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ALÊTHEIA EDITORES
Escritório na Rua do Século, n 13 º
Tradução:
Sílvia Valentina
Capa:
Hugo Neves
Paginação:
Rita L.Henriqucs
Impressão e acabamento:
Várzea da Rainha Impressores, Óbidos
www. varzcadarainha. pt
ISBN: 978-989-622-606-0
Depósito Legal: 371121/14
Fevereiro de 2014
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- Nada.
- E o Fiodor Pavlovitch?
- Foi comprar biombos e tijolos. Quer fazer di-
visões.
- Mas que diabo se está a passar?
- Vão alojar camaradas em todos os andares, me-
nos no seu. Houve uma reunião. Foi eleita a nova
sociedade e correram com os da antiga.
- Que tempos! Vamos, Charik.
"Pois vou, eu bem me esforço. Só que a ferida
dói tanto! Permite-me lamber-lhe a botinha?"
Lá em baixo, o porteiro desapareceu. Subiram
até um patamar de mármore, dobraram mais uma
esquina e chegaram, enfim, a casa.
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e n q u a n t o se v e s t i a . A r r a n j o u - s e , deu u n s
saltos e espalhou o cheiro a perfume. D e seguida,
contou um maço de notas brancas e entregou-as
a Filipe Filipovitch, apertando-lhe, com ternura,
ambas as mãos.
- Apareça daqui a duas semanas - disse o dou
tor - mas, por favor, cuide-se!
- Pode ficar descansado, professor, pode ficar
descansado - e desapareceu, sorridente.
Ouviu-se de novo a campainha, a porta
lacada abriu-se e entrou o homem que fora mor
dido por Charik. Ao entregar uma folha a Filipe
Filipovitch, disse:
- A idade indicada está incorrecta. Deve ter uns
54 ou 55 anos. A pulsação está fraca.
O homem saiu e entrou uma senho r a ,
que trazia u m vestido pelo chão, u m chapéu
atrevidamente à banda e, no pescoço, um colar
brilhante. Estava com umas olheiras horríveis e as
bochechas rosadinhas eram parecidas com as de
uma criança. A mulher estava muito nervosa.
- Quantos anos tem, minha senhora? - pergun
tou o doutor, secamente. A senhora assustou-se,
empalidecendo por baixo da camada de rouge
que trazia.
- Tenho... professor, j uro-lhe, se soubesse o
meu drama...
- Que idade tem, minha senhora? - repetiu
Filipe Filipovitch, em tom mais severo.
- Para falar a verdade... Cerca de quarenta e cinco.
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(Nota a lápis) :
Ao fim da tarde começou a ladrar (20h1 5min) .
Notável mudança de timbre e abaixamento de tom.
Em vez de "ão-ão", o latido é "a-u", lembrando
vagamente um gemido.
30de Dezembro.
A perda de pêlo aumentou para queda total.
Aumento drástico de p e s o p ara 30kg p elo
crescimento dos ossos. O cão continua deitado
como antes.
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- Abra já a porta!
Em resposta, ouviu-se o ruído de qualquer coisa
que parecia trepar pelas paredes, e o som de objec
tos a cair, ao mesmo tempo que a voz de Charikov
bradava num tom feroz:
- Mato-te aqui mesmo!
Ouviu- s e tamb ém água a correr, primei
ro pelos canos, e depois a j orrar das torneias.
Filip e Filip ovitch empurrou a p o rta c o m
mais força, tentando derrubá-la. Dária Petrovna
abandonou o fogão e ap areceu à s oleira da
cozinha, banhada em suor, com a cara transfi
gurada. Então ouviu-se estalar a trave colocada
a meio da j anela pequena, perto do tecto, que
ligava a casa de banho à cozinha. D aí caíram
dois pedaços de vidro, e surgiu um gato com
umas riscas de tigre e um grande laço azul ao
pescoço, olhando em redor como um polícia
à antiga. Saltando para dentro de uma travessa
que e s tava em cima da m e s a , p ar tiu-a em
duas e pulou depois p ara o chão. Aí girou
sobre três patas, agitou a quarta como se es
tivesse a dançar e escapou-se, ligeiro, por um
buraco e s treito que dava p ara a s aída de
emergência. O buraco alargou-se e, no lugar do
gato, surgiu a fisionomia de uma velhota com um
lenço e uma saia com bolinhas brancas. Com o
polegar e o indicador limpou a boca cavada, e, per
correndo a cozinha de olhos arregalados, murmu
rou, espantada:
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servir-se a si.
Um sorriso sarcástico, quase despercebido, aflo
rou aos lábios de Charikov enquanto enchia os copos.
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- Pois, tudo aqui está organizado como numa
parada: guardanapo para cá, gravata para lá, "des
culpe", "se faz favor" e "mercz" a toda a hora. Será
que isto é vida? Martirizam-se como no antigo
regime czarista!
- Gostava de s aber o que é que entende
por "vida".
Ch arikov ignorou a p e rgun ta de Filip e
Filipovitch, levantou o copo e disse:
- Então, desejo-vos que ...
- O mesmo para si! - respondeu Bormental,
com alguma ironia.
Charikov engoliu o vodka de uma só vez, fez
uma careta, aproximou do nariz um bocado de pão,
cheirou-o e comeu-o. Os seus olhos encheram-se
de lágrimas.
- Velhos hábitos . . . - disse Filipe Filipovitch,
numa voz ausente.
Bormental fitou-o, admirado.
- Desculpe?!...
- Velhos hábitos ... - repetiu Filipe Filipovitch,
amargo, com um aceno de cabeça - Não há nada
a fazer. É o Klim Tchugunkin.
Bormental, espantado, olhou com muito inte-
resse para Filipe Filipovitch.
- Acha mesmo, Filipe Filipovitch?
- Não acho, tenho a certeza.
- É possível.. .. - começou Bormental. Depois
calou-se, observando Sharikov. Este franziu a testa
com desconfiança.
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cinco, do inquilino responsável Preobrajensky -
Charikov parou um pouco para pensar, dizendo
depois algo que foi apontado por Bormental como
uma palavra nova no vocabulário de Charikov -
Confira.
Filipe Filipovitch mordeu o lábio e dis se,
imprudentemente:
- Juro que ainda dou um tiro a esse Chvonder.
Os olhos de Charikov denotavam que captara
estas palavras com muita atenção e agudeza.
- Filip e Filipovitch, vorsichtig! - advertiu
Bormental.
- Mas isto ultrapassa tudo... Que grandessíssima
infâmia! - Filipe Filipovitch soltou um grito em rus
so - Tenha em consideração, Charikov, senhor... se
se permitir mais um disparate, ficará sem almoço
e sem alimentação em geral aqui em minha casa.
Catorze metros quadrados e meio é formidável,
mas esse papel cor de rã que para aí tem não me
obriga a sustentá-lo.
Charikov, assustado, ficou boquiaberto.
- Eu não posso ficar sem comida - começou ele
a balbuciar - onde é que a vou arranjar?
- Então comporte-se decentemente! - gritaram
os médicos a uma só voz.
Charikov acalmou-se, e naquele dia não fez
mal a ninguém excepto a ele próprio: aproveitan
do a curta ausência de Bormental, apoderou-se da
navalha de barbear do doutor e rapou-se de tal for
ma que Filipe Filipovitch e Bormental tiveram de
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gritando que não era responsável pela "obra" do
professor Preobrajensky, Poligraf Charikov que,
aliás, se revelara um grande velhaco, visto que na
véspera levara da administração sete rublos, alega
damente para comprar manuais à cooperativa.
Fiodor ganhou três rublos para procurar
Charikov de alto a baixo pela casa, mas sem resul
tados. Não havia sinal dele.
Só um ponto ficou esclarecido: durante a madru
gada, Poligraf saiu, vestido de sobretudo, cachecol
e boné, levando consigo uma garrafa de vodka, as
luvas do Dr. Bormental e todos os seus próprios
documentos. Dária Petrovna e Zina nem tentaram
esconder a sua alegria perante o desaparecimento
de Charikov; desejando que ele nunca mais voltasse.
Dária Petrovna confessou que lhe tinha empresta
do três rublos e cinquenta copeques no dia antes.
- Bem feita! - gritava Filipe Filipovitch, sacu
dindo os punhos. Naquele dia o telefone não parou
de tocar, tal como no dia seguinte. Os médicos re
ceberam inúmeros pacientes e, no terceiro dia, ficou
decidido que tinham de avisar a polícia para pro
curar Charikov nas zonas degradadas de Moscovo.
No momento em que se pronunciou a palavra
"polícia", a paz da travessa Obukhov foi interrom
pida pelo barulho de um camião. As janelas da casa
estremeceram. Depois, alguém tocou à campainha
insistentemente e Poligraf Poligrafovitch entrou.
Com uma dignidade extraordinária, e em total si
lêncio, Charikov tirou o boné, pendurou o sobretu-
do e revelou-se uma pessoa com um novo aspecto.
Tinha um c a s a c o d e c a b e dal empres tado,
calças usadas do mesmo material, e umas botas
altas inglesas com atacadore s até ao j o elho.
Um cheiro forte a gatos espalhou-se rapidamen
te pela entrada. O doutor e Filipe Filipovitch
foram ao seu encontro, cruzando os braços,
agu a r d a n d o u m a e x p li c a ç ã o . P o lig r a f
Poligrafovitch penteou o cabelo desalinhado,
tossiu e olhou em volta de uma maneira que traía
o embaraço sentido pelo comportamento atrevido
em que mcorrera.
- Filipe Filipovitch - começou ele, finalmente
- Fui nomeado para um cargo.
Os dois médicos soltaram sons secos de admi
ração e agitaram-se. Preobrajensky, o primeiro a
voltar a si, estendeu a mão e disse:
- Mostre-me o documento.
E s tava dactilogr a fado : " O p o r tador do
pre s ente, c amarada Poligraf Poligrafovitch
Charikov, é de facto chefe da subsecção de limpe
za da cidade de Moscovo para os animais vadios
(gatos e outros) do departamento de AMM. "
- Bom - começou Filipe Filipovitch, duramente
- e quem foi que lhe arranjou o emprego? Enfim,
nem vale a pena dizer, posso adivinhar...
- Sim, foi o Chvonder. E então? - respondeu
Charikov.
- Posso perguntar-lhe por que razão cheira tão
horrivelmente?
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v. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 77
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IX. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 47
Epílogo . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 61