Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
REPÚBLICA MILITAR E NOVA REPÚBLICA - sem condições de resistir ao golpe militar, o presidente João
Goulart deixou Brasília em 1º DE ABRIL DE 1964
REFERÊNCIAS: passou pelo Rio Grande do Sul
em seguida, foi para o Uruguai como exilado político
Para esse material, foram utilizados textos dos seguintes livros e mais
outros da internet que são indicados ao longo do mesmo:
- Alfredo Boulos Júnior. História: sociedade e cidadania. FTD.
- Aquino et al. História das Sociedades. Ao Livro Técnico O FIM DO PERÍODO DEMOCRÁTICO
- Edward McNall Burns. História da Civilização Ocidental . Editora Globo
- Flávio de Campos e Regina Claro. Oficina de História. Leya. - 1964 a direção das forças armadas assumiu o controle político
- Gilberto Cotrim. História Global. Editora Saraiva. do governo
- José Airton de Farias. Indígenas no Brasil e povos da África: breves histórias.
Sistema Ari de Sá. passou a decidir, efetivamente, quem ocuparia o cargo de
- José Alves de Freitas Neto e Célio Ricardo Tasinafo. História Geral e do Brasil. presidente da república
Editora Harbra.
- Leonel Itaussu A. Mello e Luís César Amad Costa. História do Brasil e - regime militar durou de 1964 até 1985
Moderna e Contemporânea/História do Brasil. Editora Scipione.
- Patrícia Ramos Braick e Myriam Becho Mota. História: das cavernas ao
terceiro milênio: das origens da humanidade à reforma religiosa na Europa. - cinco generais sucederam-se na presidência:
Editora Moderna. Castelo Branco
- Outras páginas da internet.
Costa e Silva
Médici
O GOLPE MILITAR DE 1964 Geisel
Figueiredo
RELEMBRANDO... RAZÕES PARA O GOLPE DE 64 – FINAL DO
GOVERNO JOÃO GOULART As diferenças entre o regime representativo, vigente entre 1945 e
1964, e o regime militar são claras. Quem manda agora não são os
- REFORMAS DE BASE políticos profissionais, nem o Congresso é uma instância decisória
importante. Mandam a alta cúpula militar, os órgãos de informação e
educacional, agrária, tributária, habitacional e bancária repressão, a burocracia técnica do Estado.
(Boris Fausto. História do Brasil. op cit p. 513)
- LEI DE REMESSAS DE LUCROS
limitava as porcentagens de dividendos que as empresas
estrangeiras poderiam enviar para seus países de origem ■ APONTAMENTOS GERAIS
- MOVIMENTOS SOCIAIS NO CAMPO – Ligas Camponesas / - os membros do governo não se mostravam dispostos a dialogar com
Francisco Julião diversos setores da sociedade
movimento surgido no interior de Pernambuco
- os Atos Institucionais (AI)
tiveram o efeito de incentivar a criação de organizações
Ato Institucional conjunto de leis promulgadas pelo governo
semelhantes em todo o Brasil
sem necessidade da aprovação do Congresso Nacional
1962 o presidente Goulart passou a incentivar a
os governos militares foram restringindo as instituições
sindicalização dos trabalhadores rurais assalariados
democráticas
- FORÇAS CONSERVADORAS impuseram censura aos meios de comunicação, como rádio,
televisão, jornais, revistas etc
a ESG, fundada em 1949
muitos brasileiros que se opunham a essa situação foram
o IBAD, fundado no final dos anos 50
perseguidos, exilados, torturados ou mortos pelos órgãos de
IPES, criado em 1961 repressão política
civis e militares se uniram contra o “perigo vermelho”
ou seja, contra as reformas de base, que eram identificadas - abandono do nacionalismo reformista que marcou o último
com as ideias socialista governo de Vargas e o de Goulart
governos militares adotaram um modelo de desenvolvimento
- 13 DE MARÇO NO RIO DE JANEIRO COMÍCIO DA CENTRAL econômico baseado na aliança entre três grandes grupos
DO BRASIL a burocracia técnica estatal (militar e civil)
Goulart anunciava no palanque que havia assinado, pouco os grandes empresários estrangeiros
antes, decretos de expropriação de terras e de encampação de os grandes empresários nacionais
refinarias de petróleo
- modelo econômico caracterizou-se
- as tropas federais entraram em prontidão nos quarteis => a crise pela modernização da economia
agravou-se nos dias seguintes
pela concentração de renda nas classes altas e médias
- 19 DE MARÇO cerca de 500 mil pessoas saíram às ruas em São pela marginalização da classe baixa
Paulo, na MARCHA DA FAMÍLIA COM DEUS PELA LIBERDADE
FIBONACCI 1
MAXWEL – TIAGO – 3ºANO - PREVEST
GOVERNO RANIERI MAZZILLI E O COMANDO SUPREMO suspensão dos direitos políticos de quaisquer cidadãos por
2 de abril de 1964 – 15 de abril de 1964 dez anos
ampliação dos poderes do presidente da República
modificar a Constituição presidente poderia apresentar
INSTALAÇÃO DOS MILITARES NO PODER projetos de lei e emendas constitucionais que deveriam ser
votadas em trinta dias, do contrário seriam aprovadas por decurso de
- por ocasião do golpe político-militar que depôs o presidente João prazo
Goulart
decretar o estado de sítio (suspensão dos direitos e garantias
em 02 de abril de 1964 o presidente da Câmara dos individuais previstos na Constituição Federal) sem aprovação do
Deputados, Ranieri Mazzilli assumiu, mais uma vez, a presidência Congresso
da República
ocupou provisoriamente o cargo de presidente da república - AI 1 instaurou-se o Inquérito Policial Militar (IPM)
mas o controle político do país estava de fato nas mãos dos que possibilitava a perseguição aos adversários do regime
líderes militares
Art. 8º - Os inquéritos e processos visando à apuração da
- o poder de fato passou a ser exercido por uma junta responsabilidade pela prática de crime contra o Estado ou seu
autodenominada Comando Supremo da Revolução patrimônio e a ordem política e social ou de atos de guerra
composta pelo general Artur da Costa e Silva revolucionária poderão ser instaurados individual ou coletivamente.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/ait/ait-01-64.htm
almirante Augusto Rademaker Grünewald
brigadeiro Francisco de Assis Correia de Melo - no segundo dia em que vigorava o AI-1
- o regime instaurado com o golpe de 1964 apresentava-se como o Congresso Nacional foi reunido
uma intervenção militar de caráter provisório sob pressão militar, elegeu para a presidência da república o
que pretendia reinstaurar a ordem social e retomar o marechal Humberto de Alencar Castelo Branco
crescimento econômico a nomeação do general Humberto de Alencar Castello
contendo o avanço do comunismo e da corrupção Branco para a Presidência da República, no período 1964 – janeiro
de 1966
FIBONACCI 2
MAXWEL – TIAGO – 3ºANO - PREVEST
GOVERNO DE CASTELO BRANCO - governo de Castelo Branco foi marcado pela criação de um aparato
15 de abril 1964 a 15 de março de 1967 legal que procurou legitimar o progressivo endurecimento do
regime
Militar, nascido na cidade de Fortaleza, estado do Ceará, em 20 de
- as sucessivas manifestações de oposição ao governo resultaram
setembro de 1897. Teve seu ano de nascimento alterado para 1900,
em
visando obter gratuidade no Colégio Militar de Porto Alegre, onde
estudou. Também cursou a Escola Militar de Realengo, na arma intervenção em sindicatos
da infantaria (1918-1921), a Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais extinção de entidades de representação estudantis
da Armada (1924), a Escola de Aviação Militar (1929), o curso de
Estado-Maior do Exército (EME), onde se invasão de universidades
formou em 1º lugar (1929-1931), a Escola detenções e prisões indiscriminadas
Superior de Guerra francesa (1936-1938), e a para muitos, a saída foi o exílio
Escola de Comando e Estado-Maior dos
Estados Unidos, em Fort Leavenworth, Kansas, - AI-1 e repressão política
por três meses em 1943, no primeiro grupo sobre sindicatos, entidades estudantis (como a UNE – União
brasileiro que para lá foi. Foi preso por dois Nacional dos Estudantes), universidades, jornais, rádios, lideranças
meses por suspeita de participação na Revolta sindicais e ligas camponesas, políticos e opositores...
de 1924. Em 1925, combateu a Coluna Miguel
Costa-Prestes e comandou um deslocamento objetivo silenciar qualquer manifestação contraria ao
que venceu os revoltosos paulistas. Foi adjunto regime instituído
à Missão Militar Francesa (1932), oficial-de- até o fim de 1964 o governo prosseguiu em seus
gabinete do ministro da Guerra, general Eurico Dutra (1940-1941), expurgos, não admitindo a defesa dos acusados
membro do estado-maior especial da 1ª Divisão de Infantaria
as listas sucessivas impuseram punições diversas a cerca de
Expedicionária (DIE) da Força Expedicionária Brasileira (FEB) onde,
3.500 pessoas
como tenente-coronel, chefiou a 3ª Seção de Operações do
entre as quais o ex-presidente Juscelino Kubitschek, que se
Estado-Maior da FEB, e participou dos combates na Itália (1944-
exilou voluntariamente em Paris
1945), durante a Segunda Guerra Mundial, chegando à chefia do
estado-maior da FEB em 1945. Ocupou a diretoria de ensino da centenas de inquéritos policial-militares (IPM) eram
Escola de Estado-Maior (1945-1949), e comandou a 10ª Região instaurados para apurar “as atividades comunistas no Brasil”
Militar, sediada em Fortaleza (1952-1954), e a Escola de Estado-
Maior (1954-1956), que a partir de 1955 passou a se chamar Escola - junho de 1964 foi criado o Serviço Nacional de Informações
de Comando e Estado-Maior do Exército (ECEME). Exerceu em 1954 (SNI)
a sub-chefia do Estado-Maior das Forças Armadas (EMFA), a órgão encarregado das atividades de informação e
diretoria do departamento de estudos da Escola Superior de contrainformação no interesse da segurança nacional
Guerra (1956-1958), o comando militar da Guarnição da Amazônia
e da 8ª Região Militar, sediada em Belém (1958-1960), e a chefia da - instauração, em todo o país, dos Inquéritos Policiais Militares
Diretoria de Ensino e Formação do Exército (1960-1962). (IPMs)
Promovido a general-de-Exército (1962), foi nomeado comandante do
4º Exército, em Recife (1962-1963), e designado chefe do Estado- apoio no Serviço Nacional de Informações (SNI)
Maior do Exército (1963-1964). Foi um dos principais articuladores
do golpe militar de 1964, que depôs o presidente João Goulart. - 17 de julho de 1964 foi aprovada a emenda constitucional no 9
Através de eleição indireta passou a exercer o cargo de presidente prorrogou o mandato de Castelo Branco até 15 de março de
da República em 15 de abril de 1964. Faleceu no Ceará, em 18 de 1967
julho de 1967, em acidente aéreo. seu governo deveria durar cerca de dois anos
http://www.biblioteca.presidencia.gov.br/presidencia/ex-
presidentes/castello-branco/biografia com a justificativa de que as medidas de reestruturação
política e econômica adotadas ou por adotar não se poderiam
- o general Humberto de Alencar Castello Branco concretizar no prazo de vigência do AI-1
chefe do Estado-Maior do Exército o Congresso aprovou por maioria absoluta a prorrogação do
mandato de Castelo Branco até 15 de março de 1967
indicado para a Presidência da República pelos governadores e
setores que apoiaram o golpe as eleições presidenciais foram adiadas para 3 de outubro de
1966
assumiu o governo em 15 de abril de 1964
- Castello Branco pertencia ao chamado "grupo da Sorbonne" Esse adiamento desagradou os civis que haviam apoiado a
oficiais estreitamente ligados à Escola Superior de Guerra (ESG) revolução, os quais, sentindo-se alijados e frustrados em sua
expectativa de participar das eleições no ano seguinte, passaram a
instituição da elite intelectual militar que organizava cursos críticos intransigentes do governo. Nesse grupo destacou-se Carlos
abertos para civis Lacerda, governador do então estado da Guanabara e candidato
virtual da UDN à presidência da República. Essa candidatura foi de
- governo Castelo Branco fato confirmada na convenção nacional do partido, realizada no dia 8
imediatamente reconhecido pelas autoridades governamentais de novembro de 1964.
dos Estados Unidos http://www.fgv.br/cpdoc/acervo/dicionarios/verbete-tematico/atos-
institucionais
contou com o apoio de grandes empresários brasileiros e
diretores de empresas multinacionais
- mantida a eleição direta para governador de estado em 3 de
outubro de 1965
- relações externas – Cuba e EUA
a oposição venceu na Guanabara e Minas Gerais, provocando
uma das primeiras medidas do governo foi o rompimento de uma reação do governo
relações diplomáticas com Cuba
assinalando a mudança de orientação da política externa - clima de perseguições implantado no Brasil gerou inúmeros
brasileira protestos
política externa passaria a buscar apoio econômico, político um movimento de oposição encontrou espaço para ampliar
e militar nos Estados Unidos os debates visando às futuras campanhas para as eleições
municipais de 1966
- os militares...
defendiam a guerra aberta contra o "inimigo interno" –
comunistas e socialistas
acreditavam na necessidade de equipar as Forças Armadas
para que pudessem representar os interesses do novo governo
FIBONACCI 3
MAXWEL – TIAGO – 3ºANO - PREVEST
► NOVOS ATOS INSTITUCIONAIS FORAM PROMULGADOS, 5 de fevereiro de 1966 ATO INSTITUCIONAL 3
AMPLIANDO OS PODERES DO EXECUTIVO:
À NAÇÃO
27 de outubro de 1965 ATO INSTITUCIONAL 2 CONSIDERANDO que o Poder Constituinte da Revolução lhe
é intrínseco, não apenas para institucionalizá-la, mas para
À NAÇÃO assegurar a continuidade da obra a que se propôs, conforme
A Revolução é um movimento que veio da inspiração do povo expresso no Ato Institucional nº 2;
brasileiro para atender às suas aspirações mais legítimas: CONSIDERANDO ser imperiosa a adoção de medidas que não
erradicar uma situação e uni Governo que afundavam o País na permitam se frustrem os superiores objetivos da Revolução;
corrupção e na subversão. CONSIDERANDO a necessidade de preservar a tranqüilidade
No preâmbulo do Ato que iniciou a institucionalização, do e a harmonia política e social do Pais;
movimento de 31 de março de 1964 foi dito que o que houve e CONSIDERANDO que a edição do Ato Institucional nº 2
continuará a haver, não só no espírito e no comportamento das estabeleceu eleições indiretas para Presidente e Vice-Presidente da
classes armadas, mas também na opinião pública nacional, é uma República;
autêntica revolução. E frisou-se que: CONSIDERANDO que é imprescindível se estenda à eleição
a) ela se distingue de outros movimentos armados pelo fato de dos Governadores e Vice-Governo de Estado o processo instituído
que traduz, não o interesse e a vontade de um grupo, mas o para a eleição do Presidente e do Vice-Presidente da República;
interesse e a vontade da Nação; CONSIDERANDO que a instituição do processo de eleições
b) a revolução investe-se, por isso, no exercício do Poder indiretas recomenda a revisão dos prazos de inelegibilidade;
Constituinte, legitimando-se por si mesma; CONSIDERANDO, mais, que é conveniente à segurança
c) edita normas jurídicas sem que nisto seja limitada pela nacional alterar-se o processo de escolha dos Prefeitos dos
normatividade anterior à sua vitória, pois graças à ação das forças Municípios das Capitais de Estado;
armadas e ao apoio inequívoco da Nação, representa o povo e em CONSIDERANDO, por fim, que cumpre fixar-se data para as
seu nome exerce o Poder Constituinte de que o povo é o único eleições a se realizarem no corrente ano.
titular. [...] O Presidente da República, na condição de Chefe do Governo
Art. 1º - A Constituição de 1946 e as Constituições estaduais e da Revolução e Comandante Supremo das Forças Armadas,
respectivas emendas são mantidas com as modificações
constantes deste Ato. [...] Art. 1º - A eleição de Governador e Vice-Governador dos
Art. 9º - A eleição do Presidente e do Vice-Presidente, da Estados far-se-á pela maioria absoluta dos membros da Assembléia
República será realizada pela maioria absoluta dos membros do Legislativa, em sessão pública e votação nominal.
Congresso Nacional, em sessão pública e votação nominal. [...]
Art. 13 - O Presidente da República poderá decretar o estado Art. 4º - Respeitados os mandatos em vigor, serão nomeados
de sítio ou prorrogá-lo pelo prazo máximo de cento e oitenta dias, pelos Governadores de Estado, os Prefeitos dos Municípios das
para prevenir ou reprimir a subversão da ordem interna. Capitais mediante prévio assentimento da Assembléia Legislativa ao
Art. 15 - No interesse de preservar e consolidar a Revolução, o nome proposto
Presidente da República, ouvido o Conselho de Segurança http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/ait/ait-03-66.htm
Nacional, e sem as limitações previstas na Constituição, poderá
suspender os direitos políticos de quaisquer cidadãos pelo - outro pilar na estrutura do regime militar foi a reforma da
prazo de 10 (dez) anos e cassar mandatos legislativos federais, Constituição de 1946, por meio do Ato Institucional número 3
estaduais e municipais. [...] estabeleceu eleições indiretas para governadores dos estados
Art. 16 - A suspensão de direitos políticos, com base neste Ato e
no art. 10 e seu parágrafo único do Ato Institucional, de 9 de abril de indicação dos prefeitos das capitais pelos governadores
1964, além do disposto no art. 337 do Código Eleitoral e no art. 6º da e cidades consideradas áreas de segurança nacional
Lei Orgânica dos Partidos Políticos, acarreta simultaneamente:
[...] - consolida-se a intervenção militar na vida pública
IV - a aplicação, quando necessária à preservação da ordem
política e social, das seguintes medidas de segurança:
a) liberdade vigiada; 7 de dezembro de 1966 ATO INSTITUCIONAL 4
b) proibição de freqüentar determinados lugares;
c) domicílio determinado. [...] CONSIDERANDO que a Constituição Federal de 1946, além
Art. 18 - Ficam extintos os atuais Partidos Políticos e de haver recebido numerosas emendas, já não atende às
cancelados os respectivos registros. exigências nacionais;
[Ver: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/ait/ait-02-65.htm] CONSIDERANDO que se tornou imperioso dar ao País uma
Constituição que, além de uniforme e harmônica, represente a
- instituiu institucionalização dos ideais e princípios da Revolução;
CONSIDERANDO que somente uma nova Constituição poderá
eleições indiretas para a presidência e vice-presidência da
assegurar a continuidade da obra revolucionária;
República
CONSIDERANDO que ao atual Congresso Nacional, que fez a
a extinção dos partidos políticos legislação ordinária da Revolução, deve caber também a elaboração
e o julgamento de civis por tribunais militares da lei constitucional do movimento de 31 de março de 1964;
CONSIDERANDO que o Governo continua a deter os poderes
conferia mais poderes ao presidente para cassar mandatos que lhe foram conferidos pela Revolução;
políticos e direitos políticos O Presidente da República resolve editar o seguinte Ato
Institucional nº 4:
Art. 1º - É convocado o Congresso Nacional para se reunir
■ 20 de novembro de 1965 ATO COMPLEMENTAR NO 4 (AC- extraordinariamente, de 12 de dezembro de 1966 a 24 de janeiro de
4), 1967.
§ 1º - O objeto da convocação extraordinária é a discussão,
- estabeleceu novas regras para a reorganização partidária votação e promulgação do projeto de Constituição apresentado
impôs a formação de somente duas agremiações, que foram pelo Presidente da República. [...]
organizadas no prazo previsto BIPARTIDARISMO Art. 5º - Aprovado projeto pela maioria absoluta será o mesmo
devolvido à Comissão, perante a qual poderão ser apresentadas
- a Aliança Renovadora Nacional (Arena) emendas; se o projeto for rejeitado, encerrar-se-á a sessão
grupo composto por políticos oriundos da UDN, PSD e demais extraordinária. [...]
grupos de direita Art. 8º - No dia 24 de janeiro de 1967 as Mesas da Câmara dos
Deputados e do Senado Federal promulgarão a Constituição,
deveria dar base de sustentação ao regime militar segundo a redação final da Comissão, seja a do projeto com as
emendas aprovadas, ou seja o que tenha sido aprovado de acordo
- o Movimento Democrático Brasileiro (MDB) com o art. 4º, se nenhuma emenda tiver merecido aprovação, ou se
grupo de oposição moderada a votação não tiver sido encerrada até o dia 21 de janeiro.
Ver: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/ait/ait-04-66.htm
composto principalmente por políticos egressos do PTB e
políticos contrários ao regime militar, vindos de outros partidos
FIBONACCI 4
MAXWEL – TIAGO – 3ºANO - PREVEST
- em fins de 1966 o Congresso Nacional foi fechado Movimento político lançado oficialmente em 28 de outubro de 1966
com o objetivo de lutar “pela pacificação política do Brasil, através da
- no início do ano seguinte, foi convocado para aprovar uma nova plena restauração do regime democrático”. Seu principal articulador
Constituição, promulgada em 24 de janeiro de 1967 foi o ex-governador do então estado da Guanabara, Carlos Lacerda,
que, embora tivesse participado do movimento que derrubou o
- impôs o novo texto constitucional ao Congresso presidente João Goulart (“Jango”), em 31 de março de 1964, não
nova Constituição que entrou em vigor em março de 1967 concordava com as medidas políticas e econômicas tomadas pelo
regime militar que então se instalou. Além de Lacerda, a frente contou
deu mais poderes ao Executivo com a participação dos ex-presidentes Juscelino Kubitschek e João
enfraquecimento do Legislativo e do Judiciário Goulart, e de correligionários de ambos.
http://www.fgv.br/cpdoc/acervo/dicionarios/verbete-tematico/frente-
diminuiu a autonomia dos governadores dos estados ampla
■ LEI DE SEGURANÇA NACIONAL – Decreto-Lei nº 314, DE 13 - o Alto Comando Militar escolheu como novo presidente o
DE MARÇO DE 1967 marechal Artur da Costa e Silva, ministro da Guerra
essa escolha foi referendada pelos membros da Arena no
[Ver: https://www2.camara.leg.br/legin/fed/declei/1960-1969/decreto-lei- Congresso Nacional
314-13-marco-1967-366980-publicacaooriginal-1-pe.html]
para registrar seu protesto, os integrantes do MDB retiraram-se
- eliminava os princípios das liberdades civis do local de votação
FIBONACCI 5
MAXWEL – TIAGO – 3ºANO - PREVEST
■ CORREÇÃO MONETÁRIA - setembro de 1966 o governo instituiu o Fundo de Garantia por
Tempo de Serviço (FGTS)
- Lei da Usura segundo a qual ninguém poderia cobrar taxas de “poupança forçada” concebida para compensar o fim da
juros superiores a 12% ao ano estabilidade do trabalhador no emprego
- correção monetária permitia não só a demissão de trabalhadores como também a
contratação de outros com salários mais baixos
tornou-se possível acrescentar à taxa oficial de juros uma
correção, que refletia a inflação do período anterior FGTS entrou como uma nova e polpuda fonte de recursos
FIBONACCI 6
MAXWEL – TIAGO – 3ºANO - PREVEST
provocando a reação até mesmo de antigos aliados do golpe, - o novo presidente, por sua vez, fazia parte da chamada "linha dura"
como Carlos Lacerda do Exército e era defensor do nacionalismo
nas palavras de Lacerda, o ministro Roberto Campos era um discordava da política econômica implantada no governo
homem imparcial, porque estava matando imparcialmente os pobres anterior
e os ricos que primava pela aproximação com os Estados Unidos e com
o capital estrangeiro
- medidas econômicas possibilitou a recuperação da economia
brasileira a partir de 1967 - Costa e Silva demitiu todos os funcionários civis que ocupavam
baseada em uma reforma fiscal e financeira importantes cargos públicos
contribuíram para a queda da inflação mas em um cenário nomeando militares para substituí-los
de recessão as exceções se restringiram ao Ministério da Fazenda e ao do
incentivo a programas de energia elétrica Planejamento
atribuídos respectivamente a Antonio Delfim Netto e Hélio
recuperação do setor de construção civil em função do Beltrão
Sistema Nacional de Habitação
os dois ministros iniciaram um projeto econômico que visava
estímulos a exportação retomar o crescimento sem aumentar a inflação
Militar, nascido na cidade de Taquari, estado do Rio Grande do AGREMIAÇÕES DE EXTREMA DIREITA
Sul, em 3 de outubro de 1899. Estudou no Colégio Militar de Porto
Alegre, na Escola Militar de Realengo, na Escola de Aperfeiçoamento - além do aparato repressivo do Estado, agremiações de extrema
de Oficiais da Armada e na Escola de Estado-Maior do Exército. direita
Integrou o movimento tenentista (1922), participando da Revolta
de 5 de julho tendo sido preso e anistiado. Participou da como o CCC
Revolução de 1930, e em 1932 aliou-se às forças que lutaram contra a TFP
a revolução constitucionalista de São Paulo. Foi diretor da Escola entre outros, perseguiam os opositores da ditadura
de Motomecanização do Exército (1941-1943),
encarregado de organizar a unidade blindada da - CCC – Comando de Caça aos Comunistas
Força Expedicionária Brasileira (FEB) em 1943,
comandante do 9º Regimento de Infantaria grupos paramilitares
sediado em Pelotas (1946-1948), chefe do
estado-maior da 3ª Região Militar (RM) com - TFP – sigla pela qual ficou conhecida a Sociedade Brasileira de
sede em Porto Alegre (1948-1949), e adido Defesa da Tradição, Família e Propriedade
militar junto à embaixada do Brasil na Argentina entidade civil fundada em 1960 por Plínio Corrêa de Oliveira
(1950-1952). Comandou o Núcleo de Divisão
de caráter conservador, tinha como metas principais combater
Blindada no Rio de Janeiro (1952-1954), a 2ª
as ideias socialistas e defender os valores cristãos
Brigada de Infantaria em Caçapava (1954-
1955), a 3ª RM (1957-1959), e a 2ª Divisão de
Infantaria em São Paulo (1959-1961). RESISTÊNCIAS
Promovido a general-de-divisão (1961), assumiu o comando do IV
Exército, em Recife (1961-1962). Chefiou ainda o Departamento - os dois primeiros anos do governo Costa e Silva foram de intensa
Geral de Pessoal do Exército, no Rio de Janeiro (1962-1963), e o atividade política
Departamento de Produção e Obras (1963-1964). Foi um dos
principais articuladores do golpe de 1964, que depôs o pois crescia o movimento de oposição ao regime militar
presidente João Goulart, e integrou o Comando Supremo da
Revolução, ao lado do brigadeiro Correia de Melo e do almirante - o general Arthur da Costa e Silva foi recebido na Presidência com
Augusto Rademaker. Ministro da Guerra durante o governo forte movimento de resistência civil
Castelo Branco (1964-1966), desincompatibilizou-se do cargo para
- durante o governo Costa e Silva, apesar da violenta repressão
candidatar-se às eleições indiretas na legenda da Arena. Em 3 de
policial aumentaram no país as manifestações públicas
outubro de 1966, Costa e Silva e Pedro Aleixo foram eleitos,
contrárias à ditadura militar
respectivamente, presidente e vice-presidente pelo Congresso
Nacional, com a abstenção de toda a bancada do MDB, partido - em 1967 descoberto o foco de guerrilha rural na serra de
oposicionista. Em 15 de março de 1967 foi empossado na Caparaó, Minas Gerais
presidência, e em agosto de 1969 afastou-se do cargo em virtude de
uma trombose cerebral, sendo substituído por uma junta militar. - o ano de 1968 marcado pela intensificação dos protestos e a
Faleceu no Rio de Janeiro, em 17 de dezembro de 1969. imediata reação do governo
http://www.biblioteca.presidencia.gov.br/presidencia/ex-
presidentes/costa-silva/biografia o ambiente político tornou-se ainda mais tenso
- o general Arthur da Costa e Silva teve como vice-presidente o ex- - 5 de abril de 1968 o governo proibiu a Frente Ampla
udenista Pedro Aleixo tornando ilegal suas reuniões, manifestações e publicações
um dos responsáveis pelo Manifesto dos Mineiros de 1943, con-
tra a ditadura varguista
FIBONACCI 7
MAXWEL – TIAGO – 3ºANO - PREVEST
- operários organizaram greves contra o arrocho salarial - os estudantes passaram a utilizar a tática dos comícios-
relâmpagos
- no movimento trabalhista ocorreram duas importantes greves
16 de abril de 1968 – greve em Contagem (MG) - na medida, porém, em que esses comícios foram sendo bem-
sucedidos organizaram grandes passeatas
16 de julho de 1968 – greve em Osasco (SP)
principalmente no Rio de Janeiro
com a intervenção do governo no sindicato dos metalúrgicos
desta cidade ganharam nova dimensão com a morte do estudante
secundarista Edson Luís
- ano de 1968 marcado pela rearticulação do movimento em conflito com a Polícia Militar no Rio de Janeiro
estudantil em torno da União Nacional dos Estudantes (UNE)
- 28 de março de 1968 manifestação em que se reclamava do
preço e da qualidade da comida servida no restaurante "Calabouço"
"[...] 1968 iniciou no Brasil com manifestações de estudantes.
Por um lado, eles reivindicavam ensino público e gratuito para restaurante destinado a alimentar estudantes sem recursos
todos, uma reforma que democratizasse o ensino superior e a Polícia Militar chegou atirando e matou Edson Luís Lima
melhorasse sua qualidade, com maior participação estudantil nas Souto, um jovem de 16 anos
decisões, mais verbas para pesquisa – voltada para resolver os
problemas econômicos e sociais do Brasil. Por outro lado, os - o assassinato do jovem estudante causou indignação geral
estudantes contestavam a ditadura e o cerceamento às liberdades abalando a opinião pública
democráticas. Naquela época, a maioria dos universitários estudava
em escolas públicas e o acesso ao ensino superior era bem mais seu sepultamento reuniu milhares de pessoas
restrito que nos dias de hoje, havendo uma demanda muito maior que em um ato de solidariedade, os presentes no cemitério ouviram
a oferta de vagas. [...]” o juramento dos estudantes: "Neste luto, a luta começou"
[...] Essas reivindicações específicas associavam-se à luta mais
geral contra a política educacional e contra a própria ditadura. - 29 de março de 1968 – enterro de Edson Luís
[...]" ao todo 60 mil pessoas foram ao enterro de Edson Luís
RIDENTI, Marcelo. 1968: "Rebeliões e utopias". In: O século XX - o
tempo das dúvidas.Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2000. p. 150. seguem-se manifestações e protestos em várias cidades do
país
- as manifestações estudantis aumentando-se o protesto estudantil contra o regime que já
vinha acontecendo desde 1966
denunciavam a falta de verbas para educação
exigiam mais vagas nas universidades e a melhoria na - após a morte de Édson Luís as passeatas multiplicaram-se por
qualidade do ensino todas as capitais
opunham-se ao projeto de privatização do ensino público
- a sequência de manifestações violentamente reprimidas em
protestavam contra o acordo MEC-Usaid todo o país terminou por despertar a indignação das classes
tentativa de introduzir o pagamento de mensalidades nas médias
universidades públicas
- 30 de março de 1968 – repressão às passeatas
MEC-USAID
o Ministro da Justiça determina que as passeatas estudantis
sejam proibidas e reprimidas
Série de acordos produzidos, nos anos 1960, entre o
Ministério da Educação brasileiro (MEC) e a United States
- 4 de abril de 1968 – - a missa de sétimo dia da morte do estudante
Agency for International Development (USAID). Visavam
estabelecer convênios de assistência técnica e cooperação as missas celebradas para Edson Luís na Igreja da Candelária,
financeira à educação brasileira. no Rio são reprimidas violentamente
Tinham o objetivo de implantar o modelo norte americano nas a cavalaria da Polícia Militar invadiu a Igreja da Candelária
universidades brasileiras através de uma profunda reforma
universitária. realizada na igreja da Candelária, no Rio de Janeiro
Segundo estudiosos, pelo acordo MEC/USAID, o ensino superior reuniu mais de 30.000 pessoas
exerceria um papel estratégico porque caberia a ele forjar o novo
quadro técnico que desse conta do novo projeto econômico
brasileiro, alinhado com a política norte-americana. Além disso,
visava a contratação de assessores americanos para auxiliar nas
reformas da educação pública, em todos os níveis de ensino.
Os MEC-USAID inseriam-se num contexto histórico fortemente
marcado pelo tecnicismo educacional da teoria do capital
humano, isto é, pela concepção de educação como pressuposto
do desenvolvimento econômico. Nesse contexto, a “ajuda
externa” para a educação tinha por objetivo fornecer as diretrizes
políticas e técnicas para uma reorientação do sistema educacional
brasileiro, à luz das necessidades do desenvolvimento capitalista
internacional.
Os técnicos norte-americanos que aqui desembarcaram, muito
mais do que preocupados com a educação brasileira, estavam
ocupados em garantir a adequação de tal sistema de ensino aos
desígnios da economia internacional, sobretudo aos interesses
das grandes corporações norte-americanas. Manifestantes protestam contra a morte do estudante Edson Luís Lima
A discordância com os acordos MEC/USAID se tornaria na
época a principal reivindicação do movimento estudantil, cujas - 26 de junho de 1968 - Passeata dos Cem Mil
organizações foram em seguida colocadas na clandestinidade.
Alguns setores acreditavam que o convênio com os Estados Unidos o descontentamento popular com o regime militar chegou ao
levaria à privatização do ensino no Brasil. auge na Passeata dos Cem Mil
Diante da violenta oposição levantada nos meios intelectuais e mais de 100 mil pessoas saem às ruas do Rio de Janeiro
estudantis contra os acordos MEC/USAID, o governo criou, em 1968, contra a violência policial
um Grupo de Trabalho encarregado de estudar a reforma e em defesa da democracia
propor um outro modelo. reuniu estudantes, políticos, artistas, intelectuais, sindicalistas,
populares e setores mais progressistas da Igreja Católica
a força da manifestação inibiu a ação da polícia
FIBONACCI 8
MAXWEL – TIAGO – 3ºANO - PREVEST
- crescimento da oposição ao governo levou o aparato político- - setembro de 1968 o deputado Márcio Moreira Alves, do MDB,
militar discursou no Congresso Nacional
os grupos paramilitares de extrema direita a se tornarem responsabilizando os militares pelas violências praticadas
mais violentos contra os estudantes
conclamando os jovens a não participarem da Parada
- 18 de julho de 1968 - Teatro Galpão depredado Militar do Dia 7 de setembro
o teatro onde era encenada a peça “Roda Vida”, de Chico foi considerada, pelo governo, ofensivo à honra e à dignidade
Buarque de Holanda, é depredado das Forças Armadas
os militantes espancaram atores e o público que assistia Roda
Viva, de Chico Buarque de Holanda DEPOIMENTO DO DEPUTADO MÁRCIO MOREIRA ALVES
o teatro Galpão foi invadido e depredado pelo CCC [Comando SOBRE O AI-5
de Caça aos Comunistas]
“Um dos meus discursos, denunciando as brutalidades praticadas
dá-se início a uma onda de violência contra os teatros no por militares na Universidade de Brasília, serviu de pretexto ao Ato
Brasil Institucional número 5. Acusado de ofender as Forças Armadas, fui
processado pela Lei de Segurança Nacional. O processo só poderia
- 12 de outubro de 1968 - 30º Congresso da UNE em Ibiúna (SP) caminhar caso as minhas imunidades parlamentares fossem
a polícia descobre o local do Congresso clandestino da UNE suspensas, o que dependia do consentimento da Câmara dos
invade o sítio de surpresa Deputados. Esse consentimento foi recusado, como era previsível, de
descoberto, resultou na prisão dos líderes estudantis vez que o Parlamento era e sempre havia de ser o campo privilegiado
prende 920 estudantes de ação política das classes dominantes. No dia seguinte, o
Congresso era fechado, as últimas garantias constitucionais dos
a partir daí, a parte do movimento estudantil que defendia a luta brasileiros eram abolidas. Começava a ditadura sem máscaras.”
armada, paradoxalmente, sai fortalecida, em detrimento daqueles ALVES, Márcio Moreira. Depoimento. In: Memórias do exílio: Brasil 1964-
que queriam priorizar ações políticas de massa 19??.São Paulo: Livramento, 1978. p. 56.
- políticos de oposição fizeram pronunciamentos atacando a - o governo encaminhou ao Congresso Nacional um pedido de
violência da ditadura autorização para processar Márcio Moreira Alves suspendendo
sua imunidade parlamentar
- padres progressistas discursaram sobre a fome do povo e a
antes disso, alterou a composição da Comissão de Justiça
tortura praticada por órgãos de segurança contra os adversários da
ditadura garantindo a maioria da Arena
a estratégia surtiu efeito a Comissão deu licença para punir
- canções de protesto: um estilo na música popular brasileira o parlamentar
muitos intelectuais e artistas (dramaturgos, atores, professores, resultou no pedido de cassação de seu mandato pelo
jornalistas, músicos) governo
procuraram utilizar seus espaços de atuação para protestar contudo, no plenário os deputados rejeitaram a sentença
contra o autoritarismo do regime por 216 votos contra 141
temendo a reação do governo Márcio Moreira Alves decidiu
- cantor e compositor Geraldo Vandré
exilar-se
no III Festival Internacional da Canção, realizado no Rio de
Janeiro, em 1968, apresentou a música Pra não dizer que não falei
das flores 13 de dezembro de 1968 – ATO INSTITUCIONAL 5
a música foi classificada em segundo lugar no festival
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL,
posteriormente, considerada "subversiva" pelos militares
ouvido o Conselho de Segurança Nacional, e
conquistando o público jovem, principalmente os estudantes
universitários, a canção de Vandré difundiu-se pelo país e tornou-se CONSIDERANDO que a Revolução Brasileira de 31 de março
um hino de contestação à ditadura de 1964 teve, conforme decorre dos Atos com os quais se
institucionalizou, fundamentos e propósitos que visavam a dar ao
Pra não dizer que não falei das flores - Geraldo Vandré País um regime que, atendendo às exigências de um sistema jurídico
e político, assegurasse autêntica ordem democrática, baseada na
Caminhando e cantando e seguindo a canção liberdade, no respeito à dignidade da pessoa humana, no
Somos todos iguais, braços dados ou não combate à subversão e às ideologias contrárias às tradições de
Nas escolas, nas ruas, campos, construções nosso povo, na luta contra a corrupção, buscando, deste modo, "os
Caminhando e cantando e seguindo a canção meios indispensáveis à obra de reconstrução econômica,
Vem, vamos embora que esperar não é saber financeira, política e moral do Brasil, de maneira a poder enfrentar,
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer de modo direito e imediato, os graves e urgentes problemas de que
Pelos campos há fome em grandes plantações depende a restauração da ordem interna e do prestígio internacional
Pelas ruas marchando indecisos cordões da nossa pátria" (Preâmbulo do Ato Institucional nº 1, de 9 de abril de
Ainda fazem da flor seu mais forte refrão 1964);
E acreditam nas flores vencendo o canhão CONSIDERANDO que o Governo da República, responsável
Há soldados armados, amados ou não pela execução daqueles objetivos e pela ordem e segurança internas,
Quase todos perdidos de armas na mão não só não pode permitir que pessoas ou grupos
Nos quartéis lhes ensinam antigas lições antirrevolucionários contra ela trabalhem, tramem ou ajam, sob
De morrer pela pátria e viver sem razões pena de estar faltando a compromissos que assumiu com o povo
Nas escolas, nas ruas, campos, construções brasileiro, bem como porque o Poder Revolucionário, ao editar o Ato
Somos todos soldados armados ou não Institucional nº 2, afirmou, categoricamente, que "não se disse que a
Caminhando e cantando e seguindo a canção Revolução foi, mas que é e continuará" e, portanto, o processo
Somos todos iguais, braços dados ou não revolucionário em desenvolvimento não pode ser detido;
Os amores na mente, as flores no chão CONSIDERANDO que esse mesmo Poder Revolucionário,
A certeza na frente, a história na mão exercido pelo Presidente da República, ao convocar o Congresso
Aprendendo e ensinando uma nova lição Nacional para discutir, votar e promulgar a nova Constituição,
Caminhando e cantando e seguindo a canção estabeleceu que esta, além de representar "a institucionalização dos
ideais e princípios da Revolução", deveria "assegurar a
continuidade da obra revolucionária";
CONSIDERANDO, no entanto, que atos nitidamente
subversivos, oriundos dos mais distintos setores políticos e culturais,
comprovam que os instrumentos jurídicos, que a Revolução
vitoriosa outorgou à Nação para sua defesa, desenvolvimento e
FIBONACCI 9
MAXWEL – TIAGO – 3ºANO - PREVEST
bem-estar de seu povo, estão servindo de meios para combatê-la e Art. 10 - Fica suspensa a garantia de habeas corpus, nos
destruí-la; casos de crimes políticos, contra a segurança nacional, a ordem
CONSIDERANDO que, assim, se torna imperiosa a adoção de econômica e social e a economia popular.
medidas que impeçam sejam frustrados os ideais superiores da Art. 11 - Excluem-se de qualquer apreciação judicial todos
Revolução, preservando a ordem, a segurança, a tranquilidade, os atos praticados de acordo com este Ato institucional e seus
o desenvolvimento econômico e cultural e a harmonia política e Atos Complementares, bem como os respectivos efeitos.
social do País comprometidos por processos subversivos e de guerra Art. 12 - O presente Ato Institucional entra em vigor nesta data,
revolucionária; revogadas as disposições em contrário.
CONSIDERANDO que todos esses fatos perturbadores da http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/ait/ait-05-68.htm
ordem são contrários aos ideais e à consolidação do Movimento
de março de 1964, obrigando os que por ele se responsabilizaram e - a intensificação das manifestações contra o regime militar
juraram defendê-lo, a adotarem as providências necessárias, que
evitem sua destruição, - a derrota do governo no episódio Moreira Alves
Resolve editar o seguinte
ATO INSTITUCIONAL - a resposta do governo veio numa sexta-feira, 13 de dezembro
Art. 1º - São mantidas a Constituição de 24 de janeiro de 1967 e promulgação do Ato Institucional nº 5 (AI-5)
as Constituições estaduais, com as modificações constantes deste iniciou-se o momento mais duro do regime
Ato Institucional.
Art. 2º - O Presidente da República poderá decretar o recesso deu-se ainda mais poder aos militares
do Congresso Nacional, das Assembleias Legislativas e das Câmaras para punir arbitrariamente os que fossem considerados
de Vereadores, por Ato Complementar, em estado de sitio ou fora inimigos
dele, só voltando os mesmos a funcionar quando convocados pelo poderes excepcionais ao presidente para perseguir e
Presidente da República. reprimir as oposições
§ 1º - Decretado o recesso parlamentar, o Poder Executivo
para fechar o Congresso, assembleias estaduais e
correspondente fica autorizado a legislar em todas as matérias e
municipais
exercer as atribuições previstas nas Constituições ou na Lei Orgânica
dos Municípios. [...] intervir nos estados e municípios
Art. 3º - O Presidente da República, no interesse nacional, a suspensão dos direitos políticos e garantias constitucionais
poderá decretar a intervenção nos Estados e Municípios, sem as cassar mandatos de deputados e senadores
limitações previstas na Constituição.
Parágrafo único - Os interventores nos Estados e Municípios suspender direitos políticos por 10 anos
serão nomeados pelo Presidente da República e exercerão todas decretar a censura prévia
as funções e atribuições que caibam, respectivamente, aos demitir, remover, aposentar ou pôr em disponibilidade
Governadores ou Prefeitos, e gozarão das prerrogativas, funcionários públicos e juízes
vencimentos e vantagens fixados em lei.
Art. 4º - No interesse de preservar a Revolução, o Presidente podia decretar o estado de sítio e confiscar bens como
da República, ouvido o Conselho de Segurança Nacional, e sem as punição por corrupção
limitações previstas na Constituição, poderá suspender os o governo também passou a ter o poder de suspender o
direitos políticos de quaisquer cidadãos pelo prazo de 10 anos e direito de habeas corpus em caso de crimes contra a Segurança do
cassar mandatos eletivos federais, estaduais e municipais. Estado
Parágrafo único - Aos membros dos Legislativos federal, declarado inválido para crimes políticos
estaduais e municipais, que tiverem seus mandatos cassados, não para crimes ditos contra a Segurança Nacional
serão dados substitutos, determinando-se o quórum parlamentar em
de efetuar o julgamento de crimes políticos por tribunais
função dos lugares efetivamente preenchidos.
militares, sem recurso para os réus
Art. 5º - A suspensão dos direitos políticos, com base neste
Ato, importa, simultaneamente, em: estabelecer inquéritos policiais-militares sigilosos
I - cessação de privilégio de foro por prerrogativa de função; isso permitia ao aparelho repressivo prender qualquer
II - suspensão do direito de votar e de ser votado nas eleições cidadão
sindicais; sem que este pudesse se livrar da arbitrariedade do Estado
III - proibição de atividades ou manifestação sobre assunto
de natureza política; - o Congresso Nacional fechado por tempo indeterminado
IV - aplicação, quando necessária, das seguintes medidas de o fechamento do Congresso foi acompanhado pela cassação de
segurança: diversos parlamentares
a) liberdade vigiada;
b) proibição de frequentar determinados lugares; - a repressão policial e militar efetuou
c) domicílio determinado, inúmeras prisões
§ 1º - O ato que decretar a suspensão dos direitos políticos
poderá fixar restrições ou proibições relativamente ao exercício de - tamanho era o poder do presidente, que
quaisquer outros direitos públicos ou privados. [...] seus atos praticados de acordo com o AI-5
Art. 6º - Ficam suspensas as garantias constitucionais ou não podiam sequer ser submetidos ao
legais de: vitaliciedade, inamovibilidade e estabilidade, bem como a exame do Judiciário
de exercício em funções por prazo certo.
§ 1º - O Presidente da República poderá mediante decreto, - utilizando o AI-5, o governo Costa e Silva
demitir, remover, aposentar ou pôr em disponibilidade quaisquer prendeu milhares de pessoas em todo o
titulares das garantias referidas neste artigo, assim como empregado país
de autarquias, empresas públicas ou sociedades de economia mista,
e demitir, transferir para a reserva ou reformar militares ou entre elas Carlos Lacerda, o
membros das polícias militares, assegurados, quando for o caso, marechal Lott e Juscelino
os vencimentos e vantagens proporcionais ao tempo de serviço. [...] cassou o mandato de centenas de
Art. 7º - O Presidente da República, em qualquer dos casos deputados federais e estaduais, vereadores
previstos na Constituição, poderá decretar o estado de sítio e e prefeitos
prorrogá-lo, fixando o respectivo prazo. além de ter afastado quatro ministros
Art. 8º - O Presidente da República poderá, após investigação, do Supremo Tribunal Federal
decretar o confisco de bens de todos quantos tenham
enriquecido, ilicitamente, no exercício de cargo ou função pública,
inclusive de autarquias, empresas públicas e sociedades de
economia mista, sem prejuízo das sanções penais cabíveis.
Parágrafo único - Provada a legitimidade da aquisição dos bens,
far-se-á sua restituição.
Art. 9º - O Presidente da República poderá baixar Atos
Complementares para a execução deste Ato Institucional, bem
como adotar, se necessário à defesa da Revolução, as medidas
previstas nas alíneas de e do § 2º do art. 152 da Constituição.
FIBONACCI 10
MAXWEL – TIAGO – 3ºANO - PREVEST
GUERRILHAS URBANAS pretendiam publicar para a DCDP, em Brasília. Estava formalizada e
instituída a restrição à liberdade de expressão.
- ocorrência das primeiras ações da guerrilha urbana em São
Paulo
com a explosão de uma bomba no consulado americano COSTA E SILVA É AFASTADO DO CARGO
o assalto a um trem pagador em Jundiaí - 29 de agosto de 1969 Costa e Silva foi afastado do cargo por
e o roubo de armas do hospital militar do Cambuci motivos de saúde
fato inesperado o presidente general Costa e Silva foi
acometido por um acidente vascular cerebral
APARATO REPRESSIVO DO ESTADO
é afastado da Presidência
- o aparato repressivo do Estado se completava com os seu vice-presidente civil, Pedro Aleixo é impedido de
DEPARTAMENTOS DE ORDEM POLÍTICA E SOCIAL (DOPS) tomar posse
criado nos tempo de Getúlio Vargas o vice-presidente também foi afastado
entre outras razões, por ter sido o único integrante da equipe
centralizavam as ações das secretarias estaduais de segurança de Costa e Silva que se negou a assinar o AI-5
e eram subordinados ao SERVIÇO NACIONAL DE INFORMAÇÕES
(SNI) Costa e Silva falece em dezembro
O DOPS atuava nos Estados desde o final da década de 1940 a - 31 de agosto a 30 de outubro de 1969 – o Brasil passa a ser
1969, possuía as Delegacias de Ordem Política, de Ordem Social, governado por uma Junta Militar
de Estrangeiros, de Ordem Econômica, de Armas e Explosivos a Junta Militar é composta pelos ministros
e, também, o Serviço Secreto. Aurélio de Lira Tavares (Exército)
Augusto Rademaker (Marinha)
Sua função era investigar os movimentos sociais e políticos e Márcio de Souza e Melo (Aeronáutica)
da vigilância política de estrangeiros e dos cidadãos, sendo a Junta Militar que assumiu o governo durante a doença do
responsável pela emissão de “Atestado de Antecedentes Políticos e presidente permaneceu no mandato até a realização de novas
Sociais”, mais conhecido como “Atestado Ideológico”, àqueles que eleições
não tinham fichas no órgão para ser apresentado em
contratações trabalhistas.
SEQUESTRO DO EMBAIXADOR NORTE-AMERICANO
A partir de 1964, foi acrescentada a estas funções originais a
demanda por se investigar as ações dos movimentos estudantis - 4 de setembro de 1969 – sequestro do embaixador norte-
e das organizações clandestinas. americano Charles Burke Elbrick
- 1º de julho de 1969 surge a Operação Bandeirante (Oban) - Guerrilheiros do MR-8 e da ALN sequestram, no Rio, o
a Oban operativo policial-militar de combate à luta armada embaixador dos EUA no Brasil
sistematiza os métodos ilegais de repressão
- em troca conseguem a libertação de 15 presos políticos que
sequestro
são enviados ao México
tortura
execução dos opositores
"O feito mais espetacular da luta armada seria o sequestro do
dessa forma, combinando a ação do Exército e das polícias no embaixador americano, no dia 4 de setembro de 1969. Tratava-se
combate à guerrilha criou-se a Operação Bandeirantes (OBAN) de uma ofensiva inédita; nunca um diplomata dos Estados Unidos em
órgão financiado por empresários qualquer parte do mundo fora sequestrado. A ação planejada e
executada pelos membros da ALN e do MR-8 foi eficiente, apesar de
Observe os trechos que se seguem. Eles retratam a ação dos os militantes quase terem abordado, por engano, o embaixador de
grupos de repressão que atuaram durante o regime militar. Portugal, 'íamos nos enganar de século' escreveu Fernando
Gabeira, um dos autores do sequestro, em O que é isso
"[...] A assistente social Ilda Brandle Siegl, de 26 anos, declarou companheiro?, numa bem-humorada referência aos dois países que
em seu depoimento no Rio, em 1970: [...] que disseram a ela que a influenciaram o Brasil em épocas diferentes. Charles Elbrick foi
tortura ali era científica, não deixava marca; que foi espancada e levado a uma casa num bairro do Rio, onde permaneceu três dias no
despiram a depoente e provocaram choques elétricos; que, enquanto cativeiro.
um aplicava choque, o Dr. Mimoso abanava a depoente para que a A polícia logo descobriu o local, mas não agiu, temendo a
mesma não desmaiasse; que havia pausa a critério médico; que repercussão internacional da possível morte do diplomata. Os
aplicaram choques nos seios, no umbigo e na parte interna das coxas; sequestradores conseguiram o que queriam: o rádio e a televisão
que, após, foi jogada numa cadeira, já que não podia ficar de pé [...]. divulgaram um manifesto revolucionário denunciando a ditadura
[...] a estudante Iná de Souza Medeiros, de 21 anos, contou ao militar e, no dia 7 de setembro, o embaixador foi solto em troca da
Conselho de Justiça: [...] que, após, trouxeram Milton despido, libertação de quinze prisioneiros políticos, embarcados rumo ao
pendurado no pau-de-arara, para que a declarante visse o seu estado México. Entre eles, os principais líderes estudantis: Palmeira,
e dizendo que, com ela, fariam a mesma coisa e, constantemente, os Travassos e Zé Dirceu."
torturadores proferiam nomes contra Milton e a declarante; [...] que PILAGALLO, Oscar. O Brasil em sobressalto: 80 anos de história
essas moças levaram ferro na unha, choque elétrico e tentativa de contada pela Folha. São Paulo: PubliFolha, 2002.
afogamento que consistia em tapar o nariz da pessoa e jogar água
em cima [...]."
Arquidiocese de São Paulo. Brasil: nunca mais. Petrópolis: Vozes, 1985 MÉDICI, ELEITO
- Divisão de Censura do Departamento de Polícia Federal - 15 de outubro de 1969 – Médici, mais um general-presidente eleito
indiretamente
Após o AI-5, foi feita a regulamentação da Divisão de Censura reconhecendo a impossibilidade de Costa e Silva reassumir a
do Departamento de Polícia Federal –DCDP, subordinada à Polícia presidência
Federal e esta ao Ministério da Justiça, para que pudesse atuar sobre a Junta Militar indicou e a Arena referendou como seu
o controle da imprensa (já havia sido anteriormente regulamentado sucessor o GENERAL EMÍLIO GARRASTAZU MÉDICI
pela Lei nº 5.250, de 9 de fevereiro de 1967 – a Lei de Imprensa).
o Congresso foi reaberto depois de dez meses da edição
do AI-5
O Decreto-Lei nº 1.077, de 21 de janeiro de 1970 instituiu a
não mais o compunham os deputados federais cassados pelo
censura prévia, exercida de dois modos: ou uma equipe de
AI-5
censores instalava-se permanentemente na redação dos jornais e
das revistas, para decidir o que poderia ou não ser publicado, ou os general Emílio Garrastazu Médici é eleito presidente da
veículos eram obrigados a enviar antecipadamente o que República pelo Congresso
FIBONACCI 11
MAXWEL – TIAGO – 3ºANO - PREVEST
ÁREA ECONÔMICA - 1968 – implementação do PED marcado por crescimento
expressivo
- Delfim Netto nomeado ministro da Fazenda pelo recém como um todo – produção cresceu 9,8% em 1968, índice que
empossado Costa e Silva não se via desde 1959, no auge do Plano de Metas
- PED – Plano Estratégico de Desenvolvimento - na área econômica, o período foi de crescimento
propostas dirigidas por Delfim Netto + Hélio Beltrão – ministro conciliando expansão industrial
do Planejamento
facilidade de crédito
apresentadas em julho de 1967 com vistas à aplicação no
biênio 68-70 política salarial contencionista
controle da inflação em torno de 23% ao ano
- período de execução do PED ainda não estava terminado agosto
de 1969 afastamento de Costa e Silva da presidência - a insatisfação dos trabalhadores foi um dos pontos dificultosos
devido a um derrame enfrentados na gestão de Costa e Silva
- Junta Provisória – assumiu o governo - iniciava-se então o período que ficou conhecido como "MILAGRE
ECONÔMICO BRASILEIRO"
editou o Programa de Metas e Bases de Ação
O conjunto de planos formado pelo PED, pelo Programa de Metas e Militar, nascido na cidade de Bagé, estado do Rio Grande do Sul,
Bases de Ação, pelo I PND e, mais tarde, pelo II PND, marca o em 4 de dezembro de 1905. Estudou no Colégio Militar de Porto
apogeu no Brasil do chamado dirigismo estatal, isto é, uma linha de Alegre (1918-1922), na Escola Militar de Realengo (1924-1927), e na
pensamento segundo a qual era possível, e mesmo desejável, a ação Escola de Armas, atual Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais (1939),
do Estado no sentido de planificar centralmente as atividades onde retornou como auxiliar instrutor (1940). Tenente do 12º
econômicas do país. Regimento de Cavalaria, em Bagé, apoiou a
Revolução de 1930 e, em 1932, aliou-se às forças
que lutaram contra a Revolução
■ EXPANSÃO FISCAL E MONETÁRIA Constitucionalista de São Paulo. Concluiu o curso
de Estado-Maior em 1944. Foi comandante do
- PAEG focalizava a inflação de demanda Centro de Preparação de Oficiais da Reserva
impunha (CPOR) de Porto Alegre (1953-1957); chefe do
contenção do déficit público Estado-Maior do comandante da 3ª Região
contração da moeda Militar, Artur da Costa e Silva (1957-1960);
compressão salarial subcomandante da Academia Militar das Agulhas
Negras (AMAN), entre 1960 e 1961; e comandante da 4ª Divisão de
- Delfim Netto – argumentações Cavalaria, sediada em Campo Grande (1961-1963). Comandante da
AMAN (1963-1964), apoiou o golpe de 1964 que depôs o presidente
definia que inflação relativamente alta – que persistiam em 1967 João Goulart. Nomeado adido militar em Washington (1964-1966),
não poderiam ser atribuídas ao lado da demanda exerceu também a função de delegado brasileiro na Junta
o déficit público – caíra de 4,2% do PIB em 1963 para 1,1% em Interamericana de Defesa Brasil-Estados Unidos. Foi chefe do
1966 Serviço Nacional de Informações (SNI) em 1967 e comandante do III
Exército, no Rio Grande do Sul, em 1969. Com o afastamento de
as empresas à beira da falência por falta de crédito
Costa e Silva, teve seu nome indicado pelo Alto Comando do Exército
à sucessão presidencial. Através de eleição indireta, passou a
- Delfim Netto das causas da inflação alto custo do crédito que
exercer o cargo de presidente da República em 30 de outubro de
as empresas repassavam aos produtos finais
1969. Faleceu no Rio de Janeiro, em 9 de outubro de 1985.
solução “abrir a torneira” dos empréstimos nos bancos http://www.biblioteca.presidencia.gov.br/presidencia/ex-
públicos ao mesmo tempo forçar os bancos privados presidentes/emilio-medici/biografia
baixando a taxa de juros
▼
resultado = aumento na oferta de crédito PERSEGUIÇÃO E TORTURA
- oferta de crédito também com o objetivo de estimular o - governo Médici período conhecido como "anos de chumbo"
crescimento
- com a posse do presidente Médici, entrava também em vigor a
- governo Costa e Silva oferta de moeda na economia se expandiu emenda constitucional nº 1 que se denominou "Constituição da
República Federativa do Brasil"
abandono do contracionismo do PAEG
incorporou as medidas de exceção previstas no ato institucional
- evitar possível efeito inflacionário oferta de crédito e de moeda nº 5 (AI-5)
solução heterodoxa controle de preços - o poder ditatorial e a violência repressiva contra as oposições
estabelecimento da Comissão Interministerial de Preços (CIP) foram ainda maiores
FIBONACCI 12
MAXWEL – TIAGO – 3ºANO - PREVEST
- o governo militar procurava esconder da maioria da população o - milhares de pessoas acusadas de "subversão" foram torturadas e
violento combate que movia contra os grupos democráticos centenas foram mortas em todo o país
grupos democráticos de diversas tendências políticas:
liberais, socialistas e comunistas - em resposta à radicalização das organizações armadas de esquerda
o governo transferiu o comando das operações repressivas
- alguns desses grupos lançaram-se à luta armada, promovendo para a recém-criada Operação Bandeirantes (Oban), em São Paulo
diversas ações de guerrilha que passou a se chamar Comando de Operações de Defesa
como assaltos a bancos em busca de dinheiro para financiar a Interna (CODI)
luta política e coordenava as atividades dos Departamentos de Operações
sequestros de diplomatas estrangeiros e Informações (DOIs)
para trocá-los por companheiros presos e torturados nos
porões dos órgãos de segurança - no Exército foram criados o DESTACAMENTO DE OPERAÇÕES E
INFORMAÇÕES e o CENTRO DE OPERAÇÕES DE DEFESA
- dois líderes guerrilheiros desse período foram mortos e seus INTERNA
grupos, dominados pelos órgãos da repressão militar mais conhecido pela sigla DOI-CODI
o ex-deputado comunista Carlos Marighella e o ex-capitão intricado aparelho repressivo foi responsável pelo
Carlos Lamarca desaparecimento, morte e tortura de centenas de cidadãos
brasileiros
- Carlos Marighella
Filho de um imigrante italiano e uma baiana descendente de Em desdobramento da Operação Bandeirantes (Oban), surgida
escravos, Carlos Marighella nasceu a 5 de novembro de 1911 em em São Paulo em julho de 1969, destinada a coordenar as ações de
Salvador, Bahia. repressão sob comando do Exército (a partir da unificação para a
Ingressou no Partido Comunista aos 18 anos de idade, logo atuação dos órgãos da polícia federal, militar e civil) no
após iniciar seus estudos de Engenharia na Escola Politécnica da acompanhamento dos movimentos políticos, indivíduos e
Bahia. Três anos depois, abandonaria os estudos para se dedicar organizações sociais foram organizados os Centro de Operações de
integralmente à militância, e em 1932 sofreria sua primeira prisão Defesa Interna (CODI) e o Destacamento de Operações de
política. Informações (DOI), conhecidos popularmente como Doi-codi.
Em 1935, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde assumiu as Embora, as características e funções destes órgãos fossem
funções de assessor de imprensa e comunicação do partido. Em distintas eles atuavam de maneira complementar, mantendo uma
1936, foi preso novamente e submetido a tortura pela Polícia hierarquia entre eles.
Especial comandada por Filinto Müller, o homem forte da repressão Ao DOI competia a execução das ações externas:
na Era de Vargas. atividades de vigilância e investigação,
Solto no ano seguinte, Marighella mudou-se para São Paulo e atuação em buscas e apreensões,
empenhou-se no combate à ditadura de Getúlio. Voltou aos distribuídas em suas divisões institucionais.
cárceres em 1939, sofrendo novas torturas. Já ao CODI competia realizar ações internas, tais como
Em 1945, Carlos Marighella foi beneficiado pela Anistia e a análise dos dados e a replicação das informações obtidas
elegeu-se deputado federal no ano seguinte. daqueles que haviam sido capturados,
Teve uma atuação destacada na Assembleia Nacional mantendo a guarda dos detidos e a condução dos
Constituinte. interrogatórios, inclusive com a utilização de tortura,
Porém, em 1948, o PCB foi mais uma vez colocado na sendo-lhe atribuída a responsabilidade da maior parte das
clandestinidade e Marighella teve seu mandato cassado. execuções e dos desaparecimentos de opositores ao regime.
Em 1952, por ordem do partido, viajou à China, onde estudou o
processo revolucionário que estava em curso naquele país. - o aparato repressivo do governo contava, ainda, com os centros
De volta ao Brasil, começou a tecer críticas a certos de informação das forças armadas
posicionamentos do Partido Comunista, principalmente no período
o Ciex, do Exército
posterior à renúncia de Jânio Quadros e por ocasião do golpe militar,
momentos em que o partido demonstrou total despreparo para o Cenimar, da Marinha
organizar alguma forma de ação ou resistência. o Cisa, da Aeronáutica
Em visita a Havana, Cuba, no ano de 1967, Carlos Marighella
abraçou definitivamente a causa da revolução armada, o que lhe
- 25 de setembro de 1970 – A Oban é transformada em DOI-Codi
valeu a expulsão do partido.
localizada na rua Tutoia, no bairro do Paraíso, em São Paulo, a
Em fevereiro de 1968, ele fundou a Aliança Libertadora
temida delegacia policial passa a ser parte central da estrutura da
Nacional (ALN) e deu início às primeiras ações com vistas à
repressão, integrando-se ao comando do II Exército
deflagração de uma guerrilha urbana.
outros destacamentos similares surgirão em outros estados
Mas o sonho duraria pouco: em 4 de novembro de 1969, após
brasileiros, como no Rio de Janeiro
quarenta anos de militância, Marighella morre em uma emboscada
armada pelo Dops, na Alameda Casa Branca, na capital paulista.
- 7 de dezembro de 1970 – ALN sequestra o embaixador suíço
- Dezembro de 1969 – 1.027 denúncias de torturas o embaixador da Suíça, Giovanni Enrico Bucher, é sequestrado,
a ditadura militar soma no fim do ano mais de mil denúncias de no Rio de Janeiro
torturas em troca, 70 presos são levados para o Chile
- 11 de março de 1970 – Sequestro do cônsul japonês Nobuo - 20 de janeiro de 1971 – Rubens Paiva é morto sob tortura
Okuchi pela VPR o deputado Rubens Paiva é preso, no Rio, morto sob tortura e
em troca de Nobuo Okuchi, cinco prisioneiros políticos, entre dado como desaparecido pelas autoridades
eles a madre Maurina Borges, são soltos três dias depois do início da
ação - 15 de abril de 1971 – Boilesen é assassinado
madre Maurina presa e torturada havia meses por uma Henning Albert Boilesen, presidente da Ultragás e responsável
suposta ligação com grupos guerrilheiros pelo financiamento da Oban
é morto em São Paulo por grupos de luta armada
- 22 de março de 1970 – Paulo Evaristo Arns é nomeado arcebispo
de São Paulo - 14 de junho de 1971 – Morte de Stuart Angel
o papa Paulo VI nomeia Paulo Evaristo Arns Stuart Angel é preso, torturado e morto no Centro de
fortalecendo a ação da Igreja na defesa dos direitos humanos e Informações de Segurança da Aeronáutica (Cisa), no Rio de Janeiro
nas ações contra a tortura cometida pelo Estado
- 20 de agosto de 1971 – Morte de Iara
- 19 de junho de 1970 – Sequestro do embaixador alemão Von Iara Iavelberg, companheira de Carlos Lamarca, é assassinada
Holleben em Salvador
em troca do embaixador alemão, 40 presos políticos são
mandados para a Argélia
Ver: http://memoriasdaditadura.org.br/linha-do-tempo
FIBONACCI 13
MAXWEL – TIAGO – 3ºANO - PREVEST
- 17 de setembro de 1971 – Morte de Lamarca na Bahia - no período do governo Médici assistiu-se à desestruturação das
perseguido por uma patrulha do Exército no interior da Bahia, organizações de esquerda
Lamarca é morto junto com Zequinha Barreto com a prisão, exílio ou morte de seus principais líderes
FIBONACCI 14
MAXWEL – TIAGO – 3ºANO - PREVEST
PROPAGANDA GOVERNAMENTAL NA DITADURA - para encobrir a violência
os chefes militares investiam em propaganda
- nessa época, uma marchinha, Eu te amo, meu Brasil, da dupla
Dom e Ravel, alcançou grande sucesso destinada a divulgar, junto à maioria da população a imagem
de um governo sério e competente e de um país próspero e
Eu te amo meu Brasil! (Dom) pacífico
As praias do Brasil ensolaradas um dos slogans dessa propaganda dizia Brasil: ame-o ou
O chão onde o país se elevou deixe-o
A mão de Deus abençoou
Mulher que nasce aqui tem muito mais amor
O céu do meu Brasil tem mais estrelas
O sol do meu país, mais esplendor
A mão de Deus abençoou
Em terras brasileiras vou plantar amor
Eu te amo, meu Brasil, eu te amo!
Meu coração é verde, amarelo, branco, azul anil Brasil: ame-o ou deixe-o:
Eu te amo, meu Brasil, eu te amo!
Ninguém segura a juventude do Brasil. Em 1970, no domingo em que o capitão Carlos Alberto fez o
As tardes do Brasil são mais douradas quarto gol contra a Itália, na Copa do México, e deu à seleção a Taça
Mulatas brotam cheias de calor Jules Rimet – e o cobiçado tricampeonato mundial – andar de carro
A mão de Deus abençoou nas ruas brasileiras sem uma bandeira verde-amarela tornou-se uma
Eu vou ficar aqui porque existe amor (...) temeridade.
Os adesivos "Brasil: ame-o ou deixe-o" grudaram em grande
- para divulgar seus projetos para o país o governo militar utilizou- parte de um país em que o Produto Interno Bruto (PIB) subia 10% ao
se, em grande medida, da televisão ano, as Bolsas de Valores disparavam, as obras da Transamazônica
começavam, e 760 milhões de dólares eram torrados na compra de
que ampliava consideravelmente sua importância como veículo 76 aviões supersônicos Mirage.
de comunicação social O Brasil estava contagiado pela emoção. Mas o momento
inesquecível de auto-estima nacional estava aplicado sobre um fundo
- a propaganda oficial foi mais uma das "armas" do governo Médici falso. O "Brasil grande" era apenas virtual. Assim, Médici chorou
As facilidades de crédito pessoal permitiram a expansão do diante da seca do nordeste, ao descobrir que a economia ia bem, mas
número de residências que possuíam televisão: em 1960, apenas o povo ia mal. A Transamazônica até hoje é uma miragem de
95% das residências urbanas tinham televisão; em 1970, a empreiteiro.
porcentagem chegava a 40%. Por essa época, beneficiada pelo A classe média, entretanto, comemorava as novas possibilidades
apoio do governo, de quem se transformou em porta-voz, a TV de consumo. O paraíso nos anos 70 consistia em tirar o automóvel
Globo expandiu-se até se tornar rede nacional e alcançar Corcel da garagem, fazer compras no supermercado Jumbo, ver
praticamente o controle do setor. A propaganda governamental futebol na maravilha do ano – a tevê em cores – e sonhar com a
passou a ter um canal de expressão como nunca existira na história próxima viagem a Bariloche, na Argentina.
In: Retrospectiva de um quarto de século. Revista Veja. São Paulo.
do país. Abril. 27 out. 1993. p. 23-33 - adaptado.
Boris Fausto. História do Brasil. op. cit. p. 484
FIBONACCI 15
MAXWEL – TIAGO – 3ºANO - PREVEST
ÁREA ECONÔMICA - O "MILAGRE ECONÔMICO" - em outubro de 1970, o Brasil obteve do Banco Interamericano de
Desenvolvimento (BID) o maior empréstimo até então concedido
a um país da América-Latina
■ O “BRASIL GRANDE POTÊNCIA”
- parte do capital mundial excedente foi canalizada para o Brasil
- governo Médici abraça o projeto “Brasil grande potência” como por meio de empréstimos que fizeram a dívida externa
uma resposta às tensões sociopolíticas que convulsionaram o país brasileira bater na casa dos US$ 10 bilhões entre os anos de 1967 a
1972
- 1970 – lançamento do Programa de Metas e Bases para Ação do
Governo - ação político-econômica voltar as forças do país para as
o governo divulgou em 1970 o Programa para o período de 1970 exportações
a 1973 em especial de produtos agrícolas
o programa tinha como objetivo construir as bases para o
ingresso do Brasil no mundo desenvolvido até o final do século vinte É importante frisar, porém, que a política econômica desse período
não privilegiava unicamente a agricultura. Pelo contrário: o objetivo
que coordenava cerca de duzentos projetos tidos como era promover um desenvolvimento multissetorial (ideia já contida,
prioritários para a política de desenvolvimento aliás, no velho Plano Trienal de Celso Furtado, mencionado no
capítulo anterior) no qual o setor agroexportador atuaria como um
- governo Médici marcado por um período de desenvolvimento “abre-alas”, ampliando a capacidade aquisitiva do mercado interno
econômico para permitir, em um segundo momento, a absorção dos bens
a propaganda oficial chamou de "milagre brasileiro" duráveis e não duráveis produzidos pela indústria nacional.
essa política se estendeu de 1968 a 1973
- desde o início, o setor industrial também foi beneficiado por três
- comado ministro da Fazenda – Delfim Netto tipos de política:
defensor do modelo produtivista e contrário ao chamado aumento no crédito ao consumidor
modelo distributivista facilidade para obter capital inclusive com taxas de juros
subsidiadas
- Médici recebeu o país em fase de crescimento econômico estímulo às exportações
com destaque para a indústria automobilística, a construção não só por meio da política de minidesvalorizações cambiais,
civil e a produção agrícola que favorecia o setor exportador como um todo
mas também por meio da isenção (parcial ou total) de IPI nos
resultado aquecimento do mercado para uma classe média produtos manufaturados vendidos ao mercado externo
bem remunerada e ansiosa para consumir
- um dos pilares econômicos do governo foi o fortalecimento do
- final de 1969 indústria responde aos investimentos e cresce setor estatal
PIB fecha o ano com 9% de crescimento entre os anos de 1968 e 1972, a participação do Estado na
e a inflação fica em 25% economia nacional passou de um quarto para um terço
durante o governo Médici e, posteriormente do general Ernesto
● o “milagre” – principais fatores internos Geisel (de 1974 a 1979) surgiram no Brasil quase trezentas
as conquistas do PAEG no que diz respeito empresas estatais
à estabilização econômica
à elevação da poupança interna à criação de um arcabouço - Estado-empresário atuou nas áreas de
institucional propício ao crescimento infraestrutura
e a expansão fiscal e monetária durante os anos de aplicação telecomunicações
do PED energia
FIBONACCI 16
MAXWEL – TIAGO – 3ºANO - PREVEST
- ainda em 1970 ampliou-se o limite do mar territorial brasileiro ● CONCENTRAÇÃO DE RENDA
para duzentas milhas
- ministro da Fazenda – Delfim Netto
- 1970 criado o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Delfim afirmava que “o bolo precisa crescer antes de ser
Agrária (Incra) repartido”
- além de ser o país do futebol, o Brasil também era o país do defesa para haver a distribuição das riquezas entre todas as
desenvolvimento econômico camadas da população, antes era necessário que a economia
crescesse
o governo federal, assim como os governadores de estado essa política levou a uma brutal concentração de renda
empossados pelo voto indireto, não mediram esforços para a processo de exclusão do mercado da maioria da população
viabilização dos projetos faraônicos, responsáveis pela imagem de
uma nação emergente e gloriosa, que caminhava rumo à
grandeza industrial
- concluindo na área econômica, numa conjuntura internacional - endividamento externo nessa época cresceu de maneira
favorável, observou-se o chamado "milagre brasileiro" exponencial
consistiu na grande expansão da economia brasileira o valor da dívida externa bruta quintuplicou de 1968 a 1974
expressa no vertiginoso crescimento do PIB captação de empréstimos
setor público para seus projetos grandiosos
na estabilização dos índices inflacionários
setor privado também se valia do crédito fácil e não sofria
na expansão da indústria, do emprego e do mercado interno restrição alguma por parte do setor público
FIBONACCI 17
MAXWEL – TIAGO – 3ºANO - PREVEST
- na verdade, num primeiro momento da crise não chegou a paralisar GOVERNO DE ERNESTO GEISEL
a onda de crescimento brasileira 15 de março de 1974 a 15 de março de 1979
FIBONACCI 18