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Alta gestão
nas PME
O gestor de uma PME deve pensar em grande
para que a sua empresa seja grande
Esta cópia é de uso exclusivo de: Vera Oliveira (1601590@estudante.uab.pt)
Alta gestão
nas PME
O gestor de uma PME deve pensar em grande
para que a sua empresa seja grande
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Luis Castañeda
Alta gestão
nas PME
O gestor de uma PME deve pensar em grande
para que a sua empresa seja grande
FICHA TÉCNICA
Título
Alta Gestão nas PME
Autor
Luis Castañeda
Editor
Vida Económica – Editorial, SA
R. Gonçalo Cristóvão, 14 - 2º • 4000-263 Porto
www.vidaeconomica.pt • http://livraria.vidaeconomica.pt
Composição e montagem
Vida Económica
Impressão e acabamento
Uniarte Gráfica, S.A. • 4300-414 Porto
Depósito Legal
349667/12
ISBN
978-972-788-621-0
ÍNDICE
Introdução................................................................................... 7
Liderança e fator humano nas PME......................................... 11
Estratégia nas PME.................................................................... 47
Gestão do crescimento nas PME.............................................. 77
Inovação nas PME...................................................................... 95
Gestão da mudança nas PME................................................... 109
Ética, responsabilidade social e governo nas PME................ 125
A vida do gestor de PME........................................................... 149
Em jeito de epílogo..................................................................... 171
Sobre o autor............................................................................... 173
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Dedicatória:
A Mario Rosas e Jaime Santibáñez, cuja paixão por desen-
volver o espírito empreendedor nos jovens conseguiu que IM-
PULSA A.C. (antes DESEM, A.C.) seja a força educacional que
é hoje.
Ao Eng. Martin Alvarez, escritor e consultor que ajuda mui-
tos empresários a pensar em grande.
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INTRODUÇÃO
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Introdução
Não faltará quem diga que para dirigir uma PME basta apli-
car os princípios básicos de gestão de empresas. Afirmo enfati-
camente que não é verdade. Hoje, mais do que nunca, as PME
devem ser geridas com as mesmas práticas de gestão utilizadas
pelas grandes, apenas adaptadas a uma dimensão menor. Não
reconhecer esta realidade é o que faz com que 65% das PME
no nosso país morram nos dois anos seguintes à sua fundação
e que 32% dos desempregados sejam empresários fracassados.
Quando fundámos o Programa Jovens Empresários, patrocina-
do pelo Desenvolvimento Empresarial Mexicano A.C. (agora
IMPULSA, A.C.) e com a assessoria do Junior Achievement,
surpreendeu-me ver que os manuais de gestão de empresas –
quase por brincadeira – continham as técnicas de gestão de
grandes empresas. As empresas que os estudantes de bacharela-
to criavam eram do tamanho mais micro que se possa imaginar
e, todavia, exigíamos aos seus gestores a utilização de técnicas
de empresas muito maiores.
Se tivesse tido um desses manuais nas minhas mãos antes de
lançar a minha própria empresa, não a teria destruído em seis
meses. E, previamente, tinha sido gestor de projeto, gestor de
produção e gestor de marketing numa empresa importante do
ramo químico e metalomecânico.
A minha participação na criação do Programa Empresários
Juvenis e a minha tentativa frustrada de ser um empresário
ensinaram-me a importância de saber tudo o que puder sobre
gestão de empresas para sobreviver e prosperar como um em-
presário.
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UMA ORGANIZAÇÃO
SEM LIDERANÇA É COMO
UM CORPO SEM CABEÇA:
NÃO VIVE
Muito tem sido dito sobre a liderança. Todos os anos publi-
cam-se vários livros sobre este assunto. O termo parece fácil de
definir, mas não há uma definição que satisfaça a todos. Muitos
acreditam que é mais fácil identificar um líder que defini-lo. O
que é certo é as organizações precisam de pessoas capazes de
dirigi-las eficazmente para que atinjam os objetivos que traça-
ram.
Mas há bons líderes e há os maus líderes. Acredita-se que um
bom líder é aquele que dá melhores resultados que um mau líder.
No campo dos negócios, pelo menos, parece que um bom líder
cria mais valor para os acionistas e sociedade que um mau líder.
Nas PME , um gestor que tenta fazer com que o seu negócio
sobreviva não pode ser considerado um bom líder, porque o
seu perfil não se encaixa no perfil do que é chamado de boa
liderança. E que quando os recursos são escassos, a competên-
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A RAZÃO?
Negligenciaram a família ao dedicar-se de corpo e alma à
sua empresa. E quando se deram conta, já tinham sérios pro-
blemas com os seus filhos e/ou com o seu cônjuge.
Então, onde ficou a liderança? Pode-se ser líder empresarial
e não em casa? Quando falamos de um grande líder, tende-
mos a pensar num homem (ou mulher) perfeito em todos os
sentidos, bom gestor de empresa, bom pai, bom marido, bom
cidadão, quer dizer, tendemos a idealizá-lo. Diria que todos os
que escrevem sobre liderança formam uma imagem ideal da
imagem do líder que, na prática, não se cristaliza. Todos os lí-
deres têm falhas, são humanos.
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O CUSTO DE EXERCER
UMA MÁ LIDERANÇA
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QUALIDADES E CAPACIDADES
DO LÍDER COMPLETO
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QUALIDADES/VALORES COMPETÊNCIAS/
/CAPACIDADES
• Honestidade
• Coerência • Para se adaptar às diferentes cir-
• Humildade cunstâncias
• Prudência • Para comunicar com clareza
• Tolerância • Desenvolver estratégias
• Flexibilidade • Para planear
• Sensibilidade/empatia • Para inspirar as pessoas
• Magnanimidade • Para convencer
• Espírito de serviço • Para decidir eficaz e atempada-
• Lealdade mente
• Disciplina • Para aprender rapidamente
• Justiça • Para tirar proveito de suas falhas
• Excelência • Para “conhecer” as pessoas
• Otimismo • Para resolver problemas com-
• Paciência plexos
• Diligência • Para organizar
• Ambição • Para lidar com o poder com
• Consciência social justiça
• Moderação • Para conciliar
• Diligência • Para imaginar o futuro
• Motivação • Para terminar o que começa
• Sentido de urgência • Para reconhecer o importante
• Energia • Para delegar e dar poder
• Força • Para aceitar a ajuda e conselhos
• Sensatez • Para desenvolver líderes
• Paixão • Para aceitar críticas
• Equanimidade • Para tirar o máximo partido do
seu pessoal
• Persistência
• Para escolher o certo
• Abertura de mente
• Para construir culturas
• Firmeza de critério
• Para ouvir
• Equilíbrio de juízo
• Para disciplinar com respeito
• Pontualidade
• Para recrutar bons profissionais
• Autenticidade
• Para reconhecer os seus erros
• Capacidade de recuperação (re-
siliência)
• Criatividade
• Confiança em si mesmo e nos
demais
• Autocontrolo
• Respeito
• Fiabilidade
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Respeito
Este é o ponto de partida de um processo para tornar as pes-
soas mais capazes: o respeito e a dignidade da pessoa. É fazê-la
sentir-se apreciada e parte de algo maior do que ela, a organi-
zação.
Quando as pessoas se sentem respeitadas, a sua motivação
sobe e aumenta o seu desejo de dar o melhor de si. O gestor
deve reconhecer que a dignidade é o que de mais valioso uma
pessoa tem, a seguir à vida.
A dignidade não é concedida em função do nível social ou
económico do indivíduo. Um empregado de limpeza tem a
mesma dignidade que o diretor-geral. A dignidade não discri-
mina, nem mesmo criminosos. Por isso o gestor deve ser tra-
tado da mesma forma que todos os funcionários e ver em cada
funcionário a grandeza que reside nele ou nela.
Quando um gerente menospreza os funcionários dos pri-
meiros níveis, o que ele faz é reduzir a capacidade de imple-
mentação otimizada da empresa. Equivale a amputar uma per-
na a um corredor. Reconheçamo-lo, toda a organização precisa
de absolutamente todos os funcionários para alcançar o seu
pleno desenvolvimento.
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Responsabilidade
O gestor deve especificar de forma clara e precisa qual é a
responsabilidade de cada funcionário pela qual deve prestar
contas. Para conseguir que este passo dê frutos é necessário
que a pessoa capacitada assuma a posse dos resultados do seu
cargo. Para isso deve ser o encarregado do ou dos processos
utilizados.
É importante, vital, que o empregado relacione o seu traba-
lho e os seus resultados com a missão, os objetivos orientado-
res, a grande estratégia e objetivos do plano operacional. As-
sim, sentir-se-á parte de uma empresa que sabe para onde vai.
Por outro lado, o trabalhador deve reconhecer que a respon-
sabilidade não é a lista de tarefas a serem executadas, mas os
resultados que essas tarefas devem produzir.
Recursos
Não podemos enviar os nossos soldados para o campo de
batalha sem arma, não importa quanta responsabilidade lhes
conferimos. O mesmo acontece com a nossa equipa. Se nós lhe
damos responsabilidade, também devemos dar recursos neces-
sários para que eles possam concretizá-la. Se assim não aconte-
cer, teremos direito a pedir-lhes contas?
A lista de recursos possíveis é variada: capital, equipamento,
pessoal, incluindo o tempo. O que lhes deve ser exigido é que
façam uso lucrativo desses recursos.
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Autoridade
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Padrões de excelência
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Formação e desenvolvimento
Como disse antes, as empresas hoje são extensões da escola,
e como nós preferimos ter empregados com uma boa atitude e
realizadores em vez de brilhantes, mas problemáticos e apáti-
cos, não temos escolha a não ser formar.
O treino é vital para a eficiência. Ninguém pode fazer algo
corretamente se não sabe como fazê-lo bem. Pode fazê-lo como
especificado, mas ao “acaso”. Dito de outra forma, para imple-
mentar é necessário conhecimento, e o conhecimento é dado
pelo treino.
O gestor deve estar envolvido na formação do seu pessoal.
Isso não significa que é instrutor, embora não lhe fizesse ne-
nhum mal, mas é preciso sublinhar a importância do conheci-
mento aos seus funcionários. Jack Welch, o lendário presidente
da General Electric agora aposentado, costumava abrir as ses-
sões no seu centro de formação de Crottonville. Fazia-o por-
que estava convencido de que o capital intelectual é o principal
ativo de uma organização. Não é por nada, a GE chegou a ser a
maior empresa com maior capital nos Estados Unidos.
Outra vantagem da formação, diz Diane Tracy, é que a pes-
soa, ao formar-se, aumenta a sua autoestima, dá-lhe um senti-
do de mais-valia pessoal. Obviamente, qualquer empresa quer
que todos os seus funcionários tenham a autoestima nos céus.
Além disso, a formação oferece ao empregado a possibili-
dade de desenvolver-se, isto é, de escalar a pirâmide organiza-
cional.
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Informação
Além do conhecimento necessário para fazer o seu trabalho,
o empregado precisa de informação para o fazer ainda melhor
e, acima de tudo, para tomar boas decisões.
O básico em termos de informação é que conheça a mis-
são, valores, objetivos e metas principais do plano operacional.
Mas também precisa de saber como funciona a empresa em
termos das vendas, das margens, dos inventários, da carteira,
dos lucros (sim, os lucros) e outros indicadores da situação da
empresa.
Asseguro que é preferível a sua equipa conhecer a realida-
de a inventá-la, pois acreditará que a empresa está a vender
mais do que realmente vende e que os utilitários são superio-
res aquilo que na verdade são. Os rumores são altamente des-
trutivos, por isso é melhor mostrar as coisas como realmente
são.
Quem deve dar a cara quanto à informação é o diretor. Deve
ser o grande comunicador das boas notícias, assim como das
más.
Comentários
Como pode corrigir o seu rumo, se não sabe onde vai? Bem,
os funcionários podem não saber como estão a portar-se, se
ninguém lhes diz. Devemos partir da premissa de que os seres
humanos querem fazer bem as coisas, e que, se falham, não é
por má vontade, mas por ignorância.
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Reconhecimento
O ser humano procura constantemente de reconhecimento.
Quer convencer-se de que é útil, que está no mundo por uma ra-
zão transcendental. Por isso, o gestor deve estabelecer um sistema
de recompensa para a sua equipa, um sistema que os faça sentir
como vencedores, que os convença que a sua vida tem sentido.
Para alguns, o trabalho em si dá sentido à sua vida; mas a
maioria necessita de reforçar a sensação com o reconhecimen-
to do seu trabalho.
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Confiança
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Tolerância do erro
Os erros ensinam. Na verdade, a vida é uma cadeia de er-
ros. Quem aprender a partir deles é geralmente bem-sucedido,
quem não o faz e os repete, tende a falhar.
Mesmo as grandes empresas cometem erros, alguns muito
graves, que ameaçam até a viabilidade da empresa. Até ao mo-
mento não existe nenhuma vacina contra o erro. O máximo
que podemos fazer é tentar minimizar a incidência de um erro
fatal.
Todo o implementador corre o risco de tropeçar no proces-
so. O gestor deve reconhecer esse facto e prever se ocorre uma
contingência. Mas deve tolerar o erro quando cometido por
motivos alheios ao controlo do infrator. Se um gestor castiga
quem comete um erro, apesar de ter devidamente planeado,
essa pessoa terá receio de voltar a experimentar algo arrisca-
do, mas importante para o desenvolvimento da organização.
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Coaching
O coaching, palavra inglesa sem uma tradução precisa para
o português, está a tornar-se moda no mundo dos negócios, e
não admira, já que o seu propósito é formar líderes. Charan e
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PLANEAR OU MORRER
Em várias ocasiões, em conferências dirigidas a gestores de
pequenas ou médias empresas, têm-me questionado sobre a ne-
cessidade de um plano estratégico, embora a empresa seja de ta-
manho ínfimo em relação a uma empresa multinacional. A mi-
nha resposta é: as pessoas são alimentadas, quer sejam crianças
ou adultos. A planificação não é privilégio exclusivo das grandes
empresas. As PME têm acesso a ela e precisam dela tanto quanto
as grandes, talvez mais, pois a sua sobrevivência está em jogo.
O mundo dos negócios pode ser visto como uma situação
de guerra, com muitos exércitos inimigos e muitos campos de
batalha. Os exércitos inimigos são as empresas concorrentes.
Os campos de batalha são os mercados, que essas empresas dis-
putam para dominá-los. Será que os exércitos poderiam sair
para lutar sem ter uma estratégia formal? Obviamente que não.
Acabariam dizimados em pouco tempo. Sem uma estratégia, o
mais provável é que perderiam cada batalha.
Nos tempos que correm, mesmo as microempresas exigem
um plano estratégico, uma estratégia formal e por escrito, não
apenas gravada na mente do gestor.
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QUAL É A ESTRATÉGIA?
Preparei planos estratégicos durante quase 40 anos e, toda-
via, não tenho uma definição que me satisfaça em pleno. Cada
especialista no assunto tem sua própria definição. Acredito que
a mais simples é: “A estratégia é a arte do general”, referindo-se
ao general militar. Mas é uma definição muito genérica. Outra
definição simples é:
“Estratégia é um plano que permite a uma empresa obter
uma vantagem significativa sobre os seus concorrentes”. Pode-
ria ter acrescentado o termo “sustentável” à “vantagem”, mas a
verdade é que as vantagens já não são sustentáveis por muito
tempo.
A tecnologia é o pior inimigo das vantagens “sustentáveis”.
Veja o que acontece no campo dos telefones móveis: o tempo
que leva uma empresa a lançar um telemóvel com determina-
das características, já outra empresa “matou” aquele com outro
telefone mais avançado e conveniente, e talvez com um preço
similar. A Apple, sabendo que as vantagens competitivas do
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seu iPhone não eram sustentáveis por muito tempo, não tardou
em baixar o preço do seu produto. E não nos surpreende que
continue a lançar outras versões do iPhone que canibalizam as
anteriores, como acaba de fazer recentemente.
Michael Porter, talvez o principal guru da estratégia, mais do
que definir o termo, diz-nos o que deve ser uma estratégia: “A
única estratégia vantajosa é a que o diferencia dos concorrentes
e que é difícil imitar rapidamente” (Esta é uma interpretação
pessoal do que ele disse, mas parece-me fácil de entender).
O PLANO ESTRATÉGICO
VISTO COMO UM PROJETO
ARQUITETÓNICO
Existem vários modelos para desenvolver um plano estra-
tégico, na medida em que o processo se pode tornar confuso.
Quando dei palestras sobre planeamento estratégico, notei que
muitos trabalhadores ficavam com dúvidas.
Sendo um fã de arquitetura contemporânea, procurei e en-
contrei uma semelhança entre a conceção e a construção de
um edifício e a conceção e implementação de uma estratégia
de negócios.
Acredito que, assim como os arquitetos vanguardistas como
Frank Gehry, Santiago Calatrava, Norman Foster, Renzo Piano,
I.M. Pei, Enrique Norten, César Pelli, Daniel Libeskind, Luis
Barragán, Teodoro González de León, Zaha Hadid, Ricardo
Legorreta e outros, os gestores de empresas (seja esta grande
ou PME) devem projetar a estratégia da sua organização com
muita ousadia e criatividade para o Santo Graal empresarial: a
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OE NC
F A E
B
D C
OC
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UM MODELO DE IMPLEMENTAÇÃO
APLICÁVEL ÀS PME
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Ameaças:
• O livro impresso tende a ser destronado pelos meios di-
gitais. Mas cuidado, isso não significa que o livro tradi-
cional desapareça. Graças à tecnologia de impressão, que
permite imprimir até uma única cópia, o livro perdurará
enquanto existir um suporte físico para a impressão.
• As pessoas quererão aprender menos, ou porque não lhes
interessa aprender ou porque sabem que a qualquer mo-
mento que necessitem da informação podem recorrer à
Internet. Isso, unido ao facto de que parece que as pesso-
as já não pensam, pelo menos de maneira crítica, e prefe-
rem que os outros pensem por eles: políticos, intelectu-
ais, jornalistas, etc.
Nem são todas, mas estas duas ameaças pesam muito.
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Oportunidades:
• Começar o jogo digital. Iniciar a publicação de livros di-
gitais. Já começámos com o meu livro As 25 tarefas ine-
vitáveis do gestor das PME, que está à venda na Internet
em www.digilibro.com, e que pode ler-se diretamente no
ecrã do PC num formato semelhante ao de um livro e
que, inclusive, mostra a mudança de página como se es-
tivesse a folhear um livro tradicional.
• Dedicar-se a criar conteúdo adequado para ser coloca-
do em qualquer plataforma: livro impresso, MP3, livro
eletrónico, PDF, etc. Na Índia há muitas empresas dedi-
cadas a preparar versões para todas as plataformas, e a
baixo custo. Desta forma, deixaremos de ver-nos como
editores de livros. Assim, deixaremos de sofrer o que
Theodore Levitt chamou a miopia do marketing, que
significa definir um negócio de maneira tão estreita que
não reconhece as oportunidades geradas pela evolução
do mercado. No seu artigo Marketing Myopia (HBR) dá
o exemplo da indústria ferroviária, ao definir o negócio
como o de ferroviária, as empresas não se deram conta
que o verdadeiro negócio em que estavam era o trans-
porte, assim chegaram os camiões e os aviões, e o merca-
do abandonou-os estrepitosamente.
Nesta situação, a nossa estratégia básica de sobrevivência é
“surfar” na onda de mudança. Como o faremos? Isso é infor-
mação confidencial (tão confidencial que nem nós a conhece-
mos, mas estamos à sua procura).
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NAS PME
DO CRESCIMENTO
GESTÃO
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Alta Gestão nas PME
E SE DECIDE CRESCER?
SETE REGRAS PARA O FAZER BEM
Se acha que o crescimento aumentará o valor para os acio-
nistas, os clientes e a sociedade e está disposto a assumir os
riscos inerentes ao crescimento, o mínimo que pode fazer é
implementá-lo corretamente.
Steven S. Little, especialista em crescimento de PME e autor
de The 7 Irrefutable Rules of Small Business Growth (Wiley), su-
gere um conjunto de regras para o fazer bem, mas também pro-
põe um perfil do empresário com capacidade para fazer crescer
o seu negócio. Comecemos por ver este perfil:
1. É trabalhador; ou seja, entra para trabalhar no “duro”, mas
não pelo trabalho em si, mas para produzir resultados.
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PORQUÊ INOVAR?
É necessário inovar porque o mercado o exige, porque tem o
poder de discriminar entre tantos produtos que os fabricantes
oferecem. Sob esta ótica, inovar já não é uma escolha, é uma
questão de sobrevivência. Ou inova ou fica fora do mercado.
Ponto.
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NAS PME
GESTÃO DA MUDANÇA
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A MUDANÇA É INOVAÇÃO
Por definição, inovar significa fazer mudanças. A partir des-
ta ótica, o mundo é altamente inovador, pois vive uma mudança
contínua e acelerada, pois os produtos de mudança duram hoje
menos que antes: no século XX realizaram-se mais desenvolvi-
mentos tecnológicos do que em todos os séculos precedentes; e
espera-se que o século XXI supere o século XX.
Pela sua própria natureza, as PME são mais ágeis do que as
empresas grandes e hierárquicas; então supõe-se que são mais
adaptáveis à mudança. Infelizmente, nem sempre é assim. Há
PME que são varridas pela mudança. Qual é a causa principal?
Os seus gestores, que, por complacência, miopia ou ignorância,
não veem o trailer que lhes vem para cima. De nada serve a sua
capacidade de resposta ágil. E para ser um empreendedor ágil é
necessário que tenha várias capacidades ou competências. Jen-
nifer James, no seu livro Thinking in the Future Sense (Touchs-
tone), diz-nos que essas capacidades que lhe permitem detetar
padrões ou tendências produzidos pela mudança:
1. Carisma. A capacidade de aproveitar descobrimentos
acidentais (Post-it, Teflón).
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Alta Gestão nas PME
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A QUE FUTURO ESTÁ A CONDUZIR
A MUDANÇA?
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Alta Gestão nas PME
A verdadeira mudança
A verdadeira mudança requer uma capacidade de mu-
dança adaptável dentro da empresa que não surge da
noite para o dia nem depende apenas de um punhado de
“agentes de mudança” que impõem as suas ideias numa
organização. As pessoas acreditam que a mudança está
dentro da empresa, não fora ou apenas na cúpula. São
empregados em todos os níveis, trabalhando concerta-
damente perto ou longe da organização, que veem opor-
tunidades de aplicar novas ideias para resolver proble-
mas nos seus postos de trabalho. Em suma, a verdadeira
mudança não é uma ocorrência fortuita, são forças que
ocorrem para alinhar-se de maneira a que as sementes de
mudança se tornem botões que amadurecem em árvores
com raízes que não podem ser arrancadas pelo próximo
vento, nem que seja uma (mais uma) reorganização ou
um (mais um) “programa do mês”.
Janice Klein em True Change (Jossey Bass)
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ELEMENTOS DE UM MODELO DE
MUDANÇA
Embora não seja o meu propósito ensinar a fazer, mas sim
criar inquietação no leitor para que se motive a aprender técnicas
de alta gestão, creio conveniente mostrar-lhe um modelo básico
para um processo de mudança. Para isso recorri a Ben Palmer
e ao seu livro Haga que el cambio funcione en su organización
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Sobre a mudança
O desafio real na formulação da estratégia radica em de-
tetar as descontinuidades subtis que podem prejudicar
um negócio no futuro. E para isso não há técnica nem
programa, só uma mente afiada em contacto com a si-
tuação.
Mintzberg, Henry, em Shapiro, Eileen C., Fad, Surfing
in the Boardroom (Capstone)
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PME
SOCIAL E GESTÃO NAS
RESPONSABILIDADE
ÉTICA,
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INTRODUÇÃO
Ser bom é rentável, mesmo que seja a longo prazo. A procu-
ra de rendimentos rápidos, muitas vezes, leva a atalhos pouco
éticos que, mais cedo ou mais tarde, têm consequências impor-
tantes para a empresa e os seus gestores. Para exemplo, basta
um botão: o caso da Enron nos EUA, que colocou o dedo no
pulso da conduta ética nos negócios e fez “apertar os nós” nas
empresas cotadas na Bolsa pela Lei Sarbanes-Oxley, que obriga
a uma maior vigilância por parte dos conselhos de administra-
ção das empresas.
Talvez você pense que esta lei não afeta o seu caso (embo-
ra haja uma versão mexicana, também destinada a empresas
cotadas na nossa Bolsa), e com razão, mas há outra lei de que
não pode escapar-se: a lei do mercado, para não mencionar a
lei civil.
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RESPONSABILIDADE SOCIAL
CORPORATIVA NAS PME
As empresas são cidadãos corporativos, uma vez que fazem
parte da sociedade; de facto, têm uma relação simbiótica com
ela, pois o que acontece com as empresas terá um impacto na
sociedade e vice-versa.
Muitos empresários acreditam que, por serem criadores
de riqueza, têm mais direitos do que obrigações, por isso
exigem que se eliminem regulamentações que possam obs-
taculizar a sua atividade, mesmo que isso signifique, às ve-
zes, condutas pouco éticas que, de alguma forma, prejudi-
cam a sociedade.
Dois exemplos desses prejuízos são a exploração infantil e a
contaminação de rios ou lagos.
A cidadania empresarial tem a ver com a relação das empre-
sas com a sociedade, não só com a comunidade mais próxima
geograficamente delas, mas toda a sociedade, inclusive a mun-
dial. O chamado “efeito borboleta” também se aplica aos fenó-
menos sociais, não apenas aos climáticos. O comportamento
de uma empresa no país X pode ter efeitos sociais em todo o
mundo.
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E SE TEM CONSELHO
ADMINISTRAÇÃO?
Neste caso, a situação muda dramaticamente. Então dou-
-lhe de seguida uma lista das funções básicas de um Conselho
de Administração, como George Bull indica no seu livro The
Diretor Handbook:
1. Definir metas de longo prazo da empresa e as estratégias
básicas para alcançá-las.
2. Definir as políticas específicas (com respeito a temas
como finanças, fator humano, marketing, produção, etc.)
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DO GESTOR DE PME
A VIDA
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INTRODUÇÃO
O trabalho de um gestor, especialmente um gestor de PME,
é difícil e solitário, mas alguém tem que o fazer. Para um ges-
tor de PME é mais complicado porque não conta com todo o
apoio humano e informático disponível para um gestor de em-
presa grande. Em suma, o gestor de PME deve “coçar-se com
as suas próprias unhas”, e também deve ter capacidades de mul-
titasking, ou seja, de assumir várias funções ao mesmo tempo.
No meu caso, além de ser o presidente executivo, sou o diretor
editorial e o editor. Isso mantém-me ocupado muitas horas por
dia e preocupado quase 24 horas.
É que um gestor, mesmo que não queira, se está compro-
metido com a sua responsabilidade, não pode deixar de pensar
na sua empresa. Pensa sobre como alcançar a missão que se
autoimpôs, pensa nas pessoas (e suas famílias) que trabalham
na empresa. E pensa tanto nisso que o seu subconsciente traba-
lha incansavelmente dia e noite para identificar os problemas
atuais e potenciais, procurando soluções e criando ideias. O
problema é que o subconsciente, ao não reconhecer horários,
acorda-nos às duas ou três da manhã para nos dar a sua in-
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A EDUCAÇÃO DO GESTOR
DE UMA PME
É arrogante o gestor que está convencido que não tem nada
a aprender, que o que sabe é tudo o que precisa para triunfar
nos negócios (e na vida).
Num mundo que muda todos os dias – às vezes de forma
abrupta – a arrogância pode ser a causa do fim da carreira do
gestor, incluindo o fracasso da sua ou suas empresas. A história
do mundo dos negócios está repleta de exemplos desse tipo que
provam a minha afirmação.
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O MÉTODO DO PENSAMENTO
MULTIMODAL
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Alta Gestão nas PME
Pensamento lógico
Qual é a lógica da situação? Onde leva logicamente?
Qual a solução lógica evidente?
Porque parece que o hábito de leitura diminuiu e, uma
vez que existem outras opções poderosas para o uso do
tempo de lazer, a lógica dita que a crise vai continuar e
até agravar-se.
A solução lógica pode ser a de começar a publicar nas li-
nhas de produtos que se mantiveram estáveis (erotismo,
escândalo, esoterismo, etc.).
Pensamento criativo
O que opções inovadoras podemos desenhar?
O que podemos tirar de outros setores para adaptar à
nossa empresa?
O que podemos modificar para incentivar a compra dos
nossos livros? (design de produto, preços, promoção, ca-
nais de distribuição, condições de venda, segmentos de
mercado, etc.)
O que pode mudar na empresa para se enfrentar a crise?
O pensamento lateral
De que outro ponto de vista podemos ver a situação? (do
ponto de vista do mercado, dos distribuidores, dos for-
necedores, do Governo, de outros setores não relaciona-
dos com o nosso, instituições não-governamentais, etc.).
Como nos veríamos num setor diferente, relacionado
com o atual ou sem relação alguma?
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Pensamento sistémico
Como está vinculada a nossa indústria ao meio ambien-
te?
E a nossa empresa em particular?
Qualquer ação que tomemos, que efeitos terá nas diferen-
tes partes da organização, nos clientes e fornecedores?
Como serão afetados o pessoal e os acionistas?
Quais são as mudanças que se estão a fazer noutras in-
dústrias e no ambiente geral que podem exacerbar a nos-
sa crise?
Quando seria de esperar o efeito de qualquer ação que
tomemos? Onde aconteceria? Com que intensidade?
Como aconteceria?
Como podemos aprender com os efeitos e usá-los bene-
ficamente?
Que tipo de feedback pode ser gerado a partir de qual-
quer ação que tomamos?
Que ações exigiriam novas aprendizagens?
Temos tempo suficiente para as conseguir?
E também os recursos?
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Alta Gestão nas PME
Pensamento estratégico
Como muda a visão que temos da empresa pelo resulta-
do da situação predominante? E a missão?
É necessário mudar a estratégia atual?
Se não fizermos nada, qual a pior coisa que pode aconte-
cer?
Temos um plano de contingência? É utilizável perante a
situação?
Como podemos descrever as ameaças que se abatem so-
bre nós? São realmente possíveis? Não estamos a exage-
rar? Será que estamos a interpretar mal a situação?
Que oportunidades parecem estar ocultas na situação?
Que decisões estratégicas precisam de ser tomadas agora?
Estão em risco as nossas vantagens competitivas, as nos-
sas competências?
O que estão a fazer os nossos concorrentes?
O que podemos aprender com a história?
A nossa estrutura é capaz de suportar uma mudança de
estratégia?
Que novos desenvolvimentos científicos e tecnológicos
estão a surgir que possam agravar ainda mais a crise na
nossa indústria?
Pensamento prospetivo
Se a situação continuar, que cenários futuros podemos
esperar?
Qual a probabilidade de ocorrência de cada cenário?
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Pensamento difuso
Que nuances tem a situação? Ou seja, resolve totalmente
ou causa a morte da indústria?
Que possibilidades intermédias existem? Simplesmente,
fará com que a indústria se transforme?
Quais os níveis de transformação que podem ocorrer? A
empresa está preparada para se adaptar à transformação
da indústria?
São a nossa estrutura e estratégia suficientemente flexí-
veis para nos adaptarmos à transformação sem maiores
problemas?
Retirarmo-nos da indústria pode ser uma opção?
Pensamento probabilístico
De acordo com a minha experiência e a de outros, que
rotas pode seguir a crise e qual é a probabilidade subjeti-
va de ocorrência de cada uma delas?
Temos estatísticas que podem sugerir tendências?
Quais são as estatísticas e tendências das indústrias que
competem com a nossa? (Aluguer de filmes vídeo, con-
sultas à Internet, videojogos, telemóveis, etc.)
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Alta Gestão nas PME
Pensamento humanista
Como me afeta a crise pessoalmente? Faz-me sentir vul-
nerável? Faz-me sentir humilde?
Devo presumir a crise na indústria como uma crise pes-
soal? Devo ser mais humano?
Na pior das hipóteses, como me vejo como ser humano?
Existe algo mais do que a empresa na minha vida?
Vejo a empresa como um conjunto de seres humanos e
não como uma máquina de fazer dinheiro?
Pensamento ético
Que valores e princípios éticos estão em jogo na situa-
ção?
Estaria disposto a violá-los, a fim de salvar a empresa?
Publicando livros eróticos, por exemplo?
Que considerações éticas devo ter em conta antes de to-
mar e implementar decisões?
Deixarei a minha consciência ser o meu principal conse-
lheiro?
Desde logo, este modelo não é a panaceia, mas permite-
-me ordenar o meu pensamento e evitar que deixe de
fora considerações importantes ao decidir. Como disse
antes, combino-o com as ferramentas mencionadas e ou-
tras mais.
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EM JEITO DE EPÍLOGO
REINVENTAR-SE A SI PRÓPRIO
Na sociedade e nas organizações, as pessoas trabalham in-
cessantemente com o conhecimento, mais do que com a com-
petência. O conhecimento e a competência diferem numa
característica fundamental: as competências mudam muito,
muito lentamente. O conhecimento, por outro lado, muda-se
a si próprio. Torna-se obsoleto muito rapidamente. Um traba-
lhador de conhecimento torna-se obsoleto se ele ou ela não re-
gressarem à escola cada três ou quatro anos.
Isto não só significa que a bagagem de aprendizagem, de co-
nhecimento, de capacidade, de experiência que se adquire não
é suficiente para o nosso tempo de vida e trabalho. As pessoas
mudam ao longo de muito tempo. Tornam-se pessoas diferen-
tes, com necessidades diferentes, com competências diferentes,
com perspetivas diferentes e, portanto, com uma necessidade
de se “reinventar a si mesmas”. Eu com toda a intenção utilizo
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SOBRE O AUTOR
Luis Castañeda tirou a licenciatura em física e matemática e
o mestrado e doutoramento em administração. É graduado do
Programa de Alta Gestão do IPADE e do Advanced Manage-
ment Program da CBS School of Management.
É autor de mais de 70 livros de gestão e desenvolvimen-
to pessoal e conferencista internacional sobre temas sobre os
quais escreve.
Foi diretor-geral durante quase 30 anos. Atualmente, é pre-
sidente executivo de um grupo de empresas editoriais e ocupou
os cargos diretivos na indústria química e metalomecânica.
Foi tesoureiro e conselheiro da Câmara Nacional da Indús-
tria Editorial Mexicana. Atualmente, faz parte da Comissão
para a Formação desta câmara e da CONCAMIN.
É consultor em reabilitação de empresas, ética empresarial,
liderança, gestão de qualidade, projeto de vida, serviço e com-
petências de gestão do pensamento diretivo.
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Alta gestã o
nas PME
Os gestores das PME devem, hoje em dia, mais do que nunca, pensar
em grande para que as suas empresas sejam grandes no futuro, e para
tal devem aplicar os conceitos que contribuíram para a ascensão das
empresas que hoje dominam o mercado global.
ISBN 978-972-788-621-0
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