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CFC De A a Z [PROVA EXAME CFC 2019.

2/COMENTADA]

Curso CFC De A a Z
Prova Comentada: Exame CFC 2019.2
Olá, pessoal! Tudo bem com vocês? Espero que sim!
Encaminho a seguir a correção da Prova do Exame de Suficiência 2019.2, aplicada
pela Consulplan, dia 27 de outubro de 2019.
Como todas as outras, foi uma prova bastante complicada e diferente das demais, o
que reforça a necessidade de se estudar com muita antecedência, já que não é
possível estabelecer um parâmetro para o que cairá na próxima prova.
Em síntese: você tem que evoluir bastante e estar pronto para uma verdadeira
batalha!
Por isso, o CFC De A a Z é um curso que veio para te ajudar.
Além desta prova comentada, há muitas centenas de questões comentadas no curso,
todas anteriores do Exame.
Pode ter certeza de que, ao final, você estará muito melhor preparado para realizar a
prova do que hoje!
Como funciona o CFC De A a Z? Resumindo em poucas palavras: é um curso objetivo,
com vídeos, livros digitais, provas anteriores comentadas, grupo no Telegram, aulas
exclusivas, semana de revisão de véspera, simulados, plano de estudos e muito mais.
E, acredite, tudo isso por um preço que cabe no seu bolso!
Caso queira conhecer o nosso curso, basta entrar no site cfcdeaaz.com. Será um
prazer ter você no nosso time.
Um grande abraço.

Prof. Gabriel Rabelo


CFC De A a Z

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CFC De A a Z [PROVA EXAME CFC 2019.2/COMENTADA]

LISTA DE QUESTÕES COMENTADAS


Questão 1 ............................................................................................................................................... 4
Questão 2 ............................................................................................................................................... 5
Questão 3 ............................................................................................................................................... 6
Questão 4 ............................................................................................................................................... 8
Questão 5 ............................................................................................................................................. 10
Questão 6 ............................................................................................................................................. 11
Questão 7 ............................................................................................................................................. 12
Questão 8 ............................................................................................................................................. 14
Questão 9 ............................................................................................................................................. 16
Questão 10 ........................................................................................................................................... 18
Questão 11 ........................................................................................................................................... 21
Questão 12 ........................................................................................................................................... 22
Questão 13 ........................................................................................................................................... 23
Questão 14 ........................................................................................................................................... 25
Questão 15 ........................................................................................................................................... 26
Questão 16 ........................................................................................................................................... 27
Questão 17 ........................................................................................................................................... 29
Questão 18 ........................................................................................................................................... 31
Questão 19 ........................................................................................................................................... 32
Questão 20 ........................................................................................................................................... 34
Questão 21 ........................................................................................................................................... 36
Questão 22 ........................................................................................................................................... 40
Questão 23 ........................................................................................................................................... 42
Questão 24 ........................................................................................................................................... 42
Questão 25 ........................................................................................................................................... 43
Questão 26 ........................................................................................................................................... 44
Questão 27 ........................................................................................................................................... 45
Questão 28 ........................................................................................................................................... 46
Questão 29 ........................................................................................................................................... 49
Questão 30 ........................................................................................................................................... 50
Questão 31 ........................................................................................................................................... 50
Questão 32 ........................................................................................................................................... 52
Questão 33 ........................................................................................................................................... 53
Questão 34 ........................................................................................................................................... 54
Questão 35 ........................................................................................................................................... 55
Questão 36 ........................................................................................................................................... 56
Questão 37 ........................................................................................................................................... 57
Questão 38 ........................................................................................................................................... 58
Questão 39 ........................................................................................................................................... 58
Questão 40 ........................................................................................................................................... 59
Questão 41 ........................................................................................................................................... 60
Questão 42 ........................................................................................................................................... 61
Questão 43 ........................................................................................................................................... 63
Questão 44 ........................................................................................................................................... 64

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Questão 45 ........................................................................................................................................... 65
Questão 46 ........................................................................................................................................... 66
Questão 47 ........................................................................................................................................... 67
Questão 48 ........................................................................................................................................... 69
Questão 49 ........................................................................................................................................... 71
Questão 50 ........................................................................................................................................... 72

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Questão 1
01. (Consulplan/Exame CFC/2019.2) A Sociedade Empresária adquiriu, a prazo, mercadorias para
revenda pelo valor de R$ 300.000,00, com incidência de ICMS de R$ 51.000,00 incluído na NF.
Adicionalmente, pagou, à vista, R$ 5.000,00 a título de frete para transporte das mercadorias, sem
incidência de ICMS. Tendo como referência apenas essas informações apresentadas, o lançamento
contábil que melhor registra essa operação é:

Comentários:
O valor de aquisição é de R$ 300.000,00. O ICMS é um tributo por dentro, por isso, como as
mercadorias são para revenda, ele deve ser retirado (tributo recuperável ou não cumulativo),
ficando destacado em uma conta chamada ICMS a Recuperar.
O frete sobre compra deve integrar o preço da mercadoria.
O lançamento fica da seguinte forma:
Compras líquidas: R$ 300.000,00 – R$ 51.000,00 + 5.000,00 = R$ 254.000,00
D – Mercadorias 254.000,00
D – ICMS a Recuperar 51.000,00
C – Fornecedores 300.000,00
C – Caixa 5.000,00
Gabarito, portanto, letra c.
Quanto às demais alternativas:
a) Errada, pois os valores de débitos e créditos não batem, afrontando o método das partidas
dobradas.
b) Errada, pois lança o frete como despesa administrativa, quando, na realidade, ele deve integrar o
custo do estoque. Além disso, o valor dos débitos e créditos não batem.
d) Errada, pois lança o ICMS como despesa tributária. Valor dos débitos e créditos não batem
também.
Gabarito  C.

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Questão 2
02. (Consulplan/Exame CFC/2019.2) Em 31/12/2018, a Sociedade Empresária apresentou, após
apuração e distribuição de seus resultados, as seguintes informações contábeis de algumas contas
e seus respectivos saldos:

Baseando-se apenas nas informações apresentadas, o saldo da conta Capital Subscrito e o valor
total do Patrimônio Líquido são, respectivamente:
A) R$ 822.500,00 e R$ 647.500,00
B) R$ 337.000,00 e R$ 822.500,00
C) R$ 337.000,00 e R$ 647.500,00
D) R$ 485.500,00 e R$ 647.500,00
Comentários:
Para resolver essa questão, podemos utilizar a equação fundamental da contabilidade.
Ativo = Passivo + Patrimônio Líquido.
Vamos encontrar o ativo e passivo. O que sobrar é o PL.
Ativo Valor
Duplicatas a receber R$ 180.000,00
Imobilizado e Intangível R$ 325.000,00
Estoque R$ 235.000,00
IRPJ a Compensar R$ 82.500,00
Total do ativo R$ 822.500,00
Passivo
Títulos a pagar R$ 90.000,00
Fornecedores R$ 85.000,00
Total do passivo R$ 175.000,00

Logo, o patrimônio líquido será de R$ 822.500 – 175.000 = R$ 647.500,00.


Podemos eliminar a letra b.
Agora, sabendo que o PL é R$ 647.500,00, podemos ver quais contas foram apresentadas do PL na
questão:

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Patrimônio líquido R$ 647.500,00


Reserva Ágio R$ 85.000,00
Reserva Legal R$ 80.500,00
Reserva Estatutária R$ 145.000,00
Capital Social X

Logo, o capital social será de X = 647.500 – 85.000 – 80.500 – 145.000 = R$ 337.000,00.


Gabarito  C.

Questão 3
03. (Consulplan/Exame CFC/2019.2) Uma Sociedade Empresária foi constituída em 15/06/2015,
com a subscrição de 300.000 ações de valor nominal de R$ 2,50 cada uma. A integralização de parte
do capital, nessa mesma data se deu da seguinte forma: 15% representado por uma máquina; 25%
em moeda corrente e 15% por um conjunto de lojas. Considerando apenas as informações
apresentadas anteriormente é correto afirmar que:
A) O Passivo Exigível é de R$ 412.500,00.
B) O Patrimônio Líquido é de R$ 750.000,00.
C) O Capital a Integralizar é de R$ 337.500,00.
D) O Capital Integralizado é de R$ 187.500,00.
Comentários:
15/06/2015. O capital é de R$ 750.000,00. Como houve apenas a subscrição, lançaremos:
300.000 x 2,50 = R$ 750.000,00
Capital a integral. Capital subscrito
750.000,00 750.000,00

Vamos agora para a integralização...


Máquina: 15% x 750.000 = 112.500,00, Moeda Corrente: 25% x 750.000 = 187.500,00, Lojas: 15% x
750.000 = 112.500,00. Ficará da seguinte forma:
Capital a integral. Capital subscrito
750.000,00 112.500,00 750.000,00
187.500,00
112.500,00
750.000,00 412.500,00
337.500,00

Máquinas Caixa
112.500,00 187.500,00

Lojas
112.500,00

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Os saldos ficarão:
Ativo
Caixa R$ 187.500,00
Máquinas R$ 112.500,00
Lojas R$ 112.500,00
Total do ativo R$ 412.500,00
Patrimônio líquido
Capital subscrito R$ 750.000,00
(-) Capital a integralizar -R$ 337.500,00
Total do PL R$ 412.500,00
Analisemos as alternativas:
A) O Passivo Exigível é de R$ 412.500,00.
Errado. Não há passivo exigível.
B) O Patrimônio Líquido é de R$ 750.000,00.
Errado. O PL é de R$ 412.500,00.
C) O Capital a Integralizar é de R$ 337.500,00.
Correto. Este é o nosso gabarito.
D) O Capital Integralizado é de R$ 187.500,00.
Incorreto. O capital integralizado é de R$ 412.500,00.
Gabarito  C.

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Questão 4
04. (Consulplan/Exame CFC/2019.2) A Sociedade Empresária criada em janeiro de 2018, quando
iniciou suas atividades, apresentou ao final do ano as seguintes contas com seus respectivos saldos
na sua contabilidade, após destinação do resultado apurado.

A partir dos dados apresentados ao final do ano de 2018, o valor total do Ativo Não Circulante
Imobilizado é de:
A) R$ 40.200,00
B) R$ 53.700,00
C) R$ 54.200,00
D) R$ 67.700,00
Comentários:
São contas do ativo não circulante imobilizado:
ATIVO NÃO CIRCULANTE IMOBILIZADO
Imóveis de Uso R$ 35.000,00
Veículos de Uso R$ 8.000,00
Depreciação Acumulada de Imóveis -R$ 1.600,00
Depreciação Acumulada de Veículos -R$ 1.200,00

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Total do Imobilizado R$ 40.200,00

Mas vamos classificar as demais.


Conta Valor Classificação
Bancos conta Movimento R$ 8.000,00 Ativo Circulante
Títulos a Pagar R$ 21.500,00 Passivo Circulante
Imóveis de Uso R$ 35.000,00 ANC Imobilizado
Ações em Tesouraria R$ 3.000,00 Redutora do PL
Fornecedores R$ 26.000,00 Passivo Circulante
Mercadorias para Revenda R$ 34.000,00 Ativo Circulante
Marcas e Patentes R$ 8.500,00 ANC Intangível
Capital Subscrito R$ 50.000,00 Patrimônio Líquido
Adiantamento a Fornecedores R$ 6.000,00 Ativo Circulante
Veículos de Uso R$ 8.000,00 ANC Imobilizado
Investimentos em Coligadas R$ 5.000,00 ANC Investimentos
Reserva Legal R$ 2.500,00 Patrimônio Líquido
Adiantamento Recebido de Clientes R$ 6.000,00 Passivo Circulante
Depreciação Acumulada de Imóveis R$ 1.600,00 ANC Imobilizado
Títulos a Receber R$ 9.000,00 Ativo Circulante
Capital a Integralizar R$ 8.000,00 Redutora do PL
Salários a Pagar R$ 5.020,00 Passivo Circulante
Propriedades para Investimentos R$ 14.000,00 ANC Investimentos
Impostos a Recolher R$ 3.820,00 Passivo Circulante
Dividendos a Pagar R$ 4.300,00 Passivo Circulante
Reserva Estatutária R$ 2.100,00 Patrimônio Líquido
Depreciação Acumulada de Veículos R$ 1.200,00 ANC Imobilizado
Clientes R$ 16.540,00 Ativo Circulante
Empréstimo Bancário R$ 25.000,00 Passivo Circulante

Gabarito  A.

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Questão 5
05. (Consulplan/Exame CFC/2019.2) A Gerência de Recursos Humanos de uma Sociedade
Empresária, após a apuração das horas trabalhadas de seu empregado no mês de abril de 2018,
elaborou a folha de pagamentos do mês para ser paga no 5º dia útil do mês de maio, da qual foram
extraídos os seguintes dados:
Parcelas Valores
Salário-Base do mês 04/18 R$ 1.800,00
15 horas extras pagas em dobro R$ 245,40
INSS – parte do empregado R$ 224,99
Vale Transporte – parte do empregado R$ 130,00
FGTS do mês R$ 163,63
Vale Transporte – parte da empresa R$ 240,00
Após verificar que não havia saldos de períodos anteriores, com base nos dados apresentados e
acatando o regime de competência de exercícios, o saldo líquido da conta “Salários a Pagar” da
Sociedade Empresária, em 30 de abril de 2018, é de:
A) R$ 1.450,41
B) R$ 1.690,41
C) R$ 1.766,78
D) R$ 1.930,41
Comentários:
O gabarito preliminar da banca foi a letra d. Contudo, após os recursos, houve mudança para a letra
b.
O INSS parte do empregado é descontado do valor a pagar, pois a empresa retém como substituto
tributário, pagando o valor para o Governo.
O vale transporte também não é computado como remuneração, por isso, a empresa deve calcular
de forma separada.
O cálculo correto é o seguinte:
Salário-Base do mês 04/18 R$ 1.800,00
15 horas extras pagas em dobro R$ 245,40
Vale Transporte – parte do empregado (R$ 130,00)
INSS – parte do empregado (R$ 224,99)
Salários a pagar R$ 1.690,41
Somamos o salário com as horas extras. Disso, subtraímos a parte do empregado relativa ao vale
transporte. Isso é descontado do salário dele, bem como o INSS.
Chegaremos ao valor líquido a pagar de R$ 1.690,41.
O FGTS e o vale transporte parte da empresa não computados como salários a pagar.

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FGTS do mês R$ 163,63


Vale Transporte – parte da empresa R$ 240,00
Gabarito  B.

Questão 6
06. (Consulplan/Exame CFC/2019.2) Uma Sociedade Empresária de comércio varejista apresentou
nos meses de janeiro a março de 2018 as seguintes movimentações de compras, vendas e
devoluções de um certo produto em seu estoque:
01 – O saldo em estoque desse produto em 31/12/2017 era 250 unidades a R$ 3,00 cada.
02 – Em 10 de janeiro foram vendidas 80 unidades pelo valor de R$ 416,00.
03 – Em 15 de janeiro foram vendidas 100 unidades pelo valor de R$ 480,00.
04 – Em 28 de janeiro foram compradas 300 unidades a R$ 4,48 cada.
05 – Em 10 de fevereiro foram vendidas 150 unidades pelo valor total de R$ 750,00.
(Não considere tributos incidentes nas operações.)
Considere que a Sociedade Empresária adota o método da Média Ponderada Móvel, para controle
e avaliação do estoque de seus produtos, em 28 de fevereiro de 2018. Em relação a esse produto, é
correto afirmar que o valor total em estoque, o somatório do CMV e o somatório da receita bruta
são, respectivamente:
A) R$ 660,00; R$ 924,00; e, R$ 1.170,00.
B) R$ 924,00; R$ 990,00; e, R$ 1.646,00.
C) R$ 1.170,00; R$ 924,00; e, R$ 1.646,00.
D) R$ 924,00; R$ 1.170,00; e, R$ 1.646,00.
Comentários:
Vamos montar a tabela de controle de estoques. Cabe frisar que a questão disse que o controle de
estoques é feito pela média ponderada móvel.
Entradas Saídas Saldo
Data Quant. Valor Unit. Total Quant. Valor Unit. Total Quant. Valor Unit. Total
31/12/2017 250 3 750
10/01/2018 80 3 240 170 3 510
15/01/2018 100 3 300 70 3 210
28/01/2018 300 4,48 1344 370 4,20 1554
10/02/2018 150 4,2 630 220 4,20 924
CMV 1170 EST. FINAL 924

Tendo o CMV e o estoque final já poderíamos apontar a alternativa correta, que é a letra d.
Todavia, para encontrar a receita bruta, basta fazermos a soma dos preços de venda: R$ 416 + R$
480 + R$ 750,00 = R$ 1.646,00.
Gabarito  D.

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Questão 7
07. (Consulplan/Exame CFC/2019.2) Os registros e lançamentos contábeis realizados na
Contabilidade de uma Sociedade Empresária provocam alterações e modificações nos principais
grupos de contas do Patrimônio. A partir de algumas transações e operações ocorridas no
Patrimônio no mês de abril de 2018, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.
( ) O pagamento de uma despesa de salários de empregados do mês anterior, no dia 05 do mês
seguinte, diminui o Ativo e o Passivo Exigível e não gera nenhuma mudança no Patrimônio Líquido.
( ) A compra de ações da própria empresa, à vista, diminui o Ativo, não afeta o Passivo Exigível e
aumenta o Patrimônio Líquido.
( ) A compra a prazo de um Imobilizado altera o Ativo, altera o Passivo Exigível e aumenta o
Patrimônio Líquido.
A sequência está correta em
A) F, F, V.
B) F, V, F.
C) V, F, F.
D) V, V, F.
Comentários:
Vejamos um a um...
(V) O pagamento de uma despesa de salários de empregados do mês anterior, no dia 05 do mês
seguinte, diminui o Ativo e o Passivo Exigível e não gera nenhuma mudança no Patrimônio
Líquido.
Item correto. Cabe lembrar que na contabilidade existe o regime de competência.
Aqui, temos de saber o seguinte: o salário deve ser reconhecido mês a mês pela empresa como
despesa, como propõe o regime de competência (receitas e despesas devem ser reconhecidas
quando ocorrem, independentemente de pagamento ou recebimento).
Assim, não importa se o salário será pago ou não naquele momento, a despesa ocorrerá quando o
funcionário prestar o serviço e o valor for a ele devido. Essa regra não vale para os funcionários da
produção.
A contrapartida desta conta de despesa será uma conta de passivo chamada salários a pagar, já que
surge uma obrigação para a empresa, qual seja, de liquidar a dívida perante os trabalhadores.
O lançamento para reconhecer o salário devido no mês é:
D – Despesas de salários (Resultado) XX,XX
C – Salários a pagar (Passivo) XX,XX
Posteriormente, quando o salário for pago, é lançado:
D – Salários a pagar (Passivo) XX,XX
C – Disponível (Caixa ou bancos – Ativo) XX,XX

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Portanto, este segundo lançamento é o solicitado pela questão. Diminui o ativo, diminui o passivo,
mas não afeta o valor do patrimônio líquido.
(F) A compra de ações da própria empresa, à vista, diminui o Ativo, não afeta o Passivo Exigível e
aumenta o Patrimônio Líquido.
Exemplo: A entidade efetuou a compra de ações da própria empresa, no valor de R$ 5.000,00.
Supondo que determinado sócio decide que quer vender parte de sua participação na empresa,
cujo custo é de R$ 5.000,00. A empresa quer aproveitar o ensejo para retirar estas ações de
circulação, temporariamente.
Uma opção viável é a compra destas ações, mantendo-as em tesouraria. Contabilmente, estas
ações são chamadas de ações em tesouraria. Não vamos tratar aqui do ágio e deságio na compra e
venda das ações em tesouraria.
A conta ações em tesouraria ficará reduzindo o PL. Afinal, está havendo uma redução do capital
social. A contrapartida é a saída de dinheiro da conta caixa ou bancos.

Ações em tesouraria = Retificadora do PL


Lançamentos:
D – Ações em tesouraria (Redutora do PL) 5.000,00
C – Caixa (Ativo) 5.000,00
(F) A compra a prazo de um Imobilizado altera o Ativo, altera o Passivo Exigível e aumenta o
Patrimônio Líquido.
A compra de imobilizado a prazo aumenta o valor do ativo e aumenta o valor do passivo, mas não
altera o total do patrimônio líquido.
Item incorreto.
Gabarito  C.

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Questão 8
08. (Consulplan/Exame CFC/2019.2) A Sociedade Empresária apresentou em 31/12/2018 os
seguintes dados de transações realizadas no período:
Dados Valores
Despesas Bancárias R$ 6.800,00
Estoque Inicial de Mercadorias para Revenda R$ 35.500,00
Juros Recebidos de Clientes R$ 4.680,00
Receita de Aplicação Financeira R$ 8.420,00
Compras Líquidas de Mercadorias no Período R$ 145.000,00
Despesas de Salários e Encargos Sociais R$ 14.500,00
Receita com Vendas de Mercadorias – Valor Total da NF R$ 286.400,00
ICMS a Recolher R$ 24.038,00
ICMS Recuperável – Destacado na NF de Compras R$ 24.650,00
ICMS sobre Vendas – Destacado na NF de Vendas R$ 48.688,00
Outras Despesas Administrativas R$ 2.800,00
Estoque Final de Mercadorias para Revenda R$ 24.600,00
Comissões Sobre Vendas R$ 4.296,00
A partir dos dados apresentados, a Sociedade Empresária apurou o seguinte resultado:
A) Lucro Bruto no valor de R$ 237.712,00.
B) Receita Líquida de Vendas de R$ 81.812,00.
C) Lucro Antes dos Tributos sobre o Lucro de R$ 66.516,00.
D) Lucro Antes das Despesas e Receitas Financeiras de R$ 53.416,00.
Comentários:
Vamos montar a estrutura da demonstração do resultado do exercício de acordo com o CPC 26.
Mas antes, vamos ver a estrutura desta demonstração segundo o Pronunciamento.
LEI 6404/76. CPC 26 – Apresentação das Demonstrações Contábeis.
Receita Bruta
(-) Deduções das Vendas
Receita Líquida Receitas
(-) CMV (-) CMV
Lucro Bruto Lucro bruto
(-) Despesas (-) Despesas
--- Vendas --- Vendas
--- Gerais e administrativas --- Gerais e administrativas
--- Outras despesas operacionais --- Outras despesas e receitas operacionais
--- Financeiras, deduzidas as receitas --- Resultado equivalência Patrimonial
Lucro ou prejuízo operacional Resultado antes Receitas e Despesas financeiras
Outras receitas e outras despesas Despesas e Receitas financeiras
Resultado antes IR Resultado antes tributos sobre o lucro
(-) Provisão IR (-) Despesas tributos sobre o lucro
(-) Participações: (=) Resultado das operações continuadas

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--- Debêntures +/- Resultado líquido das operações descontinuadas


--- Empregados

---- Administradores Resultado líquido do período


--- Partes Beneficiárias
--- Fundos de pensão
Lucro ou prejuízo líquido do exercício
Lucro ou prejuízo por ação

É importante conhecer a estrutura tanto pela Lei 6.404/76, como pela NBC TG 26.
Antes de começar, vamos apurar o CMV:
Estoque inicial R$ 35.500,00
Compras Líquidas de Mercadorias no Período R$ 145.000,00
(-) Estoque Final -R$ 24.600,00
CMV R$ 155.900,00

Agora vamos montar a demonstração do resultado do exercício:


Receita com Vendas de Mercadorias – Valor Total da NF R$ 286.400,00
( -) ICMS sobre Vendas – Destacado na NF de Vendas -R$ 48.688,00
Receita líquida R$ 237.712,00
(-) CMV (Estoque Inicial + Compras Líquidas - Estoque Final) -R$ 155.900,00
Lucro Bruto R$ 81.812,00
(-) Despesas de salários -R$ 14.500,00
(-) Outras despesas administrativas -R$ 2.800,00
(-) Comissões sobre vendas -R$ 4.296,00
Lucro antes do resultado financeiro R$ 60.216,00
(-) Despesas bancárias -R$ 6.800,00
Juros Recebidos de Clientes R$ 4.680,00
Receita de aplicação financeira R$ 8.420,00
Lucro antes dos tributos sobre o lucro R$ 66.516,00

Nosso gabarito, portanto, é a letra c.


A) Lucro Bruto no valor de R$ 237.712,00.
Errado. O lucro bruto é de R$ 81.812,00.
B) Receita Líquida de Vendas de R$ 81.812,00.
Errado. A receita líquida é de R$ 237.712,00.
C) Lucro Antes dos Tributos sobre o Lucro de R$ 66.516,00.
Este é o nosso gabarito.
D) Lucro Antes das Despesas e Receitas Financeiras de R$ 53.416,00.
Errado. O lucro antes das despesas e receitas financeiras é de R$ 60.216,00.
Gabarito  C.

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Questão 9
09. (Consulplan/Exame CFC/2019.2) A sociedade Empresária elaborou, em 31/12/2018, a sua
Demonstração de Resultado do Exercício, conforme apresentado e, como determina a legislação
societária, é obrigada a elaborar e divulgar a Demonstração do Valor Adicionado – DVA.
Receita Bruta com Vendas R$ 180.000,00
(-) Impostos Incidentes – ICMS sobre Vendas –R$ 30.600,00
= Receita Líquida de Vendas R$ 149.400,00
(-) CMV – Custo das Mercadorias Vendidas –R$ 85.600,00
= Lucro Bruto com Vendas R$ 63.800,00
(-) Despesas Operacionais
Com Pessoal –R$ 14.500,00
Depreciação de Imobilizado –R$ 9.800,00
= Lucro Antes das Despesas e Receitas Financeiras R$ 39.500,00
(-) Despesas Financeiras (Juros Pagos) –R$ 2.800,00
+ Receitas Financeiras (Juros Recebidos) R$ 4.300,00
= Lucro Antes dos Tributos sobre o Lucro R$ 41.000,00
Tributos sobre o Lucro R$ 13.530,00
= Lucro Líquido do Exercício R$ 27.470,00
A partir das informações apresentadas pela DRE – Demonstração do Resultado do Exercício, o Valor
Adicionado Líquido Produzido Pela Entidade é:
A) R$ 27.470,00
B) R$ 88.900,00
C) R$ 94.400,00
D) R$ 84.600,00
Comentários:
Precisamos montar a demonstração do valor adicionado. Mas, antes, deixamos aqui a estrutura da
DVA prevista na NBC TG 09.
DESCRIÇÃO 20X1 20X0
1 - Receitas
1.1) Vendas de mercadorias, produtos e serviços
1.2) Outras receitas
1.3) Receitas relativas à construção de ativos próprios
1.4) Provisão para créditos de liquidação duvidosa - Reversão / (Constituição)
2 - Insumos adquiridos de terceiros (Inclui os valores dos impostos - ICMS, IPI, PIS E
COFINS)
2.1) Custos dos produtos, das mercadorias e dos serviços vendidos
2.2) Materiais, energia, serviços de terceiros e outros
2.3) Perda / Recuperação de valores ativos
2.4) Outras (especificar)
3 - Valor adicionado bruto (1-2)
4 – Retenções: Depreciação, amortização e exaustão
5 - Valor adicionado líquido produzido pela entidade (3-4)

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6 - Valor adicionado recebido em transferência


6.1) Resultado de equivalência patrimonial
6.2) Receitas financeiras
6.3) Outras
7 - Valor adicionado total a distribuir (5+6)
8 - Distribuição do valor adicionado (*)
8.1) Pessoal
8.1.1 - Remuneração direta
8.1.2 - Benefícios
8.1.3 - F.G.T.S
8.2) Impostos, taxas e contribuições
8.2.1 - Federais
8.2.2 - Estaduais
8.2.3 – Municipais
8.3) Remuneração de capitais de terceiros
8.3.1 - Juros
8.3.2 – Aluguéis
8.3.3 - Outras
8.4) Remuneração de capitais próprios
8.4.1 - Juros sobre o capital próprio
8.4.2 - Dividendos
8.4.3 - Lucros retidos / Prejuízo do exercício
8.4.4 - Participação dos não-controladores nos lucros retidos (só p/ consolidação)

Agora, vamos resolver a questão.


DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO
Receitas R$ 180.000,00
(-) Insumos adquiridos de terceiros -R$ 85.600,00
Valor adicionado bruto R$ 94.400,00
(-) Retenções -R$ 9.800,00
Valor adicionado líquido R$ 84.600,00
Valor adicionado recebido em transferência R$ 4.300,00
Valor adicionado total a distribuir R$ 88.900,00

A questão quer o valor adicionado líquido, que dá R$ 84.600,00.


Gabarito  D

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Questão 10
10. (Consulplan/Exame CFC/2019.2) Analise as afirmativas a seguir.
- No exercício social de 20X3, a Companhia Beta S.A. apresentou lucro líquido de R$ 280.000,00.
Parte desse lucro líquido, ou seja, 37,5%, foi obtido por meio de uma operação de venda de
mercadorias para a Companhia Alfa S.A. No encerramento do exercício social de 20X3, todas as
mercadorias adquiridas nessa operação de venda ainda constavam no estoque da Companhia Alfa
S.A.
- A Companhia Alfa S.A. detém 25% de participação no capital social da Companhia Beta S.A., sendo
este o único investimento da Companhia Alfa S.A. em outras sociedades. Com essa participação, a
Companhia Alfa S.A. exerce influência significativa sobre a Companhia Beta S.A., mesmo sem
controlá-la.
- A Companhia Alfa S.A. não é controlada (individualmente ou em conjunto) e não sofre influência
significativa de outras companhias.
Considerando as informações apresentadas e o que dispõe a Norma Brasileira de Contabilidade ITG
09 (R1) – Demonstrações contábeis individuais, demonstrações separadas, demonstrações
consolidadas e aplicação do método da equivalência patrimonial, no encerramento de 20X3, pode-
se afirmar que:
A) O Lucro Líquido Ajustado para fins de equivalência patrimonial é R$ 210.000,00 e o Resultado da
Equivalência Patrimonial é R$ 78.750,00.
B) O Lucro Líquido Ajustado para fins de equivalência patrimonial é R$ 175.000,00 e o Resultado da
Equivalência Patrimonial é R$ 70.000,00.
C) O Lucro Líquido Ajustado para fins de equivalência patrimonial é R$ 210.000,00 e o Resultado da
Equivalência Patrimonial é R$ 52.500,00.
D) O Lucro Líquido Ajustado para fins de equivalência patrimonial é R$ 175.000,00 e o Resultado da
Equivalência Patrimonial é R$ 43.750,00.
Comentários:
Quando uma empresa vende ativos a outra, coligada ou controlada, pode haver a ocorrência de
lucros não realizados. Considera-se realizado o lucro quando o ativo for vendido para terceiros.

Vende Empresa B Vende Terceiros Lucro Realizado


Empresa A
Não Vende Lucro não
Empresa C
Terceiros Realizado

O lucro não realizado pode ocorrer na venda de estoque, investimento, instrumentos financeiros de
curto prazo, imobilizado ou intangível.
No caso do imobilizado, além de excluir o lucro não realizado, é necessário controlar a depreciação
referente a esse lucro inter-companhias. Mas como se trata de um processo muito trabalhoso,
dificilmente será cobrado em prova.

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A maioria das questões de lucro não realizado refere-se à venda de estoque. É neste aspecto que
você deve se atentar.
E como fazer o cálculo do chamado lucro não realizado? Parece complicado, mas é até simples.
Vamos ver?
Modelo de cálculo do Lucro nos estoques:
1 – Achamos o valor do lucro na operação.
Valor da Venda
(-) CMV
(=) Lucro na operação
2 – Encontramos o percentual que não foi vendido a terceiros e, pronto, este será o nosso lucro
não realizado.
x % Não vendido a terceiros
(=) Lucro não realizado
Portanto, fica assim:
Valor da Venda
(-) CMV
(=) Lucro na operação
x % Não vendido a terceiros
(=) Lucro não realizado
Vamos exemplificar?
Suponha que a Empresa A vendeu por R$ 700,00 estoques que custaram R$400,00 para a sua
controlada Empresa B. No encerramento do balanço, 60% destes estoques ainda não haviam sido
vendidos a terceiros.
Usando o modelo acima, temos:
Cálculo do Lucro Não Realizado
Valor da venda 700
( - ) CMV -400
Lucro na operação 300
% Não vendido a terceiros 60%
Lucro não realizado 180
Mas e para achar o valor da equivalência?
Temos que ter em mente o seguinte:

Elimina somente
Coligação % do
investimento
Operação
Elimina 100%
Controle do lucro não
realizado

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Portanto, para abater os lucros não realizados, temos o seguinte:


Entre coligadas:
Diminui apenas a participação da investidora.
No caso de controlada:
Diminui 100% do valor do lucro não realizado, ainda que a participação da controladora seja menor
que 100%.
Por exemplo, no caso de uma controladora com 60% de participação, devemos abater 100% do
lucro não realizado, para o cálculo da equivalência patrimonial.
Aí fazemos o seguinte:

Lucro Controlada/Coligada

(x) Participação Controlada/Coligada

Subtotal

(-) Lucro Não Realizado

(=) Valor da Equivalência

Vamos resolver a nossa questão? Que tal desenharmos?


Lucro: 280.000
Lucro Venda: 37,5%
25% Lucro Venda: 105.000

Alfa Coligada Beta

Todas as mercadorias
em estoque
Como sabemos que se trata de coligada? A questão disse que há influência significativa.
O lucro não realizado é de R$ 105.000,00. Todavia, como se trata de coligada, tiramos apenas o
percentual de investimento, que é de 25% 
Agora só jogar na tabela.

Lucro Controlada/Coligada 280.000

(x) Participação Controlada/Coligada 25%

Subtotal 70.000

(-) Lucro Não Realizado 26.250

(=) Valor da Equivalência 43.750

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O gabarito, portanto, é a letra d.


A banca se utilizou de outro cálculo. Fez o seguinte: 280.000 – 105.000 = 175.000,00. Esse seria o
valor do lucro ajustado. A partir daí seria só calcular o percentual de 25%.
Todavia, se fosse uma operação de controle, esse cálculo não bateria.
Gabarito  D.

Questão 11
11. (Consulplan/Exame CFC/2019.2) Atente-se às informações seguintes:
- A Companhia A controla 100% das Companhias B e D.
- A Companhia A tem participação acionária na Companhia C, mas sem exercer qualquer tipo de
controle (individual ou em conjunto) ou influência significativa. A Companhia A mantém essa
participação com o objetivo de receber dividendos e a venda futura das ações com valorização.
- A Companhia A está obrigada a apresentar demonstrações consolidadas em conformidade com a
NBC TG 36 (R3).
Com base nas informações apresentadas e no que dispõe a Norma Brasileira de Contabilidade NBC
TG 36 (R3) – Demonstrações Consolidadas, é correto afirmar que as demonstrações consolidadas
apresentadas pela Companhia A:
A) Evidenciarão a posição financeira e os resultados das operações das Companhias A, B, C e D
como se fossem uma única entidade.
B) Combinarão itens similares de ativos, passivos, patrimônio líquido, receitas, despesas e fluxos de
caixa com os de suas investidas B e D.
C) Eliminarão integralmente ativos e passivos, patrimônio líquido, receitas, despesas e fluxos de
caixa intragrupo relacionados a transações entre as Companhias A, B, C e D.
D) No que tange a transações similares e outros eventos em circunstâncias similares, serão
elaboradas utilizando políticas contábeis uniformes àquelas utilizadas pelas Companhias B, C e D.
Comentários:
A Cia A controla B e D, portanto, trata-se de operação de controle e deverá ser feita a consolidação.
Como a Cia A tem participação em C, mas não exerce influência significativa ou controle, não há
que se falar no Método da Equivalência Patrimonial. O investimento será avaliado pelo valor justo
(CPC 48) ou valor de custo (Lei 6.404/76).
Portanto, a consolidação será feita entre A, B e D.
Nos termos do CPC 36:
B86. Demonstrações consolidadas devem:
(a) combinar itens similares de ativos, passivos, patrimônio líquido, receitas, despesas e fluxos de
caixa da controladora com os de suas controladas;
(b) compensar (eliminar) o valor contábil do investimento da controladora em cada controlada e a
parcela da controladora no patrimônio líquido de cada controlada (o Pronunciamento Técnico CPC
15 explica como contabilizar qualquer ágio correspondente);

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(c) eliminar integralmente ativos e passivos, patrimônio líquido, receitas, despesas e fluxos de caixa
intragrupo relacionados a transações entre entidades do grupo (resultados decorrentes de
transações intragrupo que sejam reconhecidos em ativos, tais como estoques e ativos fixos, são
eliminados integralmente). Os prejuízos intragrupo podem indicar uma redução no valor recuperável
de ativos, que exige o seu reconhecimento nas demonstrações consolidadas. O Pronunciamento
Técnico CPC 32 – Tributos sobre o Lucro se aplica a diferenças temporárias, que surgem da
eliminação de lucros e prejuízos resultantes de transações intragrupo.
A) Evidenciarão a posição financeira e os resultados das operações das Companhias A, B, C e D
como se fossem uma única entidade.
Errado! A cia C não fará parte do processo de consolidação.
B) Combinarão itens similares de ativos, passivos, patrimônio líquido, receitas, despesas e fluxos
de caixa com os de suas investidas B e D.
Este é o nosso gabarito.
C) Eliminarão integralmente ativos e passivos, patrimônio líquido, receitas, despesas e fluxos de
caixa intragrupo relacionados a transações entre as Companhias A, B, C e D.
Errado! A cia C não fará parte do processo de consolidação.
D) No que tange a transações similares e outros eventos em circunstâncias similares, serão
elaboradas utilizando políticas contábeis uniformes àquelas utilizadas pelas Companhias B, C e D.
Errado! A cia C não fará parte do processo de consolidação.
Gabarito  B.

Questão 12
12. (Consulplan/Exame CFC/2019.2) As informações correspondem à Companhia A e ocorreram no
exercício social de 20X1 (de 01/01/20X1 a 31/12/20X1):
- Compra de Imobilizado à vista no valor de R$ 300.000,00;
- Pagamento, em dinheiro, de R$ 40.000,00 a fornecedores, com a consequente baixa de uma
obrigação que existia em seu Passivo Circulante;
- Vendas de mercadorias que geraram R$ 1.166.048,00 de Receita Líquida e R$ 849.225,00 de Custo
dos Produtos Vendidos;
- Reconhecimento de Despesas de Vendas, Gerais e Administrativas no valor de R$ 205.347,00; e,
- Reconhecimento de Receitas Financeiras no valor de R$ 38.347,00.
Outras informações ocorridas no mesmo período:
- Estudos econômicos realizados no Ativo B mostraram evidências significativas de que o valor
contábil deste ativo excedia seu valor recuperável em R$ 10.000,00. A Companhia A reconheceu
este valor como perda pela não recuperabilidade de ativos durante o ano de 20X1.
Considerando as informações apresentadas, assinale, a seguir, o “Resultado Antes dos Tributos
sobre o Lucro” que deveria ser corretamente divulgado pela Companhia A na Demonstração do
Resultado de encerramento do exercício social de 20X1.

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A) R$ 101.476,00.
B) R$ 139.823,00.
C) R$ 149.823,00.
D) R$ 316.823,00.
Comentários:
O segredo aqui é montar a estrutura da DRE, com o cuidado de incluir a perda por
recuperabilidade.
Receita líquida R$ 1.166.048,00
(-) CPV -R$ 849.225,00
Lucro bruto R$ 316.823,00
(-) Despesas -R$ 205.347,00
(-) Perda Recuperabilidade -R$ 10.000,00
Lucro antes do resultado financeiro R$ 101.476,00
Receita financeira R$ 38.347,00
Lucro antes dos tributos sobre o lucro R$ 139.823,00

Gabarito  B.

Questão 13
13. (Consulplan/Exame CFC/2019.2) A empresa A adquiriu um terreno com a finalidade de mantê-
lo em seu patrimônio para fins de valorização de capital a longo prazo, não pretendendo vendê-lo a
curto prazo no curso ordinário dos negócios da entidade. A empresa A sabe que no longo prazo é
provável que os benefícios econômicos futuros associados a esse terreno fluirão para a entidade e
o seu custo pode ser mensurado confiavelmente. Ainda, a empresa A não almeja utilizá-lo na
produção ou fornecimento de bens ou serviços ou para finalidades administrativas. Com base nas
informações apresentadas e considerando a Norma Brasileira de Contabilidade NBC TG 28 (R4),
este terreno deverá ser reconhecido no patrimônio da empresa A como:
A) Imobilizado.
B) Propriedade para Investimento.
C) Investimento Temporário a Longo Prazo.
D) Ativo Não Circulante Mantido para Venda.
Comentários:
- Propriedade para investimento é a propriedade (terreno ou edifício – ou parte de edifício – ou
ambos) mantida (pelo proprietário ou pelo arrendatário em arrendamento financeiro) para auferir
aluguel ou para valorização do capital ou para ambas, e não para:

(a) uso na produção ou fornecimento de bens ou serviços ou para finalidades administrativas; ou


(b) venda no curso ordinário do negócio.

Portanto, este é, indubitavelmente, um dos pontos mais importantes para nossa prova, saber

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discernir uma propriedade para investimento.


O CPC a define como aquela que é mantida para auferir aluguel ou valorização (ou ambas),
contanto que não sejam utilizadas para finalidades administrativas e nem sejam vendidas como
curso ordinário do negócio.

Auferir Renda
Propriedade
para
Investimento
Valorização do
Capital

Outro aspecto que merece destaque é o fato de que a propriedade para investimento não
necessita ser juridicamente da entidade que está reportando as demonstrações contábeis.
Pode, também, ser de um arrendatário, no caso de arrendamento mercantil. Trata-se, aqui, da
primazia da essência sobre a forma, tão propalada nos estudos da contabilidade.
Caso a propriedade seja mantida para uso na produção ou para fornecimento de bens ou serviços,
ou, ainda, para finalidades administrativas, recebe o nome de propriedade ocupada pelo
proprietário e fica classificada no ativo imobilizado.
O grande diferencial, portanto, entre a propriedade mantida para investimento e a propriedade
ocupada pelo proprietário é a classificação.
Enquanto a propriedade para investimento é contabilizada dentro do ativo não circulante –
investimentos, a propriedade ocupada pelo proprietário é classificada no ativo não circulante –
imobilizado (regendo-se eminentemente pelo CPC 27).
Ademais, a propriedade para investimentos gera fluxos de caixas altamente independentes dos
outros ativos da sociedade. Por exemplo, um imóvel alugado não depende de uma máquina da
produção para gerar receitas.
Por seu turno, a propriedade ocupada pelo proprietário gera fluxos de caixas mais dependentes,
por estarem trabalhando em harmonia dentro da entidade. Vejamos a questão...
“A empresa A adquiriu um terreno com a finalidade de mantê-lo em seu patrimônio para
fins de valorização de capital a longo prazo, não pretendendo vendê-lo a curto prazo no
curso ordinário dos negócios da entidade. A empresa A sabe que no longo prazo é provável
que os benefícios econômicos futuros associados a esse terreno fluirão para a entidade e o
seu custo pode ser mensurado confiavelmente. Ainda, a empresa A não almeja utilizá-lo na
produção ou fornecimento de bens ou serviços ou para finalidades administrativas.”
Vejam que restam atendidos os critérios para classificação como propriedade para investimento.
Gabarito  B.

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Questão 14
14. (Consulplan/Exame CFC/2019.2) Os seguintes dados foram obtidos em uma Demonstração do
Valor Adicionado (DVA) referente ao exercício social de uma entidade do setor de bens industriais
encerrado em 31/12/20X3:
Descrição 31/12/20X3 em R$
Vendas de mercadorias, produtos e serviços 65.000.000
Custo dos produtos, das mercadorias e dos serviços vendidos (49.000.000)
Materiais, energia, serviços de terceiros e outros (6.000.000)
Depreciação, amortização e exaustão (1.400.000)
Resultado de equivalência patrimonial (1.700.000)
Receitas financeiras 12.000.000
Com base somente nos dados apresentados e considerando a Resolução CFC nº 1.138/08, que
aprova a Norma Brasileira de Contabilidade NBC TG 09 – Demonstração do Valor Adicionado, o
Valor Adicionado Líquido Produzido e o Valor Adicionado Total a Distribuir pela entidade são,
respectivamente:
A) R$ 10.000.000 e R$ 8.600.000
B) R$ 18.900.000 e R$ 8.600.000
C) R$ 8.600.000 e R$ 18.900.000
D) R$ 10.000.000 e R$ 18.900.000
Comentários:
Vamos montar novamente a demonstração do valor adicionado.
Receitas R$ 65.000.000,00
(-) Insumos adquiridos de terceiros -R$ 55.000.000,00
Valor adicionado bruto R$ 10.000.000,00
(-) Retenções -R$ 1.400.000,00
Valor adicionado líquido R$ 8.600.000,00
Valor adicionado recebido em transferência R$ 10.300.000,00
Valor adicionado total a distribuir R$ 18.900.000,00

A receita é composta pelo valor das vendas.


Os insumos adquiridos de terceiros são compostos pelo CMV e pelos materiais, serviços e energia
de terceiros.
As retenções são depreciação, amortização e exaustão.
O valor adicionado recebido em transferência é composto pelo resultado de equivalência
patrimonial e pelas receitas financeiras.
Gabarito  C.

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Questão 15
15. (Consulplan/Exame CFC/2019.2) Uma sociedade empresária apresentou as seguintes
informações sobre o exercício social de 2018: incorreu em despesas no valor de R$ 80.000,00 das
quais R$ 25.000,00 foram pagas no exercício e R$ 55.000,00 serão pagas no exercício seguinte;
obteve receitas no valor de R$ 95.000,00 das quais R$ 50.000,00 foram a prazo e serão recebidas
no exercício seguinte e R$ 45.000,00 foram recebidas no exercício. Considerando o disposto na Lei
nº 6.404/76, que trata da escrituração contábil e a NBC TG – Estrutura conceitual para elaboração e
divulgação de relatório contábil-financeiro, o resultado do exercício deverá apresentar o valor de:
A) R$ 5.000,00.
B) R$ 15.000,00.
C) R$ 20.000,00.
D) R$ 40.000,00.
Comentários:
Sabemos que na Contabilidade, as receitas e despesas são reconhecidas de acordo com o regime de
competência, correto? O que é o regime de competência? É aquele que reconhece as receitas e
despesas no período em que ocorrem, independente de pagamento ou recebimento.
Então, você utilizou o serviço em janeiro? Despesa em janeiro! Mesmo que pague em março.
Você entregou a mercadoria em julho? Receita em julho, mesmo que o recebimento tenha sido em
fevereiro.
E assim por diante.
Temos que olhar sempre para quando a operação está ocorrendo e isso pode ou não coincidir
com o pagamento ou recebimento.
Portanto, olhe somente para o valor total das receitas e para o valor total das despesas. Não
precisa olhar qual a data de pagamento ou recebimento, pois a questão quer saber o resultado de
acordo com o regime de competência (Lei 6.404 e NBC TG 00).

Receitas do período R$ 95.000,00


Despesas em 2018 -R$ 80.000,00
Lucro do exercício R$ 15.000,00

Gabarito  B.

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Questão 16
16. (Consulplan/Exame CFC/2019.2) Um grupo de investidores estrangeiros planeja adquirir
participação societária em uma companhia aberta brasileira, cuja atividade-fim é a produção de
cosméticos. Este grupo tem especial interesse em entender como a empresa brasileira distribui seu
resultado entre acionistas, empregados e governo. Em virtude da importância dada à destinação da
riqueza gerada pela companhia, qual demonstrativo deverá ser primordialmente analisado por
estes investidores estrangeiros?
A) Demonstração dos fluxos de caixa.
B) Demonstração do valor adicionado.
C) Demonstração do resultado do exercício.
D) Demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados.
Comentários:
Segundo a Lei das Sociedades por Ações:

Art. 176. Ao fim de cada exercício social, a diretoria fará elaborar, com base na
escrituração mercantil da companhia, as seguintes demonstrações financeiras, que
deverão exprimir com clareza a situação do patrimônio da companhia e as mutações
ocorridas no exercício:

I - balanço patrimonial;
II - demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados;
III - demonstração do resultado do exercício; e
IV – demonstração dos fluxos de caixa; e (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007)
V – se companhia aberta, demonstração do valor adicionado. (Incluído pela Lei nº
11.638,de 2007)

O primeiro aspecto importante sobre a DVA, que devemos ressaltar, é a obrigatoriedade apenas
para as companhias abertas. Grave-se: as companhias fechadas estão dispensadas da elaboração
da DVA.
A Lei 6.404/76 não estabelece um modelo exato de demonstração do valor adicionado a ser
seguida, apenas explica que:

Art. 188. As demonstrações referidas nos incisos IV e V do caput do art. 176 desta Lei
indicarão, no mínimo: (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007)
(...)
II – demonstração do valor adicionado: o valor da riqueza gerada pela companhia, a sua
distribuição entre os elementos que contribuíram para a geração dessa riqueza, tais
como empregados, financiadores, acionistas, governo e outros, bem como a parcela da
riqueza não distribuída. (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007)

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Valor da

DVA (Lei 6.404)


riqueza gerada
Distribuição
Parcela não
distribuída

O Comitê de Pronunciamentos Contábeis tratou do tema no CPC 09.


A demonstração do valor adicionado representa um dos elementos componentes do balanço
social e tem por finalidade evidenciar a riqueza criada pela entidade e sua distribuição, durante
determinado período.

DVA  Tem o escopo de evidenciar a riqueza gerada pela entidade, bem como sua
distribuição.
Com efeito, a DVA presta informações aos agentes econômicos interessados na empresa, como
empregados, clientes, fornecedores, financiadores e governo.
Os dados para sua elaboração são extraídos a partir da demonstração do resultado.

Riqueza gerada pela


entidade

DVA Compõe o balanço


social

Dados vêm da DRE

Mas, o que vem a ser valor adicionado? A definição pode ser encontrada no corpo do
Pronunciamento do CPC, que propõe: valor adicionado representa a riqueza criada pela empresa,
de forma geral medida pela diferença entre o valor das vendas e os insumos adquiridos de
terceiros. Inclui também o valor adicionado recebido em transferência, ou seja, produzido por
terceiros e transferido à entidade.
Ainda, de acordo com o Pronunciamento, a DVA tem seu fundamento em conceitos
macroeconômicos, buscando apresentar, eliminados os valores que representam dupla contagem,

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a parcela de contribuição que a entidade tem na formação do Produto Interno Bruto (PIB). Essa
demonstração apresenta o quanto a entidade agrega de valor aos insumos adquiridos de terceiros
e que são vendidos ou consumidos durante determinado período.
A riqueza gerada pela empresa pode, simploriamente, ser representada da seguinte forma:

Riqueza gerada = Vendas – Insumos adquiridos de 3º - Depreciação


Isto significa dizer que a riqueza corresponde àquilo que recebemos pelas vendas, subtraído
daquilo que desembolsamos para aquisição de insumos utilizados nesse processo.
Mas para que servem as informações geradas na DVA? Principalmente para:
Analisar a capacidade de geração de valor e a forma de distribuição das riquezas de cada
empresa;
Permitir a análise do desempenho econômico da empresa;
Auxiliar no cálculo do PIB e de indicadores sociais;
Fornecer informações sobre os benefícios (remunerações) obtidos por cada um dos fatores
de produção (trabalhadores e financiadores – acionistas ou credores) e governo;
Auxiliar a empresa a informar sua contribuição na formação da riqueza à região, Estado,
país, etc. em que se encontra instalada.
Gabarito  B.

Questão 17
17. (Consulplan/Exame CFC/2019.2) Anualmente, nos quatro meses seguintes ao término do
exercício social, a sociedade anônima realizará uma reunião, que terá como um de seus propósitos
o exame, a discussão e a votação das demonstrações financeiras. A definição anterior está
relacionada ao conceito de:
A) Assembleia Geral Ordinária.
B) Assembleia de Debenturistas.
C) Assembleia Geral Extraordinária.
D) Assembleia de Constituição da Sociedade.
Comentários:
A assembleia geral é o órgão máximo de deliberação dentro da sociedade anônima.
A assembléia geral é o órgão máximo da SA. Contém caráter deliberativo. Reúne todos os
acionistas. Pode ser dividida em assembleia geral ordinária e extraordinária.
Assembleia Geral Ordinária
A assembleia-geral, convocada e instalada de acordo com a lei e o estatuto, tem poderes
para decidir todos os negócios relativos ao objeto da companhia e tomar as resoluções que
julgar convenientes à sua defesa e desenvolvimento.

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Art. 121. A assembléia-geral, convocada e instalada de acordo com a lei e o


estatuto, tem poderes para decidir todos os negócios relativos ao objeto da
companhia e tomar as resoluções que julgar convenientes à sua defesa e
desenvolvimento.

Parágrafo único. Nas companhias abertas, o acionista poderá participar e


votar a distância em assembleia geral, nos termos da regulamentação da
Comissão de Valores Mobiliários. (Incluído pela Lei nº 12.431, de 2011).

A LSA exige a realização de assembléia geral ordinária nos quatro meses seguintes ao
término do exercício social, para que nela sejam discutidos alguns assuntos, quais sejam:
Art. 132. Anualmente, nos 4 (quatro) primeiros meses seguintes ao término do
exercício social, deverá haver 1 (uma) assembléia-geral para:
I - tomar as contas dos administradores, examinar, discutir e votar as
demonstrações financeiras;
II - deliberar sobre a destinação do lucro líquido do exercício e a distribuição de
dividendos;
III - eleger os administradores e os membros do conselho fiscal, quando for o
caso;
IV - aprovar a correção da expressão monetária do capital social (artigo 167).

Esta é a assembléia a que chamamos de assembléia geral ordinária.


Competência Assembleia Geral Ordinária
Tomar as contas dos administradores
Examinar, discutir, votar as demonstrações contábeis
Deliberar a destinação do lucro líquido
Deliberar sobre a distribuição de dividendos
Eleger os administradores e membros do conselho fiscal, se for o caso
Aprovar a correção do capital
Assembleia Geral Extraordinária
A Assembleia Geral Extraordinária ocorre nos demais casos em que se faça necessária a
deliberação por Assembleia, como os do artigo 122, uma vez que as competências da
Assembleia são indelegáveis, como, por exemplo, pedir recuperação judicial.
A Assembleia Geral em regra é convocada pelo Conselho de Administração – CA - ou pela
diretoria, se não houver CA, conforme preleciona o artigo 123 da LSA.
Portanto, as demonstração são analisadas pela assembleia geral ordinária.
Gabarito  A.

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Questão 18
18. (Consulplan/Exame CFC/2019.2) O presidente da empresa Produz Capas de Chuva Ltda. deseja
conhecer o comportamento dos custos de sua empresa. Para tanto, ele obteve os valores dos
gastos fabris totais de produção da empresa em dois níveis mensais diferentes de produção: (i) no
mês em que nenhuma unidade do seu produto foi fabricada, o gasto total incorrido na fábrica da
empresa foi de R$ 116 mil; (ii) no mês em que 35.000 unidades do seu produto foram fabricadas, o
gasto total incorrido na fábrica da empresa foi de R$ 212 mil. Considera-se que os custos variáveis
da empresa apresentam uma correlação perfeitamente positiva e linear com o nível de produção
mensal. Para calcular o custo total da empresa, pode-se empregar a seguinte fórmula:
CT = CVu × q + CF
Onde:
CT = Custo Total;
CVu = Custo Variável unitário;
q = quantidade produzida; e,
CF = Custo Fixo.
É necessário desconsiderar aspectos referentes a intervalo relevante. Com base apenas nessas
informações, é INCORRETO afirmar que:
A) O custo fixo da empresa é de R$ 116.000,00.
B) O custo variável unitário da empresa é superior a R$ 6,00.
C) Caso a empresa produzisse 30.000 unidades do seu produto, seu custo total seria inferior a R$
200.000,00.
D) Caso a empresa produzisse 32.000 unidades do seu produto, seu custo total seria superior a R$
200.000,00.
Comentários:
Note que a questão quer o item incorreto.
Custo Total = Custo Variável x Quantidade + Custo Fixo
O enunciado diz que, se nenhuma mercadoria for produzida, o custo é de R$ 116.000,00. Portanto,
esse é o valor do custo fixo.
Em um mês em que a empresa produziu 35.000 unidades, o custo total foi de R$ 212.000,00.
Portanto, vamos esquematizar.
Custo Total = Custo Variável x Quantidade + Custo Fixo
212.000 = Custo Variável x 35.000 + 116.000
Custo Variável x 35.000 = 212.000 – 116.000
Custo Variável x 35.000 = 96.000
Custo Variável = 96.000/35.000
Custo Variável = R$ 2,74 por unidade.

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Portanto, já podemos apontar o gabarito, que é a letra b.


B) O custo variável unitário da empresa é superior a R$ 6,00.
Errado O custo variável unitário é R$ 2,74 por unidade.
C) Caso a empresa produzisse 30.000 unidades do seu produto, seu custo total seria inferior a R$
200.000,00.
D) Caso a empresa produzisse 32.000 unidades do seu produto, seu custo total seria superior a R$
200.000,00.
Ambos corretos. Vamos fazer o teste?
Q CVU CVT CF Custo Total
30.000,00 R$ 2,74 R$ 82.200,00 R$ 116.000,00 R$ 198.200,00
32.000,00 R$ 2,74 R$ 87.680,00 R$ 116.000,00 R$ 203.680,00

Gabarito  B.

Questão 19
19. (Consulplan/Exame CFC/2019.2) A empresa Fabrica por Processos PM S/A, em 01/01/2019,
apresentou as seguintes informações contábeis em suas contas de estoque:
Valor (em R$)
Estoque com material direto 80.000,00
Estoque de produtos acabados (50 unidades) 120.000,00
Ademais, durante o mês de janeiro de 2019, a empresa supracitada apresentou os seguintes gastos:
Valor (em R$)
Mão de obra da fábrica 100.000,00
Depreciação das máquinas de produção 40.000,00
Pessoal administrativo 50.000,00
Propaganda 15.000,00
Material direto 60.000,00
Durante o mês de janeiro de 2019, foi iniciada a produção de 100 unidades de seu único produto;
porém, apenas 40 unidades foram acabadas. Além disso, nenhuma unidade foi vendida no período.
É importante destacar que todo o material direto necessário para a produção das 100 unidades já
foi alocado no início da produção, tanto as unidades acabadas quanto as unidades em elaboração.
No que se refere à alocação dos demais custos, o processo de fabricação das 60 unidades ainda em
elaboração se encontra em um estágio de 50% de acabamento. Por fim, informa-se que a empresa
utiliza o custeio por absorção. Diante do exposto, é correto afirmar que:
A) O custo dos produtos acabados em janeiro de 2019 foi inferior a R$ 100.000,00.
B) O custo total de produção da empresa em janeiro de 2019 foi superior a R$ 250.000,00.
C) O saldo de estoque de produtos em elaboração no final do mês de janeiro de 2019 foi superior a

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R$ 100.000,00.
D) O saldo final do estoque de produtos acabados da empresa no final do mês de janeiro de 2019
foi superior a R$ 200.000,00.
Comentários:
Vamos utilizar aqui os três razonetes para resolver essa questão: matéria-prima, produtos em
elaboração e produtos acabados.
Vamos para os nossos razonetes.
MP Prod. Em Elabor. Produtos Acabados
S. Inicial 80.000 60.000 100.000 120.000
40.000
60.000

S. final 20.000

Agora temos que ver qual o custo dos produtos em fabricação e qual o custo dos produtos
acabados.
A questão tem um detalhe interessante.
Veja que ela diz o seguinte:
“(...) foi iniciada a produção de 100 unidades de seu único produto; porém, apenas 40 unidades
foram acabadas. Além disso, nenhuma unidade foi vendida no período. É importante destacar que
todo o material direto necessário para a produção das 100 unidades já foi alocado no início da
produção, tanto as unidades acabadas quanto as unidades em elaboração”.
Portanto, o material direto será alocado todo de uma única vez:
R$ 60.000/100 unidade = R$ 600,00 por unidade.
Depois, a questão continua...
“No que se refere à alocação dos demais custos, o processo de fabricação das 60 unidades ainda
em elaboração se encontra em um estágio de 50% de acabamento”.
Para os demais custos, devemos utilizar do equivalente de produção. Isso é, para a depreciação e
para a mão de obra é que utilizaremos o equivalente de produção.
Acabadas 40 unid.
Início
100 unid. 70 unid.
Processamento 60 unid.
Acabamento 50%
Equivalente 30 unid.
(100.000 + 40.000)/70 = 140.000/70  2.000/unidade.
Portanto, o que temos é o seguinte:
Custo dos Produtos em Elaboração: 60 unidades x R$ 600 + 30 unidades x R$ 2.000 = 36.000 +
60.000 = R$ 96.000,00
Custo dos Produtos Acabados: 40 unidades x R$ 600 + 40 unidades x R$ 2.000 = 24.000 + 80.000 =

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R$ 104.000,00
Agora, vamos voltar para os nossos três razonetes:
MP Prod. Em Elabor. Produtos Acabados
S. Inicial 80.000 60.000 100.000 104.000,00 120.000
40.000 104.000,00
60.000
S. final 20.000 96.000,00 224.000,00

Anote-se que os seguintes valores são lançados diretamente na DRE:


Pessoal administrativo 50.000,00
Propaganda 15.000,00
Agora, vejamos as alternativas.
A) O custo dos produtos acabados em janeiro de 2019 foi inferior a R$ 100.000,00.
Errado. O custo dos produtos acabados em janeiro foi R$ 104.000.
B) O custo total de produção da empresa em janeiro de 2019 foi superior a R$ 250.000,00.
Errado. O custo de produção foi de R$ 200.000,00.
C) O saldo de estoque de produtos em elaboração no final do mês de janeiro de 2019 foi superior
a R$ 100.000,00.
Errado. O saldo foi de R$ 96.000,00.
D) O saldo final do estoque de produtos acabados da empresa no final do mês de janeiro de 2019
foi superior a R$ 200.000,00.
Correto. O valor foi de R$ 224.000,0.
Gabarito  D.

Questão 20
20. (Consulplan/Exame CFC/2019.2) Em relação ao sistema de acumulação de custos por ordem de
produção (custeio de ordens e de encomendas), analise as afirmativas a seguir.
I. Sua escolha para uso em uma empresa está atrelada à forma de a mesma trabalhar e à
conveniência contábil-administrativa.
II. Os custos são acumulados em contas representativas das diferentes linhas de produção.
III. O conceito de equivalência de produção é muito importante para a sua correta aplicação.
IV. Não pode ser empregado com o custeio por absorção.
Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s)
A) I. B) I e II. C) II e III. D) II, III e IV.
Comentários:
Temos primeiro, de saber a diferença entre produção por ordem e produção contínua.
Produção por ordem

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Ocorre quando a empresa produz atendendo a encomendas dos clientes ou, então, produz
também para venda posterior, mas de acordo com determinações internas especiais, não de forma
contínua.
Exemplo: Indústrias pesadas, fabricantes de equipamentos especiais, algumas indústrias de móveis,
empresas de construção civil, gráficas (quando produz especificamente para determinado cliente).
Produção Contínua
Ocorre quando a empresa fabrica produtos iguais de forma contínua.
Exemplo: Produção de refrigerantes, sabão em pó, margarina, etc.
Agora vamos para a questão.
De acordo com Eliseu Martins, na produção por ordem, os custos são acumulados em contas
específicas de cada ordem ou encomenda, sendo que tal conta só para de receber custos quanto a
encomenda for encerrada. Esse autor apresenta a produção por ordem em contraposição à
produção contínua.
I. Sua escolha para uso em uma empresa está atrelada à forma de a mesma trabalhar e à
conveniência contábil administrativa.
Correto. Segundo Eliseu Martins, a forma de a empresa trabalhar e a conveniência contábil-
administrativa são dois fatores que devem ser considerados na avaliação da empresa em usar o
sistema de acumulação de custos por ordem de produção.
Se uma empresa é fabricante de navios, ela não irá gastar anos para fazer um navio sem que haja
demanda para tanto.
Diferentemente, por exemplo, de uma indústria de refrigerantes.
II. Os custos são acumulados em contas representativas das diferentes linhas de produção.
Errado. Segundo Eliseu Martins, tal característica se relaciona à produção contínua. Conforme esse
autor, na produção contínua, “os custos são acumulados em contas representativas das diversas
linhas de produção; são encerradas essas contas no fim de cada período” (Eliseu Martins, 2019, p.
132). Tal forma de acumulação de custos é distinta daquela usada na produção por ordem, na qual,
de acordo com aquele autor, “os custos são acumulados numa conta específica para cada ordem
ou encomenda. Essa conta só para de receber custos quando a ordem for encerrada”
O detalhe sutil aqui é que, na produção por ordem, não há linha de produção. Assim, os custos são
armazenados em cada ordem de produção.
III. O conceito de equivalência de produção é muito importante para a sua correta aplicação.
Errado. O conceito de equivalente de produção é muito relevante na produção contínua, ao se
empregar o custeio por processo. Na produção por ordem, não há necessidade de se utilizar a
equivalência de produção. Você sabe exatamente o custo daquele produto.
IV. Não pode ser empregado com o custeio por absorção.
Errado. Não há inviabilidade do emprego o sistema de acumulação de custos por ordem de
produção (custeio de ordens e de encomendas) juntamente com o custeio por absorção.
Gabarito  A.

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Questão 21
21. (Consulplan/Exame CFC/2019.2) A empresa Etagama fabrica e vende dois produtos: Eta e
Gama. Seguem algumas informações sobre cada produto em:

Sabe-se que a empresa incorreu nos seguintes custos indiretos em X1:

Recentemente, a empresa Etagama implementou um projeto piloto do Custeio Baseado em


Atividades (ABC) em sua fábrica. Ao analisar o seu processo produtivo, a empresa identificou quatro
atividades, quais sejam:
- Transportar materiais: realizada por meio de empilhadeiras pelo pessoal do transporte
(direcionador de custos da atividade – número de peças transportadas por produto).
- Usinar materiais: realizada por meio das máquinas de usinagem (direcionador de custos da
atividade – número de horas de usinagem por produto).
- Fornecer insumos: realizada pelos almoxarifes (direcionador de custos da atividade – número de
requisições por produto).
- Supervisionar produção: realizada pelos funcionários que supervisionam a mão de obra
(direcionador de custos da atividade – número de horas de mão de obra direta por produto).
Com base apenas nessas informações, é INCORRETO afirmar que, em X1:
A) Pelo custeio ABC, o custo total do produto Eta seria superior a R$ 500.000,00.
B) Pelo custeio ABC, o custo total do produto Gama seria superior a R$ 900.000,00.
C) Pelo custeio ABC, o valor dos custos indiretos alocados ao produto Eta seria superior a R$
200.000,00.
D) Pelo custeio ABC, o valor dos custos indiretos alocados ao produto Gama seria superior a R$
150.000,00.
Comentários:
Talvez a questão mais difícil da prova 2019.2.
Vamos resolver?
Sabemos que um produto é formado por custos diretos, que podem ser diretamente atribuídos aos

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produtos, e custos indiretos, que precisam de um critério de rateio. Correto?


Então, resolver nossa questão começa por aí! Temos dois produtos: Eta e Gama.
Mas atribuir os custos indiretos de fabricação muitas vezes pode ser feito de forma arbitrária. Por
isso surge o Custeio Baseado em Atividade – Custeio ABC.
Nesta espécie de custeio, temos direcionadores de custos. Primeiro atribuímos os custos às
atividades e somente depois aos produtos.
A questão nos diz que os custos indiretos são os seguintes.

Portanto, esses custos devem ser rateados. Como? Pelo custeio ABC.
Vejamos!
- Transportar materiais: realizada por meio de empilhadeiras pelo pessoal do transporte
(direcionador de custos da atividade – número de peças transportadas por produto).
Então aqui, temos dois custos para ratear:
Gasto com pessoal do transporte 60.000,00
Depreciação das empilhadeiras 75.000,00
Total 135.000,00
O critério para rateio será o número de peças transportadas por produto.
Eta Gama Total
Núm. Peças Transportadas 26.000 12.000 38.000

Portanto, os custos para cada produto ficarão assim:


Eta: R$ 135.000 x (26.000/38.000) = R$ 92.368,42
Gama: R$ 135.000 x (12.000/38.000) = R$ 42.631,58
Portanto, até agora temos:
Custos Indiretos de Fabricação Eta Gama
Transporte e Dep. Empilhadeira R$ 92.638,42 R$ 42.631,58

- Usinar materiais: realizada por meio das máquinas de usinagem (direcionador de custos da
atividade – número de horas de usinagem por produto).
Aqui, o custo indireto de fabricação a ser rateado é a depreciação de máquinas de usinagem, no
valor de R$ 105.000,00.
O direcionador de custo é uma pegadinha. A gente tende a olhar somente o tempo de usinagem
por unidade. Todavia, o correto é utilizar o tempo de usinagem por unidade x quantidade produzida
e vendida.

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Eta Gama Total


Tempo de usinagem 1,80 0,40 2,20
Quantidade produzida 10.000,00 20.000,00
Tempo x Quantidade 18.000,00 8.000,00 26.000,00

Eta: R$ 105.000 x (18.000/26.000) = R$ 72.692,31


Gama: R$ 105.000 x (8.000/26.000) = R$ 32.307,69
Portanto, até agora temos:
Custos Indiretos de Fabricação Eta Gama
Transporte e Dep. Empilhadeira R$ 92.638,42 R$ 42.631,58
Depreciação Máq. Usinagem R$ 72.692,31 R$ 32.307,69

- Fornecer insumos: realizada pelos almoxarifes (direcionador de custos da atividade – número de


requisições por produto).
Aqui, vamos ratear os gastos com almoxarife, no valor de R$ 40.000,00. O direcionador é número
de requisições por produto.
Eta Gama Total
Número de requisições 8.600 16.000 24.600

Eta: R$ 40.000 x (8.600/24.600) = R$ 13.983,74


Gama: R$ 40.000 x (16.0 00/24.600) = 26.016,26
Custos Indiretos de Fabricação Eta Gama
Transporte e Dep. Empilhadeira R$ 92.638,42 R$ 42.631,58
Depreciação Máq. Usinagem R$ 72.692,31 R$ 32.307,69
Gastos com Almoxarife R$ 13.983,74 R$ 26.016,26

- Supervisionar produção: realizada pelos funcionários que supervisionam a mão de obra


(direcionador de custos da atividade – número de horas de mão de obra direta por produto).
Aqui vamos ratear o gasto com supervisão, no valor de R$ 75.000,00. O critério de rateio é tempo
de mão de obra direta por produto. Então, temos que multiplicar o tempo de mão de obra direta
por unidade pela quantidade produzida.
Eta Gama Total
Tempo de mão de obra direta 1,40 2,00 3,40
Quantidade produzida 10.000,00 20.000,00
Tempo x Quantidade 14.000,00 40.000,00 54.000,00

Eta: R$ 75.000 x (14.000/54.000) = R$ 19.444,44


Gama: R$ 75.000 x (40.000/54.000) = 55.555,56
Custos Indiretos de Fabricação Eta Gama
Transporte e Dep. Empilhadeira R$ 92.638,42 R$ 42.631,58
Depreciação Máq. Usinagem R$ 72.692,31 R$ 32.307,69
Gastos com Almoxarife R$ 13.983,74 R$ 26.016,26

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Gastos com Supervisão R$ 19.444,44 R$ 55.555,56


Total dos Custos Indiretos R$ 198.758,91 R$ 156.511.09

Agora, vejamos os custos totais para cada produto, composto por custos diretos e indiretos:
Custos Direitos de Fabricação Eta Gama
Material Direito R$ 12,00 R$ 13,50
Mão de obdra direta R$ 20,00 R$ 25,00
Custo Direto Unitário R$ 32,00 R$ 38,50
Quantidade 10.000,00 20.000,00
Total de Custos Diretos R$ 320.000,00 R$ 770.000,00

Custos Indiretos de Fabricação Eta Gama


Transporte e Dep. Empilhadeira R$ 92.638,42 R$ 42.631,58
Depreciação Máq. Usinagem R$ 72.692,31 R$ 32.307,69
Gastos com Almoxarife R$ 13.983,74 R$ 26.016,26
Gastos com Supervisão R$ 19.444,44 R$ 55.555,56
R$ 198.758,91 R$ 156.511,09

Custos Totais (Diretos + Indiretos) Eta Gama


Diretos R$ 320.000,00 R$ 770.000,00
Indiretos R$ 198.758,91 R$ 156.511,09
Total R$ 518.758,91 R$ 926.511,09

Vejamos as alternativas...
A) Pelo custeio ABC, o custo total do produto Eta seria superior a R$ 500.000,00.,
Correto. O custo é de R$ 518.758,91.
B) Pelo custeio ABC, o custo total do produto Gama seria superior a R$ 900.000,00.
Correto. O custo é de R$ 926.511,09
C) Pelo custeio ABC, o valor dos custos indiretos alocados ao produto Eta seria superior a R$
200.000,00.
Errado. Este é o nosso gabarito. É R$ 198.758,91.
D) Pelo custeio ABC, o valor dos custos indiretos alocados ao produto Gama seria superior a R$
150.000,00.
Correto. O valor é de R$ 156.511,09.
Questão trabalhosa!
Gabarito  C.

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Questão 22
22. (Consulplan/Exame CFC/2019.2) A missão da controladoria é assegurar a otimização do
resultado econômico da organização, com a responsabilidade de tornar as informações úteis para
breves ou futuras e importantes mudanças no cenário empresarial. O centro de responsabilidade é
uma parte, segmento ou subunidade de uma organização, cujo gerente é responsável por um
conjunto específico de atividades. A indústria de fabricação de soja e seus derivados avalia o
desempenho de seus três centros de responsabilidades (soja, óleo e margarina). Para esse fim,
utiliza o Preço de Transferência nas transações internas. Para a determinação do Preço de
Transferência, a empresa considera o quanto pagaria no mercado para adquirir prontos seus
produtos intermediários. Considerando os dados a seguir, o controller pretende identificar se todos
os negócios da empresa são lucrativos.

Observações:
- A soja não tem matéria-prima;
- A soja é utilizada como matéria-prima para fabricar o óleo, que é utilizado como matéria-prima
para fabricar a margarina;
- Não será considerada a alíquota de Imposto de Renda para o cálculo do resultado operacional de
cada unidade de negócio.
Ao analisar os dados e verificar o resultado operacional de cada unidade de negócio, o controller
concluiu que:
A) A soja e o óleo são negócios lucrativos.
B) A soja e a margarina são negócios lucrativos.
C) O óleo e a margarina são negócios lucrativos.
D) A soja, o óleo e a margarina são negócios lucrativos.
Comentários:
Essa questão foi cobrada também no Exame de Suficiência 2019.1. Vamos ler o enunciado com
atenção?
A missão da controladoria é assegurar a otimização do resultado econômico da organização, com
a responsabilidade de tornar as informações úteis para breves ou futuras e importantes
mudanças no cenário empresarial.
Não serve para nada.
O centro de responsabilidade é uma parte, segmento ou subunidade de uma organização, cujo

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gerente é responsável por um conjunto específico de atividades. A indústria de fabricação de soja e


seus derivados avalia o desempenho de seus três centros de responsabilidades (soja, óleo e
margarina). Para esse fim, utiliza o Preço de Transferência nas transações internas. Para a
determinação do Preço de Transferência, a empresa considera o quanto pagaria no mercado para
adquirir prontos seus produtos intermediários. Considerando os dados a seguir, o controller
pretende identificar se todos os negócios da empresa são lucrativos.
Aqui está a palavra chave. A empresa faz a apuração considerando o preço de transferência. Ou
seja, apurando cada produto de forma independente.

Fica assim:
Soja Óleo Margarina
Preço R$ 3,00 R$ 3,50 R$ 6,00
Quantidade 1.000,00 1.000,00 1.000,00
Total R$ 3.000,00 R$ 3.500,00 R$ 6.000,00
(-) C. Var. Unit. R$ 1,50 R$ 0,30 R$ 0,60
(-) C. Var. Total R$ 1.500,00 R$ 300,00 R$ 600,00
(-) C. Fixo Total R$ 500,00 R$ 500,00 R$ 1.000,00
(-) Soja R$ 3.000,00
(-) Óleo R$ 3.500,00
Lucro R$ 1.000,00 -R$ 300,00 R$ 900,00

Como foi feito o cálculo?


Vamos lá!
Para a soja, pegamos o preço de venda e multiplicamos pela quantidade. Tiramos o custo variável
total (custo unitário x quantidade) e tiramos o custo fixo. Encontraremos um lucro de R$ 1.000,00.
Para o óleo a mesma sistemática, mas temos que tirar ainda a matéria-prima, que é a soja.
Para a margarina, a mesma sistemática, mas temos que tirar a matéria-prima, que é o óleo.
Lembrando que o enunciado diz claramente que a empresa utiliza o valor de mercado para o
cálculo do preço de transferência.
Portanto, gabarito b. A soja e a margarina são produtos lucrativos.
Gabarito  B.

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Questão 23
23. (Consulplan/Exame CFC/2019.2) A As demonstrações contábeis no setor público possuem
como finalidade disponibilizar informação útil para subsidiar a tomada de decisão e a prestação de
contas e responsabilização da entidade quanto aos recursos que lhe foram confiados. Sobre as
demonstrações contábeis aplicadas ao setor público, é INCORRETO afirmar:
A) A Demonstração dos Fluxos de Caixa identificará as fontes de geração dos fluxos de entrada de
caixa; os itens de consumo de caixa durante o período das demonstrações contábeis; e o saldo do
caixa na data das demonstrações contábeis.
B) No Balanço Financeiro são demonstradas as receitas e despesas orçamentárias, bem como os
ingressos e dispêndios extraorçamentários, conjugados com os saldos de caixa do exercício anterior
e os que se transferem para o início do exercício seguinte.
C) No Balanço Orçamentário é demonstrada uma situação de desequilíbrio entre a previsão
atualizada da receita e a dotação atualizada, em decorrência da utilização do superávit financeiro
de exercícios anteriores para abertura de créditos adicionais.
D) A Demonstração da Variações Patrimoniais evidencia, qualitativa e quantitativamente, a situação
patrimonial da entidade pública por meio de contas representativas do patrimônio público, bem
como os atos potenciais, que são registrados em contas de compensação.
Comentários:
A única alternativa errada é a letra D, pois a demonstração contábil que evidencia, qualitativa e
quantitativamente, a situação patrimonial da entidade pública por meio de contas representativas
do patrimônio público, bem como os atos potenciais, que são registrados em contas de
compensação é o Balanço Patrimonial.
A Demonstração das Variações Patrimoniais (DVP) evidencia o resultado patrimonial. Portanto
cuidado para não confundir.
Gabarito  D.

Questão 24
24. (Consulplan/Exame CFC/2019.2) Um ente público apresentou as seguintes informações no seu
Balanço Orçamentário, referente ao exercício financeiro do ano X1:
Previsão Inicial R$ 10.200.000,00
Previsão Atualizada R$ 10.210.000,00
Receita Realizada R$ 10.100.000,00
Dotação Inicial R$ 10.200.000,00
Dotação Atualizada R$ 10.210.000,00
Despesa Empenhada R$ 10.150.000,00
Despesa Liquidada R$ 10.090.000,00
Despesa Paga R$ 10.000.000,00
Saldo de Exercícios Anteriores R$ 5.000.000,00
Com base nessas informações, sabe-se que esse Balanço Orçamentário apresentará um superávit
ou um déficit; no exercício financeiro de X1 é correto afirmar que foi apresentado um:

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A) Déficit de R$ 50.000,00.
B) Déficit de R$ 110.000,00.
C) Superávit de R$ 10.000,00.
D) Superávit de R$ 110.000,00.
Comentários:
O cálculo do resultado orçamentário deve ser feito considerando o art. 35 da Lei 4.320/64, ou seja,
devemos levar em conta a receita arrecadada e a despesa empenhada. Portanto temos:
Receita arrecadada = 10.100.000,00
Despesa empenhada = 10.150.00,00
Resultado da execução orçamentária: 10.100.000,00 - 10.150.00,00 = (50.000,00)
Gabarito  A.

Questão 25
25. (Consulplan/Exame CFC/2019.2) Assinale o registro contábil referente ao reconhecimento do
crédito tributário relativo ao Imposto sobre Propriedade de Veículo Automotores, pelo enfoque
patrimonial:
A) Débito: Créditos tributários a receber
Crédito: Impostos sobre patrimônio e a renda / IPVA
B) Débito: Caixa e equivalentes de caixa em moeda nacional
Crédito: Impostos sobre patrimônio e a renda / IPVA
C) Débito: Impostos sobre patrimônio e a renda / IPVA
Crédito: Créditos tributários a receber
D) Débito: Caixa e equivalentes de caixa em moeda nacional
Crédito: Créditos tributários a receber
Comentários:
Questão sobre lançamentos contábeis no setor público. A grande dificuldade está na separação do
lançamento de acordo com a natureza da informação. Veja que temos informações de natureza
patrimonial, orçamentária e controle.
A questão nos pede o reconhecimento do crédito tributária do IPVA sob o enfoque patrimonial.
Esse evento provoca o reconhecimento do direito de receber pela entidade do setor público, ou
seja, quando há o reconhecimento do direito por parte do poder público, o ativo está aumentando.
Por ser uma conta de natureza devedora, vamos reconhecer um débito em conta do ativo.
Temos que fechar a partida dobrada em conta de natureza patrimonial. Veja que não há qualquer
obrigação juntamente com o reconhecimento do direito. O que temos, é uma receita sob o
enfoque patrimonial. Essa receita sob o enfoque patrimonial é conhecida como variação
patrimonial aumentativa (VPA), classe de natureza credora. Portanto, o lançamento ficará assim

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(vou pegar o exemplo do MCASP):


Reconhecimento do crédito tributário
Natureza da informação: patrimonial
D 1.1.2.2.1.xx.xx Crédito Tributário a Receber
C 4.1.1.2.1.xx.xx Imposto sobre Patrimônio e Renda
Gabarito  A.

Questão 26
26. (Consulplan/Exame CFC/2019.2) Os seguintes dados amostrais foram obtidos de uma pesquisa
que buscou saber o comportamento de determinada ação cotada em bolsa de valores no decorrer
de nove pregões.

Considerando apenas os dados amostrais apresentados, é correto afirmar que:


A) A mediana dos preços é igual a R$ 7,50.
B) A variância dos preços é, aproximadamente, R$ 0,30.
C) A média aritmética simples dos preços é igual a R$ 7,00.
D) O desvio-padrão dos preços é, aproximadamente, R$ 0,09.
Comentários:
Considerando apenas os dados amostrais apresentados na questão, é correto afirmar que a
mediana dos preços é igual a R$ 7,50, conforme segue:
Para o cálculo da mediana, deve-se ordenar os elementos (preços) e, em seguida, encontrar o
elemento (n + 1)/2. Ficam assim os elementos ordenados: 7,00, 7,00, 7,35, 7,40, 7,50, 7,60, 7,70,
7,75 e 7,80. Ou seja, a mediana é igual a 7,50.
Quanto às demais alternativas:

Gabarito  A.

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Questão 27
27. (Consulplan/Exame CFC/2019.2) Uma empresa apresentou os seguintes Balanços Patrimoniais
encerrados em 31/12/20X0 e 31/12/20X1:

Considerando apenas os dados apresentados, assinale a alternativa correta.


A) O Capital de Giro Líquido diminuiu em R$ 332.000,00 de 20X0 para 20X1.
B) O Capital de Giro Líquido aumentou em R$ 108.000,00 de 20X0 para 20X1.
C) A Necessidade de Capital de Giro aumentou em R$ 440.000,00 de 20X0 para 20X1.
D) A Necessidade de Capital de Giro aumentou em R$ 1.200.000,00 de 20X0 para 20X1.
Comentários:
O capital de giro líquido é encontrado pela seguinte fórmula:
Capital de Giro Líquido = Ativo Circulante – Passivo Circulante
Capital de Giro Líquido (CGL) de 20X0 = R$ 1.515.000,00 – R$ 683.000,00 = R$ 832.000,00
Capital de Giro Líquido (CGL) de 20X1 = R$ 1.080.000,00 – R$ 580.000,00 = R$ 500.000,00
Capital de Giro Líquido (CGL) = R$ 500.000,00 – R$ 832.000,00 = (R$ 332.000,00)
Portanto, o gabarito é a letra a.
Para achar a necessidade de capital de giro, podemos pegar todos ativos operacionais (contas a
receber e estoques, neste caso) e subtrair os passivos operacionais (contas a pagar, fornecedores e
impostos).
Ativos financeiros (caixas e aplicações) não entram neste caso. O mesmo vale para os passivos
financeiros (empréstimos e duplicatas descontadas, por exemplo).
Ativo XO X1
Contas a receber R$ 370.000,00 R$ 350.000,00
Estoques R$ 1.000.000,00 R$ 600.000,00
Total R$ 1.370.000,00 R$ 950.000,00
Passivo XO X1
Contas a pagar R$ 30.000,00 R$ 20.000,00
Fornecedores R$ 100.000,00 R$ 120.000,00

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Total R$ 130.000,00 R$ 140.000,00


NCG R$ 1.240.000,00 R$ 810.000,00
Variação R$ 430.000,00

Portanto, a necessidade de capital de giro diminuiu de X0 para X1 em R$ 430.000,00.


Gabarito  A.

Questão 28
28. (Consulplan/Exame CFC/2019.2) Os seguintes valores foram divulgados por uma empresa
comercial em alguns de seus relatórios contábil-financeiros encerrada em 31/12/20X1:

Informações adicionais:
- Em 20X1, as Contas a Receber de Clientes giraram, em média, seis vezes, enquanto Fornecedores
de Mercadorias a Pagar giraram, em média, dez vezes;
- No Balanço Patrimonial encerrado em 31/12/20X0, o saldo do Estoque de Mercadorias foi de R$
290.000,00.
Considerando apenas as informações apresentadas e adotando o ano comercial com 360 dias nos
cálculos, pode-se afirmar que em 20X1:
A) O Ciclo Operacional foi de 150 dias e o Ciclo Financeiro foi de 114 dias.
B) O Prazo Médio de Pagamento a Fornecedores foi de 90 dias e o Ciclo Financeiro de 150 dias.
C) O Prazo Médio de Renovação de Estoque de Mercadorias foi de 36 dias e o Ciclo Operacional de
150 dias.
D) O Prazo Médio de Recebimento de Clientes foi de 60 dias e o Prazo Médio de Pagamento a
Fornecedores foi de 90 dias.
Comentários:
Temos que separar em:
1 - Estoques.
2 - Contas a receber.
3 - Fornecedores.
Estoques:
Vamos ver quantas vezes o estoque rodou.

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Rotação de estoque = Custo da mercadoria vendida/Estoque Médio


O estoque médio é  (Estoque inicial + Estoque final)/2  (310.000 + 290.000)/2  300.000,00.
Rotação de estoque = 1.200.000/300.000 = 4 vezes.
Portanto, o estoque rodou 4 vezes.
E qual foi o prazo com que o estoque se renovou? Basta pegar 360 dias e dividir pela rotação de
estoques.
Prazo médio de renovação de estoques = 360/Rotação de Estoques
Prazo médio de renovação de estoques: 360/4 = 90 dias.
Contas a receber:
A questão informa que a conta clientes girou 6 vezes. Vamos ver então qual o prazo médio de
recebimento de clientes.
Prazo médio de recebimento de clientes = 360/Giro de clientes
Prazo médio de recebimento de clientes = 360/6 = 60 dias
Fornecedores:
A mesma questão informa que as contas a pagar giraram 10 vezes.
Prazo médio de pagamento de fornecedores: 360/Giro de fornecedores
Prazo médio de pagamento de fornecedores: 360/10 = 36 dias
Cálculo do ciclo operacional:
O Ciclo Operacional é o período que a empresa leva para comprar estoque, vender e receber.
Normalmente, o Ciclo Operacional é menor nas empresas comerciais que nas empresas industriais.

Compra Vende Recebe

Duração ciclo operacional


O cálculo do Ciclo Operacional pode ser efetuado através da soma, portanto, do prazo de
renovação de estoque com o prazo de recebimento de clientes.
Ciclo operacional = 90 dias + 60 dias = 150 dias
Compra Pagamento a Fornecedor Venda Recebimento

36 dias

90 dias

60 dias

Cálculo do ciclo financeiro:


O cálculo do ciclo financeiro leva em conta quanto tempo você leva para pagar o fornecedor e

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receber do cliente.

Compra Paga Recebe

Duração ciclo financeiro


O cálculo pode ser feito da seguinte forma: Ciclo operacional – Prazo médio de pagamento de
fornecedores  150 – 36 = 114 dias.
Fica assim:
Compra Pagamento a Fornecedor Venda Recebimento

36 dias

90 dias

60 dias

O ciclo financeiro corresponde a esse trecho:

Vamos analisar as alternativas.


A) O Ciclo Operacional foi de 150 dias e o Ciclo Financeiro foi de 114 dias.
Correto. Esse é o nosso gabarito.
B) O Prazo Médio de Pagamento a Fornecedores foi de 90 dias e o Ciclo Financeiro de 150 dias.
Errado. O prazo médio de pagamento a fornecedores foi de 36 dias. O ciclo financeiro é de 114 dias.
C) O Prazo Médio de Renovação de Estoque de Mercadorias foi de 36 dias e o Ciclo Operacional
de 150 dias.
Errado. O prazo médio de renovação de estoques é de 90 dias. O ciclo operacional é de 150 dias.
D) O Prazo Médio de Recebimento de Clientes foi de 60 dias e o Prazo Médio de Pagamento a
Fornecedores foi de 90 dias.
Errado. O prazo médio de recebimento de clientes foi de 60 dias, de fato. Mas o prazo médio de
pagamento de fornecedores é de 36 dias.
Gabarito  A.

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Questão 29
29 (Consulplan/Exame CFC/2019.2) Quando da suspensão ou da interrupção do contrato de
trabalho, não há a prestação de serviços para o empregador. Um contador responsável pelas
rotinas trabalhistas de determinada empresa sabe que, em linhas gerais, na interrupção do
contrato de trabalho, o empregado continua recebendo sua remuneração e há a contagem do
tempo de serviço, o que não ocorre no caso de suspensão do contrato. Neste contexto, as
seguintes hipóteses são de interrupção de contrato de trabalho para um empregado, EXCETO:
A) Afastamento para exercício de cargo público.
B) Necessidade de o empregado comparecer a juízo.
C) Licença de três dias consecutivos, em virtude de casamento.
D) Doação voluntária de sangue devidamente comprovada, por um dia, em cada doze meses de
trabalho.
Comentários:
Grosso modo, a interrupção do contrato de trabalho é considerada como tempo de serviço e a
empresa continua pagando o salário ao empregado.
Nos casos de suspensão, o empregado não recebe pelo tempo inativo e o período também não
conta como tempo de serviço.
Art. 473 - O empregado poderá deixar de comparecer ao serviço sem prejuízo do salário:
(Redação dada pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967)
I - até 2 (dois) dias consecutivos, em caso de falecimento do cônjuge, ascendente, descendente,
irmão ou pessoa que, declarada em sua carteira de trabalho e previdência social, viva sob sua
dependência econômica; (Inciso incluído pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967)
II - até 3 (três) dias consecutivos, em virtude de casamento; (Inciso incluído pelo
Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967)
III - por um dia, em caso de nascimento de filho no decorrer da primeira semana; (Inciso
incluído pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967)
IV - por um dia, em cada 12 (doze) meses de trabalho, em caso de doação voluntária de sangue
devidamente comprovada; (Inciso incluído pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967)
V - até 2 (dois) dias consecutivos ou não, para o fim de se alistar eleitor, nos têrmos da lei respectiva.
(Inciso incluído pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967)
VI - no período de tempo em que tiver de cumprir as exigências do Serviço Militar referidas na letra
"c" do art. 65 da Lei nº 4.375, de 17 de agosto de 1964 (Lei do Serviço Militar). (Incluído
pelo Decreto-lei nº 757, de 12.8.1969)
VII - nos dias em que estiver comprovadamente realizando provas de exame vestibular para
ingresso em estabelecimento de ensino superior. (Inciso incluído pela Lei nº 9.471, de
14.7.1997)
VIII - pelo tempo que se fizer necessário, quando tiver que comparecer a juízo. (Incluído
pela Lei nº 9.853, de 27.10.1999)
IX - pelo tempo que se fizer necessário, quando, na qualidade de representante de entidade sindical,
estiver participando de reunião oficial de organismo internacional do qual o Brasil seja membro.

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(Incluído pela Lei nº 11.304, de 2006)


X - até 2 (dois) dias para acompanhar consultas médicas e exames complementares durante o
período de gravidez de sua esposa ou companheira; (Incluído dada pela Lei nº 13.257,
de 2016)
XI - por 1 (um) dia por ano para acompanhar filho de até 6 (seis) anos em consulta médica.
(Incluído dada pela Lei nº 13.257, de 2016)
XII - até 3 (três) dias, em cada 12 (doze) meses de trabalho, em caso de realização de exames
preventivos de câncer devidamente comprovada. (Incluído pela Lei nº 13.767, de 2018)
Portanto, o gabarito é a letra a.
Gabarito  A

Questão 30
30. (Consulplan/Exame CFC/2019.2) “Conforme o art. 43 do Código Tributário Nacional, o(a)
_________________ do Imposto de Renda ocorre pela aquisição da disponibilidade econômica ou
jurídica de renda.” Assinale a alternativa que completa corretamente a afirmativa anterior.
A) anistia
B) isenção
C) fato gerador
D) compensação
Comentários:
Segundo o Código Tributário Nacional:
Art. 43. O imposto, de competência da União, sobre a renda e proventos de qualquer natureza tem
como fato gerador a aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica:
I - de renda, assim entendido o produto do capital, do trabalho ou da combinação de ambos;
II - de proventos de qualquer natureza, assim entendidos os acréscimos patrimoniais não
compreendidos no inciso anterior.
Gabarito  C.

Questão 31
31 (Consulplan/Exame CFC/2019.2) A seguir são apresentados o preâmbulo de um hipotético
Contrato Social e os artigos do Código Civil referentes à capacidade para exercício de atividade de
empresário.
José XYZ, brasileiro, casado em regime de comunhão parcial de bens, empresário, portador
da cédula de identidade nº. 011.022 SSP/EV, inscrito no CPF/MF sob o nº 001.002.003-04,
residente e domiciliado na Rua das Flores, nº 19, Cidade do Bosque, no Estado do Verde;
Joana XYZ, brasileira, casada em regime de comunhão parcial de bens, empresária,
portadora da cédula de identidade nº 033.044 SSP/EV, inscrita no CPF/MF sob o nº
004.003.004-05, residente e domiciliada na Rua das Flores, nº 19, Cidade do Bosque, no

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Estado do Verde;
José XYZ Júnior, brasileiro, solteiro, empresário, portador da cédula de identidade nº
044.055 SSP/EV, inscrito no CPF/MF sob o nº 006.007.008.-09, residente e domiciliado na
Rua das Flores, nº 19, Cidade do Bosque, no Estado do Verde, nascido em 15/05/2002, tendo
dezessete anos nesta data, emancipado por concessão dos pais, conforme escritura
devidamente averbada no Cartório de Registro Civil da Comarca da Cidade do Bosque,
resolvem constituir uma sociedade limitada, o fazem sob as condições seguintes:
[...]
Artigo 5º. A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à
prática de todos os atos da vida civil.
Parágrafo único: Cessará para os menores a incapacidade: [...]
Artigo 972. Podem exercer atividade de empresário os que estiverem em pleno gozo da
capacidade civil e não forem legalmente impedidos.
(BRASIL. Código Civil, 2002.)
Considerando o preâmbulo e as hipóteses de cessão da menoridade previstas no Código Civil, pode-
se afirmar que a sociedade:
A) Poderá ser iniciada somente quando José XYZ Júnior se casar.
B) Só poderá ser iniciada quando José XYZ Júnior completar 18 anos.
C) Poderá ser iniciada se José XYZ Júnior já houver concluído o ensino médio.
D) Poderá ser iniciada, pois José XYZ Júnior foi emancipado por concessão dos pais.
Comentários:
Segundo o Código Civil:
Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada
para a produção ou a circulação de bens ou de serviços.
E também:
Art. 972. Podem exercer a atividade de empresário os que estiverem em pleno gozo da capacidade
civil e não forem legalmente impedidos.
Vamos para a questão da capacidade civil. Segundo o CC:
Art. 5º A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática
de todos os atos da vida civil.
Portanto, uma pessoa se torna capaz aos 18 anos. Contudo, em algumas hipóteses, a incapacidade
pode cessar para o menor.
Art. 5º. Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade:
I - Pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público,
independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor
tiver dezesseis anos completos;
II - Pelo casamento;

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III - Pelo exercício de emprego público efetivo;


IV - Pela colação de grau em curso de ensino superior;
V - Pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que,
em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria.
O menor emancipado está em pleno gozo da capacidade civil, podendo, assim, exercer a empresa
tal como o maior de 18.
Todavia, se o menor não for emancipado, não há possibilidade de dar início à atividade empresarial.
Anotem!
Gabarito  D.

Questão 32
32. (Consulplan/Exame CFC/2019.2) Uma pessoa contraiu um financiamento no valor de R$
20.000,00 para pagamento em 6 prestações bimestrais, iguais e sucessivas, devendo a primeira
prestação ser paga 60 dias após contrair o financiamento. A taxa de juros compostos contratada
para esta dívida foi de 3% ao bimestre e os juros bimestrais estão embutidos no valor das
prestações. Considerando somente as informações apresentadas e desconsiderando a incidência de
impostos e taxas, assinale o valor mais próximo de cada prestação a pagar. Caso necessário, admita
o ano comercial com 360 dias.
A) R$ 3.333,33.
B) R$ 3.433,33.
C) R$ 3.510,50.
D) R$ 3.691,95.
Comentários:
Na HP é bem tranquilo de fazer essa questão.
Ela trata do sistema francês, também chamado de Tabela Price, em que as prestações são iguais.
Basta fazer:
20.000,00 PV
3i
6 n PMT
O valor encontrado para cada prestação será de R$ 3.691,95.
No braço, você teria de fazer a fórmula seguinte:
Parcela = Valor Presente x Juros/(1 – 1/(1+i)n)
Teríamos:
Parcela = 20.000 x 0,03/1 – 1/1,036
Parcela = 600/1 – 1/1,194

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Parcela = 600/1 – 0,8374


Parcela = 600/0,1625
Parcela = R$ 3.691,95.
Gabarito  D.

Questão 33
33. (Consulplan/Exame CFC/2019.2) Levando em consideração o surgimento e o desenvolvimento
das correntes de pensamento no campo contábil no século XX, o desenvolvimento contábil
acompanhou o desenvolvimento econômico e ocorreu a queda da Escola Europeia (mais
especificamente a italiana) e a ascensão da Escola Norte-Americana (IUDÍCIBUS, MARION, 2017).
Um dos motivos para a queda da Escola Europeia (especificamente a italiana) foi o fato dessa
corrente de pensamento:
A) Dar pouca importância à Auditoria.
B) Dar ênfase na Contabilidade Gerencial.
C) Estar direcionada para tomada de decisão.
D) Ser direcionada para o usuário da informação contábil.
Comentários:
A noção de conta surge juntamente do homo sapiens.
Primeiros sinais da existência da contabilidade = 2.000 anos Antes de Cristo.
Antes disso, porém, homem fazia inventário de rebanhos, ferramentas, etc.
Evolução foi lenta até o surgimento da moeda. Antes havia puramente troca de mercadorias, sem
avaliação monetária.
Desenvolvimento nas cidades de Veneza, Genova, Florença, Pisa (Itália). Luca Paciolo escreveu o
Tractatus de Computis Et Scripturis. Surge assim a escola italiana da Contabilidade. Século XV. Culto
da “personalidade” na contabilidade. Trabalhos extremamente teóricos. Escola europeia preocupa-
se demasiadamente em mostrar que a contabilidade é uma ciência, em vez de focar nos usuários.
Excessiva ênfase na teoria das contas.
Surgimento da escola americana (influenciou Lei das SAs no Brasil).
Escola americana ganha força, em 1920, com o surgimento de grandes corporações (avanço e
refinamento de instituições econômicas e sociais).
O investidor médio deseja estar melhor informado.
O Governo, universidades e institutos de contadores americanos empregam muitos recursos para
pesquisas contábeis.
Além disso, há valorização da auditoria, como herança vinda dos ingleses, o que pouco ocorria na
escola italiana.
Criação do Financial Accounting Standards Board (FASB).
Na escola Americana há preocupação maior com os usuários das demonstrações contábeis. Não há

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endeusamento da contabilidade no contexto da história da humanidade.


Algumas razões da queda da Escola Europeia (especificamente italiana):
- Excessivo culto à personalidade: grandes mestres e pensadores da contabilidade ganharam tanta
notoriedade que passaram a ser vistos como “oráculos” da verdade contábil.
- Ênfase a uma contabilidade teórica: as mentes privilegiadas produziam trabalhos excessivamente
teóricos, apenas pelo gosto de serem teóricos, difundindo-se ideias com pouca aplicação prática.
- Pouca importância à auditoria: principalmente na legislação italiana, o grau de confiabilidade e a
importância da auditagem não eram enfatizados.
- Queda do nível das principais faculdades: principalmente as faculdades italianas, superpovoadas
de alunos.
Algumas razões da ascensão da Escola Norte-americana:
- Ênfase ao usuário da informação contábil: a contabilidade é apresentada como algo últil para a
tomada de decisões, evitando-se endeusar demasiadamente a Contabilidade; atender os usuários é
o grande objetivo.
- Ênfase à contabilidade aplicada: principalmente à contabilidade gerencial. Ao contário dos
europeus, não havia uma preocupação com a teoria das contas, ou querer provar que a
contabilidade é uma ciência.
- Bastante importância à auditoria: como herança dos ingleses e transparência para os investidores
das sociedades anônimas (e outros usuários) nos relatórios contábeis, a auditoria é muito
enfatizada.
- Universidades em busca de qualidade: grandes quantias para as pesquisas no campo contábil, o
professor em dedicação exclusiva, o aluno em período integral valorizaram o ensino nos Estados
Unidos.
Gabarito  A.

Questão 34
34. (Consulplan/Exame CFC/2019.2) Luca Pacioli publicou em Veneza a Summa de Arithmetica,
geometria, proportioni et proportionalità, em 1494, texto no qual se distingue, para a história da
Contabilidade, o Tractatus de computis et screipturis; talvez a primeira exposição sistemática e
completa do Método das Partidas Dobradas. (SCHMIDT, 2008.) Em relação ao Método das Partidas
Dobradas, assinale a afirmativa incorreta.
A) Método segundo o qual para cada registro contábil de débito deve haver, em contrapartida,
registro de crédito de igual valor.
B) Método aceito universalmente pela contabilidade; tem como princípio fundamental que para
cada aplicação de recursos corresponde uma fonte de recursos de igual valor.
C) Método menos utilizado pela contabilidade, sendo o Método das Partidas Simples
universalmente aceito devido a seu princípio de que o total de débitos tem que ser diferente do
total de créditos.
D) Método pelo qual se registra por meio de lançamentos a débito ou a crédito em uma ou mais

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contas as alterações ocorridas no patrimônio de uma entidade, permitindo que ele permaneça
equilibrado.
Comentários:
Essa talvez tenha sido a questão mais tranquila de toda a prova. Comentemos item a item...
A) Método segundo o qual para cada registro contábil de débito deve haver, em contrapartida,
registro de crédito de igual valor.
Item correto. Deve haver débitos e créditos de igual valor.
B) Método aceito universalmente pela contabilidade; tem como princípio fundamental que para
cada aplicação de recursos corresponde uma fonte de recursos de igual valor.
Item correto. Os ativos são aplicações, enquanto que o passivo e patrimônio líquido são origens.
Como decorrência do método das partidas dobradas, esses valores precisam sempre se equivaler.
C) Método menos utilizado pela contabilidade, sendo o Método das Partidas Simples
universalmente aceito devido a seu princípio de que o total de débitos tem que ser diferente do
total de créditos.
Errado. O método das partidas dobradas é o mais utilizado.
D) Método pelo qual se registra por meio de lançamentos a débito ou a crédito em uma ou mais
contas as alterações ocorridas no patrimônio de uma entidade, permitindo que ele permaneça
equilibrado.
Item também correto.
Gabarito  C.

Questão 35
35. (Consulplan/Exame CFC/2019.2) A informação estruturada não significa que a Contabilidade
fornece as informações dispersas, e apenas seguindo as solicitações imediatas dos interessados,
mas que as fornece de forma organizada (IUDÍCIBUS, MARION, 2017). É correto afirmar que os
fatos e registros das operações da entidade, na qual se está aplicando a Contabilidade são
estudadas e desenhadas minuciosamente através dos:
A) Plano e Manual de Contas.
B) Relatórios Administrativos.
C) Relatórios Contábeis e Administrativos.
D) Livros Contábeis e levantamento de extratos bancários.
Comentários:
De acordo com Iudícibus, em seu livro Introdução à Teoria da Contabilidade, as operações da
entidade à qual se está aplicando a Contabilidade são estudadas e desenhadas minuciosamente
através do Plano e Manual de Contas para a contabilização sistemática das operações rotineiras da
entidade, ao mesmo tempo que são delineados para os principais tipos de relatórios que devem
sair do processo contábil, são eles:
a) Para os usuários externos: demonstrações contábeis como o Balanço Patrimonial, Demonstração

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do Resultado do Exercício, Demonstração do Fluxo de Caixa, Demonstração do Valor Adicionado e


outros.
b) Para os usuários internos: interessam além das demonstrações citadas, também subsidiam os
tomadores internos de decisões, outros tipos de relatórios que aliem conceitos e informações
derivantes do sistema de Contabilidade Financeira (geral). Incluem-se entre esses tipos de
relatórios:
- Comparações entre custos orçados e reais.
- Relatórios para decisões especiais do tipo: fabricar versus adquirir, orçamento de capital,
expansão da fábrica, criação de divisões, relatórios sobre mix de produtos e serviços.
Portanto, diante do exposto acima e analisando as alternativas, as operações da entidade à qual se
está aplicando a Contabilidade são estudadas e desenhadas minuciosamente através dos Plano e
Manual de Contas fazendo com que essa seja a alternativa correta.
Gabarito  A.

Questão 36
36. (Consulplan/Exame CFC/2019.2) As restrições aos princípios (conhecidas também como
convenções ou qualificações) representam o Complemento dos Postulados e Princípios, no sentido
de delimitar-lhes conceitos, atribuições e direções para sedimentar toda a experiência e o bom
senso da profissão no trato de problemas contábeis. A qualidade da informação contábil, que faz
com que a informação represente adequadamente as transações e outros eventos que ela se
propõe a representar, sendo necessário que essas transações e esses eventos sejam contabilizados
e apresentados de acordo com a sua substância e realidade econômica, e não meramente sua
forma legal é denominada:
A) Integralidade.
B) Confiabilidade.
C) Tempestividade.
D) Primazia da essência sobre a forma.
Comentários:
O gabarito é primazia da essência sobre a forma.
A primazia da essência sobre a forma diz que, na contabilidade, a essência das transações deve
prevalecer sobre os aspectos formais.
Por exemplo, o arrendamento mercantil é uma operação em que a propriedade é do arrendador.
Todavia, como o arrendatário é quem terá grande parte dos riscos, dos benefícios econômicos e
terá o controle, o registro do ativo é feito no balanço deste, mesmo que o bem a ele não pertença.
Gabarito  D.

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Questão 37
37. (Consulplan/Exame CFC/2019.2) João reside no Rio de Janeiro onde cursa o Bacharelado em
Ciências Contábeis na Universidade Federal do Rio de Janeiro, tendo a previsão de concluir no final
de 2019. Ele foi convidado para assumir o cargo de contador da loja onde trabalhava a partir de
2020; entretanto, para aceitar o convite teria que atender aos seguintes critérios, EXCETO:
A) Ser aprovado no Exame de Suficiência.
B) Estar capacitado para exercer as funções requeridas.
C) Obter registro no Conselho Regional de Contabilidade de São Paulo.
D) Concluir o curso de Bacharelado em Ciências Contábeis reconhecido pelo Ministério da
Educação.
Comentários:
A resposta para esta questão está no Decreto Lei 9.295/1946. Segundo o artigo 12 da citada
legislação:
Art. 12. Os profissionais a que se refere este Decreto-Lei somente poderão exercer a
profissão após a regular conclusão do curso de Bacharelado em Ciências Contábeis,
reconhecido pelo Ministério da Educação, aprovação em Exame de Suficiência e registro no
Conselho Regional de Contabilidade a que estiverem sujeitos. (Redação dada
pela Lei nº 12.249, de 2010)
Portanto, João precisa:
A) Ser aprovado no Exame de Suficiência.
Precisa! Item correto.
B) Estar capacitado para exercer as funções requeridas.
Precisa também! Isso consta no Código de Ética, NBC PG 01. O profissional tem que estar apto para
as funções requeridas.
C) Obter registro no Conselho Regional de Contabilidade de São Paulo.
Este é o nosso gabarito. Não é uma condição que ele EXIJA SEU REGISTRO em São Paulo. Ele poderá
requerer no Rio de Janeiro, que é onde tem domicílio e onde exercerá sua profissão, conforme
induz a questão.
D) Concluir o curso de Bacharelado em Ciências Contábeis reconhecido pelo Ministério da
Educação.
Precisa também concluir o curso reconhecido pelo MEC.
Gabarito  C.

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Questão 38
38. (Consulplan/Exame CFC/2019.2) O empresário X verifica que os gastos tributários estão
apresentando crescimento e solicita ao contador que tente reduzir a sua carga tributária. Diante
dessa situação, o contador poderá atender à solicitação do cliente através de:
A) Elisão fiscal.
B) Fraude fiscal.
C) Evasão fiscal.
D) Sonegação fiscal.
Comentários:
A questão apresenta uma situação hipotética, entretanto passível de ocorrência na realidade dos
trabalhos contábeis, e tem como escopo avaliar a postura do contador perante uma situação posta
em conformidade com o Código de Ética, tendo em vista ser este o instrumento direcionador das
ações do profissional.
A única forma passível de concluir a postura do profissional para atender ao cliente é por parte
do contador é por meio da elisão fiscal, que decorre do planejamento tributário, portanto lícita. A
elisão fiscal pode decorres da própria lei ou por meio de lacunas e brechas decorrentes dela. Para
procedimentos corretos, o próprio dispositivo legal permite ou até mesmo induz a economia de
tributos, e para lacunas e brechas o contribuinte utiliza-se de elementos que a lei não proíbe ou
possibilita para evitar a ocorrência do fato gerador (Zanluca, Planejamento Tributário, 2014).
Fraude, evasão, sonegação são ilícitos tributários e penais previstos em nossa legislação.
Gabarito  A.

Questão 39
39. (Consulplan/Exame CFC/2019.2) O contador Y foi contratado por uma empresa que realiza
práticas ilícitas, especialmente lavagem de dinheiro, estando, inclusive, envolvida em esquema
nacional de desvio de dinheiro. Ao perceber a conduta da empresa, é correto afirmar que o
contador Y deverá:
A) Solicitar à empresa vantagens para auxiliar nas operações fraudulentas e ilícitas.
B) Denunciar às autoridades competentes, por ser um ato ilícito especialmente grave.
C) Orientar a empresa contra as disposições legais e as normas brasileiras de contabilidade.
D) Continuar prestando serviços à empresa, independentemente da realização de atos ilícitos.
Comentários:
Essa questão poderia ser resolvida pela lógica.
1 – A empresa realiza práticas ilícitas, como lavagem de dinheiro.
2 – O contador deverá fazer o que? Participar do esquema? Continuar trabalhando na empresa?
Orientar a empresa a roubar mais?
3 – É claro que deverá comunicar às autoridades, negando-se a prestar tais serviços.

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Vejamos.
A) Solicitar à empresa vantagens para auxiliar nas operações fraudulentas e ilícitas.
Não tem sentido. Ajudar a empresa a desviar dinheiro? Item incorreto.
B) Denunciar às autoridades competentes, por ser um ato ilícito especialmente grave.
Este é o nosso gabarito.
C) Orientar a empresa contra as disposições legais e as normas brasileiras de contabilidade.
Errado. Você não pode orientar o seu cliente a infringir os dispositivos da lei.
D) Continuar prestando serviços à empresa, independentemente da realização de atos ilícitos.
Errado. Você não pode continuar prestando serviço a esse tipo de empresa. Caso contrário,
também poderá ser responsabilizado.
A obrigatoriedade de informar inconformidades e ilegalidades passou existir a partir da Lei nº.
9.613, de 3 de março de 1998, por meio da Declaração de Não Ocorrência de Operações (artigo 11,
inciso III) e alterações posteriores pela Lei nº. 12.683, de 9 de julho de 2012.
Gabarito  B.

Questão 40
40. (Consulplan/Exame CFC/2019.2) Capacitadora é a entidade credenciada em Conselho Regional
de Contabilidade que promove atividades de Educação Profissional Continuada consoante as
diretivas desta norma. (NBC PG 12 (R3), 33.)
Em conformidade com a referida norma, constituem-se em possíveis capacitadoras, EXCETO:
A) Tribunal de Contas da União (TCU).
B) Conselho Federal de Farmácia (CFF).
C) Fundação Brasileira de Contabilidade (FBC).
D) Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Comentários:
Segundo a NBC PG 12:
33. Capacitadora é a entidade credenciada em Conselho Regional de Contabilidade que
promove atividades de Educação Profissional Continuada consoante as diretivas desta
norma. (Alterado pela NBC PG 12 (R2))
34. Podem ser capacitadoras: (Alterado pela NBC PG 12 (R2))
(a) Conselho Federal de Contabilidade (CFC);
(b) Conselhos Regionais de Contabilidade (CRCs);
(c) Fundação Brasileira de Contabilidade (FBC) (letra c);
(d) Academia Brasileira de Ciências Contábeis (Abracicon) e as respectivas Academias
Estaduais ou regionais; (Alterada pela NBC PG 12 (R1))

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(e) IBRACON – Instituto dos Auditores Independentes do Brasil;


(f) Instituições de Ensino Superior (IES), credenciadas pelo MEC; (g) Instituições de
Especialização ou Desenvolvimento Profissional
(g) Entidades de Especialização ou Desenvolvimento Profissional que ofereçam cursos ao
público em geral; (Alterada pela NBC PG 12 (R1))
(h) Federações, Sindicatos e Associações da classe contábil e empresariais; (Alterada pela
NBC PG 12 (R2))
(i) Firmas de Auditoria Independente;
(j) Organizações Contábeis; e
(k) Órgãos Reguladores.
(l) Empresas de grande porte, representadas pelos seus Departamentos de Treinamento,
Universidades Corporativas e/ou outra designação; (Incluída pela NBC PG 12 (R1))
(m) Universidades e Institutos Corporativos que tenham personalidade jurídica própria
(letra d); e (Incluída pela NBC PG 12 (R1))
(n) Serviços Sociais autônomos. (Incluída pela NBC PG 12 (R2))
(o) Entes da administração pública tais como Tribunais de Contas (letra a), Procuradorias,
Secretaria do Tesouro, entre outros. (Incluída pela Revisão NBC 02)
Nosso gabarito, portanto, é a letra B: Conselho Federal de Farmácia.
Gabarito  B.

Questão 41
41. (Consulplan/Exame CFC/2019.2) A Cia Gama foi acionada judicialmente por um antigo
empregado, que reclama não ter recebido os valores devidos relativos a férias e pede R$ 20.000,00
da empresa. O advogado da Cia Gama julga que o risco de perda na Justiça é provável. Assinale o
tratamento contábil nesse caso, com base na NBC TG 25 (R2) – Provisões, Passivos Contingentes e
Ativos Contingentes.
A) Reconhecimento de ativo contingente.
B) Reconhecimento de passivo contingente.
C) Reconhecimento de reserva para contingência.
D) Reconhecimento de provisão para contingência.
Comentários:
Provisão é um passivo de prazo ou de valor incertos.
Passivo é uma obrigação presente da entidade, derivada de eventos já ocorridos, cuja liquidação se
espera que resulte em saída de recursos da entidade capazes de gerar benefícios econômicos.
Passivo contingente é:
(a) uma obrigação possível que resulta de eventos passados e cuja existência será confirmada

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apenas pela ocorrência ou não de um ou mais eventos futuros incertos não totalmente sob
controle da entidade; ou
(b) uma obrigação presente que resulta de eventos passados, mas que não é reconhecida porque:
(i) não é provável que uma saída de recursos que incorporam benefícios econômicos seja exigida
para liquidar a obrigação; ou
(ii) o valor da obrigação não pode ser mensurado com suficiente confiabilidade.
Ativo contingente é um ativo possível que resulta de eventos passados e cuja existência será
confirmada apenas pela ocorrência ou não de um ou mais eventos futuros incertos não totalmente
sob controle da entidade.
Uma provisão deve ser reconhecida quando:
(a) a entidade tem uma obrigação presente (legal ou não formalizada) como resultado de evento
passado;
(b) seja provável que será necessária uma saída de recursos que incorporam benefícios econômicos
para liquidar a obrigação; e
(c) possa ser feita uma estimativa confiável do valor da obrigação.
Se essas condições não forem satisfeitas, nenhuma provisão deve ser reconhecida.
Se as condições forem satisfeitas, então é um passivo e deve ser contabilizado.

Portanto, veja que a questão disse: O advogado da Cia Gama julga que o risco de perda na Justiça
é provável. Logo, trata-se de provisão para contingência e deve ser reconhecida.
Gabarito  D.

Questão 42
42. (Consulplan/Exame CFC/2019.2) Em 2018 uma empresa emitiu títulos patrimoniais, sobre os
quais incorreram custos de transação no valor de R$ 200.000,00. A operação foi um sucesso.
Assinale a correta contabilização destes custos de transação nas demonstrações contábeis da
empresa de acordo com a NBC TG 08 – Custos de Transação e Prêmios na Emissão de Títulos e
Valores Mobiliários.
A) Reserva de capital no balanço patrimonial.
B) Redutora do patrimônio líquido no balanço patrimonial.
C) Despesa financeira na demonstração do resultado do exercício.
D) Despesa operacional na demonstração do resultado do exercício.
Comentários:

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O dinheiro dos sócios fica no Patrimônio Líquido.


O registro do montante inicial dos recursos captados por intermédio da emissão de títulos
patrimoniais deve corresponder aos valores líquidos disponibilizados para a entidade, pois essas
transações são efetuadas com sócios já existentes e/ou novos, não devendo seus custos
influenciar o resultado da entidade.

Recursos Valores
captados PL líquidos

Os custos de transação incorridos na captação de recursos por intermédio da emissão de títulos


patrimoniais devem ser contabilizados, de forma destacada, em conta redutora de patrimônio
líquido, deduzidos os eventuais efeitos fiscais, e os prêmios recebidos devem ser reconhecidos em
conta de reserva de capital.

Custos de transação Conta redutora do PL

Captação recursos PL

Prêmio Reservas de capital

Ou seja, as despesas com emissão de ações (os custos de transação) ficam em conta redutora do
Patrimônio Líquido, e não afetam o resultado do exercício.
EXEMPLO – CAPTAÇÃO DE RECURSO COM GASTO NA EMISSÃO DE AÇÕES
Uma empresa lançou ações no valor de 10.000, com gastos de emissão (custos de transação) de
500.
A contabilização fica assim:

D – Caixa (Ativo) 9.500


D – Gastos com emissão (PL – retificadora do Capital Social) 500
C – Capital Social (PL) 10.000

Caixa (Ativo) Gastos emissão ações Capital social


9500 500 10000

No PL, aparece assim:


Patrimônio líquido R$
Capital Social 10.000
Gastos com emissão (500)

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Gabarito  B.

Questão 43
43. (Consulplan/Exame CFC/2019.2) Uma empresa que fabrica e vende produtos farmacêuticos
apresentou, em 2018, um aumento no fluxo de caixa consumido pela atividade de investimento.
Assinale um possível motivo para tal aumento, de acordo com a NBC TSP 12 – Demonstração dos
Fluxos de Caixa.
A) Pagamento de impostos e multas.
B) Pagamento de dividendos a seus acionistas.
C) Compra de debêntures emitidas por uma companhia aberta brasileira.
D) Amortização de empréstimos que foram contraídos com instituição financeira.
Comentários:
Vejam que essa questão refere-se a uma empresa que fabrica e vende produtos farmacêuticos.
Logo, trata-se de sociedade empresária. Todavia, em seu enunciado, pede a aplicação da NBC TSP
12, que trata do setor público.
Foi certamente um lapso do examinador.
Mas vamos lá! A questão pede o que seja um fluxo de investimento.
Conceito de Atividades Operacionais
Atividades operacionais são as principais atividades geradoras de receita da entidade e outras
atividades que não são de investimento e tampouco de financiamento.
Conceito de Atividades de Investimento
Atividades de investimento são as referentes à aquisição e à venda de ativos de longo prazo e de
outros investimentos não incluídos nos equivalentes de caixa.
Conceito de Atividades de Financiamento
Atividades de financiamento são aquelas que resultam em mudanças no tamanho e na composição
do capital próprio e no capital de terceiros da entidade.
Comentemos item a item...
A) Pagamento de impostos e multas.
Fluxo operacional. Só não será fluxo operacional se puder se claramente identificado com outro
fluxo.
B) Pagamento de dividendos a seus acionistas.
Fluxo de financiamento. O pagamento de dividendos segue a seguinte regra:

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CPC Encoraja Alternativa


Pagamento Operacional Financiamento
Juros
Recebimento Operacional Investimento
Juros sobre Pagamento Financiamento Operacional
capital próprio e
dividendo Recebimento Operacional Investimento

C) Compra de debêntures emitidas por uma companhia aberta brasileira.


Correto. Quando você está comprando debêntures, está investindo o capital que a empresa possui.
Cuidado para não confundir:
Empréstimo
Principal:
Empréstimo contraído: Financiamento
Empréstimo concedido: Investimento
Juros sobre empréstimos: Operacional
D) Amortização de empréstimos que foram contraídos com instituição financeira.
Seguindo a lógica acima, a amortização de empréstimo é fluxo de financiamento.
Gabarito  C.

Questão 44
44. (Consulplan/Exame CFC/2019.2) NBC PP 01 estabelece critérios inerentes à atuação do
contador na condição de perito. São considerados casos de suspeição a que está sujeito o perito do
juízo segundo a referida norma, EXCETO:
A) Ser amigo distante de qualquer uma das partes.
B) Ser parceiro, empregador ou empregado de alguma das partes.
C) Ser herdeiro presuntivo ou donatário de alguma das partes ou dos seus cônjuges.
D) Ser devedor ou credor em mora de qualquer das partes, dos seus cônjuges, de parentes destes
em linha reta ou em linha colateral até o terceiro grau.
Comentários:
A NBC PP 01, item 16, elenca os casos de suspeição a que o perito do juízo está sujeito:
(a) Ser amigo íntimo de qualquer das partes (A letra a é o nosso gabarito. Amigo distante não há
óbice);
(b) Ser inimigo capital de qualquer das partes;
(c) Ser devedor ou credor em mora de qualquer das partes, dos seus cônjuges, de parentes destes
em linha reta ou em linha colateral até o terceiro grau (letra d correta) ou entidades das quais
esses façam parte de seu quadro societário ou de direção;

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(d) Ser herdeiro presuntivo ou donatário de alguma das partes ou dos seus cônjuges (letra c
correta);
(e) Ser parceiro, empregador ou empregado de alguma das partes (letra b correta);
(f) Aconselhar, de alguma forma, parte envolvida no litígio acerca do objeto da discussão; e
(g) Houver qualquer interesse no julgamento da causa em favor de alguma das partes.
Gabarito  A.

Questão 45
45. (Consulplan/Exame CFC/2019.2) Uma sociedade empresária apresentava o seguinte quadro de
participação societária: sócios Alfa – 25%; sócio Beta – 25%; sócio Delta – 40%; sócio Gama – 10%.
Em setembro de 2019, os sócios Alfa, Beta e Delta decidiram excluir o sócio Gama da sociedade e,
para demonstrar ao mesmo sua parte nos haveres, os demais sócios solicitaram ao contador que
elaborasse o Balanço Patrimonial em 30 de setembro de 2019, que apresentou o Patrimônio
Líquido com a seguinte composição:
Capital Social – R$ 300.000,00;
Reservas de Lucros – R$ 50.000,00;
Prejuízos Acumulados – R$ 60.000,00.
O sócio Gama questionou judicialmente os valores e, para tanto, foi nomeado um perito contador
pelo juiz para a elaboração do Balanço Especial. Examinando a documentação contábil, o perito
constatou que:
(a) em 31/12/2018 haviam obrigações e contingências que não haviam sido contabilizadas e
geraram uma redução de R$ 12.000,00 no Patrimônio Líquido;
(b) até a data de levantamento do Balanço Especial havia um lucro apurado de R$ 20.000,00.
Considerando as informações, os haveres do Gama em 30/09/2019 correspondem a:
A) R$ 29.000,00.
B) R$ 29.800,00.
C) R$ 32.200,00.
D) R$ 41.800,00.
Comentários:
O Balanço de Determinação ou Balanço Especial é uma demonstração contábil elaborada pelo
perito de juízo, para a data do evento que deu início a apuração de haveres em favor de sócio seja
retirante, excluído ou herdeiro. Por meio desse demonstrativo o perito contábil busca definir a
situação líquida da empresa em determinado momento, para que seja corretamente atribuído ao
sócio questionador o montante de haveres que lhe cabe (Ornelas, 2011).
Vamos refazer o balanço:
PL em 30 de setembro de 2019: 300.000 + 50.000 – 60.000 = 290.000,00.

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Agora vamos fazer os ajustes:


(a) em 31/12/2018 haviam obrigações e contingências que não haviam sido contabilizadas e
geraram uma redução de R$ 12.000,00 no Patrimônio Líquido;
Portanto, aqui iremos reduzir o patrimônio líquido, no valor de R$ 12.000,00.
(b) até a data de levantamento do Balanço Especial havia um lucro apurado de R$ 20.000,00.
Basta somar o lucro até a presente data.
Portanto, vamos fazer os ajustes pertinentes e, posteriormente, multiplicamos por 10%, que é a
participação de Gama.
R$ 290.000,00 – 12.000 + 20.000 = R$ 298.000,00 x 10% = R$ 29.800,00.
Gabarito  B.

Questão 46
46. (Consulplan/Exame CFC/2019.2) A Cia Alfa e a Cia Beta apresentavam os seguintes balanços
patrimoniais em 31/12/X0:

Em 01/01/X1, a Cia Alfa adquiriu 90% de participação da Cia Beta por R$ 19.800. Na data, o valor de
mercado do terreno é de R$ 12.000 e na negociação foi atribuído um valor de R$ 5.000 para a
marca da empresa. Assinale o valor da conta “Participações de não Controladores” no balanço
patrimonial consolidado em 01/01/X1 com base na NBC TSP 17 – Demonstrações Contábeis
Consolidadas, considerando apenas os dados apresentados.
A) R$ 1.500.
B) R$ 1.700.
C) R$ 1.980.
D) R$ 2.200.
Comentários:
Absurdamente, a banca cobrou uma norma que ainda não está em vigor no Exame CFC 2019.2. A
NBC TSP 17 só entra em vigor em 2021. Foram inúmeros recursos contra essa questão, mas
deliberadamente a banca não alterou.
A Cia Alfa pagou R$ 19.800 por 90% de participação em Beta.

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Mas a participação deve ser avaliada a valor justo.


Vejam que o terreno tem um valor de R$ 10.000,00 e foi avaliado a R$ 12.000,00, ou seja, um ágio
de 2.000,00.
Quanto à marca, tem valor de R$ 0,00, e foi avaliada a R$ 5.000,00.
Você está adquirindo 90% de Beta. O valor dos ativos de Beta é 15.000. Portanto, você está
adquirindo 15.000 x 90% = R$ 13.500,00.
O valor de mercado será os R$ 15.000 + 5.000 (a mais pelo terreno) + 5.000 (pela marca) = R$
22.000,00.
Todavia, esse é o valor de mercado para 100%. Estamos adquirindo apenas 90%.
R$ 22.000,00 x 90% = R$ 19.800,00.
Este é exatamente o valor pago. Ou seja, pagamos exatamente o valor de mercado.
Portanto, na consolidação, fica assim:
- Participação dos controladores: R$ 22.000,00 x 90% = R$ 19.800,00.
- Participação dos não controladores: R$ 22.000,00 x 10% = R$ 2.200,00.
Gabarito  D.

Questão 47
47. (Consulplan/Exame CFC/2019.2) Segundo a NBC TA 230 (R1), Documentação de Auditoria é o
registro dos procedimentos de auditoria executados, da evidência de auditoria relevante obtida e
conclusões alcançadas pelo auditor (usualmente também é utilizada a expressão “papéis de
trabalho”). (Conselho Federal De Contabilidade, NBC TA 230 (R1), item 6)
Ao tratar dos papéis de trabalho, Almeida (2017) e Crepaldi (2016) apontam que estes devem ser
organizados conforme sua natureza e finalidade, sendo a forma mais prática mantê-los em pastas
apropriadas de acordo com o assunto a que se referem, sendo maneira usual separá-los em pelo
menos dois grupos: pasta permanente e pasta corrente.
Observe as informações a seguir.

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Levando em consideração as informações, é correto afirmar que o documento representado pela


imagem constitui-se em documento de auditoria que deve ser arquivado em:
A) Pasta Corrente.
B) Pasta Permanente.
C) Listas de Verificação.
D) Resumos de Assuntos Significativos.
Comentários:
A NBC 230 TA (R1) trata da responsabilidade do auditor na elaboração da documentação de
auditoria, e define:
14. O auditor deve montar a documentação em arquivo de auditoria e completar o processo
administrativo de montagem do arquivo final de auditoria tempestivamente após a data do
relatório do auditor.
15. Após a montagem do arquivo final de auditoria ter sido completada, o auditor não apaga
nem descarta documentação de auditoria de qualquer natureza antes do fim do seu período
de guarda dessa documentação.
Na mesma norma, no item Definições:
6. [...]
(b) Arquivo de auditoria compreende uma ou mais pastas ou outras formas de
armazenamento, em forma física ou eletrônica que contêm os registros que constituem a
documentação de trabalho específico.
No enunciado é apresentado, além da definição de documentação de auditoria conforme disposto
pela NBC TA 230 (R1), trecho em que são citados aspectos doutrinários sobre a questão: “ *...+
organizados conforme sua natureza e finalidade, sendo a forma mais prática mantê-los em pastas
apropriadas de acordo com o assunto a que se referem, sendo maneira usual separá-los em pelo
menos dois grupos: pasta permanente e pasta corrente”.
A questão demonstra um extrato bancário, que se constitui em um documento ou papel de
trabalho referente ao exercício auditado e não de importância contínua a ser utilizado em
auditorias de próximos exercícios.
O fato da pasta denominar-se corrente não significa que os documentos nela arquivados possam
ser descartados antes do período legalmente instituído de 5 anos, sendo a denominação referente
ao período em que o mesmo foi utilizado.
Portanto, trata-se de pasta corrente.
Os papeis de trabalho podem ser:
Arquivos Permanentes: Contêm informações úteis para um período de anos.
Arquivos Correntes: São apenas utilizados para cada período coberto pela auditoria.
Gabarito  A.

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Questão 48
48. (Consulplan/Exame CFC/2019.2) A Cia Opção S/A não constitui Provisão para Créditos de
Liquidação Duvidosa. Ao realizar a auditoria da empresa, verificou-se, a partir do aging list, que
haviam 550 títulos em atraso, conforme apresentado a seguir:

Considerando que, após as análises realizadas, o prazo médio de recebimento de clientes é de 120
dias, pode-se afirmar que em decorrência do não provisionamento para os créditos de liquidação
duvidosa:
A) O ativo se encontra subavaliado em R$ 105.900,00.
B) O ativo se apresenta subavaliado em R$ 68.600,00.
C) O auditor deve recomendar a constituição de PCLD no valor de R$ 52.100,00.
D) O auditor deve recomendar a constituição de PCLD no valor de R$ 50.400,00.
Comentários:
De cara, podemos eliminar as letras A e B. Se determinado valor não foi ajustado, então isso implica
dizer que o ativo está superavaliado, e não subavaliado.
O critério adotado pelo examinador merece críticas. Ele simplesmente somou todos os saldos
superiores a 120 dias e somou.
Isso implica dizer que você não receberia qualquer crédito daqueles. Está errado. Seria prudente
fazer uma estimativa razoável e real da situação.
O que o examinador fez foi somar os itens em vermelho:

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O montante total é de R$ 52.100,00, o que dá o gabarito letra c.


Gabarito  C.

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Questão 49
49. (Consulplan/Exame CFC/2019.2) Sabendo-se que o texto deve apresentar uma progressão
textual de acordo com as ideias que o enunciador pretende expor e desenvolver, considere a
proposição inicial do texto em análise “Crises financeiras são recorrentes no sistema capitalista, que
pode ser considerado, como intrinsecamente instável”. Relacionando-a com o restante do texto,
assinale a alternativa correta.
A) A partir do recurso estilístico empregado, o enunciado que dá início ao texto tem como principal
objetivo promover a refutação acerca dos fatos relatados, inserindo uma ideia totalmente
contestável.
B) A partir da proposição inicial é possível reconhecer que o objetivo comunicacional do texto
seguirá um viés histórico e objetivo demonstrando seu comprometimento com a realidade sem
qualquer tipo de análise subjetiva.
C) No primeiro período do texto, é possível observar que o enunciador recorre a um fato real e à
caracterização do sistema capitalista para estabelecer o pressuposto de que os fatos relatados e
analisados a seguir não são inusitados diante do contexto em que estão inseridos.
D) O primeiro período do texto apresenta informações que demonstram a causa e efeito das crises
financeiras, promovendo uma introdução coerente para as informações e ideias seguintes do
primeiro parágrafo que demonstram dados históricos relacionados ao assunto abordado.
Comentários:
Comentemos item a item...
A) A partir do recurso estilístico empregado, o enunciado que dá início ao texto tem como
principal objetivo promover a refutação acerca dos fatos relatados, inserindo uma ideia
totalmente contestável.
A alternativa não pode ser considerada correta, pois, não há refutação alguma acerca dos fatos
relatados. Uma refutação ou objeção, é uma razão que vai contra uma premissa, lema ou
conclusão.
A refutação de uma refutação é conhecida como retribuição. Os fatos relatados indicam e
confirmam exatamente a ideia inicial: “Crises financeiras são recorrentes no sistema capitalista, que
pode ser considerado, como intrinsecamente instável.”
Todo o conteúdo desenvolvido no texto tem por objetivo confirmar, provar que o sistema
capitalista é passível de crises financeiras.
B) A partir da proposição inicial é possível reconhecer que o objetivo comunicacional do texto
seguirá um viés histórico e objetivo demonstrando seu comprometimento com a realidade sem
qualquer tipo de análise subjetiva.
A alternativa b não pode ser considerada correta, pois, afirmar que não haverá qualquer tipo de
análise subjetiva é modificar o que realmente ocorre no texto apresentado.
O próprio enunciado dá uma dica: “Sabendo-se que o texto deve apresentar uma progressão
textual de acordo com as ideias que o enunciador pretende expor e desenvolver“.
O texto tem uma visão certamente subjetiva, pessoal.

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C) No primeiro período do texto, é possível observar que o enunciador recorre a um fato real e à
caracterização do sistema capitalista para estabelecer o pressuposto de que os fatos relatados e
analisados a seguir não são inusitados diante do contexto em que estão inseridos.
A alternativa c foi considerada correta.
Fato real: A recorrência de crises financeiras; caracterização do sistema capitalista: intrinsecamente
instável. Os fatos que se seguem acompanham tal raciocínio, ou seja, a instabilidade pertinente ao
sistema capitalista.
D) O primeiro período do texto apresenta informações que demonstram a causa e efeito das
crises financeiras, promovendo uma introdução coerente para as informações e ideias seguintes
do primeiro parágrafo que demonstram dados históricos relacionados ao assunto abordado.

Este não é o gabarito. Pode-se afirmar que não há demonstração ou indicação da causa e efeito das
crises financeiras. A afirmação acerca das crises financeiras é apenas de que são recorrentes, ou
seja, ocorrem com certa periodicidade.
Gabarito  C.

Questão 50
50. (Consulplan/Exame CFC/2019.2) No terceiro parágrafo do texto, a coesão textual
interparágrafos ocorre por meio do emprego da locução prepositiva “Apesar de” para introdução
das ideias e fatos ali apresentados. Acerca da produção de sentido estabelecida pode-se afirmar
que, EXCETO:
A) A relação concessiva é corretamente expressa pela locução prepositiva “apesar de”.
B) A informação introduzida pela locução prepositiva “Apesar de “ é identificada, no contexto,
como um fato real.
C) A conjunção concessiva “embora” poderia substituir a locução prepositiva em questão
mantendo-se a correção semântica.
D) A informação introduzida por “Apesar de”, ou seja, a amplitude global da crise, pode ser vista
como uma situação hipotética; já que de acordo com o texto, os impactos da crise não foram
sentidos de igual forma entre os países.
Comentários:
O gabarito da questão é a letra d. O próprio texto fala que diversas crises varreram os países em
desenvolvimento. Portanto, não há que se falar em um situação hipotética.
Alguns alunos tentaram recorrer desta questão, falando que não se poderia substituir “apesar de”
por “embora”. Ocorre que o texto é claro em dizer que não haverá prejuízo da correção semântica,
isto é, do significado.
Em momento algum está se falando da correção gramatical.
Eis as justificativas do examinador para manter o gabarito:
O enunciado da questão requeria a alternativa que indicava exceção:
“No terceiro parágrafo do texto, a coesão textual interparágrafos ocorre por meio do emprego da

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locução prepositiva “Apesar de” para introdução das ideias e fatos ali apresentados. Acerca da
produção de sentido estabelecida pode-se afirmar que, EXCETO:”
Assim, a alternativa “C) A conjunção concessiva “embora” poderia substituir a locução prepositiva em
questão mantendo-se a correção semântica.” não deveria ser assinalada por não atender ao
enunciado.
Como sinônimos para a expressão “apesar de” com o sentido de contrariar uma situação expectável,
temos: ainda que, embora, a despeito de, não obstante, mesmo que, independentemente de, sem
embargo de, nada obstante, ainda quando, conquanto, se bem que, posto que, malgrado.
Portanto a alternativa C está correta, ou seja, não atende ao enunciado. Em momento algum falou-se
em “trocar a locução prepositiva ‘apesar de’ por ‘embora’ sem ajuste na oração.”
A alternativa é clara em afirmar que o “embora” poderia substituir o “apesar de”, fato correto, não há
menção de que a estrutura oracional seria mantida ou modificada, a afirmativa é apenas e tão
somente em relação à substituição de uma expressão por outra mantendo o significado, as
modificações necessárias à oração são matéria para outro tipo de abrangência do assunto.
A alternativa “A) A relação concessiva é corretamente expressa pela locução prepositiva “apesar
de”.”, de igual forma, também não poderia ser assinalada por atender ao enunciado. A relação
concessiva é correntemente expressa pela locução prepositiva “apesar de “e pela conjunção
concessiva “embora, que introduzem sempre uma informação vista como fato real.

Gabarito  D.

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