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PASSEI EQT – NBC TGS
PROF. GABRIEL RABELO
SUMÁRIO
Sumário ............................................................................................................................. 2
1- Custo de Empréstimos: Característica Geral ............................................................ 2
2- Pontos Iniciais ......................................................................................................... 3
3- Capitalização ........................................................................................................... 4
4- Início da Capitalização ............................................................................................. 8
5- Suspensão da Capitalização ..................................................................................... 8
6- Cessação da Capitalização ....................................................................................... 9
7- Contabilização da capitalização dos custos dos empréstimos. ................................. 9
8- Questões Comentadas .......................................................................................... 10
9- Questões Comentadas Na Aula De Hoje ................................................................ 14
10 - Gabarito Das Questões Comentadas Nesta Aula ................................................... 16
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Mas a possibilidade de dois critérios diferentes atingia uma importante característica qualitativa
importante das demonstrações contábeis prevista no CPC 00: a comparabilidade.
De fato, se uma empresa capitalizava os custos dos empréstimos e outra lançava como despesa do
exercício, não havia uniformidade de critérios para permitir a comparação das suas demonstrações
financeiras.
Assim, a norma internacional (IAS 23) foi alterada a partir de janeiro de 2009, eliminando a duplicidade de
critérios e determinando que os custos de empréstimos obtidos, diretamente destinados a financiar a
construção, produção ou aquisição de ativos qualificáveis, sejam contabilizados como parte do custo
desses ativos.
Todos os outros custos de empréstimos deverão ser reconhecidos como despesa.
Custos de empréstimos - hoje:
Ativos qualificáveis - Parte do custo dos ativos
Outros custos de empréstimos - Despesa na DRE
O argumento técnico que sustenta tal decisão é que os custos dos empréstimos são iguais a quaisquer
outros custos que a empresa incorre para a construção do ativo qualificado, e que lançar esses custos para
resultado distorce a escolha entre comprar ou construir o ativo. Com a capitalização dos custos dos
empréstimos, o ativo qualificado é contabilizado por valor mais próximo ao valor de mercado do ativo.
Por outro lado, tal procedimento tem recebido críticas, pois quando os mesmos ativos são construídos com
recursos próprios, não há nenhum acréscimo a título de juros sobre o capital utilizado. Dessa forma, o
mesmo ativo fica contabilizado por valores diferentes, conforme tenha sido construído com o uso de
empréstimos ou com o uso de capital próprio.
2 - PONTOS INICIAIS
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No caso de utilização do capital próprio na construção de ativo qualificado, não deve ser capitalizado
nenhum custo (juros ou custo de oportunidade do capital próprio), conforme já mencionamos acima.
Ativo biológico é um animal e/ou uma planta, vivos. No caso de ativos biológicos mensurados
ao valor justo, os custos de eventuais empréstimos para financiar tais ativos não devem ser
capitalizados. A exceção são as “plantas portadoras”, cujos custos de empréstimo devem ser
capitalizados.
Por exemplo, uma plantação de café pode demorar 5 anos para começar a produzir. Digamos que a
empresa (fazenda) use um empréstimo para financiar tal plantação. Por se tratar de uma planta
portadora, os custos do empréstimo devem ser contabilizados como custo do ativo.
Outro exemplo: uma fazenda adquire bezerros para engordar e abater, depois de três anos, em média. A
empresa (fazenda) usa um empréstimo para financiar a criação.
Por se tratar de ativo biológico, os custos do empréstimo devem ser contabilizados como despesa do
período em que ocorrerem. Não devem ser capitalizados.
Quanto aos estoques que são produzidos em larga escala e em bases repetitivas, trata-se da produção de,
por exemplo, sabão em pó, margarina, refrigerantes, etc. Os custos de eventuais empréstimos para
financiar a produção de tais estoques também não são capitalizados.
Custo de empréstimos
Definições
5. Este Pronunciamento utiliza os seguintes termos com os significados especificados:
Custos de empréstimos são juros e outros custos em que a entidade incorre em conexão com o
empréstimo de recursos.
Ativo qualificável é um ativo que, necessariamente, demanda um período de tempo
substancial para ficar pronto para seu uso ou venda pretendidos.
3 - CAPITALIZAÇÃO
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(a) encargos financeiros calculados com base no método da taxa efetiva de juros como descrito
no CPC 08 – Custos de Transação e Prêmios na Emissão de Títulos e Valores Mobiliários e no
CPC 48 – Instrumentos Financeiros;
(b) encargos financeiros relativos aos arrendamentos mercantis financeiros reconhecidos de
acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 06 – Operações de Arrendamento Mercantil; e
(c) variações cambiais decorrentes de empréstimos em moeda estrangeira na medida em que
elas são consideradas como ajustes, para mais ou para menos, do custo dos juros.
7. Dependendo das circunstâncias, um ou mais dos seguintes ativos podem ser considerados
ativos qualificáveis:
(a) estoque;
(b) planta para manufatura;
(c) usina de geração de energia;
(d) ativo intangível; e
(e) propriedade para investimento.
(f) plantas portadoras.
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Ativos
Qualificáveis
Tais ativos serão considerados qualificáveis quando precisarem de um tempo substancial para ficar pronto
para venda ou uso pretendido.
Reconhecimento
Temos, portanto, duas condições para que os custos de empréstimos sejam capitalizados:
1) Que seja provável que os ativos resultarão em benefícios econômicos futuros para a entidade;
Os benefícios podem ser resultantes do uso do bem, ou da sua venda.
Estes benefícios estimados devem ser comparados com o valor contábil (custo – depreciação), para
verificar se tal valor será recuperado pela entidade.
Caso o valor dos benefícios futuros seja menor que o valor contábil, este deve ser ajustado, reconhecendo-
se uma perda, que irá diminuir o valor do ativo, tendo como contrapartida uma despesa (diminuirá o
resultado do exercício, portanto), em atendimento à prudência.
Exemplo: Supondo uma máquina com valor contábil de R$ 100.000,00, valor de uso de R$90.000,00 e valor
de mercado (valor de venda) de R$ 85.000,00. Como o valor de uso e o valor de mercado são ambos
menores que o valor contábil, será necessário reconhecer uma perda de R$ 10.000,00 (os benefícios
futuros não recuperam o valor contábil atual do ativo.).
Se o ativo não irá gerar benefícios futuros, não adianta capitalizar os custos dos empréstimos (e, portanto,
aumentar o valor contábil do ativo), se o mesmo deverá ser ajustado pelo teste de recuperabilidade.
Por importante, repetimos: Os custos de empréstimos serão capitalizados apenas quando for provável
que os ativos resultarão em benefícios econômicos futuros para a entidade.
2) Que os custos dos empréstimos possam ser mensurados com segurança.
Quando a entidade toma um empréstimo para ser aplicado diretamente na construção do ativo
qualificado, é fácil determinar os custos para a capitalização.
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Mas, quando uma empresa possui diversas fontes de captação de recursos, com prazos e taxas diversas,
que são incluídos no caixa geral da empresa e usado para várias finalidades, torna-se complexo apurar o
custo a ser capitalizado, sendo requerido o exercício de julgamento. Uma saída aceitável, em tal caso, é o
uso de uma taxa média ponderada do custo dos empréstimos que estiveram vigentes durante o período.
Atenção!
Pode acontecer de a entidade receber os recursos do empréstimo algum tempo antes do início dos gastos
com a construção do ativo qualificável. Geralmente tais recursos são aplicados temporariamente. Nesse
caso, quaisquer receitas ganhas devem ser deduzidas do custo dos empréstimos incorridos.
Portanto, atenção! Se a empresa pega um empréstimo para construir um ativo qualificável e aplica esse
valor, qualquer receita ganha deve ser deduzida do custo do empréstimo incorrido.
12. À medida que a entidade toma emprestados recursos especificamente com o propósito de
obter um ativo qualificável, a entidade deve determinar o montante dos custos capitalizáveis
como sendo o daqueles custos efetivamente incorridos sobre tais empréstimos durante o
período, menos qualquer receita financeira decorrente do investimento temporário de tais
empréstimos.
13. Os acordos financeiros para um ativo qualificável podem resultar em a entidade obter
recursos de empréstimos e incorrer em custos de empréstimos antes de algum ou de todos os
recursos serem usados para gastos com o ativo qualificável. Em tais circunstâncias, os recursos
de empréstimos são muitas vezes investidos temporariamente, aguardando sua utilização no
ativo qualificável. Na determinação do montante de custos de empréstimo elegível à
capitalização durante o período, quaisquer receitas financeiras ganhas sobre tais recursos
devem ser deduzidas dos custos dos empréstimos incorridos.
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4 - INÍCIO DA CAPITALIZAÇÃO
A capitalização dos custos dos empréstimos tem início na primeira data em que a entidade satisfaz às
seguintes condições:
1) Incorre em gastos com o ativo
2) Incorre em custos de empréstimos; e
3) Inicia as atividades que são necessárias ao preparo do ativo para seu uso ou venda pretendidos.
Suspensão da capitalização
20. A entidade deve suspender a capitalização dos custos de empréstimos durante períodos
extensos em que suspender as atividades de desenvolvimento de um ativo qualificável.
21. A entidade pode incorrer em custos de empréstimos durante um período extenso em que
as atividades necessárias ao preparo do ativo para seu uso ou venda pretendidos estão
suspensas. Tais custos são custos de se manter os ativos parcialmente concluídos e não se
qualificam para capitalização. Entretanto, a entidade normalmente não suspende a
capitalização dos custos de empréstimos durante um período em que substancial trabalho
técnico e administrativo está sendo executado. A entidade também não deve suspender a
capitalização de custos de empréstimos quando um atraso temporário é parte necessária do
processo de concluir o ativo para seu uso ou venda pretendidos. Por exemplo, a capitalização
deve continuar ao longo do período em que o nível elevado das águas atrasar a construção de
uma ponte, se tal nível elevado das águas for comum durante o período de construção na
região geográfica envolvida.
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6 - CESSAÇÃO DA CAPITALIZAÇÃO
A entidade deve encerrar a capitalização dos custos dos empréstimos quando todas as principais etapas
para execução do ativo qualificado estiverem completadas, mesmo que trabalhos administrativos de rotina
ainda possam continuar.
A regra geral é que a capitalização cessa quanto o ativo está pronto para uso ou venda.
Se a entidade completa a construção de ativo qualificável em partes autônomas, que podem ser usadas
enquanto prossegue a construção de outras partes, a capitalização de cada parte terminada deve ser
finalizada quando esta estiver substancialmente completa.
Observação:
A contabilização acima refere-se à situação em que o custo do empréstimo é tratado como despesa
financeira. Ou seja, quando não estamos diante de um ativo qualificável.
Para capitalizar os custos dos empréstimos, debitamos o Ativo que está sendo adquirido ou construído:
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Normalmente, durante a construção, é usada uma conta transitória, denominada “Ativo em Construção”,
que recebe todos os valores que compõe o custo do ativo.
Depois de concluído, a conta transitória é zerada e seu saldo transferido para ativo imobilizado, ou ativo
intangível, enfim, para a conta definitiva.
8 - QUESTÕES COMENTADAS
1. (CFC/EQT Perito/2017)
De acordo com a definição utilizada pela NBC TG 20 (R1) identifique o(s) item(ns) que apresenta(m) um
ativo qualificável.
I. Um determinado bem durável cuja produção para uso próprio demorou três anos.
II. Uma empresa produz um bem de consumo em período de 25 dias para uso próprio.
III. Um determinado bem durável cuja produção para venda demorou cinco anos.
IV. Uma empresa produz um bem de consumo em período de 10 dias para venda.
Está(ão) CERTO(S) o(s) item(ns):
a) I, apenas.
b) II, apenas.
c) I e III, apenas.
d) III e IV, apenas.
Comentários:
Ativo qualificável é um ativo que demora um tempo substancial para ficar pronto.
Vejamos:
I. Um determinado bem durável cuja produção para uso próprio demorou três anos.
II. Uma empresa produz um bem de consumo em período de 25 dias para uso próprio.
III. Um determinado bem durável cuja produção para venda demorou cinco anos.
IV. Uma empresa produz um bem de consumo em período de 10 dias para venda.
Neste caso, apenas os ativos I e III poderão ser considerados ativos qualificáveis.
Gabarito C.
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2. (CFC/EQT Perito/2017)
A empresa X elaborou um projeto para a construção de sua sede em valor estimado de R$1 milhão. Para
não sacrificar seu caixa, contraiu empréstimo junto ao Banco Y, no valor de R$2 milhões, sendo R$1 milhão
para a construção da sede e R$1 milhão para capital de giro. O custo total do empréstimo foi de
R$250.000,00. De acordo com o critério de alocação de custo dessa natureza, recomendado pela NBC TG
20 (R1), assinale a opção que apresenta o custo a ser capitalizado como ativo qualificável.
a) O custo total do empréstimo de R$250.000,00 deve ser levado ao resultado porque é uma despesa
financeira.
b) O custo total do empréstimo de R$250.000,00 deve ser capitalizado porque a empresa se comprometeu
com o banco que o valor total do empréstimo era todo para a construção da sede.
c) Somente o custo da parte do empréstimo que foi utilizada para a construção da sede deve ser
capitalizado.
d) A capitalização do custo independe de quanto do empréstimo foi utilizado para a construção da sede.
Comentários:
Neste caso, somente a parte relativa à sede é considerada como elegível para capitalização. A parte relativa
ao capital de giro deve ser lançada como despesa, quando incorrido o regime de competência.
Gabarito C.
3. (CFC/EQT Perito/2017)
Os sócios da empresa X discordaram do contador sobre a data de início de capitalização do custo de um
empréstimo para produção de um ativo qualificável, conforme recomenda a NBC TG 20 (R1). O empréstimo
foi obtido em 1º/4/20XX e a obra foi iniciada em 1º/6/20XX. O contador iniciou a capitalização do custo a
partir de 1º/4/20XX, quando ainda não havia obra. Como não houve acordo entre os sócios e o contador,
um perito contábil foi contratado para apresentar um parecer à diretoria da firma X informando a data
inicial em que o custo deveria ser capitalizado. Com base neste enunciado, assinale a opção que indica a
partir de que data deveria ocorrer a capitalização do custo do empréstimo.
a) O parecer técnico-contábil do perito contábil deve certificar que o custo de empréstimo deve ser
capitalizado a partir da data do empréstimo, 1º/4/20XX.
b) O parecer técnico-contábil do perito contábil deve afirmar que o custo de empréstimo deve ser
capitalizado a partir da data do início da obra, 1º/6/20XX.
c) O parecer técnico-contábil do perito contábil deve afirmar que o custo de empréstimo pode ser
capitalizado a partir de quaisquer das datas, pois norma não interfere nessa decisão.
d) O parecer técnico-contábil do perito contábil deve recomendar à diretoria não capitalizar o custo do
empréstimo porque a norma determina que ele seja levado ao resultado.
Comentários:
Como dissemos, a capitalização dos custos dos empréstimos tem início na primeira data em que a entidade
satisfaz às seguintes condições:
1) Incorre em gastos com o ativo
2) Incorre em custos de empréstimos; e
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3) Inicia as atividades que são necessárias ao preparo do ativo para seu uso ou venda pretendidos.
4. (CFC/EQT Perito/2017)
A empresa X obteve um empréstimo para a construção de um imóvel para instalar um de seus
estabelecimentos. A construção do imóvel foi iniciada em 1º/2/20X4 e concluída em 31/1/20X7. O custo do
empréstimo foi calculado de forma linear em valor de R$1.000,00 por mês. Por questões de greve de
operários e de tempo chuvoso a obra ficou paralisada de 1º/4/20X5 a 31/7/20X5. O contador capitalizou
como custo da obra juros no valor de R$32.000,00 e levou ao resultado o valor de R$4.000,00. Os sócios da
firma entraram em litígio porque o lucro foi reduzido e prejudicou a distribuição de dividendos. O contador
se manteve irredutível em seu procedimento. Foi contratado um perito contábil para emitir um parecer
técnico-contábil sobre o procedimento do contador. De acordo com a NBC TG 20 (R1), assinale a opção que
apresenta a certificação que deve constar do parecer técnico-contábil do perito contábil.
a) O parecer técnico-contábil do perito contábil deve certificar que o contador aplicou corretamente a
norma, capitalizando R$32.000,00 e levando ao resultado o valor de R$4.000,00.
b) O parecer técnico-contábil do perito contábil deve certificar que o valor de R$36.000,00 deveria ter sido
capitalizado.
c) O parecer técnico-contábil do perito contábil deve certificar que o valor de R$36.000,00 deveria ter sido
levado ao resultado porque é uma despesa financeira.
d) O parecer técnico-contábil do perito contábil deve certificar que, além do valor de R$36.000,00, o
prejuízo pela paralisação também deveria ter sido capitalizado.
Comentários:
A obra terá uma duração total de 36 meses. 4 meses de paralisação é considerado um período extenso? A
banca considerou que sim. Por isso, a capitalização deve ser suspensa.
Por isso, R$ 32.000,00 ficarão capitalizados como custo do empréstimo e R$ 4.000,00 vão para despesa
financeira.
Vamos olha o CPC 20 novamente:
20. A entidade deve suspender a capitalização dos custos de empréstimos durante períodos extensos em
que suspender as atividades de desenvolvimento de um ativo qualificável.
21. A entidade pode incorrer em custos de empréstimos durante um período extenso em que as atividades
necessárias ao preparo do ativo para seu uso ou venda pretendidos estão suspensas. Tais custos são custos
de se manter os ativos parcialmente concluídos e não se qualificam para capitalização. Entretanto, a
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entidade normalmente não suspende a capitalização dos custos de empréstimos durante um período em
que substancial trabalho técnico e administrativo está sendo executado. A entidade também não deve
suspender a capitalização de custos de empréstimos quando um atraso temporário é parte necessária do
processo de concluir o ativo para seu uso ou venda pretendidos. Por exemplo, a capitalização deve
continuar ao longo do período em que o nível elevado das águas atrasar a construção de uma ponte, se tal
nível elevado das águas for comum durante o período de construção na região geográfica envolvida.
Gabarito A.
5. (CFC/EQT Perito/2017)
A empresa X concluiu fisicamente um imóvel destinado a venda em 31/3/20XX. O pretenso comprador
exigiu que X fizesse modificações no imóvel para ser adaptado ao seu gosto, as quais se estenderam por
mais dois meses. A empresa X construiu o imóvel com dinheiro de empréstimo que tinha um custo
financeiro de R$2.000,00 ao mês. O contador cessou a capitalização dos juros do empréstimo em
31/3/20XX, mas os sócios discordaram e exigiram que a capitalização dos juros fosse feita até o mês em
que as adaptações do imóvel foram concluídas. Como o contador não mudou a sua opinião técnica para o
registro contábil, um perito contábil foi contratado para dirimir a dúvida, por meio da emissão de um
parecer técnico-contábil. Assinale a opção que apresenta a CORRETA conclusão técnica do perito contábil.
a) A obra só foi concluída depois da adaptação exigida pelo comprador, assim o custo financeiro de
R$2.000,00 por mês deve ser capitalizado até o mês da conclusão das adaptações exigidas pelo comprador.
b) Todo o custo financeiro do empréstimo é despesa, logo não poderia ter sido capitalizado pelo contador
em nenhum mês durante a construção do imóvel.
c) Como o ativo é qualificável, não importa o mês em que o imóvel foi concluído, os juros devem ser
capitalizados até o mês da venda.
d) A capitalização dos juros deve cessar no mês em que o imóvel ficou fisicamente concluído, antes das
adaptações adicionais solicitadas. No período de adaptação do imóvel exigida pelo comprador, os juros
devem ser levados ao resultado.
Comentários:
A resposta está no CPC 20. Vamos olhar:
22. A entidade deve cessar a capitalização dos custos de empréstimos quando substancialmente todas as
atividades necessárias ao preparo do ativo qualificável para seu uso ou venda pretendidos estiverem
concluídas.
23. Um ativo normalmente está pronto para seu uso ou venda pretendidos quando a construção física do
ativo estiver finalizada, mesmo que trabalho administrativo de rotina possa ainda continuar. Se
modificações menores, tal como a decoração da propriedade sob especificações do comprador ou do
usuário, resumirem-se a tudo o que está faltando, isso é indicador de que substancialmente todas as
atividades estão completas.
Portanto, a capitação cessa quando o imóvel estava fisicamente construído.
Gabarito D.
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b) O parecer técnico-contábil do perito contábil deve afirmar que o custo de empréstimo deve ser
capitalizado a partir da data do início da obra, 1º/6/20XX.
c) O parecer técnico-contábil do perito contábil deve afirmar que o custo de empréstimo pode ser
capitalizado a partir de quaisquer das datas, pois norma não interfere nessa decisão.
d) O parecer técnico-contábil do perito contábil deve recomendar à diretoria não capitalizar o custo do
empréstimo porque a norma determina que ele seja levado ao resultado.
4. (CFC/EQT Perito/2017)
A empresa X obteve um empréstimo para a construção de um imóvel para instalar um de seus
estabelecimentos. A construção do imóvel foi iniciada em 1º/2/20X4 e concluída em 31/1/20X7. O custo do
empréstimo foi calculado de forma linear em valor de R$1.000,00 por mês. Por questões de greve de
operários e de tempo chuvoso a obra ficou paralisada de 1º/4/20X5 a 31/7/20X5. O contador capitalizou
como custo da obra juros no valor de R$32.000,00 e levou ao resultado o valor de R$4.000,00. Os sócios da
firma entraram em litígio porque o lucro foi reduzido e prejudicou a distribuição de dividendos. O contador
se manteve irredutível em seu procedimento. Foi contratado um perito contábil para emitir um parecer
técnico-contábil sobre o procedimento do contador. De acordo com a NBC TG 20 (R1), assinale a opção que
apresenta a certificação que deve constar do parecer técnico-contábil do perito contábil.
a) O parecer técnico-contábil do perito contábil deve certificar que o contador aplicou corretamente a
norma, capitalizando R$32.000,00 e levando ao resultado o valor de R$4.000,00.
b) O parecer técnico-contábil do perito contábil deve certificar que o valor de R$36.000,00 deveria ter sido
capitalizado.
c) O parecer técnico-contábil do perito contábil deve certificar que o valor de R$36.000,00 deveria ter sido
levado ao resultado porque é uma despesa financeira.
d) O parecer técnico-contábil do perito contábil deve certificar que, além do valor de R$36.000,00, o
prejuízo pela paralisação também deveria ter sido capitalizado.
5. (CFC/EQT Perito/2017)
A empresa X concluiu fisicamente um imóvel destinado a venda em 31/3/20XX. O pretenso comprador
exigiu que X fizesse modificações no imóvel para ser adaptado ao seu gosto, as quais se estenderam por
mais dois meses. A empresa X construiu o imóvel com dinheiro de empréstimo que tinha um custo
financeiro de R$2.000,00 ao mês. O contador cessou a capitalização dos juros do empréstimo em
31/3/20XX, mas os sócios discordaram e exigiram que a capitalização dos juros fosse feita até o mês em
que as adaptações do imóvel foram concluídas. Como o contador não mudou a sua opinião técnica para o
registro contábil, um perito contábil foi contratado para dirimir a dúvida, por meio da emissão de um
parecer técnico-contábil. Assinale a opção que apresenta a CORRETA conclusão técnica do perito contábil.
a) A obra só foi concluída depois da adaptação exigida pelo comprador, assim o custo financeiro de
R$2.000,00 por mês deve ser capitalizado até o mês da conclusão das adaptações exigidas pelo comprador.
b) Todo o custo financeiro do empréstimo é despesa, logo não poderia ter sido capitalizado pelo contador
em nenhum mês durante a construção do imóvel.
c) Como o ativo é qualificável, não importa o mês em que o imóvel foi concluído, os juros devem ser
capitalizados até o mês da venda.
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d) A capitalização dos juros deve cessar no mês em que o imóvel ficou fisicamente concluído, antes das
adaptações adicionais solicitadas. No período de adaptação do imóvel exigida pelo comprador, os juros
devem ser levados ao resultado.
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