Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
50
POEMAS
ESCOLHIDOS PELO AUTOR
o.
M I N I S T É R I O DA EDUCAÇÃO E CULTURA
SERVIÇO DE DOCUMENTAÇÃO
ARS POÉTICA
Dias tristes para a angústia de quem espera. De onde viera a mulher? De onde viera?
De quem
s
espera a noite, intérmina chegar. Encontrou-a no circo. E seguiu-a sorrindo.
Dias de sol ou chuva, dias indiferentes. Num grande e misterioso encantamento.
Monotonia atroz dos dias que não passam Horas graves, grandes horas, a fitá-la
Do tempo que parou e não quer avançar. Dormindo. Os cabelos em longas tranças separados.
Dias de reclusão. Trancada no seu quarto. Por que se deixou seguir? Era estranha e tão boa!
A olhar fora, de quando em vez, sem interesse algum. Viu que ele estava triste e era poeta.
A paisagem igual de sempre, igual E que os poetas nada têm neste mundo.
Àquela que os olhos seus sempre e somente viram. Viu que ele estava só e que era um irmão perdido.
Dias escuros, bem mais negros do que as noites. Viu que era o pobre irmão que ela não teve nunca.
Só quando na quietude das horas silenciosas A mulher que morreu na casa iluminada.
O vulto a passos lentos se chegava. Chorou nos braços seus e depois, soluçando,
E perto do portão se esquecia a fitá-la. Criança, tão criança e fraca adormeceu.
Só quando a voz do pai sonâmbulo clamava. No entanto o corpo seu era uma flor dolente.
, É que ela era feliz no seu grande terror. E o poeta a desejou com seu desejo mau.
— 7
De nada se lembrou senão do corpo claro.
De nada se lembrou senão dos seios nus,
Esqueceu seu olhar tristonho, imenso e puro
Esqueceu do mistério, da casa abandonada
E a quis possuir como a qualquer mulher. P O E S I A
E ela o deixou de novo só, mais só ainda. A poesia agita, estremece a tua voz
As ruas eram escuras. A grande praça. O rio. Como o vento do largo às velas dos navios
Velhas pontes. Vagos vultos passando. E as asas dos pássaros.
Solidão! Solidão! Surdos clamores. Desconsolo.
A poesia ronda o teu sono
Lembrou-se de outras noites de repente! E nele mergulha e se aprofunda
Quando adormecida te transformas numa flor escura.
8 — — 9
Moinho d'agua moendo em silêncio
Mói o que tem a moer
E a dor dói até cansar.
10 — 11
As estrelas chegaram loucas dos seus infinitos silêncios
E falavam incessantemente.
Foi o orvalho de suas asas
Que molhou meus olhos!
CHEGARAM AS ESTRELAS
Murado e exausto,
Que consolo encontro nas estrelas
Que chegaram de repente!
16 — 17
Alguma coisa de fundo cresce da grande tristeza desses
[ chamados,
São as mortas que eram claras e meninas
São as delicadas que o beijo da morte prendeu miste-
AS DESAPARECIDAS [ riosamente
São os chamados das moças, da minha prima e de todas
[as outras,
As moças desaparecidas estão chamando Este chamado que estou ouvindo com o silêncio desta noite.
Ouço suas vozes. São vozes de fogueiras.
São vozes de vento nas vidraças!
Em torno de mim, há a noite que se debruça como se
[estivesse me espiando.
Ouço a voz da minha prima Julieta, os seus cabelos
[se agitam.
As suas mãos fazem gestos e ruídos de pulseiras finas.
— 23
SILÊNCIO DEPRESSA APOCALIPSE
Silêncio depressa! Tragam dos mares fundos silêncios As velas estão abertas como luzes.
Tragam do ar mais distante silêncio! As ondas crespas cantam porque o vento as afagou.
Tragam silêncio do centro da terra depressa! As estrelas estão dependuradas no céu e oscilam.
Tragam do inferno o silêncio dos condenados que des- Nós as veremos descer ao mar como lágrimas.
f cansam. As estrelas frias se desprenderão do céu
Tragam do céu o silêncio das beatitudes E ficarão boiando, as mãos brancas inertes, sobre as
[ águas frias.
O silêncio do voo dos anjos pelos tempos sem espaço,
[tragam depressa. As estrelas serão arrastadas pelas correntes boiando nas
O silêncio dos mortos recém-nascidos, tragam depressa. [águas imensas
Tragam o silêncio dos corpos, dos bêbados dormindo Seus olhos estarão fechados docemente
Tragam o silêncio dos loucos E seus seios se elevarão gelados e enormes
O silêncio dos mundos, dos tempos, Sobre o escuro do tempo.
O silêncio do que ainda vai se realizar, tragam depressa
Tragam por Deus, que eu quero morrer depressa!
24 — — 25
Em breve, todas as figuras mudarão,
Serão outras, tudo terá passado,
Os homens e as mulheres, o salão,
Os móveis, nem lembrança sequer restará.
A dançarina de pernas brancas sonha; Do que fui, das auroras e dos sonhos
E no sonho seu corpo estremece E da enganosa e pérfida doçura
À carícia de longínquos aplausos. Que neste exílio me precipitou.
28 — — 29
A CHUVA NOS CABELOS Ó TENDAS DE ISRAEL MERGULHADAS NA NOITE
30 — 31
SÃO OS ASSASSINOS DELICADOS O BÊBADO NA ESTRADA
32 — — 33
;
É uma voz gritando contra as árvores,
É uma voz que se levanta da lama,
36 — 37
Estávamos perdidos no tédio.
Trazíamos conosco o peso das nossas longas mocidades.
Foi então que Josefina surgiu!
Era a pequena flor, era a pequena alegria, era a vida que
[nos era de súbito restituída!
LAMENTAÇÃO SOBRE JOSEF1NA
Ouvíamos o ,som da sua humilde música, da jovem
[música de Josefina!
Vamos, amigo, vamos, companheiro,
Vamos chorar a leve Josefina. Josefina não se lembra mais de si mesma!
Vamos amigo meu, chora aquela Seu corpo é uma pobre casa perdida e escura.
Que foi a ingénua nuvem branca Chorar Josefina é chorar sobre nós mesmos
Em escuros céus! E sentir a dura existência,
Vamos, amigo, vamos lavá-la Inflexível aos nossos anseios e aos nossos sonhos!
Em nossas lágrimas!
42 —
— 43
A TRISTEZA DA TARDE ENCONTRO DE JOSEFINA
48 — „ 49
Partias, grisalho e triste.
De certo, choravas no tombadilho.
Choravas a cidade
E a mocidade inútil.
MARINHA
E choravas no mar
Que semeavas de lágrimas.
Vi teu navio passar,
Era um triste cargueiro
Tisnando o mar azul.
50 —
51
Grande, fria e feliz
Quero-te assim para sempre,
Quero-te forte e inclemente,
Mas dadivosa e secreta
Porque a tudo indiferente.
GRANDE, FRIA, FELIZ
Grande, fria e feliz!
Grande, fria, feliz.
Que seios os teus amor!
Que olhar de febre caindo
Sobre os abismos em flor.
60 — — 61
O Pai que viu o Filho partir para as núpcias com o mundo Para o milagre da criação,
É um ser a quem a solidão do destino do homem já se O amor sem sofrimento, o amor que não abdicou.
[revelou nua e terrível. O amor que os sentidos e a inteligência iluminaram,
Desde os festejos que receberam o Filho Pródigo — e a O amor glorioso, o amor satisfeito, o amor ágil e livre,
[ sua fortuna — — Esse amor não conhece o dom misterioso e terrível da
Até o estado de servidão a que ele desceu; [ Misericórdia.
Desde a alucinação dos seus amores A Misericórdia é a essência do Amor do Pai.
(Os corpos das mulheres que ele machucou e escureceu A Misericórdia está presente na hora oportuna.
[com a chama do seu desejo - Na hora precisa em que o desespero se apossou do
Eram frios, perfeitos e frágeis como os lírios) [seu objeto
Até o seu contato com os imundos animais de um senhor E o vai mergulhar nas águas abissais.
[intratável;
Feliz o Filho Pródigo, porque no país do desespero,
Desde a euforia dos primeiros instantes
Na noite estrangeira, na hora da fome,
Ao desalento dos momentos em que a realidade surgiu
Se lembrou de que o Pai o receberia na velha casa.
Com o olhar apagado e vil e as mãos intratadas e magras
— Feliz o Filho Pródigo, porque sofreu a sedução da
— Sempre e sempre o olhar misericordioso do Pai o se-
[partida,
[guiu, fixado nele,
E conheceu e verificou com a sua própria experiência
Participando da sua tormenta, e, escondido dentro dele,
Que só na Casa Paterna está a salvação,
Espeí t u sempre a hora de ser reconhecido e compreendido.
A segurança e o abrigo.
Só o coração do Pai é iluminado pela Misericórdia.
Feliz o Filho Pródigo, porque do fundo do abismo
A Misericórdia é o mistério do amor que criou. Soube reconhecer a fisionomia paterna.
O amor infecundo, o amor que não deu fruto, E descobrir a Pátria Antiga e a Estrada da Volta,
O amor que não realizou o esquecimento de si mesmo, Quando esgotados os recursos e dissipado o património,
O amor que não sufocou a sua semente no suplício da terra O seu mundo se reduziu à miséria, à sujeição, aos mais
[baixos misteres
62
— 63
O filho que não prodigalizou os seus recursos, Substancialmente e o que está em nós pousado
O filho que não sentiu o desejo de partir, Como a cor na superfície das águas
O filho que se deixou ficar nas grandes noites, E como a neve nos caminhos que o primeiro raio de sol
Depois dos trabalhos dos campos, [desfaz,
Junto ao fogo do lar, O sentimento do Pai, ao ver voltar o Filho,
Participando da vida simples, Foi o de alegria, dessa alegria que o Amor faz nascer,
Da mesa generosa e farta, Dessa Alegria desinteressada e pura;
— Esse que não guardou os imundos rebanhos, E a alegria do Pai apagou as mágoas do Abandono e da
Como o último dos servos, [ Ingratidão.
Esse que não adormeceu — Rejubilai-vos" - gritou Ele aos que o cercavam -
De fadiga, deixando pender na poeira da estrada a cabeça, "O que estava perdido se encontrou,
Como um fruto podre que o vento desprende, O que estava transviado tornou ao lar,
O que não fez sangrar o coração paterno O que estava cegc recuperou a vista".
Nas horas em que a lembrança do Ausente
Umedecia os grandes olhos antigos, No entanto quem estava perdido na perdição do Filho era
Esse r ao compreenderá a alegria com que o Pai viu surgir [o próprio Pai?
[esquálido e faminto Pois tal é o destino de quem ama,
O que voltava ao seu amor. Tal é o Destino do Homem a quem Deus transmitiu
Só a Ausência dá o exato valor aos seres que amamos. A graça de criar,
É preciso perder para que possamos sentir A graça de fazer com que o Homem
O que é um filho para a nossa vida. Transmita ao seu semelhante, pelo fecundo milagre do
È preciso perder o Amor para que o amor [ Amor,
Esteja em nós e em nós se revele A glória e o martírio de viver!
Em toda a sua profundidade.
Ê preciso que a Ausência faça estremecer as raízes
Do que nos é precioso, para que possamos sentir
Como é diferente o que a nós se ligou
64 —
— 65
A UM POETA JOVEM
EXERCÍCIO N° 2
NÃO DEIXES
Quero-te bêbada,
Áspera, natural,
As mãos doidas,
Quero-te assim
Como não és mais,
Quero redescobrir
Em ti, na que és hoje,
Prevenida e triste,
O mesmo riso de outrora,
O teu claro riso
Inocente e mau de outrora.
— 69
Lembrava um pássaro do mar.
Os lábios fechados
Eram túmulos em que dormiam
Segredos que se não libertariam nunca.
RETRATO A solidão moldara-lhe o rosto,
Um rosto em que o sorriso
Era ausente ou morto.
Lembrava um pássaro do mar, Parecia feita para durar tanto
O olhar era agudo Quanto as águas amargas
Um olhar cheio do mistério Nascidas para não murchar.
Das distâncias escuras.
Um olhar frio e brumoso, Lembrava um pássaro do mar.
Em que pousava a poesia Desprendia-se da sua natureza
Das regiões cruéis. Uma ardência selvagem.
Um olhar grave, sério, atento Nada pedia e nada queria
Aos impulsos violentos. Senão o silêncio e a liberdade.
70 — 7L
Posso mesmo por milagre,
Da minha janela alta,
Sentir pousados nas águas,
Os olhos verdes-escuros,
Os olhos do pescador.
POEMA DO PESCADOR
Posso mesmo, por milagre,
Da minha janela alta,
Da minha janela alta Debruçado sobre o mar,
Posso olhar o mar de perto Ouvir por entre os anseios
Posso ouvir seu canto eterno, E os ruídos tristes das ondas,
Seu canto amargo e constante. Ouvir bater sossegado,
Com o seu ritmo sereno,
Posso olhar o mar noturno O coração do pescador.
Da minha janela alta
E acompanhar a passagem Posso ver as mãos calosas
De um pobre barco de pesca Dos remos e dos trabalhos;
Posso olhar o rosto calmo,
Que torna da lide diária.
A pele escura e curtida
Posso seguir pela estrada, Dos sóis e das maresias;
Estrada de escuras águas, Posso ver o peito largo
A luz que ilumina o barco, Que os ventos fortes afagam.
O barco do pescador. Da minha janela alta
Debruçada sobre as águas
Posso mesmo lhe falar,
E um dia direi assim:
— 73
72 —
— "Pescador que tanto pescas
Nos mares dias inteiros; De frias flores que nascem
Pescador que estás passando, E vivem tão só no mar;
Com a tua lanterna acesa. Da que repousa cansada
Devagar, em frente a minha Dos seus estranhos passeios,
Janela perto do mar; Perto dos bancos vermelhos
Onde dormem os corais?
Pescador que tanto pescas
Nos mares calmos ou crespos Pescador, por que não pescas
De ondas rudes e agressivas; O corpo da minha Amada,
Pescador que vejo sempre Daquela doida donzela
Da minha janela alta Que aos fundos mares desceu?
- Por que não pescas um dia, Pescador, por que não trazes
Por que não trazes um dia, No teu pobre e velho barco
Misturada com os teus peixes,
Deitada sobre as tuas redes, Aquela flor de naufrágio
No fundo do barco teu, Que aos céus dos mares desceu
Cantando como uma louca,
O corpo da minha Náufraga, Tendo nos olhos um riso
De que há tanto vive ausente, Todo molhado de lágrimas?
Nua no fundo do mar,
Da que anda há tanto dormindo Pescador, por que não pescas
No berço móvel das ondas Essa por quem sempre espero
A buscar com os peixes claros; Na minha alta janela
Da que passeia no abismo
Debruçada sobre o mar?
Toda enfeitada de flores,
74 —
75
Pescador, se a não trouxeres,
Essa por quem desespero,
Um dia, já bem cansado,
Irei procurá-la eu mesmo.
OS PRÍNCIPES
Pescador, meu corpo é grande,
Pescador, meu peso é muito,
Não poderás me pescar. Tudo é inexistente, disseram os príncipes deitados na areia.
— Antes melhor recolhesses E veio o grande pálio aberto e se estendeu sobre o céu
A Doida que anda nas águas [sem manchas
De flores frias ornada, Destroços, ruínas, podridões ameaçavam desabar.
A Doida que anda no mar". E veio o lírio boiando brando e manso.
O mar ficou alto e agressivo
Os barqueiros cantaram remando
E tudo se encaminhou implacàvelmente para a noite mais
[ próxima.
Tudo é inexistente, disseram os príncipes deitados na areia;
Ninguém atingirá a última noite
Porque virão sempre outras noites
E os mesmos pássaros ficarão espalmados no ar.
POEMA
80 — — 81
MOMENTO MORTE DA ÍNDIA
84 — — 85
Mas não achei o motivo desta tristeza que desceu
[sobre mim.
No entanto este motivo escondido existe.
Não veio, esta tristeza, da saudade da que é sempre a
[ Ausente
TRISTEZA DESCONHECIDA Nem da sua graça desaparecida, nem do desespero que
[me causou
É que esta tristeza não é minha.
Como o vento desta noite, como a chuva e o frio Nunca a tive assim, é diferente de todas as minhas tristezas
Chegou faz pouco ainda, de muito distante de mim mesmo E habita o coração como o viajante que batido pela tem-
Esta tristeza imensa e indefinida! [pestade se abrigou numa casa desconhecida do caminho.
Nenhuma razão no entanto desta mágoa subiu à flor da É que de certo minha alma estava distraída
[ lembrança.
E, como as janelas abertas sobre a noite recebem vento frio
Tudo ficou confusamente em mim mesmo
Minha alma recebeu esta tristeza não minha
Mas foi uma tristeza de passarinho morto num caminho
[chovendo Vinda talvez como mensagem de longe para um morto
Tristeza de animais com frio e de casebres miseráveis. [há pouco
E que andava perdida procurando um coração qualquer
Pensei em destinos desconhecidos que me atormentam [abandonado àquela hora.
Em rostos de homens que não vi e me acompanham
Pensei em emigrantes que ficaram para sempre longe das
[pátrias, de que eu tenho misteriosas saudades
Pensei em mortos que morreram entre indiferentes
Pensei nas velhas mulheres de todos, humilhadas e sor-
[ ridentes
86 — — 87
l
Porque o amor que tanto esperei nunca chegou
Porque a fortuna que eu quis passou de longe,
A glória que sonhei nem sequer me sorriu.
Sinto que estou sozinho e pobre como a noite
DESCANSO Sinto que estou pobre e que darei sem remorso tudo que
[me resta.
A solidão é o meu conforto e o meu consolo.
Olho o céu e enfim descanso! Estou mais perto de Deus!
Olho o céu e as estrelas frias Minh'alma se perde na noite simples e infinita.
E o vão tormento que me segue sempre
De repente se vai com a leveza do fumo que o vento
[atira para longe.
Olho o céu alto e enorme e descanso.
Uma serenidade de renúncia desce sobre minh'alma
[rota e feia.
O que horas antes me exaltava, amores, ódios, temor,
[miséria, e ingratidão, não é.
88
O GRANDE MOMENTO APARIÇÃO DA AMADA
— 91
Não poderei dizer onde encontrei sua voz e seu corpo.
Sei que ela surgiu do alto da casa, escondida.
Sei que estava alegre como se desconhecesse tudo.
94 — — 95
GRANDE AZUL, CLAROS CÉUS CANTO DA LOUCA
98 99
40 • RlMCAUI) Unia Estação no Inferno
ÍJ(jema 37
41 • SÍLVIO NI:VES Postais Ingleses
Lamentação Sobre josefui^ 38 42 JOÃO NEVES DA FONTOURA . . Poeira de Palavras
40 43 . JOSUÉ MONTELO 'Fontes Tradicionais de António N i / l m -
Josefina no Coração das Fogueiras 44 • ÁLVARO LINS No Mundo do Romance Policial
Perdição de Josefina 42 45 STEF/1N BACIU Servindo à Poesia
4G Luís SANTA CRUZ Poética Menor
A Tristeza da Tarde 44
47 MIGUEL PAEANHOS DE Rio
Encontro de Josefina 45 BRANCO . Alexandre clc Gusmão e o Tratado
46 de 1750
Lembrança da Esquecida ia SÉRGIO PORTO . . . . Pequena História do Jazz
Cantar 48 49 WILSON LOUSADA . . . O Caçador e as Raposas
50 50 ALFREDO MAHGARIDO C C. E.
Marinha COSTA Doze Jovens Poetas Portugueses
Grande, Fria, Feliz 52 51 OTTO MARIA CARPEAUX . Respostas e Perguntas
54 52 ARTHUR CEZAH FERREIRA REIS Portugueses e Brasileiros nu Guiana
A Lua do Lima
Francesa
A Volta do Filho Pródigo ....... 58 53 — THEODORE HARNPERCER . . . . Os Estados Unidos Através de sim
06 Literatura
Exercício N.° 2
54 — EURICO NOGUEIRA FRANÇA A Música no Brasil
A Um Poeta Jovem 67 55 — DANTE ALIGHIEBI Três Cantos do Inferno
69 50 — EVARISTO DE MORAIS FILI;^ . Francisco Sanches na Renascença
Não Deixes
Portuguesa
Retraio 70 57 — LOURIVAL GOMES MACHADO . . Teorias do Barroco
72 53 — ALMEIDA FISCHER A Ilha e Outros Contos
Poema do Pescador 59 — CASSIANO RICARDO A Poesia na Técnica do Romance
Os Príncipes 77 00 — ROBERTO ALVIM CORRÊA . . . Hebe ou da Educação
79 Gl — Luís COSME horizontes de Música
Soneto 02 — CELSO KELLY Três Génios Rebeldes
]Joema 80 03 — RUDEM BRAGA Três Primitivos
64 — MANUEL BANDEIRA De Poetas e de Poesia
Momento 82
05 — ADONIAS FILHO Jornal de um Escritor
Morte da índia 83 66 — JOSÉ Fí-RNANDO CARNEIRO . Apresentação de Jorge de Lima
07 — FRANCISCO DE Assis BARBOSA Testamento de Mário de Andvade
Tristeza Desconhecida 86
08 — ANÍSIO TEIXEIRA A Universidade e a Liberdade Humnmi
Descanso 88 09 — PEREGRINO JÚNIOR O Movimento Modernista
70 — AFRÃNIO COUTINHO Por uma Crítica Estética
O Grande Momento 90
71 — PEDRO DE BOTELHO 3 Fragmentos
Aparição da Amada 91 72 — OLÍVIO MONTINEGRO Ensaios
73 — PAULO RONAI Roteiro do Conto Húngaro
História da Borboleta Branca 93
74 — EDGARD CAVALHEIRO Evolução do Conto Brasileiro
Grande Azul, Claros Céus 95 75 — ROBERTO MENDES GONÇALVES . O Barão Hubner na Corte de São
97 Cristóvão
Canto da Louca 76 — EDGARD CAVALHEIRO . A Correspondência entre Monteiro Lo-
bato e Lima Barreto
77 MANUEL BANDEIRA 50 Poemas Escolhidos pelo Autor
78 SÉRGIO MILLIET . Três Conferências
79 GILBERTO FRHTYRE . Reinterpretando José de Alencar
102 80 GILBERTO FREYRE . Manifesto Regionalísta de 1926
DEPARTAMENTO DE IMPRENSA NACIONAL
RIO DE JANEIRO — BRASIL — 1957