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Gestão de Bases de Dados

1. Base de dados
1.1 Introdução

Organização da Informação

A informação é de essencial para qualquer organização; as suas actividades


são traduzidas em valores numéricos (vendas, gastos, produção), que permitirão
aos gestores tomar decisões, pensadas as mais correctas para uma determinada
situação e num determinado momento. A incerteza da decisão é inversamente
proporcional à qualidade da informação disponível nesse momento.
As organizações necessitam de armazenar as suas informações de uma
forma estruturada, por exemplo documentos, formulários, bases de dados,
arquivos,...

Processo manual Processo informatizado


Arquivo Base de dados
Dossier Ficheiro
Documento Registo
Página Campo
Parágrafo Byte
Palavra Bit
Caracter

Bit – Binary Digit – Unidade elementar de informação, podendo assumir os valores 1 e 0.


Byte – sequência de oito bits.

1.2 – O que é uma base de dados (BD)?

Uma base de dados (BD) é um conjunto de dados interrelacionados. Por


exemplo, pode ser uma lista de material existente num armazém, endereços, dados
dos empregados, informações sobre clientes ou facturas.
Os dados estão organizados segundo uma estrutura e interligados, tendo em
vista:
• serem partilhados por programas de diferentes aplicações e em
ambientes diferentes;
• não permitem a redundância ou repetição de informação;
• manter a sua integridade e protecção;
• eficácia do sistema.

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1.3 – Ficheiros de dados, registos e campos

Nos sistemas informáticos a informação é organizada fundamentalmente sob


a forma de ficheiros. Estes ficheiros podem ser de vários tipos.
Sob o ponto de vista que nos interessa, os ficheiros podem corresponder a
dois tipos bem distintos de informação:
• programas – que são ficheiros que armazenam instruções,
procedimentos ou rotinas para executar em computador;
• ficheiros de dados – que correspondem a informação produzida e
manipulada pelos utilizadores, como, por exemplo, documentos de
texto, imagens, folhas de cálculo.

Numa base de dados podemos ter um ou mais ficheiros de dados, os quais


são manipulados por um ou mais programas de aplicação.

Um ficheiro de dados de uma base de dados pode conceber-se como arquivo


de fichas (ver figura 1)
Cada ficha corresponde a um registo de uma entidade ou objecto (produto,
empresa, pessoa,...).
Cada registo contém um determinado conjunto de campos de informação,
correspondentes aos atributos com que definimos as entidades. A uma entidade
podem corresponder vários registos.

Nome: David Silva

Nome: Carla Dinis

Nome: Ana Dias Sousa


Morada: Rua das Rosas, 1A
CP: 2430 030 Marinha Grande
Telefone: 244 555100
Email: AdSousa@lusoweb.pt

Nome Morada CP Telefone Email


Ana Dias Sousa Rua das Rosas, 1A 2430 030 Marinha 244 555100 adsousa@lusoweb.pt
Grande
Carla Dinis Av. da Liberdade, 3 1100 032 Lisboa 21 3233116 Cd@mail.telepac.pt
David Silva Largo das fontes, 7 4000 021 Porto 22 7765432 davsil@portugalmail.pt

Fig.1 – Correspondência entre um arquivo de fichas e um ficheiro de base de dados

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Quando se define a estrutura de um registo há que ter em conta:


• entrada da informação;
• saída de informação;
• processamento da informação;
• flexibilidade, ou seja, facilidade de adaptação à evolução das
necessidades.

Os ficheiros de bases de dados que acabámos de referir, em muitos casos


podem representarem-se por tabelas, em que as linhas contêm registos e as
colunas definem os campos.

1.4 Sistemas de Gestão de Bases de Dados (SGBD)

Para criar e gerir bases de dados são necessários programas específicos,


normalmente designados por SGBD – Sistemas de Gestão de Bases de Dados (ou
DBMS – Database Management Systems).
Os SGBD são programas que permitem criar e manipular bases de dados, em
que os dados são estruturados com independência relativamente aos programas de
aplicação que os manipulam.
A independência dos dados num SGBD significa que é possível alterar a
estrutura dos dados, sem que isso implique a necessidade de reformular o
programa que opera com os dados (o SGBD)

Exemplos de Sistemas de Gestão de Bases de dados:


• Microsoft Access;
• FoxPro;
• Informix;
• Oracle;
• Dbase III;
• ADABAS;
• Etc.

Etapas necessárias na concepção de uma base de dados:


• Análise das necessidades;
• Construção do modelo conceptual;
• Construção do modelo lógico;
• Construção do modelo físico.

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1.4.1 Principais tipos de operações com um SGBD

O trabalho com uma base de dados implica diversos tipos de operações sobre
ficheiros e os dados que eles contêm, nomeadamente:
 Inserir novos registos;
 Procurar e visualizar um registo;
 Eliminar registos existentes;
 Seleccionar registos e/ou campos;
 Ordenar registos de um ficheiro;
 Juntar ou intercalar registos de ficheiros diferentes;
 Efectuar cópias ou duplicações de campos de um ficheiro;
 Eliminar ou apagar ficheiros;
 Etc.

Um SGBD tem de permitir efectuar todas estas operações. Entre as diferentes


operações referidas, podemos distinguir os seguintes agrupamentos de operações
típicas do trabalho com bases de dados:

1) Operações de definição e alteração da estrutura de uma base de


dados (correspondentes à chamada Linguagem de Definição de Dados),
nestas operações podemos incluir:
 Criação de uma nova base de dados;
 Criação de um novo ficheiro ou tabela;
 Alteração da estrutura de campos de uma tabela;
 Criação e alteração de ficheiros de índices;
 Eliminação de ficheiros ou tabelas de uma base de dados.

2) Operações de manipulação de dados, sem alteração da estrutura de


bases de dados situam-se ao nível de visualização, ou seja, a consulta e
alteração da informação, segundo as necessidades dos utilizadores
(correspondentes à chamada Linguagem de Manipulação de Dados). Nestas
operações podemos incluir:
 Consultas ou pesquisas de dados;
 Inserção de novos dados (registos);
 Alteração ou modificação de dados existentes (campos e registos);
 Eliminação de dados (registos).

3) Operações de controlo de dados, que têm a ver com a atribuição ou


supressão dos direitos de acesso aos dados em relação a utilizadores ou grupo
de utilizadores.

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