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Aula 1

sábado, 12 de fevereiro de 2011


10:35

Professor: Gabriel. - Direito Administrativo.


Provas: 13/04 (n1) - 15/06 (n2) - 29/06 (n3)

Página 1 de Administrativo I
Aula 2
quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011
19:07

I- Direito Administrativo
a. Definição: O direito administrativo é o conjunto das norma jurídicas de direito público que disciplinam as atividades administrativas ne cessárias a
realização dos direitos fundamentais e a organização e o funcionamento das estruturas estatais e não estatais encarregadas d e seu desempenho.
i. Conjunto de normas jurídicas: Norma jurídica determina uma determinada situação,mas é uma norma de conduta, estabelecendo algo que
deve ou não ser feita pelo indivíduo. São instrumentos de controle de conduta. As normas jurídicas que se aplicam ao direito administrativo
também se encaixam nessa definição.
1) Por que tratamos como um conjunto? Porque o direito administrativo produz um sistema de norma jurídicas que impõe e exige
determinadas condutas.
2) Este sistema está restrito a uma categoria de normas jurídicas, que seriam direito público. As norma jurídicas do direito ad ministrativo
produz um regime jurídico de direito público. A importância de se definir esse regime, é afastar o regime de direito privado .
a) A importância de se definir a aplicação de um regime jurídico? Normas diferentes, regras específicas. Estabelece qual o tipo de
norma jurídica que será aplicado. A atuação daqueles sujeitos (sujeitos estatais, por exemplo) está voltada para o atendimento de
interesses coletivos, a satisfação de um direito coletivo.
ii. Disciplinar atividades: O Direito administrativo é intimamente ligado com o conceito de atividade. O conjunto um todo das atividades, da
atuação da administração pública. Se preocupa com toda atividade administrativa. O direito não cuida das outras funções/atividades estatais
(legislativa e jurisdicional).
1) Atividade administrativa X Atividade jurisdicional: A atividade jurisdicional aplica o direito. Decidir algo, ambas podem, me smo de cunho
decisório, mas com coisa julgada temos a jurisdição, dizer o direito com caráter de definitividade.No âmbito do judiciário a decisão é
aplicada com autonomia e independência. O administrativo não é imparcial, sempre decidirá em seu favor,e é submisso à uma aut oridade
(não é independente).
2) Atividade administrativa X atividade legislativa. O poder executivo não tem poder inovador. Poder esse que só tem o poder leg islativo,
mediante lei. Isso não quer dizer que a administração não possa produzir normas, produzirão, mas que não inove a ordem jurídi ca. A
norma administrativa é uma norma jurídica, mas só pode prever aquilo que a lei disciplina. Não pode inovar na ordem jurídica.
iii. Direitos fundamentais: Decorre da própria constituição. Ocorre de duas formas:
1) Forma negativa: Diz respeito a questão do exercício de poder de polícia (fiscalização). O direito administrativo irá impor li mitações não só
ao próprio estados, mas como sujeito de direitos privados, de modo que essas limitações não produzam efeitos contrários aos d ireitos
fundamentais. Uma limitação da autonomia(estatal ou privada)porque é uma situação que viola direitos fundamentais.
a) Exercício de atividade econômico, que decorre de um defeito: monopólio, violando a livre concorrência, prejudica os consumidores.
Todos aqueles direitos fundamentais estão sendo inviolados, por isso o direito administrativo impõe uma série de restrições.
2) Forma positiva: A administração pública toma a frente de uma determinada situação, produzindo benefícios à coletividade. Impõ e a
administração pública que em certas situações ofereça benefícios. Como a saúde pública, segurança. PRESTAÇÃO DE SERVIÇO PÚBLI CO.
iv. Entidades estatais e entidades não estatais. Com a evolução do estado, esse percebe que não mais dá conta sozinho, e por isso precisa de
colaboração da própria sociedades. Concessionário de serviço público é uma entidade privada, se organizando pelo regime jurídico de direito
privado. Mas aplica-se ao concessionário as normas de serviço público? Sim naquilo que tange a prestação do referido serviço público. ONGs
dede que recebam uma verba pública, aplica-se o direito administrativo, pois deve prestar contas, conforme diz a CRFB. As entidades não
estatais podem estar sob o regime público de acordo com sua atividade, com sua prestação pública de serviços.
b. Legitimação: Antes de adentrar neste tópico, necessário se torna entender em que período surge o direito administrativo.
i. Legitimação do direito administrativo. A partir do momento que transfere à outra entidade o poder (estatal no caso) a gente transfere o
monopólio da força. Como ocorre a legitimação do direito administrativo. No séc XVII quando se transfere o poder ao estados, não se
admitindo, por exemplo,a vingança privada.
1) Isto significa que o estado detém o monopólio da violência, mas não significa que possa ser utilizada sem justificativa. O Es tado utiliza a
força restrita apenas às hipóteses em que seja absolutamente indispensável, reduzindo a capacidade dos indivíduos gerarem con flitos.
Mais ainda, o monopólio da força tem que ser interpretado de acordo com os direitos fundamentais previstos na constituição. A força
pode ser utilizada pelo Estado apenas e quando não houver outra alternativa para a realização dos direitos fundamentais. Port anto,o
monopólio da força pelo Estado é uma decorrência de seu poder e sua autoridade, e não a causa de sua existência.
ii. A legitimação acontece de 3 maneiras:
1) Legitimação religiosa: A organização estatal eram motivacionados por motivos religiosos. Entendiam que quem iria exercer o po der
estatal ali estava por uma questão divina. O poder político e religioso eram somente um.
2) Legitimação Carismática: O chefe de governo é legitimado por conta de suas características pessoais. Comum em Estados de cola pso,
crise.Um determinado governante que aparece como um salvador, e depois se torna um "ditador".
3) Legitimação racional: O Estado irá se reger por normas previamentes concebida e impessoais. Nessa legitimação, ocorre a
despersonalização do poder político. Não se obedece a um deus e nem a um líder, mas sim a ordem jurídica. As instituições exi stem para
disciplinar nossas atividades, porque a reconhecemos como legítima. A legitimação racional não é uma questão de fé nem de desespero,
mas de aprovação à um sistema de governo. Essa aprovação pode resultar da tradição, mas sempre envolve uma avaliação racional que
impedirá que certos limites sejam violados. Num Estado em que vigora a legitimação racional, sempre haverá limite as decisões dos
governantes. Tais limites estarão, usualmente, consolidados em normas gerais e abstratas.

1. Com a própria criação do estado. O próprio homem cria uma estrutura, transferindo esse poder
para o estado, para que o estado lhe forneça determinada atividades, bem como exerça um
determinado poder.
c. Estado de direito:
A legitimação racional, conduz a ideia do que conhecemos como Estado de direito. E esta concepção de estado de direito surge em base de 4
postulados:
Primeiro. Supremacia da constituição: Os atos do estado, da administração pública deve observar uma regra jurídica. O critério de validade
dos atos estatais é a constituição, devendo ser compatível com esta. A ideia é que no estado de direito a ordem jurídica deveser
observada pelos cidadãos e pelo próprio estado. Se o estado não se submete ao ordenamento jurídico, temos um Estado totalitário.
Segundo. A tripartição dos poderes: As funções estatais estão dividias, poder executivo, legislativo e judiciário. A partir do momentoque não
se concentra os três poderes em um único governo, pessoa, isso permite um maior controle.
Terceiro. Princípio da legalidade: Significa que a atuação estatal, não só deve observar a ordem jurídica, mas como por ela estar limitada,
restrita somente a essas atuações. Como o exercício da atividade econômica, que salvo estipulações a contrário, é a economia
privada.
Quarto. Universalidade da jurisdição: Que a lei não afastará, da apreciação do poder judiciário... Art. 5ª, XXXV CRFB. A validade dosatos
estatais pode passar pelo crivo do poder judiciário, podendo exercer até mesmo controle nos atos da administração pública.
i. Mas ainda com essas características, não era um estado de direito, pois faltava a participação da população, irrestrito.
ii. É possível reconhecer que a manutenção do poder político depende da capacidade de um governo obter adesão popular, retratada na
participação no parlamento (democracia representativa). Tal não pode ser obtido pelo uso da força, mas depende de outros instrumentos que
não se valem da violência.
iii. O Estado democrático de direito caracteriza-se não apenas pela supremacia da constituição, pela observância do princípio da legalidade, da
universalidade da jurisdição e pela tripartição dos poderes, mas pelo respeito aos direitos fundamentais e pela supremacia popular.

Página 2 de Administrativo I
Página 3 de Administrativo I
Aula 3
quarta-feira, 2 de março de 2011
18:28

I- Administração Pública
a. Definição: Toda essa estrutura necessária para a realização dos interesse coletivos,seja atribuição ou a efetivação. Porque não basta ter uma
atribuição mas não tiver os meios, e também não adianta uma estrutura administrativa terem todos os meios disponíveis e não ter atribuições.
Destarte, o ordenamento compete atribuições mas também dispõe a estrutura quanto aos meios - conferidos pelo ordenamento jurídico.
i. Guardar e efetuar a manutenção - conservar - de bens ou direitos. Em termos jurídicos, busca-se guardar ou conservar bens e direitos. O
resultado útil que se busca quando se fala de adm. Jurídica: obter os frutos desses bens ou direitos, para perceber os frutos da
administração. O administrador embora possa gerir e perceber esses frutos, o administrador não pode dispor desses bem e direitos que
administra. Isso porque ele está vinculado à uma vontade externa dos donos dos bens e titulares dos direitos. Administração não se
confunde com propriedade. Se é o próprio proprietário que realiza o que tange ao mandato, é domínio, e não administração. Em termos
gerais, a adm. Pública sempre dependerá de uma vontade externa/ atenda os interesses do detentor. Administrador público está vinculado
a atividade prevista em lei.A adm. Pública verifica-se em dois planos:
1) Abstrato: Se verifica nas atribuições que lhe são conferidas, naquilo que o ordenamento jurídico a designa para fazer. Tudo aquilo que
ordenamento jurídico e CRFB que vai determinar o que a administração pública. Total
2) Concreto: Efetivação daquelas atribuições que recebe no plano abstrato.
II- Função Administrativa: Dos quatro postulados do Estado de direito, abordaremos a questão da tripartição de poderes -instrumento utilizado para fazer
a distinção entre funções estatais, para que essas funções não fiquem concentradas. A tripartição de poderes cria um sistema chama de freios e
contrapesos:
a. É um sistema de controle de poder pelo próprio poder. A partir do momento que se tem estrutura distintas, o próprio ordenamento confere aos
outros poderes que façam uma espécie de controle em relação aos outros. Três aspectos fundamentais a tripartição:
i. Diferenciação das organizações estatais: Ele estabelece que cada função estará organizada num conjunto de órgão separados, diferentes.
Cada estrutura terá sua autonomia sem se subordinar a outra. Essas estruturas são denominadas de "poder". Cada poder terá seus agentes,
autonomia financeira, etc. Conferir a cada poder uma estrutura diferenciada doutro.
ii. Diferenciação de cada poder estatal: No primeiro aspecto falamos de uma diferença estrutural. Neste aspecto é a diferença funcional. Cada
poder terá uma atribuição, recebida do ordenamento jurídico. Funções jurisdicional, legislativa e executiva, tradicionalmente. Uma
separação quanto competência/funcional.
iii. Atribuir a cada poder uma função diferente. Com estrutura e funções diferentes, atribui-se funções/competências específicas. A rigor, um
poder não pode exercer a função de outra. O poder legislativo é titular da competência de legislar, por exemplo.
b. Uma característica comum é a impossibilidade de que um poder exerça absolutamente que lhe recebe. Mas isso não significa afirmar que a
competência exclusiva não seja exercida pelo órgão (função típica), o que pode ocorrer é que algumas atividades sejam desempenhadas por
outros poderes que assemelham-se a outras funções. No pode judiciário temos certas atividades administrativas, por exemplo. Por outro lado, a
função administrativa de atender os interesses da coletividade, é exclusivo do poder executivo. Diferença sutil mas muito significativa.
c. No direito administrativo nos importa a função típica administrativa,realizada pelo poder executivo.
d. Definição?
i. Definição negativa: Função administrativa é tudo que não legislar ou julgar. Mas todo o resto é função administrativa. Não, face a função de
governo,por exemplo, como a representação da soberania do governo em outro países, diplomacia.
1) Conceito: Função administrativa é o conjunto de poderes jurídicos destinado a promover a satisfação de interesses coletivos,
relacionados com a promoção dos direitos fundamentais, cujo desempenho exige uma organização estável e permanente e que se faz
sob regime jurídico infralegal e submetido ao controle jurisdicional.
a) A primeira parte diz que (conjunto de poderes jurídicos): eu digo que função administrativa é competência, atribuição conferida
a administração pública determinada a realizar certas atividades. Não é só um poder, mas sim um poder/dever. A maior parte
das competências administrativas está na constituição, via de regra.
b) Significa que a competência é específica, delimitada, pelo O.J. que é de promover os interesses coletivos./direitos
fundamentais. Ela recebe essa competência para atender interesses de todos.
e. Função administrativa pode ser não estatal. Algumas situações, o próprio O.J. possibilita que a administração pública transfi ra funções ou parte
de funções para entes privados.
III- Atividade Administrativa:
a. São as ações ou omissões da administração pública para realizar as suas competências. Funções são os meios, atividade é a atuação - positiva e
negativa.
b. CRFB art. 196 - Saúde é direto de todos e DEVER do Estado.
i. Nesse caso, a função administrativa: oferecer assistência médica para todos.
ii. A atividade administrativa é a prestação do serviço: ministério da saúde, hospitais de clínicas, etc.
c. Art. 205
i. Função: oferecer educação
ii. Atividade: prestação de serviço público de educação
iii. Meios: escolas, universidades, fornecimento de material didático, etc...

IV- Regime Jurídico de direito administrativo:


a. Direito público.
b. Quais as normas aplicar-se-ão em determinados interesses.
c. A natureza da relação que determina qual regime jurídico será o aplicado.
d. Duas características fundamentais
i. Ausência de disponibilidade: O administrador público não pode optar se cumpre ou não com sua função.
ii. Vinculação à uma finalidade: significa que a atuação de um administrador público, ou equivalente, deve buscar a finalidade que baste para
a coletividade.
e. O regime jurídico de direito público consiste no conjunto de normas jurídicas que disciplinam o desempenho de atividades e de organizações
voltadas direta ou indiretamente para a realização dos direitos fundamentais, caracterizado pela ausência de disponibilidade e pela vinculação à
satisfação de determinados fins.
f. Como funciona a aplicação de regime de direito público no direito administrativo.
i. O regime de direito público (impõe-se ao direito privado) vinculação a uma finalidade e ausência de disponibilidade.
ii. Regime de direito privado temos disponibilidade e autonomia da vontade
iii. Não se rege somente pelo direito público. Em algumas situações, mesmo se tratando de função e atividade administrativa, podem ser
aplicados algumas regras do direito privado. Se rege preponderantemente pelo regime jurídico de direito público.
1) O direito administrativo com seu viés duplo, pois deve satisfazer o individual mas também o coletivo, de modo até a restringir direitos
do individual. Ela pode exercer todos os poderes outorgados, respeitando os limites.
g. Nada mais é do que uma derivação do regime de direito público com a aplicação excepcional de normas privadas.*******

Página 4 de Administrativo I
Página 5 de Administrativo I
Aula 4
quarta-feira, 16 de março de 2011
19:07

I- Princípios do direito administrativo.


a. Análise do art. 37 da CRFB.
i. Legalidade - a atividade administrativa está vinculada aos mandamentos legais, deve corresponder a algo que esteja previsto em lei. Ela nã o
pode, portanto, extrapolar aquilo que a lei lhe confere como atribuição,. Difere portanto da atividade privada, onde prevalec e a vontade do
particular, que pode fazer tudo aquilo que a lei não veda. Entretanto, a lei não diz de forma exaustiva tudo o que a administ ração pública
tem a fazer. Porém, existem o interesse público implícito ou até mesmo explícito em certas situações.
ii. Impessoalidade: A administração pública não pode ser dirigida. Deve ser ofertada de maneira universal. Evitar que se cause fa vorecimentos.
No caso de licitação dirigida, por exemplo. Não significa que uma atividade administrativa possa ser dirigida a uma pessoa: n omeação de
uma pessoa à um cargo qualquer. Visa impedir que o administrador público atue em benefício próprio ou para sua própria promoç ão.
iii. Moralidade: Deve ser exercida com moralidade.Caso da licitação para tapete persa em gabinete público. Qual a necessidade? Não é moral.
iv. Publicidade: Atos da administração sejam públicos, ou seja, todos podem ter o conhecimento da administração pública, a fim de promover
controle (seu objetivo). Comporta exceções (art. 5ª, XXXIII).
v. Eficiência: Três aspectos:
1) Rapidez: Exercida em tempo hábil para atender o interesse público. Não pode atrasar atividades que devem ser imediatas.
2) Adequação: utilizar o melhor método, os meios mais adequados, para o atendimento do interesse público.
3) Rendimento: administração pública deve produzi um resultado satisfatório. Não adianta construir uma ponte de madeira para que
algo ceda.

Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos M unicípios
obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

II- Interesse público:


a. Regem o direito administrativo a (ambos do interesse público):
i. A supremacia do interesse público: O interesse particular não pode prevalecer sobre o interesse público.
ii. Indisponibilidade do interesse público: não se pode dispor do interesse público. Pois está se gerindo algo que não é seu, por tanto, não se
dispõe de algo que não é seu.
b. Qual é a problemática que surge a partir da adoção da ideia que o dto. Público rege -se pelos princípios acima? O QUE É INTERESSE PÚBLICO?.]
c. Conseguiríamos conceituar o interesse público? Entra na categoria de conceitos jurídicos indeterminados (são definições do di reito onde não se
estabelecem com certeza o seu conteúdo. Mas os operadores do direito, magistrados, etc.)
i. Conceituação negativa:
1) Interesse público não é interesse do Estado. Transcende a barreira estatal.
2) Não é o interesse da administração pública: A rigor a administração pública tem o que chamamos de conveniências administrativ as.
Soluções que a administração pública dá apenas para o sua própria administração/atividades internas.
3) O interesse do agente público: Se atua em seu interesse, é um interesse particular, quando não cumpre a função que lhe fora
outorgada.
ii. Conteúdo do conceito:
1) Interesse público é o interesse comum de todos os cidadãos? O primeiro problemas é que apenas analisamos o aspecto quantitat ivo
do caso. Outro problema é conseguir unâminidade .
2) Seria o interesse comum da maioria dos cidadãos. Do mesmo ponto de vista partimos do preceito quantitativo e não qualitativo.
Exclui interesses de minorias. Mas que devem ser respeitados.
3) Interesse da sociedade: - leva um problema muito sério,pois é ANTI DEMOCRÁTICO. Porque desvincula o interesse público de
qualquer interesse particular, individual. Conduz ao autoritarismo, pois encobrirá o interesse de um governante.
iii. Não existe a possibilidade de reconhecermos um único interesse público.Não há situação homogênea. Muitas vezes é subjetiva a situação -
o que será interesse público nesse caso?
iv. Temos que analisar o interesse público em razão dos direitos fundamentais: Os valores envolvidos no direito administrativo nã o se resolve
por questões qualitativas, técnicas, etc.Devemos fazer uma valoração ética do interesse público - a natureza dos interesses envolvidos.
Desse modo, podemos afirmar, que o interesse pode ser qualificado como público quando ele for indisponível. Toda vez que tive rmos em
uma situação em que o direito é indisponível, pode ser tido como público. Mas a recíproca não é verdadeira.
v. O interesse é reconhecido como público porque é indisponível, porque não pode ser colocado em risco,porque sua natureza exige que seja
realizado.
vi. O NÚCLEO DO DIREITO ADMINISTRATIVO NÃO É O INTERESSE PÚBLICO, MAS SIM
vii. A atividade administrativa do Estado democrático de direito subordina-se, então, à um critério principal que é anterior a supremacia e a
indisponibilidade do interesse público. Trata-se da supremacia e indisponibilidade dos direitos fundamentais.
1) O direito de propriedade é privado, mas a proteção do direito de propriedade é de interesse público. Parte da doutrina enten de por
interesse coletivo, ser a melhor expressão.Independentemente, a administração pública só se consegue quando ela está voltada aos
direitos fundamentais. Se a administração atua para satisfazer ou preservar os direitos fundamentais, atende o interesse públ ico.
viii. O processo de democratização conduz a necessidade de verificar, em cada oportunidade, como se configura o interesse público. Sempre e
em todos os casos, tal se dá por meio da intangibilidade dos valores relacionados aos direitos fundamentais .
ix. Quanto a personalização do direito administrativo, (...) nesse sentido, a personalização do direito administrativo deriva da proposta de
superação de concepções meramente técnicas para assumir a prevalência do enfoque ético, em que se reconhece a supremacia dos direitos
fundamentais e a consagração dos procedimentos democráticos de formação e manifestação da vontade estatal.

Página 6 de Administrativo I
quarta-feira, 30 de março de 2011
19:05

Princípio da razoabilidade e proporcionalidade.

Página 7 de Administrativo I
Aula 6
quarta-feira, 30 de março de 2011
19:05

I- Organização estrutural da administração pública


a. Administração pública federal
b. Administração pública estadual
c. Administração pública municipal
d. Administração pública não é sujeito de direito: porque a administração pública designa um todo da estrutura estatal onde contém entidades que se
caracterizam por serem sujeitos de direito e outras não. Portanto, não podemos atribuí-la o status de sujeito de direito.
i. A expressão administração pública permite abranger, de modo sintético, todas as organizações que desempenham atividade administrativa,
mesmo não sendo titulares de personalidade jurídica.
ii. Na estrutura da administração pública não possuem personalidade jurídica, portanto, não são sujeitos de direito os órgãos administrativos.
1) Mas o que caracteriza um sujeito de direito?
2) Quem são sujeitos de direitos:
a) Pessoas naturais. Pessoa humana que tem autonomia (patrimônio próprio.
b) Pessoas jurídicas.Uma entidade dotada de personalidade jurídica.
3) O que é ser sujeito de direito: Toda pessoa natural é um sujeito de direito. Algumas organizações também o são - As pessoas jurídicas,
que a sua diferença paira quanto aos seus direitos e obrigações, frente as pessoas naturais que as compõe.
iii. As entidades que compõe a figura da administração pública, terão uma pessoa natural que exercerá sua atividade, um agente público
manifestando a vontade daquela.
iv. Grande partes dessas entidades são sujeitos de direitos, por possuírem personalidade jurídica.
v. Órgãos estatais - não são sujeitos de direitos, não tendo personalidade jurídica, não tendo a capacidade de travar relações jurídicas.
1) Tais órgãos são entidades despersonalizadas: porque integram de outras pessoas jurídicas que fazem parte da administração. Etnadno
integrados a outras pessoa jurídicas que fazem parte da administração pública.
vi. Pessoas jurídicas de direito público: são personalizadas, sujeito de direito.
1) A partir desta que a administração pública passa a ter existência.
vii. Essas pessoas jurídicas que receberão uma competência de atuação, uma função administrativa. A partir do momento que se estrutura, passa a
desempenhar um atividade administrativa.
1) Essas que compões a administração pública podem ser:
a) Pessoas políticas: entidades essenciais para a constituição do Estado, para a organização política do Estado. Portanto, são somente
pessoas jurídicas a União, Estados, DF e Municípios.APENAS. São pessoa jurídicas mas também políticas, manifestação forma da
existência do Estado.
b) Pessoas meramente administrativas: Ao contrário das pessoas políticas, essas entidades não possuem funções políticas, mas
apenas funções administrativas. E quem são elas: Autarquias (pessoas jurídicas também). DECRETO-LEI 200/1967.
i) Art. 5º do decreto 200:
I - Autarquia - o serviço autônomo, criado por lei, com personalidade jurídica, patrimônio e receita próprios, para executar
atividades típicas da Administração Pública, que requeiram, para seu melhor funcionamento, gestão administrativa e
financeira descentralizada.

As autarquias são o fruto mais evidente da descentralização, decorrente do princípio da especialidade (que atendam
determinadas demandas da população).

Autarquia é uma pessoa jurídica de direito público, instituída para desempenhar atividades administrativas sob regime de
direito administrativo, criada por lei que determina o grau de sua autonomia em face da administração direta .

Autarquia não é um mero órgão, e sim um sujeito de direito. Tanto que algumas autarquias possuem órgãos próprios dentro
de suas estruturas autônomas. Faz parte da administração pública indireta. Ela age em nome próprio, embora observando as
orientações da entidade da administração direta da qual ela faz parte (INSS autarquia federal, vinculada à união)

Autarquia recebe delegação de competência. Recebe parcela transferida de competência. O INSS,tudo que diz respeito a
previdência, seguridade e assistência social e delegada ao INSS. A união pegou sua competência e delegou mesmo.

Lei que cria uma autarquia, somente. A lei determina o grau de sua autonomia em face da administração direta.

Entidades diferentes das pessoas políticas as quais são vinculadas.

e. EMPRESAS PÚBLICAS - empresa pública é uma pessoa jurídica de direito privado, dotada de forma societária, cujo capital é de titularidade de pessoas
jurídicas de direito público e cujo objeto social é a exploração de atividade econômica ou a prestação de serviço público.
Um. Se é uma pessoa jurídica significa dizer que é sujeito de direito, autônoma.
Dois. Pessoa jurídica de direito privado - não digo que é um agente de direito privado. Eu quero afirma que a empresa
pública não tem as prerrogativas que as autarquias e as próprias pessoas políticas possuem. Dotada de forma
societária, como se fosse uma.
Três. Forma societária - não é estabelecido em lei. Mas entende-se que terá a mesma forma societária que a sociedade de
economia mista, ou seja, assemelhada a sociedade. O quadro societário será formado por uma pessoa jurídica ou
autarquia.Admite-se apenas capital público.
Quatro. Desempenha atividade que não exige manifestação de poder, impondo autoridade. Uma atividade prestacional. CAIXA
ECONÔMICA FEDERAL.
f. Sociedade de economia mista; - finalidade de agregar patrimônio público e privado.
i. Se exige que pelo menos 51 5 do capital seja público, diferente da empresa pública onde 100 % é capital público.
ii. É uma sociedade anônima sujeita a regime diferenciado, sob controle de entidade estatal, cujo objeto social é a exploração de atividade
econômica ou a prestação de serviço público.
iii. S/A - é uma sociedade anônima.
iv. Affectio societatis - um elemento que temos nas sociedades de pessoas - difere das sociedades institucionais ou de capital. Na sociedade de
pessoas, o que importa para pessoas naturais se unirem, são as características pessoais de cada integrante.
v. Lei 6404/76 - art. 235/241
vi. Rege-se por esta lei específica.
vii. Se tem um equilíbrio
viii. Ambas (emp. Pública e esta) precisam de concurso para contratação.
ix. Admite sócios privados mas rege-se por regime estatal. Mas não significa que sempre existirão.
g. Fundação pública
i. É uma pessoa jurídica de direito privado, instituída por ato legislativo sob a forma de fundação, para o desempenho de atividades, destituídas
de cunho econômico, mas de interesse coletivo,mantida com recurso públicos.

Página 8 de Administrativo I
ii. Se organiza como uma pessoa jurídica de direito privado, mas rege-se pelo regime estatal.
iii. Só se admite a criação desde que uma lei o faça. Apenas lei, não vale ato normativo.
iv. Não é sociedade. Não há conjugação de esforços. Não existe natureza associativa.
v. Ato unilateral, diferente das sociedades que é podem ser bi, trilateral, por exemplo.
vi. Irá vincular um determinado patrimônio, criando-se um fundo para que esta cumpra as suas finalidades.
vii. Atividades que não são atividades administrativas (pessoas políticas ou autarquias)e nem atividade econômica prestacional ((s/a ou empresa
pública). Elas desempenham as atividades de cunho idealista.
viii. Mantida com recursos públicos.

Página 9 de Administrativo I

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