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Aulas Direito Das Obrigações e Responsabilidade Civil - 2 Unidade
Aulas Direito Das Obrigações e Responsabilidade Civil - 2 Unidade
UNIDADE
2. A cessão pode-se dar por meio de transferência gratuita ou onerosa. A cessão ainda pode ser
voluntária (quando se dá espontaneamente), legal (quando deriva de imposição da lei) ou
judicial (quando é determinado por sentença). Finalmente, a cessão de crédito pode ter
natureza pro soluto (nos casos, em que a transferência do crédito opera a solução de
obrigação preexistente, exonerando o credor) ou pro solvendo (nas hipóteses em que subsiste
tanto a obrigação preexistente, sem a quitação do credor, como também a cedida).
3. Por se tratar de negócio jurídico abstrato, a cessão de crédito submete-se às regras gerais de
prova do negócio, podendo ser demonstrada por qualquer meio, se o valor do crédito cedido
for inferior à taxa legal, ou por começo de prova escrita, se referido valor for superior a tanto
(CC, art. 227). A cessão de crédito pode ser feita mediante instrumento ou público ou ainda
verbalmente (nos casos, em que a transferência da obrigação se dá por meio da entrega do
título). Assim, não se exige requisito formal para eficácia da cessão entre as partes, exceto
quando o próprio requisito formal para a eficácia da cessão entre as partes, exceto quando o
próprio direito cedido exigir instrumento público.
4. A entrega do título não é necessária para que a cessão de crédito seja eficaz, exceto nos casos
em que o instrumento tiver a função representativa do próprio crédito. Seriam exemplo de
tais casos a letra de câmbio, a nota promissória, a duplicata, a warrant etc.
Art. 287. Salvo disposição em contrário, na cessão de um crédito abrangem-se todos os seus acessórios1.
Art. 291. Ocorrendo várias cessões do mesmo crédito, prevalece a que se completar com a tradição do
título do crédito cedido.
Art. 292. Fica desobrigado o devedor que, antes de ter conhecimento da cessão, paga ao credor primitivo,
ou que, no caso de mais de uma cessão notificada, paga ao cessionário que lhe apresenta, com o título
de cessão, o da obrigação cedida; quando o crédito constar de escritura pública, prevalecerá a
prioridade da notificação.
Art. 293. Independentemente do conhecimento da cessão pelo devedor, pode o cessionário exercer os
atos conservatórios do direito cedido.
Art. 294. O devedor pode opor ao cessionário as exceções que lhe competirem, bem como as que, no
momento em que veio a ter conhecimento da cessão, tinha contra o cedente.
Art. 295. Na cessão por título oneroso, o cedente, ainda que não se responsabilize, fica responsável ao
cessionário pela existência do crédito ao tempo em que lhe cedeu; a mesma responsabilidade lhe cabe
nas cessões por título gratuito, se tiver procedido de má-fé.
Art. 296. Salvo estipulação em contrário, o cedente não responde pela solvência do devedor.
Art. 297. O cedente, responsável ao cessionário pela solvência do devedor, não responde por mais do
que daquele recebeu, com os respectivos juros; mas tem de ressarcir-lhe as despesas da cessão e as que
o cessionário houver feito com a cobrança.
Art. 298. O crédito, uma vez penhorado, não pode mais ser transferido pelo credor que tiver
conhecimento da penhora; mas o devedor que o pagar, não tendo notificação dela, fica exonerado,
subsistindo somente contra o credor os direitos de terceiro.
Art. 299. É facultado a terceiro assumir a obrigação do devedor, com o consentimento expresso do
credor, ficando exonerado o devedor primitivo, salvo se aquele, ao tempo da assunção, era insolvente e
o credor o ignorava.
Parágrafo único. Qualquer das partes pode assinar prazo ao credor para que consinta na
assunção da dívida, interpretando-se o seu silêncio como recusa.
Art. 300. Salvo assentimento expresso do devedor primitivo, consideram-se extintas, a partir da assunção
da dívida, as garantias especiais por ele originariamente dadas ao credor.
Art. 301. Se a substituição do devedor vier a ser anulada, restaura-se o débito, com todas as suas
garantias, salvo as garantias prestadas por terceiros, exceto se este conhecia o vício que inquinava a
obrigação.
Art. 302. O novo devedor não pode opor ao credor as exceções pessoais que competiam ao devedor
primitivo.
Art. 303. O adquirente de imóvel hipotecado pode tomar a seu cargo o pagamento do crédito garantido;
se o credor,
notificado, não impugnar em trinta dias a transferência do débito, entender-se-á dado o assentimento.
ADIMPLEMENTO - AD NUTUM
Consiste no pagamento de determinada obrigação.
Fundamentação: Artigos 304 a 333, do Código Civil (Parte Especial, Livro I, Título
III, Capítulo I).
INADIMPLEMENTO
O Código Civil aponta como efeitos do inadimplemento culposo da obrigação: mora,
perdas e danos, juros, cláusula penal e arras. Nota-se que o legislador civil aplica tais efeitos
para o não cumprimento de qualquer obrigação seja esta contratual ou extracontratual.
Art. 389 - não cumprida a obrigação, responde o devedor por perdas e danos, mais juros e atualização
monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e honorários de advogado.
1
Disponível em: <https://ambitojuridico.com.br/cadernos/direito-civil/os-efeitos-do-inadimplemento-das-
obrigacoes/>. Acesso em 14 de maio de 2021.
AULA 14 DE MAIO DE 2021
ATO JURÍDICO
Constitui simples manifestação de vontade, sem conteúdo negocial, que determina a produção de efeitos
legalmente previstos.
NEGÓCIO JURÍDICO
“a manifestação de vontade destinada a produzir efeitos jurídicos”, “o ato de vontade dirigido a fins
práticos tutelados pelo ordenamento jurídico”, ou “uma declaração de vontade, pela qual o agente
pretende atingir determinados efeitos admitidos por lei”.
1. o dano
2. o nexo de causalidade
3. a conduta
4. a exigência de demonstração da culpa em sentido lato.
“a) conduta culposa, que se extrai da expressão “aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência
ou imperícia”; b) nexo causal, expresso no verbo “causar”; c) dano, revelado nas expressões “violar direito
ou causar dano a outrem””
“A responsabilidade objetiva dispensa a culpa, mas nunca dispensará o nexo causal. Se a vítima, que
experimentou um dano, não identificar o nexo causal que leva o ato danoso ao responsável, não há como ser
ressarcida.”
ATO ILÍCITO
“Sempre que alguém falta ao dever a que é adstrito, comete um ilícito, e como os
deveres, qualquer que seja a sua causa imediata, na realidade são sempre impostos pelos
preceitos jurídicos, o ato ilícito importa na violação do ordenamento jurídico”
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar
dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
*O artigo 186 adotou com maior vigor a teoria da responsabilidade civil subjetiva.
Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os
limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes.
A imprudência pressupõe uma ação que foi feita de forma precipitada e sem cautela. O
agente toma sua atitude sem a cautela e zelo necessário que se esperava. Significa que sabe
fazer a ação da forma correta, mas não toma o devido cuidado para que isso aconteça. Exemplo
disso é o motorista devidamente habilitado que ultrapassa um sinal vermelho e, como
consequência disso, provoca um acidente de trânsito.
Negligência implica em o agente deixar de fazer algo que sabidamente deveria ter feito,
dando causa ao resultado danoso. Como agir com descuido, desatenção ou indiferença, sem
tomar as devidas precauções. Um exemplo é o caso de uma babá que, vendo a criança brincar
próximo a uma panela quente, não a afasta, vindo a criança a sofrer um acidente.
A imperícia consiste em o agente não saber praticar o ato. Ser imperito para uma
determinada tarefa é realizá-la sem ter o conhecimento técnico, teórico ou prático necessário
para isso. Um exemplo é o médico clínico geral que pratica cirurgia plástica sem ter o
conhecimento necessário, fazendo com que o paciente fique com algum tipo de deformação.
AULA 21 DE MAIO DE 2021
Art. 186, CC. "Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar
direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito."
“Quando um filho menor praticar um ato ilícito como: Roubar, furtar, dirigir um veículo.
Ficaram responsável os pais ou outrem que tiver sua guarda, responderam independe de culpa,
sua responsabilidade é objetiva. Se o filho for estudar fora e pratica algum ato ilícito mesmo
diante dessa situação os pais serão responsáveis.”
Art. 937. O dono de edifício ou construção responde pelos danos que resultarem de sua ruína,
se esta provier de falta de reparos, cuja necessidade fosse manifesta.
✓ Do Estado – Objetiva
✓ Do Agente – Subjetiva
EXCLUDENTES DE RESPONSABILIDADE
✓ Culpa exclusiva da vítima;
✓ Culpa exclusiva de terceiro;
✓ Caso fortuito e a força maior.