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Retenções na fonte e os pagamentos por conta são valores antecipados de

imposto que ao longo do ano o sujeito passivo vai entregando ao estado e que
estão sujeitos ao acerto de conta final depois de encerrado o ano e apresentada
a respetiva declaração de imposto. 

Em que circunstâncias pode haver reembolso de imposto? Em todas aquelas em


que a coleta depois de processadas as deduções a coleta previstas no 108º1 for
inferior ao valor de retenções na fonte eventualmente pagamentos por conta se
os houver efetuados ao longo do ano pelo sujeito passivo. 

Retenções na fonte:  são os valores antecipados de imposto que ao longo do


ano cada sujeito passivo vai entregando nos cofres do estado nos termos
previstos na lei. 

Pagamentos por conta: são também adiantamentos imposto, mas que só


existem quando no ano anterior este sujeito passivo tiver apurado um valor de
imposto a pagar ao estado, o que significa que durante o ano ele pagou menos
do que deveria e por isso ainda deu valor a pagar ao estado então no ano
seguinte o estado, nos termos da lei pode antecipadamente arrecadar daquele
contribuinte o valor de excesso idêntico ao valor apurado no ano anterior, por
isso é que se chama pagamento de conta. 

Enquanto que a retenção na fonte só que é feita mediante rendimentos que são
concretos, reais e que só opera quando o sujeito passivo recebe os
rendimentos, dito de outro modo Se Eu não tiver rendimento também não vou
fazer retenção na fonte porque não pago retenção na fonte. O pagamento por
conta assenta numa presunção segundo a qual sujeito passivo no ano em curso
vai ter rendimentos idênticos ao do ano anterior. E se no anterior feita conta
final teve imposto e entregar nos cofres do estado, o estado no ano seguinte
presume que os rendimentos se mantém estáveis e cobre logo
antecipadamente também esse valor em 3 prestações anuais- pagamento por
conta 

A retenção na fonte é operada em relação ao rendimento concreto e real e


quando este acontece pagamento por conta assenta numa presunção. 

Teste preparação:  

Qnd dá o rendimento líquido, tudo o que esta ate ao 68º já esta resolvido 

Partimos logo para aplicação do art. 68º e 69º, depois calcular a coleta e depois
deduções à coleta. 

 
CASO 1 - Calcule o IRS de António, solteiro, residente no Concelho do
Porto, estudante trabalhador a frequentar o curso de Direito na ULP,
titular dos seguintes rendimentos e despesas, com referência ao ano de
2020. Caracterize as categorias de rendimento em presença e
fundamentando legalmente todas as suas respostas e cálculos. 

  

- Rendimentos brutos auferidos no exercício das suas funções de técnico


superior de informática, ao serviço do Município do Porto = 18. 000,00; 

- Rendimento líquido resultante da prestação de serviços de manutenção


informática por si realizada a dois clientes, no valor anual  de 8.000,00; 

Suportou as seguintes despesas: 

- Despesas com renda de habitação: 480,00 por mês. 

- Despesas com propina da ULP 3.900,00. 

- Despesas com saúde suportadas e não reembolsadas: 450,00 

- Retenções na fonte de IRS = 3600,00. 

- Contribuições para a Segurança Social: 1.980,00 

a. Calcule o Rendimento Líquido global 

b. Calcule o valor de cada despesa relevante para dedução; 

c. Calcule o valor a apagar ou a receber por António com referência ao ano


de 2020. 

Neste caso vocês têm um rendimento bruto com vos obrigava aí ao artigo
25. Quem não tem muito que saber e 18000 − 4104 EUR mas não estão aqui
ainda as despesas todas não é há mais despesas para além destas Mas não há 
quotizações sindicais mas existe renda propina saúde retensões na
fonte contribuições portanto não há quotizações simples. 

Portanto aqui o rendimento líquido que dá são 18000 EUR –4104, como é que
responde a isto? 

Primeiro passo cálculo do rendimento líquido global. para o cálculo do


rendimento líquido global de António temos de considerar os rendimentos
brutos da categoria A porque se trata do trabalho dependente aquele que é
caracterizado como exercício de funções de técnico de informática no município
do Porto nos termos do artigo 2º do código do IRS é um dos casos de tipo é a
prestação de serviços públicos, ou seja, emprego Público e, portanto,
caracterizando esta categoria A, o cálculo do rendimento líquido parto do
grupo considerando as deduções previstas no art. 25º e ora tendo em conta
que o rendimento bruto são 18 mil euros e que o valor das deduções para a SS
foram de 1980 euros, aplicando 25 número 1 alinea o
rendimento liquido calcula se deduzindo aos 18.000-4104 EUR 

E vamos ter 13.896 

Uma vez que neste segundo caso que nós temos em prestação de
serviços claramente como trabalhador independente pois ele é funcionário do
município do Porto. Quer dizer que António tem também rendimentos de
categoria B. Porém  

Porém já nos é fornecido rendimento liquido. 8000 EUR 

Basta nos somar aos 13.896 + 8 mil.- rendimento líquido 

1º Passo para a resolução do caso prático é tal qual essas alíneas, calculo do


rendimento líquido global, portanto começo a responder por aqui alínea a. 

Considerando o enunciado este contribuinte aufere rendimentos de


2 categoiras. A e B. 

Categoria A- Explicar contrato trabalho no município do Porto no artigo


segundo menciona artigos 2º é um caso típico de categoria A. 

Uma vez que o dado é o rendimento bruto ISTO foi as contas que fizemos há
pouco para calcular o líquido na categoria a. 

A segunda fonte de rendimento é a categoria b, prestação de serviços e aqui


como já nos foi dado o valor um aqui basta somar este valor ao outro valor
líquido da categoria a, para calcular o rendimento líquido total. 

O cálculo do rendimento líquido total obedece o que está disposto no artigo 22


do código do irs é uma é uma operação que se designa de englobamento e
consiste no somatório dos rendimentos líquidos de todas as categorias em
presença. Neste caso prático temos 2 categorias. 

B) Cálculo o valor de cada despesa relevante para dedução 

Temos que dizer que das despesas apresentadas há uma com a qual não vamos
trabalhar que é a das contribuições para a segurança social uma vez que esta só
foi relevante para o cálculo do rendimento líquido da categoria A. Nos termos
previstos no artigo 25. 
temos assim as deduções à coleta, todas as despesas enunciadas são relevantes
como deduções à coleta e agora temos que responder como deve ser. está
previsto no artigo 78 do código do irs. 

ARTIGO 78º 

O 78 número 1 enuncia todas as despesas relevantes para as deduções à


coleta. o número 2 acrescenta às anteriores as retenções na fonte de IRS, que
no caso vamos deduzir ao abrigo do artigo 78º2. 

As despesas com a propina saúde e renda são dedutíveis pois encontram-se no


elenco das despesas pessoais comtempladas como deduções a coleta. 

Seguidamente devem então calcular o valor para cada uma das despesas. como
número 3 do artigo 78 nos diz que as deduções à coleta devem ser feitas pela
ordem nele indicado o número 1, vamos seguir o que diz a alínea número
3 para responder esta alínea. 

 Saúde.
Vamos começar com um cálculo da despesa de saúde. Despesa de 450 euros. 

450 x 0, 15=67,50

  Quanto é que nós podemos deduzir para saúde?  neste caso ser 15% sobre o
valor, com limite de 1000 EUR que dá 67,50. 

 Proprina 

78º D 

só irá ser dedutível um montante global correspondente a 30% do valor


suportado com o limite de 800 EUR limite global.  

30% de 3900= 1170 EUR 

Mas o limite são 800 EUR (o segundo limite). deduzimos só 800 euros 

Temos o limite percentual sobre o montante de despesa suportada e depois vai


ter um segundo limite de dos 30% mas estes 30% não podem ultrapassar o
segundo limite 800 EUR no caso da educação. 

 Renda de habitaçao 

Despesa com renda de habitação 480  

As despesas com encargos com imóveis estão previstas no 78 número 1 alínea


E.  

vamos calcular 15% valor.   480 × 12 =5760                15% de 5760 = 864 


temos um segundo limite que são 502 EUR é só ISTO que vamos poder
deduzir. 

 Retenções na fonte de irs- 3600 EUR 

depois de processadas as reduções da coleta anteriormente enunciadas e pela


ordem enunciadas resta-nos deduzir as retenções na fonte NOS termos do
artigo 78 número 2 nas quais da 12 e na totalidade. Ou seja deduzimos 3600
EUR. 

Não tivemos que aplicar o artigo 68 neste caso prático. Porque não perguntava.
Vamos fazer o resto do caso prático  e depois voltar voltamos atrás para
calcular a coleta de António mas no caso prático não perguntava. 

C) Calcule o valor a apagar ou a receber por António com referência ao ano


de 2020. 

Como é que nós calculamos este valor se não calculámos a coleta? era só aqui
que tínhamos calcular a coleta. porque eu só posso dizer que o António tem um
valor a pagar ou receber se calcular o coleta. 

nós tínhamos o rendimento líquido global de 21896 euros. 

Acabamos de calcular as deduções à coleta e agora vamos responder a última


alínea onde na verdade não encontramos a operação mais difícil na resolução
de um caso prático de irs que a aplicação do artigo 68. como aqui ele é solteiro
não temos que ir ao 69. 

68 número 2. ao rendimento líquido global, começámos por dividir o


rendimento líquido global em 2 partes.  Uma igual ao maior dos escalões que
nele couber.  

E a esta primeira parcela vamos aplicar a taxa mais baixa Da coluna b do escalão


desses com um anterior. e o restante aplicámos a taxa da coluna A do próprio
escalão.  

primeiro tenho 21896 EUR. cabe no quarto escalão. 

Considerando o rendimento líquido global desde contribuinte que já


calculamos e que é de 21896 EUR na aplicação do artigo 68 concluímos que
este contribuinte se enquadra no quarto escalao. assim sendo e aplicando o
número 2 do artigo 68 estes 21896 vão ter de se divididos em 2 partes. Uma,
primeira parte, igual ao limite máximo do maior dos escalões nele
couber, Nele no quarto logo ao limite máximo do terceiro. Que é justamente o
limite mínimo do quarto. 

estamos a falar dos 20.322. A esta primeira parte no valor de 20322 vamos
aplicar a taxa da coluna b no terceiro escalão vamos aplicar taxa mais leve (os
objetivo é atenuar os efeitos da progressividade do escalão anterior do escalão
anterior). 

20322 x 22,621% = 4597 euros. 

Primeira parte da coleta calculada. 

A segunda parte é igual rendimento líquido menos aqueles 20322. esta segunda


parte sim eu a rendimento líquido global subtraír a primeira parte ficou 1574.
isso só 1574 EUR é que vão ser tributados à taxa da coluna a que é taxa mais
elevada do quarto escalão que é de 35%. 

1574 vezes 35%= 550,90 EUR 

550,90 + 4597= 5147,90 - coleta 

terminámos a resposta rápido. basta estes 5147,90 deduzir o valor de todas


as deduções a coleta que nós já calculamos. 

5147,90- (67,50- 800 –502- 3600)= 178,40 a pagar 

II – Considerando o caso prático anterior, suponha agora que: 

  

- Em 2019 António vendeu um terreno rústico que herdou de seus avós. O Valor
patrimonial do prédio era de 10.500,00, ao tempo da sua aquisição por herança.
Realizou a venda por 19.000,00. Com este valor celebrou um contrato promessa
de aquisição de uma habitação permanente, pela qual pagará o preço global de
125.000,00. 

A resposta é nenhumas alterações. 

a situação descrita consubstancia e a a realização de uma mais valia. ou seja de


um rendimento qualificado rendimento de categoria g incremento patrimonial. 

para efeitos do cálculo da mais-valia, a mais valia calcular se ia então o cálculo


da diferença dos 19000 e os 10500. mais valia de 8.500 EUR.  NOS termos
conjugados do artigo10º e 43º do CIRS, quando se vende um imóvel realizando
uma mais valia e se depois se reinveste o valor da mais valia para adquirir
habitação própria há isenção de tributação da mais valia. 
No caso em concreto o António vai reinvestir, mas esse revestimento não vai
ajudar lo a não ser tributado porque só estão isentas de mais-valia quando
resultem da venda de habitação que já se têm para comprar outra. 

Só que aqui era um terreno dos avós ainda por cima rústico não é de habitação
e não e a universidade de isenção nenhuma. porém não afecta o irs do António
porque todos os cálculos que vimos se reportavam ao ano de 2020 e a venda
que António fez se fez mas no 19 não afeta. calculado o que ele vendeu para
fazer o contrato promessa ISTO ocorre em  2019 portanto o que quer que tenha
havido teria de ter sido declrado em 2019. 

De todo modo esta mais-valia iria ser tributada mas no ano de 2019. 

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o imposto é só formalmente único Porque ele só porque ele só se torna único a


partir do englobamento até ao englobamento tudo o que temos são diferentes
Fontes de rendimento para cada uma das quais código preve regras próprias
para o cálculo do rendimento líquido. não há tratamento igualitário e igualitária
porque cada fonte tem as suas especificidades. ele é só formalmente único
desde logo por esta razão só passa a funcionar como imposto único a partir do
englobamento. mas esta afirmação faz sentido também por uma segunda razão.
é porque o nosso código AO prever o artigo 71 e 72, deduções à coleta e taxas
especiais trata depois de maneira diferente determinados rendimentos portanto
há rendimentos que podem escapar a progressividade do imposto. 

ou se eu se tiver milhares de euros no banco, recebia uma taxa de juros


simpática seria tributada por retenção na fonte e nada me obriga a englobar no
de rendimento. este rendimento uma vez tributado por retenção na fonte Se Eu
quiser não faço mais nada com ele, posso não englobar  e desta forma este
rendimento vai ser tributado é uma taxa mais baixa que eu próprio rendimento
proveniente do trabalho. 

B. Explique a relevância do artigo 69º do CIRS. 

está previsto que quociente conjugal e é uma técnica para eliminar os efeitos
perversos da progressividade nomeadamente para os casais que queiram
entregar a sua declaração conjunta uma vez que a regra desde 2015 passou a
ser A Entrega em separado. 

C) já respondeu Hoje. sempre que o contribuinte num ano num determinado


ano a por imposto para a entregar ao estado no ano seguinte o estado cobra
esse valor antecipadamente sob a forma de pagamentos por conta. 

D) e do artigo 71e 72. 


as taxas liberatórias são taxas diferentes das do 68. os rendimentos taxados ao
abrigo desta norma ficam liberados englobamento. as taxas especiais artigo e
têm também como resultado que aqueles rendimentos ficam tributados e
quando muito só vai haver englobamento para efeitos de determinação de
taxa. ou seja têm também um tratamento mais favorável do que os restantes
rendimentos. em síntese podemos dizer que todos os rendimentos que estão
previstos para serem tributados por taxas liberatórias e especiais são
rendimentos que têm um tratamento favorável mais favorável que os outros
que vão cair nas taxas gerais do artigo 68 ou seja na tributação progressiva uma
vez que ao abrigo 68 a tributação pode chegar aos 48 e meio por cento mais
um adicional que pode ultrapassar os 52% ao passo que nas taxas liberatórias e
especiais nunca acontece a taxa é única proporcional e muito mais baixa. a taxa
mais normal é dos 28% em todo o caso sempre mais baixas do que as do 68
trata-se de favorecer esses rendimentos tributando  de forma mais leve 

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