenvolve atividades
econômicas no meio rural e que atende
alguns requisitos básicos, tais como:
não possuir propriedade rural maior que
4 módulos fiscais*; utiliza
utilizar predominan-
temente mão de obra da própria família
nas atividades econômicas de propri proprie-
dade; e possuir a maior parte da renda familiar proveniente das atividades a-
gropecuárias desenvolvidas no estabel
estabelecimento rural.
No ano de 2006, o IBGE realizou o Censo Agropecuário Brasileiro. Nele, verifi-
verif
cou-sese a força e a importância da agricultura familiar para a produção de ali-
al
mentos no país.
Aproximadamente 84,4% dos estab estabe-
lecimentos agropecuários do país são
da agricultura familiar. Em termos a ab-
solutos, são 4,36 milhões
ilhões de estabel
estabele-
cimentos agropecuários. Entretanto, a
área ocupada pela agricultura familiar
era de apenas 80,25 milhões de hect hecta-
res, o que corresponde a 24,3% da á-
rea total ocupada por estabelecime
estabelecimen-
tos rurais.
Isso revela uma concentração fundiária e umumaa distribuição desigual de terras
no Brasil. Se realizarmos uma média do tamanho das propriedades familiares e
não familiares, teríamos, respectivamente, 18,37 e 309,18 de hectares. Ou sse-
ja, é um abismo muito grande entre minifúndio e latifúndio.
Outro dadoo interessante é que dos 80,25 milhões de hectares de área da agr
agri-
cultura familiar, 45,0% destinavam
destinavam-se
se às pastagens; 28,0% eram compostos de
matas, florestas ou sistemas agro
agroflorestais;
florestais; e 22% de lavouras. Segundo o IB-
I
8
GE, a agricultura familiar era responsável por grande parte da produção de al
ali-
mentos no país, conforme a tabela abaixo.

Fonte: IBGE, Censo Agropecuário 2006


Apesar da importância da agricultura familiar para o país, as políticas públicas
adotadas ainda privilegiam os latifundiários. Como exemplo, cita
cita-se o plano de
safra 2011/2012, em que R$ 107 bilhões forforam
am destinados à agricultura empre-
empr
sarial enquanto que apenas R$ 16 bilhões foram destinados aos produtores
familiares. Apesar disso, a agricultura familiar gera, em média, 38% da receita
dos estabelecimentos agropecuários do país e emprega aproximadamente
74%
4% dos trabalhadores agropecuários do país.
O principal programa de incentivo à agricultura familiar é o PRONAF (Programa
Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar), que financia projetos ao
pequeno produtor rural, com baixas taxas de juros.
*O módulo
dulo fiscal é uma unidade territorial agrária, fixada por cada município brasileiro baseados na Lei Federal nº
6.746/79. O tamanho do módulo fiscal, para cada município, é determinado levando
levando-se
se em consideração: o tipo de ex-
e
ploração predominante no municípioio e a renda obtida com ela; outras explorações importantes (seja pela renda ou área
ocupada) existentes no município; e o conceito de "propriedade familiar", definido pela Lei nº 6.746/79. O módulo fiscal
varia de 5 a 100 hectares, conforme o município.

9
AGRONEGÓCIO POR REGIÃO

Agronegócio por regiões


As Regiões do Brasil possuem ampla diversidade climática e, portanto, apr
apre-
sentam vocação agrícola e industrial com problemáticas bastante diferenci
diferencia-
das, trazendo assim participações bem distintas no a
agronegócio.

Para a safra de 2017 aponta produção de cereais, leguminosas e oleag


oleagi-
nosas com a seguinte distribuição, em toneladas: Centro
Centro--Oeste (106,0
milhões); Sul (85,2 milhões); Sudeste (24,0 milhões); Nordeste (17,9 m
mi-
lhões) e Norte (8,8 milhões).
Região Sul
Agricultura no Sul do Brasil
Nos estados do Sul brasileiro (Rio Grande do Sul,
Santa Catarina e Paraná) houve considerável
participação do cooperativismo. Os produtos de
maior representatividade
presentatividade no PIB agrícola do país
são a avicultura e o arroz irrigado, que lidera,
posições estáveis
táveis com o milho e o feijão haven-
do perdido as posições que ocupava no ranking
nacional
cional em produtos como soja, trigo, cebola,
batata
tata e outros. É, ainda, a maior produtora de
tabaco no país que, porr sua vez, é o maior eex-
portador mundial.
A vocação agrícola no Sul, incrementada a partir
da década de 30, coincidiu com a integração
com os setores industriais da região. Enquanto nos demais estados as indú
indús-
trias tenderam, na atualidade, à importação dos insumos, Santa Catarin
Catarina man-
tém um elevado grau de interdependência do
setor
tor industrial com o agríc
agrícola.

10
No Rio Grande do Sul, sobretudo, é impo impor-
tante a participação do chamado agronegó-
cio familiar,
ar, derivado sobretudo do modelo
de colonização
ção ali verific
verificado, com expressi-
va representatividade
vidade no PIB agr agrícola da-
quele estado. Outro fator importante é que
este modelo proporciona um elevado grau
de fixação
xação do homem no campo, bem como
a interação entre os pequenos prodprodutores.
O estado do Rio Grande do Sul, Segundo IBGE está em quarto lugar, na parti-
cipação do valor da produção, com participação de 7,4%, totalizando R$ 2,5 bi-
lhões.
Região Sudeste
Agricultura no Sudeste do Brasil
Em 1995 o Sudeste (composto pelos est esta-
dos de Minas Gerais, São Paulo, Rio de
Janeiro
neiro e Espírito Santo), er
era responsável
pela
la maior participação no montante do a-
gronegócio
negócio do país, mas em tendência de
quedada face a expansão das fronteiras a-
grícolas
colas e à instalação de indústrias no
nou-

tras regiões. São Paulo é o estado líder,


com 24,9% das frutas produzidas no país e
valor de R$6,6 bilhões, sendo 55,5% de lla-
ranja em dados de 2016
2016. A região concen-
tra 60% das empresas
presas de software vovolta-
das para o agronegócio,
gócio, segundo leva
levanta-
mento efetuado
ado pela Embrapa Inform
Informática
Agropecuária
ria (situada em Camp
Campinas/SP).
Quanto à exportação,
ão, o setor do agrone-
gócio a região Sudeste foi responsável
por 50,35% das export
exportações do País,
com US$ 37,609 bilhões. São Paulo foi o
estado da região
ão que mais exportou (US$
17,805 bilhões; 23,84% do total do País).
São Paulo também foi o que mais impo
impor-
tou de janeiro
ro a maio (US$ 28,136 b bi-
lhões; 36,54% do total nacional)
nacional), no perí-
odo de 2015,, o Sudeste representou 36% do montante exportado de 308 b
bi-
11
lhões de dólares - os produtos que mais se destacaram no comércio exterior na
região foram o açúcar (17,27%), café (16,25%), papel e celulose (14,89%),
carnes (11,71%) e hortifrutícolas (com destaque para o suco de laranja) com
10,27%.
Região Nordeste
Agricultura no Nordeste do Brasil
No Nordeste brasileiro, região formada
por nove estados (Bahia, Sergipe, Pe
Per-
nambuco,
buco, Alagoas, Paraíba, Rio Gra
Gran-
de do Norte, Ceará, Piauí e Maranhão)
82,9 % da mão de obra do campo e-
quivale à agricultura familiar.
A região é a maior produtora nacional de banana
banana, a Banana é a segunda fruta
em volume produzido com 6,8 milhões de tonel
toneladas
adas colhidas, correspondentes
corresponde
a 16,7% do volume das frutas. A Bahia
é o principal produtor, com 1,1 milhão
de toneladas colhidas. Lidera, ainda, a
produção da mandioca, com 34,7% do
total. Também é uma das maiores pro-
dutora de arroz. Também ocupa a sse-
gunda a posição na produção frutícola,
com 27% da produção naci
nacional.
Um dos grandes problemas da região
são as estiagens prolongadas, mais
fortes
tes nos anos em que ocorre o fenômeno climático do El Niño. Isso provoca o
êxodo rural, a perda de produção, mminimizados
os seus efeitos por meio de ações
governamentais de emergê
emergência, atra-
vés da construção de açudes e outras
obras
bras paliativas, como a transposição
do Rio São Francisco. As piores sse-
cas dos últimos anos fforam as de
1993, 1998 e 1999, a pr primeira consi-
derada a pior em cinquen nta anos.

12
Região Norte
Agricultura no Norte do Brasil
A região Norte (composta pelos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará,
Rondônia, Roraima e Tocantins) tem
como principal característica a prese
presen-
ça do bioma amazônico, em que a fl flo-
resta tropical é marcante (e, por sua
presença
ça em parte do estado do Mar
Mara-
nhão, este é incluído nas ações de g go-
verno nesta
ta região). O grande desafio
da região é aliar a rentabilidade e pr
pro-
dutividade
de com a preservação da fl flo-
resta.
A região já foi responsável, p
por
or um breve período, pela produção do mais im-
i
portante produto de exportação brasileiro, no final do século XIX e começo do
XX, durante o chamado Ciclo da bo bor-
racha, em que o extrativismo da sse-
ringueira
ra gerou o avanço das fronte
frontei-
ras nacionais (conquista do A
Acre), até
o contrabando
bando da árvore pela Ingl
Ingla-
terra e sua aclimatação em países a-
siáticos.
É a segunda maior produtora naci
nacio-
nal de banana, respondendo por 26%
do total.
tal. Também é a segunda na produção de mandioca (com 25,9% do total),
ficando atrás somente d
doo Nordeste. Na produção de frutas ocupa a penúltima
posição, responde por 6,1% da produção nacional, à frente apenas da região
Centro-Oeste.
Região Centro-Oeste
Agricultura no Centro-Oeste
Oeste do Brasil
A Região Centro-Oeste
Oeste é composta
pelos estados de Goiás, Mato Grosso,
Mato Grosso do Sul e o Distrito FedFede-
ral, onde está situada a capital do país,
Brasília. Há cerca de trinta anos a reg
regi-
ão era quase desconhecida em seu p po-
tencial econômico. O principal bioma é
o cerrado, cuja exploração foi possível

13
graças às pesquisas para adaptação de novos cultivares de vegetais como o
algodão, girassol, cevada, trigo, etc. - permitindo que, viesse a se tornar a res-
re
ponsável pela produção de 46% da ssoja, ja, milho, arroz e feijão produzidos no pa-
p
ís.
Essa é a região onde a front
fronteira
eira agrícola brasileira teve maior expansão. Em as
três últimas décadas do século XX sua agricultura teve um crescimento de ce cer-
ca de 1,5 milhão de toneladas de grãos por safra, saltando de uma produção
de 4,2 milhões para 49,3 milhões de toneladas, um crescimento
scimento superior a mil
e cem por cento.
A área cultivada na região, que compr
compre-
ende os estados de Mato Grosso, Mato
Grosso do Sul, Goiás e o Distrito Federal
Segundo a Companhia Nacional de Aba Abas-
tecimento (Conab), a região produzirá
90,6 milhões de toneladasdas de grãos, de
um total de 213 milhões de toneladas prpro-
jetadas para a safra 2016/2017. A soja e o
milho são as principais culturas do Centro
Centro-
Oeste. Entre os estados, Mato Grosso aparece como maior produtor, com a cco-
lheita estimada
da em 52,7 milhões de ttoneladas. Dentre os principais fatores que
levaram a esse crescimento conta
conta-se
se a abertura de estradas, que facilitou o
escoamento da produção.

PRINCIPAIS ATIVIDADES DO AGRONEGÓCIO BRASILEIRO


Dada a sua grande variedade climática e extensão territorial, o pa
país possui va-
riadas áreas especializadas em determinados cultivos - por vezes dentro de d um
mesmo estado da federação - como, por exemplo, na Bahia, em que se tem o
cultivo de soja e algodão, na sua região oeste, de cacau, no sul, frutas, no MMé-
dio São Francisco,
sco, feijão em Irecê, etc. Também um produto agrícola encontra
áreas distintas no território nacional - como por exemplo o arroz, que é planta-
plant
do no Rio Grande do Sul, no sul do Maranhão e Piauí, em Sergipe e nas reg regi-
ões Norte e Centro-Oeste.
Oeste.
Alguns produtos,
s, como o trigo, arroz e feijão, não tem produção suficiente para
atender à demanda interna; outros, como a soja, são quase que exclusivame
exclusivamen-
te produzidos para exportação (a soja é o principal produto exportado pelo a-
gronegócio brasileiro). Por ordem alfabé
alfabética,
tica, os principais produtos agrícolas do
Brasil são:

14
Algodão
Dos anos 1960, quando teve início a
mecanização agrícola do país, até o
começo
meço do século XXI, a área pla
plan-
tada com algodão decresceu, os pr
pre-
ços caíram,
ram, mas a produção aume
aumen-
tou substancialmente.
A partir da década de 1990 o pólo
produtor deslocou-se
se das regiões Sul
e Sudeste para a Centro
Centro-Oeste e
Oeste da Bahia. A produção deixou
de atender apenas à demanda inte
interna, e passou-se
se a exportar o produto, des-
de
de 2001
Com o ingresso do Brasil no mercado exportador de algodão, logo surgiu o
embate com os Estados Unidos, que com os subsídios e taxações às import
importa-
ções do produto, mantinham o preço do produto artificialmente baixo no me
mer-
cado internacional.
Nos últimos anos, o Brasil tem se mantido entre os cinco maiores produtores
mundiais, ao lado de países como China, Índia, EUA e Paquistão. Ocupa o
primeiro lugar em produtividade em sequeiro.
O Brasil tem figurado também entre os maiores exportadores mundiais. O cce-
nário interno é promissor, pois estamos entre os maiores consumidores mundi-
mund
ais de algodão em pluma.
A Associação Brasileira do Produtores de Algodão (Abrapa) projetou aumento
de 20,3% com a fibra no Brasil em 2017/2018, para 1,125 milhão de hectares.
A produtividade média foi estimada em 1.615 quilos por hectare. A Abrapa pre-
pr
vê produção de 1,817
,817 milhão de toneladas de algodão no país em 2017/2018.
O aumento da área plantada é resultado de um retorno á normalidade do clima
em estados que vinham de vários anos de seca e também o aquecimento do
mercado,
cado, cujos preços, estão em torno de R$ 2,41/libra
2,41/libra-peso
peso (R$ 5,35 Kg) no
mercado interno U$S 0,69 /libra
/libra-peso
peso (U$S 1,50/Kg) para exportação.
Arroz
De exportador do grão o Brasil passou, na década de 1980, a importar o prod
produ-
to em pequenas quantidades para a atender
tender à demanda interna. Na década se-
s
guinte tornou-se
se um dos principais importadores, atingindo no período de 1997
1997-
1998 a dois milhões de toneladas, equivalentes a 10% da demanda. Uruguai e
Argentina são os principais fornecedores do cereal para o país.

15
A produção de arroz compete intensamente
com a da soja, principalmente no Centro Centro-
Oeste brasileiro. Nas últimas safras, a co con-
sistente demanda internaci
internacional e os preços
atrativos da soja atuaram como var variáveis i-
nibidoras na expansão são da orizicultura. Dif
Dife-
rentemente
temente do mercado de soja, o arroz
possui mais de 90% de sua demanda co con-
centrada dentro do próprio país, sendo o mercado iinternacional
ternacional de menor rele-
rel
vância na formação dos preços internos, se compar comparado
do com a soja e o milho,
importantes
tantes commodities comercia
comercializadas
lizadas pelo Brasil. Porém, apesar de ter
menor importância, o fluxo comercial internacional tem sido, nos últimos anos
fundamental
mental no equilíbrio da oferta e demanda brasileira de arroz. Como e-
xemplo, pode-se se citar a safra 2015/16, que registrou uma forte redução produti-
produt
va no estado
tado do Rio Grande do Sul em razão de problemas cl climáticos.
máticos. A safra
em questão tão contabilizou um montante de 1,4 milhões de ton toneeladas de arroz
(base casca) abaixo da média do setor. Em face a este cenário e ao Real val valo-
rizado ao longo de 2016, as importações apresentaram um cre cresscimento anual
de 135,91%, contabilizando 1,2 milhões de toneladas de arroz (base casca),
produto
duto principalmente advindo dos parceiros do Mercosul. Na contramão, as
exportações
portações retraíram 34,39% e registraram um vo volume
lume de 893,7 mil toneladas.
Café
O cultivo iniciou-se
se no Brasil em 1727 e já em 1731 o país exportava o produto.
Sua evolução como item do comércio exterior brasileiro atingiu o ápice em
1929, quando representava 70% de tudo que o país exportava. Maior produtor
e exportador de café e segundo maior consumidor do produto no mundo, o
produto, no Brasil, figura entre os dez principais setores exportadores, estando
na 5ª posição. Segundo o Balanço
Comercial do Agronegócio, em deze dezem-
bro de 2016, o produto repre representou
9,8% das exportações brasileiras, m mo-
vimentando
tando o montante de US$ 600,74
milhões.
Segundo dados do 4º Levantamento
da Safra de Café de 2016, da Comp
Compa-
nhia Nacional de Abastecimento (C (Co-
nab), a safra brasileira alcançou 51,37 milhões de sacas de 60 kg d
de café be-
neficiado, sendo os principais estados produtores: Minas Gerais, Espírito Sa
San-
to, São Paulo, Bahia, Rondônia, Paraná, Rio de JJaneiro,
neiro, Goiás e Mato Grosso,
que correspondem por cerca de 98,6% da prodprodução nacional.

16
De janeiro a dezembro de 2016, o cacafé
fé representou em divisas o montante de
US$ 5,47 bilhões de dólares, ocupando a 5ª posição entre os produtos mais
exportados pelo agronegócio brasileiro.
O melhor café do país é produzido na cidade baiana de Piatã, onde o grão a ad-
quire um sabor especial e ú
único. As condições de altitude e clima permitiram à
cidade da Chapada Diamantina ter outros três produtores entre os dez melh
melho-
res do Brasil.
Cana-de-açúcar
A cana-de-açúcar
açúcar ocupa a terceira ppo-
sição entre as culturas cultivadas no
Brasil, quanto à área (ficando
ficando atrás da
soja e do milho).
A produção de cana no Brasil deve
chegar a 694 milhões de toneladas em
2017, um aumento de 4% em relação a
safra anterior. A cana é plantada nas
diferentes regiões do Brasil e por isso a colheita acontece em períodos di
diferen-
tes ao longo do ano. A colheita no no nor-
deste vai de setembro a março. Já no
centro-sul,
sul, vai de maio a dezembro.
A produção de cana gera um dos mai
maio-
res faturamentos do campo: R$ 52 b bi-
lhões em 2016. Além disso, nas lavo
lavou-
ras e usinas mais de um milhão de pes-
soas estão empregadas por causa da
produção de cana.
Da cana é feito o açúçar, um dos princ
principais
pais produtos nacionais. O Brasil é o
maior produtor e exportador de açúcar no mundo e em 2017 deve chegar a 39
milhões de toneladas produzidas, um crescimento dde 18%.
O álcool usado como combustível também é produzido a partir da cana. Em
2017, a produção de álcool deve diminuir cerca de 8%, ficando em 27 bilhões
de litros. Parte do motivo da queda é o preço do açúcar no mercado internaci
internacio-
nal que está bom e motiv
motiva as usinas a produzirem mais.
Feijão
O Brasil é o maior produtor mundial do feijão, responden
respondendo
do por 16,3% do total
produzido. Historicamente o grão é produzido por pequenos agricultores, sendo
que nas últimas duas décadas cresceu o interesse por parte de integrantes do

17
agronegócio, o que gerou o aumento expressivo da produtividade (em alguns
casos superando os três mil quilos por hectare).
O feijão primeira safra deve chegar a uma produção de 1,38 milhão de tonel
tonela-
das, resultado 33,4% superior ao estudo de 2015/2016. O feijão segunda safra
deve produzir 1,22 milhão de tonel
tonela-
das, sendo 607,1 mil do grão em cco-
res, 216,1 mil do preto e 393,6 mil do
feijão caupi. A produção de feijão total
pode chegar a 3,29 milhões de ton tone-
ladas, com área total de 3,1 milhões
de hectares.
Apesar de sua posição de liderança
entre os produtores, com safras equ
equi-
valendo a três milhões de toneladas ao ano, a produção do feijão não é sufic
sufici-
ente para atender à demanda interna. Com isso, o Brasil importa cem mil ton
tone-
ladas ao ano do produto
Floricultura e paisagismo
Importante mercado representa a produção
de flores e paisagismo no país, oonde por
volta de três mil e seiscentos prod
produtores
dedicam-se
se ao cultivo, numa área de 4.800
ha.
O setor possui grande capacidade de eex-
pansão no mercado
ado interno, onde o co
con-
sumo per capta é pequeno. Emprega cerca
de cento e vinte mil pessoas, dos quais
80% de mulheres, e cerca de 18% da agr
agricultura familiar.
Os produtores de quinze estados estão representados pelo
Instituto Brasileiro de Floricultura (IBRAFLOR), que tem apoio
governamental como entidade iinformativa e fomentadora.
A floricultura teve início ainda na década de 1870, com o filho
de Jean Baptiste Binot, que viera ao país a fim de ornamentar
o Paço Imperial, cujo orquidário é reconhecido iinternacional-
mente. Em 1893 foi fundada uma empresa para a produção
de flores de outras espécies pelos germanos Dierberger, de onde saíram os
Boettcher, pioneiros na produção de rosas.

18
O amadorismo dirigiu a produção de flores no Brasil, até quando os imig
imigrantes
holandeses fundaram, em 1948 uma cooperativa em Holambra, cidade que até
hoje capitaneia o setor.
Desde 2000 a produção integra as políticas públicas, com implantação do Pr
Pro-
grama de Desenvolvimento de Flores e Plantas Ornamentais do Ministério da
Agricultura.
gricultura. O maior produtor é o estado de São Paulo, seguido por Santa C
Ca-
tarina, Pernambuco, Alagoas, Ceará, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Rio de
Janeiro, Paraná, Goiás, Bahia, Espírito Santo, Amazonas e Pará.

Frutas e culturas perenes


As principais frutas cultivadas economicame
economicamen-
te no Brasil são, em ordem alfabética: abacaxi,
Abiu, açaí, acerola, ameixa, amora, araticum
araticum-
do-brejo, atemóia, bacaba, bacuri, banana, b bi-
ribá, cajá, caju, camu-camu,
camu, caqui, carambola,
castanha-do-pará,
pará, citros (lara
(laranja, limão, lima,
etc), coco, cupuaçu, figo, framboesa, fruta fruta-
pão, goiaba, graviola, jambo, kiwi, maçã, m ma-
mão, manga, mangaba, mangostão, maracujá, mirtilo, muruci, nectarina, p
pa-
tauá, pequiá, pêra, pêssego, Physalis, p pi-
nha, rambutã,
butã, sapota, sapoti, serigu
seriguela, sor-
va, tucumã,
mã, umbu, uva, e ainda melancia,
melão, morango e noz comescomestível.

Em 2016, o valor da produção de frutíf


frutífe-
ras chegou a R$ 33,3 bilhões, o maior
da série histórica, iniciada em 1974. Em
relação a 2015, o valor da produção de
frutíferas teve um acréscimo de 26,0%, sua maior alta desde
de 2001.
2001
A produção nacional é superior a trinta e o
oi-
to milhões de toneladas, cultivadas em três
milhões e quatrocentos mil hectares. As eex-
portações do setor tiveram crescimento, een-
tre 1990 e 2003 de 183% no valor, 277% na
quantidade
uantidade e também no superávit gerado,
este em 915%.
A importância do setor reflete
reflete-se também na
geração de emprego e renda: p para
ra cada dez mil dólares investidos na produ-
prod
ção de frutas, são gerados três e
empregos diretos
tos e dois indiretos.
19
O Brasil é o terceiro
ceiro maior produtor de frutas
do mundo, ficando atrás da China (produz cecen-
to e cinquenta e sete milhões de toneladas) e
da Índia (com cinquenta
quenta e quatro milhões). LLa-
ranja e banana respondem, juntas, por se ses-
senta
ta por cento da produção total de frutas, no
país.
A fim de incrementar a participação brasileira
no mercado frutícola mundial, foi criada pela Agência Brasileira de Promoção
de Exportações
ções e Investimentos (Apex
(Apex-Brasil),
Brasil), o IBRAF e o supermercado Car- Ca
refour possuem uma parceria para a realização do Br BrazilianFruit
azilianFruit Festival, com
edições em vários países como Polônia e Portugal, ocorrido
ocorridoss nos anos de 2004
a 2010.

Banana
A banana é produzida em todo o território
do país. Na fruticultura ocupa o ssegundo
lugar entre as frutas produzidas e cons
consu-
midas no Brasil.
A banana é a fruta mais consumida no
Brasil e em 2016 os produtores faturaram
R$ 14 bilhões, um aumento de 40% em
relação ao ano anterior.
Em balaço divulgado no início de 2017, o Ministério apontou que o faturamento
das fazendas produtoras de bana
banana deve atingir
tingir a marca de R$ 16, 8 bilhões,
um aumento expressivo em relação ao ano passado.
Atualmente, São Paulo e Bahia são os estados que mais produzem banana no
Brasil sendo responsáveis cada um por 14% da produção nacional. Além do
consumo interno, o Brasil também exporta a fruta, principalmente para países
do Mercosul. Argentina e Uruguai são os maiores consumidores da fruta bras
brasi-
leira.
Em dados da FAO, ocupa o país o terceiro lugar em volume de produção da
fruta, ficando atrás da Índia (produz 16 m
milhões
ilhões de toneladas) e do Equador
(com seis e meio milhões de toneladas). A produtividade brasileira é consid
conside-
rada baixa - doze e meia toneladas por hectare, enquanto na Costa Rica, por
exemplo, esta alcança quarenta e seis toneladas e seiscentos quilos po
por hecta-
re.

20
Cacau
O cacau já foi um dos principais produtos
agrícolas exportados pelo Brasil, e teve
uma relevante importância econômica para
a Bahia. Sua produção, entretanto, foi d
de-
caindo paulatinamente.
A produção nacional de cacau deve totaltotali-
zar 224,2,2 mil toneladas este ano, segundo
o Levantamento Sistemático da Produção
Agrícola de agosto (2017), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e E
Es-
tatística (IBGE). O resultado é 4,8% menor do que o previsto em julho. A área
plantada e a área a ser colhida diminuíram em 6,5% e 7,4%, respectivamente,
enquanto
quanto o rendimento médio, de 362 kg/ha, ficou 2,8% maior.
Segundo o IBGE, o rendimento médio cresceu não em virtude de condições
climáticas mais favoráveis, mas pela
redução da área a ser colhida. Alg
Algumas
áreas não serão colhidas devido ao ba
bai-
xo rendimento. A Bahia informou uma
redução de 10,0% na área a ser colhida
e na estimativa da produção, reflexo do
clima, que nos últimos anos não tem
beneficiado as lavouras.
Cerca de 60 mil agricultores se dedic
dedicam
à cultura do cacau no Brasil. Bahia é o estado que mais produz o fruto no país,
sendo responsável por 54% da safra. Em segundo lugar, fica o Pará, com 40%
da safra.
O faturamento das fazendas produtoras de cacau ficou em R$ 1, 2 bilhões em
2016.
De exportador,
rtador, o Brasil passou a importar o cacau no ano de 1992, matéria
matéria-
prima para a fabricação do chocolate. Atualmente, o Brasil é 5° produtor de ca-
c
cau do mundo, ao lado da Costa do Marfim, Gana, Nigéria e Camarões.
O cacau baiano é o maior exemplo de como um umaa praga e a ausência de cuida-
cuid
dos fitossanitários pode afetar a produção de uma cultura. No caso a incidência
da doença chamada vassoura
vassoura-de-bruxa
bruxa foi a responsável direta pela queda da
produção, iniciada no ano de 1989. Essa decadência brutal da produção pe perdu-
rou até 1999, quando variedades resistentes foram introduzidas
introduzidas.

21
Laranja (citros)
Produção de laranja no Brasil
Os citros equivalem ao gênero citrus e
outros afins, e dizem respeito a uma
gama variada de espécies de laranjas,
limas, tangerinas, limões, etc., dos
quais a de maior importância agrícola é
a laranja.
Ass exportações brasileiras de suco de
laranja concentrado equivalente a 66º
brix (FCOJ Equivalente) somaram 894.669 toneladas no acumulado da ssafra
2016/2017, volume 17% inferior às 1.080.938 toneladas
oneladas embarcadas na safra
s
2015/2016. Em relação aos valores, a receita recuou 7%, com um total de US$
1,621 bilhão.
Os estoques finais de suco de laranja
do Brasil da safra 2017/18 foram est
esti-
mados
dos em 207,6 mil toneladas, quase o
dobro do verificado no fechamento da
safra
fra anterior, em 30 de junho de 2017,
mas ainda historicamente baixos.
A safra de laranja do cinturão citrícola
do Brasil, em São Paulo e sudoeste de
Minas Gerais, está estimada em 364,47
milhões de caixas de 40,8 kg, aumento
de quase 50 porr cento ante a fraca
temporada anterior.
O estado de São Paulo responde, sozsozi-
nho, com um total de 79% de toda a
produção de laranja no país, que por
sua vez é o maior produtor e exportador
de suco de laranja, responsável por m
me-
tade da produção mundial, do dos quais
97% são destinados à exportação.
O Brasil e Estados Unidos da América são os maiores produtores mundiais de
citros, com 45% do total, em que ainda se destacam África do Sul, Espanha e
Israel, para a laranja dita in natura e tangerinas.
O suco de laranja brasileiro equivale a 80% das exportações mundiais, a maior
fatia de um produto agrícola brasileiro.
22
Silvicultura e madeira
Eucalipto no Brasil
Com uma área de 7,84 milhões de hect hecta-
res de reflorestamento, o setor brasileiro
de árvores plantadas é responsável por
91% de toda a madeira produzida para
fins industriais e 6,2% do PIB Industrial no
País e, também, é um dos que segmentos
com maior potencial de contribuição para
a construção de uma economia verde.
A produção brasileira de madeira em tora destinada à indústria de papel e celu-
cel
lose cresceu 10,8% em 2016, na comp
comparação
ração com o ano anterior. O estado
produtor que mais se destacou no período (2017) foi o Paraná, que registrou
15,9 milhões de metros cúbicos, um aume
aumentoto de 43,9% no período analisado.
analisa
Do volume total do País, 80,2% vieram de áreas de plantio de eucalipto e
18,8% de florestas de pinus.
Os plantios de eucalipto ocupam 5,7 milhões de hectares da área de árvores
plantadas do País e estão localizados, principalmente, em Minas Gerais (24%
(24%),
em São Paulo (17%) e no Mato Grosso do Sul (15%). Nos últimos cinco anos,
o crescimento da área de eucalipto foi de 2,4% a.a.. O Mato Grosso do Sul tem
liderado esta expansão, registrando aumento de 400 mil hectares neste perí
perío-
do, com uma taxa média de crescimento de 13%
Nos últimos anos, o uso de espécies
nativas tem sido promovido como al-
ternativa ao eucalipto e ao pinus, ees-
pécies estrangeiras. Em 2007, foi la
lan-
çado o Plano Nacional de Silvicultura
com Espécies Nativas e Sistemas A-
groflorestais (PENSAF), ), numa ação
integrada entre os Ministérios do Meio
Ambiente (MMA) e da Agricultura, P Pe-
cuária e Abastecimento
bastecimento (MAPA), entre
outros.
Da área total de 7,84 milhões de hectares de árvores plantadas no Brasil em
2016, 34% pertence às empresas do segmento de ccelulose elulose e papel. Em se-
s
gundo lugar, com 29%, encontram
encontram-se
se proprietários independentes e pequenos
e médios produtores do programa de fomento florestal, que investem em pla plan-
tios florestais para comercialização da madeira in natura. Na terceira posição,

23
está o segmento de siderurgia a carvão vegetal, que representa 14% da área
plantada.
Em 2016, o Brasil liderou o ranking global de produtividade florestal, com uma
média de 35,7 m³/ha ao ano para os plantios de eucalipto e 30,5 m³/ha ao ano
nos plantios de pinus,
s, de acordo com as informações reportadas pelas princ
princi-
pais empresas do setor .
No ano de 2006 foi aprovada a Lei de Gestão de Florestas Públicas, que est esti-
mula a produção de madeira legalizada, objetivando diminuir o desmatamento
ilegal, e estimulando o se
setor
tor madeireiro a explorar a atividade de forma susten-
suste
tável.
Horticultura
Com área cultivada de aproximadame
aproximadamen-
te 837 mil hectares e volume de prod
produ-
ção em torno de 63 milhões de tonel
tonela-
das, a produção de hortaliças contem-
pla mais de uma centena de espécies
cultivadas em todas as regiões do país.
Pela ordem, São Paulo, Minas Gerais e
Rio de Janeiro, no Sudeste, são os pri
prin-
cipais produtores da horticultura naci
nacio-
nal. O outro Estado da região, o Espírito Santo, da mes
mesma
ma forma, apresenta
produção representativa,
tiva, com 4,5%do total, mas é superado
perado pelos sulistas Pa-
P
raná e Rio Grande do Sul, enquanto o outro do Sul, Santa Catarina, fica no
mesmo patamar. Nesta faixa, em índices próximos de 4%e 5%, já estão inser
inseri-
dos os nordestinos Bahia, Ceará e Pernambuco, além de Go Goiás,
iás, do Centro--
Centro
Oeste, onde ainda o Distrito Federal d
de-
tém 2% da produção.

O setor conta com pesquisas feitas pela


seção olerícola da Embrapa, com sede
no Distrito Federal, criada em 1978 e em
1981 denominada de Centro Nacional de
Pesquisa de Hortaliças (CNPH). O Cen-
tro conta com uma área de mil, dduzentos
e quatro hectares, com laboratórios, pr
pré-
dios administrativos e de apoio, sendo cento e dez hectares dedicados à pr
pro-
dução experimental de hortaliças, dos quais dezoito voltados à chamada pr
pro-
dução orgânica.

24
A exportação brasileira vem mostrando evolução persistente e cada vez mais
forte nos últimos anos. Foi o que aconteceu em 2016, quando tanto o volume
quanto a receita relacionados à venda externa do setor tiveram aumento, em
respectivos 12,6% e 5,9%, e enquanto
nquanto no ano anterior estes índices positivos
haviam sido de 27,7 e 3,3%
3,3%.
A evolução mais significativa, em tetermos
mos percentuais nas exportações de horta-
hort
liças em 2016, ocorreu com a ccenoura,
noura, no patamar de 1.325%, e na batata-
b
doce, com 1.006% a mais, em com comparação
paração com o ano antecedente, quando
haviam diminuído, porém em níveis menores: respectivos 75% e 31%. Outro
produto, a cebola, que se destaca na importação, já registra por dois anos sse-
guidos crescimento signif
significativo
cativo nas destinações para o exterior, sempre
sem na fai-
xa dos 350%.

Tomate
O plantio brasileiro de tomates destinados à
mesa e à indústria manteve
manteve-se estável em
2016. A área pesquisada nas principais regiões
produtoras totalizou 37.398 hectares, sendo
18.674 de mesa e 18.724 de industrial, confo
confor-
mee dados do Centro de Estudos Avançados em
Economia Aplicada (Cepea), da Escola SuperSuperi-
or de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), vinc
vincu-
lada à Universidade de São Paulo (USP). A lavoura do fruto para mesa dimin
diminu-
iu 2,93% e o para processamento a au-
mentou 1,55%, em relação ao verific
verifica-
do pelo Cepea em 2015. As áreas a-
companhadas
panhadas estão situadas nas pri prin-
cipais regiões produtores de Sudeste,
Sul, Nordeste (Bahia, Ceará, Perna
Pernam-
buco e Piauí) e do Estado de Goiás.
Dados da Secretaria de Comércio Ext Exte-
rior (Secex) mostram que as import
importa-
ções de atomatados pelo Brasil aume
aumen-
taram 15,7% em volume de janeiro a
novembro deste ano se comparadas
com a parcial de 2015. Já em receita,
recuaram 3,5% no mesmo período. IIsso
se deve ao fato de que o excesso de
oferta de polpa internacion
internacional levou a um
recuo de 16,6% no preço dos at atomata-

25
dos em dólar e de 11% em Reais, sobretudo por conta do elevado est estoque
mundial de polpa.
Os principais produtos estrangeiros comprados pelo Brasil – representando
56% do total – são basicamente matéria
matéria-primaa para as indústrias nacionais
(tomates inteiros ou pedaços, preparados ou conservados e o tomate prepar
prepara-
do ou conservado, exceto em vinagre). Em 2016, a produção mundial de tom toma-
tes para processamento deve fechar 8,2% abaixo da de 2015, segundo o rel rela-
tório divulgado no fim de outubro pelo Conselho Mundial dos Processadores de
Tomate Industrial (WPTC). Já a produção brasileira deve crescer 11,5% neste
ano, ainda conforme o WPTC.
O avanço da cultura na região do cerrado goiano e mineiro fez a região saltar
de 31% para 84% da produção nacional brasileira, entre os anos de 1996 a
2001, com o desenvolvimento de variedades híbr híbridas
das desenvolvidas para esse
ambiente, aumentando
mentando a produtividade
produtividade.
Cebola
A cebola é um dos principais produtos da
horticultura brasileira,, não pela lucratividade
mas por servir de sustento e motivo de fix fixa-
ção das famílias na terra, pois os pequenos
agricultores, nos próprios imóveis ou em
forma de parceria com grandes proprietproprietá-
rios, são responsáveis por mais da metade
da produção do país.
A região com maior produtividade da cebola
compreende as cidades de Juazeiro, na Bahia, e Petrolina, em Pernambuco -
cidades vizinhas, separadas pelo Rio São Francisco: ali a olerícola é irrigada,
resultando numa produtividade de vinte e quatro toneladas p
por
or hectare, contra
a média brasileira de dezessete toneladas.
A produção atingiu 1,563 milhão de toneladas, superando o volume de 1,461
milhão de toneladas verificado em 2015, de acordo o Levantamento Sistemát
Sistemáti-
co da Produção Agrícola (LSPA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatís-
Estatí

26
tica (IBGE). A área colhida chegou a 56,1 mil hectares e a produtividade média
ficou em 27,8 toneladas por hectare. Para 2017, o volume e a área colhida ees-
tão estimados em 1,605 milhão de toneladas e 57 mil hectares, respe
respectivamen-
te. O valor de produção da cebola somou R$ 1,814 bilhão em 2016, com a-
créscimo de 35,4%, segundo a pesquisa Produção Agrícola Municipal (PAM),
do IBGE.
Mais de um terço de toda a produção brasileira é colhida em Santa Catarina. A
produção estadual apontada pelo IBGE foi de 536,6 mil toneladas em 2016. No
entanto, esse volume pode ter superado a 580 mil toneladas, conforme a Em-
presa de Pesquisa
uisa Agropecuária e Extensão RuRural
ral de Santa Catarina (Epagri)
– Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Cepa).

Mandioca
O Brasil é o segundo produtor no ra
ranking
king mundial, com 12,7%, embora exporte
apenas meio por cento do que produz -
mercado este formado pela Venezuela
(maior importadora, com 31,4% das
vendas externas), seguida por Arg
Argenti-
na, Colômbia, Uruguai
ruguai e EUA.
Uma das culturas mais tradicionais do
Brasil, a mandioca, na qual já foi líder
mundial, passa por um período de es-
tabilidade e até de redução produtiva,
pelas perspectivas iniciais existentes para 2017. Embora ainda supere todo o
volume dos demais
emais produtos da oler
olericultura, com números anuais
anuai ao redor de
23 milhões de toneladas, a raiz alimentar
mentar poderá registrar diminuição em dis-
di
ponibilidade em 2017, na ordem de 12%, de acordo com estimativas oficiais fe
fei-
tas no mês de fevereiro.
O cultivo dá-se
e em todas as regiões do país, visando tanto o consumo humano
quanto animal; no primeiro caso a prpro-
dução divide-se
se em mandioca in natnatu-
ra, das espécies comestíveis, e para a
produção de farinha e fécula. Essa cca-
deia produtiva gera cerca de um milhão
de empregos
egos diretos, em um total est
esti-
mado de dez milhões de empregos p pa-
ra a cadeia produtiva.
No principal Estado produtor, o Pará,
conforme o IBGE, ainda ocorreu acré
acréscimo
cimo produtivo de 28% em 2016, mas
era projetado decréscimo de 17% para 2017. Outro Estado nortista,
tista, o Amazo-
Amaz
27
nas, apresentava forte crescimento (108%) naquele ano, mas já para o novo
era prevista redução de 50%. E no terceiro Estado produtor, a Bahia, no No
Nor-
deste,são estimadas diminuições para os dois anos (11%e7%), e assim no Rio
Grande do Sul (4%e 3%), enquanto em São Paulo deve ser confirmada se-
quência de alta (4%) e baixa(14%).

Milho
A produção brasileira dá dá-se, basica-
mente, em duas épocas ao ano: a ssa-
fra, propriamente dita, durante os per
perí-
odos de chuva, e a chamada "safrinha"
- ou "de sequeiro" - durante a estiagem.
O primeiro caso ocorre, na Região Sul,
do final de agosto; no Sudeste e Ce Cen-
tro-Oeste,
Oeste, em outubro e novembro; no
Nordeste,
deste, no início do ano. A segunda
safra é feita nos estados de Paraná,
São Paulo e no Centro-Oeste
Oeste com o m milho cultivado
vado fora do tempo, nos meses
de fevereiro e março.
A Safra de grãos 2016/2017 em especial o milho deve alcançar 91,5 milhões
de toneladas (37,5% de crescimento), com 29,9 milhões de toneladas para a
primeira safra e 61,6 milhões para a segunda. A área to
total
tal do milho deve al-
a
cançar 17,1 milhões de hectares (ampliação de 7,3%). No total, milho e soja
representam quase 90% dos grãos produzidos no País.
Mesmo concentrando as exportações em alguns meses (agosto, setembro e
outubro), as remessas de milho não che
chegam
gam a comprometer, operacionalmente
e administrativamente, as plataformas exportadoras nacionais. Considerando
os diversos corredores multimodais explorados pela soja, esses possibilitaram,
junto com a qualidade do produto, uma maior competitividade do mil
milho no exte-
rior.
Soja
Sua introdução deu-sese no ano de 1882, e
a partir do começo do século XX a prod
produ-
ção destinava-sese à forragem animal. A
partir de 1941 a produção de grãos sup
supe-
rou a forrageira, até tornar
tornar-se o principal
objetivo
vo da cultura, adaptada ao país so-
bretudo após estudos do Instituto AgrAgro-

28
nômico de Campinas.
A safra 2016/2017 tem a expectativa é de um crescimento de 15,4% na prod
produ-
ção, devendo atingir 110,2 milhões de toneladas, com aumento de 14,7 m mi-
lhões de t em relação à safra anterior e ampli
ampliação
ação de 1,4% na área, que deve
chegar a 33,7 milhões de hectares.
Grande parte da capacidade oper opera-
cional e administrativa, instalada nas
principais
pais plataformas exportadoras
de Santos, de Paranaguá, de Vitória
e de São Luís, é utilizada pelos est
esta-
dos produtores
tores do Centro
Centro-Oeste –
Mato Grosso, Mato to Grosso do Sul e
Goiás.
Estima-se,
se, para 2017, que a prod
produ-
ção dessa Região de soja e de milho
alcance um total de 87,7 milhões de toneladas. Para se ter uma noção da rel rele-
vância do Centro-Oeste
Oeste na agricultura, do tot
total
al de 188,3 milhões de toneladas
tonel
estimadas de soja e milho para serem colhidas no país, 47% deverão co corres-
ponder à safra dessa Região.
A produção de soja é a maior do país, e esta Região lidera as remessas inte
inter-
nacionais da commoditie. Em 2017, espera
espera-se que as exportações alcancem à
marca de 30,6 milhões de toneladas, ou seja, maior em 7% quando comparada
a realizada em 2016.
Tabaco
O Brasil é segundo maior produtor
mundial de tabaco, e o maior export
exporta-
dor de fumo desde 1993, com o fatur
fatura-
mento de cerca de um bilhão e setece
setecen-
tos milhões de dólares. O maior prod
produ-
tor voltado para o mercado externo é o
Rio Grande do Sul, e a Região Sul re
res-
ponde por 95% da produção nacional,
que exporta entre 60-70%
70% do que pr
produz.

29
DIVERSIFICAÇÃO NA PROPRIEDADE
RURAL
Manter um m fluxo de caixa sadio e suste
susten-
tável em pequenas e médias propried
proprieda-
des rurais é um dos grandes desafios p pa-
ra agro empreendedor no Brasil. Fora as
dificuldades inerentes à competição com
grandes produtores rurais e ao gerenc
gerenci-
amento da propriedade rural, peq
pequenos e
médios produtores rurais precisam, cada vez mais, saber lidar com as vari
varia-
ções climáticas (como estiagens) e com as constantes oscilações de preço no
mercado.
Diante disso, a diversificação da renda nas propriedades rurais por meio do iin-
vestimento em culturas paralelas e, em alguns casos, complementares, tem se
mostrado uma alternativa ssegura para esses produtores rurais.
Diversificação produtiva: o caminho
para diversificar a renda em pequ
peque-
nas e médias propriedades rurais
rurais.
A diversificação produtiva
iva pode ser
classificada como horizontal, quando
se investe em diferentes culturas
dentro de uma mesma propriedade
rural, ou como vertical, quando o p pe-
queno e médio produtor rural detém
todas (ou diversas) fases da cadeia
produtiva de uma cultura, elimina
eliminando
intermediários até a entrega do prproduto
duto ao consumidor final. Ambos os casos,
que podem inclusive ocorrer simultaneamente, trazem uma série de vantagens
em termos de diversificação de renda para o pequeno e médio pr produtor rural.
Além da redução do risco econômico graças à produção de diferentes culturas
(como hortaliças, frutas, suinocultura e avicultura, por exemplo), a diversific
diversifica-
ção produtiva permite um melhor aproveitamento do solo e de recursos em p pe-
quenas e médias propriedades rurais, ampliando o p potencial
otencial produtivo das
mesmas.
O aproveitamento da entressafra de algumas culturas para o plantio de outras,
por exemplo, permite uma entrada contínua de receitas dentro da propriedade
rural e, dependendo do tipo de cultivo, auxilia na redução dos custos d
de produ-
ção e na autossuficiência da propriedade. O produtor rural que investe no pla
plan-
tio de milho e cana de açúcar pode, por exemplo, apostar também na criação
30
de gado de corte e utilizar parte de
sua colheita (inclusive sobras) para
a produção do silo necessário
essário para
o manejo desses animais.
Da mesma forma, investindo na d di-
versificação verticalizada, ele pode
assumir a etapa de comercialização
de seus produtos, apostando por
exemplo na construção
trução de eng
enge-
nhos de cana e até mesmo na ve ven-
da de derivados, como o caldo de
cana, em feiras e mercados locais.
A adoção de maquinário simples, neste caso, ensiladeirasetrituradores para
produção de silo e ração animal e moendas para extração do caldo de cana
são premissas para a diversificação verticalizada.

AGROINDÚSTRIA
Agroindústria – Para entendermos
melhor
lhor o que vem a ser a agroindústria,
precisamos conhecer melhor de onde
ela se origina, estamos falando do A-
gronegócio,
negócio, também chamado
de Agribusiness.

Agronegócio é toda relação comercial e


industrial envolvendo a cadeia produti-
va agrícola ou pecuária.
No Brasil, o termo é usado para se ref
refe-
rir às grandes propriedades monocult
monocultoras
ras modernas que empregam tecnologia
tecnol
avançada e pouca mão de obra.
Sua produção voltada principalmente
para o mercado externo e internament
internamente
para as agroindústrias. Ou seja, o A-
gronegócio é a atividade econômica
que envolve a produção, transformação
e comercialização de produtos flore
flores-
tais, agrícolas e outros recursos biol
bioló-
gicos.

31
A agroindústria é o conjunto de atividades relacionadas à tran
transformação de
matérias-primas
primas provenientes de vários outros segmentos como a agricultura,
pecuária, aquicultura ou silvicultura.
O grau de transformação dessas matérias primas tem muita variação em
função
ção da atividade fim das e
em-
presas agroindustriais.
Paraa cada uma dessas matérias
matérias-
primas, a agroindústria é um
segmento da cadeia que vai de
des-
de o fornecimento de insumos a-
grícolas até o consumidor.
A agroindústria é a parte do agr
agro-
negócio onde se realiza a tran
trans-
formação dos produtos primários da agropecuária e
emm subprodutos que podem
inserir na produção de alimentos.
Tais como os frigoríficos, a indústria de enlatados, de laticínios, a indústria de
couro, os biocombustíveis, da produção têxtil entre muitos outros.
Então podemos dizer que a Agroindústria, trata
trata-se
e da agregação de valor aos
produtos provenientes desses segmentos citados anteriormente.
Nessa transformação se agrega um fator importante que é a durabilidade e fácil
disponibilidade do produto de uma época para outra, especialmente aqueles
que são mais perecíveis.

Divisão da Agroindústria

Este ramo da indústria é dividido normalmente em duas categorias, categoria


alimentar e a categoria não alimentar.
A chamada categoria alimentar se
constituem numa cadeia desde a o ob-
tenção da matéria prima de boa qual
quali-
dade, o manuseio, o armazenamento,
o processamento, a embalagem, a
comercialização e a distribuição.
São responsáveis pela transformação
de produtos oriundos da agricultura,
pecuária, aquicultura e silvicultura, produtos de processamento para o cons
consu-
mo de alimentos em geral.

32
Já a chamada categoria não alimentar é responsável por parte da transform
transforma-
ção desses produtos, ou seja, se transformam em subprodutos que servem de
matérias-primas,
primas, utilizando seus recursos naturais para vários produtos indu
indus-
triais como couros, lãs, fibras, peles. Também entra nessa categoria não al ali-
mentar a produção de álcool etanol.
Também é correto afirmar que a agragro-
indústria desenvolve duas atividades
em um mesmo empreendimento ec eco-
nômico,
co, com departamentos, divisões
ou setores rural e industrial distintos,
por exemplo:
xemplo: Usina de cana
cana-de-açúcar
com lavoura
voura canavieira e um frigorífico
com a pecuária, etc.
O que temos numa Agroindústria?
Como toda indústria de um modo geral, uma agroindústria também necessita
de um ambiente ou local de instalação. Para uma montagem de agroindústria
recomenda-se
se observação de alguns conceitos e cuidados básicos:
Definição da tecnologia;
Definição dos tipos e compra de máquinas, equipamentos e acessórios;
Construções civis e instalações;
Localização e montagem de máquinas e equipamentos;
Procedimento e métodos técnicos de produção;
Estabelecimento de normas internas;
Contratação de pessoal;
Garantia de matéria-prima;
prima;
Abastecimento de insumos secundários, entre outros.
Como vemos nos itens acima, agoagora
ra entramos na necessidade da área de Ma-
M
nutenção para o atendimento da indústria do agronegócio. Pois não temos cco-
mo dispensar esse tipo de serviço com máquinas, equipamentos, implementos
agrícolas, instalações em geral e edificações.
Um setor de negócios que tem vital importância para o país e que vem cre
cres-
cendo constantemente no passar dos últimos anos e com perspectivas sempre
otimistas.

33
Alguns tipos de agroindústrias
agroindústrias:
Indústria frigorífica

Indústria de leite e lácteos

Indústria de ração animal

34
Indústria sucroenergético

Indústria de beneficiamento

Indústria de extração vegetal

35
Indústria têxtil

Indústria de máquinas e equipamentos para a Agroindústria

A agroindústria nada
ada mais é que uma fusão entre a produção agropecuária em
geral e a indústria. Por essa razão possui uma interdependência com relação a
outros diversos ramos da indústria em geral, pois necessitam de embalagens,
insumos agrícolas, irrigação, máquinas, equi
equipamentos
pamentos e implementos entre ou-
o
tros.
Case de Sucesso
Valor agregado na produção do queijo

Das oito vacas leiteiras que a família Rocha mantém na propriedade em So Som-
brio, no Sul do Estado de Santa Catarina
Catarina,, são ordenhados, em média, 200 li- l
tros por dia. Antes de receber o apoio do e investir em uma agroindústria, a
matéria-prima
prima era vendida por pouco menos de R$ 1 o litro. Odair da Rocha, 43
anos, quis realizar o sonho e produzir queijo dentro das normas de inspeção e
foi atrás de uma maneira de executar o pro
projeto.
jeto. Hoje, ele vende o quilo do quei-
que
36
jo a R$ 18, e os 8,2 litros usados para fabricar cada peça hoje rendem R$ 2,20
para o produtor rural.
Junto com a esposa Sirlene Correa dos Santos Pereira, 33 anos, Odair produz
uma média de 50 quilos de produto por se
semana,
mana, todo ele vendido na feira ou
nos mercados locais. O queijo tem selo de inspeção municipal e por isso só
pode ser vendido na cidade. O investimento inicial foi de R$ 80 mil. A ideia é
ampliar a produção com foco no público local, que não deixa sobrar uma peça
nos pontos de venda.
– Começamos aqui há dois meses e já está dando certo. O investimento foi a
al-
to, mas a queijaria para mim era um sonho. Aumentou a renda, dobrou, agrega
valor pois antes eu vendia o leit
leite e agora é
o queijo – diz o produtor.
A ideia para os próximos anos é aumentar
a área de pastagem e comprar mais an ani-
mais, ampliando ainda mais o negócio. Ao
lado da agroindústria ele ainda tem 80 mil
pés de fumo, mas assim que encerrar a cco-
lheita, não quer mais trabalhar com a lla-
voura.
Fonte: Clic RBS
Lavoura de fumo da lugará indústria de carne

A antiga estufa de fumo, que passou por reforma e readequação, hoje dá lugar
a uma unidade de beneficiamento de carne. Em Içara, a família Estevam ch che-
gou a produzir 120 mil pés de fumo por safra, mas com o foco no novo negócio,
a lavoura já diminuiu 50%. De oito a nove suínos são beneficiados por semana
e, no ano passado, 20 mil quilos de carne foram processadas.
A agroindústria aumentou a renda da família e movimenta a cadeia na região,
já que os Estevam precisam comprar a matéria
matéria-prima
prima de um produtor associa-
associ
do à cooperativa. O programa de estímulo ao agronegócio tem também o obj obje-
tivo de colocar os produtores em cadeia, diminuindo os custos e aumentando a
produtividade. Ao comprar do vizinho, o gasto é me
menor
nor com transporte e outros
encargos. Além disso, o material é mais fresco e o dinheiro circula dentro do
município. Com o crescimento da renda familiar em 40%, Édio Adelino Est Este-
vam, 55 anos, precisou de um reforço. A filha e o genro passaram a trabalhar
com
om ele, e hoje são seis pessoas envolvidas na produção de salame, torresmo,
banha e defumados.

37
– O pessoal até se admira, a gente investiu a está dando certo. O fumo tem
uma boa renda, mas é uma vez ao ano. Com esse negócio, é todo mês. A lla-
voura é instável,
el, um ano dá bem, outro não, e assim estamos trabalhando com
algo que a gente gosta – comenta Estevam.
Bruna Estevam, 27 anos, formada em Educação Física e com pós pós-graduação
na área, deixou a sala de aula para ficar mais perto de casa. Ela ainda tem
uma área
rea de produção de fumo com o namorado na redondeza, mas a agroi agroin-
dústria familiar é um projeto que pode ficar para ela e os irmãos no futuro.
Fonte: Clic RBS
AGREGAR VALOR NO AGRONEGÓCIO

Vender commodities e produtos agríc agrícolas


las em mercados cada vez mais compe-
c
titivos vem se mostrando um desafio para produtores e cooperat
cooperativas. O merca-
do de commodities é muito concorrido
e muito sensível a preço e a barreiras
sanitárias, entre outras. Embora o n nú-
mero de exportações do agronegócio
brasileiro
sileiro tenha ficado em ttorno de US$
89 bilhões nos últimos anos, dado o
aumento
mento da produtividade e da qual quali-
dade dos produtos agropecuários pr pro-
duzidos no País, ainda há um imenso
caminho a percorrer. Precisamos g ga-
rantir a competitividade
petitividade do agronegócio
com uma menor dependência de com-
modities. E isso só será possível com investimento em inovação e na agregagrega-
ção de valor ao produto agrícola.
O empresário rural deve estar atento
a esse cenário, com o objetivo de
buscar receitas e rentabilidade cada
vez maiores para sua propriedade.
Para
ra isso, uma estratégia interessa
interessan-
te é diversificar as suas mercadorias,
flexibilizando ou introduzindo novos
processos. Isso sem perder de vista
o consumidor, cada vez mais inclin
inclina-
do a comprar produtos e serviços d di-
ferenciados e únicos. Uma alternativa a ao
o cultivo de commodities é a transfor-
transfo
mação de parte da produção em outro produto, por meio do processamento, ou
até por meio de alguma cecertificação especial.
38
Vender produtos com selo orgânico, de origem controlada, com apelo mercad
mercado-
lógico na tradição e cultura
ltura regional ou ainda que tenham sido produzidos de
forma ambientalmente
entalmente responsável são o op-
ções a considerar.
derar. Com essa sofist
sofisticação do
produto, o preço pago pelo consumidor final
é significativamente
tivamente ma
maior e a sua margem
de lucro acaba crescendo também.
Alguns exemplos de produtos com valor a-
gregado são produtos vinculados a alguma
atração turística, receitas exclusivas do produto processado, desidrat
desidratado, com
uma embalagem diferente e chamativa ou com uma proposta de ma marketing e
comunicação diferenciada.
Na prática: um plantador de maçã pode usar parte de sua produção para pr pro-
duzir geleias com uma receita saudável exclusiva. Para melhor posicionar seu
produto no mercado, pode apostar em uma embalagem chamativa. Como e es-
tratégia de divulgação do novo produto
produto,, pode organizar um evento em que, du-
d
rante um período no ano, turistas colhem as maçãs, acompanham todos os
processos de produção (guiados por um profissional da sua propriedade) e, ao
final, desfrutam de uma deliciosa torta de geleia de maçã que eles mesmmesmos
produziram com o seu produto. Levando o tema agregação de valor ao máx máxi-
mo, o produtor pode montar uma lojinha na propriedade, onde seria possível
adquirir não só os produtos feitos de maçã, como as geleias e tortas, mas ta
tam-
bém utensílios de cozinha com tema maçãs.
Resultado:: O produtor deixou de vender maças para vender uma experiência
turística, cultural e gastronômica. Para o consumidor, não foi uma geleia si
sim-
plesmente adquirida no supermercado mais próximo, foi uma experiência de
vida. Para alguns deles,es, essas experiências não têm preço. Por isso, o valor
percebido do produto tende a ser mais alto, já que embute um valor agregado
que se pode medir, e um que é altamente subjetivo. Quanto melhor e mais
marcante a experiência, maior o valor percebido subj
subjetivo.
A finalidade de agregar valor aos produtos produzidos no campo é garantir a
sustentabilidade das propriedades rurais e a geração de emprego e renda para
as famílias do campo. O benefício adicional para a economia é que isso ince
incen-
tiva a elevação dos padrões de qualidade, a inovação e a implantação de n no-
vos processos no meio rural, que podem melhorar não só a qualidade, mas a
produtividade e a rentabilidade

39
TURISMO RURAL

O turismo rural não é um fenômeno


novo no Brasil, o interesse crescente
pelas atividades
tividades recreativas no meio já
se manifestava no século XIX, na E Eu-
ropa. Esse crescimento no país é or ori-
ginário das classes média e alta que
atribuem grande importância aos valvalo-
res e identidade cultural locais e, ao
mesmo tempo, possibilidade de d de-
senvolvimento
mento econômico regional.
Turismo rural é uma realidade e co con-
ceito diferente de outros, como o “t “tu-
rismo verde”, “turismo ecológico”, ““a-
groturismo”, “ecoturismo”, etc. Emb
Embora
em alguns destes apresentem ccaracte-
rísticas similares, como pequ
pequenas es-
calas ao ar livre, proporciona
proporcionando ao vi-
sitante o contato com a nat
natureza , com
a herança cultural das coomunidades do
campo e as chamadas sociedades e
práticas “tradicionais”.
Para alguns autores, turismo rural não significa atividade “urbana”, pois faz rre-
ferência ao meio
eio rural. Como por exemplo, clubes de campo, grandes hotéis,
spa's(centros ou clínicas de tratamento para obesidade), vilas e cidades de vve-
raneio, localizados
calizados no interior.
Para entender o que é turismo rural, é
preciso destacar os aspectos do meio
rural, como propriedades de médio e
pequeno porte, produção de subsi
subsis-
tência com certos excedentes, técn
técni-
cas agrícolas relativamente rudime
rudimen-
tares, maior contato entre homem e
natureza, características do campes
campesi-
nato (pouco ou sem mecanização),
entre outras.

40
Há inúmeras
úmeras características relaci
relacio-
nadas a quem busca o turismo rural.
Dentre elas estão a busca do si sim-
ples e autêntico,
têntico, como uma reação
ao estresse promovido
movido pelos meio
urbanos decorrente, sobretudo, da
expansão industrial al nas cidades.
Sendo assim, o turista de forma g ge-
ral busca tranquilidade,
quilidade, paz e rel
rela-
xamento que o meio rural proporci
proporcio-
na. Além dessas características, e-
xistem
tem outras como o retorno da pessoa a seu habitat de origem, após anos,
decorrente, principalmente,
cipalmente, do “êxodo rural”. A busca por maior con
conhecimento,
pelo
lo diferente: monumentos, construções, aspectos sociais distintos, aliment
alimenta-
ção, contato com a cultura distante, entre outros exemplo.
A estratégia política sobre a reestr
reestruturação
turação territorial, para alocar essa nova a-
tividade pode ser de grand
grande valia pa-
ra a população, de forma g geral, co-
mo melhorias
lhorias em infraestrut
infraestrutura, nos
meios de transportes e nas comun comuni-
cações, podendo
dendo assim pr proporcionar
o maior fluxo e interação com outros
lugares e regiões
ões em di distintas esca-
las.
Entre outros exemplos que podem
estar diretamente relacionados a e es-
se turismo estão: a melhoria e gara
garantia
tia da qualidade de produtos e serviços o-
ferecidos; a preservação dos espaços verdes e das características regionais; a
organização do turismo segundo os elementos estruturais da regiã região (um lago,
um monumento, uma construção ttípica,pica, uma festa popular, uma tradição local);
a capacidade de hospedagem ssuficiente;
ficiente; o cuidado para não descaracterizar a
região, isto é, não perder sua e
especificidade
pecificidade e originalidade; a oferta de comér-
comé
cio e serviços
ços e a sinalização ef
eficaz das estradas e cruzamento.
O êxodo rural, caracterizado de forma direta pela saída da população do ca
cam-
po para a cidade em busca de melhores condições de vida ganhou destaque
sobretudo nas décadas de 50 a 60, ocasionado pela inten
intensa
sa urbanização e in-
i
dustrialização das grande metrópoles, como Rio de Janeiro (RJ) e São Paulo
(SP). E, ao mesmo tempo, de políticas públicas agrícolas ineficientes que não
conseguem manter o homem no campo.

41
Dessa forma, o turismo rural poderá gerar emprego
empregos s para a mão de obra local,
fazendo reverter ou atenuar, em certos casos, o processo de êxodo rural, sso-
bretudo dos jovens, já que não precisam migrar para os grandes centros em
busca de empregos, além de estimular a produção local, que está diretamente
ligada
ada a uma série de atividades produtivas, tais como produtos agrícolas, ve
ves-
tuários específicos, construções e serviços públicos, transporte e seguros.
Consequentemente, gerando fonte de renda, maior circulação de capital e ma mai-
or arrecadação com impostos (r (relacionados
elacionados ao crescimento da atividade co-c
mercial).
Também é importante lembrar que o
turismo rural explora e “capitaliza” o
meio presente no espaço, gerando
mais uma fonte de renda no campo,
além da produção
dução agrícola e pecuária.
Haverá, portanto, uma ou
outra opção de
geração de renda e diversificação do
mercado, no que tange ao comércio e
serviços que, por ventura, possam vva-
lorizar a produção artesanal, básica
nesses meios, como mo por exemplo:
lamparinas, ferramentas, ou objetos de
decoração. Enfim, com a popossibilidade de acréscimo
cimo no fluxo de pessoas de
outros espaços econômicos,
nômicos, o turismo rural est
estimula
mula o consumo nas áreas on- o
de ocorre, desencadeando
deando o tradicional efeito multiplicador da atividade turíst
turísti-
ca.
Inicialmente, é preciso deixar claro que o impacto do turismo rural acontece em
várias escalas e distintos aspectos culturais, econômico, ambiental, social e p
po-
lítico. Sendo assim, o turismo é um
paradigma que precisa ser estudado e
muitoto bem planejado, o que será ilu
ilus-
trado no decorrer do texto, relacion
relaciona-
do ao desenvolvimento
senvolvimento sustentável.
Dentre os aspectos socioculturais d di-
retamente
tamente relacionados às comunid
comunida-
des receptoras, podendo sofrer alter
altera-
ções de comportamento dos diversos
agentes envolvidos nas atividades, e es-
tão: produtores rurais (agricultores e pe
pecuaristas),
cuaristas), comerciantes e prestadores
prest
de serviços locais, moradores de residências ssecundárias
cundárias e turistas.

42
Os produtores rurais (agricultores e pecuaristas) podem sofrer com grupos d do-
minantes na exploração e na criação do ambiente físico e social, modela
modelando o
desenho da paisagem agrária pelas
plantações, entre outros impactos.
Os comerciantes
merciantes e prestadores de
serviços locais podem sofrer com a
adequação ao meio, das propri
proprie-
dades e das comunidades rurais a
essa alternativa de rend
rendimento, a-
través do atendimento
mento aos visita
visitan-
tes originários das grandes cid cida-
des, comercializando sua autentic
autentici-
dade e originalidade. Isso constitui um desafio p para
ra eles. Os moradores de re-
r
sidências secundárias e turistas, in
inicialmente,
cialmente, são conceitos diferentes, os mo-
m
radores apresentamm de certa forma uma ligação com o território, pagando iim-
postos e alterando o espaço de forma potencial, como comprando terrenos e
proporcionado a especulação imobili
imobiliária, por exemplo.
Sobre o meio ambiente, há poss
possi-
bilidade de aumento acentuado de
resíduos
uos de forma geral, sejam
sólidos,
lidos, líquidos ou gasosos; de
des-
truição da vegetação; desrespeito
às normas e às leis ambientais.
Dependendo de como é feito o
produto, ele pode gerar um impa
impac-
to de grandes proporções, caso
aumente te o consumo de forma
contínua. Ainda
nda poderiam ser ilustrados inúm
inúmeros
ros impactos ao espaço, como o
crescimento da prostituição, aumento da violência, acult
aculturamento,
ramento, destruição
do patrimônio, entre inúmeros impactos que proporcionam. Dessa forma, caso
não haja um planejamento e uma estrutura pré-estabelecida
estabelecida pelos agentes de
um determinado espaço, esse turismo não terá um desenvo
desenvolvimento
vimento sustentá-
sustent
vel.
Só será sustentável se for voltado para a valorização do homem do campo, não
obstante a estabilidade ecológica do meio natural. O conceito do tu
turismo sus-
tentável foi desenvolvido para evitar os riscos que a condução inadequada da
atividade pode provocar no meio ambiente (o que pode ser de vários níveis e
variedades).

43
Bonito, município localizado no M
Ma-
to Grosso do Sul, recebeu invest
investi-
mentos do Programa
rama de Desenvo
Desenvol-
vimento do Turismo, no valor de R$
130 milhões, destinados
nados a obras e
programas
gramas de saneamento, pav pavi-
mentação
tação e incentivo ao tturismo
sustentável.
tável. Além disso, a cidade,
já consagrada como polo turístico,
será
rá sede da Conferência Intern
Interna-
cional de Ecoturismo deste ano.
O turismo sustentável é visto como a perfeita triangulação entre a destinação
(hábitats e habitantes), os turistas e os prestadores de facilidades para os vis
visi-
tantes. Sendo assim, deve
deve-se
se procurar adequar os interesses de cada um do
triângulo, minimizando as tensões e buscando um desenvolvimento a longo
prazo, pelo equilíbrio entre crescimento econômico e as necessidades de co con-
servação do meio ambiente.
Para finalizar, segue uma lista de comportamentos ambientais corretos, veja:
Controle de ruídos e lançamento de lixos;
Respeito aos valores culturais das comunidades receptivas;
Manutenção das paisagens intactas;
Estímulo a uma estrutura social sadia nas comunidades;
Promoção de uma excelente qualidade de vida e de repouso p
para
ara os visitantes;
Proteção à cultura e as características das comunidades receptoras;
Valorização da paisagens e hábitos;
Reconhecimento da economia rural;
O crescimento a longo prazo da atividade turística, que estimulará a qualidade
da experiência vivencial
ivencial buscada pelos visitantes;
A compreensão, a liderança e a visão a longo prazo entre os empreendedores.
Serviços oferecidos e atividades praticadas pelo visitante

O meio rural oferece uma série de serviços e atividades aos seus visitantes.
Neste item,
tem, apresentam
apresentam-se
se alguns serviços e equipamentos turísticos, bem
como atividades turísticas que podem ser desenvolvidas nas propriedades ru-
rais ou na região:

44
a) Serviços e equipamentos turísticos:
Serviços,
erviços, edificações e instalações indispensáveis ao desenvolvimento
nvolvimento da ati-
at
vidade turística e que existem em função dela:
• Hospedagem – estabelecimentos que oferecem alojamento e serviços ne-
cessários ao conforto do hóspede. No Turismo Rural, as maiores frequências
são fazenda-hotel/
hotel/ hotel
hotel-fazenda, hospedagem domiciliar (quarto nas proprie-
propri
dades rurais, cama e café, alojamento) e pousada;

• Alimentação – pode ser oferecida por restaurantes tradicionais ou por propri-


edades rurais, que geralmente oferecem café colonial, almoço e jantar com
pratos típicos,
os, degustação de produtos caseiros;

• Guiamento, condução e recepção – atendimento e orientação ao turista in-


dividual ou em grupo, via centro de informações turísticas,agências e operad
operado-
ras de turismo receptivo, guias ou condutores locais(mu
locais(muitas
itas vezes os próprios
agricultores, artesãos ou proprietários rurais);

• Transporte no local – serviços específicos para deslocamento no destino:


ônibus de excursão, vans, traslados, bem como veículos rurais(passeio de tr
tra-
tor, de charrete).
45
b) Atividades que podem ser praticadas pelo visitante: atividades cuja prá-
tica estão relacionadas ao meio rural, encontradas nas propriedades rurais bra-
sileiras:

• Atividades agropecuárias
◦ Agricultura – cultivo de espécies vegetais úteis para a aliment
alimentação
ação humana e
animal ou como matéria
matéria-prima
prima para indústria têxtil,farmacêutica etc. Plantação
de cereais, frutas, hortaliças,leguminosas etc.;

46
◦ Criação de animais – inclui todos os tipos de manejo de animais: bovinocul-
tura, caprinocultura,
ltura, ovinocultura, suinocultura,piscicultura etc.

Atividades de transformação – referem-se se à transformação de matéria-prima


vegetal, animal ou mineral: produção agroindustrial(compotas, doces, bebidas,
farinhas, panificação, laticínio, erva
ervas,
s, polpas)ou manual (facas, panos e borda-
bord
dos, mesas, instrumentos musicais);

• Atividades ecoturísticas – atividades de interação com a natureza, que in-


centivem o comportamento social e ambientalmente responsável:trilhas, obse obser-
vação da fauna a (pássaros, borboletas, jacarés, peixes) e da flora (espécies ve-
v
getais nativas, parques, etc.), caminhadas na natureza,trilhas, banhos de cca-
choeiras
ras e rios, cicloturismo;

47
Aventura – atividades recreativas e não competitivas que envolve
envolvem riscos con-
trolados e assumidos: arvorismo, bóia bóia-cross, rapel, tirolesa, montanhismo,
mountain-bike,
bike, trekking, turismo fora de estra
estrada;

• Atividades interativas com gado – abrangem atividades que envolvam a in-


teração do homem com cavalo, jjumento,
umento, burro, boi,carneiro etc,
etc para desem-
penho de alguma lida no campo ou para lazer, esporte e aventura: ordenha,
cavalgadas, campeadas, torneios,comitivas, tropeadas ou outras denomin
denomina-
ções regionais, passeios de carroça, rodeio, hipismo;

48
• Pesca – compreende a prática da pesca amadora: pesque
pesque-pague,
pague, pesca em
rios, lagos, represas;

• Atividades esportivas – compreendem os jogos e disputas competitivas,


com a presença de normas definidas: corridas de moto,de biciclet
bicicleta, de aventu-
ra, rali, canoagem, caça e tiro;

49
• Atividades pedagógicas – atividades de cunho educativo que auxiliam no
processo ensino-aprendizagem,
aprendizagem, comumente promovidas por escolas e realiza-
realiz
das pelos respectivos grupos de estudantes. É o chamado Turismo Rural Pe- P
dagógico, um recurso motivador de aprendizagem, capaz de auxiliar na forma-
form
ção dos alunos – reforçando conceitos como o de cidadania, consciência ambi-
amb
ental e patrimonial – e de fornecer experiências de vida em grupo: aulas prát
práti-
cas interpretativas do ambiente, palestras informativas, vivências e experiê
experiên-
cias variadas nos ambientes visitados, incluindo participação em colheitas, o
or-
denhas,trato de animais;

• Atividades culturais
◦ Manifestações populares – acontecimentos ou formas de expressão rela- rel
cionados à música, dança, teatro, artes plásticas, literatura, folclore, saberes e
fazeres locais, práticas religiosas ou manifestações de fé: rodas de viola, folia
de reis, crenças, catira,rezas, novenas, “contação de casos”;

50
◦ Produção de artesanato – objetos produzidos manualmente ou com equi-
pamentos rudimentares, em pequena escala, característicos da produção de
artistas populares da região, utilizando matéria prima regional;

◦ Observação da arquitetura típica o ou histórica – contempla as construções


típicas do campo (açude, capela, curral, estufa), as técnicas e materiais cons-
con
trutivos peculiares ou da região (pau
(pau-a-pique,sapé,
pique,sapé, madeira, pedra e outros) e
as construções históricas(engenho, alambique, casa de farinh
farinha,
a, vinícola);

◦ Visita a museus e casas de cultura – locais destinados à apresentação,


guarda e conservação de objetos de caráter cultural ou científico: museu da
cachaça, museu do folclore, vinícola desativada, moinho;

51
Gastronomia – práticas e conhecimentos relacionados com a arte e técnica de
cozinhar. Relaciona-se
se com o aprendizado e a degustação de pratos de con-
co
sumo tradicionais da região,utilizando ingredientes locais.

• Atividades recreativas – compreendem jogos e brincadeiras, com a função


de diversão e entretenimento, além de equipamentos destinados a essa finali-
dade: jogos de tabuleiro, rodas cantadas, bingos, piscina natural, sauna a car-
ca
vão.

SUCESSÃO FAMILIAR NO AGRONEGÓCIO

A Organização das Cooperati


Cooperativas Brasileiras
(OCB) afirmou, em levantamento, que cerca
de 40% dos produtores rurais têm suas ffa-
mílias na atividade agropecuária há mais de
30 anos. Entre os filhos dos produtores,
34% têm alguma participação nas ativid
ativida-
des de seus pais.

52
Sucessão familiarr é, de fato, uma prática muito comum no setor do agroneg
agronegó-
cio. Transferir o poder e o patrimônio para as próximas gerações é algo que e-
xige planejamento e preparação: um negnegócio
cio pode ser prejudicado se os novos
responsáveis por ele não souberem como conduz
conduzi-lo
lo adequadamente.
Caso não seja feita da maneira correta, a sucessão, além de frear o crescime
crescimen-
to da empresa ou, até, colocar o empreendimento em risco, também pode af afe-
tar de maneira negativa a economia da região na qual o negócio está inserido.
A família
a sempre deve manter em mente que é a única responsável por repre-
sentar a rentabilidade e crescimento da própria organização.
A transmissão do patrimônio, portanto, só conseguirá ser bem
bem-sucedida
sucedida se feita
com responsabilidade, preparo e dedicação. Por isso
isso,, os atuais responsáveis
pela organização devem aprender a lidar com os principais desafios que p po-
dem aparecer durante o processo de sucessão.
Definição de cargos e funções

Em uma sucessão, é fundamental que,


antes do processo se concretizar de ffa-
to, haja um alinhamento das expectat
expectati-
vas entre as gerações. O preparo pode
demorar anos, mas o responsável atual
pelo negócio deve definir o papel dos
familiares no negócio (sócios, sócios e
gestores ou apenas gestores) com aante-
cedência, de acordo com seus perfis
profissionais e preferências.
Todos são proprietários e detém de determinada parte do valor do neg
negócio; al-
guns apenas funcionarão melhor em cargos de gestão, enquanto outros fig figu-
ram melhor como sócios.
Capacitação dos herdeiros
Não só definir quem ocupará cada
cargo, como também capacitá
capacitá-los pa-
ra que exerçam as funções com exc exce-
lência. É preciso preparar os herdeiros
de acordo com suas afinidades e futfutu-
ra participação no negócio.
Preparar os familiares para assumir os
novos desafios reduz a probabilidade
de que herdeiros inabilitados ou desinteressados com relação aos negócios

53
assumam
sumam uma posição estratégica na empresa, trazendo prejuízos para as ffi-
nanças
ças e para a imagem da empresa. Evita, também, que assumam funções
com as quais não têm interesse e perfil e
em trabalhar.
Problemas Pessoais X Problemas Profissionais
Em empresas familiares, é comum que em momentos em que deveriam estar
sendo discutidos assuntos profissionais, os membros tentem resolver questões
pessoais da família. Esse hábito deve ser excluído da rotina da organização:
problemas empresariais e familiares nunca devem estar em uma mesma co con-
versa.
Além de atrapalhar o desenvolvimento de uma questão interna, discutir assu
assun-
tos pessoais no ambiente de trabalho não traz uma boa impressão aos demais
funcionários.
Ausência de Diretrizes
A sucessão, para ser bem
bem-sucedida, de-
pende de uma estratégia que est
estabeleça
diretrizes para curto, médio e longo pr
pra-
zos. Testar diferentes cargos ou p posi-
ções para os familiares pode atrapalhar
– e muito – o andamento do n negócio.
Todo processo deve ser bem definido,
com prazos e metas a se cumprir.
Para reduzir as ameaças e os problemas
futuros, a recomendação é que a empr
empresa
sa crie um planejamento estratégico,
que acompanhe a dimensão, as pessoas e cada atividade desenvolvid
desenvolvida.
Choque Cultural
Os familiares a ocuparem novos cargos na empresa devem passar por trein
treina-
mentos e uma imersão na cultura organizacional do negócio para evitar poss
possí-
veis choques culturais com a nova realidade e parceiros. Em uma organização,
todos os colaboradores
boradores precisam falar a mesma língua, abandonando as que
ques-
tões relacionadas à hierarquia ou à influência familiar.

54
COMERCIALIZAÇÃO DE PRODUTOS AGRICOLAS
A prática de comercializar bens e/ou produtos, para muitos, é uma habilidade
inata, um dom para negócios, uma questão de bom senso. Para outros, trata
trata-
se de uma ciência e, portanto, apr
apre-
senta várias técnicas que, combinadas
a uma "filosofia" de como administrar
adequadamente as questões, podem
ampliar,
pliar, substancialmente, o sucesso
da comercialização agrícola.
A tarefa da comercialização agrícola
ou marketing de produtos agrícolas
deve ser dividida em seis diferentes
grupos de funções, que contribuem p pa-
ra o propósito geral, que é o sucesso da negociação.
Resumidamente, cada função ou gr
gru-
po de funções atende, em geral, às
seguintes proposições:
Função Contatual: Engloba as fu fun-
ções de compra e venda. Envolve o
processo de achar o mercado e de
descobrir compradores e vendedores
potenciais de um produto e fazer cocon-
tatos com eles. As perguntas feitas são
as seguintes:
- Quem são os compradores ou vendedores potenciais?
- Onde eles estão localizados?
- Como podem ser alcançados?
- Qual o melhor canal de comercial
comercialização
zação e os meios de comunicação?
Função Mercadológica: Refere-se
ao ajustamento feito aos
os bens para
atender às exigências do mercado.
Inclui o planejamento e o preparo do
produto para o mercado. Envolve sse-
leção do produto a ser produzido ou
estocado e decisões sobre detalhes
como tamanho,
manho, aparência, aprese
apresen-
tação, forma, embalagem, quantid
quantida-

55
des a serem
rem compradas ou produzida
produzidas,s, época de produção ou compra e linhas
de preços, entre outros. Constitui
Constitui-se
se das funções de beneficiamento, classifica-
classific
ção, padronização e embalagem. Envolve a coordenação do setor de venda
com a produção e do setor de compr
compra a com a revenda. Inclui determinação
determin de
qualidade, bem como a pesagem, embalagem e determinação de ma marca e dis-
tribuição em pontos estratégicos para estimular o interesse do cons
consumidor.
Função de Propaganda (Informação de Mercado): É responsável pela cria- cri
ção
ão de demanda ou condicionamento de compradores e vendedores a uma at ati-
tude favorável em relação ao produto ou ao
seu responsável. Inclui métodos usados ppe-
los vendedores e pelos compra dores para
influenciar compradores e ve
vendedores, res-
pectivamente. Normalmente,
mente, não tem sent
senti-
do numa economia de baixo consumo e de
produtos agrícolas básicos, mais cresce em
importância
cia na comercial
comercialização de vários
produtos que permitem maior agregação de
valor. Entretanto, na maioria das vezes a
função da propaganda, no caso mais específico de produtos agrícolas,
agríc exerce
maior papel de informação de merc
mercado
do do que de publicidade ou influência
i pa-
ra consumo.
Função de Estabelecimento de Preço: Refere-se se à busca do melhor preço e
a sua fixação. Um preço deve ser alto o ssu-
ficiente para compensar a sua pr produção e
baixo o suficiente para induzir os comprad
comprado-
res a aceitá-lo.
lo. Os preços não são só sisim-
ples função da oferta e procura, d dependem
também de outros fatores como demanda
esperada; custo de produção e venda; pr pre-
ços dos competidores. s. É um prprocesso de
tentativa e erro e inclui estudo de demanda,
oferta, elasticidade, competição, monopólio, segmentação de mercado e dif
dife-
renciação de produto.
Função de Distribuição Física: Refere-se se à colocação de bens no mercado
no tempo certo e no lug
lugar
ar certo. É o suporte físico à movimentação ou fluxo
das mercadorias. Inclui as funções de transporte e armazenamento.
Função de Terminação: Uma vez estabelecido o contato entre vendedores e
compradores, torna-se
se necessário "negociar", chegar a um acordo ssobre pelo
menos três pontos essenciais:

56
a) qualidade;
b) quantidade; e
c) preços.
Assim, a função de terminação refrefe-
re-se
se à conservação do processo de
comercialização ou efetivação da
transação comercial. Todavia, essa
função envolve um aspecto mais a am-
plo do que a pura negociação sobre
o estabelecimento de datas de entr
entre-
ga, condições de crédito, garantias e assistência; envolve, também, os aspe
aspec-
tos morais (às vezes) e legais do vevendedor,
dedor, com relação aos compromissos
assumidos sobre o produto e sobre a transferência de sua posse. Inclui, ainda,
as funções de financiamento e de aassunção de risco.
Comercialização x Utilidade x Valor Agregado
Os desejos dos consumidores reais e p po-
tenciais podem ser traduzidos em termos
das utilidades que a comercialização in-
corpora aos bens e serviços. A utilidade é
a qualidade que faz com que um bem seja
desejado ou procurado; é a capacidade
que possui um bem ou serviço de satisf
satisfa-
zer a uma necessidade ou a um desejo.
Nesse aspecto, a definição de comercialização como "o p processo
rocesso que cria e
transfere utilidades" é particularmente significativa, principalmente do ponto de
vista didático e funcional. O processo que cria e transfere utilidades é a própria
“função” da comercialização, já o conceito de utilidade envolvido nessa defini-
ção torna mais concreto o significado da função de comercialização à medida
que cada uma das funções possui uma utilidade específica ou grupo de utilidutilida-
des.
O conceito de utilidade também pode ser entendido, na prática, como o conce
concei-
to de valor adicionado
onado ou agregado. Ou seja, quando se incorpora uma utilid
utilida-
de ao produto, através de uma função de comercialização, o produto tem o seu
valor aumentado, que pode ser igual ou maior que o custo de fazer tal função
de comercialização.
Há vários tipos de utilidades
idades de ccomercialização, tais como:

57
Utilidade de Forma: é a satisfação
que o consumidor tem da forma como
o produto se apresenta para consconsu-
mo. Exemplo: leite pasteurizado, leite
em pó, leite aromatizado, leite co con-
densado,
do, entre outros. Dar utilidade
de forma
ma ao produto é uma função
particular
lar da comercialização que ppo-
de desempenhá-la la através de dive
diver-
sas funções,
ções, por exemplo, através do
beneficiamento, do processamento
cessamento industr
industrial.
Utilidade de Tempo: é a satisfação
que o consumidor tem de poder contar
com
om o produto na hora desejada ou
procurada. Dar utilidade de tempo ao
produto é, por exemplo, ter um prod
produ-
to armazenado para ser consumido
sempre que se desejar. O armazen
armazena-
mento desempenha essa função.
Utilidade de Lugar: é a satisfação que o consumidor ttem
em de encontrar o pro-
pr
duto ou serviço no lugar onde ele o
deseja ou procura. Dar utilidade de llu-
gar ao produto é transportá
transportá-lo ade-
quadamente para o lugar desejado
pelo consumidor.
dor. A função de tran
trans-
portes desempenha essa função.
Utilidade de Posse: é a satis
satisfação
que o consumidor tem em possuir um
bem ou serviço. Dar utilidade de po
posse
se ao produto é fazer tudo que facilite a
sua aquisição pelo consumidor, e esta é uma função da comercialização que é
desempenhada por meio de várias o outras
tras funções como, a função de financia-
mento ou um sistema de crédito ao cocon-
sumidor na aquisição de um bem ccaro,
por exemplo; através da função de e em-
balagem que facilita o transporte da
mercadoria; através da função de pr pro-
paganda, que divulga adequadamente o
produto influenciando a sua aquisição,
entre outros.
Utilidade Social: é a satisfação que o
58
consumidor tem de consumir um prod
produto
to ou serviço que proporciona bem-estar
bem
para a comunidade. Dar utilidade ssocial
cial a um produto é colocar alguma quali-
qual
dade no produto que resulte em bem
bem-estartar para a sociedade como um todo, e
isto pode ser feito, por exemplo, no caso de se usar uma embalagem não não-
poluente ou biodegradável.
Utilidade de Segurança na Expectativa
Expectativa:
é a satisfação que o consumidor tem na
segurança de expectativa com relação a
uma promessa qualquer na comecomercializa-
ção de um produto ou serviço, como qu qua-
lidade, assistência técnica, pr
prazo de pa-
gamento, juros, atendimento. Dar util
utilida-
de de segurança de expectat
expectativa a um
produto, por exemplo, é garantir que a sua qualidade irá durar o per
período de
tempo
po prometido ou anunciado.
OFERTA E DEMANDA NO AGRONEGÓCIO

Nos últimos dez anos, as exportações


brasileiras de produtos agropecuários
vêm se elevando consideravelmente,
sobretudo no que se refere às carnes
suína, bovina e de frango. Com esse
direcionamento
irecionamento da produção para o
setor externo, o equilíbrio interno entre
oferta e demanda agrícola poderia so-
frer um descompasso, e o País passpassa-
ria por um possível desabastecimento
interno. Produtos
rodutos como carnes bovina,
suína e de frango ocuparam, aprox aproxi-
madamente,
adamente, 5,1% da pauta de expo expor-
tação do Brasil.
A importância que as culturas voltadas
para exportação vêm ganhando na a-
gricultura brasileira deve
deve-se, em gran-
de parte, ao papel de estabilizador, iin-
terno e externo, atribuído a esse setor
principalmente a partir de 1994, na medida em que colabora para a estabilid
estabilida-
de de preços e auxilia o equilíbrio das contas externas.

59
Arroz e feijão não são produtos representativos em termos de exportação e iim-
portação, já que o País produz quase a totalidade do que consome
consome, sobretudo
no caso do feijão, cujo consumo é tipicamente brasileiro
A produção de alimentos na economia brasileira vem sofrendo alterações de des-
de a década de 1990, principalmente, haja vista grande parte dos recursos a-
grícolas do País vir sendo deslocada p para
ara a produção de bens exportáveis.
Dessa forma, a demanda por alimentos brasileiros pode ser dividida em: inte
inter-
na – representada pelo arroz e o feijão; e externa – representada pela carne
bovina, carne suína e carne de frango. Pode
Pode-se se dizer que ambas as demandas,
d
interna e externa, são concorrentes entre si, já que o aumento dos recursos p
pa-
ra o atendimento de uma reduz os recursos disponíveis para o da outra
outra.
Tanto a demanda externa quanto a interna dependeriam, basicamente, dos
preços domésticos (uma ele elevação
vação desses tornaria as culturas voltadas para o
mercado interno mais atraentes); da tta-
xa de câmbio; do preço externo; do tta-
manho da população; da renda per ca cap-
ta; e da distribuição de renda.
Não se pode falar da demanda sem se
fazer comentários sobre os fatores que
afetam as ofertas externa e interna de
alimentos, pois, tanto a oferta externa
quanto a interna dependem, basicame
basicamen-
te, dos preços de exportação, dos prpreços
ços internos, da taxa de câmbio, da mu-
m
dança tecnológica dos produtos de exportação em relaçã
relação
o aos bens domésti-
domést
cos, assim como do risco econômico dos bens exportáveis em relação aos não
comercializados externamente. Além de depender dessas variáveis, a oferta iin-
terna depende também do custo de oportunidade do fator trabalho na pequena
produção agrícola.
ícola. Uma elevação da taxa de câmbio aumentaria a demanda
externa por produtos brasileiros, na medida em que nossos produtos se torntorna-
riam mais baratos. Isso acabaria motivando a oferta de exportação, e os recu
recur-
sos destinados à produção de bens voltados pa para
ra o abastecimento da deman-
dema
da interna seriam deslocados para atender a um crescimento da demanda e ex-
terna. As elevações do preço dos produtos exportáveis aumentaram o intere
interes-
se do produtor por essas culturas e, consequentemente,, incentivaram o cres-
cre
cimento das
as pesquisas voltadas para tais atividades. Um exemplo disso oco ocor-
reu em relação à soja: a melhora no preço externo tornou o grão extremamente
atraente para os produtores, estimulando pesquisas que possibilitaram o cultivo
dela em regiões nas quais isso era antes inviável.

60
INSUMOS AGRICOLAS PARA O AGRONEGÓCIO

Sendo o líder mundial na produção agropecuária sustentável, o Brasil é exem-


exe
plo para muitos países que estão modificando as formas de cultivo.
Com algumas melhorias nas limitações referentes aos insum
insumos
os agrícolas, é
possível aumentar ainda mais a produtividade.
Diante de uma realidade de grande cobrança por parte dos países importad
importado-
res — principalmente na conquista de
certificações de qualidade — é preciso
cada vez mais criar novos produtos de
controlele biológico para substituir os co
con-
vencionais.
Integrando lavoura, pecuária e floresta,
os insumos agrícolas na produção bras
brasi-
leira podem ser a resposta para ampliar a
participação dos produtores orgânicos
tanto no mercado interno quanto externo.
A importância do sistema agroflorestal na produção
A história da agricultura brasileira está nitidamente ligada à devastação amb
ambi-
ental. Ao longo de vários anos, florestas foram disseminadas tanto para o de-
d
senvolvimento de culturas quanto de pasto voltado à pecuá
pecuária.
Agora, diante da problemática do crescimento populacional, que exige uma
maior produção agrícola, se faz necessária a implantação de um sistema agr
agro-
florestal, com o objetivo de combater a monocultura e ainda melhorar a qual
quali-
dade dos produtos comercia
comercializados.
Com uma utilização mais inteligente do solo, além do espaço físico, esse tipo
de plantio pode utilizar insumos fitossan
fitossani-
tários destinados à agricultura orgân
orgânica,
ou seja, mais produtores precisam acom-
panhar esta tendência, de olho na rredução
do impacto ambiental.
Vale ressaltar que os insumos são de ba
bai-
xa toxidade, contribuindo para uma prod
produ-
ção mais efetiva e com respaldo legal —
ou seja, podem ser comercializados no nor-
malmente. Inclusive, o incentivo à biod
biodi-
versidade é outro caminho que se apr
apresenta
enta como um ponto positivo.

61
Dessa maneira, os produtores podem enfrentar uma quantidade bem menor de
problemas relacionados com pragas e doenças que geralmente atingem as
plantações convencionais no modelo de monocultura com insumos agrícolas
legalizados por meio do decreto nº 6913, de 23 de julho de 2009.
A substituição dos agroquímicos pelo controle biológico
A agricultura orgânica brasileira tem nesse tópico um dos principais desafios.
Uma vez que a aplicação dos defensivos agrícolas é muito utili
utilizada
zada nas planta-
plant
ções convencionais, aumentando consideravelmente a produção e também os
riscos à saúde.
No entanto, o uso das novas tecnologias e dos insumos agrícolas mais susten-
suste
táveis se apresenta como uma alternat
alternati-
va para ampliar a participação dos o orgâ-
nicos nos diferentes tipos de merc
mercado.
Inclusive, os insumos sustentáveis são a
aposta para aumentar a competitividade,
ampliando a produção e a comercializ
comercializa-
ção dos orgânicos.
Nesse cenário, o controle biológico é
uma boa resposta para garantir
a qualidade
idade dos produtos, destinando
uma maior confiabilidade aos consum
consumidores
dores assim como os órgãos fiscalizado-
fiscalizad
res.
O fortalecimento do solo
Sabendo que o solo brasileiro não é tão rico em nutrientes, o desenvolvimento
de insumos que resolvam essa limit
limita-
ção
o pode ser uma boa resposta para
melhorar
lhorar a participação da produção
agrícola brasileira.
Uma alternativa incentivada por pe
pes-
quisadores é a adubação verde
e compostagem — métodos que estão
conquistando cada vez mais agricult
agriculto-
res orgânicos.
A tendência é que
ue novos fertilizantes
orgânicos entrem no mercado para atender a demanda que surge em rrazão da
necessidade de fortalecimento do solo.

62
A adubação biológica e orgânica também vem sendo muito defendida por pro-
pr
dutores em torno do combate às pragas sem que ac
aconteça
onteça uma agressão ao
meio ambiente.

COMPRA CONJUNTA DE INSUMOS


Uma das saídas para economizar diante os altos custos de produção a compra
conjunta de insumos entre produtores pode gerar economia de até 15% na a-
quisição de sementes, por exemplo. Na regi
região
ão Sul de Mato Grosso chega a
62,5% o número de produtores que
praticam esta modalidade de compra
de insumos.
A compra conjunta de insumos já é
praticada em Mato Grosso há algum
tempo e proporciona redução de cu cus-
tos aos produtores, principalmente d di-
ante de uma tendência de rentabilid
rentabilida-
de baixa, como a prevista
revista para a safra
2014/2015.
De acordo com dados do projeto Referência, feito há sete anos pela Associ
Associa-
ção dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja
(Aprosoja--MT), a econo-
mia na hora de comprar fertiliz
fertilizantes
antes pode chegar até 10% de adquiridos em
conjunto. Já as sementes até 15% de ecoeconomia.
Segundo o projeto, a economia na compra de adubos variou de 9,7% a 11,6%,
dependendo do fertilizante utilizado. Já no caso da aquisição da semente de
soja a compra em conjunto proporciona ao produtor economizar de 11,7% a
36,2%. “
As informações quanto a rentabilidade na compra conjunta de insumos foi feito
com base em relatórios de 168 propriedades rurais atendidas pelo Projeto R Re-
ferência, em 36 cidades. Foram avaliado
avaliadoss 207 mil hectares utilizados na produ-
prod
ção de soja, milho, milho pipoca, feijão, girassol, algodão, pecuária de corte,
milho
lho branco, arroz, crotalária e milheto.
Uma parceria entre o Sebrae e os fruticultores de Pirapora, no Norte de Minas,
vem sendo uma solução
lução para diminuir os custos de produção. Por meio do Pr
Pro-
jeto Educampo Fruticultura os produt
produtores
res da região conseguem economizar até
30% na compra de insumos. O programa conta com a adesão de ce cerca de 20
produtores de uva, banana e cítricos
cítricos.

63
O Projeto Educampo
ucampo Fruticultura surgiu
a partir do programa Gestão Avançada,
uma iniciativa do Sebrae, criada em
1997 em Minas Gerais e idealizada
como modelo de assistência gerencial
e tecnológica para grupos de produt
produto-
res de uma mesma atividade econôm
econômi-
ca.
De acordo com o consultor técnico do
Educampo, Saulo David Rezende, a
prática de compra em conjunto é fu fundamental
damental para a aquisição de produtos
mais em conta. Para isso, os produt
produtores
res informam antecipadamente suas de-
d
mandas de compras para fazer as cot cotações. “Fizemos a primeira compra em
janeiro deste ano e conseguimos uma economia de 31%. Na segunda compra,
feita em abril, economizamos 25%. A terceira compra ainda está sendo fech fecha-
da, mas a expectativa é que seja ma mantida
tida essa média de redução de custos”,
afirma. Para ele,
le, o sucesso da iniciativa pode chegar a outras cadeias produt
produti-
vas e a intenção, em breve, é ampliar p para outros grupos.
“Esta prática veio ao encontro de uma das principais necessidades dos prod
produ-
tores, que é a diminuição do custo na compra de insumos. Co
Comm essa economia
eles tendem a ser mais competitivos no mercado de venda de frutas”, enfatiza
Wanderson Rodrigues, analista técnico do Sebrae e gestor regional do projeto.
União faz a força
Rubens Shigueru produz uva, banana e tangerina. Ele destaca a impor
importância
do Projeto Educampo por facilitar as compras coletivas. “Acredito que a união
faz a força. Além da economia, o grupo gera também uma troca de experiência
que acrescenta muito para nós produtores”, pontua.
Já o produtor de banana Edson Yukio Sassak é defensor da compra coletiva e
acredita que as ações realizadas em grupo devem ultrapassar a gestão finafinan-
ceira. “Além da economia na compra de insumos, tratamos de outras questões
como qualificação rural, manejo de irrigação, consultoria e apoio para viage
viagens
técnicas”, explica.
COOPERATIVAS AGROPECUARIAS

O cooperativismo agropecuário tem importante participação na economia bras


brasi-
leira, sendo responsável por quase 50% do PIB agrícola e envolvendo mais de
1 milhão de pessoas. Dentre todos os ramos de atuação d do
o cooperativismo
brasileiro, o agropecuário tem papel de destaque, com 1.597 instituições e
180,1 mil produtores cooperados. Estima
Estima-se
se ainda, segundo dados do Censo
64
Agropecuário do IBGE (Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística), que 48% de tudo
que é produzido no campo brasileiro passa,
de alguma forma, por uma cooperat
cooperativa.
As cooperativas agropecuárias contribuem
para manter o agricultor no campo, fome
fomen-
tando a comercialização de seus produtos e
fornecendo serviços a seus cooperados. VVá-
rios benefícios
ios são oferecidos aos cooper
coopera-
dos, sendo possível destacar:
Inclusão de produtores, independentemente
de seu tamanho e sistema de produção;coordenação da cadeia produtiva em
relação horizontal;geração e distribuição de renda de forma equitat equitati-
va;prestação de serviços e o acesso e adoção de tecnologias aos seus coop
coope-
rados;economias em escala nos processos de compra e venda, isto é, barg
barga-
nha adquirida nas compras e nas vendas coletivas;acesso a mercados, que
isoladamente
ladamente seria mais complicado; e
agregação de valor à produção dos ccoo-
perados.
Os produtores que aderem às cooperat
cooperati-
vas agrícolas descobrem as vantagens
de atuar coletivamente, principalmente
nos momentos de compra dos insumos e
de venda da produção. Adicionalmente,
podem contar com o poder de reduzir
custos com armazenamento e transpo
transpor-
te.
O cooperativismo se apresenta como uma opção de correlação entre as defin
defini-
ções dos capitais humano, social e empresarial, fatores fundamentais para a
promoção do desenvolvimento sustentável regional e local, para pod
poder compe-
tir em um mercado global. Nessa perspectiva, o surgimento dessa forma de
cooperação significa a busca pela melhoria da qualidade de vida do produtor e
um meio alternativo concreto de desenvolvimento sustentável local, por apr
apre-
sentar afinidade com o conceito de capital empresarial. Em sua essência, cca-
racteriza-se
se por uma forma de produção e distribuição de riquezas baseada em
princípios como ajuda mútua, igualdade, democracia e equidade.
Entretanto, os desafios que se apresentam ao cooperativismo são muitos, e em
especial, a educação cooperativista. Muitos de nossos produtores e coop
coopera-

65
dos ainda tem dificuldades de co
compreender
preender o papel de uma cooperativa e de
seus benefícios.
Objetivo das Ações:
Consolidar e fortalecer a atuação do
sistema cooperativista
sta em todos os
seus ramos e do associativismo rural,
participando dos processos de criação
de trabalho e emprego, de produção de
alimentos, de geração e distribuição de
renda e da melhoria da qualidade de
vida das comunidades rurais e urb urba-
nas.

Quem beneficia:
• Produtores rurais organizados em cooperativas ou associações rurais; e
• Cooperativas em geral, tanto as ligadas
às atividades rurais quanto as const
constituí-
das no meio urbano, e suas entidades
representativas.
Qualquer atividade agropecuária nada
maiss é do que uma atividade econômica
onde o produtor planta, cria, produz e
muitas vezes até industrializa, tendo cco-
mo finalidade escoar seu produto e obter
lucros com isso. Esse é o objetivo final do produtor rural obter lucro com a sua
produção. Tendo isso em mente, todo o processo produtivo, administrativo e
comercial precisa ser bem feito e bem pl planejado.
nejado. Muitas vezes, um produtor
não consegue atingir suas metas, simple
simplesmente
mente por não ter feito um planeja-
planej
mento eficiente e o maior erro ou "furo" no planejam
planejamento
ento é não ter meios efici-
efic
entes para escoar a produção. É aí que pode entrar a atuação das cooperat
cooperati-
vas agrícolas.
Quais são as funções das cooperativas agrícolas? No que elas podem auxiliar
os produtores rurais? Originalmente, e por vocação principal, as cooperativas
agrícolas servem para conseguir escoar, da melhor maneira possível, a prod
produ-
ção agropecuária. Um produtor de leite, por exemplo, pode vender toda a sua
produção para uma cooperativa de produtores de leite, sem ter que se preoc
preocu-
par em correr atrás
rás de compradores e de bons preços para seus produtos. Os
preços de compra praticados pelas cooperativas costumam ser razoáveis e jujus-

66
tos, pois se isso não ocorre, os
próprios cooperados vão querer
saber as razões
zões e corrigir poss
possí-
veis injustiças.
Com o produto
oduto da produção de
muitos produtores rurais, as co
coo-
perativas conseguem
seguem fazer gra
gran-
des negócios, inclusive na área
de exportação. São neg negócios
que, individualmente, os coop
coope-
rados nunca teriam condições de
efetuar.
Além da parte comercial, a maioria das co cooperativas
operativas mantém uma equipe de
técnicos, veterinários e agrônomos para dar suporte aos produtores, garantindo
maiores e melhores produções, o que é interesse tanto do cooperado quanto
da cooperativa. Essa assessoria técnica é muito valiosa, principalmente
principalmente, para
quem está iniciando a sua produção. Se um proprietário rural pretende iniciar
uma plantação ou criação, deve sempre procurar a cooperativa mais próxima,
filiar-se
se e começar a usufruir das facilidades que esta lhe oferecer. As cooper
coopera-
tivas também prestam
stam serviços para o produtor, como o beneficiamento de cca-
fé, pasteurização de leite, embalagem de produtos, etc.
Muitas vezes, os benefícios são indiretos, como acabar se relacionando com
outros produtores e conseguir informações vitais para o empreendi
empreendimento. É um
lugar de referência, utilizado para contratação de mão de obra, fonte de info
infor-
mações e auxílio técnico, comercialização da produção e, ainda, onde se cocom-
pra materiais e produtos agropecuários, pois a maioria das cooperativas dispõe
de uma ou mais is lojas para atender não só os cooperados mas como toda a
comunidade local.
Existem cerca de 1000 cooperativas espalhadas por todo o país. Muitas delas,
são cooperativas especializadas em um determinado tipo de produto. Por e-
xemplo, cooperativa de produt
produtores
ores de cana ou de criadores de gado ou de pro-
pr
dutores de café, etc. Se na mesma região, o produtor rural puder optar entre
duas ou mais cooperativas, este deve verificar quais são as vantagens que cca-
da uma oferece e se decidir pela melhor. Muitas vezes, é interessante fazer
parte de mais de uma cooperativa, pois as vantagens podem ser complement
complementa-
res e, em certos casos, uma cooperativa pode estar praticando preços mas
vantajosos. É apenas uma questão de analisar o que cada uma oferece.

67
Veja as cooperativass habilidades e desabilitadas hoje no Brasil

( http://www.mda.gov.br/sitemda/pagina/cooperativas
http://www.mda.gov.br/sitemda/pagina/cooperativas-habilitadas )

Cooperativas agrícolas: vantagens para pequenos agricultores

Entre os muitos desafios enfrentados pelos pequenos agricultores, a comerci


comercia-
lização de seus produtos e a compra de
insumos e suprimentos necessários para
a produção rural estão entre os principais.
Como eles competem diret diretamente com
grandes produtores rurais, quque entregam
seus produtos a preços extremamente
competitivos e lucram pelo volume de
vendas, o escoamento da produção por
meio das cooperativas acaba sendo a
melhor
lhor forma de garantir a comercializ
comercialização
ção a preços justos para pequenos a-
gricultores.
Assim, as cooperativas
operativas rurais funcionam
como depósitos e centrais de benefici
beneficia-
mento e distribuição de produtos. Elas rre-
cebem e beneficiam a produção de divediver-
sas maneiras – envasamento, produção
de alimentos derivados, descascamento
de grãos e ensacamento, por exemplo.
Feito isso, repassam ao mercado em vvo-
lume, o que permite preços mais atrativos também para o comprador final. Da
mesma forma, essas cooperativas rurais adquirem insumos como fertilizantes,
sementes e maquinário variado em maior escala, o que permite a com
compra a
preços mais acessíveis e que são repassados aos seus associados.
A troca de experiência entre os associados e a criação de uma rede de neg
negó-
cios interna são outras vantagens das cooperativas rurais. Isso significa, por
exemplo, que um produtor de milh
milho
o e cana de açúcar pode selar uma parceria
com criadores gado, avicultores e suinocultores fornecendo
fornecendo-lhes
lhes sua produção
de maneira direta.
Para o fornecedor, a redução de intermediários e a garantia de escoamento da
produção são aspectos extremamente vanta
vantajosos.
josos. Para o comprador, a garan-
gara
tia de insumos a preços atraentes e advindos de fornecedores confiáveis são
as maiores vantagens.

68
INOVAÇÃO NO AGRONEGÓCIO

O agronegócio brasileiro é um setor de extrema importância para a economia


nacional, o setor hoje é re
responsável
sponsável por cerca de 30% do PIB nacional, res-
re
ponde por quase metade dos valores gerados na exportação e emprega em
torno de 37% da população economicamente ativa, o que deixa mais explícito o
tão importante que é o agronegócio, ajudando a economia, coloc
colocando alimento
na mesa de muitas famílias, gerando emprego e renda, e promovendo o d de-
senvolvimento econômico do país e do mundo.
A geração, adaptação, transferência e a-
doção das inovações tecnológicas pelo
setor
tor produtivo agropecuário, tem tido ppa-
pel preponderante
onderante no sucesso do agrone-
gócio brasileiro. Foram criadas e incorp
incorpo-
radas pelos agricultores cent
centenas de vari-
edades de grãos, hortaliças, forrageiras e
fruteiras adaptadas às d diferentes condi-
ções de solo e clima, sistemas de cultivos,
como por exemplo, rotação
tação de culturas,
diversificação da produção, PD, implant
implantação de uma agricultura
tura sustentável,
entre outros, além do reconhecimento de pragas e doenças, através da ciência
& tecnologia. Desenvolveram
Desenvolveram-se se linhagens e cruzamentos superiores de ani-
an
mais com expressivos
xpressivos ganhos de produtividade, rusticidade e tolerância a d
do-
enças e as práticas de manejo do processo produtivo, adequ
adequadas
das às diferentes
condições
ções de recursos naturais e soci
socio-
econômicos.
Esses avanços têm possibilitado ao a-
gronegócio ocupar posição de destaque
no processo de desenvolvimento brasbrasi-
leiro. Há provimento adequado de al ali-
mentos no mercado interno, oferta de
matéria-prima
prima para a agroindústria, m
mo-
vimentação da indústria de insumos e do
setor de prestação de serviços e const
constitui-se em fator relevante
vante na geração de
divisas, sendo uma das âncoras das nossas exportações.
Todo esse desenvolvimento é proporcionado devido a união de diversos prod produ-
tores e agricultores, que em suas regiões produzem, em um cenário de incert
incerte-
zas, onde variáveis externas af
afetam
etam o empreendimento, tais como condições
climáticas, mercado, variáveis tecnológicas, políticas, entre outras, e mesmo
assim, conseguem atingir altos níveis de produtividade, e precisam lidar com os

69
custos de produção (insumos, mão
mão-de-obra, etc.) que são incertos e podem ser
cruciais no processo produtivo.
Contudo, não se deve pensar que o agronegócio é coisa apenas de grande
produtor rural. Dele participam desde os agricultores altamente competitivos
até os agricultores familiares. A principal diferença está na escala de produção,
e em um mercado futuro, altamente competitivo, os pequenos só sobreviverão
caso participem de processos de cooperação entre diversos atores da cadeia
produtiva, principalmente entre os próprios agricultores familiares. Não resi
resisti-
rão os agricultores, pecuaristas e agroindústrias que não se adequarem às n no-
vas exigências do mercado, o que significa iin-
corporarem inovações tecnológ
tecnológicas e conheci-
mentos que os tornem competit
competitivos. Por isso, a
relevância dos investimentos em Ciência &
Tecnologia.
Portanto, para o futuro temos alguns desafios:
desenvolvimento de biotecnologias com bioss
biosse-
gurança, respeitando tanto as vantagens conf
confe-
ridas aos produtores (alta produtividade, baixos
custos, etc.) bem como as exigências dos co consumidores (qualidade,
idade, seguran-
segura
ça, etc.). Enfim, o mercado está cada vez mais competitivo e exigente, e se a-
dequar a ele, é algo primordial para continuidade de um avanço de produtivid
produtivida-
de e tecnologia no campo.

5 DICAS PARA INOVAR A EMPRESA RURAL


O crescente mercado de p produtos
rodutos provenientes de pequenas propriedades ru- r
rais praticantes de agricultura familiar tem feito surgir várias oportunidades para
esses produtores. O mercado consumidor tem recebido com grande entusia entusias-
mo produtos com menos agrotóxicos e que são mais bem cuidados pelo agri- agr
cultor.
Por isso, trouxemos cinco dicas para que os produtores rurais que lidam com a
agricultura familiar possam aumentar sua produtividade sem reduzir a qualid
qualida-
de dos seus produtos. Dessa forma será possível fazer a propriedade rural
render
nder mais sem ampliar a carga de trabalho ou precisarem aumentar a equipe:
1 – Vincule-se
se a cooperativas rurais e associações que apóiam a agricul-
tura familiar.

70
As cooperativas e associações de produt
produto-
res rurais são armas muito úteis ao agr agro-
negócio familiar,
r, pois abrem portas de papar-
ceiras entre produtores e poss
possibilitam tam-
bém a utilização de linhas de crédito espespe-
ciais para o ramo. Além disso, ainda são
ampliadas as oportunidades de cursos de
profissionalização voltadas para os agragricul-
tores rurais, o que estimula o aprendiz
aprendizado do de novas práticas para aumentar a
lucratividade
cratividade da propriedade rural. As associações e cooperativas rurais de
modo geral auxiliam o produtor a crescer o seu negócio e se fazer mais prese
presen-
te no mercado de sua região.
Existem exemplos de cooperativas e associações que provêm ao produtor rural
tecnologia quando um sozinho não tem possibilidade de adquirir máquinas de
colheita e cultivo de terra como perfuradores de solo e roçadeiras. São nesses
casos que podemos entender como esse tipo d dee parceria pode trazer mais be-
b
nefícios ao produtor rural, permitindo um crescimento muito mais rápido em seu
negócio.

2 – Profissionalize a equipe de sua propriedade rural


A profissionalização das equipes de agricultura familiar tem ajudado muito as
propriedades
riedades rurais a renderem mais, pois possibilitam a utilização de técnicas
de plantio, colheita e outros itens mais eficazes – o que ajuda na melhoria da
qualidade dos alimentos.
Além disso, ao estudar todas as possib
possibi-
lidades da agricultura, os membros de
sua família que atuam na propriedade rru-
ral têm a chance de adotar sistemas
mais sustentáveis e permitirem que a
família retire da terra e das demais ativ
ativi-
dades do agronegócio todo o seu su sus-
tento,
to, mas se mantendo de forma prod
produ-
tiva por mais tempo.
Os atuantes
tes na propriedade rural de negócios relacionados à agricultura famil
famili-
ar podem buscar cursos técnicos
técnicos-profissionalizantes,
profissionalizantes, assim como cursos a dis-
di
tância para quem não tem a possibilidade de reservar um período maior da
semana para o estudo. Tanto os SENAC’
SENAC’s s quanto os Institutos Federais pre-
pr
sentes em todos os estados do país podem ajudar na profissionalização de
uma equipe interessada em melhorar a produtividade no campo.
71
3 – Busque tecnologia para mais produtividade em sua propriedade rural
Um dos principaisis desafios do produtor rural é produzir mais com sua pequena
estrutura. Para isso, é necessário iin-
vestir em maquinário, que o auxiliará
a otimizar
mizar e ampliar a sua produção
ao diminuir o tempo de execução em
várias etapas
tapas do processo produtivo,
além do ganho
ho em eficiência.
Seja no maquinário para plantio, cco-
lheita ou para operação do negócio
de agricultura familiar, o produtor rru-
ral pode aumentar sua produtividade
e ainda assim aumentar a qualidade dos produtos ofertados devido a agilidade,
já que eles estarão
rão em melhores condições por mais tempo.
4 – Implante gestão profissional
Assim como a profissionalização p po-
de ajudar na melhoria real da prod
produ-
tividade de uma propriedade rural, a
gestão profissional dessa propried
proprieda-
de rural também é fundamental para
que o negócio da família possa re ren-
der mais financeiramente. A atenção
com impostos, logística e organiz
organiza-
ção financeira do negócio é muito importante para que a propriedade rural gere
à família maior lucratividade ao fazer as escolhas de negócio corretas.
Quando o falamos sobre a profissionalização da equipe essa questão da gestão
é um tópico que certamente também fará parte do estudo de quem for buscar
mais informações para melhorar seu trabalho no campo. A importância da geges-
tão profissional está em elevar a pro
propriedade
priedade rural a um patamar de negócio e
eliminar a ideia de que a propriedade rural deve servir apenas a subsistência
do produtor rural e sua família.
5 – Busque tecnologia de gestão
Para auxiliar o produtor rural nesse amadurecimento do seu negócio a dic
dica é
estudar algumas das opções de softwares de gestão rural disponíveis no memer-
cado. Ele contribuirá para melhorar a organização do agronegócio, bem como
definir processos de controle que e englobam
globam desde a gestão financeira até a
gestão de insumos, logística
logística, vendas, negociações e tudo mais.

72
Com um software de gestão rural o prpro-
dutor pode economizar tempo nas que
ques-
tões relativas à gestão do negócio, algo
que em geral acaba por exigir muita a-
tenção. Com a economia de tempo na
gestão de negócio o agricultor pod
pode se
preocupar mais com o produto, o que
sempre foi o seu foco, e assim manter sua qualidade.

AGRICULTURA 4.0

A agricultura 4.0, também chamada de agricultura digital, baseia


baseia-se na tecnolo-
gia de ponta, na automatização de processos e na análise de dados em larga
escala na produção agrícola.
Quando utilizadas em conjunto, e es-
sas técnicas têm como objetivos
principais: melhorar a produtividade
agrícola e a eficiência na utilização
de insumos, reduzir custos, aumentar
a segurança dos trabalhadores e d di-
minuir os impactos ambientais ca cau-
sados pela atividade agrícola.
A agricultura 4.0 surge como uma importantíssima ferramenta, pois a aplicação
de técnicas sustentáveis no campo deixou de ser uma “tendência revolucion
revolucioná-
ria” e se tornou um imperativo e uma garantia do abastecimento da cadeia pro-
pr
dutiva de alimentos para as próximas gerações.
Desde a aplicação de técnicas de melhoramento genético de sementes e util
utili-
zação de biotecnologia para a cri cria-
ção de cultivares mais produtivas e
adaptadas
das ao meio, passando por iin-
tervenções
ervenções pontuais na lavoura e
melhorias
lhorias de logísticas no transporte
e distribuição da produção, a agricu
agricul-
tura digital tem o poder otimizar o
uso de recursos naturais e aumentar
a produtividade — ao mesmo tempo
em que diminui ao máximo os impaimpac-
tos ao meio ambiente.

73
Bom demais para ser verdade? Nada disso! Confira abaixo 7 tecnologias de
agricultura sustentável já disponíveis no mercado e que você não pode mais
ignorar! Confira!
1. Conheça a agricultura de precisão
Todo gestor agrícola sabe que as cca-
racterísticas
ísticas das áreas de plantio não
são uniformes. Cada pedaço da ffa-
zenda necessita de quantidades e tti-
pos de insumos
mos diferentes. Entretanto,
a solução
ção de entender grandes áreas
como homogêneas,
gêneas, utilizada em larga
escala pelos produtores, prevê a aplapli-
cação de quantidades
tidades de adubos, fert
ferti-
lizantes e insumos iguais em toda a
propriedade, considerando
derando uma média. O result
resultado?
do? Discrepâncias e não uni-
un
formidade de produção.
É exatamente nesse ponto que entra a agricultura de precisão. Com a utiliz
utiliza-
ção de tecnologias de
e referenciamento e posicionamento dadas por sistemas
de GPS avançados, é possível gerir o campo metro a metro.
Dessa maneira, aplica-se
se a quantidade de insumos, fertilizantes e defensivos
exata para cada área, no momento mais adequado. A utilização da ag agricultura
de precisão gera economia financeira, poupa o meio ambiente e aumenta co con-
sideravelmente a produtividade das á-
reas. Impossível ser melhor, certo?
2. Prepare-se
se para a autonomia das
máquinas agrícolas
O cenário futurístico no qual robôs fazem
grandee parte do trabalho braçal já chche-
gou à produção agrícola. Protótipos de
tratores, colheitadeiras e arados que ppo-
dem ser comandados à distância já ffo-
ram lançados no mercado.
Nessas máquinas, o operador é substituído por sistemas inteligentes, sens
senso-
res, rádio,
o, dados e GPS que respondem a comandos previamente configurados
e são controlados por tablets e smartphones. A tecnologia está sendo consid
conside-
rada como uma evolução da agricultura de precisão.

74
3. Mapeie sua colheita
O primeiro passo para utilizar a agr
agri-
cultura
ltura 4.0 a seu favor é verificar
como andamdam as suas terras, certo?
Sabendo com precisão o quanto cca-
da área está gerando,
rando, é possível iin-
vestigar os motivos de baixa prod
produ-
tividade de determinado local, ffa-
zendo seu manejo pontual.
E é exatamente essa informaç
informação
que o mapeamento da colheita é
capaz de fornecer. Por meio de ccolheitadeiras
lheitadeiras equipadas com GPS (que marca
a posição da máquina) e com sensores (que medem a quantidade de grãos cco-
lhidos em cada posição), você saberá determinar exatamente a variabilidade
espacial de produção dentro de suas propriedades.
4. Adote sistemas e tenha indic
indicadores
A agricultura do futuro não visa sso-
mente ao aumento de produtividade
sem limites. Para manter uma área
produtiva ao longo do tempo, é n ne-
cessário também aumentar a eficefici-
ência do uso da terra e dos recu
recur-
sos financeiros, além de diminuir o
impacto ambiental ao máximo.
Mas como gerir todas essas vari
variá-
veis, sabendo exatamente onde e de que forma intervir? A resposta está na
análise de bons indicadores. Utilizando si
sistemas integrados
tegrados e agricultura de
precisão, dados serão gerados, permitindo manejar cada questão relacionada à
produção da maneira mais eficiente e dir
direta
ta possível. Isso gera economia de
tempo, mão de obra e recursos naturais e financeiros.
5. Deixe que os sensor
sensores façam seu
trabalho
Sensores óticos ligados a computadores
com inteligência artificial e acesso à inte
inter-
net são capazes de trabalhar praticamente
sozinhos, deixando você livre para lidar
com outras questões da gestão agrícola.
Controle de irrigação e apli
aplicação de insu-
75
mos e nutrientes em períodos previ
previamente
mente configurados são apenas alguns
exemplos do grande auxílio que o uso de sensores é capaz de proporcionar.
6. Acostume-se
se com drones sobrevoando a colheita
Os drones, veículos aéreos não trip
tripu-
lados, são também uma ferramenta iin-
crível
vel trazida com o desenvolvimento
da agricultura de precisão. Eles podem
ser coordenados à distância, seja por
pessoas, seja por controladores aut
auto-
máticos previamente programados.
A grande versatilidade desse equipequipa-
mento, sem dúvida,
ida, vale o investime
investimen-
to. Com o uso de drones sobrevoando
as áreas da propriedade, é possível analisar a plantação, detectar pragas e ffa-
lhas, demarcar áreas de plantio, acompanhar
companhar o desenvolvimento da safra, mo-
m
nitorar níveis de desmatamento, encontrar nasc
nascentes
entes de água, achar focos de
incêndio, entre muitas outras fu
funções.
7. Não tenha medo do Big Data
O conceito de Big Data (que resum
resumi-
damente significa o armazenamento,
a organização e a análise de gragran-
des volumes de dados) ainda é visto
com desconfiança por or muitos prod
produ-
tores agrícolas. Entretanto, saiba
que a adoção do Big Data pode tr tra-
zer benefícios reais ao seu negócio!
Afinal, é humanamente impossível reunir e analisar dados de colheita e prod
produ-
ção de maneira manual, relacionando
relacionando-os a características geomorfológicas
morfológicas de
solo e dados meteorológicos a fim de traçar estratégias de manejo adequadas.
O Big Data faz tudo isso por você. Por meio dele, é possível antecipar a oco
ocor-
rência de doenças e pragas (levando em conta os níveis de umidade do ar,
presença do patógeno
atógeno e temperatura em determinados intervalos de tempo),
simular a probabilidade de a praga infestar a plantação e determinar o volume
de defensivo adequado a ser aplicado. Incrível, não é mesmo?
Com o Big Data, também é possível gerir adequadamente os recursos hídricos.
Dependendo da textura do solo, determinadas áreas conseguem armazenar
mais água do que outras, necessitando de menos irrigação.

76
Economizar água e insumos: bom para você, excelente para o meio ambiente.
É a agricultura sustentável chegand
chegandoo para ficar, beneficiando o planeta e os
produtores!

O CENÁRIO TECNOLÓ
ÓGICO NO AGRONEGÓCIO
O cenário da tecnologia e da inovação na agropecuária brasileira
brasileira. Fala-se mui-
to que o Brasil tem progredido pouco na área de ciência, tecnologia e inovação.
Realmente,
nte, o progresso é pequeno na maioria dos setores da economia e não
existe uma cultura de investimento em pesquisa nas indústrias. Empresas in ino-
vam pouco, fazendo com que percamos competitividade perante nossos co con-
correntes. Mas será que isso o-
corre também com a locomotiva
da economia brasileira? Será que
a agropecuária
opecuária inova pouco no
país?
O Brasil do “Jeca Tatu” vai aos
poucos ficando no imaginário dos
nostálgicos, enquanto os númnúme-
ros positivos da agropecuária iinvadem
vadem o noticiário constantemente: recordes
de produções; e um setor pujante desfila orgulhosamente na Marquês de S Sa-
pucaí. Cidades inteiras brotam nos sertões do Brasil Central com IDHs (Índice
de Desenvolvimento Humano) e europeus.
ropeus. A agropecuária mantém positiva a ba-
b
lança comercial, os alimentos bbaratos
tos e a segurança energética do país, e é a
principal responsável pela estab
estabilidade da economia e a financiadora
ciadora das políti-
polít
cas sociais.
Evidentemente, há condições extremamente favoráveis para a produção, como
a abundância de água e luz. Mas de nada valer
valeriam
iam esses recursos se não hou-
ho
vesse um forte caráter inovador na agricultura brasileira. Foi o empreended
empreendedo-
rismo do produtor, apoiado pela rede
de geração de tecnologias tropicais
capitaneada
taneada pela Embrapa, que colcolo-
cou a agricultura do nosso país nos
patamaress que hoje experimentamos.
Solos ácidos corrigidos, materiais g
ge-
néticos adaptados
dos e grande aparato
tecnológico
gico em máquinas, equipequipa-
mentos e produtos torrnaram áreas
consideradas
das de baixo potencial em
verdadeiros
ros oásis de prod
produção. Avan-

77
çou-se na biotecnologia e incorporaram-sese tecnologias de gestão e de informa-
inform
ção, enquanto o plantio direto eliminou a erosão
rosão e abriu caminho para
p sistemas
produtivos integrados.
Inovadores modelos de agricultura de precisão racionalizam o uso dos recu recur-
sos. O entendimento sobre o os s processos biológicos incorpora aos sistemas de
produção estratégias de controle biológico de pragas, fixação biológica de n ni-
trogênio, bioativadores, fertilizantes organominerais. Enfim, crescimento em
produtividade, com sustentabilidade e qualidade nos a alimentos
limentos produzidos.

O agricultor brasileiro é um inovador. Aprendeu que a incorporação constante


de tecnologias ao seu negócio é uma questão de sobrevivência. Em um ambambi-
ente altamente competitivo, a empresa rural sabe que somente inovando terá
sucesso em remunerar seu capital imobilizado e condições de manter cust
custos
baixos e boa rentabilidade.
Mesmo com tantos avanços, ainda há muito espaço para evoluir. A adoção de
tecnologias e a cultura da inovação não estão distribuídas uniformemente entre
os produtores.
es. Trazer essa discussão à tona e criar um canal de debate e troca
de experiências constituem importantes estratégias para uma agropecuária cca-
da vez mais inovadora, competitiva e sustentá
sustentável.

A Partir de agora citaremos algumas tecnologias para o setor do A-


gronegócio, no entanto é importante sabermos que por algumas ainda
estarem em fazem de teste podem não estar mais em funcionamento,
assim como separemos diversas tecnologias com o propósito de me-
lhor o resultado no agronegócio, a dica que destaca
destacamos
mos e continuar
nesta busca de tecnologias e ferramentais tendo em vista que a cada
ano surgirão novas tecnologias que substituirão as que apresentare-
apresentar
mos a partir de agora. Também é válido salientar que na grade deste
curso buscamos apontar estas tecnologi
tecnologias
as o correto funcionamento
futuro das mesmas assim como suporte e informações especificas das
mesmas dependerão exclusivamente dos seus desenvolvedores.
desenvolvedores.É
Possível ainda buscar mais informações e vídeos tutoriais na internet
que explicarão melhor o funciona
funcionamento
mento de tais ferramentas.
ferramentas

78
APLICATIVOS UTEIS PARA O AGRONEGÓCIO

Confira e compartilhe as dicas!

JetBov.. Rebanho e gestão de faze


fazenda.

Startup da cidade de Joinville e acelerada pela ACE, a empresa tem u um a-


plicativo para coleta de informações sobre rebanho e gestão de fazendas.
Possibilita controlar todas as etapas do manejo reprodutivo de forma si
sim-
ples e também auxilia na gestão de custos de nutrição, pasto e confiname
confinamen-
to. Disponível para web, Android e Apple.

https://play.google.com/store/apps/details?id=com.ionicframework.jetbovapp
459755&hl=pt_BR

Imaflora. Simulador do novo Código Florestal.

O programa simula as normas da LEI Florestal (Código Florestal) em im imó-


veis rurais. O aplicativo indica excedente ou déficit de floresta e os tipos de
floresta que devem passar por restauração. Funciona da seguinte forma: o
usuário insere os dados, como localização, área total e data de desmat
desmata-
mento). Para a simulação, é necessário ter os dados das áreas de APP,

79
APP de uso consolidado e áreas de uso restrito do imóv
imóvel,
el, tendo vegetação
nativa ou não em cada uma das situações. Gratuito.

http://www.imaflora.org/codigoflorestal/aplicativo/simulador.html

Soja Brasil. Informações sobre a safra do grão


grão.

Resultado de parceria entre o Canal Rural e Associação dos Produtores


de Soja do Brasil, com a coordenação técnica da Embrapa Soja, o aplicativo
fornece dados sobre a safra, cotações, clima, calendário agrícola e notícias do
setor. Disponível para aparelhos Apple. Gratuito.

http://apps4business.com.br/portfolio/canal
http://apps4business.com.br/portfolio/canal-rural-projeto-soja-brasil/
brasil/

80
FieldsAreaMeasure. Im
Imagens de satélite.
Disponível em português, ele permite ao produtor medir o perímetro e o cálc
cálcu-
lo de áreas por meio de imagens de satélites. Para isso, deve
deve-se
se usar o GPS
para localizar a propriedade e fazer a marcação dos pontos. Desenvolvido para
Android
id e Apple. É gratuito.

https://gps-fields-area-measure.br.uptodown.com/android
measure.br.uptodown.com/android

81
INMET Tempo e Clima. Previsão Climática.

Com dados gerados pelo Instituto Nacional de Meteorologia do Brasil (Inmet), o


app dá informações sobre previsão do tempo para os próximos cinco dias, a-
lém de dados como precipitação, temperatura e umidade. Também mostra i-
magens atualizadas de satélites meteorológicos. Disponível pa- p
ra Android e Apple.

https://play.google.com/store/apps/details?id=br.
https://play.google.com/store/apps/details?id=br.gov.inmet&hl=pt

FOXBayer.. Identificação de doenças.

Facilita na identificação de diferentes doenças da soja, trigo, algodão e feijão.


O app também dá instruções sobre tratamento e apresenta um banco de fotos
de doenças paras as quais o produto da companhia tem registro. Criado pela
Bayer CropScience. Disponível para Android iOS. Gratuito.
https://play.google.com/store/apps/details?id=phycom.fox&hl=pt_BR
.google.com/store/apps/details?id=phycom.fox&hl=pt_BR

82
TankMix . Auxílio na pulverização de lavouras.

Idealizado pela Yara Fertilizantes, dá informações sobre misturas de produtos


que serão usados para ra pulverização na lavoura. Ao acessar o aplicativo, o pr
pro-
dutor seleciona seu país e visualiza uma série de produtos. O programa possui
um vasto banco de dados com milhares de testes e combinações de água, pe pes-
ticidas, herbicidas ou ingredientes ativos. Dis
Disponível
ponível para Android, Apple e pla-
pl
taforma web. Gratuito.

http://www.yarabrasil.com.br/nutricao
http://www.yarabrasil.com.br/nutricao-plantas/ferramentas-servicos/tankmix/
servicos/tankmix/

Agrosmart. Gerenciamento de irrigação.

Startup paulista fundada em 2014, a Agrosmart desenvolveu um aplicativo que


torna o gerenciamento das plantações mais inteligente. O programa conecta o
produtor rural à lavoura. A ttecnologia
ecnologia trabalha a partir de sensores espalhados
no campo capazes de mon monitorar a umidade do solo e a existên ncia de pragas,
entre outros recursos.

83
https://www.agrosmart.com.br/

SamF. Calculadora para agricultores.

Disponível para Android,, este app auxilia o agricultor em cálculos para uma sé-
s
rie de atividades, como semeadura, adubação e fertilização, entre outras. Ele
permite, por exemplo, determinar a quantidade adequada de plantas em uma
área específica. Disponível para Android. Preço: R$ 6,34.

https://play.google.com/store/apps/
https://play.google.com/store/apps/details?id=samf.lwc&hl=pt_BR
details?id=samf.lwc&hl=pt_BR

84
IZAgro. Auxilia no controle de pragas.

Recém-associada
associada à incubadora EsalqTec, a IZAgro criou um aplicativo gratuito
que fornece informações sobre ameaças às plantações e produtos capazes de
combate-las.
las. A ideia é que produtores, técnicos e estudantes tenham acesso a
dados sobre produtos registrados para controle de pr pragas,
agas, doenças, plantas
daninhas em mais de 10 culturas diferentes. Disponível para Android e iOS.

https://play.google.com/store/apps/details?id=com.angular.izagro&hl=pt_
https://play.google.com/store/apps/details?id=com.angular.izagro&hl=pt_BR

85
Strider. Auxilia no controle de pragas
pragas.

Esta startup de Belo Horizonte desenvolveu um programa que tem a vantagem


de ser usado em modo offline. Ele possibilita ao produtor manejar pragas, co
con-
trolar
rolar aplicações e monitorar dados sobre fertilidade e umidade. O app aposta
numa interface amigável, similar ao WhatsApp e o Facebook.

https://strider.ag/na-midia/aplicativo
midia/aplicativo-para-controle-de-pragas/

Commodities Market Prices


Prices. Cotações internacionais

Quer saber qual a cotação commodities agrícolas em Bolsas como Chicago e


Nova Iorque?
que? Então este app é uma boa pedida. Em inglês, ele lista – além da
variação cambial – grãos, carnes e cocombustíveis. Entre as facilid
cilidades estão a
possibilidade de criação
ção de listas personalizadas e contatos favoritos, além de
gráficos semanais, mensais e anuais. Disponível para Android. Gratuito.
Gratuito

https://play.google.com/store/apps/details?id=mdr.commodities&hl=pt
https://play.google.com/store/apps/details?id=mdr.commodities&hl=pt-br

86
Aplicativo da Lindsay Corporation 6 – FieldNET

Ferramenta para gerenciar equipamentos e monitorar a irrigação. O aplicativo


ainda oferece o mapview, que permite a visualização dos pivôs instalados na
propriedade. Disponível para Android e iOS.

https://play.google.com/store/apps/details?id=com.digitec.fieldnet.android&hl=B
R

87
Consórcio
sórcio Antiferrugem - Aplicativo da PBA

Monitora a ação da praga ferrugem asiática nas plantações de soja do Bras


Brasil.
A ferramenta mostra os locais onde a praga foi registrada durante a safra e a-
inda oferece um mapa de risco. Disponível para iOS.

https://play.google.com/store/apps/details?id=com.pbasoftware.caf&hl=pt_BR
store/apps/details?id=com.pbasoftware.caf&hl=pt_BR

LynxDashboard - GAtec

Ferramenta que cria um banco de dados com as informações fornecidas pelo


usuário e facilita a interpretação desses dados, por meio da geração de gráf
gráfi-
cos. Dessa forma, o aplaplicativo
icativo auxilia o produtor na gestão de informações fi-
f
nanceiras, administrativas ou de produção na fazenda. Disponível para Android
e iOS.

https://play.google.com/store/
https://play.google.com/store/apps/details?id=com.gatec.lynx&hl=pt_BR
apps/details?id=com.gatec.lynx&hl=pt_BR

88
TeeJet - TeeJet Technologies

Dicas para a pulverização agrícola a partir de informações fornecidas pelo us


usu-
ário, como espaçamento, velocidade e precisão da aplicação. Após analisar os
dados, o aplicativo
tivo sugere opções de bicos pulverizadores. Disponível para
Android e iOS.

http://www.teejet.com/tools/spray
http://www.teejet.com/tools/spray-nozzle_selection.aspx

89
Suplemento Certo

Ferramentaa para comparar o rendimento de produtos de suplementação na p pe-


cuária bovina. Com o registro de informações de suplementação, o aplicativo é
capaz de sugerir a melhor opção para a nutrição do gado. Disponível para AAn-
droid.

https://play.google.com/store/apps/details?id=br.embrapa.cnpgc.bcss&hl=pt

90
Adama Alvo

Manual digital para a identificação de pragas, de ervas daninhas e de doenças


que atingem as lavouras brasil
brasileiras.
eiras. Também é possível consultar especialistas
da Adama para identificar o problema na plantação, por meio do envio de fotfoto-
grafias. Disponível para Android e iOS.

https://play.google.com/store/apps/details?id=com.adama.fieldsolve&hl=pt
s://play.google.com/store/apps/details?id=com.adama.fieldsolve&hl=pt

Tank Mix Calculator (TapLogic)

Simula a pulverização da lavoura. O aplicativo disponibiliza uma lista com mais


de 14 mil defensivos de mais de 300 fabricantes. A ferramenta calcucalcula como
deve ser a mistura dos produtos para a aplicação em uma determinada área.
Disponível para Android e iOS.

https://play.google.com/store/apps/detai
https://play.google.com/store/apps/details?id=air.com.taplogic.tankmixcalculator
ls?id=air.com.taplogic.tankmixcalculator
&hl=pt_BR

91
Gisleite App
O GisleiteApp é um aplicativo para dispositivos móveis (smartph (smartpho-
nes ou tablets) da plataforma Gisleite (Gestão Informatizada de Sistemas de
Produção de Leite), desenvolvida p pela
ela Embrapa Gado de Leite.
O seu objetivo é facilitar a coleta de dados nos sistemas de produção, inclusive
em locais sem disponibilidade de acesso à Internet.
As principais funcionalidades incluem o registro de coberturas, registro de d di-
agnósticos de prenhez,
hez, registro de partos/nascimentos, registro de controle le
lei-
teiro, registro de encerramento de lactação, registro de pesagens, registro de
movimentações e consulta a relatórios.
https://play.google.com/store/apps/details?id=br.gov.embrapa.gisleite&hl=pt_B
R

92
PLATAFORMAS E SERVIÇOS WEB

Agropensa Embrapa
Ferramenta utilizada para analise de diversos produtos do agronegócio aonde
o gestor rural poderá analisar rrelações
elações de importação e exportação daquele de-
d
terminado produto em diferentes épocas bem como preços e outras inform informa-
ções, esta ferramenta pode ser acessada de qualquer computador e se faz n ne-
cessário possuir a versão do ADOBE FLASH PLAYER Instalada no naveg navegador.
Acesse pelo link abaixo:
https://www.embrapa.br/agropensa/comercio
https://www.embrapa.br/agropensa/comercio-exterior-agro

Central Brasileira de
e Comercialização
Uma nova plataforma online de compra e venda de commoditi
commodities
es e insumos a-
grícolas promete facilitar as neg
nego-
ciações de mais de 200 produtos.
É a Central Brasileira de Comerci
Comercia-
lização (CBC), que está no ar de
des-
te dezembro de 2015. Segundo
Eduardo Fogaça, diretor comercial
da empresa, até o momento já ffo-
ram comercializados
zados R$ 2,5 m mi-
lhões, por mais de 800 usuários a-
tivos.
93
O site funciona assim: em um ambiente digital seguro (o site usa as mesmas
tecnologias de bancos como o Itaú), que pode ser acessado em computadores,
smartphones e tablets, reúnem
reúnem-se players do mercado que anunciam seus
produtos ou seus interesses de compra. A partir disso, começam a estabelecer
todas as condições envolvidas nesse tipo de transação comercial.
A negociação ocorre com uma ou mais pessoas ao mesmo tempo, ditando os
preços de acordo com a o oferta
ferta e demanda, sem intermediários. No fim, é pos-
po
sível gerar relatórios, gerenciar acordos e saber exatamente o momento em
que o negócio foi fechado.
No modelo convencional, o negociador precisa contatar cada pessoa individ
individu-
almente, o que pode levar mais de um dia. “Hoje tudo é muito rápido, não há
tempo para nada. O comprador ou vendedor perde tempo ligando para negoc negoci-
ar e um dia a menos pode resultar na perda de milhões de reais. Na platafo
platafor-
ma, eles podem falar com várias pessoas simultaneamente e resolv
resolver tudo ali
em 30 minutos", conta Sérgio Barroso, ex
ex-presidente
presidente da Cargill no Brasil e atual
conselheiro da CBC.
O cadastro é grátis e pode ser feito por qualquer pessoa jurídica. Isso inclui a
agricultura familiar, que responde a mais de 80% da produção a agrícola do Bra-
sil e tem no site a oportunidade de comercializar diretamente com seus clie
clien-
tes. “Qualquer produtor pode negociar, desde os pequenos até os grandes. E
podem vender também qualquer quantidade, em todo o território nacional”, e ex-
plica Barroso. Nas
as bolsas de mercadorias, são negociados contratos relativos a
grandes volumes de commodities agrícolas.
A CBC não influencia na negociação dos contratos, apenas oferece um amb ambi-
ente seguro para documentar a compra e venda. “Só sabemos do valor final”,
diz Sérgio Barroso. A empresa atua também no pós
pós-venda,
venda, conferindo se hou-
ho
ve o pagamento e entrega da mercadoria. “Toda a documentação fica dispon
disponí-
vel para acessar e pode ser usada para ações jurídicas, por exemplo”, exempl
exempli-
fica o executivo.
Isso reduz os custoss com emolumento (tarifas de registros e custódia da op
ope-
ração) e, segundo a empresa, a economia pode chegar a até metade dos val valo-
res praticados na Bolsa. O percentual cobrado segue a variação tradicional,
que considera os riscos de cada região e produto.
Negócios
A ideia surgiu em 2011, mas só começou a ganhar corpo dois anos atrás. F Fo-
ram investidos R$ 10 milhões no desenvolvimento. Esse montante também
contempla futuras alterações e novas funcionalidades como leilões. “Não faltam

94
recursos para expandir”, ccontabiliza
ontabiliza Fogaça, com experiência de mais de 17
anos no mercado financeiro.
Como meta, a diretoria da CBC mira apenas no volume de negociação, entre
100 e 150 mil toneladas de produtos diversos e seus derivados. Além disso,
quer a participação das grandes do agronegócio, mas sem competir com o
mercado tradicional. “É uma nova cultura de comercialização o que estamos
propondo. Há pessoas que estão nesse mercado há anos, e não queremos
competir com elas, mas trazê
trazê-las
las para a nossa plataforma”, diz Sérgio Barroso.
“Se nós do agronegócio somos eficiente em produzir, teremos de ser também
na negociação", finaliza.
Acesse A Ferramenta
https://www.cbcnegocios.com.br/

Kpi Farm – Calculadora de Insumos

Aplicativo exclusivo para celul


celular
ar que busca com que o gestor rural possa fazer
uma analise dos custos exatos da produção se baseando em informações do
tipo de cultura,
ra, área, tipos de insumos etc. O aplicativo pode ser baixado nas
lojas
jas de app, Google Play e AppStore, você também pode en encontrar
contrar mais in-
i
formações sobre o mesmo pelo link abaixo:

95
http://www.kpifarm.com.br/insumos/

Agrolink – Cotações

Uma ferramenta muito precisa que fornece cotações de diferentes produtos do


agronegócio em diferentes regiões do Brasil, pode ser uma importante ferr
ferra-
menta para o Gestor Rural na formação e análise do preço dos produtos de
sua propriedade. Além de poder analisar graficamente o desempenho do preço
deste produto em diferentes épocas.

https://www.agrolink.com.br/cotacoes/

96
Agritempo (EMBRAPA)

Opção para consultar a previsão meteorológica para diversas regiões do Br


Bra-
sil, com foco no agronegócio. O aplicativo oferece mapas de monitoramento,
índice de seca e histórico de chuvas. Disponível para celulares Android.

https://www.agritempo.gov.br/agritempo/index.jsp

Perfarm – Gestão Rural


Ferramenta muita poderosa para o gerencia
gerenciamento
mento de uma empresa rural mes-
me
mo a versão gratuita fornece ferramentas aprimoradas para uma gestão eficaz
que garanta bons resultados ao empreendedor rural.

http://www.perfarm.com/planos

97
Agridados - Gestão Rural

Controle de contas a pagar e receber, Evite atrasar suas obrigações finance


financei-
ras, Classifique seus gastos em categorias, Aloque seus custos a safras, tta-
lhões e maquinários, Projete o seu fluxo de caixa automaticamente, Faça sua
conciliação bancária

https://www.agridados.com.br/index.php

98

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