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Página 1 de Administrativo I
Aula 2
quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011
19:07
I- Direito Administrativo
a. Definição: O direito administrativo é o conjunto das norma jurídicas de direito público que disciplinam as atividades administrativas ne cessárias a
realização dos direitos fundamentais e a organização e o funcionamento das estruturas estatais e não estatais encarregadas d e seu desempenho.
i. Conjunto de normas jurídicas: Norma jurídica determina uma determinada situação,mas é uma norma de conduta, estabelecendo algo que
deve ou não ser feita pelo indivíduo. São instrumentos de controle de conduta. As normas jurídicas que se aplicam ao direito administrativo
também se encaixam nessa definição.
1) Por que tratamos como um conjunto? Porque o direito administrativo produz um sistema de norma jurídicas que impõe e exige
determinadas condutas.
2) Este sistema está restrito a uma categoria de normas jurídicas, que seriam direito público. As norma jurídicas do direito ad ministrativo
produz um regime jurídico de direito público. A importância de se definir esse regime, é afastar o regime de direito privado .
a) A importância de se definir a aplicação de um regime jurídico? Normas diferentes, regras específicas. Estabelece qual o tipo de
norma jurídica que será aplicado. A atuação daqueles sujeitos (sujeitos estatais, por exemplo) está voltada para o atendimento de
interesses coletivos, a satisfação de um direito coletivo.
ii. Disciplinar atividades: O Direito administrativo é intimamente ligado com o conceito de atividade. O conjunto um todo das atividades, da
atuação da administração pública. Se preocupa com toda atividade administrativa. O direito não cuida das outras funções/atividades estatais
(legislativa e jurisdicional).
1) Atividade administrativa X Atividade jurisdicional: A atividade jurisdicional aplica o direito. Decidir algo, ambas podem, me smo de cunho
decisório, mas com coisa julgada temos a jurisdição, dizer o direito com caráter de definitividade.No âmbito do judiciário a decisão é
aplicada com autonomia e independência. O administrativo não é imparcial, sempre decidirá em seu favor,e é submisso à uma aut oridade
(não é independente).
2) Atividade administrativa X atividade legislativa. O poder executivo não tem poder inovador. Poder esse que só tem o poder leg islativo,
mediante lei. Isso não quer dizer que a administração não possa produzir normas, produzirão, mas que não inove a ordem jurídi ca. A
norma administrativa é uma norma jurídica, mas só pode prever aquilo que a lei disciplina. Não pode inovar na ordem jurídica.
iii. Direitos fundamentais: Decorre da própria constituição. Ocorre de duas formas:
1) Forma negativa: Diz respeito a questão do exercício de poder de polícia (fiscalização). O direito administrativo irá impor li mitações não só
ao próprio estados, mas como sujeito de direitos privados, de modo que essas limitações não produzam efeitos contrários aos d ireitos
fundamentais. Uma limitação da autonomia(estatal ou privada)porque é uma situação que viola direitos fundamentais.
a) Exercício de atividade econômico, que decorre de um defeito: monopólio, violando a livre concorrência, prejudica os consumidores.
Todos aqueles direitos fundamentais estão sendo inviolados, por isso o direito administrativo impõe uma série de restrições.
2) Forma positiva: A administração pública toma a frente de uma determinada situação, produzindo benefícios à coletividade. Impõ e a
administração pública que em certas situações ofereça benefícios. Como a saúde pública, segurança. PRESTAÇÃO DE SERVIÇO PÚBLI CO.
iv. Entidades estatais e entidades não estatais. Com a evolução do estado, esse percebe que não mais dá conta sozinho, e por isso precisa de
colaboração da própria sociedades. Concessionário de serviço público é uma entidade privada, se organizando pelo regime jurídico de direito
privado. Mas aplica-se ao concessionário as normas de serviço público? Sim naquilo que tange a prestação do referido serviço público. ONGs
dede que recebam uma verba pública, aplica-se o direito administrativo, pois deve prestar contas, conforme diz a CRFB. As entidades não
estatais podem estar sob o regime público de acordo com sua atividade, com sua prestação pública de serviços.
b. Legitimação: Antes de adentrar neste tópico, necessário se torna entender em que período surge o direito administrativo.
i. Legitimação do direito administrativo. A partir do momento que transfere à outra entidade o poder (estatal no caso) a gente transfere o
monopólio da força. Como ocorre a legitimação do direito administrativo. No séc XVII quando se transfere o poder ao estados, não se
admitindo, por exemplo,a vingança privada.
1) Isto significa que o estado detém o monopólio da violência, mas não significa que possa ser utilizada sem justificativa. O Es tado utiliza a
força restrita apenas às hipóteses em que seja absolutamente indispensável, reduzindo a capacidade dos indivíduos gerarem con flitos.
Mais ainda, o monopólio da força tem que ser interpretado de acordo com os direitos fundamentais previstos na constituição. A força
pode ser utilizada pelo Estado apenas e quando não houver outra alternativa para a realização dos direitos fundamentais. Port anto,o
monopólio da força pelo Estado é uma decorrência de seu poder e sua autoridade, e não a causa de sua existência.
ii. A legitimação acontece de 3 maneiras:
1) Legitimação religiosa: A organização estatal eram motivacionados por motivos religiosos. Entendiam que quem iria exercer o po der
estatal ali estava por uma questão divina. O poder político e religioso eram somente um.
2) Legitimação Carismática: O chefe de governo é legitimado por conta de suas características pessoais. Comum em Estados de cola pso,
crise.Um determinado governante que aparece como um salvador, e depois se torna um "ditador".
3) Legitimação racional: O Estado irá se reger por normas previamentes concebida e impessoais. Nessa legitimação, ocorre a
despersonalização do poder político. Não se obedece a um deus e nem a um líder, mas sim a ordem jurídica. As instituições exi stem para
disciplinar nossas atividades, porque a reconhecemos como legítima. A legitimação racional não é uma questão de fé nem de desespero,
mas de aprovação à um sistema de governo. Essa aprovação pode resultar da tradição, mas sempre envolve uma avaliação racional que
impedirá que certos limites sejam violados. Num Estado em que vigora a legitimação racional, sempre haverá limite as decisões dos
governantes. Tais limites estarão, usualmente, consolidados em normas gerais e abstratas.
1. Com a própria criação do estado. O próprio homem cria uma estrutura, transferindo esse poder
para o estado, para que o estado lhe forneça determinada atividades, bem como exerça um
determinado poder.
c. Estado de direito:
A legitimação racional, conduz a ideia do que conhecemos como Estado de direito. E esta concepção de estado de direito surge em base de 4
postulados:
Primeiro. Supremacia da constituição: Os atos do estado, da administração pública deve observar uma regra jurídica. O critério de validade
dos atos estatais é a constituição, devendo ser compatível com esta. A ideia é que no estado de direito a ordem jurídica deveser
observada pelos cidadãos e pelo próprio estado. Se o estado não se submete ao ordenamento jurídico, temos um Estado totalitário.
Segundo. A tripartição dos poderes: As funções estatais estão dividias, poder executivo, legislativo e judiciário. A partir do momentoque não
se concentra os três poderes em um único governo, pessoa, isso permite um maior controle.
Terceiro. Princípio da legalidade: Significa que a atuação estatal, não só deve observar a ordem jurídica, mas como por ela estar limitada,
restrita somente a essas atuações. Como o exercício da atividade econômica, que salvo estipulações a contrário, é a economia
privada.
Quarto. Universalidade da jurisdição: Que a lei não afastará, da apreciação do poder judiciário... Art. 5ª, XXXV CRFB. A validade dosatos
estatais pode passar pelo crivo do poder judiciário, podendo exercer até mesmo controle nos atos da administração pública.
i. Mas ainda com essas características, não era um estado de direito, pois faltava a participação da população, irrestrito.
ii. É possível reconhecer que a manutenção do poder político depende da capacidade de um governo obter adesão popular, retratada na
participação no parlamento (democracia representativa). Tal não pode ser obtido pelo uso da força, mas depende de outros instrumentos que
não se valem da violência.
iii. O Estado democrático de direito caracteriza-se não apenas pela supremacia da constituição, pela observância do princípio da legalidade, da
universalidade da jurisdição e pela tripartição dos poderes, mas pelo respeito aos direitos fundamentais e pela supremacia popular.
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Aula 3
quarta-feira, 2 de março de 2011
18:28
I- Administração Pública
a. Definição: Toda essa estrutura necessária para a realização dos interesse coletivos,seja atribuição ou a efetivação. Porque não basta ter uma
atribuição mas não tiver os meios, e também não adianta uma estrutura administrativa terem todos os meios disponíveis e não ter atribuições.
Destarte, o ordenamento compete atribuições mas também dispõe a estrutura quanto aos meios - conferidos pelo ordenamento jurídico.
i. Guardar e efetuar a manutenção - conservar - de bens ou direitos. Em termos jurídicos, busca-se guardar ou conservar bens e direitos. O
resultado útil que se busca quando se fala de adm. Jurídica: obter os frutos desses bens ou direitos, para perceber os frutos da
administração. O administrador embora possa gerir e perceber esses frutos, o administrador não pode dispor desses bem e direitos que
administra. Isso porque ele está vinculado à uma vontade externa dos donos dos bens e titulares dos direitos. Administração não se
confunde com propriedade. Se é o próprio proprietário que realiza o que tange ao mandato, é domínio, e não administração. Em termos
gerais, a adm. Pública sempre dependerá de uma vontade externa/ atenda os interesses do detentor. Administrador público está vinculado
a atividade prevista em lei.A adm. Pública verifica-se em dois planos:
1) Abstrato: Se verifica nas atribuições que lhe são conferidas, naquilo que o ordenamento jurídico a designa para fazer. Tudo aquilo que
ordenamento jurídico e CRFB que vai determinar o que a administração pública. Total
2) Concreto: Efetivação daquelas atribuições que recebe no plano abstrato.
II- Função Administrativa: Dos quatro postulados do Estado de direito, abordaremos a questão da tripartição de poderes -instrumento utilizado para fazer
a distinção entre funções estatais, para que essas funções não fiquem concentradas. A tripartição de poderes cria um sistema chama de freios e
contrapesos:
a. É um sistema de controle de poder pelo próprio poder. A partir do momento que se tem estrutura distintas, o próprio ordenamento confere aos
outros poderes que façam uma espécie de controle em relação aos outros. Três aspectos fundamentais a tripartição:
i. Diferenciação das organizações estatais: Ele estabelece que cada função estará organizada num conjunto de órgão separados, diferentes.
Cada estrutura terá sua autonomia sem se subordinar a outra. Essas estruturas são denominadas de "poder". Cada poder terá seus agentes,
autonomia financeira, etc. Conferir a cada poder uma estrutura diferenciada doutro.
ii. Diferenciação de cada poder estatal: No primeiro aspecto falamos de uma diferença estrutural. Neste aspecto é a diferença funcional. Cada
poder terá uma atribuição, recebida do ordenamento jurídico. Funções jurisdicional, legislativa e executiva, tradicionalmente. Uma
separação quanto competência/funcional.
iii. Atribuir a cada poder uma função diferente. Com estrutura e funções diferentes, atribui-se funções/competências específicas. A rigor, um
poder não pode exercer a função de outra. O poder legislativo é titular da competência de legislar, por exemplo.
b. Uma característica comum é a impossibilidade de que um poder exerça absolutamente que lhe recebe. Mas isso não significa afirmar que a
competência exclusiva não seja exercida pelo órgão (função típica), o que pode ocorrer é que algumas atividades sejam desempenhadas por
outros poderes que assemelham-se a outras funções. No pode judiciário temos certas atividades administrativas, por exemplo. Por outro lado, a
função administrativa de atender os interesses da coletividade, é exclusivo do poder executivo. Diferença sutil mas muito significativa.
c. No direito administrativo nos importa a função típica administrativa,realizada pelo poder executivo.
d. Definição?
i. Definição negativa: Função administrativa é tudo que não legislar ou julgar. Mas todo o resto é função administrativa. Não, face a função de
governo,por exemplo, como a representação da soberania do governo em outro países, diplomacia.
1) Conceito: Função administrativa é o conjunto de poderes jurídicos destinado a promover a satisfação de interesses coletivos,
relacionados com a promoção dos direitos fundamentais, cujo desempenho exige uma organização estável e permanente e que se faz
sob regime jurídico infralegal e submetido ao controle jurisdicional.
a) A primeira parte diz que (conjunto de poderes jurídicos): eu digo que função administrativa é competência, atribuição conferida
a administração pública determinada a realizar certas atividades. Não é só um poder, mas sim um poder/dever. A maior parte
das competências administrativas está na constituição, via de regra.
b) Significa que a competência é específica, delimitada, pelo O.J. que é de promover os interesses coletivos./direitos
fundamentais. Ela recebe essa competência para atender interesses de todos.
e. Função administrativa pode ser não estatal. Algumas situações, o próprio O.J. possibilita que a administração pública transfi ra funções ou parte
de funções para entes privados.
III- Atividade Administrativa:
a. São as ações ou omissões da administração pública para realizar as suas competências. Funções são os meios, atividade é a atuação - positiva e
negativa.
b. CRFB art. 196 - Saúde é direto de todos e DEVER do Estado.
i. Nesse caso, a função administrativa: oferecer assistência médica para todos.
ii. A atividade administrativa é a prestação do serviço: ministério da saúde, hospitais de clínicas, etc.
c. Art. 205
i. Função: oferecer educação
ii. Atividade: prestação de serviço público de educação
iii. Meios: escolas, universidades, fornecimento de material didático, etc...
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Aula 4
quarta-feira, 16 de março de 2011
19:07
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos M unicípios
obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
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quarta-feira, 30 de março de 2011
19:05
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Aula 6
quarta-feira, 30 de março de 2011
19:05
As autarquias são o fruto mais evidente da descentralização, decorrente do princípio da especialidade (que atendam
determinadas demandas da população).
Autarquia é uma pessoa jurídica de direito público, instituída para desempenhar atividades administrativas sob regime de
direito administrativo, criada por lei que determina o grau de sua autonomia em face da administração direta .
Autarquia não é um mero órgão, e sim um sujeito de direito. Tanto que algumas autarquias possuem órgãos próprios dentro
de suas estruturas autônomas. Faz parte da administração pública indireta. Ela age em nome próprio, embora observando as
orientações da entidade da administração direta da qual ela faz parte (INSS autarquia federal, vinculada à união)
Autarquia recebe delegação de competência. Recebe parcela transferida de competência. O INSS,tudo que diz respeito a
previdência, seguridade e assistência social e delegada ao INSS. A união pegou sua competência e delegou mesmo.
Lei que cria uma autarquia, somente. A lei determina o grau de sua autonomia em face da administração direta.
e. EMPRESAS PÚBLICAS - empresa pública é uma pessoa jurídica de direito privado, dotada de forma societária, cujo capital é de titularidade de pessoas
jurídicas de direito público e cujo objeto social é a exploração de atividade econômica ou a prestação de serviço público.
Um. Se é uma pessoa jurídica significa dizer que é sujeito de direito, autônoma.
Dois. Pessoa jurídica de direito privado - não digo que é um agente de direito privado. Eu quero afirma que a empresa
pública não tem as prerrogativas que as autarquias e as próprias pessoas políticas possuem. Dotada de forma
societária, como se fosse uma.
Três. Forma societária - não é estabelecido em lei. Mas entende-se que terá a mesma forma societária que a sociedade de
economia mista, ou seja, assemelhada a sociedade. O quadro societário será formado por uma pessoa jurídica ou
autarquia.Admite-se apenas capital público.
Quatro. Desempenha atividade que não exige manifestação de poder, impondo autoridade. Uma atividade prestacional. CAIXA
ECONÔMICA FEDERAL.
f. Sociedade de economia mista; - finalidade de agregar patrimônio público e privado.
i. Se exige que pelo menos 51 5 do capital seja público, diferente da empresa pública onde 100 % é capital público.
ii. É uma sociedade anônima sujeita a regime diferenciado, sob controle de entidade estatal, cujo objeto social é a exploração de atividade
econômica ou a prestação de serviço público.
iii. S/A - é uma sociedade anônima.
iv. Affectio societatis - um elemento que temos nas sociedades de pessoas - difere das sociedades institucionais ou de capital. Na sociedade de
pessoas, o que importa para pessoas naturais se unirem, são as características pessoais de cada integrante.
v. Lei 6404/76 - art. 235/241
vi. Rege-se por esta lei específica.
vii. Se tem um equilíbrio
viii. Ambas (emp. Pública e esta) precisam de concurso para contratação.
ix. Admite sócios privados mas rege-se por regime estatal. Mas não significa que sempre existirão.
g. Fundação pública
i. É uma pessoa jurídica de direito privado, instituída por ato legislativo sob a forma de fundação, para o desempenho de atividades, destituídas
de cunho econômico, mas de interesse coletivo,mantida com recurso públicos.
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ii. Se organiza como uma pessoa jurídica de direito privado, mas rege-se pelo regime estatal.
iii. Só se admite a criação desde que uma lei o faça. Apenas lei, não vale ato normativo.
iv. Não é sociedade. Não há conjugação de esforços. Não existe natureza associativa.
v. Ato unilateral, diferente das sociedades que é podem ser bi, trilateral, por exemplo.
vi. Irá vincular um determinado patrimônio, criando-se um fundo para que esta cumpra as suas finalidades.
vii. Atividades que não são atividades administrativas (pessoas políticas ou autarquias)e nem atividade econômica prestacional ((s/a ou empresa
pública). Elas desempenham as atividades de cunho idealista.
viii. Mantida com recursos públicos.
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