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PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADR�O DE OPERA��O DO MONITOR

MULTIPARAM�TRICO DIXTAL 2010

Conference Paper · January 2018

DOI: 10.29327/cobecseb.78926

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9 authors, including:

João Claudio Ferreira Soares Alves Lorena Marques Vieira

University of São Paulo Universidade Federal de Uberlândia (UFU)
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Adriano Pereira s. T. Milagre

Universidade Federal de Uberlândia (UFU) Universidade Federal de Uberlândia (UFU)
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 Anais do V Congresso Brasileiro de Eletromiografia e Cinesiologia e X Simpósio de Engenharia Biomédica - ISBN:
978-85-5722-065-2 - DOI: 10.29327/cobecseb.78926
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO DE OPERAÇÃO DO
MONITOR MULTIPARAMÉTRICO DIXTAL 2010
J. T. Faria, M. G. Silva, J. C. F. S. Alves, N. P. Mello, N. V. Pissinati, L. A. P. B. Vieira, K. A. Silva,
A. A. Pereira e S. T. Milagre
Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, Brasil
e-mail: mariana.ebio@gmail.com
Resumo: Para que a utilização da grande quantidade de
tecnologias no ambiente dos Estabelecimentos
Assistenciais de Saúde (EASs) melhorem a qualidade
das terapias e diagnósticos do paciente, é fundamental
que sejam operadas e manutenidas com qualidade e
segurança. Muito se tem feito em relação à manutenção
dessas tecnologias, porém o desenvolvimento de
ferramentas que auxiliem o operador em seu trabalho
diário ainda é escasso. Assim, este trabalho apresenta o
desenvolvimento do Procedimento Operacional Padrão
(POP) para utilização do monitor multiparamétrico da
marca Dixtal 2010 com o objetivo de padronizar e
minimizar a ocorrência de desvio na execução de tarefas
fundamentais para seu funcionamento correto e seguro.
A necessidade de desenvolver o POP partiu da Central
de Equipamentos do EAS analisado, que faz a gestão de
vários equipamentos, entre ele o monitor e ministra
cursos de educação continuada para os profissionais de
todo o EAS. Para desenvolver o POP foram feitas
pesquisas no manual do mesmo e avaliação de um
exemplar do equipamento. O POP desenvolvido possui
informações necessárias para que o operador consiga
identificar as diversas etapas a serem executadas para
instalar e manusear o equipamento com segurança e
qualidade.
Palavras-chave: Monitor Multiparamétrico,
Procedimento Operacional Padrão, Equipamento
Médico-Assistencial, Estabelecimento Assistencial de
Saúde.
Abstract: In order for the use of the large number of
technologies in the Health Care Facilities (HCF) to
improve the quality of patient therapies and
diagnoses, it is essential that they be operated and
maintained with quality and safety. Many things has
been done in the maintenance of these technologies,
but the development of tools that help the operator in
his daily work is still scarce. Thus, this work presents
the development of the Standard Operating Procedure
(SOP) for the use of the Dixtal 2010 multi-parameter
monitor with the objective of standardizing and
minimizing the occurrence of deviation in the
execution of tasks that are fundamental for its correct
and safe operation. The need to develop SOP started
from the Equipment Center located at the HCF
analyzed. This Equipment Center manages various
equipment, including the Dixtal 2010 multi-parameter
monitor and provides continuing education courses
- 727 -
for professionals from all over HCF. In order to develop
the SOP, research was done in the manual of the Dixtal
2010 multi-parameter monitor and evaluation in a
equipment. The developed SOP has information
necessary for the operator to identify the various steps
to be taken to install and handle the equipment with
safety and quality.
Keywords: Multiparametric Monitor, Standard
Operational Procedure, Medical Assistance Equipment,
Health Care Facilities.
Introdução
A existência de inúmeras tecnologias nos
Estabelecimentos Assistenciais de Saúde torna
imprescindível que o processo de gestão dos mesmos
seja realizado de forma a oferecer para o paciente
segurança e qualidade em sua utilização. E, quando se
trata de tecnologias não se pode visualizar somente o
processo de manutenção. É fundamental que os
operadores dessas tecnologias estejam bem treinados e
capacitados a operá-las de forma segura e tranquila.
A Resolução RDC Nº 2, de 25 de janeiro de 2010 [1]
da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA)
define tecnologias em saúde como “conjunto de
equipamentos, de medicamentos, de insumos e de
procedimentos utilizados na prestação de serviços de
saúde, bem como das técnicas de infra-estrutura desses
serviços e de sua organização.”.
De acordo com [2] a falta de qualificação técnica
dos usuários para a utilização de equipamentos é uma
fonte de riscos, mostrando que a maioria dos
profissionais da área clínica não sabe operá-los
adequadamente. Cita ainda que cerca de 60 a 80% das
falhas em equipamentos médico-assistenciais ocorrem
devido a erros de operação ou mau uso do equipamento.
Uma ferramenta que tem sido utilizada nos
processos de manutenção de equipamentos em EASs é o
Procedimento Operacional Padrão (POP), que é uma
ferramenta importante para execução e qualidade das
manutenções, em especial as manutenções preventivas.
Um POP coerente garante ao usuário que a qualquer
momento que realize a manutenção do equipamento, as
ações tomadas para garantir a qualidade sejam as
mesmas, aumentando a previsibilidade de seus
resultados, minimizando variações causadas pela
imperícia e adaptações aleatórias, além de minimizar
 Anais do V Congresso Brasileiro de Eletromiografia e Cinesiologia e X Simpósio de Engenharia Biomédica - ISBN:
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manutenções no equipamento devido ao mau uso do Materiais e métodos

mesmo [3, 4, 5].
Porém, essa ferramenta também se adequa Para desenvolver o POP do monitor
perfeitamente a orientar o profissional da área da saúde multiparamétrico Dixtal 2010, foi realizado um estudo
na execução de suas tarefas diárias relacionadas aos sobre todas características físicas, técnicas e funcionais
equipamentos que precisa operar para tratar ou do equipamento, por meio do seu manual técnico, com o
diagnosticar o paciente. intuito de tornar o procedimento de mais fácil
Entre as inúmeras tecnologias existentes nos EASs compreensão.
estão inseridos os Equipamentos Médico-Assistenciais Foi feita também a avaliação de um exemplar do
(EMAs), que é definido em [1] como: equipamento para conhecer melhor suas características e
[...] equipamento ou sistema, inclusive seus agregar esse conhecimanto do POP.
acessórios e partes, de uso ou aplicação Baseado nessas informações, o POP foi
médica, odontológica ou laboratorial, utilizado desenvolvido contendo o passo a passo para a operação
direta ou indiretamente para diagnóstico, do equipamento, permitindo que todo e qualquer usuário
terapia e monitoração na assistência à saúde da
população e que não utiliza meio
do equipamento repita o mesmo procedimento
farmacológico, imunológico ou metabólico corretamente.
para realizar sua principal função em seres As informações consideradas para elaboração do
humanos, podendo entretanto ser auxiliado em POP do monitor foram:
suas funções por tais meios. • Nome do procedimento;
• Finalidade do POP;
Os monitores multiparamétricos são exemplos de • Materiais envolvidos na execução;
EMAs. São equipamentos que carregam informações de • Descrição detalhada das atividades que deverão
alguns sinais vitais de pacientes adultos, pediátricos e ser realizadas;
neonatais, restrito a um paciente de cada vez. Os • Anotações da enfermagem;
parâmetros fisiológicos que são monitorados pelo • Ações na anormalidade;
equipamento são a pressão arterial, os batimentos
• Resultados esperados;
cardíacos, a temperatura corpórea e a respiração [6].
• Considerações gerais;
Contêm a instrumentação necessária para captar,
• Histórico das versões.
amplificar, permitir a visualização dos sinais e
parâmetros fisiológicos, disparando alarmes, sempre
Resultados
que as variáveis excederem valores prefixados [7]. São
essenciais em unidades de terapia intensiva (UTI) e em
Inicialmente é descrita no POP a relação de
centros cirúrgicos, pois mostram em tempo real o estado
materiais e partes necessários para instalar o
do paciente.
equipamento no paciente, para que o profissional faça a
Os primeiros monitores de sinais usados em
separação do material que irá utilizar:
estabelecimento assistencial de saúde (EAS) eram
constituídos de módulos capazes de avaliar no máximo • 01 sensor de oximetria;
um ou dois parâmetros fisiológicos [6]. • 01 sensor de temperatura;
O monitor multiparamétrico da marca DIXTAL • 01 manguito para pressão arterial não
modelo 2010, possui os parâmetros para invasiva;
eletrocardiografia, pressão arterial, temperatura, • 01 cabo-paciente para eletrocardiografia;
oximetria e frequência cardíaca. • 12 eletrodos descartáveis;
A escolha do equipamento foi feita de acordo com as • 03 bolas de algodão;
necessidades da Central de Equipamentos (CE) do EAS. • Álcool 70% para higienização.
A CE realiza o controle de empréstimos para alguns
setores do EAS, além de gerenciar o envio do A Figura 1 do POP mostra a imagem do sensor de
equipamento para a Central de Material Esterelizado e, oximetria a ser utilizado.
caso seja necessário para o setor de manutenção. Possui
uma localização estratégica para facilitar a troca e
acesso a equipamentos médicos-assistenciais, possuindo
um estoque a fim de substituir rapidamente os
equipamentos defeituosos dentro do EAS, também
ministra treinamentos sobre estes equipamentos perante
as equipes de médicos e enfermeiros que irão utilizá-los.
Assim, o objetivo deste trabalho foi desenvolver um
Figura 1: Sensor de oximetria do Monitor
POP a fim de padronizar e minimizar a ocorrência de
Multiparamétrico.
erros na execução das tarefas, garantindo ao profissional
da saúde facilidade e segurança na utilização do
Após a descrição dos materiais com as respectivas
equipamento.
imagens o próximo passo do POP contém a descrição

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das atividades a serem realizadas para que o
equipamento seja devidamente manuseado.
O primeiro passo desse procedimento é conectar os
sensores ao aparelho em suas devidas entradas, coo
mostra a Figura 2. É importante lembrar que para cada
acessório existe uma conexão diferente. Assim, o
manguito para pressão arterial não é ligado à mesma
entrada do cabo para eletrocardiografia, por exemplo.
Figura 2: Representação de como conectar os sensores
nas entradas disponíveis do Monitor Multiparamétrico
Dixtal 2010.
Logo após a conecção dos sensores, conecta-se o
cabo de alimentação na tomada, verificando sua
voltagem para que o equipamento não seja danificado.
As outras etapas que mostram os protocolos no
atendimento ao paciente/cliente quando o Monitor
Multiparamétrico Dixtal é usado, são: higienizar as
mãos; reunir o material; levar o material próximo ao
paciente; se possível explicar o procedimento ao
paciente ou acompanhante; retirar todo material
metálico de contato com o paciente; limpar a pele com
algodão umedecido em álcool 70%, nos locais de
colocação dos eletrodos e realizar tricotomia se
necessário; colocar o sensor de oximetria,
preferencialmente no dedo indicador, retirando esmalte
da unha, caso possuir; colocar o manguito em um dos
braços; colocar os eletrodos nos lugares necessários;
colocar o sensor de temperatura em contato com a pele e
ligar o aparelho.
Ao acessar o menu de configurações, alguns padrões
podem ser modificados, já que os parâmetros
fisiológicos podem variar de pessoa para pessoa, como
o valor da pressão. Assim, para que o equipamento se
adapte a esse valores, os padrões no menu são alterados,
evitando alarmes falsos em caso de normalidade. Essas
alterações são feitas no painel de controle, como mostra
a Figura 3:
729
Figura 3: Sistema de botões em que o profissional pode
controlar funções no Monitor Multiparamétrico Dixtal
2010.
A Figura 4 mostra a interface para configurar/ajustar
os limites de pressão.
Figura 4: Interface que mostra as opções de ajuste de
medida periódica no Monitor Multiparamétrico Dixtal
2010.
Os parâmetros coletados do monitor são anotados
pelos (as) enfermeiros (as) responsáveis por observar e
cuidar do estado de saúde do paciente. Nessas anotações
devem conter relatos medidos pelo monitor que estão
fora da normalidade, caso existam, além da hora do
ocorrido e a data. Para melhor organização, todas as
assinaturas desses relatos devem ser encerradas com a
assinatura e o carimbo do responsável.
Em relação às ações na anormalidade, que medem as
interferências no traçado, essas práticas asseguram que
o paciente não esteja em contato com superfícies
metálicas, a pele deve ser desengordurada com algodão
embebido em álcool 70%, o “fio terra” deve ser
checado e devidamente adequado e deve-se certificar
que os eletrodos estejam firmemente aderidos à pele.
As considerações gerais do POP mostram que, se
necessário, deve-se proceder a tricotomia da região
torácica do paciente
Sobre as interferência no valores, deve-se certificar
que o oxímetro esteja devidamente colocado no dedo
indicador, certificar que o sensor de temperatura esteja
fixado corretamente na superfície da pele e certificar
que o manguito esteja devidamente colocado no braço
sem vazamento de ar.
Quando surgirem problemas de origem do aparelho
do monitor multiparamétrico, deve-se solicitar abertura
de PSM (Pedido de Serviço de Manutenção) para a
Engenharia Clínica via intranet.
Após seguir todos esse protocolos, é esperado obter
os valores e informações necessárias no monitor
multiparamétrico de forma nítida para que a avaliação
do paciente esteja correta. Caso os valores ultrapassem
os limites estipulados, o monitor deve necessariamente
alertar para que os profissionais da saúde tenham
ciência dessa anormalidade e, assim, possam agir
rapidamente para solucionar o problema.
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Discussão [2] BRASIL. MINISTERIO DA SAUDE.

Na aquisição de todo e qualquer equipamento, a
equipe responsável deve ter ciência do setor para o qual
o mesmo será encaminhado, certificando-se de que no
momento em que os encaminha para os setores, estejam
com todas as partes, acessórias e peças, caso possuam,
completos para o funcionamento dos parâmetros do
monitor multiparamétrico. Além disso, o manual de
instruções do equipamento para o usuário também deve
ser encaminhado. Na entrega do equipamento após a sua
aquisição, é necessário certificar-se que o manual de
instruções esteja junto. Ao longo do trabalho, teve-se
acesso ao manual do monitor multiparamétrico, por
meio do site da ANVISA, mas o mesmo muitas vezes
estava inoperante, devido a atualizações no site,
dificultando a obtenção de informações operacionais
seguras deste equipamento.
Como, no momento de uma atividade de urgência,
acessar o manual de instruções é muito difícil, a
intenção de desenvolver um POP de utilização do
monitor multiparamétrico, é para tornar o acesso mais
rápido e com facilidade de entendimento de todos os
procedimentos que devem ser realizados.
De fato, é de grande importância para diversas áreas,
inclusive da saúde, o acompanhamento eficiente de um
POP. A obtenção confiável do processo de realização do
POP está condicionada à organização e manutenção pela
equipe técnica, fazendo com que todos os métodos
sejam realizados de uma forma clara, e objetiva em
relação à análise dos resultados obtidos sob os
parâmetros de normalidade.
Equipamentos médico-hospitalares e o
gerenciamento da manutenção – Capacitação a
distância. Série F. Comunicação e Educação em
Saúde. Brasília: Ministério da Saúde. 2002.
[3] Duarte RL. Procedimento Operacional Padrão – A
importância de se padronizar tarefas nas BPLC. Rio
Branco. 2005.
[4] Gonçalves L. et al. Elaboração de procedimentos
operacionais padrão para análises bromatológicas. In:
VI Mostra Nacional de Iniciação Científica e
Tecnológica Interdisciplinar, 2013, Santa Catarina.
[5] Trauer SW. Procedimento Operacional Padrão: Um
enfoque acerca das Contratações Diretas realizadas
pela UFPR. Paraná, 2010, 64p.
[6] BRASIL, Ministério da Saúde. Manual da
Tecnovigilância: abordagens de vigilância sanitária
de produtos para a saúde comercializados no Brasil.
Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2010. 631 p.
[7] Carvalho LC. Instrumentação Médico-Hospitalar.
Barueri, SP, 2008, p. 211-235.

Conclusão

A demanda por qualidade é umas das

exigências na área da saúde. Constatou-se com este
trabalho que um Procedimento Operacional Padrão de
um Monitor Multiparamétrico, é de grande importância
e ajuda para profissionais que procuram um melhor
manuseio, com maior qualidade e responsabilidade não
só em equipamentos médicos (como estudado neste
trabalho), mas também para outras áreas afins ou não
com o intuito de buscar um melhor resultado final
desejado.

Agradecimentos

Agradecemos às agências de fomento à pesquisa

FAPEMIG, CAPES e CNPq e a todos os profissionais
Central de Equipamentos do EAS que colaboraram para
o desenvolvimento e execução deste trabalho.

Referências

[1] ANVISA. Resolução RDC Nº 02, de 25 de janeiro

de 2010. Dispõe sobre o gerenciamento de
tecnologias de saúde em estabelecimentos de saúde.
Brasília, 2010.

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