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Código de Ética e Honra ao Yoga

Fundado por Patanjali – II A.C.

Introdução Geral

Todas pessoas que de uma forma ou outra se utilizam do Yoga


em sua acepção geral, independe dos fins, seja praticante, estudante,
adepto de uma linhagem, seguidor devocional, enfim, deveria observar
e conservar em seu estilo de vida, alguns propósitos importantes que
fazem do Yoga Shastras, uma ponte importante para que cada ser
humano possa atingir seus propósitos sem causar danos ou violência de
qualquer natureza.

Apesar de que qualquer pessoa possa aceder a todo o tipo de


informação entorno do universo que representa o Yoga ao longo da
história, alguns preceitos e princípios são mantidos ao longo da história
e fazem parte da mesma história.

De alguma forma estaremos impelidos em nossa jornada, a


buscar através do Yoga entendimentos e soluções acerca de nossa
própria existência e os mistérios da vida.

As escrituras e toda a cultura e ciência Védica em sua completude


e riqueza de informações, estudos, disciplina e todo o tipo de
conhecimento profundo sobre a vida em si, segue sendo o esteio para o
processo de transformação e despertamento elevado da vida humana.

As tradições de um modo geral e todo o cuidado que possuem


em como acolher e orientar praticantes é fruto do próprio tempo,
amadurecimento e sabedoria, no conduzir com imparcialidade e
impessoalidade, os meios adequados, conhecendo a fundo, por meio
das ciências sagradas e intuitividade, o estímulo necessário para que
cada indivíduo, reconheça suas capacidades e potencialidades, bem
como, desperte sua consciência mais profunda, a serviço uns dos
outros. Ao longo da história, as gerações se estabeleceram baseadas
nos ensinamentos de seus preceptores, mestres e guru’s. O próprio
processo natural da vida se baseia nesses preceitos objetivos e
subjetivos. Do corpo, a energia; da energia, a mente; da mente; a
inteligência; da inteligência aos estados superiores da bem-aventurança;
destes, a consciência individual e dela, a consciência universal.

No universo do Yoga, independentemente de suas variações,


pensamentos, estilos, ramos, todos apontam para uma completa
absorção em si mesmos. Os meios servem para aproximar e adequar
seus perfis, predominâncias, etc.; cada hierarquia é parte integrante da
mesma história e evolução da humanidade e sua relação íntima com
seus pares, família e soledade. Todas buscam preservar e adequar seus
Dharma’s e evitar com conhecimentos, os Karmas negativos que
assolam suas vidas sem perspectivas de evolução própria.

Basicamente o Yoga representa nas estações rotativas da vida, a


natureza da ação e os vedas o conhecimento sagrado. Juntos se
complementam e traduzem os anseios do ser humano na vida.

As tradições e suas linhagens em todo o seu preparo e


mantenimento, tem nas pessoas de bem, o compartilhamento de seus
preceitos, normas éticas, princípios, protocolos, disciplinas, etc. nisso,
estabelecem sua hierarquia, sucessão, votos e transmissão de seu
legado histórico. Aprender de alguém e ter a possibilidade tomar
consciência e controle sobre seus instintos e transforma-los em
sabedoria intuitiva, desperte em nós, sentimentos nobres e
desapegados, como a devoção e o amor altruísta.

Cada um de nós predestinadamente traz consigo uma energia em


cadeia que, de acordo com nossas disposições, nos aproximam
daqueles que nos orientarão e farão nos sentir pertencentes a algo mais
profundo de nossa própria história.

Por isso, tudo aquilo que norteia nossos pensamentos, sensações,


sentimentos, fala e ação, nos levarão de alguma forma onde deveremos
estar para aprender e entender como a sabedoria perene se revela
diante de nós e nos prepara para o sentido da vida.
A própria linha sucessória nos mostra que a preservação de algo
sagrado se mantém, além de pessoas e tempo, por conta de todo o
serviço prestado, estudos continuados e disciplina constante. Esses
preceitos moldam uma mente firme e focada sem distrações.

Os votos são afirmações de comprometimento, respeito,


honradez, responsabilidade, confiança, fé, determinação e paciência em
um cenário amplo de muitas outras afirmações positivas que
enobrecem a alma humana e eleva nosso espírito.

As sucessões enfim, são partes integrantes e naturais de um


sentimento igualitário e de uma consciência despertada para o bem de
todos.

Todos os sucessos ou fracassos que experimentamos na vida


visam sempre a melhoria daquilo que ainda desconhecemos. Por isso
toda e qualquer ordem, linhagem ou hierarquia tem como premissa
basal a gratidão, reconhecimento e devoção. Nenhuma imposição
estabelece virtudes e atitudes nobres.

As escrituras sagradas nos trazem todo o tipo de processamento


de natureza ética para ser incorporadas em nosso estilo de vida
saudável, bem como, regras que norteiam a prática e a disciplina de um
yogi.

É sabido, em suas concepções, do que se trata uma hierarquia


envolvendo uma instituição, linhagem, precepção tutorial, etc.

A língua mãe Sânscrito, originária de toda a genuinidade e


divindade com a compõe, traz um vocabulário especial para tratar o
processo refinado de aprendizagem para distinguir os diferentes tipos
de professores, de acordo com suas habilidades, capacidades amplitude
de consciência. Vou elencar algumas de conhecimento geral para que
possamos estabelecer parâmetros no modo como cada pessoa
responde aos ensinamentos e responde as devoluções e execuções em
seus processos particulares de evolução.
1) ADHYAPAKA - Bhuloka: Esta é a primeira etapa onde o professor com base em
todas as informações recebidas, retransmite tratando de manter o máximo de
integridade e sinceridade as pessoas ao seu redor.

2) UPADHYAYA - Bhuvahloka: Esta é a segunda etapa onde o professor com


certo conhecimento e experiência em alguns aspectos do Yoga, retransmite as
informações recebidas.

3) ACHARYA - Swahahloka: Esta sendo a terceira etapa, o ‘acharya’, é aquele que


transformou as informações combinadas com conhecimentos mais profundos, em
habilidades e capacidades de transmitir a essencialidade da vida.

4) PUNDIT - Mahaloka: Chegamos à quarta etapa do processo de aprendizagem


onde a capacidade de dar uma visão mais profunda sobre um assunto se faz
presente.

5) DHRISHTA - Janahloka: Esta é a quinta etapa onde professor adquiriu um


aprofundamento visionário sobre um assunto com diferentes habilidades mentais
mais profundas e ensina as pessoas a pensar dessa maneira.

6) GURU - Tapahloka: Esta é a sexta etapa de todo o processo divino em cada um


de nós. Aquele que se torna capaz de despertar a sabedoria intuitiva atemporal em
você conduzindo-o das trevas a luz.

7) JAGATGURU - Satyaloka: Esta é a sétima e última etapa do processo de


aprendizagem. Nele, o professor se torna um representante fiel divino na terra com
capacidades de despertar os poderes internos, assim como, de despertar as
diferentes habilidades mentais de cada pessoa que se aproxima de sua energia. Seu
vocabulário e expressão é a manifestação própria dos recursos das divindades
celestiais.
Código de Ética para praticantes de Yoga, independente se
yogis ou não:

Capítulo I: Regras básicas e Orientações gerais do Praticante de Yoga

Artigo 1:

O Yoga em sua universalidade de diferentes acepções e interpretações deve ser


entendido como uma composição de 04 membros fortes que representam a
natureza das ações, a saber: as ações (karma), os sentimentos (bhakti), os
pensamentos (raja) e a sabedoria (jnana). Portanto, uma filosofia de vida
embasada em métodos e disciplina que visa a autorrealização do ser humano,
que em companhia de outras atividades co-irmãs como o Ayurveda (sistema de
prevenção e cura natural), Jyotish (astrologia védica), Vastu Shastra (código de
organização ambiental) e outras, compõe ensinamentos ancestrais preconizados
pelos sábios védicos videntes da época (Rishis) com base em pilares
fundamentais de escrituras sagradas que nos ensinam as bases de educação,
prática, disciplina, conduta e espiritualidade piedosa, tais como: Os Yoga-
upanishads, Yoga Sutras de Patanjali e os Shiva Samhitas.

Parágrafo Único:

Vida Yogica, na perspectiva do Yoga, compreende um sistema prático de vida


saudável que engloba cuidados, observações e disciplina com respeito a
alimentação, higiene física e mental, exercícios regulares, respirações
conscientes, meditações e serviço altruísta. Basicamente de acordo com alguns
textos sagrados, Yoga é um estilo e vida em acordo a sua natureza e
predisposição. Toda e qualquer aplicação, tais como: terapias, curas,
desequilíbrios e transtornos de ordem física ou mental, fazem parte de um
contexto onde as técnicas de yoga aplicadas com outros métodos auxiliam na
recuperação para que o indivíduo possa construir objetivos e desenvolve-los
adequadamente para o despertamento de sua consciência divina. Todo o
funcionamento normal da complexidade humana obedece um conjunto de
fatores que incidem no contexto de saúde integral como algo natural e a
doença, como algo incomum fruto de alguma desordem desse funcionamento
que merece atenção e cuidados.
Artigo 2:

O chamado Yogi é uma composição tríade que envolve o Yoga, o Conteúdo


(suas técnicas e métodos) e, por fim, e o Praticante (yogi). Uma pessoa
considerada devidamente formada em Yoga, compreende o conhecimento
dessa tríade. Essa formação basicamente é fornecida por um preceptor de
reconhecida trajetória e experiência, capaz de fornecer conhecimentos, meios,
conceitos filosóficos, estruturação prática e disciplina em tudo o que envolve o
ser humano e a vida. Conhecimento em aspectos importantes da história, entre
as tradições antigas que envolvem filosofia, mitologia das divindades e sua
relação com a formação biológica da constituição vida humana (anatomia,
fisiologia, embriologia, sistemas, cérebro e medula espinhal, etc.). Atendendo
todos esses aspectos com os objetivos do Movimento Mundial de Yoga e
Ayurveda e seus programas de acesso ao conhecimento desses.

Artigo 3:

O Yogi, como praticante de Yoga e sua disciplina espiritual, compromete-se a


promover o conhecimento e pratica do Yoga de acordo com, e em respeito à
sua tradição, aos objetivos estabelecidos por este Movimento Mundial que
promove o Yoga e o Ayurveda no mundo, com foco no bem-estar físico e
mental, orientando e estabelecendo práticas saudáveis e em acordo com as
disposições de cada pessoa por meio de suas técnicas naturais.

Artigo 4:

O Yogi deve praticar regulamente tapas, sadhanas, upasanas, dhyanas,


pratyahara, swadhyaya, samyama e promover de acordo com o regulamento
dessa instituição, junto a sua comunidade e por meio de outros fins, como
eventos em geral, programas e projetos que visem o bem-estar, uma vida
saudável, espirituosa e piedosa usando seus recursos naturais e conhecimentos
para tal ação.

Artigo 5:

Em acordo a suas comissões e departamentos, permitir coordenar e desenvolver


grupos de estudos e aplicação prática dos recursos obtidos na promoção de
uma vida saudável e um ambiente acolhedor e estimulador das potencialidades
das pessoas para o bem de todos.

Artigo 6:

Permitir a todos os membros associados do Movimento Mundial para o Yoga,


promover atividades educacionais, de orientação e conscientização a
comunidade por meio de (palestras, workshop’s, entrevistas, cursos não-
formativos, seminários, congressos, e afins...).

Artigo 7:

Em acordo com ou em separado, desenvolver trabalhos científicos ou em


colaboração com órgãos de pesquisa científicas, em qualquer área que envolva
o Yoga em geral.

Artigo 8:

De acordo com a comissão específica, poderá ser permitido com consentimento


e aprovação de assembleia do Movimento, realizar assessorias e mentorias para
a difusão dos conceitos de Yoga em diferentes áreas do conhecimento humano,
tais como: empresas, órgãos públicos, gestores em geral, assistência
humanitária, administração, etc.;

Artigo 9:

Qualquer ato de indisciplina ou dano causado ao bem físico ou humano, o yogi


deverá avaliado por comissão técnica especializada para possíveis sansões com
ampla reserva de direito de defesa em conformidade com a lei civil e se
condenado se responsabilizar pelo ato.

Artigo 10:

Toda e qualquer ação no desempenho de função profissional do yogi


(professor), será observado sua conduta e comportamento adequados a
dignação responsável ética e moral em acordo ao vasto preceito do Yoga aos
yogis, bem como o devido respeito e comprometimento com seus
alunos/clientes.

Artigo 11:
Abster-se de toda e qualquer maledicência ou comentários impróprios a quem
quer que seja, se profissionais outros, conhecidos ou desconhecidos, bem como,
desentendimentos ou qualquer espécie de violência de toda a ordem.

Artigo 12:

Em qualquer caso, seja de atendimentos em grupo, personal ou terapêutico, o


yogi professor deverá fornecer quando solicitado por profissionais de saúde ou
órgãos competentes, informações úteis de sua atuação para restabelecimento
de ordem ou saúde. Deverá manter sigilo de toda e qualquer informação
prestada pelo aluno/cliente para uso de organização e planejamento de atuação
prática de metas e objetivos buscados através do yoga.

Artigo 13:

O Yoga em sua universalidade de objetivos, práticas, métodos, linhas e tradições,


deve manter, por meio de seus yogis sua prática holística e fim único,
embasadas em seus shastras tradicionais e ancestrais.

Artigo 14:

Os yogis, praticantes do Yoga, devem manter respeito e consideração as demais


práticas sejam elas de ordem terapêuticas, físicas, etc.; sempre buscando
cooperação e interação para o bem do indivíduo, dentro de suas necessidades,
mantendo suas perspectivas funcionais, tipológicas e estruturais de acordo com
a visão yogica.

Artigo 15:

Para um constante desenvolvimento integral, o yogi deverá manter nesta


instituição Movimento Mundial para o Yoga e demais, constantes atualizações
ampliação de conhecimentos em qualquer novidade que se apresente em
diferentes âmbitos, como? Filosófico, técnico, sistêmico, científico, cultural, social,
etc.; visando a promoção positiva de um desenvolvimento coerente, seguro e
eficaz para o bem comum.

Artigo 16:

Toda e qualquer atividade de ordem física ou terapêutica do aluno/cliente,


quando necessário, deverá em um trabalho produtivo, atender recomendações
por escrito ou oficial de ordem médico habilitado, se solicitado ou ainda por
assistência ou acompanhamento de saúde física ou mental dos profissionais
correspondentes.

Artigo 17:

O yogi deverá atender indistintamente em acordo as suas competências e


habilidades toda e qualquer pessoa independentemente de raça, cor, credo
religioso, convicção política, sexo, idade e demais.

Artigo 18:

A prática do Yoga, ministrado por um yogi ou professor de yoga, não deve


interferir de sobremaneira em qualquer tratamento médico de qualquer ordem e
sim, dentro de suas orientações atender, dentro do possível, em colaboração
para a melhoria da saúde do indivíduo em questão.

Artigo 19:

Por uma questão ética e bom senso, caso um aluno/cliente necessite de


orientação, atendimento ou terapia deve recomendar outros profissionais que
entenda necessário para o bem dessa pessoa, sempre que considerar
necessário.

Artigo 20:

Deve-se tomar o devido cuidado de não atrair clientes por quaisquer meios
enganosos publicitários que não atenda a sua competência e habilidades por
uma questão exclusivamente egóica ou ambiciosa ou tratar de menosprezar, por
qualquer meio, outro colega ou profissional de outras práticas ou fins.

Artigo 21:

Toda e qualquer pessoa em suas mãos ou dependências é responsabilidade sua,


portanto, respeite os direitos, a dignidade, a privacidade e a integridade de seus
alunos/clientes.

Artigo 22:
Em todas as competências de atividades profissionais do yogi, como aulas, etc.;
deve manter um registro do aluno com informações úteis com seus dados e
planejamento da atividade em questão.

Artigo 23:

Todo o yogi deve manter certos cuidados com a fala e suas repercussões,
principalmente no que se refere a qualquer tipo de promessas, milagres,
expectativas, etc., a fim de evitar problemas futuros.

Artigo 24:

O Yogi deve abster-se de qualquer forma de situações que coloquem em risco a


vida humana, bem como de qualquer ser vivo, em contrário, deve denunciar,
percebido.

Artigo 25:

O Yogi deve cumprir toda e qualquer lei vigente de seu país e colaborar para
seu bem-estar público, interativamente com as demais áreas próximas ou afins,
como de saúde.

Capítulo II: Dos Relacionamentos e Orientações em geral do Yogi


(praticante de Yoga)

Artigo 26:

Todos os praticantes de Yoga, Yogis, Professores e Mestres e Guias Espirituais


devem reger-se, de acordo com suas tradições e metodologias, no padrão mais
refinado possível de tratamento e cuidados éticos e morais, preceitos e auto-
disciplina.

Artigo 27:

A prática em geral, regida pelas técnicas e metodologias, devem estar garantidas


por um ambiente saudável e condizentes de trabalho, higiene e sigilo ético na
relação professor/aluno.
Artigo 28:

Toda a comunicação, fatos pessoais e íntimos, parte da prática e disciplina


relacionadas devem merecer todo o sigilo e cuidados necessários.

Artigo 29:

Toda e qualquer sugestão de treinamento, trabalho, objetivos e necessidades,


deve ser respeitado o direito do aluno/cliente em decidir sobre si, seu bem-estar
e confiabilidade.

Artigo 30:

Todo e qualquer processo de avaliação sobre a percepção e experiência do


professor deve ser forma holística, integrada e em acordo aos preceitos do
Yoga, podendo em questões de ordem terapêutica, basear seus critérios em
métodos de diagnósticos científicos atuais em acordo a avaliações de um
médico, quando necessário.

Artigo 31:

Todos os critérios de preceitos em acordo com as escrituras clássicas, como os


Yoga Sutras de Patanjali, devem ser observadas e praticadas, tais como: Yamas.

1. Ahimsa – Não ferir ou causar danos aos seres vivos em geral.


2. Satya – Manter a veracidade.
3. Astheya – Não tomar para si o que não lhe pertence.
4. Brahmacharya – Manter conduta dedicada a Deus, evitando desperdício de
energia.
5. Aparigraha – Evitar a cobiça

Artigo 32:

Incentivar e propagar os conhecimentos sobre o Yoga e seus benefícios em


programas para pessoas com limitações físicas, ou quaisquer outras dificuldades
que impeçam o acesso, inclusive financeiro.

Artigo 33:
Manter programas de atividades práticas para todas as classes e faixas etárias e
condições especiais, como mulheres grávidas, idosos, deficientes, etc.

Artigo 34:

Sua condição privilegiada como yogi’s devem incentivar seus clientes, alunos e
estudantes a promover seus desenvolvimentos em todas as suas dimensões.

Artigo 35:

O respeito deve prevalecer sempre nos valores culturais, crenças religiosas e


preferências pessoais com seus alunos.

Artigo 36:

Em casos de divulgação de suas atividades publicamente, deverá haver


consentimento por escrito de seus alunos e clientes em acordo com legislação
vigente.

Artigo 37:

Em casos de atendimentos de ordem yogaterápico, é vetado ao profissional de


Yoga, o descaso ou desacompanhamento de tratamento sem assistência ou
continuidade, exceto por força maior ou por pedido expresso do aluno/cliente
por escrito.

Artigo 38:

Outros agregados de conduta e ética do Yogi de acordo com algumas


escrituras:

6. Daya – Compaixão.
7. Arjaya – Retidão.
8. Kshama – Paciência
9. Dhristhi – Firmeza
10. Mitahara – Lealdade a tradição e ao preceptor
Artigo 39:

Outros códigos de Auto-disciplina yogica: Niyamas

11. Saucha – Pureza.


12. Samtosha – Contentamento.
13. Tapas – Austeridade.
14. Swadhyaya – Auto-estudo.
15. Ishwara Pranidhana – Devoção e auto-entrega ao divino.

Artigo 40:

De acordo ao Yoga Darshana Upanishad:

16. Astika- realista


17. Dana – Liberdade.
18. Ishwara Pujana – Culto a divindade.
19. Siddhanta Sravana- Escutar a verdade.
20. Hri = Modéstia.
21. Mati – Consideração.
22. Japa – Recitação repetitiva de mantras – sons divinos.
23. Vrata – Voto aos ancestrais.

Capítulo III: Sobre o processo educacional e graduação

Artigo 41:

A língua Sânscrita possui um processo refinado de aprendizagem


para distinguir e orientar os alunos e estudantes em seu processo
individual de evolução para distinguir professores de acordo com
suas habilidades.

1) ADHYAPAKA - Bhuloka: Esta é a primeira etapa onde o professor com base em


todas as informações recebidas, retransmite tratando de manter o máximo de
integridade e sinceridade as pessoas ao seu redor.
2) UPADHYAYA - Bhuvahloka: Esta é a segunda etapa onde o professor com
certo conhecimento e experiência em alguns aspectos do Yoga, retransmite as
informações recebidas.

3) ACHARYA - Swahahloka: Esta sendo a terceira etapa, o ‘acharya’, é aquele que


transformou as informações combinadas com conhecimentos mais profundos, em
habilidades e capacidades de transmitir a essencialidade da vida.

4) PUNDIT - Mahaloka: Chegamos à quarta etapa do processo de aprendizagem


onde a capacidade de dar uma visão mais profunda sobre um assunto se faz
presente.

5) DHRISHTA - Janahloka: Esta é a quinta etapa onde professor adquiriu um


aprofundamento visionário sobre um assunto com diferentes habilidades mentais
mais profundas e ensina as pessoas a pensar dessa maneira.

6) GURU - Tapahloka: Esta é a sexta etapa de todo o processo divino em cada um


de nós. Aquele que se torna capaz de despertar a sabedoria intuitiva atemporal em
você conduzindo-o do desconhecimento ao conhecimento efetivo.

7) JAGATGURU - Satyaloka: Esta é a sétima e última etapa do processo de


aprendizagem. Nele, o professor se torna um representante fiel divino na terra com
capacidades de despertar os poderes internos, assim como, de despertar as
diferentes habilidades mentais de cada pessoa que se aproxima de sua energia. Seu
vocabulário e expressão é a manifestação própria dos recursos das divindades
celestiais.

Capítulo IV:

Sobre o relacionamento com a categoria profissional


Artigo 42:

Os praticantes devem praticar e se comportar dignamente com seus


colegas, com respeito, altivez, consideração, solidariedade com
reputação elevada com a classe nobre de yogi’s.

Artigo 43:

A cooperação mútua com outros profissionais e metodologias afins,


deve ser mantida, quando solicitadas, exceto por impossibilidades
em decorrência de causa prejudicial a ambos.

Artigo 44:

Os profissionais do Yoga não devem ser convenientes com erros,


falhas éticas, falsidades, crimes, contravenções penais e outros, sob
nenhuma forma de relações com profissionais que se utilizam desses
meios para prestar serviços escusos que vão contra aos preceitos
éticos previstos.

Artigo 45:

Todos os yogi’s e profissionais de Yoga, devem evitar críticas ou


fofocas infundadas de outros colegas e na presença dos mesmos
e/ou a clientes criando um ambiente hostil.

Artigo 46:

Respeitar demais colegas de outros métodos ou linhagens de Yoga,


procurando reconhecer seus serviços e suas histórias, sem envolver-
se com nenhum aspecto negativos que por ventura tenham
conhecimento ou informações.
Artigo 47:

Oferecer e acolher todas as pessoas que, por ventura, sejam


oriundos de outras instituições ou métodos, sem envolver-se com
quaisquer motivações para afastar-se de seus lugares anteriores.

Artigo 48:

Todos os guias e preceptores que lideram e fornecem


conhecimentos e orientação formativa, devem fornecer todas as
condições e ambientes saudáveis para promover as instruções e
disciplinas adequadas a cada indivíduo para seus desenvolvimentos
gradualmente.

Artigo 49:

Todos estes acima, devem apoiar e defender em acordo com suas


especificações, associações e instituições que promovam e visem:

i. Defender e apoiar a dignidade e os direitos dos praticantes;


ii. Difundir e aprimorar os preceitos do Yoga em acordo com
suas escrituras eternas;
iii. Harmonizar e unir seu grupo profissional e institucional;
iv. Defender os direitos civis e profissionais dos colegas;
v. Promover o bem-estar das pessoas;

Artigo 50:

Tornar-se-á membro físico e/ou de um comitê, devendo assumir as


atividades de grupo em concordância com a diretoria geral do
Movimento Mundial para o Yoga, assumindo posições e
participações, bem como, apoio a iniciativas que visem o
embasamento profissional e cultural para a defesa legítima dos
interesses do grupo e da associação.

Artigo 51:

Advertências e avisos aos colegas quando observados descuidos,


imprudências e negligências são vistas.

Artigo 52:

Os praticantes, yogis e profissionais em geral, devem manter um


espírito de cooperação, atualização e especialização de seus
conhecimentos técnico-científico e culturais em benefício dos
clientes, profissionalidade e para a causa associativa.

Artigo 53.

Desempenhar suas atividades regulares e diárias, de acordo com


suas convicções com zelo e probidade, além de manter os preceitos
de ética profissional, dos costumes morais, do sentimento cívico e leis
vigentes, preservando as gloriosas tradições, honradez e prestígio do
Yoga ancestral e genuíno.

Artigo 54.

Manter e ocupar cargos e responsabilidades de sua competência,


alcance e especialidade técnica e legal.

Capítulo V:

Das Relações Sociais

Artigo 55:
O Yogi, praticantes em geral, bem como, todos profissionais de
Yoga, tem o dever de respeitar a todas as pessoas indistintamente.
Atender e acolher a todos os alunos/clientes dignamente respeitando
seus direitos independentemente de suas condições quaisquer que
sejam, como cor, raça, credo, condição social, etc...

Artigo 56:

Ante qualquer risco eminente na relação saudável e respeitosa entre


instituição, professor e aluno, a atividade em questão, deve ser
interrompida e as medidas cabíveis devem ser tomadas em ordem,
por qualquer uma das partes acima, salvaguardando o direito de
defesa civil.

Artigo 57:

Todo e qualquer valor sugerido seja pela instituição ou diretamente


pelo professor, prestador do serviço, deverá ter o bom senso de
valores cobrados ao público em geral, observando a flexibilidade de
cada caso em situações de pessoas que realmente necessitam de
cuidados sem possibilidades financeiras.

Artigo 58:

O yogi, praticante de yoga, professores de yoga em geral, exercem


suas atividades concernentes aos seus conhecimentos, como
membro íntegro de uma sociedade, a fim de atender e responder
aos interesses da sociedade em geral e as suas necessidades
apresentadas.
Artigo 59:

De acordo com seus conhecimentos e especializações curriculares


oriundas de uma formação reconhecida, os praticantes, yogis,
professores de yoga, mestres e guru’s se dispõem a respeitar a vida
em todas as suas dimensões, salvaguardando seus direitos humanos,
a ecologia e as boas relações, buscando sempre preservar os valores
nobres de seus alunos/clientes.

Artigo 60:

Se comprometerá em respeitar a vida humana, do momento de sua


concepção à morte, assegurando de jamais envolver-se em atos de
quaisquer naturezas, que visem colocar a vida em eminência de risco
ou cabo, a integridade de toda a ordem, seja, física, psicológica,
moral, ética, etc.; de seus alunos/clientes.

Artigo 61:

Manter conduta exemplar compatível com dignidade e respeito aos


clientes e alunos em geral.

Artigo 62:

Se solicitado, convocado ou de livre e espontânea vontade, deverá


prestar serviços profissionais altruístas à comunidade em geral ou
quaisquer autoridades, governamental, em tempos difíceis, como;
catástrofes, surtos epidêmicos ou pandêmicos, ou mesmo, quaisquer
riscos que a vida humana ou dos seres vivos em geral, possam estar
sofrendo.

Capítulo VI:
Das Relações Legais

Artigo 63:

Todas as pessoas que possuem conhecimento adquirido do Yoga,


praticantes, yogi’s e professores, devem colocar-se a disposição em
quaisquer solicitações judiciais, se necessário.

Artigo 64:

O atuante do Yoga, isto é, como citado várias vezes, yogi’s,


praticantes, professores, etc.; deverá abster-se de atuar como
julgador ou examinador legal em quaisquer áreas de seus
desconhecimentos ou atuação.

Artigo 65:

Diante de qualquer examinação judicial, deverá agir com total


isenção, limitando-se apenas aos domínios de seus conhecimentos e
jamais omitir ou emitir informações desnecessárias ante qualquer
caso em curso.

Artigo 66:

É vedado aos praticantes, yogi’s, professores em geral do Yoga:

I. Atuar como examinador ou investigador de clientes antigos ou


atuais em situações de quaisquer naturezas, por fugir
completamente de seus preceitos ético e morais da vida
yogica.
II. Anunciar, Denunciar, Propagar, Confundir, Atuar, Redigir ou
Examinar, quadros que envolvam propaganda enganosa,
diagnósticos, enunciados clínicos ou patológicos que
descumpram legislações ou exercício ilegais da profissão de
saúde em geral (física ou mental), que fogem sua alçada
profissional, descumprindo com legislações legais ou
suspeitosas.
III. Contrair qualquer proveito próprio de qualquer forma de
gestão ou cargos, laços familiares ou amizade com autoridades
administrativas, judiciais, públicas ou convocar e ser convocado
como examinador de quaisquer situações suspeitosas que não
lhe compete.
IV. O praticante de Yoga, yogi, professor de yoga, exercerá sua
prática e disciplina do Yoga, respeitando as leis vigentes e
trabalhará com a devida competência, responsabilidade e
honestidade, como preceitos dignos ao Yoga e a vida.
V. É vedado aos praticantes de Yoga em geral, aluno ou
professores, atuar em conluio com quaisquer formas de delito
ou atos ilícitos, ou violações ao código de ética, seja ela de
natureza legal ao própria a história e legado do Yoga.

Capítulo VII:

Dos Ganhos e Remuneração Profissional

Artigo 67:

Todo e quaisquer ganhos remunerados será acordado com


dignidade, respeito e valores de acordo com sua trajetória curricular e
prática, na forma de representar a justa ação recíproca entre partes aos
serviços prestados pelos praticantes, yogi’s e professores. Deverá ainda
neste, entender, caso a caso em particular, considerações e adequações
as necessidades sociais, padrões de vida, comunidade local, ajustando,
portanto, a prática em acordo as solicitudes.

Artigo 68:
A remuneração, quando não envolvem as partes diretamente,
como em casos institucionais ou empresariais, deverá ser calculada
criteriosamente as características da atividade em questão e deverá ser
revelado aos clientes ou em acordo com a instituição ou empresa.

Capítulo VIII:

Do Cumprimento, Aplicabilidade e Execução do Código de Ética

Artigo 69:

Qualquer violação ao presente código de ética, provocará sansões


de acordo com a violação evidenciada, que poderão ir desde
advertências verbais ou por escrito até suspensão de um quadro
social, institucional ou mesmo profissional, se necessário.

Artigo 70:

O praticante ou cliente, poderá denunciar à respectiva instância


legal, quaisquer, pessoa, instituição ou situação, se estiver exercendo
uma atividade sem competência correspondente ou licença, que
viole, códigos ou protocolos de formação ou graduação sem a
devida autorização de seu preceptor ou instituição formativa, em
conformidade com as leis aqui estabelecidas.

Artigo 71:

Toda e quaisquer situações que fogem o presente código de


ética, que visa atender a todas as instâncias necessárias para o bem
comum e livre trânsito de trabalho e relações profissionais, deverá
ser apreciada por uma junta ou colegiado de preceptores, mestres
ou guru’s, como fiéis guardiões do legado yogico.

Artigo 72:

O praticante, bem como, todos os profissionais deverão conhecer


e cumprir o presente código de ética, fazer valer e ser valido sua
prática, exercendo as necessidades de atualizações futuras, se
fizerem necessárias.
Apresentador: Swami Shakara Acharya – Vice-residente para o Yoga e diretor do conselho para
questões espirituais e religiosas do Movimento Mundial do Yoga e Ayurveda.

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