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LAVRAS - MG
2021
FELIPE PERILO DE REZENDE MIRANDA
YVES PAULO RIBEIRO
LAVRAS - MG
2021
SUMÁRIO
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1 INTRODUÇÃO E DEFINIÇÃO 3
2 ENVELHECIMENTO E DOENÇAS CRÔNICO-DEGENERATIVAS 6
3 PRINCIPAIS SINTOMAS 8
4 COMUNICAÇÃO EM CUIDADOS PALIATIVOS 12
5 O FIM DA VIDA 14
6 APÓS A MORTE: O LUTO 15
REFERÊNCIAS 17
1 INTRODUÇÃO E DEFINIÇÃO
A primeira vez que eu, Yves, tive contato com o termo “paliativo”, eu tinha catorze
anos. Minha avó, que estava extremamente ictérica, associado a perda importante de peso,
havia sido diagnosticada com câncer de cabeça de pâncreas. Eu não entendia muito bem o
que estava acontecendo, não entendia o porquê do desespero de meus parentes, e
principalmente da minha mãe ao receber o diagnóstico. Fui então buscar na internet
informações sobre aquele câncer, e descobri que era um dos mais agressivos existentes,
além de possuir rápida progressão. Também vi que o prognóstico era muito obscuro, e que
quando diagnosticado em estágio avançado o tratamento era basicamente paliativo. Esse
termo, “paliativo”, me marcou desde então. Para mim, tratamento paliativo era sinal de
morte, de que não se existia mais nada a se fazer, ou seja, algo muito negativo. Contudo,
anos depois eu entrei na faculdade de Medicina, e finalmente pude compreender do que se
tratam os cuidados paliativos.
Da mesma forma, eu, Felipe, antes da faculdade, sempre associei o termo “paliativo”
com emoções negativas, visto que havia uma forte aproximação deste com pessoas em
condições terminais e a morte. É um fato que os cuidados paliativos tem grande importância
no manejo de pacientes incuráveis, contudo, ao aprofundar no assunto, vemos que seu foco
não é tratar a doença, mas sim diminuir o sofrimento que essa pode causar, aumentando o
bem estar do paciente. Assim, reformulei meus sentimentos em relação ao assunto e pude
também compreender o quão importante e essencial são esses cuidados.
A morte é algo que gera dúvidas desde o início dos tempos. Ao longo dos anos, o
processo de morrer sofreu diversas mudanças por conta dos contextos históricos e culturais.
No passado os pacientes morriam em suas casas, cercado dos familiares. Com o avanço da
medicina, as pessoas passaram cada vez mais a morrer em leitos hospitalares, cercados
apenas por profissionais da saúde, o que gerou um certo distanciamento entre a população
e a morte.
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Os cuidados paliativos ajudam a aliviar o sofrimento e a oferecer melhor qualidade
de vida para pacientes muito debilitados. Portanto, não é interessante prolongar a vida
desses pacientes à custa de uma qualidade de vida horrível e com muito sofrimento. Para
isso, é importante que hajam centros de cuidados paliativos, profissionais que saibam
oferecer esse melhor cuidado, e ainda que seja respeitado a autonomia do paciente. É
importante frisar que atualmente os cuidados paliativos podem e devem ser iniciados mais
precocemente possível, devendo serem integrados junto aos cuidados curativos.
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Os cuidados paliativos tem como principais objetivos promover o alívio da dor e de
outros sintomas que geram sofrimento; reafirmar a vida e ver a morte como um processo
natural; não antecipar nem postergar a morte; integrar aspectos psicossociais e espirituais
ao cuidado; oferecer um sistema de suporte que auxilia o paciente a viver tão ativamente
quanto possível até a morte; oferecer um sistema de suporte que auxilia a família e entes
queridos a sentirem-se amparados durante todo o processo da doença e no luto; utilizar os
recursos de uma equipe multiprofissional para focar as necessidades dos pacientes e seus
familiares, incluindo acompanhamento no luto; melhorar a qualidade de vida e influenciar
positivamente no curso da doença. Eles devem ser iniciados o mais precocemente possível,
junto a outras medidas de prolongamento de vida – como a quimioterapia e a radioterapia –
e incluir todas as investigações necessárias para melhor compreensão e abordagem dos
sintomas.
Ademais, dois conceitos podem gerar muitas dúvidas, e merecem serem esclarecidos
e diferenciados. São eles: cuidados paliativos e cuidados ao fim da vida. Os cuidados
paliativos devem ser aplicados ao paciente de forma contínua, pelo período de tempo que
for necessário, associado a outros tratamentos pertinentes ao seu caso, desde a definição de
uma doença incurável e progressiva. Já os chamados cuidados ao fim da vida são uma parte
importante dos cuidados paliativos, referindo-se à assistência que um paciente deve receber
durante a última etapa de sua vida, a partir do momento em que fica claro que ele se
encontra em um estado de declínio progressivo e inexorável, aproximando-se da morte.
De forma geral, existem doenças que se apresentam de forma aguda, e outras que se
apresentam de forma crônica. As doenças agudas podem evoluir para a cura, para a morte
ou para a cronicidade. A pessoa acometida por uma doença crônica e os seus familiares
frequentemente apresentam uma postura de não aceitação ou de acomodação ao
problema. Entretanto, a cronificação de uma doença traz o risco, durante a sua evolução, de
sequelas incapacitantes que levam a um grave comprometimento funcional, tornando a
pessoa acometida altamente dependente para as atividades da vida diária. Estas doenças
provocam um desgaste acentuado nas relações familiares, pois o curso é lento, com muito
sofrimento até a morte. Como a evolução da doença é inevitável e o paciente, por ser idoso,
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está sujeito ainda ao surgimento de novos problemas de saúde, o profissional se depara com
um quadro clínico de difícil abordagem terapêutica.
A morte é um processo natural do ciclo de vida. Nos idosos, a morte pode ser
associada a várias doenças que comprometem a independência e a autonomia. A
multiplicidade de sintomas que ocorrem, dependendo da doença de base, será
determinante ou não para o sofrimento do indivíduo. O adequado atendimento aos
pacientes, visando aliviar qualquer sintoma desgastante, é um ponto fundamental para a
boa prática da geriatria. Nos idosos, em geral a trajetória para a morte é lenta e com
sofrimento físico, mental, social e emocional. Entende-se por doenças crônico-degenerativas
aquelas de curso evolutivo e incapacitante, que não são passíveis de cura, porém podem ser
controladas. As doenças crônico-degenerativas podem acometer pessoas de todas as faixas
etárias, porém o envelhecimento é o maior fator de risco para sua ocorrência, aliado à
comorbidade. Para essas doenças, não existe tratamento curativo e sim de controle,
objetivando evitar complicações e sequelas graves.
Outro aspecto bastante pertinente e que merece ser discutido é o desgaste físico e
emocional ao qual os cuidadores dos pacientes fragilizados são submetidos. Os pacientes em
cuidados paliativos geralmente possuem doenças crônicas, como já discutido, que geram
prejuízo na qualidade de vida, bem como diminuem a funcionalidade do indivíduo. Na maior
parte das vezes esses pacientes necessitam receber cuidados de seus familiares e de pessoas
próximas. Esses cuidados incluem ajuda com mobilidade, higiene, alimentação e apoio
emocional. Contudo, pacientes que se encontram em fases mais avançadas de doença
possuem muitas limitações, necessitando de mais atenção e apoio de seus familiares.
Portanto, é de se esperar que essas situações promovam um exacerbado desgaste físico e
emocional para os familiares, ainda mais quando somente um familiar fica encarregado de
ser o cuidador do doente. Portanto, é necessário que se organize melhor todo esse processo,
para não sobrecarregar somente algumas pessoas e para evitar sofrimento e desgaste
emocional de ambas as partes. No decorrer da doença, uma nova rotina deve ser elaborada,
de forma mais organizada e confortável. Tarefas devem ser dividias entre os familiares da
melhor forma possível, e nesse momento a família vai aprendendo a lidar com a situação.
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3 PRINCIPAIS SINTOMAS
Os princípios básicos do tratamento da dor são os seguintes: usar via oral sempre que
possível, pois é a mais fácil, poupa incômodo de injeções e dá mais controle sobre a
condição ao paciente; respeitar o relógio, usando analgésicos de forma regular e de acordo
com a farmacocinética do medicamento; administrar o reforço sempre que necessário;
sempre avaliar e reavaliar o esquema analgésico proposto, de 6 em 6 horas, ou então
diariamente; respeitar a escala analgésica, ou seja, inicialmente com analgésicos simples e
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AINES, seguido por opióides fracos, opióides fortes e por fim procedimentos
intervencionistas, sendo que podemos utilizar mais de uma classe, e tendo em mente que
dependendo se a dor for aguda ou crônica a progressão será diferente; sempre ter atenção
com os detalhes, informando ao paciente e familiares sobre o tratamento, sobre os horários
e sobre os possíveis efeitos colaterais existentes (ex.: opióides causam náuseas e vômitos,
constipação, etc); usar adjuvantes, como corticosteroides, antidepressivos,
anticonvulsivantes, ansiolíticos, laxantes, anti-heméticos, etc, mas sempre prescrevendo
medicamentos de acordo com a necessidade do paciente.
A dispneia é um dos sintomas mais presentes no fim da vida e dos que causam maior
angústia, tanto no paciente como na família e na equipe. Só de imaginarmos ficarmos sem
ar, já nos bate uma sensação de desespero eminente. A dificuldade em respirar sempre é
causada por uma causa primária, e portanto, sempre devemos tentar descobrir a causa da
dispneia (infecção, compressão, distúrbio metabólico) e intervir na ansiedade provocada por
esta condição. O uso do oxigênio tem um papel mais psicológico do que efetivo; o uso de um
ventilador ou a simples abertura da janela pode trazer um conforto muito grande. O uso dos
opioides (morfina em baixas doses em infusão contínua parenteral, preferencialmente pela
via subcutânea, se a via oral não for viável) reduz a frequência respiratória e confere uma
sensação de alívio e bem-estar ao paciente, possibilitando-lhe um sono mais tranquilo.
A indicação de alimentação artificial deve ser bem avaliada ao fim da vida, pois as
sondas e cateteres nasoentéricos ou gástricos causam desconforto. É importante discutir sua
utilização e validade tanto com os pacientes como com os familiares. A sensação de sede
deve sempre ser corrigida. A hidratação básica pode ser atingida por uma reposição hídrica
no período noturno ou aliviada, colocando-se pequenos cubos de gelo na boca ao longo do
dia. Não há necessidade de alcançar os níveis ideais de hidratação e sim o conforto. A
manutenção da higiene bucal é fundamental para isso.
Muitos pacientes apresentam náuseas até o momento final, sem serem associadas a
vômito. Ainda assim, elas por si só provocam intenso mal-estar. A causa mais frequente de
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náuseas no fim da vida é a constipação intestinal crônica. Outras possíveis etiologias são:
alentecimento do esvaziamento gástrico (fisiológico na velhice), obstrução intestinal, efeito
colateral de opioide, aumento da pressão intracraniana, gastrite, úlcera péptica,
hipercalcemia, uremia e efeitos colaterais dos fármacos em uso.
A constipação intestinal costuma ser negligenciada na fase final, porém seu alívio é
importante para o paciente. A restrição ao leito, a inatividade, o pouco alimento, a
desidratação e o uso de opioides e anticolinérgicos são causas frequentes. É necessário
evitar a impactação fecal com o uso regular de laxativos e emolientes das fezes. Os laxativos
osmóticos do tipo lactulose são úteis para aumentar o conteúdo de líquido nas fezes e
melhorar a eliminação. É importante fazer toque retal quando o paciente ficar constipado
mais de 3 dias pelo risco de impactação por fecaloma. Quando a desimpactação manual for
necessária, recomenda-se analgesia prévia ou sedação leve para evitar a piora do
desconforto. Em casos de constipação intestinal grave secundária a opioides, pode ser usada
a metilnaltrexona pela via subcutânea.
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depressão da tristeza esperada para uma pessoa diante da possibilidade de morte. Para o
diagnóstico da depressão, é importante obedecer aos critérios estabelecidos pelo DSM-5. O
manejo não farmacológico é necessário. Deve-se ser sempre sincero com o paciente, não
gerando falsas expectativas quanto a sua doença de base, e tentando estabelecer novos
objetivos de vida e fontes de prazer para o paciente. É fundamental que saibamos dar
notícias e comunicar da melhor forma possível, sendo claro e objetivo, mas também com
sensibilidade e empatia. Além disso, acupuntura, terapia, massoterapia, entre diversas
outras estratégias podem ser utilizadas para esses pacientes. Com relação ao tratamento
medicamentoso, se a expectativa de vida for menor que 4 semanas, deve-se utilizar um
psicoestimulante, caso seja possível. Para os outros pacientes pode-se utilizar
antidepressivos, tais como citalopram, escitalopram e sertralina.
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ruins tanto para os profissionais, quanto para a família e para o próprio paciente. Quando o
profissional é novo, inexperiente, essas notícias tendem a serem mais pesadas ainda.
Contudo, ao longo do tempo vamos ganhando preparo e experiência, o que nos torna um
pouco menos abaláveis. As notícias ruins em algumas circunstâncias podem ser boas, em
situações por exemplo que o paciente está sofrendo muito, e a morte seria uma forma de
alivio. De qualquer forma, temos que ter segurança e chamar a responsabilidade para nós na
hora de darmos a notícia, e não jogar a responsabilidade para outra pessoa. E mais do que
isso, ter em mente que o paciente deve saber do seu quadro, e que não podemos mentir ou
tentar engana-lo.
O chamado protocolo SPIKES, elaborado pelo Dr. Robert Buckman, sugere estratégias
de como dar as más notícias. Como dito anteriormente, isso é uma obrigação do profissional
e ele tem que saber fazê-lo. As notícias devem ser dadas com sensibilidade, em um
ambiente de apoio, no ritmo do paciente e sempre com abertura para novas perguntas, pois
as más notícias não se transformam em boas. Para uma entrevista onde assuntos complexos
serão abordados, deve-se ter tempo para uma conversa sem interrupções. A privacidade é
fundamental para que uma relação de confiança se estabeleça. Seguindo as orientações do
protocolo SPIKES, aprende-se de maneira efetiva a comunicar uma notícia ruim com
sensibilidade, respeitando os limites do paciente e dos seus familiares. Antes de dar uma
informação, deve ser investigado junto ao paciente o que ele quer ouvir e deve ser avaliado
se aquele é o momento mais adequado para a conversa. O profissional envolvido na
comunicação precisa desenvolver a habilidade de separar a mensagem do mensageiro para
fortalecer sua relação com o paciente e os familiares. O ambiente tem relevância
fundamental para esse tipo de conversa. Tudo importa: a iluminação, a cor das paredes, a
disposição das cadeiras, a existência de um sofá em que paciente e profissional possam
sentar-se, a ausência de uma barreira física que impeça a possibilidade do olhar direto e da
leitura labial e o cuidado para que não ocorram interferências externas. O profissional deve
fazer contato visual com o paciente evitando, porém, o constrangimento provocado por um
olhar fixo. O tom da voz, a possibilidade do toque e a postura do profissional serão o esteio
da conversa. O que o paciente diz deve ser escutado com calma e atenção, evitando a
superposição de vozes. Repetir algumas palavras já utilizadas ajuda na compreensão final.
Com a observação cuidadosa do paciente, é possível apreender o quanto ele já sabe e o que
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mais quer saber. A utilização de um vocabulário acessível, evitando-se o linguajar técnico,
facilita o entendimento. Não se dá mais informações do que o paciente quer ouvir, pois a
capacidade de assimilação será mínima. Procura-se responder às perguntas com precisão,
transmitindo conhecimento, segurança e objetividade. Nesse ponto, é o paciente quem dita
o ritmo da conversa. Com frequência existe um tempo prolongado de silêncio durante o qual
as informações estão sendo processadas e internalizadas pelo paciente. Esse silêncio tem
grandes dimensões, devendo ser respeitado pelo profissional. Reações emocionais fortes
como raiva, desespero, negação e choro incontrolável podem ocorrer, e o profissional tem
que estar preparado para manter a situação controlada. A conversa deve ser finalizada com
um resumo do que foi dito, criando uma estratégia para os próximos encontros e a abertura
para novas perguntas. O paciente precisa ser envolvido no planejamento do tratamento e
nas futuras decisões. Aconselha-se que o profissional seja muito cauteloso no momento da
notícia, pois qualquer dificuldade irá repercutir diretamente na qualidade da relação com o
paciente e na continuidade do acompanhamento.
5 O FIM DA VIDA
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momento da morte, é causada por congestão dos brônquios ou relaxamento do palato.
Deve-se fazer medicação anticolinérgica do tipo hioscina pela via subcutânea e inalação com
ipratrópio para reduzir a secreção das vias respiratórias. Bons cuidados ao fim da vida são
uma questão de saúde pública. A atitude das pessoas em relação à sua saúde e aos serviços
de saúde será influenciada pela lembrança da morte dos seus familiares.
Por fim, o processo de cuidados paliativos não se encerra quando o paciente morre,
mas se estende para além disso. É importante que os profissionais tenham atenção com os
familiares durante o processo do luto. O luto corresponde a um processo de perda, durando
cerca de 2 anos geralmente, e possui altos e baixos, gerando sentimentos ambivalentes nos
indivíduos, oscilando entre aceitação e negação, superação e tristeza. É importante vivenciar
o pesar, passando pelos rituais da perda do ente querido (ajudam a cair a ficha da perda,
bem como ajuda a relembrar dos mortos e aliviar o sofrimento), seja antes e depois da
morte. Após isso, deve-se ajustar ao ambiente onde está faltando a pessoa falecida. A
terceira tarefa é elaborar a dor da perda, sendo a mais longa e que gera mais sentimentos
duais. Por fim, é importante reposicionar emocionalmente o ente falecido. Uma forma de
ver que o processo de luto foi eficaz e saudável é quando a pessoa consegue se lembrar do
ente falecido sem gerar tanta tristeza. O luto complicado geralmente ocorre em casos de
morte súbita, morte violenta, morte de criança, suicídio, aborto e natimorto, e se manifesta
com sintomas muito mais intenso que aqueles esperados no processo de luto normal,
persistindo por mais tempo e gerando afastamento do convívio social, sendo necessário
encaminhamento para especializado. Devemos ter sensibilidade e empatia com pessoas
passando por luto, ajudando-as a superar o momento difícil, a organizar a vida e sempre
ouvir e dar espaço para falar e desabafar.
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REFERÊNCIAS
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