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• Divisão de Ensino
Direção do CFAP
Diretor - Cel PM Alfredo José Souza Nascimento
Diretor Adjunto -Ten Cel PM Lucas Miguez Palma
Equipe Pedagógica
Chefe da Divisão de Ensino: Maj PM Helena Carolina Jones da Cunha
Coordenadora dos Batalhões-Escola: Maj PM Karina Silva Seixas
Instrutor–Chefe: Cap PM Guttemberg Loiola de Carvalho dos Santos
Seção Técnica Pedagógica e Design: Sub Ten PM Karina da Hora Farias
Seção Técnica Pedagógica: Sub Ten PM Lindinalva Brito da Silva
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO...............................................................................................................................03
1. REDAÇÃO OFICIAL: CONSIDERAÇÃO QUANTO A A PLICAÇÃO NA PMBA........... 04
2. ESTUDO DO LIVRO DE PARTE................................................................................................. 06
3. REDAÇÃO TÉCNICA..................................................................................................................... 11
4 .ESTUDO DO OFÍCIO..................................................................................................................... 12
5 . ESTUDO DO MEMORANDO..................................................................................................... 21
6. ESTUDO DO RELATÓRIO DE SERVIÇO............................................................................. 23
7.ESTUDO DO REQUERIMENTO................................................................................................27
8. GRAMÁTICA APLICADA..........................................................................................................29
9. EMPREGO DOS PRONOMES DE TRATAMENTO..............................................................22
10. SINTAXE DE CONCORDÂNCIA............................................................................................31
11. ABREVIATURAS E SIGLAS......................................................................................................24
12. ORTOGRAFIA............................................................................................................................ 36
12.1 O NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO ............................................................................... 36
12.2 ACENTUAÇÃO......................................................................................................................... 38
12.3 HÍFEN............................................................................................................................................40
12.4 USO DO POR QUE, PORQUÊ, POR QUÊ E PORQUE.......................................................45
13 IMPROPRIEDADE VOCABULAR............................................................................................48
13.1 GERUNDISMO...........................................................................................................................60
14. EXPRESSÕES CASTRENSES...................................................................................................62
15. CORRESPONDÊNCIA POR EMAIL...................................................................................... 67
16. PROGRAMAS INFORMATIZADOS DA PMBA................................................................... 69
REFERÊNCIAS...................................................................................................................................75
APRESENTAÇÃO
O autor do Manual de Redação Policial Militar Paulo César Luz Nunes (2001),
consentiu na reprodução parcial de alguns de seus trechos, acrescida de algumas adaptações,
sem fins lucrativos e, tão somente, para específico de uso didático pela CFAP. Quaisquer
consultas complementares poderão ser feitas no bojo da própria obra. A disciplina
Correspondência 1Policial-Militar é resultante da transformação dos módulos Língua
Portuguesa I e II, de modo a valorizar o estudo do Português 2Instrumental, voltado para a
atividade eminentemente prática dentro da Polícia Militar do Estado da Bahia. Ao autor e aos
demais atualizadores desta apostila, os nossos mais profundos votos de gratidão.
Equipe CFAP
CURSO DE FORMAÇÃO DE SOLDADOS - PMBA - JUNHO/ 2021 4
O serviço diário das Unidades deverá ser registrado mediante confecção de Parte
Diária em Livro do tipo Ata com numeração automática, sendo que este deve se
relacionar ao período em que a equipe de policiais está trabalhando, logo, o policial
mais antigo ou sob sua ordem, o seu auxiliar, deverá preenchê-lo relatando todas as
ocorrências relevantes ocorridas no período de serviço. Se a guarnição estiver de
serviço por 12 horas, ao final dessa escala, o livro deverá ser preenchido; não obstante,
se o serviço é de 24 horas, o livro será concluído ao término das vinte e quatro horas
de serviço.
Esta forma de registro deverá ser elaborada de modo escrito em livro ata de cada
Unidade, Pelotão ou ainda, por tipo de Guarnição de serviço, com numeração nas
folhas, não podendo estas ser puladas, assim como suas linhas, para não deixarem
brechas a registros extemporâneos.
O responsável pelo conteúdo do livro é o Comandante da Guarnição que o
assinará quando da sua confecção, ainda que seja realizado por auxiliar; no caso de
Graduados e Oficiais de Dia, os seus respectivos auxiliares possuem essa
responsabilidade, a menos que os Graduados e Oficiais desejem realizar o seu próprio
livro.
No caso da ocorrência de livros digitais, estes deverão ser impressos e assinados,
sendo enumeradas (caso não esteja) e rubricadas cada uma de suas páginas a fim de
comprovar a legitimidade do documento.
O livro será realizado em tópicos numerados sequencialmente, de forma clara e
objetiva, dividido por serviço e tem por função ser objeto de consulta futura em caso
de necessidade, bem como, é o principal meio de comunicação entre a tropa e o
Comandante.
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10. DA PASSAGEM DO SERVIÇO: informar que está passando o serviço, bem como
todo o material a cargo, inclusive bélico, as ordens emanadas pelo Comandante /
Diretor ao profissional que está assumindo o serviço, nominando-as expressamente;
11. LOCAL E DATA: expor a Unidade ou Quartel / cidade, além da data por extenso;
12. ASSINATURA: assinar por extenso e com letra legível com o posto e
graduação (deverá ser feito pelo mais antigo ou comandante ainda que
confeccionado por auxiliar);
2.DAS ORDENS:
Fica determinada a proibição de estacionamento de veículos na frente das
árvores próximo ao alojamento de Oficiais do quartel no período dexx.
7. DAS COMUNICAÇÕES:
a) Al Sd1ª Cl PM Mário tirou serviço de sentinela por permuta autorizada
com o Al Sd1ª ClPM Juliano, conforme autorização do Cap PM Salazar;
8.DAS OCORRÊNCIAS:
a) Foi conduzido o Sr Barão de Tai por motivo de furto na porta do
quartel;
b) A viatura placa JPL 9870 foi abalrroada pelo veículo pertencente a
João de Deus, telefone, email, endereço, o qual se comprometeu a ressarcir os
danos do veículo;
MODELO:
EM TEMPO: informo que nesta data, por volta das ............; os responsáveis são:......; as providências
adotadas foram.......; este registro foi realizado de forma extemporânea devido a..... (justificar porque o fez
foram do espaço adequado).
Quartel em Ondina, 25 de maio de 2021.
______________(assinatura por extenso)_______________
Graduado de Dia
3. REDAÇÃO TÉCNICA
4 ESTUDO DO OFÍCIO
4.1 ESTRUTURA
4.2 TIMBRE
TRADUÇÃO (Ofício n.º 001, oriundo do Comando OU Ofício n.º 001, oriundo
da Coordenação de Planejamento 2Operacional de uma Unidade da PMBA).
Obs- Quando se tratar de documento circular, deverá ser indicado em caixa alta logo
após a seção originadora, a exemplo:
O nome da cidade não 4deve ser seguido da sigla do 5Estado, uma vez que já está
especificado no timbre do ofício. Vide o exemplo:
Salvador, 15 de agosto de 2011.
4.5 O VOCATIVO
Exemplos:
Senhor Diretor, / Senhora Chefe, / Senhor Comandante, / Senhora Instrutora,
1. Parágrafo
a. subparágrafo
1) alínea
a) alínea
2. Parágrafo
3. Parágrafo
4.7 O FECHO
De acordo com essa regra geral para confecção da Redação Oficial, deve-se
utilizar o vocábulo “respeitosamente” para as correspondências dirigidas às
autoridades de hierarquia superior 3a do subscritor do ofício (quem assina). Em
contrapartida, prescreve o termo “atenciosamente” para autoridades de mesma
hierarquia ou de hierarquia inferior a de quem assina.
Atenciosamente,
(assinatura)
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SIGNATÁRIO – P/G
(cargo)
A assinatura deverá ser posta sobre a inscrição do nome completo do signatário, que
deverá ser seguido pela indicação do posto ou graduação. Logo abaixo virá a indicação do
cargo ocupado pela autoridade.
(assinatura)
CARLOS AMBRÓSIO PINTO PACA – Maj PM
Comandante
Ex:
Respeitosamente,
(assinatura)
CARLOS AMBRÓSIO PINTO PACA – Maj PM
Comandante
Por delegação:
(assinatura)
MARCOS PINTO MEIA PACA – Cap PM
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Subcomandante
Ex:Respeitosamente,
No Impedimento de
CARLOS AMBRÓSIO PINTO PACA – Maj PM
Comandante
(assinatura do substituto)
MARCOS PINTO MEIA PACA – Cap PM
Subcomandante
Tanto um como o outro deverá conter o nome completo apenas de quem substitui (seja
interinamente ou respondendo pelo cargo) e abaixo do nome a situação em que ele se
encontra.
Difere da situação acima exposta (No impedimento) pelo fato de que antes tínhamos
um Chefe ou Comandante que estava ausente de suas funções, seja fortuitamente ou não. Nas
situações abaixo, temos alguém que assume função de outro que foi exonerado do cargo, ou
seja, temos uma situação de vacância que deverá ser preenchida por um substituto abaixo
daquele e que responda efetivamente pelas atribuições. Não teremos o retorno daquele mesmo
titular e sim aguardaremos que outro, da mesma patente ou graduação do anterior, possa
assumir o cargo enquanto que o vice-titular responde efetivamente.
(assinatura do substituto)
MARCOS PINTO MEIA PACA – Cap PM
Comandante Interino
OU
(assinatura do substituto)
MARCOS PINTO MEIA PACA – Cap PM
Respondendo pelo Comando/Direção
O que difere o substituto interino do que responde pelo comando, chefia e outros é
apenas o fato de que, no primeiro caso, o substituto tem noção de que assumirá
temporariamente o cargo e que outra pessoa (do mesmo posto que o titular anterior) já está
praticamente delineada para assumir a função legalmente. Já quem responde pelo comando,
chefia, direção não tem a noção de quem irá assumir definitivamente o posto, sendo assim,
embora seja de patente ou graduação inferior ao cargo que ocupa, este assume (responde)
como se fosse o titular indefinidamente no tempo.
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4.7 O DESTINATÁRIO
Ao Senhor
Quartel de Pirapora
40.565.333 - Bravata – RJ
MODELO OFÍCIO:
Senhor Comandante,
Comandante
Ao Senhor
Cel PM Sebastião da Silva Cefapiano
Coordenador de Operações Policiais Militares
Quartel dos Aflitos
Salvador – BA
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5. ESTUDO DO MEMORANDO
1. Introdução.
2. Desenvolvimento.
3. Conclusão.
Atenciosamente,
6.2. OBJETIVOS
De um modo geral, podemos dizer que os relatórios são escritos com os
1seguintes objetivos:
divulgar os dados técnicos obtidos e analisados;
registrá-los em caráter permanente.
Um relatório é um conjunto de informações utilizado para reportar resultados
parciais ou totais de uma determinada atividade, experimento, projeto, ação, pesquisa,
ou outro evento que esteja finalizado ou em andamento.
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ordem das palavras para não mudar o sentido do que você quer dizer. Prefira a ordem
direta (sujeito, predicado e complementos) para não confundir seus leitores.
Transmita o que interessa de fato, de forma coerente, sem gírias. No caso dos
relatórios de serviço operacional, PPS e Eventos Especiais, utilize a linguagem técnica,
sem exageros e atente para a hierarquia, a 2disciplina e os princípios de civilidade.
Comunicar é se fizer entender. Se atingir esse objetivo, você estará perto do sucesso!
Um relatório bem elaborado facilita a vida dos seus leitores e auxilia os gestores
na resolução de problemas em atividades correlatas, portanto, deve conter:
MODELO:
RELATÓRIO DE SERVIÇO
a) DILIGÊNCIAS REALIZADAS
Foram realizadas rondas no bairro tal, adjacente ao evento de modo preventivo; foram
abordados suspeitos no Bar situado a rua após denúncia de trafico ilegal de drogas no
local, contudo, não encontrando nada de ilícito, todos foram liberados.
b) PONTOS FORTES
O trabalho de policiamento teve a colaboração do efetivo da Guarda Municipal que
auxiliou na contenção e prevenção da segurança pública local,. Ademais, o efetivo
desta Corporação empregado desde cedo no evento, permiti o trabalho preventivo que
resultou em nenhuma ocorrência registrada
c) DIFICULDADES A SUPERAR
Embora tenham realizado boa recepção da tropa o espaço físico compartilhado com o
efetivo da Policia Civil e disponibilizado pela Prefeitura local ficou pequeno para o
desenvolvimento das tarefas de custódia e descanso da tropa,
d) SUGESTÕES
Com o intuito de melhor realizar o policiamento em eventos especiais, sugere-se que
os militares em serviço possam realizar a passagem do serviço no próprio PCS junto
ao Oficial de Dia, dinamizando a apresentação e inicio de emprego da tropa.
Quartel em Paulo Afonso, 23 de Junho de 2021
Júlio Caldas – Sd 1ª Cl PM
Auxiliar do Policiamento
Note que as sugestões são imprescindíveis para fornecer dados que possibilite a
melhoria dos serviços, diversas distorções podem ser prevenidas e corrigidas em
função desse registro no relatório de serviço. Sugerir é extremamente importante.
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SEÇÃO III
DO DIREITO DE PETIÇÃO
Note que a parte do requerimento que o policial preenche se restringe a parte relativa ao seu
pedido e sua assinatura, ficando as demais partes para as seções e o comandante.
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CURSO DE FORMAÇÃO DE SOLDADOS - PMBA - JUNHO/ 2021 29
Obs.: a) Nas formas abreviadas de tratamento, há sempre um espaço entre o ponto anterior e
a letra imediatamente seguinte. Assim, em vez de V.S.ª, use V. S.ª
Excelentíssimo Senhor
Fulano de Tal
Juiz de Direito da 10a Vara Cível
Rua ABC, n.º 123
CEP: 01010 – 000
Salvador/BA
Ao Senhor
Fulano de Tal
Rua ABC, n.º123
CEP: 01010 – 000
Salvador/BA
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Concordância Verbal
1. Sujeito composto antes do verbo
Quando o sujeito é composto e vem antes do verbo, esse verbo deve estar
sempre no plural.
Exemplo:
Maria e José conversaram até de madrugada.
Concordância Nominal
Adjetivos e um substantivo
Concordância com vários adjetivos
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Substantivos e um adjetivo
No caso inverso, ou seja, quando há mais do que um substantivo e apenas um
adjetivo, há duas formas de concordar:
Quando o adjetivo vem antes dos substantivos, o adjetivo deve concordar com
o substantivo mais próximo.
Exemplo: Linda filha e bebê.
Quando o adjetivo vem depois dos substantivos, o adjetivo deve concordar com
o substantivo mais próximo ou com todos os substantivos.
Exemplos:
Pronúncia e vocabulário perfeito.
Vocabulário e pronúncia perfeita.
Pronúncia e vocabulário perfeitos.
Vocabulário e pronúncia perfeitos.
A palavra menos permanece sempre invariável, quer atue como advérbio ou como adjetivo:
menos tristeza, menos medo, menos traições, menos pedidos.
12 ORTOGRAFIA
Nesta apostila iremos focar no novo acordo ortográfico e suas principais mudanças
quanto a acentuação e no que se referem ao uso do hífen; ademais dentro do estudo da
ortografia traremos as formas adequadas de emprego dos porquês na língua
portuguesa.
Por meio deste Acordo, busca-se a unificação do idioma na Comunidade dos Países de
Língua Portuguesa, formada por Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique,
Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste (último país a aderir).
12.2 ACENTUAÇÃO
A) FICA ABOLIDO O TREMA: palavras como linguiça, cinquenta, sequestro passam a ser
grafadas assim: linguiça, cinquenta, sequestro;
Essa regra é válida somente para as paroxítonas. Assim, continuam a ser acentuadas as
palavras oxítonas terminadas em éis, éu, éus, ói, óis.
Exemplos: papéis, herói, heróis, troféu, troféus.
Se a palavra for oxítona e o “i” ou o “u”estiverem em posição final (seguidos ou não de s), o
acento permanece.
Exemplo: tuiuiú, tuiuiús, Piauí.
G) Verbos ter e vir: mantém-se o acento circunflexo na terceira pessoa do plural do presente
do indicativo dos verbos ter e vir:
– Hoje ele vem ao colégio.
– Hoje eles vêm ao colégio.
– Hoje ele tem dinheiro.
– Hoje eles têm dinheiro.
I) arguir e redarguir: não se usa o acento agudo no u tônico das formas eu, tu, ele e eles do
presente do indicativo e do presente do subjuntivo (Espero que…) dos verbos arguir e
redarguir:
– Tu arguis teus alunos? A pronúncia é ar-GU-is (As letras maiúsculas indicam a sílaba
tônica);
– O professor argui seus alunos. A pronúncia é ar-GU-i (As letras maiúsculas indicam a sílaba
tônica)
– Os professores arguem seus alunos. A pronúncia é ar-GU-em (As letras maiúsculas indicam
a sílaba tônica)
Arguir = repreender, censurar; examinar, interrogando; argumentar.
Redarguir = responder arguindo
J) guar, quar, quir: Verbos com essas terminações (aguar, desaguar, enxaguar, averiguar,
apaziguar, obliquar, delinquir…) admitem dupla pronúncia nas formas eu, tu, ele e eles do
presente do indicativo e do presente do subjuntivo: (Não se acentua a sílaba GU ou QU).
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12.3 HÍFEN
O hífen é, tradicionalmente, um sinal gráfico mal sistematizado na ortografia da língua
portuguesa. O texto do Acordo tentou organizar as regras, de modo a tornar seu uso mais
racional e simples:
CURSO DE FORMAÇÃO DE SOLDADOS - PMBA - JUNHO/ 2021 41
a) manteve sem alteração as disposições anteriores sobre o uso do hífen nas palavras e
expressões compostas. Determinou apenas que se grafe de forma aglutinada certos compostos
nos quais se perdeu a noção de composição (mandachuva e paraquedas, por exemplo).
b) no caso de palavras formadas por prefixação, houve as seguintes alterações:
● só se emprega o hífen quando o segundo elemento começa por h, Ex.: pré-história,
super-homem, pan-helenismo, semi-hospitalar EXCEÇÃO: manteve-se a regra atual que
descarta o hífen nas palavras formadas com os prefixos des- e in- e nas quais o segundo
elemento perdeu o h inicial (desumano, inábil, inumano).
● e quando o prefixo termina na mesma vogal com que se inicia o segundo elemento
Ex.: contra-almirante, supra-auricular, auto-observação, micro-ondas, infra-axilar EXCEÇÃO:
manteve-se a regra atual em relação ao prefixo co-, que em geral se aglutina com o segundo
elemento mesmo quando iniciado por o (coordenação, cooperação, coobrigação).
Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por
consoante diferente de r ou s.
Anteprojeto, antipedagógico, autopeça, coprodução, microcomputador, pseudoprofessor,
autoproteção, semideus, semicírculo, ultramodelo, seminovo
Quando o prefixo termina por consoante, não se usa o hífen se o segundo elemento
começa por vogal.
Hiperacidez, hiperativo, interescolar, interestadual
a) AS LETRAS K, W, Y
Embora continuem de uso restrito, elas ficam agora incluídas no nosso alfabeto, que
passa, então, a ter 26 letras. Importante deixar claro que essa medida nada altera do que está
estabelecido. Apenas fixa a sequência dessas letras para efeitos da listagem alfabética de
qualquer natureza. Adotou-se a convenção internacional: o k vem depois do j, o w depois do v
e o y depois do x.
b) LETRAS MAIÚSCULAS
Se compararmos o disposto no Acordo com o que está definido no atual Formulário
Ortográfico brasileiro, vamos ver que houve uma simplificação no uso obrigatório das letras
maiúsculas. Elas ficaram restritas a nomes próprios de pessoas (João, Maria, Dom Quixote),
lugares (Curitiba, Rio de Janeiro), instituições (Instituto Nacional da Seguridade Social,
Ministério da Educação) e seres mitológicos (Netuno, Zeus), a nomes de festas (Natal, Páscoa,
Ramadão), na designação dos pontos cardeais quando se referem a grandes regiões (Nordeste,
Oriente), nas siglas (FAO, ONU), nas iniciais de abreviaturas (Sr., Gen. V. Exª) e nos títulos de
periódicos (Folha de S.Paulo, Gazeta do Povo). Ficou facultativo usar a letra maiúscula nos
nomes que designam os domínios do saber (matemática ou Matemática), nos títulos
(Cardeal/cardeal Seabra, Doutor/ doutor Fernandes, Santa/santa Bárbara) e nas
categorizações de logradouros públicos (Rua/rua da Liberdade), de templos (Igreja/igreja do
Bonfim) e edifícios (Edifício/edifício Cruzeiro).
Há tradição gramatical que proíbe, na escrita, a contração da preposição com o artigo
ou com o pronome em sentenças como: Não é fácil de explicar o fato de os professores
ganharem tão pouco. É tempo de ele sair. Nem todos os gramáticos subscrevem tal proibição.
CURSO DE FORMAÇÃO DE SOLDADOS - PMBA - JUNHO/ 2021 43
Evanildo Bechara, por exemplo, argumenta, em sua Moderna gramática portuguesa (Rio de
Janeiro: Editora Lucerna, 2000, p. 536-7), que ambas as construções são corretas e cita o uso da
contração em vários escritores clássicos da língua. No entanto, há uma cláusula do Acordo
Ortográfico que adota aquela proibição. Assim, cometeremos, a partir da vigência do Acordo,
erro gráfico se fizermos a contração.
A – SUPRESSÃO DE ACENTOS
1. Não use mais o trema: linguiça, tranquilo, cinquenta, sequestro;
2. não use mais o acento agudo para marcar os ditongos abertos oi e ei em palavras
paroxítonas: paranoia, paranoico, boia, jiboia, assembleia, ideia, plateia;
3. não acentue mais as duplas oo e ee: voo, enjoo, abençoo, leem, creem, deem;
4. não acentue mais as seguintes palavras: - para (verbo parar); - pera (fruta); - polo
(substantivo: polo Norte, polo industrial); - polo (substantivo – um tipo de falcão); - pelo
(substantivo – o pelo do gato); - pelo e pela (verbo pelar); - pela (substantivo – um tipo de bola
e de jogo); - pero (substantivo – uma variedade de maçã);
5. não acentue mais o u e o i tônicos em palavras paroxítonas quando precedidos de
ditongo: baiuca, feiura;
6. não acentue mais o u tônico de verbos como averiguar, apaziguar, arguir: averigue,
apazigue, arguem;
7. a palavra forma (ô) pode ser grafada com ou sem o acento circunflexo (forma ou
fôrma).
B – HÍFEN
1. No caso de palavras formadas por prefixação, só se usa o hífen nos seguintes casos:
● o segundo elemento começa com h: super-homem, semi-hospitalar, sub-humano;
EXCEÇÃO: manteve-se a regra atual que descarta o hífen nas palavras formadas pelos
prefixos des- e in- e nas quais o segundo elemento perdeu o h inicial (desumano, inábil,
inumano).
CURSO DE FORMAÇÃO DE SOLDADOS - PMBA - JUNHO/ 2021 44
C – LETRAS MAIÚSCULAS
Você costuma ter dúvidas da hora de usar os porquês, não é? Então, chegou a hora de
você entender de uma vez quando usar as formas por que, porquê, por quê e porque.
Quer ver como é fácil?
Perguntas = por que
Respostas = porque
Exemplos:
O local por que passei é muito bonito. (O local por qual passei é muito bonito.)
A razão por que sobra sempre para mim, eu não sei. (A razão pela qual sobra sempre
para mim, eu não sei.)
Não sei o motivo por que as pessoas têm dúvidas. (Não sei o motivo pelo qual as
pessoas têm dúvidas.)
Separado e com acento circunflexo é usado no fim das frases interrogativas diretas ou
de maneira isolada. Antes de um ponto mantém o sentido interrogativo ou
exclamativo.
Exemplos:
O almoço não foi servido por quê?
Andar a pé, por quê?
Não vai errar mais? Por quê?
Exemplos:
Não fui à escola ontem porque fiquei doente.
Uso do Há ou A?
“Há” e “A” são dois termos que geram muita confusão para os utilizadores da língua. Isso
porque ambos possuem o mesmo som, porém apresentam grafias diferentes.
Há
Com o “h” o “há” representa uma forma do verbo haver. Assim, podemos utilizar o “há”
quando o verbo haver é impessoal (sem sujeito) e possui o sentido de “existir”.
Essa forma verbal é conjugada na terceira pessoa do singular do presente do indicativo.
“A”
O “a” é um artigo definido utilizado antes de substantivos e diferente do “há” que
indica um tempo passado, esse é utilizado para falar de uma ação futura. Além disso,
ele é empregado quando estamos nos referindo à distância.
Ao Encontro de e De Encontro a
Ao Encontro de e De Encontro a são expressões opostas. Enquanto uma significa "a
favor de" a outra é justamente "contra alguma coisa".
Usadas no cotidiano, essas expressões podem confundir na hora da elaboração de um
texto e, mesmo em uma conversa informal.
Seu emprego incorreto pode não oferecer a ideia do que, de fato, o emissor gostaria de
transmitir.
Não confunda!
Ao encontro de = a favor de.
De encontro a = contra alguma coisa.
Ao Encontro de
A expressão "ao encontro" é usada para reger a preposição "de" e significa "a favor de",
"em direção a", "de acordo com".
Exemplos:
Aquele pensamento vai ao encontro do que eu esperava.
Aquelas posições vão ao encontro de nossas necessidades.
Ela foi ao encontro de respostas.
Foram ao encontro das pessoas.
CURSO DE FORMAÇÃO DE SOLDADOS - PMBA - JUNHO/ 2021 50
De Encontro a
A expressão "de encontro" é utilizada para reger a preposição "a" e significa "contra
alguma coisa".
Exemplos:
Aqueles projetos vão de encontro ao que planejávamos.
Locuções Prepositivas
As expressões "ao encontro de" e "de encontro a" são, na verdade, locuções
prepositivas. Ou seja, são conjuntos de palavras que têm valor de preposição, tais
como: embaixo de, de acordo com, por trás de, entre tantas outras.
Senão ou Se não?
"Senão" ou "se não" são dois termos que possuem o mesmo som, no entanto, são
utilizados em situações diferentes. Aprenda de uma vez por todas a usá-los corretamente.
Senão
Quando esse termo é escrito junto, ele geralmente significa “do contrário”, “caso
contrário”, “a não ser”.
Exemplo:
Tenho que ir à aula, senão perderei os comentários do professor.
Tenho que ir à aula, caso contrário perderei os comentários do professor.
Conjunção Alternativa
Não podemos sair, senão perdemos a apresentação.
Não podemos sair, caso contrário perdemos a apresentação.
Conjunção Adversativa
Júlio não ganhou um presente pelo aniversário, senão pelas bodas de casamento.
Júlio não ganhou um presente pelo aniversário, mas pelas bodas de casamento.
Quando é preposição significa uma exceção, e pode ser substituído por: “exceto”, “com
exceção de”, “salvo”, “a menos que”.
CURSO DE FORMAÇÃO DE SOLDADOS - PMBA - JUNHO/ 2021 51
Se não
Já quando o termo é escrito separadamente ele dá a ideia de “caso não”. Portanto, para
saber qual palavra usar você deve substituir na frase e analisar se continua coerente.
Essa expressão é formada pela conjunção "se" e o advérbio "não".
Exemplo:
Se não chegar a tempo da aula, perderei a prova.
Caso não chegue a tempo da aula, perderei a prova.
Como Usar
A palavra "onde" indica o lugar onde está ou em que se passa um acontecimento. Está ligada a
verbos que expressam permanência.
Exemplos:
Onde ela está?
Já a palavra "aonde" indica movimento ou aproximação e está ligada a verbos que expressam
essa ideia.
Exemplo:
Aonde você quer ir?
Aonde vai com tamanha pressa?
CURSO DE FORMAÇÃO DE SOLDADOS - PMBA - JUNHO/ 2021 52
Substitua as palavras "aonde" ou "onde" por "para onde". Se fizer sentido, você deve utilizar a
palavra aonde.
Exemplos:
Para onde vamos? Faz sentido. É como dizer:
Aonde vamos?
A fim ou Afim?
A fim ou afim são dois termos que causam muita confusão nos usuários da língua. Usar
esse termo junto ou separado pode afetar o entendimento do texto.
Enquanto o primeiro é parte de uma locução, o segundo é um adjetivo. Portanto, vale
saber qual o propósito para que você não erre mais.
A fim
O termo quando usado separado faz parte de uma locução prepositiva “a fim de”.
Nesse caso, ela tem o significado de finalidade. Ou seja, apresenta uma intenção, um objetivo,
um intuito ou um propósito.
Frases INCORRETAS:
A nível de informação, esse jornal é um dos melhores do Brasil. (= Com relação à informação, esse
jornal é um dos melhores do Brasil.)
A nível de futebol de areia, Júnior é insuperável. (= Júnior é insuperável no futebol de areia.)
A nível de proposta, o assunto deve ser mais discutido. (= No que concerne à proposta, o
assunto deve ser mais discutido.)
Isso foi resolvido a nível de governo estadual. (= Isso foi resolvido em nível de governo estadual.)
Em nível de
É uma expressão que exprime hierarquia, sendo sinônima de “no âmbito de”, “em
termos de”. Só pode ser usada quando houver níveis distintos. É uma expressão meramente
acessória, podendo ser facilmente suprimida da frase, sem que haja alteração do conteúdo que
está sendo transmitido.
Ao nível de
Uma outra expressão, "ao nível de", ao contrário das outras, pode ser encontrada no
dicionário. Ela é usada com o sentido de "na altura de".
Exemplos:
Você acha que chega ao nível dele?
Aprendeu a fazer bolos que ficam ao nível dos quitutes da sua mãe.
Mal ou Mau?
“Mal” e “mau” são duas palavras homófonas. Ou seja, elas são pronunciadas da mesma
maneira, mas escritas de maneiras diferentes.
Uma vez que possuem o mesmo som, elas costumam gerar muitas dúvidas para os
utilizadores da língua.
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Diferenças e Exemplos
Mal
A palavra mal com “l” é antônima de bem. Portanto, para usá-la da forma
correta basta lembrar qual termo é seu contrário.
Exemplos:
Estou me sentindo mal essa manhã. (Estou me sentido bem essa manhã)
Fui muito mal no exame final. (Fui muito bem no exame final)
Felipe nasceu para fazer o mal. (Felipe nasceu para fazer o bem)
Fique Atento!
Esse vocábulo pode ser um advérbio de modo, um substantivo e ainda, uma conjunção
subordinativa temporal.
Quando é advérbio, mal significa que algo foi realizado de maneira errada, por exemplo: Sofia
se comportou mal na palestra.
Quando é substantivo, esse termo é sinônimo de doença, problema, angústia, tristeza ou
sofrimento, por exemplo: Todo o mal deve ser evitado.
Nesse caso, o artigo “o” colocado na frente do termo determina esse substantivo.
Quando é conjunção, mal significa “assim que; logo que; quando”, por exemplo: Mal cheguei
ao colégio, os portões fecharam.
Mau
A palavra mau com “u” é antônimo de bom. Da mesma maneira que sua homófona, para usá-
la da forma correta basta lembrar a palavra que é contrária dela.
Em relação à classe gramatical, esse vocábulo é um adjetivo que qualifica seres e objetos.
Exemplos:
João é mau aluno. (João é bom aluno)
Ele foi muito mau comigo. (Ele foi muito bom comigo)
O chefe sempre estava de mau humor (O chefe sempre estava de bom humor)
Obs: Quando nos referimos à má disposição de alguém, o termo correto é mau humor.
Nesse caso, ele não é escrito com o hífen. Portanto, as palavras mau-humor, mal humor
e mal-humor estão escritas de maneira errada.
Por outro lado, devemos lembrar que quem tem mau humor é uma pessoa mal-
humorada. Nesse caso, utilizamos o mal com “l” visto que o contrário seria “bem-
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humorado”.Além disso, de acordo com as regras de ortografia esses termos são separados por
hífen.
Mais ou Mas?
O “mais” e o “mas” são duas palavras que tem um som parecido, no entanto, são
utilizadas em contextos distintos. Confira abaixo a diferença entre elas e suas regras de uso.
Mais
A palavra “mais” possui como antônimo o “menos”. Nesse caso, ela indica a soma ou o
aumento da quantidade de algo.
Embora seja mais utilizada como advérbio de intensidade, dependendo da função que
exerce na frase, o “mais” pode ser substantivo, preposição, pronome indefinido ou conjunção.
Exemplos:
Perca ou Perda?
Se ambas as palavras existem, como sei quando usar cada uma delas? Pense no seu
significado e confira os exemplos:
E Cessão?
Essa é mais uma palavra homófona que se junta à sessão ou seção.
Cessão é o ato de ceder, dar, renunciar.
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Exemplos:
O cantor fez a cessão de seus direitos autorais.
Credor e devedor nada sabiam sobre a cessão de crédito.
A cessão do material solicitado será feita amanhã pela manhã.
Descriminar ou Discriminar
Acerca de ou A cerca de
“Acerca de” significa “a respeito de”. “A cerca de” tem o sentido de “próximo”.
Nunca tínhamos falado acerca disto. Estamos a cerca de chegar dez pontos para
terminar.
Eminente ou Iminente
“Eminente” significa excelente. “Iminente” é algo que está prestes a acontecer.
Vocês são eminentes alunos. É iminente o ingresso de cada um de vocês na universidade.
Ainda assim ou Ainda sim
Isto é fácil, ainda assim vou explicar.
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13.1 GERUNDISMO
Exemplos de Gerundismo:
Eu vou estar anotando.
Vou estar ligando para a médica.
Vou estar providenciando os documentos.
Em que poderia estar ajudando?
O senhor vai ter que estar esperando.
"Só um momento, vou estar transferindo a sua ligação".
Exemplos de Gerúndio:
Eu estou anotando.
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Abaixo alguns pontos de atenção que devemos ter para o uso do Gerúndio:
2. O uso de mais de um gerúndio na mesma frase, só pode ser empregado quando ligado
por conjunções como e, ou, nem. Por exemplo:
Nem comendo, nem bebendo; eles não estavam fazendo nada.
Na festa de casamento, gravaram os noivos dançando, gargalhando e bebendo.
O gerúndio pode e deve ser empregado, não é errado o seu uso, porém,deve ser usado
para expressar uma ação em curso ou uma ação simultânea a outra. Para evitar o gerundismo
é fundamental que saibamos a forma correta de empregar o gerúndio nas frases. Simplificar a
frase é sempre a melhor saída. Outra dica boa é a leitura de livros que podem ajudar bastante
na formação correta das frases. Esse sim é um vício bom, o da leitura.
Ainda que possa soar estranho, essa construção está gramaticalmente correta, vista
inclusive nas boas gramáticas e no nosso Aurélio, que também designa soldada como
feminino de soldado e aos demais postos e graduações militares atribue 2 flexão no
feminino.
Essa e tantas outras construções encontram guarida na Lei n.º 2.749, de 2 de abril de
1956 (Da norma ao gênero dos nomes designativos das funções públicas), sancionada pelo
Presidente Juscelino Kubitschek.
Assim, embora seja uma lei de eficácia no âmbito federal, deveriam as Forças
Armadas, e, especificamente, o Exército Brasileiro, seguir o mandamento legal,
flexionando os postos e graduações no feminino, quando do ingresso da mulher nas
corporações militares – fato que se deu há mais de três lustros –, como assim o é em
outros cargos públicos.
• “O praça” ou “a praça”?
Quando a expressão tiver função de substantivo, isto é, designar o integrante da Polícia Militar,
malgrado a opinião contrária de alguns doutrinadores, sigamos o que preconiza o Aurélio,
grafando-se “O Policial Militar” (sem hífen).
Quando, porém, tiver função adjetiva, a sua grafia será com o hífen: “Manual de Redação
Policial-Militar”. O Aurélio também nos dá um excelente exemplo, ao grafar Inquérito Policial-
Militar (com hífen).
Acrescente-se que o vocábulo policial (referindo-se à pessoa) é um substantivo comum-de-dois:
“o Policial militar / a Policial Militar ”.
A graduação é Soldado de Primeira 1Classe à qual acrescemos o órgão Polícia Militar. Portanto,
escrevemos Sd 1a Cl PM, assim como o correto é 1º Ten PM / 1º Sgt PM, e não 1º PM Ten / 1º PM
Sgt. Atenção quanto às abreviaturas, evitando escrever SD 1a CL PM em caixa alta
(maiúsculas), pois SD representa a abreviatura de soldado da Marinha, segundo o C 21-30.
Antes de usar o aparelho, verifique se ele se encontra em perfeitas condições para tal.
Todos os alunos chegaram. Pergunte a eles se estão preparados para começar a avaliação.
Mas quando usar o mesmo está correto?
Pois bem, para entender mesmo como isso ocorre, analisemos os seguintes casos:
Na qualidade de advérbio, cuja acepção semântica se relaciona a “justamente”, “até”,
“ainda”, “de fato”:
Foi aqui mesmo que nos encontramos pela primeira vez.
(Foi justamente aqui que nos encontramos pela primeira vez.)
Funcionando como adjetivo/pronome, ao denotar o sentido de exato, próprio, idêntico:
que”:
Mesmo que chegasse cansada, nunca deixou de estudar. (Ainda que chegasse)
Denotando o sentido de “dar na mesma”, “no mesmo estado”, “na mesma situação”:
• “Carguear” o armamento
Em vez de carguearum armamento, prefira a forma carregar (ou fazer carga de) um armamento.
Carregar é o termo correto; advém do latim “carricare”e uma de suas acepções é trazer consigo;
levar em si; trazer; também significando transportar, levar: “Os policiais militares carregaram
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cintos e coletes”.
Um punhado de balas é munição e não “munições”. Deve-se usar o plural apenas quando o
texto especifica diferentes tipos de munição: “Aquele soldado já fez carga da munição?”
Não basta que alguém seja grande e forte para merecer o adjetivo truculento. A truculência pede
“crueldade” e “ferocidade”. Portanto, utilize essa palavra com moderação.
Embora se diga que sentinela é um substantivo de “duplo gênero”, a boa doutrina tende a fixá-
lo no feminino: “Quem é a sentinela da hora?”
O vocábulo fi-la não leva acento agudo no “i” em face de uma regra bem elementar: palavras
oxítonas terminadas em “i” ou “u”, seguidas ou não de “s”, não se acentuam (aqui, caju, etc.),
salvo quando o “i” ou “u” tônicos não formarem ditongo com a vogal anterior, ocorrendo,
pois, o hiato (distribuí-lo, baú, etc.).
Desta (pronome demonstrativo de 1ª pessoa) refere-se à OPM que transmite a mensagem; dessa
(pronome demonstrativo de 2ª pessoa) concerne à OPM destinatária da mensagem. O mesmo
entendimento vale para esta, essa e variações: “Este btl. seguiu várias normas desse
Departamento.”
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Soldadesca é uma palavra de sentido pejorativo, depreciativo, evite-a, pois, optando por formas
mais simples, como: Os soldados já estão em forma. (certo). Já soldadesco é um adjetivo que
designa aquilo que é relativo aos soldados ou próprio deles. “
• “ (...) Atravessaram da pátria as fronteiras ‘suas’ armas, ‘sua’ glória, ‘seu’ fanal...” (errado)
Conhecido trecho da canção Força Invicta, tem como verso correto ”Atravessaram da pátria as
fronteiras tuas armas, tua glória, teu fanal...”, com os pronomes possessivos empregados na
segunda pessoa do singular.
Nos termos da legislação em vigor, para que a mensagem de correio eletrônico tenha
valor documental e possa ser aceita como documento original, é necessário existir certificação
digital que ateste a identidade do remetente, na forma estabelecida em lei. O campo assunto do
formulário de correio eletrônico deve ser preenchido de modo a facilitar a organização
documental, tanto do destinatário quanto do remetente.
A mensagem que encaminha algum arquivo deve trazer informações mínimas sobre
seu conteúdo. Sempre que disponível, deve-se utilizar recurso de confirmação de leitura. Caso
não seja disponível, deve constar na mensagem um pedido de confirmação e recebimento.
Um dos atrativos de comunicação por correio eletrônico é sua flexibilidade. Assim, não
interessa definir de forma rígida para sua estrutura. Entretanto, deve-se evitar o uso de
linguagem incompatível com uma comunicação oficial (v. 1.2 Linguagem dos Atos e
Comunicações Oficiais). Lembre-se que a linguagem nesse âmbito não deve ser coloquial.
No campo assunto do formulário de correio eletrônico, a mensagem deve ser
preenchida de modo a facilitar a organização documental tanto do destinatário
quanto do remetente.
Para os arquivos anexados deve ser utilizado, preferencialmente, o formato Rich Text.
A mensagem que encaminha algum arquivo deve trazer informações mínimas sobre seu
conteúdo.
importância de algo que pode colocar toda a instituição em risco. Exemplo de email
corporativo e como é a estrutura de seu endereço: cfap.cfap@pm.ba.gov.br – note que sempre
terá o final com referencia a PMBA.
Não obstante, fora do ambiente de intranet também há outros sistemas que o policial
irá se familiarizar com o decorrer do tempo, logo, apenas para fins didáticos expõem-
se a seguir alguns dos mais importantes na Corporação.
mesmo processo. O Sistema permite que unidades, mesmo distantes fisicamente, atuem de
forma simultânea no mesmo processo, o que colabora para reduzir o tempo de realização das
atividades.O SEI tem ainda vantagens tecnológicas e econômicas importantes para as
organizações públicas:
PORTABILIDADE: 100% Web e acessado por meio dos principais navegadores do mercado:
Internet Explorer, Firefox e Google Chrome;
ACESSO REMOTO: pode ser acessado remotamente por diversos tipos de equipamentos, como
microcomputadores, notebooks, tablets e smartphones de vários sistemas operacionais (Windows,
Linux, IOS e Android);
ACESSO DE USUÁRIO EXTERNO: pode ser acessado por pessoas previamente autorizadas,
para acompanhamento de determinados processo e/ou para assinarem remotamente
determinados tipos de documento;
SISTEMA INTUITIVO: estruturado com boa navegabilidade e usabilidade;
ECONOMIA: nos contratos de compra de papel, material de escritório e serviço de postagem;
redução de custos em logística e transporte de documentos;
TRANSPARÊNCIA: permite maior produtividade, rapidez, transparência e segurança aos
trâmites administrativos;
TRAMITAÇÃO EM MÚLTIPLAS UNIDADES: várias unidades podem ser demandadas
simultaneamente a tomar providências e se manifestaremno mesmo expediente administrativo;
FUNCIONALIDADES ESPECÍFICAS: controle de prazos, ouvidoria, estatísticas da unidade,
tempo do processo, base de conhecimento, pesquisa em todo teor, acompanhamento especial,
inspeção administrativa, modelos de documentos, textos padrão, sobrestamento de processos,
assinatura em bloco, organização de processos em bloco, acesso externo, entre outros.
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REFERÊNCIAS
AZEREDO, José Carlos de. Escrevendo pela nova ortografia: como usar as regras do novo
acordo ortográfico da língua portuguesa. 2ª Ed. Rio de Janeiro, Houaiss; Publifolha, 2008.
CHAVES JÚNIOR, Edgar de. Modelos de redação oficial para funcionários públicos,
advogados, despachantes, etc. Rio de Janeiro: Tecnoprint, 1979.
CUNHA, Celso Ferreira da. e Luís F. Lindley Cintra. Nova gramática do Português
contemporâneo. 2. ed. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1985.
FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo Aurélio Século XXI: o dicionário da língua
portuguesa. 3. ed. totalmente rev. e ampl. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1999.
NUNES, Paulo César Luz. Manual de Redação Policial Militar. Salvador, 2001.