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Instituto Superior Mutasa

Unidade Orgânica de Chimoio


Curso: Licenciatura em Psicologia Clinica
Cadeira: Introdução a Psicanálise
2° Ano-Curso Nocturno

Necessidade e desejos
Conceito de Pulsão, Prazer, Princípios de Prazer
Fases da Sexualidade, Complexo de Édipo

Chimoio, Outubro de 2021


Instituto Superior Mutasa
Unidade Orgânica de Chimoio
Curso: Licenciatura em Psicologia Clinica
Cadeira: Introdução a Psicanálise
Curso Nocturno

Necessidade e desejos
Conceito de Pulsão, Prazer, Princípios de Prazer
Fases da Sexualidade, Complexo de Édipo

Estudantes:
Elfez José Gabriel
Trabalho de carácter avaliativo a ser
Isaltina da Conceição I. Vendo apresentado no Instituto Superior Mutasa
Noémia Felizardo Mazunde do curso de Licenciatura em Psicologia
Clinica 2° Ano II° Semestre de 2021,
Ramos Paulo Gonçalves
Disciplina de Introdução a Psicanálise sob
orientação. dr Júlio Chimonzo
Chimoio, Outubro de 2021

Índice

Capitulo-I..................................................................................................................................1

1.0.Introdução............................................................................................................................1

1.0. Objectivo.............................................................................................................................2

1.1 Objectivo geral.....................................................................................................................2

1.2 Objectivo Específico............................................................................................................2

1.3 Metodologia.........................................................................................................................2

Capitulo-II................................................................................................................................3

2.1. O desejo..............................................................................................................................3

2.2. A Pulsão..............................................................................................................................3

2.3. Primeira Teoria Pusional.....................................................................................................3

2.4. Segunda Teoria Pusional.....................................................................................................4

2.5. Princípio do prazer..............................................................................................................5

2.6. A sexualidade......................................................................................................................6

2.6. As fases da sexualidade......................................................................................................6

Capitulo-III...............................................................................................................................7

2.6.1. 1. Fase oral.......................................................................................................................7

2.6.2. 2. Fase anal.......................................................................................................................7

2.6.3. 3. Fase fálica....................................................................................................................7

2.6.4. 4. Fase de latência............................................................................................................8

2.6.5. 5. Fase genital..................................................................................................................8

2.7. Complexo de Édipo.............................................................................................................8


2.8. A defesa psicológica...........................................................................................................9

3.1. Conclusão............................................................................................................................9

3.2. Referência Bibliográfica...................................................................................................11


Capitulo-I

1.0.Introdução

A sexualidade é uma dimensão humana essencial, e deve ser entendida na totalidade dos seus
sentidos como tema e área de conhecimento. O primeiro teórico a falar sobre a sexualidade
infantil foi Sigmund Freud. Nos dias atuais, a sexualidade, se configura como uma área de
estudos e pesquisas. De acordo com Freud (2006) a sexualidade nos acompanha desde o
nascimento até a morte. Observa-se actualmente uma escassez de estudos voltados para o
papel dos pais na educação sexual das crianças desde a primeira infância, para que estes
possam chegar à adolescência segura e consciente de sua maturação sexual e tendo
consciência de sua sexualidade. O objectivo deste artigo e explanar sobre o desenvolvimento
sexual segundo a vertente psicanalítica, explicitando as fases psicossexuais proposta por
Freud (2006). Também será realizado um breve apanhando a respeito do papel dos pais neste
processo, com algumas orientações..

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1.0. Objectivo

1.1 Objectivo geral

 Analisar a importância de estudo da sexualidade na perspectiva Psicanalítica

1.2 Objectivo Específico

 Conceituar Sexualidade
 Conceituar Desejo
 Conceituar complexo de Édipo
 Conceituar Pulsão
 Identificar as diferentes fases da sexualidade segundo freud
 Identificar as características das fases da sexualidade

1.3 Metodologia

A Metodologia usada para a realização deste trabalho foi levantamento bibliográfico


retrospectivo de vários outros autores e que abordam de diferentes formas o tema em estudo.

A Metodologia usada para a realização deste trabalho foi levantamento bibliográfico


retrospectivo de vários outros autores e que abordam de diferentes formas o tema em estudo.

A revisão bibliográfica é vantajosa na medida em que desenvolve, esclarece e modifica


conceitos e ideias, permitindo a formulação precisa de problemas ou hipóteses pesquisáveis,
proporcionam uma visão geral acerca de determinados factos. Mais também corremos o risco
de lermos tudo que é livro, artigos, esperando encontrar qualquer coisa que explique o
objectivo do trabalho. Mas a maior dificuldade encontrada no local aquando do pedido de
documentos oficiais, material e documentação específica sobre o assunto em análise.

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Capitulo-II

2.1. O desejo

Para Freud, o desejo é um movimento em direcção à marca psíquica deixada pela vivência de
satisfação primeira que acalmou uma necessidade, como a fome, no bebê2.2. Características
das instituições sociais

2.2. A Pulsão

Desde o início de sua obra, Freud menciona o que mais tarde vai ser identificado como
pulsão. Segundo o editor britânico de Freud, James Strachey, no prefácio de A pulsão e seus
destinos (1920/1996g), as pulsões, no princípio, apareciam sob outros nomes como:
"excitações", "ideias afectivas", "impulsos anelantes", "estímulos endógenos".

Em Três Ensaios sobre a teoria da sexualidade, Freud (1905/1996b) define o conceito de


pulsão. Neste trabalho, esta é exposta como o representante psíquico de uma energia que leva
ao movimento, ou ainda uma espécie de demanda por acção que seria feita ao psiquismo cuja
fonte seria o processo excitatório em um órgão. Há aqui uma distinção entre a fonte da pulsão
e o estímulo, sendo este último produzido fora do organismo e a fonte da pulsão dentro do
próprio organismo. Essa pulsão, ao contrário do estímulo, não poderia ser eliminada, sendo,
pois, contínua, e exigiria que o organismo lidasse com ela.

Neste primeiro momento, portanto, Freud (1905/1996b) acreditava que todas as pulsões
levavam ao movimento, e nesse mesmo trabalho fala da pulsão sexual e atribui à sua energia o
nome de libido. Também faz menção a pulsões "de fome", que, em contrapartida, se
relacionariam à necessidade de nutrição.~

2.3. Primeira Teoria Pusional

Como dito anteriormente, em um primeiro momento Freud acreditava que todas as pulsões
consistiam em movimento psíquico, pois seriam decorrentes de um quantum de energia que
impelia o psiquismo à ação. O pai da psicanálise nem mesmo tentou propor quais seriam as
possíveis pulsões existentes, mas acreditava que se dividiam em dois grandes grupos:
autopreservação e sexuais.
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As pulsões de autopreservação, entendia Freud (1915/1996g), tinham a função de preservar a
existência do indivíduo, do ego, enquanto as pulsões sexuais se esforçavam na busca de
objectos com vistas à preservação da espécie e a satisfação sexual. Segundo ele, a princípio as
pulsões sexuais estariam ligadas às de autopreservação, e por isso buscariam vinculação,
satisfação, com aquilo que preservaria a vida.

Antes mesmo de expor essa teoria, Freud já mostrava inquietação quanto à classificação
dualista perdurar, e mostrava que essa teoria seria mantida até quando se mostrasse útil, ou até
quando as experiências clínicas não mostrassem evidências contrárias.

Propus que se distingam dois grupos de tais instintos primordiais: os instintos do ego,
ou autopreservativos, e os instintos sexuais. Mas essa suposição não tem status de postulado
necessário, ela não passa de uma hipótese de trabalho, a ser conservada apenas enquanto se
mostrar útil, e pouca diferença fará aos resultados do nosso trabalho de descrição e
classificação se for substituída por outra. (Freud, 1915/1996g, p.139)

2.4. Segunda Teoria Pusional

Em 1920, Freud (1920/1996b) revê a divisão inicial que havia feito das pulsões - em pulsões
sexuais e de autopreservação. Em Além do princípio do prazer, propõe a existência de uma
nova dualidade na vida psíquica, a de que existem duas forças opostas: uma energia que
impele à acção e outra que leva à inanição.

Aquelas que levam à acção já eram bem conhecidas, pois consistiam no agrupamento das
pulsões sexuais e de autopreservação. Freud deu-lhes o nome de Pulsões de Vida. O autor
dizia que estas pulsões diziam respeito às excitações que induziriam à busca de objetos. Por
outro lado, aquelas que levavam à estagnação era a grande novidade da proposta, e Freud as
nomeou Pulsões de Morte. Estas eram descritas como as que buscariam a paz, ou seja, a
ausência de estimulação no organismo (Freud, 1920/1996b).

A pulsão de morte era entendida por Freud (1920/1996b) como uma tendência que levaria à
eliminação da estimulação do organismo. Assim, o trabalho dessa pulsão teria como objectivo
a descarga, a falta do novo, a falta de vida, ou seja, a morte. Então, o organismo não teria em
sua base constitucional o desejo pela mudança, pois estaria fadado a buscar sempre estados
anteriores.

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Em O Ego e o Id, Freud (1923/1996j) afirma que a pulsão de vida precisa encontrar formas de
manter a vida ante a tendência à mortífera da pulsão oposta. Uma das soluções pontuadas por
ele é o desviar da pulsão de morte para fora do organismo para não provocar a destruição
interna. Assim, boa parte desta pulsão se voltaria para o exterior e se apressentaria aí, pelo
menos parcialmente, em forma de destruição.

Quanto à parte da pulsão de morte que permanece no ego, Freud (1923/1996j) dizia que ela
poderia chegar à descarga por meio da fusão à pulsão de vida também. Neste formato, formas
saudáveis de descarga são desenvolvidas em contrapartida às soluções que a pulsão de morte
encontra quando desfusionada, que seria o estabelecimento de neuroses graves. Quando
desfusionada, a pulsão de morte encontraria no superego um aliado e seria a responsável pela
dureza e crueldade exibida dessa instância, e também por uma ação exagerada e
excessivamente punidora voltada ao ego. A pulsão de morte é responsável ainda pelo
sentimento de culpa instalado no ego, que faz com que o sujeito se julgue merecedor de
sofrimento.

Freud (1930/1996k) conclui que "quanto mais um homem controla a sua agressividade para
com o exterior, mais severo - isto é, agressivo - ele se torna em seu ideal do ego" (p. 66), ou
seja, maior a inclinação do seu ideal do ego para a agressividade contra o seu ego.

Lembra-se do que Freud defendeu em 1923 sobre a pulsão de morte, ele já havia se deparado
antes e resistiu em reconhecer.

Nos trabalhos finais, Freud (1930/1996k) também reconhece que a pulsão de morte se tornou
uma das teorias mais úteis do ponto de vista teórico do que qualquer outra. Veja-se um pouco
sobre algumas questões que se acredita estar relacionadas à proposição desta nova pulsão.

2.5. Prazer

Na concepção de Freud, não há dúvidas de que os acontecimentos mentais são regulados pelo
princípio de prazer, que consiste basicamente numa redução de tensão ou uma produção de
prazer. Prazer e desprazer, sentimentos divergentes, completamente conscientes, porém
impróprio de qualquer significado teórico. Numa parte distante da mente, são sentimentos que
não podemos evitar, no entanto, o mais cabível foi a decisão de relacionar o prazer e o

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desprazer à quantidade de excitação presente na mente, sendo que o desprazer aumenta a
quantidade de excitação, enquanto o  prazer mostra uma diminuição de excitação

2.6. Princípio do prazer

Segundo Freud, o princípio do prazer, juntamente com o princípio da realidade, é a base do


rumo dos acontecimentos psíquicos e as duas formas de funcionamento mental.
O princípio do prazer caracteriza-se pela procura de prazer e ao mesmo tempo de evitamento
de dor, sofrimento ou tensão, por parte de um organismo. Todos os seres vivos obedecem a
este princípio, mas no caso do homem, os processos psíquicos inconscientes procuram a
obtenção do prazer e este princípio governa completamente o seu comportamento enquanto
criança. Neste princípio o que predomina é a busca do prazer a qualquer custo e este é
conseguido através da descarga de qualquer aumento de tensão.
Na teoria psicanalítica, o princípio do prazer, que representa o desejo instintivo de satisfação,
é modificado pelas solicitações do mundo exterior, ou seja, pelo princípio da realidade.
O princípio do prazer constitui uma energia interna enorme à qual se opõe o princípio da
realidade.

2.7. A sexualidade

Segundo a Organização Mundial de Saúde (1975) apud Egypto (2003):

A sexualidade forma parte integral da personalidade de cada um. É uma necessidade básica e
um aspecto do ser humano que não pode ser separado dos outros aspectos da vida.
Sexualidade não é sinónima de coito e não se limita à presença ou não do orgasmo.
Sexualidade é muito mais do que isso, é a energia que motiva a encontrar o amor, o contacto e
a intimidade e se expressa na forma de sentir, na forma de as pessoas tocarem e serem
tocadas. A sexualidade influencia pensamentos, sentimentos, acções e interacções e tanto a
saúde física como a mental. Se a saúde é um direito humano fundamental, a saúde sexual
também deveria ser considerada como um direito humano básico (OMS, 1975, apud
EGYPTO, 2003, p. 15 e 16)

2.8. As fases da sexualidade

Freud, (1977, p. 135) A sexualidade humana se desenvolve ao longo da vida, que tem sua
plenitude na fase adulta. Até lá, as manifestações sexuais ocorrem dentro de uma certa ordem
por meio de cinco estágios, como identificou o pai da psicanálise Sigmund Freud. A
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actividade sexual, que tem lugar numa determinada zona erógena, é abandonada para
deslocar-se para outra região do corpo. Esta mudança numa ordem determinada é definida
como manifestação de desenvolvimento

Capitulo-III

2.8.1. 1. Fase oral

Até 1 ano de idade, os primeiros momentos de prazer são vivenciados pela boca e pelos
lábios. Isso porque, ao entrar em contacto com o seio materno, ela sacia sua fome. Ou seja,
além da sensação agradável do toque, um instinto de sobrevivência é aliviado. Isso explica
por que elas costumam levar à boca tudo o que encontram. (FREUD, 1977, p. 135).

2.8.2. 2. Fase anal

Para Freud (2006), Essa fase da sexualidade se manifesta entre 1 e 3 anos de idade. Nela, a
criança começa a obter controle de seu esfíncter, em que ela tira proveito do ato de reter as
fezes para, em seguida, desfrutar de prazer e alívio quando passam pelo ânus.

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2.8.3. 3. Fase fálica

Para Freud (2006), Nesta fase, que acontece geralmente entre 3 e 6 anos de idade, a libido está
ligada à genitália e à micção. O desejo de manipular os órgãos sexuais e a curiosidade em
diferenciar o feminino e o masculino também aparecem nesse momento.

2.8.4. 4. Fase de latência

Para Freud (2006), Entre 6 e 11 anos de idade, a libido é temporariamente direcionada para o
desenvolvimento intelectual e social da criança. Os pais exercem um papel importante nesse
período, já que desencorajam ou punem os impulsos sexuais.

2.8.5. 5. Fase genital

Para Freud (2006), A partir dos 11 anos, a puberdade começa a se manifestar, e os impulsos
sexuais não podem mais ser reprimidos – e as transformações trazidas pela adolescência têm
grande parte nisso. Além disso, a identidade infantil é deixada para trás, mas isso causa
conflitos internos.

2.9. Complexo de Édipo

Complexo de Édipo é uma fase do desenvolvimento psicossexual da criança do sexo


masculino, que se caracteriza quando esta começa a sentir uma forte atração pela figura
materna e se rivaliza com a figura paterna.

O Complexo de Édipo pertence ao processo que forma a sexualidade infantil, um conceito


desenvolvido pelo neurologista e criador da Psicanálise, Sigmund Freud. Normalmente, o
Complexo de Édipo surge durante a chamada “Fase Fálica”, que sucede a “Fase Oral” e “Fase
Anal”, de acordo com a psicanálise freudiana.

Este termo – Complexo de Édipo - se originou a partir da mitologia grega, nomeadamente por
influência da história que envolve a tragédia grega “Édipo Rei”, escrita originalmente por
Sófocles, em 427 a.C.

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Resumidamente, a lenda do “Édipo Rei” conta a história de como Édipo assassinou o seu pai
e casou com a própria mãe, tendo quatro filhos com ela. Ambos, no entanto, não sabiam que
eram mãe e filho. Quando descobriram (através do oráculo), Jocasta, a mãe de Édipo, se
suicidou. O rapaz, como punição por não ter sido capaz de reconhecer a própria mãe, furou os
dois olhos e ficou cego.

De acordo com a psicanálise, o Complexo de Édipo surge entre os 3 e 5 primeiros anos de


vida da criança. A partir da relação que Freud faz com a lenda grega, nesta fase se desenvolve
um “desejo incestuoso” da criança pela mãe, ao mesmo tempo que cria uma relação de
conflito e disputa com o pai.

Alguns dos sintomas do Complexo de Édipo incluí o ciúme que o menino sente da mãe,
quando esta está num convívio mais íntimo com o marido, por exemplo.

De acordo com Freud, a superação Complexo de Édipo é essencial para que a criança perceba
a representatividade do pai na relação, assim como a estruturação da personalidade individual
do menino.

Caso não haja uma correta resolução do Complexo de Édipo, este pode acarretar algumas
consequências no comportamento do futuro adulto, como: dependência exagerada do sexo
oposto, submissão ou opressão

2.10. A defesa psicológica

Em ambos os sexos, o mecanismo de defesa fornece resoluções transitórias do conflito entre


as motivações do id e as motivações do ego. O primeiro mecanismo de defesa é a repressão, o
bloqueio de memórias, os impulsos emocionais e as ideias da mente consciente; mas a sua
ação não resolve o conflito Id-Ego. O segundo mecanismo de defesa é a identificação, pelo
qual a criança incorpora, ao seu (super)ego, as características de personalidade do pai do
mesmo sexo; no que se adaptar, o menino diminui sua ansiedade de castração, porque a sua
semelhança com o pai o protege da ira do pai na sua rivalidade materna; ao se adaptar, a
menina facilita a identificação com a mãe, que entende que, sendo do sexo feminino,
nenhuma delas possui um pênis, e, portanto, não são antagonistas

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3.1. Conclusão
Concluímos que para entender sobre sexualidade infantil torna-se importante primeiramente
compreender a diferença existente entre “sexo” e “sexualidade”. Enquanto o Sexo é entendido
a partir do biológico, remetendo-se a ideia de gênero, feminino e masculino, a sexualidade vai
além das partes do corpo, constituindo-se como uma característica que está estabelecida e está
presente na cultura e história do homem. Segundo Nunes e Silva (2006, p. 73) “A sexualidade
transcende à consideração meramente biológica, centrada na reprodução e nas capacidades
instintivas”.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (1975) apud Egypto (2003):

A sexualidade forma parte integral da personalidade de cada um. É uma necessidade básica e
um aspecto do ser humano que não pode ser separado dos outros aspectos da vida.
Sexualidade não é sinônimo de coito e não se limita à presença ou não do orgasmo.
Sexualidade é muito mais do que isso, é a energia que motiva a encontrar o amor, o contato e
a intimidade e se expressa na forma de sentir, na forma de as pessoas tocarem e serem
tocadas.

Tendo os objectivos realizados e as questões primordiais respondidas satisfatoriamente, com a


execução da pesquisa, outras questões foram surgindo e algumas dúvidas ainda ficaram.
Propõe-se, então uma questão para ser analisada: a solução dos processos instintuais de
repetição com a dominância do princípio de prazer.Como já vimos, a intensidade dos
estímulos excitatórios, presentes em fatos desagradáveis, podem causar psicopatologias como
diversas neuroses. Todo desprazer neurótico é um prazer que não pode se sentida como tal.
Então, o prazer que sentimos normalmente, é a percepção de uma pressão por parte dos
instintos insatisfeitos. Uma característica presente na análise de neuróticos é a compulsão à
repetição. Também vimos que mais importante que a recepção de estímulos é a proteção
contra eles, no entanto ainda não sabemos como dominá-los. Em relação ao estudo onírico de
Freud, percebemos que os sonhos de pacientes com neurose traumática não é de forma
alguma realizações de desejo.

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3.2. Referência Bibliográfica

EGYPTO, Antônio Carlos. Orientação Sexual na Escola: um projeto apaixonante: o projeto

de orientação na escola. (org). Clara Regina Rappaport. São Paulo. EPU, 1981. 144 p.

FIORI, Wagner da Rocha. Teorias do Desenvolvimento: Conceitos fundamentais: modelo

psicanalítico. São Paulo. Cortez, 2003. 92 p.

FREUD, Sigmund. Um caso de histeria, Três ensaios sobre sexualidade e outros

Trabalhos. 1901-1905. Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de

Sigmund Freud Volume VII. Imago Editora. 2006. Rio de Janeiro.

_______Conferências Introdutórias sobre Psicanálise (Parte III) 1915-1916. Edição

Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud Volume XVI.

Imago Editora. 2006. Rio de Janeiro.

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Silva, Maria C. Pereira (org). Casa do Psicólogo. São Paulo, 2006. 123 p.

RIBEIRO, Cláudia. A Fala da Criança Sobre Sexualidade Humana: o dito, o explicito e o

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SAYÃO, Rosely. Sexualidade na escola: alternativas teóricas e práticas: orientação

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20/06/2010.

WEREBE, M. J. G. Sexualidade, Políticas e Educação. Autores e associados. São Paulo,

1998. 217 p.

ZORNIG, Silvia Abu-Jamra. As teorias sexuais infantis na atualidade: algumas reflexões,

2008. Rio de Janeiro. Disponível em: WWW.scielo.com.br. Acesso em: 05/03/2010

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