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AULA 04 – 30/08/2021

Art. 1.605. Na falta, ou defeito, do termo de nascimento, poderá


provar-se a filiação por qualquer modo admissível em direito:

 Escritura pública em cartório de registro de imóveis,


notas, títulos etc.

I – quando houver começo de prova por escrito, proveniente dos


pais, conjunta ou separadamente;

II – quando existirem veementes presunções resultantes de fatos já


certos.

Art. 1.606. A ação de prova de filiação compete ao filho, enquanto


viver, passando aos herdeiros (ascendentes, descendentes e
colaterais – até 4⁰ grau) , se ele morrer menor ou incapaz.

 Legitimidade compete ao filho enquanto vivo.

 Extingue-se o direito se este morrer sem antes de ter


ajuizado a ação (DIREITO PERSONALÍSSIMO)

Parágrafo único. Se iniciada a ação pelo filho, os herdeiros poderão


continuá-la, salvo se julgado extinto o processo.

Do Reconhecimento dos Filhos

Art. 1.607. O filho havido fora do casamento pode ser reconhecido


pelos pais, conjunta ou separadamente.

Art. 1.608. Quando a maternidade constar do termo do nascimento


do filho, a mãe só poderá contestá-la, provando a falsidade do
termo, ou das declarações nele contidas.

Art. 1.609. O reconhecimento dos filhos havidos fora do casamento


é irrevogável e será feito:

I – no registro do nascimento;
II – por escritura pública ou escrito particular, a ser arquivado em
cartório;

III – por testamento, ainda que incidentalmente manifestado;

IV – por manifestação direta e expressa perante o juiz, ainda que o


reconhecimento não haja sido o objeto único e principal do ato que o
contém.

 Seja em ata criminal, cível etc.

Parágrafo único. O reconhecimento pode preceder o nascimento do


filho ou ser posterior ao seu falecimento, se ele deixar
descendentes.

Art. 1.610. O reconhecimento não pode ser revogado, nem mesmo


quando feito em testamento.

 Reconhecimento de filiação é irrevogável

Art. 1.611. O filho havido fora do casamento, reconhecido por um


dos cônjuges, não poderá residir no lar conjugal sem o
consentimento do outro.

Art. 1.612. O filho reconhecido, enquanto menor, ficará sob a


guarda do genitor que o reconheceu, e, se ambos o
reconheceram e não houver acordo, sob a de quem melhor
atender aos interesses do menor.

Art. 1.613. São ineficazes a condição e o termo apostos ao ato de


reconhecimento do filho.

 Aposto é colocado

 Oposto é obstado

 Reconhecimento de filiação é ato puro e simples


Art. 1.614. O filho maior não pode ser reconhecido sem o seu
consentimento, e o menor pode impugnar o reconhecimento, nos
quatro anos que se seguirem à maioridade, ou à emancipação.

Art. 1.615. Qualquer pessoa, que justo interesse (jurídico) tenha,


pode contestar a ação de investigação de paternidade, ou
maternidade.

Art. 1.616. A sentença que julgar procedente a ação de


investigação produzirá os mesmos efeitos do reconhecimento;
mas poderá ordenar que o filho se crie e eduque fora da companhia
dos pais ou daquele que lhe contestou essa qualidade.

Art. 1.617. A filiação materna ou paterna pode resultar de


casamento declarado nulo, ainda mesmo sem as condições do
putativo.

 A nulidade no Direito de Família pode convalescer

Da Adoção

Art. 1.618.  A adoção de crianças e adolescentes será deferida na


forma prevista pela Lei n  o  8.069, de 13 de julho de 1990 –
Estatuto da Criança e do Adolescente. (Redação dada pela Lei nº
12.010, de 2009) Vigência

Art. 1.619.  A adoção de maiores de 18 (dezoito) anos – desde que


haja o consentimento deste, dependerá da assistência efetiva do
poder público e de sentença constitutiva, aplicando-se, no que
couber, as regras gerais da Lei n o 8.069, de 13 de julho de 1990 –
Estatuto da Criança e do Adolescente. (Redação dada pela Lei nº
12.010, de 2009) Vigência

 Aplica-se o ECA para os menores incapazes e o C.C frente


aos maiores e, subsidiariamente, o ECA.

Art. 1.620. a 1.629. (Revogados pela Lei nº 12.010, de


2009) Vigência

Do Poder FAMILIAR
Art. 1.630. Os filhos estão sujeitos ao poder familiar, enquanto
menores.

Art. 1.631. Durante o casamento e a união estável, compete o


poder familiar aos pais; na falta ou impedimento de um deles, o
outro o exercerá com exclusividade.

Parágrafo único. Divergindo os pais quanto ao exercício do poder


familiar, é assegurado a qualquer deles recorrer ao juiz para
solução do desacordo.

Art. 1.632. A separação judicial, o divórcio e a dissolução da união


estável não alteram as relações entre pais e filhos senão quanto
ao direito, que aos primeiros cabe, de terem em sua companhia os
segundos.

Art. 1.633. O filho, não reconhecido pelo pai, fica sob poder familiar
exclusivo da mãe; se a mãe não for conhecida ou capaz de exercê-
lo, dar-se-á tutor ao menor.

Do Exercício do Poder Familiar

Art. 1.634.  Compete a ambos os pais, qualquer que seja a sua


situação conjugal, o pleno exercício do poder familiar, que
consiste em, quanto aos filhos: (Redação dada pela Lei nº 13.058,
de 2014)

I – dirigir-lhes a criação e a educação; (Redação dada pela Lei nº


13.058, de 2014)

II – exercer a guarda unilateral ou compartilhada nos termos do


art. 1.584; (Redação dada pela Lei nº 13.058, de 2014)

III – conceder-lhes ou negar-lhes consentimento para


casarem;  (Redação dada pela Lei nº 13.058, de 2014)

IV – conceder-lhes ou negar-lhes consentimento para viajarem ao


exterior; (Redação dada pela Lei nº 13.058, de 2014)
V – conceder-lhes ou negar-lhes consentimento para mudarem
sua residência permanente para outro Município;   (Redação dada
pela Lei nº 13.058, de 2014)

VI – nomear-lhes tutor por testamento ou documento autêntico,


se o outro dos pais não lhe sobreviver, ou o sobrevivo não puder
exercer o poder familiar; (Redação dada pela Lei nº 13.058, de
2014)

VII – representá-los judicial e extrajudicialmente até os 16


(dezesseis) anos, nos atos da vida civil, e assisti-los, após essa
idade, nos atos em que forem partes, suprindo-lhes o
consentimento;  (Redação dada pela Lei nº 13.058, de 2014)

VIII – reclamá-los de quem ilegalmente os detenha; (Incluído pela


Lei nº 13.058, de 2014)

IX – exigir que lhes prestem obediência, respeito e os serviços


próprios de sua idade e condição. (Incluído pela Lei nº 13.058, de
2014)

Da Suspensão e Extinção do Poder Familiar

Art. 1.635. Extingue-se o poder familiar:

I – pela morte dos pais ou do filho;

II – pela emancipação, nos termos do art. 5 o , parágrafo único;

III – pela maioridade;

IV – pela adoção;

 Frente à família anterior rompe-se qualquer parentesco


natural / civil. Todavia, para os impedimentos
matrimoniais continua-se aquele.

V – por decisão judicial, na forma do artigo 1.638.


Art 1.636. O pai ou a mãe que contrai novas núpcias, ou estabelece
união estável, não perde, quanto aos filhos do relacionamento
anterior, os direitos ao poder familiar, exercendo-os sem qualquer
interferência do novo cônjuge ou companheiro.

Parágrafo único. Igual preceito ao estabelecido neste artigo aplica-


se ao pai ou à mãe solteiros que casarem ou estabelecerem união
estável.

Art. 1.637. Se o pai, ou a mãe, abusar de sua autoridade, faltando


aos deveres a eles inerentes ou arruinando os bens dos filhos, cabe
ao juiz, requerendo algum parente, ou o Ministério Público, adotar a
medida que lhe pareça reclamada pela segurança do menor e
seus haveres, até suspendendo o poder familiar, quando
convenha.

Parágrafo único. Suspende-se igualmente o exercício do poder


familiar ao pai ou à mãe condenados por sentença irrecorrível,
em virtude de crime cuja pena exceda a dois anos de prisão.

Art. 1.638. Perderá por ato judicial o poder familiar o pai ou a mãe
que:

I – castigar imoderadamente o filho;

II – deixar o filho em abandono;

III – praticar atos contrários à moral e aos bons costumes;

IV – incidir, reiteradamente, nas faltas previstas no artigo


antecedente.

V – entregar de forma irregular o filho a terceiros para fins de


adoção. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017)

Parágrafo único. Perderá também por ato judicial o poder familiar


aquele que: (Incluído pela Lei nº 13.715, de 2018)

I – praticar contra outrem igualmente titular do mesmo poder


familiar: (Incluído pela Lei nº 13.715, de 2018)
a) Homicídio, feminicídio ou lesão corporal de natureza grave
ou seguida de morte, quando se tratar de crime doloso
envolvendo violência doméstica e familiar ou menosprezo
ou discriminação à condição de mulher; (Incluído pela Lei
nº 13.715, de 2018)

b) Estupro ou outro crime contra a dignidade sexual sujeito à


pena de reclusão; (Incluído pela Lei nº 13.715, de 2018)

II – praticar contra filho, filha ou outro descendente: (Incluído pela


Lei nº 13.715, de 2018)

a) Homicídio, feminicídio ou lesão corporal de natureza grave


ou seguida de morte, quando se tratar de crime doloso
envolvendo violência doméstica e familiar ou menosprezo
ou discriminação à condição de mulher; (Incluído pela Lei
nº 13.715, de 2018)

b) Estupro, estupro de vulnerável ou outro crime contra a


dignidade sexual sujeito à pena de reclusão. (Incluído pela
Lei nº 13.715, de 2018)

Do Regime de Bens entre os Cônjuges

Art. 1.639. É lícito aos nubentes, antes de celebrado o casamento,


estipular, quanto aos seus bens, o que lhes aprouver.

§ 1 o O regime de bens entre os cônjuges começa a vigorar desde a


data do casamento.

§ 2 o É admissível alteração do regime de bens, mediante


autorização judicial em pedido motivado de ambos os cônjuges,
apurada a procedência das razões invocadas e ressalvados os
direitos de terceiros.
Art. 1.640. Não havendo convenção, ou sendo ela nula ou ineficaz,
vigorará, quanto aos bens entre os cônjuges, o regime da
comunhão parcial.

 Os bens adquiridos após o casamento deverão ser


partilhados. Outrossim, referente aqueles declarados
antes da sociedade conjugal serão de cunho particular.

Parágrafo único. Poderão os nubentes, no processo de habilitação,


optar por qualquer dos regimes que este código regula. Quanto à
forma, reduzir-se-á a termo a opção pela comunhão parcial, fazendo-
se o pacto antenupcial por escritura pública, nas demais
escolhas.

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