Você está na página 1de 29

NOVO Curso Completo de Português na Saúde | 2015 – Equipe Professor Rômulo Passos

NOVO
CURSO COMPLETO DE PORTUGUÊS NA SAÚDE
AULA 01 – PROVAS COMENTADAS
BANCA FUNCAB

Equipe Professor Rômulo Passos | 2015

Página 0 de 28
NOVO Curso Completo de Português na Saúde | 2015 – Equipe Professor Rômulo Passos

Olá, futura (o) concursada (o)!

Começamos o nosso Curso Completo de Português na Saúde por uma


série de provas comentadas na íntegra das mais importantes bancas de
concursos públicos em nossa área (FUNCAB, IBFC, IDECAN, IADES, AOCP,
CESGRANRIO, FCC, UPENET etc). Em seguida, trabalharemos cada tema
isoladamente.

Por que começar por provas comentadas?


APRENDIZADO EFETIVO

Diagnóstico das suas


principais dificuldades

Condicionamento e
ritmo mental

As provas comentadas possibilitarão que você avalie o seu


desempenho, verifique em quais tópicos da disciplina apresenta maiores
dificuldades e, o mais importante, ganhe condicionamento para realização da
sua próxima prova. São fundamentais para o treino e raciocínio
interpretativo.

Muitos alunos também vão se submeter a concursos e seleções públicas


já nas próximas semanas. Neste contexto, as provas comentadas garantirão
uma grande base teórica e prática, uma vez que teremos a oportunidade de
trabalhar de forma integrada todos os assuntos.

Por outro lado, as aulas divididas por assunto, nas quais trabalharemos a
fundamentação teórica associada à resolução de questões comentadas,
constituem a verdadeira base do nosso curso. As duas metodologias se
fundem na melhor estratégia de aprendizagem, possibilitando o aprendizado
efetivo da Língua Portuguesa para concursos.

Página 1 de 28
NOVO Curso Completo de Português na Saúde | 2015 – Equipe Professor Rômulo Passos

CRONOGRAMA
Segue o cronograma dos temas que serão trabalhados ao longo das aulas
Elas abrangem COMPLETAMENTE o conteúdo abordado na disciplina de
Língua Portuguesa para TODOS os Concursos na Saúde.

Nº Aulas Datas
1 Provas Comentadas – Parte 01 04/Fev
2 Provas Comentadas – Parte 02 07/Fev
3 Provas Comentadas – Parte 03 10/Fev
4 Provas Comentadas – Parte 04 13/Fev
5 Provas Comentadas – Parte 05 16/Fev
6 Provas Comentadas – Parte 06 19/Fev
7 Interpretação de texto e variações linguísticas (Parte I). 22/Fev
8 Interpretação de texto e variações linguísticas (Parte II). 25/Fev
9 Interpretação de texto e variações linguísticas (Parte III). 01/Mar
10 Classes Gramaticais (Parte I). 01/Mar
11 Classes Gramaticais (Parte II). 03/Mar
12 Classes Gramaticais (Parte III). 06/Mar
13 Colocação pronominal. 09/Mar
14 Sintaxe da oração e período (Parte I). 11/Mar
15 Sintaxe da oração e período (Parte II). 13/Mar
16 Sintaxe da oração e período (Parte III). 15/Mar
17 Sintaxe da oração e período (Parte IV). 18/Mar
18 Pontuação. 21/Mar
19 Regência e concordância (Parte I). 23/Mar
20 Regência e concordância (Parte II). 25/Mar
21 Crase. 28/Mar
22 Acentuação gráfica; Ortografia oficial. 01/Abr
23 Figuras de Linguagem. 03/Abr
24 Revisão e aprofundamento (Parte I) 09/Abr
25 Revisão e aprofundamento (Parte II) 14/Abr
26 Revisão e aprofundamento (Parte III) 18/Abr

Página 2 de 28
NOVO Curso Completo de Português na Saúde | 2015 – Equipe Professor Rômulo Passos

Para o seu melhor aproveitamento, primeiro resolva as 15 questões que


constituíram a prova do cargo de Enfermeiro de Vassouras – RJ, aplicada pela
FUNCAB em 2014. Em seguida, passe ao gabarito comentado, verificando
assim as suas principais dificuldades. Verifique o tempo que levou para
resolução das 15 questões.

PREFEITURA MUNICIPAL DE VASSOURAS – RJ


CONCURSO PÚBLICO para o cargo de Enfermeiro, FUNCAB, 214.

LÍNGUA PORTUGUESA

Leia o texto abaixo e responda às questões propostas.

Um dos sentimentos mais deprimentes em nossa nacionalidade é o de que criminosos


ficam impunes. Temos esta sensação a respeito de praticamente tudo. Políticos não pagam por
atos de corrupção, até mesmo quando transmitidos com áudio e vídeo para o país inteiro. Em
algum momento se dirá que as provas foram colhidas de maneira ilegal. A propósito, foi por
essa razão que o Supremo Tribunal Federal absolveu o ex-presidente Collor, que tinha sido
condenado pelo Senado à perda do cargo, mas não foi punido na Justiça pelos crimes de que
era acusado. Certamente é por isso que há, no Brasil, uma desconfiança tão grande em relação
aos homens públicos: imagina-se que não pagarão pelo mal que uns deles fazem.
Mas essa convicção não diz respeito apenas ao andar de cima. Há um consenso tácito
de que os, vamos chamá-los assim, do andar de baixo, não devem ser punidos quando violam a
lei. Encontram- se atenuantes. Não tiveram oportunidades na vida. São pobres. É complicado
penalizá-los. E por aí se acaba chegando a uma anistia branca para muitos praticantes de atos
ilícitos, que causaram mal à sociedade, mas não são castigados.
O curioso, porém, está na passagem da indignação à impunidade. Duas ou três vezes
por semana nos indignamos. Um senador que bradava contra a corrupção é pego fazendo
lobby para um suspeito de crimes. Um bêbado praticamente mata um homem que teria
dirigido gracinhas a sua companheira. Um presidenciável guia sem habilitação. São atos que
revoltam. Durante horas ou dias, são trending topics em nossa conversação e governam nosso
imaginário. Mas, depois, cai tudo no esquecimento – ou é tudo perdoado. Não se paga pelo que
se fez. O estoque de fatos que nos indignam se renova o tempo todo, mas sem que mudem as
coisas.
Página 3 de 28
NOVO Curso Completo de Português na Saúde | 2015 – Equipe Professor Rômulo Passos

Muitas pessoas estão convencidas de que o Brasil se notabiliza pela impunidade,


sobretudo, dos homens públicos. Entendo que não é bem isso. Primeiro, também há os
impunes de que se tem pena. A impunidade beneficia quem tem muito poder e quem não tem
nenhum. Segundo, não é só impunidade. Nossa característica não é a mera impunidade. É uma
impunidade que se segue à indignação. Esta é intensa. A imprensa nos serve matéria cotidiana
para nos indignarmos. Às vezes, até nos revoltamos sem razão. Certas informações,
apressadas, levam a opinião pública a condenar inocentes. Mas tais casos parecem constituir
uma minoria. O problema é que, depois, a indignação se arrefece ou entra em cena algo que
torna inviável o castigo. Ou seja, nossa indignação é inútil. Os sentimentos de revolta não
resultam em grande coisa.
Mas o que foram as grandes revoluções que mudaram o mundo – a Inglesa de 1688, a
Americana de 1776, a Francesa de 1789, a Russa de 1917 – senão um sentimento de
indignação, de revolta, de “basta”, que conseguiu traduzir-se em atos de milhares ou milhões
de pessoas e, depois, conquistar o poder? Ou seja, há casos em que a indignação traz
resultados. E não precisamos chegar a fazer uma revolução para que nossos indignados
mudem o mundo ou, pelo menos, o mundo à sua, à nossa volta. Para isso, é preciso, porém,
mudar a atitude. A mera indignação é improdutiva. Não gera ações. Resulta em desânimo.
Uma das expressões mais lamentáveis a esse respeito é que “só no Brasil” acontece
determinado absurdo. O que, por sinal, não é verdade. Tudo de ruim que temos também
acontece em algum outro lugar. Os Estados Unidos conheceram enorme fraude eleitoral em
2000, levando à posse do candidato presidencial derrotado nas urnas, George Bush. Fraude
tamanha não ocorre no Brasil desde 1930. Mas, por isso mesmo, é preciso enxergar as coisas
bem, ver o que realmente acontece. E, depois, agir para mudar. O que significa juntar-se a
outras pessoas. Solitária, uma andorinha não faz o verão.
(RIBEIRO, Renato Janine. Rev. Filosofia: nº 71, junho 2012, p. 8.)

1. Ao longo do texto, o autor orienta sua argumentação no sentido de


persuadir o leitor a concluir que:
A) mudanças sociais só ocorrem quando a indignação individual se faz seguir,
necessariamente, de ações coletivas.
B) políticos, entre nós, não são punidos por corrupção, por mais que as provas
do crime se espalhem pelo país.

Página 4 de 28
NOVO Curso Completo de Português na Saúde | 2015 – Equipe Professor Rômulo Passos

C) no Brasil, ricos e pobres, quando violam a lei, gozam da mesma situação de


impunidade.
D) a impunidade no país alimenta o crime em geral e, em particular, a
corrupção dos homens públicos.
E) para deixar o povo mais indignado, a imprensa brasileira sobrecarrega-o
diariamente de informação.

2. Para persuadir o leitor a concluir como ele, o autor se vale de todos as


estratégias argumentativas a seguir, EXCETO:
A) aludir a fatos históricos relevantes de conhecimento geral.
B) alinhar-se com o leitor, insistindo para tanto no uso da 1ª pessoa do plural.
C) explorar a relação lógica de causa/consequência.
D) arrolar exemplos para concretizar ou esclarecer um dado ponto de vista.
E) recorrer a argumento de autoridade.

3. Na argumentação desenvolvida, têm como papel justificar ponto de vista


emitido anteriormente no texto todos os enunciados a seguir, EXCETO:
A) “Duas ou três vezes por semana nos indignamos.” (parágrafo 3)
B) “A imprensa nos serve matéria cotidiana para nos indignarmos.” (parágrafo 4)
C) “Os sentimentos de revolta não resultam em grande coisa.” (parágrafo 4)
D) “A mera indignação é improdutiva.” (parágrafo 5)
E) “Tudo de ruim que temos também acontece em algum outro lugar.”
(parágrafo 5)

4. A proposição cujo conteúdo o autor sinaliza como incerto ou duvidoso


é:
A) “Mas, depois, cai tudo no esquecimento – ou é tudo perdoado.” (parágrafo 3)
B) “A impunidade beneficia quem tem muito poder e quem não tem nenhum.”
(parágrafo 4)
C) “Mas tais casos parecem constituir uma minoria.” (parágrafo 4)
D) “Tudo de ruim que temos também acontece em algum outro lugar.”
(parágrafo 5)
E) “Fraude tamanha não ocorre no Brasil desde 1930.” (parágrafo 5)
Página 5 de 28
NOVO Curso Completo de Português na Saúde | 2015 – Equipe Professor Rômulo Passos

5. Ao recorrer às expressões “andar de cima”, “andar de baixo” (parágrafo


2) para conferir maior visibilidade a uma oposição observável no grande
edifício social, o autor explora a seguinte figura de linguagem:
A) comparação.
B) metáfora.
C) metonímia.
D) hipérbole.
E) pleonasmo.

6. Consoante as normas de pontuação em vigor, e sem perder de vista o


sentido do texto, pode-se substituir por dois-pontos o ponto que finaliza
todos os períodos a seguir, EXCETO:
A) “Mas essa convicção não diz respeito apenas ao andar de cima.” (parágrafo 2)
B) “Mas, depois, cai tudo no esquecimento – ou é tudo perdoado.” (parágrafo 3)
C) “Nossa característica não é a mera impunidade.” (parágrafo 4)
D) “Mas tais casos parecem constituir uma minoria.” (parágrafo 4)
E) “Ou seja, nossa indignação é inútil.” (parágrafo 4)

7. Altera-se fundamentalmente o sentido do enunciado com a substituição


da locução em destaque proposta em:
A) “A PROPÓSITO, foi por essa razão que o Supremo Tribunal Federal absolveu
o ex-presidente Collor [...]” (parágrafo 1) / Decerto
B) “ÀS VEZES, até nos revoltamos sem razão.” (parágrafo 4) / Eventualmente
C) “OU SEJA, nossa indignação é inútil.” (parágrafo 4) /Vale dizer
D) “ou, PELO MENOS, o mundo à sua, à nossa volta.” (parágrafo 5) / no mínimo
E) “O que, POR SINAL, não é verdade.” (parágrafo 5) / aliás

8. Há evidente equívoco na caracterização da relação semântica entre as


palavras em destaque na seguinte alternativa:
A) ABSOLVEU o ex-presidente (parágrafo 1) / ABSORVEU a água (paronímia)
B) um consenso TÁCITO (parágrafo 2) / IMPLÍCITO na lei (sinonímia)
C) até nos revoltamos sem RAZÃO (parágrafo 4) / MOTIVO para brigas
(polissemia)
D) de que se tem PENA (parágrafo 4) / PENA de cauda de pavão (homonímia)
E) RESULTA em desânimo (parágrafo 5) /ADVÉM da impunidade (antonímia)

Página 6 de 28
NOVO Curso Completo de Português na Saúde | 2015 – Equipe Professor Rômulo Passos

9. Altera-se fundamentalmente o sentido do enunciado: “O estoque de


fatos que nos indignam se renova o tempo todo, MAS SEM QUE MUDEM AS
COISAS.” (parágrafo 3) com a seguinte reescrita da passagem sublinhada:
A) sem que mudem, porém, as coisas.
B) sem, não obstante, mudarem as coisas.
C) posto que sem mudarem as coisas.
D) não mudando senão as coisas.
E) não mudando, contudo, as coisas.

10. A alternativa em que o adjunto adverbial em destaque exprime


circunstância de concessão é:
A) “[...] até mesmo quando transmitidos COM ÁUDIO E VÍDEO [...] (parágrafo 1)
B) “[...] que as provas foram colhidas DE MANEIRA ILEGAL.” (parágrafo 1)
C) “[...]mas não foi punido NA JUSTIÇA pelos crimes de que era
acusado.”(parágrafo 1)
D) “[...] que bradava CONTRA A CORRUPÇÃO [...]” (parágrafo 3)
E) “Um presidenciável guia SEM HABILITAÇÃO.” (parágrafo 3)

11. Segundo as normas de concordância verbal descritas pela gramática, é


admissível fazer a substituição indicada em:
A) “Certas informações […] levam a opinião pública a CONDENAR inocentes.”
(parágrafo 4) / condenarem
B) “Mas tais casos PARECEM CONSTITUIR uma minoria.” (parágrafo 4) / parece
constituírem
C) “Os sentimentos de revolta não RESULTAM em grande coisa.” (parágrafo 4) /
resulta
D) “Mas o que foram as grandes revoluções que MUDARAM o mundo [...]”
(parágrafo 5) / mudou
E) “Os Estados Unidos CONHECERAM enorme fraude eleitoral em 2000 [...]”
(parágrafo 5) / conheceu

Página 7 de 28
NOVO Curso Completo de Português na Saúde | 2015 – Equipe Professor Rômulo Passos

12. A forma verbal composta “havia bradado” substitui, sem alteração de


tempo e modo, a forma simples empregada em:
A) Um senador que bradava.
B) Um senador que bradara.
C) Um senador que bradou.
D) Um senador que brada.
E) Um senador que bradasse.

13. Tentando reescrever a oração adjetiva destacada em: “[...] mas não foi
punido na Justiça pelos crimes DE QUE ERA ACUSADO.” (parágrafo 1),
cometeu-se um ERRO de regência verbal na alternativa:
A) que lhe imputavam.
B) que atribuíam a ele.
C) que talvez tenha cometido.
D) que carregava nas costas.
E) que era responsabilizado.

14. A gramática do português padrão considera INACEITÁVEL a ênclise do


pronome átono destacado em:
A) “E por aí SE acaba chegando a uma anistia branca [...]” (parágrafo 2)
B) “Duas ou três vezes por semana NOS indignamos.” (parágrafo 3)
C) “O estoque de fatos que nos indignam SE renova o tempo todo [...]”
(parágrafo 3)
D) “É uma impunidade que SE segue à indignação.” (parágrafo 4)
E) “A imprensa NOS serve matéria cotidiana para nos indignarmos.” (parágrafo 4)

15. O uso do acento indicativo da crase é facultativo no “a” destacado em:


A) “Temos esta sensação A respeito de praticamente tudo.” (parágrafo 1)
B) “E por aí se acaba chegando A uma anistia branca [...]” (parágrafo 2)
C) “[...] que teria dirigido gracinhas A sua companheira.” (parágrafo 3)
D) “[...] levam a opinião pública A condenar inocentes.” (parágrafo 4)
E) “O que significa juntar-se A outras pessoas.” (parágrafo 5)

Página 8 de 28
NOVO Curso Completo de Português na Saúde | 2015 – Equipe Professor Rômulo Passos

GABARITO COMENTADO

Leia o texto abaixo e responda às questões propostas.

Um dos sentimentos mais deprimentes em nossa nacionalidade é o de que criminosos


ficam impunes. Temos esta sensação a respeito de praticamente tudo. Políticos não pagam por
atos de corrupção, até mesmo quando transmitidos com áudio e vídeo para o país inteiro. Em
algum momento se dirá que as provas foram colhidas de maneira ilegal. A propósito, foi por
essa razão que o Supremo Tribunal Federal absolveu o ex-presidente Collor, que tinha sido
condenado pelo Senado à perda do cargo, mas não foi punido na Justiça pelos crimes de que
era acusado. Certamente é por isso que há, no Brasil, uma desconfiança tão grande em relação
aos homens públicos: imagina-se que não pagarão pelo mal que uns deles fazem.
Mas essa convicção não diz respeito apenas ao andar de cima. Há um consenso tácito
de que os, vamos chamá-los assim, do andar de baixo, não devem ser punidos quando violam a
lei. Encontram- se atenuantes. Não tiveram oportunidades na vida. São pobres. É complicado
penalizá-los. E por aí se acaba chegando a uma anistia branca para muitos praticantes de atos
ilícitos, que causaram mal à sociedade, mas não são castigados.
O curioso, porém, está na passagem da indignação à impunidade. Duas ou três vezes
por semana nos indignamos. Um senador que bradava contra a corrupção é pego fazendo
lobby para um suspeito de crimes. Um bêbado praticamente mata um homem que teria
dirigido gracinhas a sua companheira. Um presidenciável guia sem habilitação. São atos que
revoltam. Durante horas ou dias, são trending topics em nossa conversação e governam nosso
imaginário. Mas, depois, cai tudo no esquecimento – ou é tudo perdoado. Não se paga pelo que
se fez. O estoque de fatos que nos indignam se renova o tempo todo, mas sem que mudem as
coisas.
Muitas pessoas estão convencidas de que o Brasil se notabiliza pela impunidade,
sobretudo, dos homens públicos. Entendo que não é bem isso. Primeiro, também há os
impunes de que se tem pena. A impunidade beneficia quem tem muito poder e quem não tem
nenhum. Segundo, não é só impunidade. Nossa característica não é a mera impunidade. É uma
impunidade que se segue à indignação. Esta é intensa. A imprensa nos serve matéria cotidiana
para nos indignarmos. Às vezes, até nos revoltamos sem razão. Certas informações,
apressadas, levam a opinião pública a condenar inocentes. Mas tais casos parecem constituir
uma minoria. O problema é que, depois, a indignação se arrefece ou entra em cena algo que

Página 9 de 28
NOVO Curso Completo de Português na Saúde | 2015 – Equipe Professor Rômulo Passos

torna inviável o castigo. Ou seja, nossa indignação é inútil. Os sentimentos de revolta não
resultam em grande coisa.
Mas o que foram as grandes revoluções que mudaram o mundo – a Inglesa de 1688, a
Americana de 1776, a Francesa de 1789, a Russa de 1917 – senão um sentimento de
indignação, de revolta, de “basta”, que conseguiu traduzir-se em atos de milhares ou milhões
de pessoas e, depois, conquistar o poder? Ou seja, há casos em que a indignação traz
resultados. E não precisamos chegar a fazer uma revolução para que nossos indignados
mudem o mundo ou, pelo menos, o mundo à sua, à nossa volta. Para isso, é preciso, porém,
mudar a atitude. A mera indignação é improdutiva. Não gera ações. Resulta em desânimo.
Uma das expressões mais lamentáveis a esse respeito é que “só no Brasil” acontece
determinado absurdo. O que, por sinal, não é verdade. Tudo de ruim que temos também
acontece em algum outro lugar. Os Estados Unidos conheceram enorme fraude eleitoral em
2000, levando à posse do candidato presidencial derrotado nas urnas, George Bush. Fraude
tamanha não ocorre no Brasil desde 1930. Mas, por isso mesmo, é preciso enxergar as coisas
bem, ver o que realmente acontece. E, depois, agir para mudar. O que significa juntar-se a
outras pessoas. Solitária, uma andorinha não faz o verão.
(RIBEIRO, Renato Janine. Rev. Filosofia: nº 71, junho 2012, p. 8.)

1. Ao longo do texto, o autor orienta sua argumentação no sentido de


persuadir o leitor a concluir que:
A) mudanças sociais só ocorrem quando a indignação individual se faz seguir,
necessariamente, de ações coletivas.
B) políticos, entre nós, não são punidos por corrupção, por mais que as provas
do crime se espalhem pelo país.
C) no Brasil, ricos e pobres, quando violam a lei, gozam da mesma situação de
impunidade.
D) a impunidade no país alimenta o crime em geral e, em particular, a
corrupção dos homens públicos.
E) para deixar o povo mais indignado, a imprensa brasileira sobrecarrega-o
diariamente de informação.

Comentários:

Temos nesse texto a modalidade dissertativa argumentativa, pois o


autor defende seu ponto de vista sobre o tema através de vários argumentos
até o ápice, que é quando conclama os leitores que se unam para, por meio de
ações concretas, mudarem o país.

Página 10 de 28
NOVO Curso Completo de Português na Saúde | 2015 – Equipe Professor Rômulo Passos

A temática gira em torno de qual seria a atitude correta frente à


corrupção e demais situações que ficam sem resposta adequada por conta da
impunidade. Devemos apenas ficar indignados? Ou deveríamos ficar
indignados e agirmos para que não houvesse tanta impunidade em nosso
país?

Dito isso, com vários argumentos, o autor faz o grande convite: Que
todos se unam, juntem-se a uma só voz para combaterem efetivamente a
impunidade, seja dos políticos, seja dos que não o são.

Vamos, agora, à análise das alternativas:

Alternativa a: Já de início temos a resposta correta. Segundo o texto, as


mudanças sociais só ocorrem quando a indignação individual se faz seguir,
necessariamente, de ações coletivas.

Isso quer dizer que a mera indignação não será produtiva, visto que ela
apenas resulta em desânimo desprovido de ações enérgicas que resultariam na
mudança da situação. Tal mudança, por sua vez, só acontecerá quando toda
a coletividade agir em voz uníssona contra toda e qualquer forma de
impunidade.

Alternativa b: Uma leitura desatenta nos levaria a marcar esta


alternativa como a correta, entretanto, veja que o pensamento central do autor
não é “que todos os políticos ficam impunes”, e, sim, que alguns é que o
ficarão.

Veja este fragmento, do final do primeiro parágrafo: “Certamente é por


isso que há, no Brasil, uma desconfiança tão grande em relação aos homens
públicos: imagina-se que não pagarão pelo mal que uns deles fazem.”.

Assim, entendemos que não são todos, mas apenas alguns (“uns”). Eis o
erro desta assertiva. Além do que, esse é apenas um dos vários argumentos
utilizados pelo autor, e não o tema central do texto.

Alternativa c: O texto não fala literalmente de “ricos e pobres”, termos


esses que possuem carga semântica bem mais ampla que os exemplos citados.

Página 11 de 28
NOVO Curso Completo de Português na Saúde | 2015 – Equipe Professor Rômulo Passos

Fala-se, sim, de “políticos” e daqueles “do andar de baixo”. Claro que


dentre os “do andar de baixo” estão os pobres, mas estes não seriam a
totalidade do grupo nominado por essa expressão.

Da mesma forma, nem todos os políticos são ricos! O erro da assertiva


foi, assim, extrapolar os limites de significação do texto. Além do que, apesar
de os pobres ficarem impunes, o número de políticos ricos que não é punido é
muito maior que aquele.

Argumente-se, ainda, que esta alternativa seria, à semelhança da


anterior, apenas um argumento, e não o ponto central do texto.

Alternativa d: Esta assertiva também é muito sutil! Mas veja que não
está dito em lugar algum que “a impunidade no país alimenta o crime em geral
e, em particular, a corrupção dos homens públicos”.

Fala-se do sentimento, da indignação que permeia os brasileiros quanto


aos crimes que não são punidos e da sensação deprimente que a sucede por
conta de ninguém tomar a atitude correta para combater esse problema.

Assim, a ênfase do escritor é para que haja mudança nesse mero e


“deprimente” sentimento de revolta para uma atitude que, coletivamente,
tenha efetividade.

Alternativa e: O fato de a imprensa nos servir de matéria cotidiana para


nos indignarmos não é o foco do texto, constitui-se apenas de um dos
muitos argumentos citados cujo objetivo é conduzir-nos à conclusão de que
devemos deixar o sentimento individual de indignação inerte para ações
coletivamente efetivas contra a impunidade.

Observa-se que algumas dessas alternativas têm argumentos usados no


texto, mas, frise-se, nenhum deles reveste-se de importância principal, já que
são apenas argumentos que culminariam no ponto central do texto, que é o
despertar para uma luta coletiva contra a impunidade. Assim sendo, a que
melhor responde o enunciado da questão é a alternativa “a”.

Gabarito: A.

Página 12 de 28
NOVO Curso Completo de Português na Saúde | 2015 – Equipe Professor Rômulo Passos

2. Para persuadir o leitor a concluir como ele, o autor se vale de todos as


estratégias argumentativas a seguir, EXCETO:
A) aludir a fatos históricos relevantes de conhecimento geral.
B) alinhar-se com o leitor, insistindo para tanto no uso da 1ª pessoa do plural.
C) explorar a relação lógica de causa/consequência.
D) arrolar exemplos para concretizar ou esclarecer um dado ponto de vista.
E) recorrer a argumento de autoridade.

Comentários:
Esta assertiva testa nossos conhecimentos sobre as estratégias
argumentativas. Quando estamos redigindo um texto dissertativo, podemos
usar vários recursos para demonstrarmos o nosso ponto de vista e
convencermos a outrem sobre nossa opinião em determinada temática. Assim,
há várias formas de fazê-lo:
 Argumentação por autoridade ou informações de terceiros: É quando
citamos, nos nossos argumentos, o pensamento de alguém que tenha
grande destaque e autoridade na área sobre a qual estamos falando. Por
exemplo, ao se falar de Filosofia, tudo será mais fácil se dissermos algo
que Sócrates ou Aristóteles tenham dito, pois estes são dois grandes
expositores nessa área.
 Argumentação por analogia ou comparação: É quando o autor faz
comparação entre o que está falando com algum acontecimento que
guarde com aquele alguma relação de analogia. Por exemplo, comparar o
aflorar de grandes pensamentos a uma erupção vulcânica.
 Argumento por apresentação de dados estatísticos: É provar aquilo se
diz no texto pelo uso de informações estatísticas. Por exemplo, podemos
citar os vários dados percentuais que os políticos usam em época de
campanha para dar maior credibilidade (e para nos enganar!) aos seus
discursos.
 Argumentação por exemplos: Esse tipo também é muito usado, pois ele
tira o discurso do plano abstrato e situa-o no plano concreto, pois visa
a demonstrar que o que se está a afirmar já aconteceu em outros
momentos.
Feita a revisão necessária, vamos juntos aos comentários!
Página 13 de 28
NOVO Curso Completo de Português na Saúde | 2015 – Equipe Professor Rômulo Passos

Alternativa a: Aludir a fatos históricos relevantes de conhecimento geral


é usar argumentos por exemplos.
Alternativa b: Alinhar-se com o leitor, insistindo no uso da 1ª pessoa do
plural, apesar de não estar entre as quatro estratégias de argumentação que
apresentamos, também, indubitavelmente, foi um recurso utilizado pelo
autor, pois, ao inserir-se no grupo dos que precisam mudar de atitude frente à
corrupção, ele deu maior credibilidade ao texto.
Alternativa c: Explorar a relação lógica de causa/consequência também
está presente. O texto é bastante enfático ao dizer que a consequência da
impunidade é causada pela nossa falta de ação coletiva.
Alternativa d: Arrolar exemplos para concretizar ou esclarecer um dado
ponto de vista também é muito visto no texto, como em “Os Estados Unidos
conheceram enorme fraude eleitoral em 2000, levando à posse do candidato
presidencial derrotado nas urnas, George Bush. Fraude tamanha não ocorre no
Brasil desde 1930.”.
Alternativa e: Chegamos ao nosso gabarito! Recorrer a argumento de
autoridade realmente foi um recurso não explorado pelo autor do texto.
Note que o fato de ele ter citado do nome do ex-presidente Collor não
quer dizer que foi citada uma autoridade, visto que o referido político figura
negativamente no texto. Fique esperto!
Gabarito: E.

3. Na argumentação desenvolvida, têm como papel justificar ponto de vista


emitido anteriormente no texto todos os enunciados a seguir, EXCETO:
A) “Duas ou três vezes por semana nos indignamos.” (parágrafo 3)
B) “A imprensa nos serve matéria cotidiana para nos indignarmos.” (parágrafo 4)
C) “Os sentimentos de revolta não resultam em grande coisa.” (parágrafo 4)
D) “A mera indignação é improdutiva.” (parágrafo 5)
E) “Tudo de ruim que temos também acontece em algum outro lugar.”
(parágrafo 5)

Comentários:
BUSCA-SE XYZ INTRODUZIR AS ALTERNAYTIVAS
Alternativa a: A expressão “Duas ou três vezes por semana nos
indignamos”, do parágrafo 3º, realmente não faz referência a algo já dito no
Página 14 de 28
NOVO Curso Completo de Português na Saúde | 2015 – Equipe Professor Rômulo Passos

texto. Pelo contrário, refere-se a uma sequência cujos exemplos são o senador,
o bêbado e o presidenciável. É nosso gabarito.
Alternativa b: Antes da frase da alternativa, temos: “É uma impunidade
que se segue à indignação. Esta é intensa.”. Logo depois, temos o seguinte: “A
imprensa nos serve matéria cotidiana para nos indignarmos.”, o que nos
leva, inevitavelmente, a considerar esta opção correta.
Alternativa c: Aqui, à semelhança da alternativa anterior, também temos
continuidade entre as expressões “Ou seja, nossa indignação é inútil.” e “Os
sentimentos de revolta não resultam em grande coisa.”. Correta, portanto, tal
assertiva.
Alternativa d: “A mera indignação é improdutiva” refere-se ao
sentimento que não produz ação efetiva. Assim, também correta esta
alternativa.
Alternativa e: “Tudo de ruim que temos também acontece em algum
outro lugar.” refere-se, dentre outros assuntos, à corrupção, à impunidade, à
atitude errada frente a estas etc., temas abordados anteriormente e que
servem para justificar o ponto de vista do autor. Dessa forma, todas as
alternativas fazem referência a um argumento anteriormente mencionado,
objetivando justificá-lo, exceto a alternativa “a”.
Gabarito: A.

4. A proposição cujo conteúdo o autor sinaliza como incerto ou duvidoso


é:
A) “Mas, depois, cai tudo no esquecimento – ou é tudo perdoado.” (parágrafo 3)
B) “A impunidade beneficia quem tem muito poder e quem não tem nenhum.”
(parágrafo 4)
C) “Mas tais casos parecem constituir uma minoria.” (parágrafo 4)
D) “Tudo de ruim que temos também acontece em algum outro lugar.”
(parágrafo 5)
E) “Fraude tamanha não ocorre no Brasil desde 1930.” (parágrafo 5)

Página 15 de 28
NOVO Curso Completo de Português na Saúde | 2015 – Equipe Professor Rômulo Passos

Comentários:
Vamos ver o contexto em que a expressão que contém o gabarito se
insere:

“É uma impunidade que se segue à indignação. Esta é intensa. A imprensa nos serve
matéria cotidiana para nos indignarmos. Às vezes, até nos revoltamos sem razão. Certas
informações, apressadas, levam a opinião pública a condenar inocentes. Mas tais casos
parecem constituir uma minoria.”.

Vamos, agora, aos comentários.


Alternativa a: Esta opção é a única que poderia nos deixar em dúvida.
Vejamos: “Mas, depois, cai tudo no esquecimento – ou é tudo perdoado.”. O ou
aqui não é para indicar dúvida, mas, sim, opções que certamente, ou seja,
com certeza, acontecem.
Alternativa b: Esta opção também não contém elementos que expressam
dúvida.
Alternativa c: O mesmo já não podemos dizer desta alternativa.
Vejamos:
“Mas tais casos parecem constituir uma minoria.”
O trecho refere-se à influência que a imprensa exerce quanto à opinião
pública pensar que inocentes são culpados. Ao utilizar-se da palavra
“parecem”, o autor claramente expõe uma atitude de dúvida. É o nosso
gabarito.
Alternativas d/e: Não satisfazem ao enunciado da questão.
Gabarito: C.

5. Ao recorrer às expressões “andar de cima”, “andar de baixo” (parágrafo


2) para conferir maior visibilidade a uma oposição observável no grande
edifício social, o autor explora a seguinte figura de linguagem:
A) comparação.
B) metáfora.
C) metonímia.
D) hipérbole.
E) pleonasmo.

Página 16 de 28
NOVO Curso Completo de Português na Saúde | 2015 – Equipe Professor Rômulo Passos

Comentários:
Alternativa a: A comparação ocorre quando está presente
expressamente o termo comparativo: como, feito. Ex.: “Minha alma anseia por
Ti como a corça anseia pelas águas, SENHOR”.
Alternativa b: Já a metáfora é uma comparação subentendida, pois o
conectivo fica implícito na frase. Ex.: Clara é uma boneca (é como se fosse
uma boneca). É o que ocorre nas expressões “andar de cima”, “andar de
baixo”, que compara as classes sociais aos degraus de um edifício. É nosso
gabarito.
Alternativa c: A metonímia consiste em substituir um termo por outro
com o qual tenha alguma relação lógica. Ex.: No almoço de ontem, comi dois
pratos. Note que houve a substituição da comida (conteúdo) pelo recipiente (o
prato). Outro exemplo: Li muito Jorge Amado (substituição da obra pelo autor).
Alternativa d: A hipérbole é o exagero intencional para dar ênfase ao
que falamos. Ex.: Jeremias chorava rios de lágrimas.
Alternativa e: O pleonasmo é a repetição intencional de uma palavra
para reforçar uma ideia. Ex.: A ti te digo, estude! Ou: Vi tudo com os meus
próprios olhos.
Gabarito: B.

6. Consoante as normas de pontuação em vigor, e sem perder de vista o


sentido do texto, pode-se substituir por dois-pontos o ponto que finaliza
todos os períodos a seguir, EXCETO:
A) “Mas essa convicção não diz respeito apenas ao andar de cima.” (parágrafo 2)
B) “Mas, depois, cai tudo no esquecimento – ou é tudo perdoado.” (parágrafo 3)
C) “Nossa característica não é a mera impunidade.” (parágrafo 4)
D) “Mas tais casos parecem constituir uma minoria.” (parágrafo 4)
E) “Ou seja, nossa indignação é inútil.” (parágrafo 4)

Comentários:
Alternativa a/b/c/e: Poder-se-ia, sim, utilizar os dois pontos sem
prejuízo do texto, em ambas situações. .
Alternativa d: A palavra “tais” é um item de coesão textual, pois faz
referência a algo que já foi dito, amarrando assim as partes do texto.
Página 17 de 28
NOVO Curso Completo de Português na Saúde | 2015 – Equipe Professor Rômulo Passos

Portanto, inaplicáveis os dois pontos, visto que esse recurso deve ser
utilizado para introduzir algo que ainda será dito. É nosso gabarito.
Gabarito: D.
7. Altera-se fundamentalmente o sentido do enunciado com a substituição
da locução em destaque proposta em:
A) “A PROPÓSITO, foi por essa razão que o Supremo Tribunal Federal absolveu
o ex-presidente Collor [...]” (parágrafo 1) / Decerto
B) “ÀS VEZES, até nos revoltamos sem razão.” (parágrafo 4) / Eventualmente
C) “OU SEJA, nossa indignação é inútil.” (parágrafo 4) /Vale dizer
D) “ou, PELO MENOS, o mundo à sua, à nossa volta.” (parágrafo 5) / no mínimo
E) “O que, POR SINAL, não é verdade.” (parágrafo 5) / aliás

Comentários:
Alternativa a: Logo de saída, já temos nosso gabarito. A expressão “a
propósito” significa “a esse respeito”. É utilizada quando se quer dar
continuidade a uma sequência de pensamentos por meio de exemplos.
Já a palavra “decerto” é um advérbio e indica certeza. Assim, a
substituição proposta por esta assertiva alteraria significação do enunciado.
Alternativa b: “Às vezes” é sinônimo de “eventualmente”.
Alternativa c: “Ou seja” pode ser substituída por “vale dizer”, sem
nenhum problema.
Alternativa d: “Pelo menos” e “no mínimo” também guardam relação de
contiguidade semântica.
Alternativa e: “Por sinal” e “aliás” também são expressões equivalentes.
Gabarito: A.

8. Há evidente equívoco na caracterização da relação semântica entre as


palavras em destaque na seguinte alternativa:
A) ABSOLVEU o ex-presidente (parágrafo 1) / ABSORVEU a água (paronímia)
B) um consenso TÁCITO (parágrafo 2) / IMPLÍCITO na lei (sinonímia)
C) até nos revoltamos sem RAZÃO (parágrafo 4) / MOTIVO para brigas
(polissemia)
D) de que se tem PENA (parágrafo 4) / PENA de cauda de pavão (homonímia)
E) RESULTA em desânimo (parágrafo 5) /ADVÉM da impunidade (antonímia)

Página 18 de 28
NOVO Curso Completo de Português na Saúde | 2015 – Equipe Professor Rômulo Passos

Comentários:
Vamos revisar rapidamente a matéria:

Palavras que possuem mesma grafia, mas


Homógrafos pronúncia diferente. Ex.: Leste (verbo) e Leste
(substantivo).
Palavras que possuem mesma pronúncia, mas
Homônimos Homófonos grafia diferente. Ex.: Acento (sinal gráfico) e
Assento (lugar para sentar).
Palavras que possuem a mesma grafia e
Perfeitos pronúncia. Ex.: Livre (adjetivo) e Livre (verbo:
que eu livre).
São aquelas palavras parecidas na grafia, mas
Parônimos diferentes na significação. Ex.: Flagrante
(evidente) e Fragrante (perfumado).
Observe que tanto nos homônimos quanto nos parônimos os significados
das palavras serão sempre distintos.

Alternativa a: “Absolver” significa dar por inocente; isentar (alguém) da


penalidade que corresponde a uma culpa. Já “absorver” significa embeber,
puxar para dentro. Nota-se, dessa forma, que estamos diante de um parônimo,
pois as pronúncias e grafias são semelhantes.
Alternativa b: “Tácito” e “implícito” são palavras de significação
idêntica. Logo, estamos diante de palavras sinônimas. Observação: Os
estudiosos dizem que não há palavras de sentido exatamente iguais. O que há
é uma grande proximidade, mas igualdade, não.
Alternativa c: “Razão” e “motivo” são palavras sinônimas, daí o erro da
alternativa. É nosso gabarito.
Alternativa d: “Pena”, de dó, e “pena”, de plumagem das aves. São
homônimos perfeitos, visto que têm mesma grafia e pronúncia, mas
significado diferente.
Alternativa e: “Resulta” refere-se ao fim de uma ação, ao passo que
“advém” denota início, origem. Correta, portanto.
Gabarito: C.

Página 19 de 28
NOVO Curso Completo de Português na Saúde | 2015 – Equipe Professor Rômulo Passos

9. Altera-se fundamentalmente o sentido do enunciado: “O estoque de


fatos que nos indignam se renova o tempo todo, MAS SEM QUE MUDEM AS
COISAS.” (parágrafo 3) com a seguinte reescrita da passagem sublinhada:
A) sem que mudem, porém, as coisas.
B) sem, não obstante, mudarem as coisas.
C) posto que sem mudarem as coisas.
D) não mudando senão as coisas.
E) não mudando, contudo, as coisas.

Comentários:
A conjunção “mas” é adversativa. Assim, a relação estabelecida entre as
orações constitutivas desse período é de contraste, oposição.
Vamos às alternativas:
Alternativa a: “Porém” é conjunção adversativa e fez com que a
substituição proposta por esta opção mantivesse o sentido original.
Alternativa b: “Não obstante” é uma expressão conjuntiva concessiva,
visto que relaciona ideias que mesmo opostas não implicam a exclusão da
outra. Essa expressão é semelhante a “apesar de”.
Alternativa c: “Posto que” é conjunção concessiva, expressa ideias que
se opõem, sem serem excludentes. Também mantém o sentido original da
frase. Assim com as alternativas [a] e [b], a alternativa [c] encontra-se correta.
Alternativa d: “Senão” tem várias classificações, vejamos:
Pode ser conjunção aditiva, com sentido de “mas também”, pode ser
conjunção adversativa, com o sentido de “mas sim”, pode ser preposição,
com o sentido de “afora”, “exceto”, “salvo” e pode ser substantivo, com o
sentido de “mácula”, “defeito”, “problema”.
Sabendo disso vamos para o texto em questão: “O estoque de fatos que
nos indignam se renova o tempo todo, MAS SEM QUE MUDEM AS COISAS.”.
Fazendo a substituição proposta, ficaria assim:
“O estoque de fatos que nos indignam se renova o tempo todo,
NÃO MUDANDO SENÃO AS COISAS.”
O único significado possível para o “senão” nesse contexto é “afora,
exceto, salvo”, o que daria significação exatamente ao contrário do que quis
dar o autor do texto. Portanto, a substituição não mantém o sentido original
do texto. Ela significaria que as “coisas mudam”, quando elas na verdade não
mudam! É nosso gabarito.
Alternativa e: “Contudo” também é conjunção adversativa.
Gabarito: D.
Página 20 de 28
NOVO Curso Completo de Português na Saúde | 2015 – Equipe Professor Rômulo Passos

10. A alternativa em que o adjunto adverbial em destaque exprime


circunstância de concessão é:
A) “[...] até mesmo quando transmitidos COM ÁUDIO E VÍDEO [...] (parágrafo 1)
B) “[...] que as provas foram colhidas DE MANEIRA ILEGAL.” (parágrafo 1)
C) “[...]mas não foi punido NA JUSTIÇA pelos crimes de que era
acusado.”(parágrafo 1)
D) “[...] que bradava CONTRA A CORRUPÇÃO [...]” (parágrafo 3)
E) “Um presidenciável guia SEM HABILITAÇÃO.” (parágrafo 3)
Comentários:
Alternativa a: “COM ÁUDIO E VÍDEO” expressa instrumentalidade, não
concessão. Poderíamos, por isso, substituí-la por “por meio de”.
Alternativa b: “DE MANEIRA ILEGAL” indica modo.
Alternativa c: “NA JUSTIÇA” indica lugar.
Alternativa d: “CONTRA A CORRUPÇÃO” indica circunstância de
oposição, mas veja que aqui não temos três ideias, há apenas uma, por isso
que não podemos classificá-lo com concessiva. Explicaremos isso em detalhes
na próxima alternativa.
Alternativa e: Adjunto adverbial é o termo da oração que indica uma
circunstância, pois tem o papel do advérbio. As orações concessivas
expressam oposição entre as ideias das orações, sem excluir nenhuma delas.
Outro fato que você precisa saber sobre esse tipo de oração é que nelas
temos três pensamentos, sendo dois expressos pelas orações que se opõem,
e um pensamento que fica implícito.
Assim, na oração “Um presidenciável guia SEM HABILITAÇÃO”, temos
três ideias:
1ª: O presidenciável está guiando;
2ª: Ele está guiando sem habilitação; e
3ª: a ideia que fica implícita: Para que o presidenciável guiasse, seria
necessária a habilitação.
Assim, mesmo não tendo habilitação, o presidenciável guiou. Temos,
então, duas ideias se opondo, mas sem que uma exclua a outra. Isso é
típico das orações concessivas. Memorize esta dica, pois esse assunto está
sendo recorrente nas provas. Gabarito.
Gabarito: E.

Página 21 de 28
NOVO Curso Completo de Português na Saúde | 2015 – Equipe Professor Rômulo Passos

11. Segundo as normas de concordância verbal descritas pela gramática, é


admissível fazer a substituição indicada em:
A) “Certas informações […] levam a opinião pública a CONDENAR inocentes.”
(parágrafo 4) / condenarem
B) “Mas tais casos PARECEM CONSTITUIR uma minoria.” (parágrafo 4) / parece
constituírem
C) “Os sentimentos de revolta não RESULTAM em grande coisa.” (parágrafo 4) /
resulta
D) “Mas o que foram as grandes revoluções que MUDARAM o mundo [...]”
(parágrafo 5) / mudou
E) “Os Estados Unidos CONHECERAM enorme fraude eleitoral em 2000 [...]”
(parágrafo 5) / conheceu
Comentários:
Alternativa a: O verbo tem que combinar com “opinião pública”,
devendo, dessa forma, ficar no singular. Incorreta.
Alternativa b: A expressão “parecem constituir” é formada por dois
verbos: “Parecem”, que está na 3ª pessoa do singular do presente do
indicativo e “constituir”, que está no infinitivo impessoal.
Quando fizermos a alteração proposta, haverá mudança de classificação
para o segundo verbo, ou seja, “constituírem” já estará no infinitivo pessoal.
Assim, “tais casos” continuará concordando no plural com o verbo
“constituírem”, o que torna tal alteração perfeitamente possível. Eis aqui a
nossa alternativa correta. Mas vamos às demais:
Alternativa c: “Os sentimentos de revolta” deve fazer a concordância
com o verbo no plural. Incorreta.
Alternativa d: “Mudou” não está concordando com “grandes
revoluções”. Incorreta.
Alternativa e: O termo “Os Estados Unidos” exige que o verbo fique no
plural. Incorreta.
Gabarito: B.

Página 22 de 28
NOVO Curso Completo de Português na Saúde | 2015 – Equipe Professor Rômulo Passos

12. A forma verbal composta “havia bradado” substitui, sem alteração de


tempo e modo, a forma simples empregada em:
A) Um senador que bradava.
B) Um senador que bradara.
C) Um senador que bradou.
D) Um senador que brada.
E) Um senador que bradasse.

Comentários: Temos aqui a cobrança sobre uma construção verbal


pouco usada atualmente: O pretérito mais-que-perfeito do indicativo.
Esse tempo na sua forma simples, cantara, estudara, sonhara etc. quase
não aparece. Todavia, na forma composta é bastante utilizado no dia-a-dia:
Tinha (ou havia) cantado, tinha (ou havia) estudado, tinha (ou havia) sonhado.
Tanto a forma simples quanto a composta expressam ação passada em
relação a outro fato também passado, como em “Quando fiz a prova, eu
estudara (ou tinha/havia estudado) bastante”.
Sabendo disso, vamos à análise!
Alternativa a: “Bradava” está no imperfeito do indicativo e indica que a
ação estava se desenrolando no passado. Não serve, portanto.
Alternativa b: “Bradara”, como já vimos, está no mais-que-perfeito do
indicativo e expressa um fato passado em relação a outro também passado.
“Bradara”, portanto, é o mesmo que “havia/tinha” bradado. Eis o nosso
gabarito.
Alternativa c: “Bradou” está no pretérito perfeito do indicativo,
expressa uma ação completa no passado. Incorreta.
Alternativa d: “Brada” está no presente do indicativo.
Alternativa e: “Bradasse” está no imperfeito do subjuntivo, indicando
ação hipotética em desenvolvimento no passado.
Gabarito: B.

Página 23 de 28
NOVO Curso Completo de Português na Saúde | 2015 – Equipe Professor Rômulo Passos

13. Tentando reescrever a oração adjetiva destacada em: “[...] mas não foi
punido na Justiça pelos crimes DE QUE ERA ACUSADO.” (parágrafo 1),
cometeu-se um ERRO de regência verbal na alternativa:
A) que lhe imputavam.
B) que atribuíam a ele.
C) que talvez tenha cometido.
D) que carregava nas costas.
E) que era responsabilizado.

Comentários: A regência verbal estuda a relação entre os verbos e seus


complementos indicando qual a preposição correta a ser empregada. Trata
ainda sobre os casos em que não se usará a preposição entre estes e aqueles.

Temos nessa relação um termo regente (o verbo) e um termo regido (o


seu complemento).
Observe: “Aquele morador de rua precisa ajuda”. Fica claro que faltou
um termo entre “precisa” e “ajuda”. Assim, a regência correta do verbo
“precisar” exige a preposição “de”. Reescrevendo: “Aquele morador de rua
precisa de ajuda”.
Entendido o que é regência, vamos em busca do ponto!
Alternativa a: O verbo “Imputar” é transitivo indireto. Assim, o
complemento “lhe” (que poderia ser substituído por “a ele”) está corretamente
empregado.
Alternativa b: “Atribuir” aqui também é transitivo indireto e está
corretamente ligado ao seu complemento por meio de preposição.
Alternativa c: “Cometer” é transitivo direto, não necessitando de
preposição. Alternativa igualmente correta.
Alternativa d: “Carregar” aqui é transitivo direto. O seu complemento é
“os crimes”. “Nas costas” é adjunto adverbial e não faz concordância com o
verbo. Correta.
Alternativa e: Faltou nesta alternativa a preposição exigida pelo termo
“responsabilizado”, pois quem é responsabilizado é responsabilizado POR
algo.

Ficaria correto assim: “[...] mas não foi punido na Justiça pelos crimes
POR QUE ERA RESPONSABILIZADO.” Gabarito.

Página 24 de 28
NOVO Curso Completo de Português na Saúde | 2015 – Equipe Professor Rômulo Passos

Obs.: Note que não houve a necessidade de saber o que é uma oração
adjetiva. O examinador é especialista em apavorar você. Por isso que ele usa
esses termos para tentar desestabilizar seu emocional. Mas o que ele quer é,
na verdade, saber sobre regência, somente! Fique esperto!

Gabarito: E.

14. A gramática do português padrão considera INACEITÁVEL a ênclise do


pronome átono destacado em:
A) “E por aí SE acaba chegando a uma anistia branca [...]” (parágrafo 2)
B) “Duas ou três vezes por semana NOS indignamos.” (parágrafo 3)
C) “O estoque de fatos que nos indignam SE renova o tempo todo [...]”
(parágrafo 3)
D) “É uma impunidade que SE segue à indignação.” (parágrafo 4)
E) “A imprensa NOS serve matéria cotidiana para nos indignarmos.” (parágrafo
4)

Comentários: Estamos diante de colocação pronominal. Toda palavra


atrativa, que é o caso da palavra “que”, gera próclise. Veja:

“A mãe botou-o de castigo” - “A mãe que botou-o de castigo”


Erro de colocação pronominal

“A mãe que o botou de castigo”


Emprego correto

Vamos revisar o conteúdo!


Há palavras que atraem o pronome para logo depois de si e para antes
do verbo (próclise). A tais palavras damos o nome de atrativas ou fatores de
próclise. Os fatores de próclise geralmente elencados pelos gramáticos são:

 Palavras negativas (não, nada, nunca, jamais, nem etc.)


Ex.: Nunca SE referiram ao acontecido, nem O resolveram.
Palavra negativa + Pronome + Verbo Palavra negativa + Pronome + Verbo
 Advérbios (hoje, amanhã, talvez, lá etc.)
Ex.: Hoje ME trouxe o documento.
Advérbio + Pronome + Verbo

Página 25 de 28
NOVO Curso Completo de Português na Saúde | 2015 – Equipe Professor Rômulo Passos

 Pronomes relativos (que, quem, qual, onde etc.)


Ex.: “...você e eu tivemos pais que NOS geraram.”
Pronome relativo + Pronome + Verbo
 Pronomes indefinidos (tudo, alguém, outros etc.)
Ex.: Alguns AS elogiaram; outros SE mantiveram indiferentes.
Pronome indefinido + Pronome + Verbo
 Pronomes demonstrativos (este, aquilo, isso etc.)
Ex.: Esta NOS entretém, pois está sendo uma boa luta.
 Conjunção coordenativa alternativa (ou... ou, ora... ora etc.)
Ex.: Ou SE estuda, ou não SE vence.
 Conjunções subordinativas (que, como, embora etc.)
Ex.: Como SE sabe, temos que nos doar para os estudos.
Conjunção subordinativa + Pronome + Verbo

É conveniente lembrar que ênclise é o emprego do pronome depois do


verbo. Assim, vamos às alternativas.
Alternativa a: Esta alternativa não foi o gabarito oficial, mas, conforme
comentários acima, quando há a presença de um advérbio, há
obrigatoriedade de próclise, tendo em vista que essa classe morfológica atrai
o pronome par antes do verbo. Assim, neste caso seria inaceitável a ênclise
sugerida.
Alternativa b: “Indignamo-nos” seria a forma sugerida nesta opção.
Correta.
Alternativa c: “Renova-se” também, nesse contexto, é aceitável. Correta.
Alternativa d: Aqui temos o gabarito oficial. Veja: “É uma impunidade
que SE segue à indignação.”. Adaptando, temos: “É uma impunidade que
segue-SE à indignação.” Note que nesta alternativa temos o pronome relativo
que, palavra atrativa. Por isso, não há possibilidade da construção “... que
segue-SE”. O correto seria “... que SE segue”. É o nosso gabarito.
Alternativa e: Por último, temos aqui “A imprensa NOS serve”, que ficará
“A imprensa serve-NOS. Correta.
Gabarito: D. Mas a questão deveria ter sido anulada, pois tem dois
gabaritos.

Página 26 de 28
NOVO Curso Completo de Português na Saúde | 2015 – Equipe Professor Rômulo Passos

15. O uso do acento indicativo da crase é facultativo no “a” destacado em:


A) “Temos esta sensação A respeito de praticamente tudo.” (parágrafo 1)
B) “E por aí se acaba chegando A uma anistia branca [...]” (parágrafo 2)
C) “[...] que teria dirigido gracinhas A sua companheira.” (parágrafo 3)
D) “[...] levam a opinião pública A condenar inocentes.” (parágrafo 4)
E) “O que significa juntar-se A outras pessoas.” (parágrafo 5)

Comentários: O acento grave, indicativo da crase, é usando para


assinalar a fusão da preposição “a” com outro “a”, que pode ser artigo ou
pronome.

Sempre a crase ocorrerá com palavras femininas, existindo somente


duas exceções a essa regra: O “aquele” e o “aquilo”, que podem receber o
acento grave. Ex.: Fui àquele comércio ontem. Reitero: A regra é acento grave
antes de palavras femininas.

Alternativa a: “Respeito” é palavra masculina, não admitindo crase.

Alternativa b: “Uma” é artigo indefinido. Diante dele não se usa o


acento grave.
Alternativa c: “Sua” é pronome possessivo feminino. Diante deles, a
crase é facultativa. Assim, estariam corretas as duas construções: “[...] que
teria dirigido gracinhas A sua companheira.” E “[...] que teria dirigido
gracinhas À sua companheira.”

Crase facultativa Exemplos

(Só há três casos)

1. Diante de pronomes possessivos Ele pediu um auxílio-doença devido à (ou a) sua


femininos no singular enfermidade.

2. Diante da preposição até. Em sua bravura, ele lutou até à (ou a) morte.

3. Diante de nomes próprios Emocionado, o orador fez menção à (ou a) Marta e à


femininos, já que nesses casos o (ou a) Maria.
emprego do artigo é facultativo.

Alternativa d: “Opinião” é palavra masculina. Diante dessas palavras


não ocorre crase.

Página 27 de 28
NOVO Curso Completo de Português na Saúde | 2015 – Equipe Professor Rômulo Passos

Alternativa e: “Outras” está no plural e o “a” está no singular. Nesses


casos também não ocorre crase. Outro exemplo: Fui a várias bibliotecas em
Paris. Quando o “a” está no singular e o termo regido está no plural não
ocorre crase.

Critério prático geral para Exemplo


ver se há crase

Troque o termo regido por “A união entre os políticos levou à unanimidade de


outra palavra que pertença aprovação no momento da votação.”
à sua mesma classe Substantivo feminino
gramatical. Caso apareça
antes dele “ao” é porque Fazendo a substituição, temos:
haverá crase ali. “A união entre os políticos levou ao desentendimento de
aprovação no momento da votação.”
Substantivo masculino

Gabarito: C.

Chegamos ao final do nosso primeiro encontro, e perceba quantas


informações já trabalhamos em apenas uma aula. Ainda restam outros 25
encontros. Ao final, você estará preparada (o) a gabaritar qualquer prova de
português para concursos públicos.
Se você gostou da nossa abordagem, indique esse curso aos seus
amigos, especialmente os das outras áreas da saúde (fisioterapeutas,
psicólogos, nutricionistas, técnicos em enfermagem, enfermeiros, terapeutas
ocupacionais, dentistas, assistentes sociais, médicos, farmacêuticos etc) que
ainda não conhecem o trabalho da Equipe Professor Rômulo Passos, uma
equipe que tem em vocês a razão de ser.
Obrigado pelo carinho!
Equipe Professor Romulo Passos!!

Página 28 de 28

Você também pode gostar