A RELAÇÃO DA AGÊNCIA DE EXPERIMENTAL COM O CURSO DE

JORNALISMO

Introdução

A idealização da agência experimental de jornalismo (AgênciaJor) tem sua ideia

vinda de uma reflexão sobre o papel das universidades no quadro social e de ensino na
vida do aluno, sendo desenvolvida com o pretexto de integrar ensino-pesquisa-extensão,
com as dificuldades encontradas em manter um lado humanista nos métodos de ensino e
ao mesmo tempo se adequar ao mercado de trabalho que supervaloriza a especialização.
É mencionado no texto que “as ciências humanas e a filosofia são saberes humanos, e
não devem ser dissociadas da técnica”, a meu ver, esse é o ponto chave que leva a
criação da AgênciaJor, com o ideal de formar o indivíduo tanto em praticas jornalísticas
como também em humanistas.

Com base nesses ideais, em 2010 é fundada a agência experimental de

jornalismo, surgindo em um período aonde não se via mais obrigatório um diploma de
jornalismo para atuar na área, porem com o desejo de mostrar como este curso é
necessário e esta sempre passando por alterações. Dentro do texto será comentado sobre
o funcionamento e a utilização da agencia como laboratório e também minha curta
experiência na mesma.

Agência experimental de jornalismo

A agência como um dos núcleos do curso de jornalismo virou peça chave na

formação de novos profissionais tanto como proposta pedagógica como uso laboratorial,
ou seja, servindo tanto em aula como para uso como atividades complementares, um
espaço que tem como idéia mesclar as áreas do jornalismo (rádio, TV, digital, impresso,
fotografia e assessoria de imprensa). Isso realmente acontece, a interatividade acaba
acontecendo de maneira fluida na maior parte do tempo e nem se percebe como você
transita entre os meios.

A contribuição da agência com a idéia de preparar para o mercado de trabalho é

muito boa, entre tanto, sinto faltar, com base na minha experiência, algo que gere uma
idéia de responsabilidade, a aparente liberdade para fazer ou não, escrever ou não, traz a
toma algo que parece ser um certo relaxo com os alunos que participam do laboratório e
ainda não estão familiarizados com seu funcionamento. Cabe citar que a agência oferece
para os alunos benéficos em diversas situações, tanto preparo e experiência como
portfólio para futuros empregos.

Sobre a organização da agência vale dizer que pelo fato dela permear todas as
áreas da comunicação logo se faz uso de todos os laboratórios envolvidos, logo a analise
feita no texto representa perfeitamente e mensura a estrutura da parte de comunicação
dentro da universidade que sim, a meu entendimento, é bastante completa e peca bem
pouco, assim como o espaço físico da agência que um ambiente ótimo.

Algo que chama a atenção dentro do texto é a maneira que se fala sobre a
responsabilidade do professor inserido nessa questão laboratorial, no texto é dito que o
professor a tempos perdeu a função de mestre, mas sim um orientador, aquele que
auxilia na busca do saber, tendo isso em mente a liberdade que o aluno tem fora do meio
de sala de aula convencional para criar e ser amparado é teoricamente louvável.
Entretanto durante o período que participei da agência senti a falta de tal amparo vindo
de um professor orientador, deixando sobrecarregado os alunos de períodos mais
avançados, ou seja a idéia que é muito bela de deixar o aluno, já com as técnicas em
mãos, adquirir por si só o conhecimento e a ética em trabalho, obvio com auxilio de um
orientador, acaba se perdendo justamente muitas vezes nessa falta de amparo.

Já para o aluno, acho que é errado ver a agência apenas como “gerador de horas
complementares”, pois o grande interesse da mesma é desenvolver profissionais não
somente as técnicas de rotinas de redação mas também desenvolver o lado humano
dentro do profissional, o diferencial de poder ir alem do que só executa, mas também
pensa.

Considerações finais

A agência de jornalismo é de longe uma das idéias mais interessantes que os

alunos da universidade de Sorocaba do curso de jornalismo pode aproveitar, pois ajuda
plenamente na formação de seu caráter profissional. Obvio que não é perfeita e nem
sempre é possível tirar proveito do que o ideal inicial mostra, mas acredito que seu uso é
extremamente benéfico. Durante o artigo, notei uma visão muito paternalista sobre a
agência, isso não é de todo ruim, mostra o carinho que se tem por ela. Porem falta a
visão critica de um aluno que faz uso dela e pode dizer tão bem quanto qualquer
professor os prós e contras desse laboratório.