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Aula 08

Comércio Internacional p/ Receita


Federal (Auditor Fiscal) 2021 - Pré-Edital

Autor:

Aula 08

14 de Abril de 2021
Aula 08

COMÉRCIO INTERNACIONAL

AULA 08

Sumário

1. SISTEMA HARMONIZADO DE DESIGNAÇÃO E CODIFICAÇÃO DE MERCADORIAS: ............ 2

1.1. Generalidades: ........................................................................................................................... 2

1.2. Estrutura do Sistema Harmonizado (SH): .................................................................................. 5

1.3. Regras Gerais de Interpretação do Sistema Harmonizado: ..................................................... 10

1.4. Notas Explicativas do Sistema Harmonizado (NESH):.............................................................. 20

2. NOMENCLATURA COMUM DO MERCOSUL: ................................................................. 31

2.1. Generalidades: ......................................................................................................................... 31

2.2. Regras Gerais Complementares: .............................................................................................. 32

2.3. Classificação de mercadorias: .................................................................................................. 34

QUESTÕES COMENTADAS ................................................................................................ 50

LISTA DE QUESTÕES Nº 01 ............................................................................................... 54

LISTA DE QUESTÕES Nº 02 ............................................................................................... 67

GABARITO – LISTA DE QUESTÕES Nº 01 ........................................................................... 70

GABARITO – LISTA DE QUESTÕES Nº 02 ........................................................................... 70

Comércio Internacional p/ Receita Federal (Auditor Fiscal) 2021 - Pré-Edital


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Dando continuidade ao nosso curso de Comércio Internacional com foco no concurso para o cargo
de Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil, na aula de hoje nós trataremos da classificação fiscal
de mercadorias. Vamos lá? Firmes no propósito!

1. SISTEMA HARMONIZADO DE DESIGNAÇÃO E CODIFICAÇÃO


DE MERCADORIAS:

1.1. GENERALIDADES:

A classificação aduaneira é um procedimento por meio do qual se atribui um código numérico a


todas as mercadorias objeto de operações de comércio exterior. Trata-se de procedimento de
grande importância na medida em que facilita a elaboração de estatísticas de comércio exterior e
serve como recurso essencial para a aplicação de tributos pelas autoridades aduaneiras.

Tendo em vista a necessidade de uniformizar a classificação fiscal de mercadorias, em 1983, os


países celebraram uma convenção internacional que instituiu o Sistema Harmonizado de Designação
e Codificação de Mercadorias (SH). O Sistema Harmonizado é um sistema de classificação fiscal
(também chamado de nomenclatura) que permite associar um código numérico a cada mercadoria.
Na prática, ele representa uma grande tabela que associa cada mercadoria existente e por existir a
um código numérico.

A Convenção que instituiu o Sistema Harmonizado foi celebrada no âmbito do Conselho de


Cooperação Aduaneira, atualmente denominado Organização Mundial de Aduanas (OMA). A OMA
é uma organização internacional criada em 1994, que tem como foco os assuntos aduaneiros,
atuando na harmonização e simplificação de procedimentos aduaneiros, facilitação de comércio e
combate à pirataria e ao contrabando. Além disso, a OMA é responsável pela administração do
funcionamento do Sistema Harmonizado e dos aspectos técnicos do Acordo de Valoração Aduaneira
e do Acordo sobre Regras de Origem.

O maior objetivo da criação do Sistema Harmonizado foi a padronização da classificação fiscal de


mercadorias em nível internacional. Assim, o mundo inteiro sabe que escovas de cabelo são
classificadas com o código 9603.29. Ou, ainda, que guindastes do tipo “reach stacker” recebem o
código 8426.41.

“Entendi, professor! Mas por que isso é bom?”

A padronização da classificação fiscal é importante por vários motivos:

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a) Promove a facilitação de comércio: sempre que uma mercadoria é importada ou


exportada, o importador ou exportador deve apresentá-la à Alfândega de seu país. Na
medida em que todos os países usam uma nomenclatura padronizada, somente haverá
necessidade de classificar as mercadorias uma vez, o que torna as operações mais ágeis e
menos onerosas.

Imaginemos um exportador brasileiro que venda laranjas aos EUA! No despacho aduaneiro de
exportação, ele apresenta a mercadoria à Receita Federal do Brasil (RFB), classificando-a no código
0805.10. Chegando o produto nos EUA, a mercadoria será apresentada à Aduana daquele país. E
com qual código? Com o mesmo código apresentado à Aduana brasileira (pelo menos os 6 primeiros
dígitos serão sempre iguais!). Isso ocorre graças ao Sistema Harmonizado!

Se cada um dos países adotasse uma Nomenclatura diferente, a operação de comércio exterior em
questão seria mais onerosa. Isso porque a necessidade de se atribuir à mercadoria uma nova
designação implicaria em maiores custos.

b) Facilita as negociações internacionais: Imagine que se sentem, em uma mesa de


negociações, um diplomata brasileiro e um diplomata japonês e que o diplomata japonês
pleiteie uma redução do I.I sobre guindastes.

Aí o brasileiro pergunta: qual tipo de guindastes? Guindaste de torre, guindaste de pórtico ou


guindaste autopropelido? Ih, embaralhou a cabeça do japonês. Olha a confusão armada!

Seria muito mais fácil se, ao invés de ficarem tratando de termos técnicos nas negociações (o que se
torna mais difícil ainda em razão das diferenças de idiomas!), fossem utilizados os códigos. O
diplomata japonês iria pedir uma redução do I.I sobre o produto de código 8426.41 e o brasileiro já
saberia do que se tratava. O diplomata brasileiro poderia solicitar, em contrapartida, uma redução
do I.I sobre o produto de código 1201.00 – soja, e o japonês também ia saber do que se tratava. Com
códigos padronizados internacionalmente fica, sem dúvida, mais fácil.

c) Facilita a elaboração de estatísticas: a associação de um código a uma mercadoria traz


inúmeras vantagens para a coleta de dados com a finalidade de que sejam elaboradas
estatísticas de comércio exterior. Além disso, a existência de uma nomenclatura
padronizada em nível internacional permite que os países possam comparar e analisar as
estatísticas uns dos outros, com vistas a subsidiar suas políticas de comércio exterior.

d) Vantagens para a incidência tributária: a associação de um código a uma mercadoria


também traz vantagens para os sistemas informatizados, uma vez que permite
automatizar a imposição de alíquotas de tributos a cada enquadramento tarifário.

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Promove a facilitação do comércio

Facilita as negociações internacionais


Objetivo: padronizar
Sistema Harmozinado a classificação fiscal
de mercadorias
Facilita a elaboração de estatísticas

Vantagens para a incidência tributária

O Sistema Harmonizado, ao padronizar internacionalmente a classificação fiscal de mercadorias,


serve de base para vários outros sistemas de classificação.

Mas como assim o SH serve de base para outros sistemas de classificação fiscal?

Simples... O Sistema Harmonizado atribui um código de 6 dígitos a todas as mercadorias existentes


e por existir. Todos os Estados-parte da convenção que instituiu o SH devem, obrigatoriamente,
utilizar esses mesmos 6 dígitos para classificar mercadorias. No entanto, eles têm ampla liberdade
para ir além e detalhar mais a Nomenclatura. Dessa forma, é plenamente possível que o SH sofra
adaptações pelos países signatários da convenção internacional que o instituiu.

Um país pode, então, criar uma Nomenclatura que possua 8 (oito) ou 10 (dez) dígitos. No entanto,
se ele for signatário da convenção que instituiu o SH, os 6 (seis) primeiros dígitos deverão ser,
obrigatoriamente os mesmos do SH. Daí podermos dizer que há sistemas de classificação fiscal que
derivam do Sistema Harmonizado. Entendido isso?

Exemplificando, podemos apontar alguns sistemas de classificação fiscal baseados no SH: a NCM
(Nomenclatura Comum do MERCOSUL), a NALADI (Nomenclatura Aduaneira da Associação Latino-
Americana de Integração) e a Nomenclatura Combinada da União Europeia. Destaque-se que, até
dezembro de 1995, o Brasil teve seu próprio sistema de classificação fiscal, o qual possuía 10 dígitos
e também se baseava no SH: a NBM (Nomenclatura Brasileira de Mercadorias).

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1.2. ESTRUTURA DO SISTEMA HARMONIZADO (SH):

O Sistema Harmonizado, conforme já comentamos, abrange todas as mercadorias existentes e por


existir no universo. Essas mercadorias estão divididas, dentro do SH, em Seções e Capítulos, os quais
estão organizados em ordem crescente da participação humana na elaboração das mercadorias.

Vejamos como tudo tem uma lógica fácil de entender!

Foram criadas 21 Seções, que agrupam dentro de cada uma produtos semelhantes. A Seção I agrupa
os “Animais Vivos e Produtos do Reino Animal”; a Seção II os “Produtos do Reino Vegetal”; a Seção
V os “Produtos Minerais; a Seção VI os “Produtos das Indústrias Químicas ou Indústrias Conexas”, a
Seção XVII “Material de Transporte”, etc. Não precisa decorar o que cada Seção estabelece, ok? O
objetivo é somente que você possa visualizar melhor como funciona o SH.

Foram criados 96 Capítulos, que agrupam produtos que também guardam semelhança entre si. Na
Seção XVII, por exemplo, estão agrupados todos os meios de transporte. Dentro dessa Seção, estão
os Capítulos 86, 87, 88 e 89. Vejamos o que cada um deles representa:

• Capítulo 86: Veículos e material para vias férreas ou semelhantes, e suas partes;
aparelhos mecânicos (incluídos os eletromecânicos) de sinalização para vias de
comunicação.
• Capítulo 87: Veículos automóveis, tratores, ciclos e outros veículos terrestres, suas
partes e acessórios.
• Capítulo 88: Aeronaves e aparelhos espaciais, e suas partes.
• Capítulo 89: Embarcações e estruturas flutuantes.

Percebam meus amigos, que não existem 99 Capítulos. Isso porque os Capítulos 77, 98 e 99 foram
deixados em branco! Bastante atenção porque isso é importante! O Capítulo 77 foi reservado para
utilização futura e os Capítulos 98 e 99 foram reservados para usos especiais pelas Partes
Contratantes da convenção internacional que instituiu o SH. No caso específico do Brasil, o capítulo
99 é utilizado para o registro de operações especiais na exportação, dentre as quais se enquadram
as de consumo de bordo de combustíveis.

Além das Seções e Capítulos, há ainda outras subdivisões. Dentro do “Capítulo 87: Veículos
automóveis, tratores, ciclos e outros veículos terrestres, suas partes e acessórios”, temos por
exemplo, vários equipamentos. Assim, os tratores receberam a numeração 8701; os veículos
automóveis de passageiros 8703; os veículos automóveis de transporte de mercadorias 8704; etc.
As subdivisões que possuem quatro dígitos em seu código de formação são chamadas de posições.

Dentro das posições, ainda é possível realizar novas subdivisões. Assim, foram criadas as
subposições de 1º nível (quinto dígito) e subposições de 2º nível (sexto dígito). Vejamos, a título de
ilustração, como se divide a posição 8701:

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8701- Tratores
8701.10- Motocultores
8701.20- Tratores Rodoviários para semi-reboque
8701.30- Tratores de lagartas
8701.90- Outros

Como vocês já devem ter percebido, o Sistema Harmonizado (SH) classifica as mercadorias em
códigos de 6 dígitos. Vejamos o que representa cada um deles! Tomemos como exemplo o código
8426.41.

Ex: 8426.41

- 84. Esses dois primeiros números dizem respeito ao capítulo, isto é, o produto integra o
Capítulo 84. Embora as mercadorias sejam agrupadas em Seções, o número destas não entra
na classificação fiscal.

(*) Cabe destacar que o SH também possui subcapítulos. No entanto, nem todos os capítulos do SH
são divididos em subcapítulos, mas tão somente os capítulos maiores. Um detalhe que podemos
observar é o de que os números dos subcapítulos, assim como os números das seções, não entram
na formação do código de 6 (seis) dígitos do Sistema Harmonizado. A finalidade dos subcapítulos é
meramente organizatória.

- 8426. Esses quatro primeiros números dizem respeito à posição. Caso seja possível fazer
divisões dentro da posição, dizemos que a posição será desdobrada, dando origem a
subposições de 1º nível. Caso não seja possível fazer divisões dentro da posição, esta não será
desdobrada e devemos completar a classificação com “zeros”. Um exemplo de posição não
desdobrada seria se tivéssemos 9018.00.

8426.4. Temos, nesse caso, uma subposição de 1º nível. A posição 8426 foi desdobrada. A
subposição de 1º nível é também conhecida como subposição simples ou subposição de um
travessão.

8426.41. Temos, nesse caso, uma subposição de 2º nível, também chamada de subposição
composta ou subposição de dois travessões. Podemos afirmar que a subposição 8426.4 foi
desdobrada. Caso não fosse possível desdobrar a subposição 8426.4, completaríamos com
um “zero” e teríamos 8426.40.

“Professor, você pode explicar de novo como funciona esse negócio de posição desdobrada e não
desdobrada?”

Ok, meu amigo! Sem problemas! Um exemplo de posição não desdobrada é a 8902.00 – Barcos de
pesca, navios-fábrica e outras embarcações para o tratamento ou conservação de produtos de
pesca. Como você pode ver, se a posição não foi desdobrada, simplesmente se completa com zero

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à direita até o sexto dígito. O mesmo aplica-se para as subposições de 1º nível que não forem
desdobradas. Entendido?

Um detalhe interessante aqui é que se o quinto dígito for zero, o sexto dígito também
obrigatoriamente será zero.

“Não entendi! Por que isso, professor?”

É o seguinte: se uma posição for desdobrada, o quinto dígito será diferente de zero, ok? Ex: 9018.1.
Agora, se a posição não for desdobrada, o quinto dígito será zero e, portanto, a subposição de 1º
nível também não poderá ser desdobrada. Logo, o sexto dígito também será zero. Dessa forma, é
impossível que exista no SH (pode procurar que você não vai encontrar!) uma posição com o quinto
dígito sendo 0 e o sexto dígito diferente de zero, como por exemplo 9032.01. Isso é totalmente fora
dos padrões!

21 seções e 96 capítulos

Capítulo 77: reservado para utilização futura

Estrutura do Sistema
Harmoziado
Capítulos 98 e 99: reservados para usos especiais
pelas Partes Contratantes da convenção que institui
o SH

Códigos de 6 (seis) dígitos: 2 primeiro dígitos


(capítulo); 4 primeiros dígitos (posição); 5º dígito
(subposição de 1º nível); 6º dígito (subposição de 2º
nível)

1. (AFRFB-2009)

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A classificação aduaneira das mercadorias é recurso essencial para a aplicação, pela autoridade
aduaneira, dos direitos que incidem sobre a exportação e importação de mercadoria e é objeto
de convenções e instrumentos internacionais.

Comentários

A classificação aduaneira é objeto de convenções internacionais, sendo essencial para a aplicação


de tributos que incidem sobre as operações de comércio exterior.

Gabarito: certa

2. (ACE-2002)

O instrumento concebido para realizar a classificação de mercadorias, que é referido


internacionalmente e do qual derivam outros sistemas de classificação, denomina-se Sistema
Harmonizado de Designação e Codificação de Mercadorias (SH).

Comentários

O SH é um instrumento que permite a classificação de mercadorias em nível internacional, do qual


derivam vários outros sistemas de classificação.

Gabarito: certa

3. (AFRF 2002.2 - adaptada)

Por abranger produtos de alta sofisticação e complexidade tecnológica, o Sistema


Harmonizado empresta caráter subjetivo à atividade de classificação fiscal e, por essa razão,
tal sistema é irracional e completo.

Comentários

O Sistema Harmonizado é um sistema de classificação fiscal racional e completo. A classificação


fiscal é realizada com base em critérios objetivos.

Gabarito: errada

4. (AFRF-2005)

O Sistema Harmonizado, composto por 21 Seções, constitui instrumento empregado


internacionalmente para a classificação de mercadorias, a partir de uma estrutura de códigos
e suas respectivas descrições. Os Capítulos 98 e 99 do referido Sistema, contudo, foram
reservados para usos especiais dos países vinculados a ele. O Brasil emprega o Capítulo 99 para
registrar operações como, por exemplo, de consumo de bordo de combustíveis.

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Comentários

O SH possui 21 Seções e 96 Capítulos, sendo que os Capítulos 98 e 99 foram reservados para


utilização pelas partes contratantes da convenção que o instituiu. Além disso, o Brasil utiliza o
Capítulo 99 para operações especiais na exportação, como o consumo de bordo de combustíveis.

Gabarito: certa

5. (AFRFB-2009)

O Sistema Harmonizado de Designação e de Codificação de Mercadorias (SH) é uma convenção


internacional que padroniza os sistemas de classificação nacionais dos países do MERCOSUL,
não podendo, por conseguinte, sofrer alterações ou adaptações por parte dos países que o
implementam.

Comentários

Três erros na assertiva:

1) O SH é um sistema de classificação fiscal de mercadorias (e não uma convenção internacional!).


Na verdade, o SH foi instituído por uma convenção internacional.

2) Os países do MERCOSUL não possuem, atualmente, sistemas de classificação nacionais. Ao


contrário, eles se utilizam da NCM (Nomenclatura Comum do MERCOSUL), que é baseada no SH.

3) O SH pode sim sofrer adaptações pelos países signatários da convenção internacional que os
instituiu. Com efeito, os países podem criar seus próprios sistemas de classificação fiscal, os quais
deverão, todavia, estar baseados no SH.

Gabarito: errada

6. (Analista dos Correios-2011)

O Sistema Harmonizado (SH) é o método internacional de classificação de mercadorias que


serve de base para sistemas de classificação eventualmente empregados no marco de acordos
preferenciais de alcance regional.

Comentários

O SH é um sistema de classificação fiscal de mercadorias internacionalmente utilizado que serve de


base para sistemas de classificação empregados no âmbito de acordos regionais, como a ALADI e a
UE.

Gabarito: certa

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7. (Analista dos Correios-2011)

A natureza e a função dos produtos no processo produtivo (insumos básicos, bens


intermediários, bens de capital, consumo final) e seus valores, segundo o grau de elaboração,
são os critérios definidores da classificação de mercadorias no SH.

Comentários

O valor do produto é irrelevante para fins de classificação de mercadorias no Sistema Harmonizado.

Gabarito: errada

1.3. REGRAS GERAIS DE INTERPRETAÇÃO DO SISTEMA HARMONIZADO:

A classificação fiscal não é algo tão simples como talvez você imagine. Às vezes, surgem situações
em que se torna difícil saber em qual código determinada mercadoria deverá ser classificada. Nesse
sentido, para dirimir dúvidas que porventura surjam, foram criadas 6 (seis) regras para a
interpretação do Sistema Harmonizado: são as chamadas Regras Gerais de Interpretação (RGI).
Seguindo as RGI, pode-se encontrar o código exato de cada mercadoria.

Pessoal, não pretendo de forma alguma ensinar aqui vocês a fazerem classificação fiscal. Quando
estiverem no Curso de Formação ou, ainda, fazendo um curso de especialização, aí vocês se
preocupam com isso!

Desde já, é importante ter em mente que o Sistema Harmonizado trata-se de um sistema racional
e completo. É racional porque existem critérios objetivos para a determinação da classificação de
uma mercadoria, além do que a cada mercadoria somente pode ser atribuído um único código
tarifário; é completo, porque abrange todas as mercadorias hoje existentes no universo e, ainda,
aquelas que irão surgir no futuro. Até mesmo a energia elétrica possui uma classificação fiscal.

É importante que vocês tenham em mente que sempre que se vai proceder à classificação fiscal de
uma mercadoria, é necessário levar-se em consideração as Regras Gerais de Interpretação de forma
sequencial. Isso quer dizer que, em um primeiro momento, tenta-se classificar a mercadoria pela
RGI nº 1. Caso não seja possível, tenta-se a RGI nº 2, depois a RGI nº 3 e assim sucessivamente.

1.3.1. Regra Geral de Interpretação nº 1:

A RGI nº 01 estabelece que “os títulos das seções, capítulos e subcapítulos do Sistema Harmonizado
têm apenas valor indicativo. Para os efeitos legais, a classificação fiscal é determinada pelos textos
das posições e das Notas de Seção e de Capítulo.” Mas o que isso quer dizer?

Vamos entender...

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A primeira parte da RGI nº 1 diz que os títulos das seções, capítulos e subcapítulos têm apenas valor
indicativo. O que quer dizer “valor indicativo”?

Quando alguém vai classificar uma mercadoria no Sistema Harmonizado, ele tentará seguir uma
lógica. Imagine, por exemplo, que o bem a ser classificado é um automóvel. O que o classificador
fará?

Primeiro, ele irá olhar as Seções e, dentre elas, encontrará uma dentro da qual supostamente se
encaixa o automóvel: “Material de Transporte”. Segundo, ele irá olhar os Capítulos dentro dessa
Seção e encontrar algum em que se encaixe o automóvel: Capítulo 87- “Veículos automóveis,
tratores, ciclos e outros veículos terrestres, suas partes e acessórios.”

Pois bem, como você pode ver, o que guiou o classificador foram os títulos das seções, os títulos dos
capítulos e os títulos dos subcapítulos (quando estes existirem) Assim, estes três elementos têm
efeito indicativo, ou seja, servem para que o classificador possa procurar o código exato de
classificação da mercadoria em homenagem ao princípio da especificidade.

Todavia, os títulos das seções, capítulos e subcapítulos não têm valor jurídico, não produzindo
efeitos legais. O que vale mesmo para os fins legais é o texto das posições e as notas de seção e de
capítulo.

Vou explicar isso com um exemplo:

“Seção XI – Matérias Têxteis e suas Obras

1. A presente Seção não compreende:

o) as coifas e redes, para o cabelo, chapéus e artefatos de uso semelhante, e suas partes, do
Capítulo 65”

Se alguém for realizar a classificação fiscal de um chapéu feito de um tecido, poderá, ao olhar o título
da Seção XI, achar que ele se encontra dentro da mesma. No entanto, o que vale para fins legais não
é o título da seção, devendo o classificador ler as notas da seção. Ao passar os olhos pelas notas de
seção, ele verá que os chapéus estão excluídos da Seção XI.

Assim como existem as notas de seção, existem também as notas de capítulo, de forma que quando
alguém for classificar uma mercadoria em uma determinada posição, deverá:

a) Em primeiro lugar, procurar pela Seção em que possivelmente ela se enquadra.

b) Ler as notas de seção e verificar se há algum excludente ou alguma especificação para a


mercadoria.

c) Procurar pelo capítulo.

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d) Ler as notas de capítulo e verificar se há algum excludente ou alguma especificação para


a mercadoria.

e) Procurar pelo texto da posição.

Em muitas questões de prova, cobra-se a literalidade da RGI nº 01. Logo, é importante que você a
guarde bem, ok?

1.3.2. Regra Geral de Interpretação nº 2:

A RGI nº 2 se desdobra em duas: RGI nº 2-a e RGI nº 2-b.

1.3.2.1. RGI nº 2-a:

A RGI nº 2-a tem como objetivo orientar o classificador na determinação do código atribuível a
artigos incompletos, inacabados e desmontados. Ao fazê-lo, a RGI nº 2-a amplia a nomenclatura do
Sistema Harmonizado, evitando que nele sejam incluídas inúmeras posições para cada um desses
casos.1 Vejamos o que ela diz!

RGI nº 2-a: “Qualquer referência a um artigo em determinada posição abrange esse artigo mesmo
incompleto ou inacabado, desde que apresente, no estado em que se encontra, as características
essenciais do artigo completo ou acabado. Abrange igualmente o artigo completo ou acabado, ou
como tal considerado nos termos das disposições precedentes, mesmo que se apresente
desmontado ou por montar.”

Analisando a RGI nº 2-a, verificamos que podem aparecer duas situações diferentes:

a) O artigo incompleto ou inacabado apresenta, no estado em que se encontra as


características essenciais do artigo completo ou acabado. Suponha, por exemplo, que
esteja sendo importado um automóvel sem as rodas e sem os vidros (trata-se, portanto,
de um bem incompleto ou inacabado!). A pergunta é: como ele será classificado?

Simples. Ele será classificado na mesma posição do automóvel completo. O fato de ele estar sem
as rodas e sem os vidros não faz com que ele deixe de ser um automóvel, justamente em razão de
ele possuir, no estado em que se encontra, as características essenciais de um automóvel.

Cabe destacar, todavia, que a determinação do que são as características essenciais de uma
mercadoria é algo bastante subjetivo. De maneira simplificada, pode-se dizer que a característica

1
WERNECK, Paulo. Como classificar mercadorias: uma abordagem prática. São Paulo, Aduaneiras:
2008

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essencial é aquilo que permite determinar, com grau de certeza razoável, qual seria a mercadoria
final. 2

b) O artigo incompleto ou inacabado não apresenta, no estado em que se encontra, as


características essenciais do artigo completo ou acabado. Suponha, agora, que estamos
diante da importação das rodas do automóvel. Alguém poderia argumentar (por mais que
isso seja um absurdo!) que essas rodas são, na verdade, um automóvel incompleto e que,
portanto, elas deveriam ser enquadradas na mesma classificação fiscal deste. Tal
argumento não é possível porque, com fundamento na RGI nº 2-a, as rodas não possuem,
no estado em que se encontram, as características essenciais de um automóvel.

Cabe destacar que tudo o que dissemos para os artigos incompletos ou inacabados também vale
para os artigos desmontados ou por montar. Em outras palavras, o artigo desmontado ou por
montar classifica-se como se estivesse montado.

Vamos a uma situação da vida real em que vocês vão visualizar a importância dessa regra. Imagine
que a CAMEX aplique direitos antidumping contra a importação de ventiladores originários da China,
mas que tal medida não seja estendida para as partes e peças de ventiladores. Nesse caso, seria
possível que um “espertinho”, visando burlar a medida de defesa comercial, trouxesse para o Brasil
ventiladores chineses desmontados, classificando-os como partes e peças de ventiladores. Diante
disso, qual seria a conduta correta da autoridade aduaneira (Auditor-Fiscal RFB)?

A autoridade aduaneira deverá constatar, na inspeção física, que, na verdade, o importador não está
trazendo para o país partes e peças de ventiladores, mas sim ventiladores desmontados. Dessa
forma, pela aplicação da RGI nº 2-a, o Auditor da RFB exigirá que o importador retifique a
classificação do produto, enquadrando-o como ventilador e fazendo incidir o direito antidumping.

1.3.2.2. RGI nº 2-b:


RGI nº 2-b: “Qualquer referência a uma matéria em determinada posição diz respeito a essa
matéria, quer em estado puro, quer misturada ou associada a outras matérias. Da mesma forma,
qualquer referência a obras de uma matéria determinada abrange as obras constituídas inteira ou
parcialmente por essa matéria. A classificação destes produtos misturados ou artigos compostos
efetua-se conforme os princípios enunciados na Regra 3.”

Suponha que você necessite fazer a classificação fiscal de uma camisa de algodão e poliéster (a
camisa não é só de algodão, tampouco só de poliéster!) Vamos imaginar, ainda, que existam as
seguintes posições no Sistema Harmonizado3:

2
WERNECK, Paulo. Como classificar mercadorias: uma abordagem prática. São Paulo,
Aduaneiras: 2008.

3
Trata-se de um exemplo que foge à realidade, cujo objetivo é dar maior didática à aula.

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6105 – Camisas de algodão

6106 - Camisas de poliéster

E agora, meu amigo? Em qual posição deverá ser classificada a camisa de algodão e poliéster?

Pela RGI nº 2-b, qualquer referência a uma matéria em determinada posição diz respeito a essa
matéria, quer em estado puro, quer misturada ou associada a outras substâncias. Assim, quando
a posição 6105 faz referência à matéria “algodão”, ela está se referindo ao “algodão puro” ou ao
“algodão com poliéster”, “algodão e seda”, etc. Da mesma forma, quando a posição 6106 faz
referência ao “poliéster”, ela está se referindo ao “poliéster puro” ou ao “poliéster com algodão”,
“poliéster com seda”, etc.

Conclusão: a camisa de algodão e poliéster poderia se enquadrar tanto na posição “camisas de


algodão” quanto na posição “camisas de poliéster”. Tivemos, portanto, um empate! Isso é que nos
informa a RGI nº 2-b.

A RGI nº 2-b não classifica ela mesma uma determinada mercadoria, mas sim remete o classificador
à utilização da RGI nº 3. Isso é o que se depreende a partir da leitura da RGI nº 2-b, que determina
que a classificação dos “produtos misturados ou artigos compostos efetua-se conforme os princípios
enunciados na Regra 3.”

1.3.3. Regra Geral de Interpretação nº 3:

A RGI nº 3-a é conhecida como a “regra do desempate”, subdividindo-se em três: RGI nº 3-a, RGI nº
3-b e RGI nº 3-c. Ela é utilizada quando, aparentemente, uma mercadoria possa ser enquadrada em
duas ou mais posições. Vocês se lembram do exemplo que demos anteriormente?

Tínhamos uma camisa de algodão e poliéster! Pela aplicação da RGI nº 2-b, essa camisa poderia se
classificar tanto como “camisa de algodão” quanto como “camisa de poliéster”. Havia ocorrido um
empate!

A RGI nº 3 serve justamente para que o classificador possa escolher, entre alternativas validas, qual
a posição mais adequada para a mercadoria objeto da classificação. 4 Em suma, é ela que resolve o
problema do empate!

1.3.3.1. RGI nº 3-a:

Inicialmente, tentamos aplicar a RGI nº 3-a, que dispõe que a posição específica prevalece sobre a
posição genérica. Destaque-se que são consideradas igualmente específicas as posições que fazem

4
WERNECK, Paulo. Como classificar mercadorias: uma abordagem prática. São Paulo, Aduaneiras:
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referência a apenas uma parte das matérias constitutivas de um produto misturado ou artigo
composto. Esse é o entendimento que se tem a partir da leitura da literalidade da RGI nº 3-a:

“3. Quando pareça que a mercadoria pode classificar-se em duas ou mais posições por aplicação
da Regra 2 b) ou por qualquer outra razão, a classificação deve efetuar-se da forma seguinte:

a) A posição mais específica prevalece sobre as mais genéricas. Todavia, quando duas ou
mais posições se refiram, cada uma delas, a apenas uma parte das matérias constitutivas
de um produto misturado ou de um artigo composto, ou a apenas um dos componentes de
sortidos acondicionados para venda a retalho, tais posições devem considerar-se, em relação
a esses produtos ou artigos, como igualmente específicas, ainda que uma delas apresente
uma descrição mais precisa ou completa da mercadoria.”

Voltemos, então, ao nosso exemplo!

Nós queremos classificar uma “camisa de algodão e poliéster”. Pela aplicação da RGI nº 2-b,
verificamos que, aparentemente, ela pode ser classificada como “camisa de algodão” ou como
“camisa de poliéster". Será necessário, então, um desempate! Aplicando-se a RGI nº 3-a, percebe-
se, todavia, que as posições “camisa de algodão” e “camisa de poliéster” são igualmente específicas,
pois cada uma delas faz referência a apenas uma das matérias constitutivas do produto misturado
(“camisa de algodão e poliéster”)

E agora? Como resolver esse problema?

Aplicando-se a RGI nº 3-b...

1.3.3.2. RGI nº 3-b:

A RGI nº 3-b dispõe que quando não for possível a classificação pela RGI nº 3-a, a mercadoria deverá
ser classificada pela matéria ou artigo que lhe confira a característica essencial, quando for possível
fazer esta determinação. Vejamos:

“b) Os produtos misturados, as obras compostas de matérias diferentes ou constituídas pela


reunião de artigos diferentes e as mercadorias apresentadas em sortidos acondicionados para
venda a retalho, cuja classificação não se possa efetuar pela aplicação da regra 3 a), classificam-
se pela matéria que lhes confira a característica essencial, quando for possível fazer esta
determinação.”

Em nosso exemplo, qual característica é essencial: o algodão ou o poliéster? Bem, aí poderíamos


analisar a composição da camisa. Supondo que ela fosse uma camisa 60% de algodão e 40% de
poliéster, sua característica essencial seria ser composta de “algodão”, não é mesmo? Nesse caso, a
“camisa de algodão e poliéster” se classificaria na posição “camisa de algodão”.

Mas vamos complicar um pouco mais! E se a camisa fosse 50% de algodão e 50% de poliéster? Bem,
aí precisamos aplicar a RGI nº 3-c...

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Chamo sua atenção para aquilo que a RGI nº 3-b denomina “sortidos acondicionados para venda a
retalho”. Mas o que vem a ser “sortidos acondicionados para venda a retalho”?

Se olharmos nos Pareceres da OMA, teremos um bom exemplo! Imagine que seja importado, em
uma única embalagem, um sanduíche de carne acompanhado de batatas fritas para ser esquentado
em forno micro-ondas. Trata-se de um sortido para venda a retalho (dois produtos vendidos como
um único produto!) 5

A classificação fiscal será, então, determinada pelo produto que confere a característica essencial
ao conjunto (aplicação da RGI nº 3-b). No caso específico, a OMA decidiu que a classificação fiscal
seria 1602.50, que é o código tarifário correspondente ao sanduíche de carne.

1.3.3.3. RGI nº 3-c:

A RGI nº 3-c determina que a mercadoria irá se classificar na posição situada em último lugar na
ordem numérica, dentre as suscetíveis de validamente se tomarem em consideração. Dessa forma,
considerando-se que, em nosso exemplo, a posição 6105 se refere às camisas de algodão e a posição
6106 às camisas de poliéster, o conflito se resolveria em favor da última. Vejamos o que diz a
literalidade da RGI nº 3-c:

“c) nos casos em que as regras 3 a) e 3 b) não permitam efetuar a classificação, a mercadoria
classifica-se na posição situada em último lugar na ordem numérica, dentre as suscetíveis
de validamente se tomarem em consideração.”

Pareceres da OMA. Disponível em:


5

< http://www.receita.fazenda.gov.br/publico/Legislacao/Ins/2008/AnexoUnicoINRFB873.pdf> Acesso em


05/01/2012

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RGI nº3-a: posição específica prevalece sobre a posição


genérica

Regra Geral de RGI nº3-b: mercadoria se classifica pela matéria que lhe
Interpretação nº 3 confere a caracterísitica essencial

RGI nº3-c: mercadoria se classifica na posição situada em


último lugar na ordem numérica

1.3.4. Regra Geral de Interpretação nº 4:


RGI nº 4: “As mercadorias que não possam ser classificadas por aplicação das Regras acima
enunciadas classificam-se na posição correspondente aos artigos mais semelhantes.”

Caso não seja possível classificar a mercadoria utilizando-se as três Regras Gerais de Interpretação
precedentes, partimos para a utilização da RGI nº 4, que determina que a classificação será realizada
pela mercadoria mais semelhante.

Percebe-se que a RGI nº 4 é uma regra destinada a obter o fechamento do sistema, ou seja, ela
garante definitivamente que todas as mercadorias existentes e por existir no universo recebam
uma classificação fiscal.

1.3.5. Regra Geral de Interpretação nº 5:

A RGI nº 5 é utilizada para proceder à classificação de embalagens. Há três tipos de embalagens, a


cada uma sendo aplicado um tratamento diferente: i) embalagens de uso prolongado; ii)
embalagens de uso único e; iii) embalagens de uso repetido. Vejamos o que diz a RGI nº 5!

RGI nº 5-a / 5-b: “Além das disposições precedentes, as mercadorias abaixo mencionadas estão
sujeitas às Regras seguintes:

a) Os estojos para aparelhos fotográficos, para instrumentos musicais, para armas, para
instrumentos de desenho, para jóias e receptáculos semelhantes, especialmente fabricados para
conterem um artigo determinado ou um sortido, e suscetíveis de um uso prolongado, quando
apresentados com os artigos a que se destinam, classificam-se com estes últimos, desde que
sejam do tipo normalmente vendido com tais artigos. Esta Regra, todavia, não diz respeito
aos receptáculos que confiram ao conjunto a sua característica essencial.

b) Sem prejuízo do disposto na Regra 5 a), as embalagens contendo mercadorias classificam-se


com estas últimas quando sejam do tipo normalmente utilizado para o seu acondicionamento.

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Todavia, esta disposição não é obrigatória quando as embalagens sejam claramente


suscetíveis de utilização repetida.”

A RGI nº 5-a estabelece o tratamento aplicável às embalagens de uso prolongado, definindo um rol
exemplificativo (não-exaustivo) desse tipo de embalagens (estojos para aparelhos fotográficos, para
instrumentos musicais, para armas, etc). As embalagens de uso prolongado recebem a mesma
classificação fiscal do produto que acondicionam, salvo quando conferirem ao conjunto sua
característica essencial. Dessa forma, temos duas situações possíveis:

a) Embalagens de uso prolongado que confiram ao conjunto sua característica essencial:


recebem classificação autônoma em relação ao produto que acondicionam, isto é,
recebem classificação fiscal diferente do artigo ao qual se destinam. Nesse caso, o
classificador deve se preocupar em atribuir duas classificações fiscais: uma para o produto
e outra para a embalagem.

b) Embalagens de uso prolongado que não confiram ao conjunto sua característica


essencial: recebem classificação fiscal idêntica à do produto que acondicionam, isto é, são
classificados em conjunto. Em outras palavras, o classificador não precisa se preocupar
em classificar a embalagem, bastando que ele classifique o artigo acondicionado.

A RGI nº 5-b, por sua vez, estabelece o tratamento aplicável às embalagens de uso único e às
embalagens de uso repetido.

As embalagens de uso único deverão ser classificadas em conjunto com o produto, desde que
sejam do tipo normalmente utilizado para seu acondicionamento. Seria o caso, por exemplo, de
uma lata de refrigerante! O classificador atribuirá uma única classificação fiscal ao conjunto lata +
líquido.

Em relação às embalagens de uso repetido, a RGI nº 5-b não estabelece uma disposição mandatória
para classificá-las. Ao contrário, ela dispõe que não há obrigatoriedade de que elas sejam
classificadas em conjunto com o produto que acondicionam. Ao conferir esse caráter facultativo à
classificação das embalagens de uso repetido, o Sistema Harmonizado dá margem para que os países
estabeleçam regras específicas para determinar a classificação fiscal destas.

As embalagens de uso repetido são aquelas que podem ser reutilizadas. Seria o caso, por exemplo,
de cilindros contendo gases, os quais são retornáveis após a utilização de seu conteúdo. Tais
cilindros, por serem uma embalagem de uso repetido, poderão ser classificados autonomamente
ou em conjunto com o conteúdo. Isso vai depender das regras específicas de cada país ou bloco
regional. Destaque-se que o MERCOSUL criou regras especiais para as embalagens de uso repetido,
sobre as quais estudaremos mais à frente.

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• Recebem a mesma classificação fiscal do produto que


Embalagens de Uso Prolongado acondicionam, salvo quando conferirem ao conunto
sua característica essencial

• Classificadas em conjunto com o produto que


Embalagens de Uso Único acondicionam, desde que sejam do tipo normalmente
utilizado para seu acondicionamento

• A RGI º 5-b dispõe que elas não precisam ser


classificadas em conjunto com o produto
Embalagens de Uso Repetido
• O SH dá liberdade aos países para definirem regras
próprias para aplicação às embalagens de uso repetido

1.3.6. Regra Geral de Interpretação nº 6:


RGI nº 6 “A classificação de mercadorias nas subposições de uma mesma posição é determinada,
para efeitos legais, pelos textos dessas subposições e das Notas de subposição respectivas, assim
como, “mutatis mutandis”, pelas Regras precedentes, entendendo-se que apenas são
comparáveis subposições do mesmo nível. Para os fins da presente Regra, as Notas de Seção e de
Capítulo são também aplicáveis, salvo disposições em contrário.”

Conforme nós estudamos, as Regras Gerais de Interpretação do SH devem ser utilizadas em


sequência, uma após a outra. As 5 (cinco) primeiras regras gerais de interpretação têm como
objetivo classificar as mercadorias na posição a elas correspondente. Se observarmos a literalidade
das RGI’s de nº 01 a nº 05, veremos que, em todas elas, é feita menção à posição (quatro primeiros
dígitos do SH).

No entanto, o SH é um código de 6 (seis) dígitos. Assim, faz-se necessária uma nova regra para
classificar as mercadorias nos dois dígitos restantes. É esse o objetivo da RGI nº 06: classificar as
mercadorias em suas subposições correspondentes.

E o que determina a RGI nº 06?

Ela determina que a classificação de mercadorias nas subposições deve ser realizada com base nos
textos dessas subposições e nas notas de subposição respectivas (análogo à RGI nº 01). Além disso,
devem ser aplicadas, “mutatis mutandis”, as regras precedentes, isto é, as RGI’s nº 01 a 05. A

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expressão “mutatis mutandis” significa “mudando o que tem que ser mudado”. Ela é utilizada em
virtude da necessidade de que, ao classificar uma mercadoria na subposição tarifária pela aplicação
das RGI nº 01 a 05, o classificador substitua a palavra “posição” por “subposição”. Com efeito, as RGI
nº 01 a 05 fazem menção, por diversas vezes, à posição tarifária.

1.4. NOTAS EXPLICATIVAS DO SISTEMA HARMONIZADO (NESH):

As Notas Explicativas do Sistema Harmonizado (NESH) são disposições que estabelecem o alcance
do texto das posições e, adicionalmente, fornecem a interpretação autêntica das regras gerais de
interpretação (RGI’s). Nesse sentido, são fundamentais para fornecer esclarecimentos sobre os
códigos do SH. Considerando-se a grande abrangência do Sistema Harmonizado, é natural que
existam mercadorias em que seja necessário um conhecimento técnico mais apurado para se
proceder à classificação fiscal.

É nessas horas que a NESH irá auxiliar, detalhando e explicando o conteúdo de alguns códigos
tarifários. Ressalte-se que a aplicação das NESH é subsidiária, ou seja, trata-se de um meio auxiliar
para a interpretação do Sistema Harmonizado (SH).

8. (AFRF-2003)

O Sistema Harmonizado distribui as mercadorias em seções e capítulos, dos quais um foi


reservado para utilização futura e dois, para utilização pelas partes contratantes. Possui seis
regras gerais de interpretação (RGI). O texto de descrição das mercadorias é precedido de um
código, composto de seis algarismos, separados da seguinte forma XXXX.XX, indicando os dois
primeiros o capítulo, os quatro primeiros a posição, e os dois últimos, a subposição, que pode
ser de primeiro nível ou de segundo.

Comentários

Várias informações importantes nessa questão:

a) O Capítulo 77 foi deixado em branco para utilização futura.

b) Os Capítulos 98 e 99 foram reservados para utilização pelas partes contratantes.

c) O SH possui 6 (seis) Regras Gerais de Interpretação.

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d) As mercadorias são classificadas pelo SH em 6 dígitos. Os dois primeiros dizem respeito ao


capítulo, os quatro primeiro à posição e os dois últimos, à subposição, que pode ser de 1º
ou 2º nível.

Por tudo isso, a questão está correta.

Gabarito: certa

9. (AFRF 2002.2)

Considerando que o Sistema Harmonizado de Designação e de Codificação de Mercadorias


possui em sua estrutura 6 (seis) Regras Gerais Interpretativas, Notas de Seções e de Capítulos,
uma Lista ordenada de posições e de subposições, apresentadas sistematicamente,
compreendendo 21 Seções, 96 Capítulos e 1241 posições, subdivididas (exceto 311) em
subposições, resultando num total de 5019 grupos de mercadorias, podemos afirmar que ele
abrange todo o universo de mercadorias, produtos e materiais existentes e por existir no
Universo, inclusive a energia elétrica, omitindo mesmo as mercadorias dos Capítulos 77, 98 e
99, sendo assim um sistema racional e completo.

Comentários

Vejam só, meus amigos! Mais uma questão sobre a estrutura do SH! Isso não cai na prova! Despenca!

Conforme afirma o enunciado, o SH está dividido em 21 Seções e 96 Capítulos (não precisa decorar
o número de posições e subposições, pois isso muda muito!). Os Capítulos 77, 98 e 99 foram
deixados em branco, sendo que o Capítulo 77 foi reservado para utilização futura e os Capítulos 98
e 99 reservados para utilização pelas partes contratantes. Trata-se de um sistema racional e
completo. Racional porque as mercadorias são classificadas com base em critérios objetivos.
Completo porque abrange todos os bens existentes e por existir no universo, inclusive a energia
elétrica. Por tudo isso, a questão está correta.

Gabarito: certa

10. (AFRF-2005)

Os títulos das seções, capítulos e subcapítulos do Sistema Harmonizado têm apenas valor
indicativo. Para os efeitos legais, a classificação fiscal é determinada pelos textos das posições
e das Notas de Seção e de Capítulo.

Comentários

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A questão traz a literalidade da RGI nº 01! Segundo essa regra, os títulos das seções, capítulos e
subcapítulos têm apenas valor indicativo. Para os efeitos legais, a classificação fiscal é determinada
pelos textos das posições e das Notas de Seção e de Capítulo.

Gabarito: certa

11. (Questão Inédita)

Quando duas ou mais posições se refiram, cada uma delas, a apenas uma das matérias
constitutivas de um produto misturado, a posição mais específica prevalece sobre a genérica.

Comentários

Pela RGI nº 3-a, a posição mais específica prevalece sobre a genérica. No entanto, quando duas ou
mais posições se referirem, cada uma delas, a apenas uma das matérias constitutivas de um produto
misturado, elas serão consideradas igualmente específicas. Nesse caso, a classificação será feita pela
RGI nº 3-b, que resolve o conflito a favor da posição que diz respeito à característica essencial da
mercadoria.

Gabarito: errada

12. (Questão Inédita)

Quando não se consegue encontrar classificação fiscal para uma mercadoria aplicando-se as
RGI no 1, no 2 e no 3, deve ser utilizada a classificação dos artigos mais semelhantes.

Comentários

Caso não seja possível classificar uma mercadoria pela aplicação das RGI’s nº 01, nº 02 e nº 03, deve-
se utilizar a RGI nº 4. E o que diz essa regra? Segundo a RGI nº 04, as mercadorias devem se classificar
na posição correspondente aos artigos mais semelhantes.

Gabarito: certa

13. (AFRF 2002.1)

Para efeito de classificação das mercadorias na Nomenclatura Comum do MERCOSUL e


aplicação das Regras Gerais para a Interpretação do Sistema Harmonizado, quando inaplicável
a RGI nº 1, o artigo desmontado ou por montar é classificado na posição do artigo completo ou
acabado, montado ou por montar, sempre que apresente, no estado em que se encontra, as
características essenciais do artigo completo ou acabado.

Comentários

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Segundo a RGI nº 2-a, o artigo incompleto ou inacabado classifica-se na mesma posição do artigo
completo, desde que possua, no estado em que se encontra, as características essenciais do artigo
completo.

Gabarito: certa

14. (Questão Inédita)

De acordo com o Sistema Harmonizado, as embalagens de uso repetido sempre terão


classificação autônoma em relação ao produto que acondicionam.

Comentários

O SH estabelece que as embalagens de uso prolongado é que devem classificar-se juntamente com
a mercadoria que acondicionam, desde que não confiram a característica essencial ao conjunto.

Em relação às embalagens de uso repetido, o SH não diz que elas devem nem que elas não devem
se classificar juntamente com a mercadoria que acondicionam. O SH diz apenas que as embalagens
de uso repetido não precisam obedecer à regra aplicável às embalagens de uso geral. Conclusão:
elas podem ter classificação autônoma em relação à mercadoria que acondicionam, mas não
necessariamente terão. Isso vai depender das regras próprias definidas por cada país.

Gabarito: errada

15. (Questão Inédita)

Segundo a RGI 5-b, as embalagens contendo mercadorias classificam-se com estas últimas
quando sejam do tipo normalmente utilizado para o seu acondicionamento.

Comentários

As embalagens contendo mercadorias se classificam com estas últimas quando forem do tipo
normalmente utilizado para seu acondicionamento. É o caso, por exemplo, de uma garrafa de
refrigerante, que se classifica juntamente com o líquido em seu interior.

Gabarito: certa

16. (AFTN-1998)

Para efeito de classificação das mercadorias na Nomenclatura e Aplicação das Regras Gerais
para a Interpretação do Sistema Harmonizado, quando inaplicável a RGI nº 1, o artigo
incompleto ou inacabado não pode ser classificado na posição do artigo completo ou acabado
porque as Notas Explicativas do Sistema Harmonizado determinam sua classificação segundo
a matéria preponderante no artigo em referência.

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Comentários

O artigo incompleto ou inacabado pode sim ser classificado na posição do artigo completo ou
acabado, bastando que este apresente, no estado em que se encontra, as características essenciais
do artigo completo ou acabado.

Gabarito: errada

17. (Questão Inédita)

Os títulos das seções, capítulos e subcapítulos tem apenas valor indicativo; para os efeitos
legais, a classificação é determinada pelas notas explicativas do Sistema Harmonizado e pelas
Regras Gerais e Complementares.

Comentários

Essa era pegadinha! Não sei se consegui te enrolar! As notas explicativas do SH são elementos
subsidiários na classificação de mercadorias. A questão estaria correta se afirmasse que os títulos
das seções, capítulos e subcapítulos têm somente valor indicativo e que para fins legais devem ser
consideradas as notas de seção, notas de capítulo e os textos das posições.

Gabarito: errada

18. (Questão Inédita)

Os subcapítulos são subdivisões dos capítulos para facilitar a ordenação. Todos os capítulos são
subdivididos em subcapítulos.

Comentários

Nem todos os capítulos são divididos em subcapítulos. Apenas os maiores possuem subcapítulos.

Gabarito: errada

19. (Questão Inédita)

O número do subcapítulo não entra no código de formação da classificação fiscal de


mercadorias.

Comentários

De fato, o número do subcapítulo não entra na formação do código da mercadoria.

Gabarito: certa

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20. (Questão Inédita)

A classificação fiscal é feita a partir dos títulos das seções, capítulos e subcapítulos do Sistema
Harmonizado, que têm valor legal de acordo com a RGI nº 1.

Comentários

Os títulos das seções, capítulos e subcapítulos têm apenas valor indicativo. Para efeitos legais, o que
vale são as notas de seção, as notas de capítulo e os textos das posições.

Gabarito: errada

21. (Questão Inédita)

De acordo com a RGI-2-a, qualquer referência a um artigo em determinada posição abrange


este artigo incompleto ou inacabado.

Comentários

O artigo incompleto ou inacabado classifica-se na posição do artigo completo ou acabado desde que
no estado em que se encontre apresente as características essenciais deste.

Gabarito: errada

22. (AFTN-1989)

De acordo com a 2ª Regra Geral para a Interpretação do Sistema Harmonizado, qualquer


menção a uma matéria em determinada posição da Nomenclatura Comum do MERCOSUL diz
respeito a essa matéria, quer em estado puro, quer misturada ou associada a outras matérias.

Comentários

Segundo a RGI nº 2-b, qualquer referência a uma matéria em determinada posição diz respeito a
essa matéria quer no estado puro, quer associada ou misturada a outras substâncias.

Gabarito: certa

23. (AFRF-2005)

No que atine à interpretação do Sistema Harmonizado, quando uma mercadoria


aparentemente possa ser classificada em duas ou mais posições, a classificação deve ser feita,
em regra, pela posição mais genérica em detrimento das mais específicas.

Comentários

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Pela RGI nº 3-a, a posição específica prevalece sobre a posição genérica.

Gabarito: errada

24. (Questão Inédita)

Uma embalagem de uso prolongado que confira ao conjunto a sua característica essencial é
sujeita a classificação própria, independente da classificação da mercadoria.

Comentários

As embalagens de uso prolongado poderão ter classificação junto com a mercadoria que
acondicionam ou ainda poderão classificar-se autonomamente. Quando elas conferem a
característica essencial ao conjunto, elas têm classificação própria, conforme afirma a assertiva.

Gabarito: certa

25. (Questão Inédita)

Uma embalagem de uso prolongado que não confira ao conjunto a sua característica essencial
e seja apresentada com o artigo a que se destina, classifica-se com este último, desde que seja
do tipo normalmente vendido com tais artigos.

Comentários

Quando as embalagens de uso prolongado não conferem a característica essencial ao produto que
acondicionam, elas acompanham sua classificação fiscal.

Gabarito: certa

26. (Questão Inédita)

Quando uma mercadoria aparentemente possa ser classificada em duas ou mais posições, a
classificação deve ser feita na posição mais específica em detrimento da genérica, devendo-se
considerar igualmente específicas as posições que se refiram a apenas uma parte das matérias
constitutivas de um produto misturado ou de um artigo composto, ou a apenas um dos
componentes de sortidos acondicionados para venda a retalho, salvo se uma delas apresenta
uma descrição mais precisa ou completa da mercadoria.

Comentários

Segundo a RGI nº 3-a, quando uma mercadoria possa, aparentemente, ser classificada em duas ou
mais posições, a classificação será feita na posição mais específica em detrimento da genérica.

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São consideradas igualmente específicas as posições que façam referência a apenas uma parte das
matérias constitutivas de um produto misturado ou de um artigo composto, ou a apenas um dos
componentes de sortidos acondicionados para venda a retalho, ainda que uma delas apresente uma
descrição mais precisa ou completa da mercadoria. Viram o que eu sublinhei? Pois é: a assertiva usa
a expressa “salvo se”, que muda completamente o sentido da frase.

Gabarito: errada

27. (AFTN-1998)

Para efeito de classificação das mercadorias na Nomenclatura e Aplicação das Regras Gerais
para a Interpretação do Sistema Harmonizado, quando inaplicável a RGI nº 1, o artigo
incompleto ou inacabado é classificado na posição do artigo completo ou acabado, sempre que
apresente, no estado em que se encontra, as características essenciais do artigo completo ou
acabado, aplicável tal regra também para o artigo desmontado ou por montar.

Comentários

Perfeita a assertiva! Ela descreve exatamente a RGI nº 2-a! Guarde isso, meu amigo, pois cai muito
em prova!

Gabarito: certa

28. (AFTN-1998)

Para efeito de classificação das mercadorias na Nomenclatura e Aplicação das Regras Gerais
para a Interpretação do Sistema Harmonizado, quando inaplicável a RGI nº 1, o artigo
incompleto ou inacabado é abrangido pela posição do artigo completo ou acabado, desde que
apresente, no estado em que se encontra, as características essenciais do artigo completo ou
acabado, não valendo essa regra para o artigo completo ou acabado desmontado ou por
montar.

Comentários

A RGI nº 2-a se aplica aos artigos incompletos ou inacabados e também aos artigos desmontados ou
por montar.

Gabarito: errada

29. (Questão Inédita)

De acordo com a RGI-2-a, qualquer referência a um artigo em determinada posição abrange


este artigo incompleto ou inacabado.

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Comentários

Para que um artigo incompleto ou inacabado possa ser classificado na mesma posição do artigo
completo ou acabado, ele precisa apresentar, no estado em que se encontra, as características
essenciais do artigo completo ou acabado.

Gabarito: errada

30. (Questão Inédita)

Qualquer referência a uma matéria em determinada posição diz respeito a essa matéria, quer
em estado puro, quer associada ou misturada a outras matérias.

Comentários

É exatamente o que dispõe a RGI nº 2-b.

Gabarito: certa

31. (Questão Inédita)

É possível, em situações excepcionais, que uma mercadoria possa ser classificada em mais de
uma posição do Sistema Harmonizado.

Comentários

Ao final da classificação fiscal, a mercadoria somente poderá ser classificada em uma única posição.
Se isso não fosse feito dessa forma, haveria inúmeros problemas, particularmente no que se refere
à tributação.

Gabarito: errada

32. (Questão Inédita)

Segundo a RGI no 2, o artigo incompleto ou inacabado irá possuir a mesma classificação fiscal
atribuída ao artigo completo ou acabado.

Comentários

O artigo incompleto ou inacabado somente irá possuir a mesma classificação fiscal atribuída ao
artigo completo ou acabado caso, no estado em que se encontre, possuir as características essenciais
do artigo completo ou acabado.

Gabarito: errada

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33. (CODESP-2011)

Em relação à classificação de mercadorias na nomenclatura do Sistema Harmonizado, é


possível afirmar que para os efeitos legais, a classificação de mercadorias é determinada pelos
títulos das Seções, Capítulos e Subcapítulos.

Comentários

Para os efeitos legais, a classificação de mercadorias é determinada pelos textos das posições e pelas
Notas de Seção e de Capítulo.

Gabarito: errada

34. (CODESP-2011)

Qualquer referência a uma matéria em determinada posição diz respeito a essa matéria, quer
em estado puro, quer misturada ou associada a outras matérias.

Comentários

Mais uma vez, a cobrança da literalidade da RGI nº 2-b!

Gabarito: certa

35. (CODESP-2011)

Os estojos para aparelhos fotográficos mesmo que apresentados separadamente com os


aparelhos a que se destinam, classificam-se com estes últimos, desde que sejam do tipo
normalmente vendidos com tais aparelhos.

Comentários

Os estojos são embalagens de uso prolongado e sua classificação obedece ao que dispõe a RGI nº 5-
a. Em regra, eles serão classificados em conjunto com os produtos que acondicionam. Ressalte-se,
todavia, que, para isso, eles não podem ser apresentados separadamente do produto que
acondicionam e, além disso, não podem conferir a característica essencial ao conjunto.

Gabarito: errada

36. (Questão Inédita)

Quando duas ou mais posições se refiram, cada uma delas, a apenas uma das matérias
constitutivas de um produto misturado, a posição mais específica prevalece sobre a genérica.

Comentários

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Pela RGI nº 3-a, a posição mais específica prevalece sobre a genérica. No entanto, quando duas ou
mais posições se referirem, cada uma delas, a apenas uma das matérias constitutivas de um produto
misturado, elas serão consideradas igualmente específicas. Nesse caso, a classificação será feita pela
RGI nº 3-b, que resolve o conflito a favor da posição que diz respeito à característica essencial da
mercadoria.

Gabarito: errada

37. (Questão Inédita)

Segundo a RGI 5-b, as embalagens de uso repetido classificam-se sempre autonomamente em


relação ao produto que acondicionam.

Comentários

A RGI nº 5- b não apresenta regra impositiva quanto à classificação fiscal das embalagens de uso
repetido. Ela apenas estabelece que este tipo de embalagem não precisa seguir a classificação dos
produtos que acondicionam. Ou seja, de acordo com essa regra, as embalagens de uso repetido
podem ter classificação própria.

Gabarito: errada

38. (Questão Inédita)

No que atine à interpretação do Sistema Harmonizado, quando uma mercadoria


aparentemente possa ser classificada em duas ou mais posições, a classificação deve ser feita,
em regra, pela posição mais específica em detrimento da mais genérica.

Comentários

Isso é exatamente o que dispõe a RGI nº 3-a! A posição mais específica prevalece sobre a mais
genérica.

Gabarito: certa

39. (Questão Inédita)

A classificação de mercadorias nas subposições de uma mesma posição é determinada, para


efeitos legais, pelos textos dessas subposições e das Notas de Subposição respectivas, assim
como, mutatis mutandis, pelas Regras precedentes, entendendo-se que apenas são
comparáveis subposições do mesmo nível.

Comentários

Essa é a literalidade da RGI nº 6, que determina como é feita a classificação fiscal nas subposições.

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Gabarito: certa

40. (Questão Inédita)

As embalagens de uso prolongado que confiram a característica essencial ao conjunto terão


classificação própria, independente da classificação da mercadoria.

Comentários

Quando as embalagens de uso prolongado conferirem a característica essencial ao conjunto, elas


terão classificação fiscal autônoma (classificação própria). Ao contrário, quando não conferirem a
característica essencial ao conjunto, seguirão a classificação fiscal da mercadoria que acondicionam.

Gabarito: certa

41. (CODESP-2011)

As mercadorias apresentadas em sortidos acondicionados para venda a varejo se classificam


sempre pela matéria ou artigo que lhes confira a característica essencial.

Comentários

O erro da questão foi falar em sortidos acondicionados para venda a varejo. Os sortidos
acondicionados para venda a retalho recebem a classificação pela matéria ou artigo que lhes confira
a característica essencial.

Gabarito: errada

2. NOMENCLATURA COMUM DO MERCOSUL:

2.1. GENERALIDADES:

A Nomenclatura Comum do MERCOSUL (NCM) entrou em vigor em 1996, sendo utilizada pelos
países desse bloco regional em todas as suas operações de comércio exterior. Trata-se de um
sistema de classificação fiscal baseado no Sistema Harmonizado (SH), que dá amparo à existência
da Tarifa Externa Comum (TEC). Destaque-se que a adoção da TEC e da NCM teve como
consequência a extinção dos sistemas nacionais de classificação de mercadorias dos países membros
do MERCOSUL.

Conforme já estudamos, o MERCOSUL é uma união aduaneira e, portanto, seus membros aplicam,
em regra, alíquotas idênticas sobre as importações de terceiros países. Com efeito, para que isso
seja viabilizado, é imprescindível que exista uma tabela única de códigos associados às suas
respectivas alíquotas do imposto de importação. Essa ”tabela de códigos” é justamente a NCM! No

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Brasil, a NCM substituiu a NBM (Nomenclatura Brasileira de Mercadorias), que vigorou até
dezembro de 1995 e também era baseada no SH.

A NCM associa cada produto existente e por existir a um código numérico de 8 (oito) dígitos. Na
condição de nomenclatura baseada no SH, os 6 (seis) primeiros dígitos da NCM são idênticos aos 6
(seis) primeiros dígitos do SH. Todavia, a NCM possui dois dígitos adicionais (desdobramentos
regionais específicos), o que significa que ela promove um maior detalhamento dos códigos
previstos no SH. O sétimo dígito é denominado item e o oitavo dígito é chamado de subitem.

Um detalhe interessante! Vocês se lembram de que quando uma posição não era desdobrada, o
quinto dígito seria zero e, assim, obrigatoriamente, o sexto dígito também seria zero? Pois bem, na
NCM, ocorre fato semelhante. Se o sétimo dígito for zero, o oitavo dígito será obrigatoriamente
zero.

Aí você pode me perguntar: “Professor, é possível que uma posição não desdobrada em subposições
seja desdobrada em itens e subitens da NCM?”

A resposta é SIM. Duvidam? Então dêem uma olhadinha lá na TEC e vejam a NCM 1101.00.10-
Farinha de trigo. Ou seja, nosso macete aqui é o seguinte:

a) 5º e 6º dígitos “andam juntos”, ou seja, se o 5º dígito for zero, o 6º dígito será


obrigatoriamente zero.

b) 7º e 8º dígitos “andam juntos”, ou seja, se o 7º dígito for zero, o 8º dígito será


obrigatoriamente zero.

2.2. REGRAS GERAIS COMPLEMENTARES:

Conforme já estudamos, o SH possui 6 (seis) Regras Gerais de Interpretação, as quais são utilizadas
para classificar as mercadorias. A NCM possui, além das mesmas 6 (seis) Regras Gerais de
Interpretação (RGI’s), 2 (duas) Regras Gerais Complementares (RGC’s).

2.2.1. Regra Geral Complementar nº 1 (RGC nº 1):

As 6 (seis) Regras Gerais de Interpretação são utilizadas para se classificar uma mercadoria nos 6
dígitos do Sistema Harmonizado. Considerando-se que, no âmbito do MERCOSUL, foi criada a NCM,
que possui 8(oito) dígitos, foi necessário criar uma regra complementar para classificar as
mercadorias nesses 2 (dois) novos dígitos – item e subitem.

A Regra Geral Complementar nº 1 (RGC 1) tem justamente o objetivo de dizer como devem ser
classificadas as mercadorias no item e subitem (7º e 8º dígitos). Tal classificação será feita, “mutatis
mutandis” (mudando o que tem ser mudado), com a aplicação das Regras Gerais de Interpretação
do Sistema Harmonizado. Trata-se de regra análoga à RGI nº 06, dispondo o seguinte:

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(RGC-1) - As Regras Gerais para Interpretação do Sistema Harmonizado se aplicarão, “mutatis


mutandis”, para determinar dentro de cada posição ou subposição, o item aplicável e, dentro deste
último, o subitem correspondente, entendendo-se que apenas são comparáveis desdobramentos
regionais (itens e subitens) do mesmo nível.

2.2.2. Regra Geral Complementar nº 2 (RGC nº 2):

O Sistema Harmonizado não estabeleceu uma disposição mandatória para a classificação fiscal das
embalagens de uso repetido, dispondo apenas que estas não precisam classificar-se em conjunto
com o produto que acondicionam. Dessa forma, ficou a cargo dos países signatários da convenção
que instituiu o SH definir como será feita a classificação fiscal de embalagens de uso repetido.
Vejamos o que foi definido no MERCOSUL!

(RGC-2) - As embalagens contendo mercadorias e que sejam claramente suscetíveis de utilização


repetida, mencionadas na Regra 5-b, seguirão seu próprio regime de classificação sempre
que estejam submetidas aos regimes aduaneiros especiais de admissão temporária ou
de exportação temporária. Caso contrário, seguirão o regime de classificação das mercadorias.

A RGC nº 2 estabelece como será feita a classificação fiscal das embalagens de uso repetido no
âmbito do MERCOSUL. Segundo essa regra, as embalagens de uso repetido somente terão
classificação fiscal autônoma quando forem submetidas aos regimes aduaneiros especiais de
admissão temporária ou exportação temporária.

Assim, temos duas situações possíveis:

a) Embalagens de uso repetido submetidas aos regimes de admissão temporária ou


exportação temporária: recebem classificação autônoma em relação ao produto que
acondicionam, isto é, recebem classificação fiscal diferente da do produto.

b) Embalagens de uso repetido nacionalizadas ou submetidas a outro regime aduaneiro


especial que não os de admissão temporária ou exportação temporária: classificam-se em
conjunto com o produto que acondicionam.

É muito comum que haja confusão quanto à classificação fiscal de contêineres! Seriam eles
embalagens de uso repetido? Eles recebem classificação fiscal?

O contêiner é um recipiente metálico utilizado para o acondicionamento e transporte de carga. No


entanto, ele não é considerado uma embalagem, mas sim uma parte integrante do navio. Ao entrar
no país, o contêiner é automaticamente submetido ao regime de admissão temporária, uma vez
que, em regra, eles retornarão ao exterior após a retirada das mercadorias que acondicionam. Nesse
caso, eles não serão objeto de classificação fiscal na Declaração de Importação das mercadorias
despachadas para consumo.

Pode ocorrer, todavia, de esses contêineres serem importados a título definitivo. É o caso, por
exemplo, em que um contêiner é nacionalizado com o objetivo de ser usado como uma instalação
para fins médico-hospitalares. Nesse caso, considerando-se que o contêiner é o próprio bem

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importado, ele receberá classificação fiscal própria (8609.00.00), submetendo-se a despacho para
consumo. Como curiosidade, muitos contêineres são usados em missões de paz da ONU como
alojamento para militares!

2.3. CLASSIFICAÇÃO DE MERCADORIAS:

A NCM é utilizada em todas as operações de comércio exterior (exportações e importações) dos


países-membros do MERCOSUL. Um exemplo irá ilustrar melhor!

Suponha que uma empresa brasileira vai realizar uma exportação para a Alemanha. Nesse caso, ela
deverá apresentar as mercadorias à Aduana brasileira para que seja feito o despacho de exportação.
Posteriormente, essas mercadorias serão apresentadas à Aduana alemã. Ao apresentar a
mercadoria à Aduana brasileira, a empresa deverá classificá-la na NCM. Por outro lado, ao
apresentar a mercadoria à Aduana alemã, deverá classificá-la na Nomenclatura Combinada (que é a
nomenclatura da UE!)

A conclusão que retiramos desse exemplo é a de que, sempre que a mercadoria for apresentada à
Aduana brasileira (seja em uma importação ou exportação!), ela deverá estar classificada na NCM.
Por outro lado, ao apresentá-la à Aduana de outro país, a classificação fiscal será feita com base no
sistema de classificação utilizado por aquele país.

A classificação fiscal na NCM é realizada, no Brasil, em conformidade com o que dispõe o art. 94 do
Regulamento Aduaneiro:

“Art. 94. A alíquota aplicável para o cálculo do imposto é a correspondente ao posicionamento da


mercadoria na Tarifa Externa Comum, na data da ocorrência do fato gerador, uma vez identificada
sua classificação fiscal segundo a Nomenclatura Comum do Mercosul.

Parágrafo único. Para fins de classificação das mercadorias, a interpretação do conteúdo das
posições e desdobramentos da Nomenclatura Comum do Mercosul será feita com observância das
Regras Gerais para Interpretação, das Regras Gerais Complementares e das Notas
Complementares e, subsidiariamente, das Notas Explicativas do Sistema Harmonizado de
Designação e de Codificação de Mercadorias, da Organização Mundial das Aduanas.”

Interpretando o parágrafo único do art. 94, verifica-se que a classificação fiscal na NCM é feita
observando-se: i) as 6 (seis) Regras Gerais de Interpretação do SH; ii) as 2 (duas) Regras Gerais
Complementares da NCM e; iii) subsidiariamente, as Notas Explicativas do Sistema Harmonizado
(NESH).

A responsabilidade pela classificação fiscal de mercadorias é do importador ou do exportador, sem


prejuízo da ulterior verificação pela autoridade aduaneira. Ressalte-se, no entanto, que, em caso de
dúvida sobre a classificação fiscal, pode ser formulada consulta à Receita Federal do Brasil. Cabe
destacar que quando a classificação fiscal é feita de forma incorreta pelo importador a RFB irá lhe
aplicar uma multa de 1% do valor aduaneiro.

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De acordo com a IN RFB nº 1.747/2017, também são elementos subsidiários fundamentais para a
classificação de mercadorias na NCM os Pareceres da OMA (Organização Mundial de Aduanas).
Destaque-se que, tanto a NESH quanto os Pareceres da OMA não possuem valor legal.

Outra nomenclatura utilizada pela Receita Federal é a NVE (Nomenclatura de Valor Aduaneiro e
Estatística). A classificação na NVE é realizada com base em atributos e especificações. O objetivo
da NVE é permitir a formulação de estatísticas detalhadas sobre a importação de mercadorias que
são objeto de valoração aduaneira (controle do valor declarado) pela Receita Federal.

42. (AFRF-2005)

A classificação fiscal da mercadoria deve ser feita pelo próprio importador. Não obstante, em
caso de dúvida sobre a classificação do bem, há previsão legal para que, respeitados
parâmetros, seja formulada consulta à autoridade aduaneira com vistas à correta classificação
da mercadoria.

Comentários

A classificação fiscal é de responsabilidade do importador. Caso este possua dúvidas quanto à


correta classificação de um bem, é possível que ele formule uma consulta à autoridade aduaneira.

Gabarito: certa

43. (ACE-2008)

O instrumento de classificação de mercadorias atualmente empregado pelo Brasil é a


Nomenclatura Comum do MERCOSUL, criada em 1995 em substituição à Nomenclatura
Aduaneira da Associação Latino-Americana de Integração (NALADI/SH), que foi empregada de
1980 até 1995.

Comentários

A NCM não substituiu a NALADI (Nomenclatura Aduaneira da ALADI), mas sim a NBM (no caso do
Brasil!). A NALADI é um sistema de classificação fiscal utilizado pelos países-membros da ALADI e
está em pleno vigor.

Gabarito: errada

44. (AFTN-1996-adaptada)

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A Nomenclatura Comum do MERCOSUL (NCM/SH) é um exemplo de sistema de informação


sobre comércio exterior através do qual se formulam as estatísticas comerciais de um país ou
região e as descrições de suas pautas de importação e exportação.

Comentários

A Nomenclatura Comum do MERCOSUL (NCM) não é um sistema de informações sobre comércio


exterior, mas sim um sistema de classificação fiscal de mercadorias. Cabe destacar que a utilização
de sistemas de classificação fiscal de mercadorias permite que os países formulem estatísticas de
comércio exterior, com vistas a subsidiar políticas públicas nesta área.

Gabarito: errada

45. (AFTN-1996-adaptada)

A Nomenclatura Comum do MERCOSUL (NCM/SH) é um exemplo de sistema de designação e


codificação de mercadorias para uso na formulação das estatísticas de comércio exterior, nas
negociações de preferências tarifárias e para uso aduaneiro.

Comentários

De fato, a NCM é um sistema de designação e codificação de mercadorias, ou seja, trata-se de um


sistema de classificação fiscal de mercadorias. Ela é utilizada na formulação das estatísticas de
comércio exterior, nas negociações de preferências tarifárias e para fins aduaneiros (aplicação de
tributos incidentes sobre o comércio exterior). Logo, a questão está correta.

Gabarito: certa

46. (CODESP-2011)

Um botijão de gás exportado no regime de exportação temporária seguirá a classificação do


gás que contém.

Comentários

A questão não faz qualquer menção à RGC nº 2. Assim, podemos analisá-la sob duas óticas:

a) O examinador considerou implicitamente a RGC nº 2: Nesse caso, o botijão de gás


(embalagem de uso repetido) receberá classificação autônoma em razão de ter sido
submetido ao regime de exportação temporária. A questão estaria errada.

b) O examinador não considerou a RGC nº 2: Nesse caso, pela aplicação da RGI nº 5-b, o
botijão (embalagem de uso repetido) poderá ou não seguir a classificação fiscal do
produto que acondiciona. Vai depender do que as regras específicas do país ou do bloco
regional estabelecerem! A questão também estaria errada sob essa ótica.

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Gabarito: errada

47. (AFTN-1996-adaptada)

A Nomenclatura Comum do MERCOSUL (NCM/SH) é um exemplo de conjunto de informações


estatísticas sobre a produção e a comercialização de mercadorias no âmbito de um país ou
região em um período de tempo determinado.

Comentários

A NCM não é um conjunto de informações estatísticas, mas sim um sistema de classificação fiscal de
mercadorias.

Gabarito: errada

48. (AFRFB-2009)

A Nomenclatura Comum do MERCOSUL está baseada no Sistema Harmonizado, contendo dois


dígitos adicionais introduzidos pelos próprios países do bloco, tendo substituído, no Brasil, a
Nomenclatura Brasileira de Mercadorias.

Comentários

A NCM é baseada no SH, possuindo dois dígitos adicionais em relação a este. Ademais, ela substituiu
a NBM no Brasil.

Gabarito: certa

49. (AFRFB-2009)

Com o advento da Tarifa Externa Comum, os países do MERCOSUL substituíram seus sistemas
nacionais de classificação de mercadorias pelo Sistema Harmonizado de Designação e
Codificação de Mercadorias (SH).

Comentários

Com o advento da TEC, os membros do MERCOSUL substituíram seus sistemas nacionais de


classificação pela NCM (e não pelo SH!). Foi o caso, por exemplo, do Brasil, em que a NCM substituiu
a NBM.

Gabarito: errada

50. (AFRFB-2009)

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A adoção da Tarifa Externa Comum do MERCOSUL tornou necessária a harmonização dos


respectivos sistemas nacionais de classificação de mercadorias dos países membros.

Comentários

A adoção da TEC teve como consequência a extinção dos sistemas nacionais de classificação de
mercadorias dos países membros do MERCOSUL. Logo, não há que se falar que esses sistemas de
classificação fiscal foram harmonizados. Ao contrário, eles foram extintos, surgindo um sistema de
classificação fiscal único, aplicável a todas as operações de comércio exterior realizados pelos países
do bloco regional.

Gabarito: errada

51. (AFRFB-2009)

Por possuir o Brasil a pauta comercial mais diversificada no âmbito do MERCOSUL, a


Nomenclatura Brasileira de Mercadorias é a referência para o instrumento de designação e
codificação de mercadorias que é aplicado no MERCOSUL.

Comentários

A NBM não existe mais desde novembro de 1995. A referência para a NCM é o Sistema Harmonizado
(SH), no qual ela se baseia. Com efeito, os 6 (seis) primeiros dígitos da NCM são exatamente iguais
aos 6 (seis) dígitos do SH.

Gabarito: errada

52. (ACE-1997-adaptada)

A Nomenclatura Comum do MERCOSUL é empregada exclusivamente para a classificação


aduaneira de mercadorias provenientes do MERCOSUL.

Comentários

A NCM é aplicada a todas as operações de comércio exterior dos países membros do bloco regional,
independentemente da origem da mercadoria.

Gabarito: errada

53. (AFRF-2005)

Dos oito dígitos que compõem a Nomenclatura Comum do MERCOSUL, os seis primeiros são
formados pelo Sistema Harmonizado, ao passo em que o sétimo e oitavo dígitos correspondem
a desdobramentos específicos definidos no âmbito do MERCOSUL.

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Comentários

A NCM é um sistema de classificação fiscal baseado no SH, o que faz com que os 6 (seis) primeiros
dígitos dessa nomenclatura sejam idênticos aos 6 (seis) dígitos do SH. A NCM possui, entretanto, 8
(oito) dígitos, os quais são desdobramentos regionais específicos. O sétimo dígito é denominado
item e o oitavo dígito é chamado de subitem.

Gabarito: certa

54. (AFRF-2003)

No Brasil, a classificação tarifária é feita enquadrando-se a mercadoria ou produto no


respectivo código da Nomenclatura, aplicando-se as regras de interpretação, segundo as quais
a classificação é determinada pelos textos das posições e das Notas de Seção e de Capítulo e,
desde que não sejam contrárias a esses textos, pelas demais regras gerais de interpretação,
bem como pelas regras gerais complementares e, no caso da NVE (Nomenclatura de Valor e
Estatística), pelos atributos e especificações da mercadoria, não tendo valor legal as Notas
Explicativas do SH (NESH) e os Pareceres de Classificação da OMA (Organização Mundial de
Alfândegas).

Comentários

Várias informações importantes e corretas nessa questão:

a) A classificação fiscal na NCM é feita com base no texto das posições e nas notas de seção
e de capítulo (RGI nº 1).

b) A classificação fiscal na NCM é feita com observâncias das RGI’s e das RGC’s.

c) A classificação fiscal na NVE é feita com base em atributos e especificações.

d) As NESH e os Pareceres da OMA possuem aplicação subsidiária e não têm valor legal.

Gabarito: certa

55. (AFRF-2003 - adaptada)

Segundo as regras para classificação de mercadorias na NCM, as embalagens contendo


mercadorias, do tipo normalmente utilizado para seu acondicionamento e que sejam
claramente suscetíveis de utilização repetida seguirão o regime de classificação das
mercadorias ou, quando submetidas aos regimes aduaneiros especiais de admissão temporária
ou de exportação temporária, seguirão seu próprio regime de classificação.

Comentários

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Segundo a RGC nº2, as embalagens de uso repetido seguirão seu próprio regime de classificação
fiscal (classificação autônoma) quando submetidas aos regimes aduaneiros especiais de admissão
temporária ou de exportação temporária. Caso não estejam submetidas a esses regimes aduaneiros
especiais, elas serão classificadas em conjunto com as mercadorias que acondicionam.

Gabarito: certa

56. (AFRF – 2003)

Segundo as regras para classificação de mercadorias na NCM, as embalagens contendo


mercadorias, do tipo normalmente utilizado para seu acondicionamento e que sejam
claramente suscetíveis de utilização repetida seguirão o regime de classificação das
mercadorias.

Comentários

O enunciado da questão está incompleto. Segundo as regras da NCM, as embalagens de uso repetido
terão classificação própria quando submetidas aos regimes de admissão temporária ou exportação
temporária.

Gabarito: errada

57. (AFRF-2002.2)

O contêiner encerrando em seu interior mercadorias despachadas para consumo de uma só


espécie, natureza, tipo etc. (por exemplo, tecidos idênticos) por ocasião da conferência
aduaneira classifica-se em posição específica da Nomenclatura Comum do MERCOSUL (NCM).

Comentários

O contêiner não é objeto de classificação fiscal, salvo quando for nacionalizado.

Gabarito: errada

58. (AFRF-2002.2)

O contêiner encerrando em seu interior mercadorias despachadas para consumo de uma só


espécie, natureza, tipo etc. (por exemplo, tecidos idênticos) por ocasião da conferência
aduaneira não é objeto de classificação fiscal na Declaração de Importação para consumo das
mercadorias despachadas.

Comentários

De fato, o contêiner não é objeto de classificação fiscal na Declaração de Importação para consumo.

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Gabarito: certa

59. (AFRF-2002.2-adaptada)

Aplicando-se a Regra Geral Complementar nº 2 da NCM é correto afirmar- se que a embalagem


de utilização repetida, apresentada com os artigos nela contidos não segue a classificação das
mercadorias, se importada sob o regime de admissão temporária.

Comentários

Segundo a RGC nº 2, as embalagens de utilização repetida, quando submetidas ao regime de


admissão temporária ou exportação temporária, não seguirão a classificação das mercadorias que
acondicionam. Em outras palavras, as embalagens de utilização repetida submetidas a esses regimes
aduaneiros especiais terão classificação autônoma.

Gabarito: certa

60. (AFRF-2002.2-adaptada)

Aplicando-se a Regra Geral Complementar nº 2 da NCM é correto afirmar- se que a embalagem


de utilização repetida, apresentada com os artigos nela contidos segue a classificação das
mercadorias tendo em vista ser embalagem de apresentação à autoridade fiscal.

Comentários

Pela RGC nº 2, as embalagens de utilização repetida seguirão a classificação das mercadorias quando
forem nacionalizadas ou quando forem submetidas a outros regimes aduaneiros especiais diferentes
da admissão temporária e exportação temporária.

Gabarito: errada

61. (AFRF-2002.2-adaptada)

Aplicando-se a Regra Geral Complementar nº 2 da NCM é correto afirmar- se que a embalagem


de utilização repetida, apresentada com os artigos nela contidos segue a classificação das
mercadorias por ser de uso prolongado.

Comentários

O examinador tentou confundir o aluno, misturando os conceitos de embalagem de utilização


repetida e de uso prolongado. As embalagens de uso prolongado, pela RGI nº 5-a, seguem a
classificação fiscal da mercadoria que acondicionam, salvo quando confiram a característica
essencial ao conjunto.

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Gabarito: errada

62. (AFRF-2002.2-adaptada)

Aplicando-se a Regra Geral Complementar nº 2 da NCM é correto afirmar- se que a embalagem


de utilização repetida, apresentada com os artigos nela contidos não segue a classificação das
mercadorias porque não confere às mesmas o seu caráter de essencialidade.

Comentários

Segundo a RGC nº 2, as embalagens de utilização repetida terão classificação autônoma quando


submetida aos regimes aduaneiros especiais de admissão temporária ou exportação temporária.

Gabarito: errada

63. (AFRF 2002.1)

Para efeito de classificação das mercadorias na Nomenclatura Comum do MERCOSUL e


aplicação das Regras Gerais para a Interpretação do Sistema Harmonizado, quando inaplicável
a RGI nº 1, o artigo desmontado ou por montar não pode ser classificado na posição do artigo
completo ou acabado porque as Notas Explicativas do Sistema Harmonizado determinam sua
classificação preponderante no artigo em referência.

Comentários

Segundo a RGI nº 2-a, o artigo incompleto ou inacabado se classifica na mesma posição do artigo
completo ou acabado, desde que, no estado em que se encontre, apresente as características
essenciais do artigo completo ou acabado. Isso também se aplica ao artigo desmontado ou por
montar.

Gabarito: errada

64. (AFRF 2002.1)

Para efeito de classificação das mercadorias na Nomenclatura Comum do MERCOSUL e


aplicação das Regras Gerais para a Interpretação do Sistema Harmonizado, quando inaplicável
a RGI nº 1, o artigo desmontado ou por montar é abrangido pela posição do artigo completo
ou acabado, montado ou por montar, desde que se comprove que os componentes do artigo
executem a mesma função do artigo completo ou acabado, montado ou por montar.

Comentários

Pegadinha muito boa! Não sei se você caiu!

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O que determina que um artigo desmontado ou por montar será classificado na mesma posição do
artigo montado é a presença das características essenciais do artigo montado. Logo, está errado
dizer que o fator determinante é que os componentes do artigo desmontado executem a mesma
função do artigo montado.

Gabarito: errada

65. (AFRF-2000-adaptada)

A Nomenclatura Comum do MERCOSUL (NCM) é baseada na Nomenclatura do Sistema


Harmonizado de Designação e de Codificação de Mercadorias e adotada para a formulação da
Tarifa Externa Comum (TEC).

Comentários

A Nomenclatura Comum do MERCOSUL (NCM) é baseada no SH, isto é, seus 6 (seis) primeiros dígitos
são idênticos aos 6 (seis) dígitos do SH. A NCM serve como base para a formulação da Tarifa Externa
Comum (TEC), que é uma lista que associa cada código tarifário a uma alíquota do imposto de
importação.

Gabarito: certa

66. (AFRF-2000-adaptada)

A Nomenclatura Comum do MERCOSUL (NCM) é aplicável apenas no comércio interno do Brasil


e no comércio com os países do MERCOSUL.

Comentários

A NCM é aplicável em todas as operações de comércio exterior dos membros do MERCOSUL, sejam
elas intrabloco ou extrabloco.

Gabarito: errada

67. (AFRF-2000 - adaptada)

A Nomenclatura Comum do MERCOSUL (NCM) é adotada pelos países do MERCOSUL


exclusivamente para a elaboração das tarifas dos impostos de importação e de exportação no
comércio recíproco, adotando-se no comércio com os demais países as Tarifas Aduaneiras
Nacionais.

Comentários

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No comércio entre os países do MERCOSUL não há incidência de direitos aduaneiros. A NCM é


adotada para a elaboração da TEC, que fixa as alíquotas do imposto de importação incidente nas
operações com terceiros países.

Gabarito: errada

68. (AFRF-2000-adaptada)

A classificação de mercadorias na Nomenclatura Comum do MERCOSUL é determinada pela


aplicação de 4 Regras Gerais, 2 Regras Especiais, 1 Regra Geral Complementar e pelas Notas de
Capítulos e Notas de Seção.

Comentários

A classificação de mercadorias na NCM é determinada pela aplicação de 6 Regras Gerais de


Interpretação (RGI’s) e 2 Regras Gerais Complementares (RGC’s).

Gabarito: errada

69. (AFRF-2000- adaptada)

A classificação de mercadorias na Nomenclatura do Sistema Harmonizado é determinada pela


aplicação de 6 Regras Gerais, 2 Regras Gerais Complementares e, subsidiariamente, pelas
Notas Explicativas do Sistema Harmonizado (NESH).

Comentários

A classificação de mercadorias no SH é determinada pela aplicação de 6 Regras Gerais de


Interpretação (RGI’s) e, subsidiariamente, pelas NESH. Não existem Regras Gerais Complementares
(RGC’s) no Sistema Harmonizado.

Gabarito: errada

70. (ACE-1997-adaptada)

A Nomenclatura Comum do MERCOSUL é utilizada no cálculo do valor base das importações


no âmbito do MERCOSUL.

Comentários

A NCM não é utilizada para calcular o valor das importações, mas sim para classificar mercadorias
nas operações de comércio exterior realizadas pelos países-membros do MERCOSUL.

Gabarito: errada

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71. (ACE-1997-adaptada)

A Nomenclatura Comum do MERCOSUL foi substituída pela NALADI (Nomenclatura Comum da


Associação Latino- Americana de Integração)

Comentários

A NCM e a NALADI estão em pleno vigor.

Gabarito: errada

72. (ACE-1997-adaptada)

A Nomenclatura Comum do MERCOSUL é empregada, pelos países membros do MERCOSUL,


para a classificação aduaneira de mercadorias importadas ou a exportar.

Comentários

A NCM é utilizada em todas as operações de comércio exterior realizadas pelos países-membros do


MERCOSUL. Em outras palavras, ela é empregada na classificação aduaneira de mercadorias
importadas ou a exportar.

Gabarito: certa

73. (Questão Inédita)

O erro de classificação fiscal por parte do importador gera uma multa de 1% do valor aduaneiro
da mercadoria, além do importador ser obrigado a pagar um possível imposto complementar
decorrente da nova classificação.

Comentários

Segundo o Regulamento Aduaneiro, a classificação fiscal errada realizada pelo importador o sujeita
a multa de 1% do valor aduaneiro da mercadoria.

Gabarito: certa

74. (Questão Inédita)

A responsabilidade pela classificação fiscal de uma mercadoria é exclusiva do importador, não


havendo meios legais disponíveis que o auxiliem neste mister.

Comentários

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Há sim meios legais disponíveis para o importador, uma vez que é possível que ele realize uma
consulta à RFB.

Gabarito: errada

75. (Questão Inédita)

Os países signatários da Convenção Internacional sobre o Sistema Harmonizado de Designação


e Codificação de Mercadorias podem criar dígitos adicionais aos seis dígitos definidos no SH.
No entanto, se tais dígitos adicionais forem criados, não há necessidade de definição de regras
complementares.

Comentários

Há sim liberdade para quem quiser criar novos dígitos além dos seis já previstos no SH. Um país pode
ter uma nomenclatura com quantos dígitos quiser! Não tem problema! No entanto, é de se supor
que ele deverá criar Regras Complementares para permitir a classificação segundo esses novos
dígitos.

Gabarito: errada

76. (Questão Inédita)

Os pareceres da OMA (Organização Mundial de Aduanas) consistem em elemento subsidiário


fundamental para a classificação fiscal de mercadorias similares às neles descritas.

Comentários

Os pareceres da OMA são considerados elementos subsidiários fundamentais para a classificação


fiscal de mercadorias.

Gabarito: certa

77. (Questão Inédita)

A interpretação do conteúdo das posições e desdobramentos far-se-á pelas Regras Gerais e


Complementares da Nomenclatura Comum do MERCOSUL e, subsidiariamente pelas Notas
Explicativas do Sistema Harmonizado.

Comentários

Segundo o art. 94, parágrafo único, do Regulamento Aduaneiro, a classificação das mercadorias na
NCM deverá ser feita com observância das RGI do SH e das RGC da NCM, além das Notas
Complementares. Existem ainda como elementos subsidiários os Pareceres da OMA e as Notas
Explicativas do Sistema Harmonizado.

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Gabarito: certa

78. (Questão Inédita)

No âmbito do MERCOSUL, as embalagens de uso repetido classificam-se autonomamente em


relação às mercadorias que acondicionam quando submetidas ao regime de admissão
temporária.

Comentários

Segundo a RGC-2, no MERCOSUL, as embalagens de uso repetido somente terão classificação


autônoma em relação à mercadoria caso sejam submetidas ao regime de admissão temporária ou
exportação temporária.

Gabarito: certa

79. (Questão Inédita)

Pode-se dizer que a posição identificada com o código 0106.00.00 é uma posição não
desdobrada.

Comentários

Quando uma posição não é desdobrada, o seu quinto dígito é zero e assim também será o sexto
dígito. Logo, a questão está correta.

Gabarito: certa

80. (Questão Inédita)

A aplicação da NCM restringe-se às operações de comércio exterior efetuadas pelo Brasil no


âmbito do MERCOSUL, sendo facultativa para o comércio com outras regiões.

Comentários

A utilização da NCM é obrigatória em todas as operações de comércio exterior brasileiras, seja no


comércio intrabloco ou extrabloco.

Gabarito: errada

81. (Questão Inédita)

No âmbito do MERCOSUL, as embalagens de uso prolongado tem classificação fiscal autônoma


em relação à mercadoria que acondicionam desde que sejam submetidas ao regime de
admissão temporária.

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Comentários

As embalagens de uso prolongado, segundo a RGI 5-a podem classificar-se junto com a mercadoria
que acondicionam ou, ainda, autonomamente. Caso confiram a característica essencial ao conjunto,
serão classificadas separadamente. Do contrário, serão classificadas juntamente com a mercadoria.
Não há qualquer disposição na RGC nº 2 da NCM com relação às embalagens de uso prolongado.

Gabarito: errada

82. (Questão Inédita)

No âmbito do MERCOSUL, as embalagens de uso repetido têm classificação autônoma em


relação à mercadoria, exceto quando submetidas ao regime de admissão temporária ou
exportação temporária.

Comentários

No âmbito do MERCOSUL, as embalagens de uso repetido têm classificação autônoma em relação à


mercadoria que acondicionam somente quando submetidas ao regime de admissão temporária ou
exportação temporária.

Gabarito: errada

83. (Questão Inédita)

Para fins de classificação das mercadorias, a interpretação do conteúdo das posições e


desdobramentos da Nomenclatura Comum do MERCOSUL será feita com observância das
Regras Gerais para Interpretação, das Regras Gerais Complementares e das Notas
Complementares e, subsidiariamente, das Notas Explicativas do Sistema Harmonizado de
Designação e de Codificação de Mercadorias, da Organização Mundial das Aduanas.

Comentários

Isso é exatamente o que dispõe o art. 94, parágrafo único, do Regulamento Aduaneiro! A
classificação fiscal deverá ser feita observando-se as RGI’s, as RGC’s, as Notas Complementares e,
subsidiariamente, as NESH.

Gabarito: certa

84. (Questão Inédita)

A responsabilidade pela classificação fiscal é do importador, sem prejuízo da competência da


RFB para retificar ou ratificar esse procedimento. No caso de mercadoria classificada
incorretamente na NCM, aplica-se a multa de 1% sobre o valor aduaneiro.

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Comentários

O importador é o responsável por fazer a classificação fiscal da mercadoria. Logicamente, por


ocasião do despacho aduaneiro, a autoridade aduaneira poderá retificar a classificação fiscal.
Quando a classificação fiscal é feita de forma incorreta, será aplicada multa de 1% do valor
aduaneiro.

Gabarito: certa

85. (Questão Inédita)

Segundo a RGI 5-b, as embalagens de uso repetido somente se classificam autonomamente


quando submetidas ao regime de admissão temporária ou exportação temporária.

Comentários

A RGC nº 2 é que dispõe que as embalagens de uso repetido terão classificação autônoma quando
submetidas ao regime de admissão temporária ou exportação temporária. A RGI nº 5-b diz apenas
que as embalagens de uso repetido não precisam se classificar junto com a mercadoria que
acondicionam, o que dá ampla margem de decisão para que cada signatário da convenção que
instituiu o SH defina suas próprias regras.

Gabarito: errada

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QUESTÕES COMENTADAS
1. (ACE-2012-adaptada)

Sobre o sistema de codificação de mercadorias aplicado no âmbito do MERCOSUL, é correto


afirmar que:

a) em razão da necessidade de maior detalhamento das mercadorias sujeitas a controle


aduaneiro, adotou-se a Nomenclatura de Valor Aduaneiro e Estatística (NVE), com quatro
posições adicionais ao Sistema Harmonizado de Designação e Codificação de Mercadorias SH.

b) é o mesmo aplicado no âmbito da Associação Latino-Americana de Integração (ALADI) em


cujo âmbito foi constituído o Mercosul.

c) aplica-se Sistema Harmonizado de Designação e Codificação de Mercadorias (SH), sem


extensões.

d) resultou da extensão da Nomenclatura Brasileira de Mercadorias (NBM), quando da criação


do MERCOSUL, ao comércio intrabloco.

e) é um desdobramento do Sistema Harmonizado de Designação e Codificação de Mercadorias


(SH) da Organização Mundial de Alfândegas (OMA), com o acréscimo de dois dígitos aos seis
existentes no SH.

Comentários

Letra A: errada. A Nomenclatura de Valor Aduaneiro (NVE) é usada apenas pelo Brasil, em relação
aos produtos sujeitos ao exame de valor aduaneiro. A NVE é baseada em atributos e especificações
(e não em posições adicionais às do SH!)

Letra B: errada. Na ALADI, aplica-se outro código de classificação fiscal: a NALADI.

Letra C: errada. Na classificação fiscal realizada pelos países do MERCOSUL, usa-se a NCM, que é
baseada no SH, possuindo, no entanto, dois dígitos adicionais em relação a este.

Letra D: errada. A NBM foi extinta com a criação do MERCOSUL e da NCM.

Letra E: correta. A NCM é um desdobramento do SH, possuindo dois dígitos adicionais. O sétimo
dígito é o item e o oitavo dígito o subitem.

Gabarito: letra E

2. (Exame Despachante Aduaneiro-2012)

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Quanto às Regras Gerais para Interpretação (RGI) do Sistema Harmonizado, assinale a opção
correta.

a) A classificação de uma determinada mercadoria deve basear-se nos títulos das Seções e dos
Capítulos.

b) A referência a um artigo em determinada posição não abrange este artigo quando


incompleto ou inacabado.

c) O artigo completo ou acabado, que se apresente desmontado ou por montar, nunca se


classifica na mesma posição do artigo montado.

d) A Regra Geral n. 2 pode ser aplicada mesmo que contrarie o texto das posições e das Notas
de Seção e de Capítulo.

e) Conforme a Regra Geral n. 1, para efeitos legais, a classificação é determinada pelos textos
das posições e das Notas de Seção e de Capítulo.

Comentários

Letra A: errada. Os títulos das seções e dos capítulos têm apenas valor indicativo.

Letra B: errada. Segundo a RGI nº 2-a, a referência a um artigo em determinada posição diz respeito
a esse artigo mesmo incompleto ou inacabado, desde que, no estado em que se encontre, apresente
as características essenciais do artigo completo ou acabado.

Letra C: errada. O artigo desmontado ou por montar receberá a mesma classificação do artigo
montado.

Letra D: errada. A RGI nº 2 não irá contrariar a RGI nº 1, ou seja, não pode ser aplicada de modo a
contrariar o texto das posições e das Notas de Seção e de Capítulo.

Letra E: correta. A RGI nº 01 determina que os títulos das seções e dos capítulos têm apenas valor
indicativo; para os efeitos legais, o que vale mesmo são os textos das posições e as notas de posição
e de capítulo.

Gabarito: letra E

3. (Exame Despachante Aduaneiro-2012)

Quanto às Regras Gerais para Interpretação (RGI) do Sistema Harmonizado, assinale a opção
incorreta.

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a) A Regra Geral nº 3 serve para determinar a classificação de uma mercadoria quando pareça
que a referida mercadoria possa classificar-se em duas ou mais posições por aplicação da Regra
Geral nº 2.

b) A Regra Geral nº 3, determina que na classificação de produtos misturados prevalece a


classificação do componente que agrega maior valor ao produto final.

c) Na aplicação da Regra Geral nº 3, a posição mais específica prevalece sobre as mais


genéricas.

d) Conforme a Regra Geral nº 5, as embalagens suscetíveis de utilização repetitiva podem se


classificar separadamente das mercadorias por elas acondicionadas.

e) Na aplicação da Regra Geral nº 3, a mercadoria pode vir a classificar-se na posição situada


em último lugar na ordem numérica, entre as suscetíveis de validamente se tomarem em
consideração.

Comentários

Letra A: correta. A RGI nº 3 é a “regra do desempate”, aplicável quando uma mercadoria puder,
aparentemente, classificar-se em duas ou mais posições pela aplicação da RGI nº 2.

Letra B: errada. Os produtos misturados se classificam pela matéria que lhes confira a característica
essencial.

Letra C: correta. Segundo a RGI nº 3-a, a posição específica prevalece sobre a genérica.

Letra D: correta. As embalagens de uso repetido podem ter classificação fiscal autônoma. Cabe aos
Estados-parte da convenção que instituiu o SH decidir qual o tratamento será dado a essas
embalagens.

Letra E: correta. Segundo a RGI nº 3-c, a mercadoria será classificada na posição situada em último
lugar na ordem numérica.

Gabarito: letra B

4. (Exame Despachante Aduaneiro-2012)

Sobre o Sistema Harmonizado de Designação e Codificação de Mercadorias, está incorreto


dizer que:

a) os Capítulos estão agrupados em Seções.

b) as mercadorias estão dispostas em ordem alfabética.

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c) as posições podem estar desdobradas em subposições.

d) as mercadorias estão ordenadas de forma progressiva, conforme seu grau de elaboração.

e) as posições estão agrupadas em Capítulos.

Comentários

Letra A: correta. As Seções se subdividem em capítulos, ou seja, os capítulos estão agrupados em


Seções.

Letra B: errada. As mercadorias não estão dispostas no SH em ordem alfabética.

Letra C: correta. As posições podem ser desdobradas em subposições de 1º nível e estas em


subposições de 2º nível.

Letra D: correta. No SH, as mercadorias são ordenadas segundo o grau de participação humana na
sua elaboração. As mercadorias em que houve maior grau de elaboração (maior participação
humana) estarão nos Capítulos do SH de maior número.

Letra E: correta. Dentro de um Capítulo, há várias posições.

Gabarito: letra B

5. (Questão Inédita)

Sobre o Sistema Harmonizado e classificação fiscal de mercadorias, assinale a alternativa


correta:

a) O Sistema Harmonizado é um sistema de classificação fiscal racional e completo, apesar de


não abranger as mercadorias as mercadorias ainda não existentes.

b) Segundo as regras de classificação fiscal, o produto incompleto ou inacabado classifica-se na


mesma posição do artigo completo ou acabado, salvo quando, no estado em que se encontre,
apresente as características essenciais do produto completo ou acabado.

c) No MERCOSUL, as embalagens de uso repetido submetidas ao regime de admissão


temporária ou exportação temporária recebem classificação fiscal autônoma em relação ao
produto que acondicionam.

d) Quando uma mercadoria puder, aparentemente, ser classificada em duas ou mais posições,
a classificação será feita na posição mais genérica em detrimento da específica.

e) Quando duas posições forem consideradas igualmente específica, a classificação será feita
na posição correspondente aos artigos semelhantes.

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Comentários

Letra A: errada. O Sistema Harmonizado é um sistema racional e completo, abrangendo todas as


mercadorias existentes e por existir no universo.

Letra B: errada. Segundo a RGI nº 2-a, o produto incompleto ou inacabado classifica-se na mesma
posição do artigo completo ou acabado, desde que, no estado em que se encontre, apresente as
características essenciais do produto completo ou acabado.

Letra C: correta. Pela RGC nº 2, as embalagens de uso repetido receberão classificação própria
quando submetidas ao regime de admissão temporária ou exportação temporária.

Letra D: errada. É o contrário! Pela RGI nº 3-a, a posição específica prevalece sobre a posição
genérica.

Letra E: errada. Se duas posições forem igualmente específicas, a classificação será feita na posição
que conferir a característica essencial ao produto.

Gabarito: letra C

LISTA DE QUESTÕES Nº 01
1. (AFRFB-2009)

A classificação aduaneira das mercadorias é recurso essencial para a aplicação, pela autoridade
aduaneira, dos direitos que incidem sobre a exportação e importação de mercadoria e é objeto
de convenções e instrumentos internacionais.

2. (ACE-2002)

O instrumento concebido para realizar a classificação de mercadorias, que é referido


internacionalmente e do qual derivam outros sistemas de classificação, denomina-se Sistema
Harmonizado de Designação e Codificação de Mercadorias (SH).

3. (AFRF 2002.2 - adaptada)

Por abranger produtos de alta sofisticação e complexidade tecnológica, o Sistema


Harmonizado empresta caráter subjetivo à atividade de classificação fiscal e, por essa razão,
tal sistema é irracional e completo.

4. (AFRF-2005)

O Sistema Harmonizado, composto por 21 Seções, constitui instrumento empregado


internacionalmente para a classificação de mercadorias, a partir de uma estrutura de códigos

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e suas respectivas descrições. Os Capítulos 98 e 99 do referido Sistema, contudo, foram


reservados para usos especiais dos países vinculados a ele. O Brasil emprega o Capítulo 99 para
registrar operações como, por exemplo, de consumo de bordo de combustíveis.

5. (AFRFB-2009)

O Sistema Harmonizado de Designação e de Codificação de Mercadorias (SH) é uma convenção


internacional que padroniza os sistemas de classificação nacionais dos países do MERCOSUL,
não podendo, por conseguinte, sofrer alterações ou adaptações por parte dos países que o
implementam.

6. (Analista dos Correios-2011)

O Sistema Harmonizado (SH) é o método internacional de classificação de mercadorias que


serve de base para sistemas de classificação eventualmente empregados no marco de acordos
preferenciais de alcance regional.

7. (Analista dos Correios-2011)

A natureza e a função dos produtos no processo produtivo (insumos básicos, bens


intermediários, bens de capital, consumo final) e seus valores, segundo o grau de elaboração,
são os critérios definidores da classificação de mercadorias no SH.

8. (AFRF-2003)

O Sistema Harmonizado distribui as mercadorias em seções e capítulos, dos quais um foi


reservado para utilização futura e dois, para utilização pelas partes contratantes. Possui seis
regras gerais de interpretação (RGI). O texto de descrição das mercadorias é precedido de um
código, composto de seis algarismos, separados da seguinte forma XXXX.XX, indicando os dois
primeiros o capítulo, os quatro primeiros a posição, e os dois últimos, a subposição, que pode
ser de primeiro nível ou de segundo.

9. (AFRF 2002.2)

Considerando que o Sistema Harmonizado de Designação e de Codificação de Mercadorias


possui em sua estrutura 6 (seis) Regras Gerais Interpretativas, Notas de Seções e de Capítulos,
uma Lista ordenada de posições e de subposições, apresentadas sistematicamente,
compreendendo 21 Seções, 96 Capítulos e 1241 posições, subdivididas (exceto 311) em
subposições, resultando num total de 5019 grupos de mercadorias, podemos afirmar que ele
abrange todo o universo de mercadorias, produtos e materiais existentes e por existir no
Universo, inclusive a energia elétrica, omitindo mesmo as mercadorias dos Capítulos 77, 98 e
99, sendo assim um sistema racional e completo.

10. (AFRF-2005)

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Os títulos das seções, capítulos e subcapítulos do Sistema Harmonizado têm apenas valor
indicativo. Para os efeitos legais, a classificação fiscal é determinada pelos textos das posições
e das Notas de Seção e de Capítulo.

11. (Questão Inédita)

Quando duas ou mais posições se refiram, cada uma delas, a apenas uma das matérias
constitutivas de um produto misturado, a posição mais específica prevalece sobre a genérica.

12. (Questão Inédita)

Quando não se consegue encontrar classificação fiscal para uma mercadoria aplicando-se as
RGI no 1, no 2 e no 3, deve ser utilizada a classificação dos artigos mais semelhantes.

13. (AFRF 2002.1)

Para efeito de classificação das mercadorias na Nomenclatura Comum do MERCOSUL e


aplicação das Regras Gerais para a Interpretação do Sistema Harmonizado, quando inaplicável
a RGI nº 1, o artigo desmontado ou por montar é classificado na posição do artigo completo ou
acabado, montado ou por montar, sempre que apresente, no estado em que se encontra, as
características essenciais do artigo completo ou acabado.

14. (Questão Inédita)

De acordo com o Sistema Harmonizado, as embalagens de uso repetido sempre terão


classificação autônoma em relação ao produto que acondicionam.

15. (Questão Inédita)

Segundo a RGI 5-b, as embalagens contendo mercadorias classificam-se com estas últimas
quando sejam do tipo normalmente utilizado para o seu acondicionamento.

16. (AFTN-1998)

Para efeito de classificação das mercadorias na Nomenclatura e Aplicação das Regras Gerais
para a Interpretação do Sistema Harmonizado, quando inaplicável a RGI nº 1, o artigo
incompleto ou inacabado não pode ser classificado na posição do artigo completo ou acabado
porque as Notas Explicativas do Sistema Harmonizado determinam sua classificação segundo
a matéria preponderante no artigo em referência.

17. (Questão Inédita)

Os títulos das seções, capítulos e subcapítulos tem apenas valor indicativo; para os efeitos
legais, a classificação é determinada pelas notas explicativas do Sistema Harmonizado e pelas
Regras Gerais e Complementares.

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18. (Questão Inédita)

Os subcapítulos são subdivisões dos capítulos para facilitar a ordenação. Todos os capítulos são
subdivididos em subcapítulos.

19. (Questão Inédita)

O número do subcapítulo não entra no código de formação da classificação fiscal de


mercadorias.

20. (Questão Inédita)

A classificação fiscal é feita a partir dos títulos das seções, capítulos e subcapítulos do Sistema
Harmonizado, que têm valor legal de acordo com a RGI nº 1.

21. (Questão Inédita)

De acordo com a RGI-2-a, qualquer referência a um artigo em determinada posição abrange


este artigo incompleto ou inacabado.

22. (AFTN-1989)

De acordo com a 2ª Regra Geral para a Interpretação do Sistema Harmonizado, qualquer


menção a uma matéria em determinada posição da Nomenclatura Comum do MERCOSUL diz
respeito a essa matéria, quer em estado puro, quer misturada ou associada a outras matérias.

23. (AFRF-2005)

No que atine à interpretação do Sistema Harmonizado, quando uma mercadoria


aparentemente possa ser classificada em duas ou mais posições, a classificação deve ser feita,
em regra, pela posição mais genérica em detrimento das mais específicas.

24. (Questão Inédita)

Uma embalagem de uso prolongado que confira ao conjunto a sua característica essencial é
sujeita a classificação própria, independente da classificação da mercadoria.

25. (Questão Inédita)

Uma embalagem de uso prolongado que não confira ao conjunto a sua característica essencial
e seja apresentada com o artigo a que se destina, classifica-se com este último, desde que seja
do tipo normalmente vendido com tais artigos.

26. (Questão Inédita)

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Quando uma mercadoria aparentemente possa ser classificada em duas ou mais posições, a
classificação deve ser feita na posição mais específica em detrimento da genérica, devendo-se
considerar igualmente específicas as posições que se refiram a apenas uma parte das matérias
constitutivas de um produto misturado ou de um artigo composto, ou a apenas um dos
componentes de sortidos acondicionados para venda a retalho, salvo se uma delas apresenta
uma descrição mais precisa ou completa da mercadoria.

27. (AFTN-1998)

Para efeito de classificação das mercadorias na Nomenclatura e Aplicação das Regras Gerais
para a Interpretação do Sistema Harmonizado, quando inaplicável a RGI nº 1, o artigo
incompleto ou inacabado é classificado na posição do artigo completo ou acabado, sempre que
apresente, no estado em que se encontra, as características essenciais do artigo completo ou
acabado, aplicável tal regra também para o artigo desmontado ou por montar.

28. (AFTN-1998)

Para efeito de classificação das mercadorias na Nomenclatura e Aplicação das Regras Gerais
para a Interpretação do Sistema Harmonizado, quando inaplicável a RGI nº 1, o artigo
incompleto ou inacabado é abrangido pela posição do artigo completo ou acabado, desde que
apresente, no estado em que se encontra, as características essenciais do artigo completo ou
acabado, não valendo essa regra para o artigo completo ou acabado desmontado ou por
montar.

29. (Questão Inédita)

De acordo com a RGI-2-a, qualquer referência a um artigo em determinada posição abrange


este artigo incompleto ou inacabado.

30. (Questão Inédita)

Qualquer referência a uma matéria em determinada posição diz respeito a essa matéria, quer
em estado puro, quer associada ou misturada a outras matérias.

31. (Questão Inédita)

É possível, em situações excepcionais, que uma mercadoria possa ser classificada em mais de
uma posição do Sistema Harmonizado.

32. (Questão Inédita)

Segundo a RGI no 2, o artigo incompleto ou inacabado irá possuir a mesma classificação fiscal
atribuída ao artigo completo ou acabado.

33. (CODESP-2011)

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Em relação à classificação de mercadorias na nomenclatura do Sistema Harmonizado, é


possível afirmar que para os efeitos legais, a classificação de mercadorias é determinada pelos
títulos das Seções, Capítulos e Subcapítulos.

34. (CODESP-2011)

Qualquer referência a uma matéria em determinada posição diz respeito a essa matéria, quer
em estado puro, quer misturada ou associada a outras matérias.

35. (CODESP-2011)

Os estojos para aparelhos fotográficos mesmo que apresentados separadamente com os


aparelhos a que se destinam, classificam-se com estes últimos, desde que sejam do tipo
normalmente vendidos com tais aparelhos.

36. (Questão Inédita)

Quando duas ou mais posições se refiram, cada uma delas, a apenas uma das matérias
constitutivas de um produto misturado, a posição mais específica prevalece sobre a genérica.

37. (Questão Inédita)

Segundo a RGI 5-b, as embalagens de uso repetido classificam-se sempre autonomamente em


relação ao produto que acondicionam.

38. (Questão Inédita)

No que atine à interpretação do Sistema Harmonizado, quando uma mercadoria


aparentemente possa ser classificada em duas ou mais posições, a classificação deve ser feita,
em regra, pela posição mais específica em detrimento da mais genérica.

39. (Questão Inédita)

A classificação de mercadorias nas subposições de uma mesma posição é determinada, para


efeitos legais, pelos textos dessas subposições e das Notas de Subposição respectivas, assim
como, mutatis mutandis, pelas Regras precedentes, entendendo-se que apenas são
comparáveis subposições do mesmo nível.

40. (Questão Inédita)

As embalagens de uso prolongado que confiram a característica essencial ao conjunto terão


classificação própria, independente da classificação da mercadoria.

41. (CODESP-2011)

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As mercadorias apresentadas em sortidos acondicionados para venda a varejo se classificam


sempre pela matéria ou artigo que lhes confira a característica essencial.

42. (AFRF-2005)

A classificação fiscal da mercadoria deve ser feita pelo próprio importador. Não obstante, em
caso de dúvida sobre a classificação do bem, há previsão legal para que, respeitados
parâmetros, seja formulada consulta à autoridade aduaneira com vistas à correta classificação
da mercadoria.

43. (ACE-2008)

O instrumento de classificação de mercadorias atualmente empregado pelo Brasil é a


Nomenclatura Comum do MERCOSUL, criada em 1995 em substituição à Nomenclatura
Aduaneira da Associação Latino-Americana de Integração (NALADI/SH), que foi empregada de
1980 até 1995.

44. (AFTN-1996-adaptada)

A Nomenclatura Comum do MERCOSUL (NCM/SH) é um exemplo de sistema de informação


sobre comércio exterior através do qual se formulam as estatísticas comerciais de um país ou
região e as descrições de suas pautas de importação e exportação.

45. (AFTN-1996-adaptada)

A Nomenclatura Comum do MERCOSUL (NCM/SH) é um exemplo de sistema de designação e


codificação de mercadorias para uso na formulação das estatísticas de comércio exterior, nas
negociações de preferências tarifárias e para uso aduaneiro.

46. (CODESP-2011)

Um botijão de gás exportado no regime de exportação temporária seguirá a classificação do


gás que contém.

47. (AFTN-1996-adaptada)

A Nomenclatura Comum do MERCOSUL (NCM/SH) é um exemplo de conjunto de informações


estatísticas sobre a produção e a comercialização de mercadorias no âmbito de um país ou
região em um período de tempo determinado.

48. (AFRFB-2009)

A Nomenclatura Comum do MERCOSUL está baseada no Sistema Harmonizado, contendo dois


dígitos adicionais introduzidos pelos próprios países do bloco, tendo substituído, no Brasil, a
Nomenclatura Brasileira de Mercadorias.

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49. (AFRFB-2009)

Com o advento da Tarifa Externa Comum, os países do MERCOSUL substituíram seus sistemas
nacionais de classificação de mercadorias pelo Sistema Harmonizado de Designação e
Codificação de Mercadorias (SH).

50. (AFRFB-2009)

A adoção da Tarifa Externa Comum do MERCOSUL tornou necessária a harmonização dos


respectivos sistemas nacionais de classificação de mercadorias dos países membros.

51. (AFRFB-2009)

Por possuir o Brasil a pauta comercial mais diversificada no âmbito do MERCOSUL, a


Nomenclatura Brasileira de Mercadorias é a referência para o instrumento de designação e
codificação de mercadorias que é aplicado no MERCOSUL.

52. (ACE-1997-adaptada)

A Nomenclatura Comum do MERCOSUL é empregada exclusivamente para a classificação


aduaneira de mercadorias provenientes do MERCOSUL.

53. (AFRF-2005)

Dos oito dígitos que compõem a Nomenclatura Comum do MERCOSUL, os seis primeiros são
formados pelo Sistema Harmonizado, ao passo em que o sétimo e oitavo dígitos correspondem
a desdobramentos específicos definidos no âmbito do MERCOSUL.

54. (AFRF-2003)

No Brasil, a classificação tarifária é feita enquadrando-se a mercadoria ou produto no


respectivo código da Nomenclatura, aplicando-se as regras de interpretação, segundo as quais
a classificação é determinada pelos textos das posições e das Notas de Seção e de Capítulo e,
desde que não sejam contrárias a esses textos, pelas demais regras gerais de interpretação,
bem como pelas regras gerais complementares e, no caso da NVE (Nomenclatura de Valor e
Estatística), pelos atributos e especificações da mercadoria, não tendo valor legal as Notas
Explicativas do SH (NESH) e os Pareceres de Classificação da OMA (Organização Mundial de
Alfândegas).

55. (AFRF-2003 - adaptada)

Segundo as regras para classificação de mercadorias na NCM, as embalagens contendo


mercadorias, do tipo normalmente utilizado para seu acondicionamento e que sejam
claramente suscetíveis de utilização repetida seguirão o regime de classificação das

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mercadorias ou, quando submetidas aos regimes aduaneiros especiais de admissão temporária
ou de exportação temporária, seguirão seu próprio regime de classificação.

56. (AFRF – 2003)

Segundo as regras para classificação de mercadorias na NCM, as embalagens contendo


mercadorias, do tipo normalmente utilizado para seu acondicionamento e que sejam
claramente suscetíveis de utilização repetida seguirão o regime de classificação das
mercadorias.

57. (AFRF-2002.2)

O contêiner encerrando em seu interior mercadorias despachadas para consumo de uma só


espécie, natureza, tipo etc. (por exemplo, tecidos idênticos) por ocasião da conferência
aduaneira classifica-se em posição específica da Nomenclatura Comum do MERCOSUL (NCM).

58. (AFRF-2002.2)

O contêiner encerrando em seu interior mercadorias despachadas para consumo de uma só


espécie, natureza, tipo etc. (por exemplo, tecidos idênticos) por ocasião da conferência
aduaneira não é objeto de classificação fiscal na Declaração de Importação para consumo das
mercadorias despachadas.

59. (AFRF-2002.2-adaptada)

Aplicando-se a Regra Geral Complementar nº 2 da NCM é correto afirmar- se que a embalagem


de utilização repetida, apresentada com os artigos nela contidos não segue a classificação das
mercadorias, se importada sob o regime de admissão temporária.

60. (AFRF-2002.2-adaptada)

Aplicando-se a Regra Geral Complementar nº 2 da NCM é correto afirmar- se que a embalagem


de utilização repetida, apresentada com os artigos nela contidos segue a classificação das
mercadorias tendo em vista ser embalagem de apresentação à autoridade fiscal.

61. (AFRF-2002.2-adaptada)

Aplicando-se a Regra Geral Complementar nº 2 da NCM é correto afirmar- se que a embalagem


de utilização repetida, apresentada com os artigos nela contidos segue a classificação das
mercadorias por ser de uso prolongado.

62. (AFRF-2002.2-adaptada)

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Aplicando-se a Regra Geral Complementar nº 2 da NCM é correto afirmar- se que a embalagem


de utilização repetida, apresentada com os artigos nela contidos não segue a classificação das
mercadorias porque não confere às mesmas o seu caráter de essencialidade.

63. (AFRF 2002.1)

Para efeito de classificação das mercadorias na Nomenclatura Comum do MERCOSUL e


aplicação das Regras Gerais para a Interpretação do Sistema Harmonizado, quando inaplicável
a RGI nº 1, o artigo desmontado ou por montar não pode ser classificado na posição do artigo
completo ou acabado porque as Notas Explicativas do Sistema Harmonizado determinam sua
classificação preponderante no artigo em referência.

64. (AFRF 2002.1)

Para efeito de classificação das mercadorias na Nomenclatura Comum do MERCOSUL e


aplicação das Regras Gerais para a Interpretação do Sistema Harmonizado, quando inaplicável
a RGI nº 1, o artigo desmontado ou por montar é abrangido pela posição do artigo completo
ou acabado, montado ou por montar, desde que se comprove que os componentes do artigo
executem a mesma função do artigo completo ou acabado, montado ou por montar.

65. (AFRF-2000 - adaptada)

A Nomenclatura Comum do MERCOSUL (NCM) é baseada na Nomenclatura do Sistema


Harmonizado de Designação e de Codificação de Mercadorias e adotada para a formulação da
Tarifa Externa Comum (TEC).

66. (AFRF-2000 - adaptada)

A Nomenclatura Comum do MERCOSUL (NCM) é aplicável apenas no comércio interno do Brasil


e no comércio com os países do MERCOSUL.

67. (AFRF-2000 - adaptada)

A Nomenclatura Comum do MERCOSUL (NCM) é adotada pelos países do MERCOSUL


exclusivamente para a elaboração das tarifas dos impostos de importação e de exportação no
comércio recíproco, adotando-se no comércio com os demais países as Tarifas Aduaneiras
Nacionais.

68. (AFRF-2000 - adaptada)

A classificação de mercadorias na Nomenclatura Comum do MERCOSUL é determinada pela


aplicação de 4 Regras Gerais, 2 Regras Especiais, 1 Regra Geral Complementar e pelas Notas de
Capítulos e Notas de Seção.

69. (AFRF-2000- adaptada)

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A classificação de mercadorias na Nomenclatura do Sistema Harmonizado é determinada pela


aplicação de 6 Regras Gerais, 2 Regras Gerais Complementares e, subsidiariamente, pelas
Notas Explicativas do Sistema Harmonizado (NESH).

70. (ACE-1997-adaptada)

A Nomenclatura Comum do MERCOSUL é utilizada no cálculo do valor base das importações


no âmbito do MERCOSUL.

71. (ACE-1997-adaptada)

A Nomenclatura Comum do MERCOSUL foi substituída pela NALADI (Nomenclatura Comum da


Associação Latino- Americana de Integração)

72. (ACE-1997-adaptada)

A Nomenclatura Comum do MERCOSUL é empregada, pelos países membros do MERCOSUL,


para a classificação aduaneira de mercadorias importadas ou a exportar.

73. (Questão Inédita)

O erro de classificação fiscal por parte do importador gera uma multa de 1% do valor aduaneiro
da mercadoria, além do importador ser obrigado a pagar um possível imposto complementar
decorrente da nova classificação.

74. (Questão Inédita)

A responsabilidade pela classificação fiscal de uma mercadoria é exclusiva do importador, não


havendo meios legais disponíveis que o auxiliem neste mister.

75. (Questão Inédita)

Os países signatários da Convenção Internacional sobre o Sistema Harmonizado de Designação


e Codificação de Mercadorias podem criar dígitos adicionais aos seis dígitos definidos no SH.
No entanto, se tais dígitos adicionais forem criados, não há necessidade de definição de regras
complementares.

76. (Questão Inédita)

Os pareceres da OMA (Organização Mundial de Aduanas) consistem em elemento subsidiário


fundamental para a classificação fiscal de mercadorias similares às neles descritas.

77. (Questão Inédita)

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A interpretação do conteúdo das posições e desdobramentos far-se-á pelas Regras Gerais e


Complementares da Nomenclatura Comum do MERCOSUL e, subsidiariamente pelas Notas
Explicativas do Sistema Harmonizado.

78. (Questão Inédita)

No âmbito do MERCOSUL, as embalagens de uso repetido classificam-se autonomamente em


relação às mercadorias que acondicionam quando submetidas ao regime de admissão
temporária.

79. (Questão Inédita)

Pode-se dizer que a posição identificada com o código 0106.00.00 é uma posição não
desdobrada.

80. (Questão Inédita)

A aplicação da NCM restringe-se às operações de comércio exterior efetuadas pelo Brasil no


âmbito do MERCOSUL, sendo facultativa para o comércio com outras regiões.

81. (Questão Inédita)

No âmbito do MERCOSUL, as embalagens de uso prolongado têm classificação fiscal autônoma


em relação à mercadoria que acondicionam desde que sejam submetidas ao regime de
admissão temporária.

82. (Questão Inédita)

No âmbito do MERCOSUL, as embalagens de uso repetido têm classificação autônoma em


relação à mercadoria, exceto quando submetidas ao regime de admissão temporária ou
exportação temporária.

83. (Questão Inédita)

Para fins de classificação das mercadorias, a interpretação do conteúdo das posições e


desdobramentos da Nomenclatura Comum do MERCOSUL será feita com observância das
Regras Gerais para Interpretação, das Regras Gerais Complementares e das Notas
Complementares e, subsidiariamente, das Notas Explicativas do Sistema Harmonizado de
Designação e de Codificação de Mercadorias, da Organização Mundial das Aduanas.

84. (Questão Inédita)

A responsabilidade pela classificação fiscal é do importador, sem prejuízo da competência da


RFB para retificar ou ratificar esse procedimento. No caso de mercadoria classificada
incorretamente na NCM, aplica-se a multa de 1% sobre o valor aduaneiro.

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85. (Questão Inédita)

Segundo a RGI 5-b, as embalagens de uso repetido somente se classificam autonomamente


quando submetidas ao regime de admissão temporária ou exportação temporária.

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LISTA DE QUESTÕES Nº 02
1. (ACE-2012-adaptada)

Sobre o sistema de codificação de mercadorias aplicado no âmbito do MERCOSUL, é correto


afirmar que:

a) em razão da necessidade de maior detalhamento das mercadorias sujeitas a controle


aduaneiro, adotou-se a Nomenclatura de Valor Aduaneiro e Estatística (NVE), com quatro
posições adicionais ao Sistema Harmonizado de Designação e Codificação de Mercadorias SH.

b) é o mesmo aplicado no âmbito da Associação Latino-Americana de Integração (ALADI) em


cujo âmbito foi constituído o Mercosul.

c) aplica-se Sistema Harmonizado de Designação e Codificação de Mercadorias (SH), sem


extensões.

d) resultou da extensão da Nomenclatura Brasileira de Mercadorias (NBM), quando da criação


do MERCOSUL, ao comércio intrabloco.

e) é um desdobramento do Sistema Harmonizado de Designação e Codificação de Mercadorias


(SH) da Organização Mundial de Alfândegas (OMA), com o acréscimo de dois dígitos aos seis
existentes no SH.

2. (Exame Despachante Aduaneiro-2012)

Quanto às Regras Gerais para Interpretação (RGI) do Sistema Harmonizado, assinale a opção
correta.

a) A classificação de uma determinada mercadoria deve basear-se nos títulos das Seções e dos
Capítulos.

b) A referência a um artigo em determinada posição não abrange este artigo quando


incompleto ou inacabado.

c) O artigo completo ou acabado, que se apresente desmontado ou por montar, nunca se


classifica na mesma posição do artigo montado.

d) A Regra Geral n. 2 pode ser aplicada mesmo que contrarie o texto das posições e das Notas
de Seção e de Capítulo.

e) Conforme a Regra Geral n. 1, para efeitos legais, a classificação é determinada pelos textos
das posições e das Notas de Seção e de Capítulo.

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3. (Exame Despachante Aduaneiro-2012)

Quanto às Regras Gerais para Interpretação (RGI) do Sistema Harmonizado, assinale a opção
incorreta.

a) A Regra Geral nº 3 serve para determinar a classificação de uma mercadoria quando pareça
que a referida mercadoria possa classificar-se em duas ou mais posições por aplicação da Regra
Geral nº 2.

b) A Regra Geral nº 3, determina que na classificação de produtos misturados prevalece a


classificação do componente que agrega maior valor ao produto final.

c) Na aplicação da Regra Geral nº 3, a posição mais específica prevalece sobre as mais


genéricas.

d) Conforme a Regra Geral nº 5, as embalagens suscetíveis de utilização repetitiva podem se


classificar separadamente das mercadorias por elas acondicionadas.

e) Na aplicação da Regra Geral nº 3, a mercadoria pode vir a classificar-se na posição situada


em último lugar na ordem numérica, entre as suscetíveis de validamente se tomarem em
consideração.

4. (Exame Despachante Aduaneiro-2012)

Sobre o Sistema Harmonizado de Designação e Codificação de Mercadorias, está incorreto


dizer que:

a) os Capítulos estão agrupados em Seções.

b) as mercadorias estão dispostas em ordem alfabética.

c) as posições podem estar desdobradas em subposições.

d) as mercadorias estão ordenadas de forma progressiva, conforme seu grau de elaboração.

e) as posições estão agrupadas em Capítulos.

5. (Questão Inédita)

Sobre o Sistema Harmonizado e classificação fiscal de mercadorias, assinale a alternativa


correta:

a) O Sistema Harmonizado é um sistema de classificação fiscal racional e completo, apesar de


não abranger as mercadorias as mercadorias ainda não existentes.

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b) Segundo as regras de classificação fiscal, o produto incompleto ou inacabado classifica-se na


mesma posição do artigo completo ou acabado, salvo quando, no estado em que se encontre,
apresente as características essenciais do produto completo ou acabado.

c) No MERCOSUL, as embalagens de uso repetido submetidas ao regime de admissão


temporária ou exportação temporária recebem classificação fiscal autônoma em relação ao
produto que acondicionam.

d) Quando uma mercadoria puder, aparentemente, ser classificada em duas ou mais posições,
a classificação será feita na posição mais genérica em detrimento da específica.

e) Quando duas posições forem consideradas igualmente específica, a classificação será feita
na posição correspondente aos artigos semelhantes.

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GABARITO – LISTA DE QUESTÕES Nº 01


1. C 30. C 59. C
2. C 31. E 60. E
3. E 32. E 61. E
4. C 33. E 62. E
5. E 34. C 63. E
6. C 35. E 64. E
7. E 36. E 65. C
8. C 37. E 66. E
9. C 38. C 67. E
10. C 39. C 68. E
11. E 40. C 69. E
12. C 41. E 70. E
13. C 42. C 71. E
14. E 43. E 72. C
15. C 44. E 73. C
16. E 45. C 74. E
17. E 46. E 75. E
18. E 47. E 76. C
19. C 48. C 77. C
20. E 49. E 78. C
21. E 50. E 79. C
22. C 51. E 80. E
23. E 52. E 81. E
24. C 53. C 82. E
25. C 54. C 83. C
26. E 55. C 84. C
27. C 56. E 85. E
28. E 57. E
29. E 58. C

GABARITO – LISTA DE QUESTÕES Nº 02


1. Letra E 3. Letra B 5. Letra C
2. Letra E 4. Letra B

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