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INSTITUTUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO PIAUÍ

DIRETORIA DE ENSINO
DEPARTAMENTO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES, LETRAS E CIÊNCIAS

ANDERSON DIAS FIGUEIREDO PAIVA

APLICATIVO FÍSICA BÁSICA COMO FERRAMENTA PEDAGÓGICA PARA O


ENSINO DE FÍSICA

TERESINA-PI
SETEMBRO/2017
ANDERSON DIAS FIGUEIREDO PAIVA

APLICATIVO FISICA BASICA COMO FERRAMENTA PEDAGÓGICA PARA O


ENSINO DE FÍSICA

TERESINA - PI
SETEMBRO//2017
APLICATIVO FISICA COMO FERRAMENTA BASICA PEDAGÓGICA PARA O
ENSINO DE FÍSICA

ANDERSON DIAS FIGUEIREDO PAIVA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como exigência parcial


para obtenção do diploma do Curso de Licenciatura em Física do
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia - Campus
Teresina Central.

APROVADO pela Banca Examinadora em 26 de setembro de 2017.

BANCA EXAMINADORA

____________________________________________________
Profª. Esp. Teresinha Vilani Vasconcelos de Lima.
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia - Campus Teresina Central.
Orientadora – Presidente

_________________________________________________________
Prof. M. Sc. Etevaldo Macedo Valadão
Coorientador
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Piauí – IFPI

_______________________________________________________
Prof. Msc. Maria Luiza Martins Mendes
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia - Campus Teresina Central.
Membro

_______________________________________________________
Prof. Msc. Adriana Ferreira de Sousa
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia - Campus Teresina Central.
Membro
4

APLICATIVO FISICA COMO FERRAMENTA BASICA PEDAGÓGICA PARA O


ENSINO DE FÍSICA

Anderson Dias Figueiredo Paiva 1


Profª. Orientadora: Teresinha Vilani Vasconcelos de Lima2
RESUMO
O tema do referido trabalho irá abordar o uso de Aplicativo Física Básica no aparelho celular dentro da sala de
aula como ferramenta pedagógica. Com os desafios e as possibilidades que surgem desses avanços tecnológicos,
embora servindo como instrumento para apoio no processo aprendizagem, à utilização encontra barreira de
ordem legal e pessoal, justificando o estudo diante da realidade, as tecnologias no ensino-aprendizagem de
Física, quando inseridas na prática pedagógica do professor, pode se torna um elemento agregador do
conhecimento. O conhecimento aliado à tecnologia como suporte conseguiu contribuir no contexto educacional,
como mais uma possibilidade de auxiliar o professor em sala de aula. Com as potencialidades que surgem
trazidas pelas tecnologias, o processo ensino aprendizagem, trazem novas possibilidades de ensinar e aprender,
como também facilita a comunicação entre os alunos-saber-professores. Diante dessa constatação a pesquisa de
natureza qualitativa aqui desenvolvida teve o objetivo de analisar se o Aplicativo Física Básica enquanto
ferramenta pedagógica contribui no processo de aprendizagem do conteúdo de Cinemática. Os sujeitos da
pesquisa foram aluno da 1ª série de ensino médio da rede pública estadual da cidade de Teresina-PI. Na
realização do estudo partiu de uma fundamentação teórica, observação não participativa e em seguida na
utilização do aplicativo Física Básica no desenvolvimento do conteúdo de Cinemática. Os resultados apontam a
importância do aplicativo como ferramenta pedagógica em sala de aula, como sendo necessário, para reorganizar
conhecimentos, criando identidades para as situações diversas, associando-as ao seu contexto e época,
promovendo um aprendizado maior quanto ao conhecimento da disciplina de Física. Ao utilizarem diferentes
ferramentas no ensino, entre elas a tecnologia, todos os envolvidos conseguirão reconstruir seus conhecimentos
através de uma interação bem maior.

Palavras-chave: Cinemática; Aplicativo Física Básica; Ensino de Física; Ensino - Aprendizagem

Anderson Dias Figueiredo Paiva


Teacher Guiding: Teresinha Vilani Vasconcelos de Lima

ABSTRACT
The theme of this work will address the use of Basic Physical Application in the cellular apparatus within the
classroom as a pedagogical tool. With the challenges and possibilities that arise from these technological
advances, while serving as an instrument for support in the learning process, the use of legal and personal
barriers, justifying the study of reality, technologies in teaching and learning of Physics, when inserted in the
pedagogical practice of the teacher, can become an aggregating element of knowledge. The knowledge allied to
the technology as support has been able to contribute in the educational context, as another possibility to help the
teacher in the classroom. With the potential that comes from technologies, the learning teaching process, bring
new possibilities of teaching and learning, as well as facilitates communication between students-know-teachers.
In view of this, the qualitative research developed here had the objective of analyzing whether the Basic Physical
Application as a pedagogical tool contributes to the learning process of Kinematic content. The subjects of the
research were students of the 1 st high school of the state public network of the city of Teresina-PI. In the
accomplishment of the study it started from a theoretical foundation, non participative observation and soon in
the use of the application Basic Physics in the development of the content of Kinematics. The results point to the
importance of the application as a pedagogical tool in the classroom, as necessary, to reorganize knowledge,
creating identities for the different situations, associating them with their context and time, promoting a greater
learning as to the knowledge of the discipline of Physics. By using different tools in teaching, including
technology, everyone involved will be able to rebuild their knowledge through a much larger interaction.
1
Graduando Curso de Licenciatura em Física. Instituto Federal de Ciência e Tecnologia do Piauí – IFPI.
E-mail: abfpiaui@gmail.com
2
Especialista em Supervisão Escolar, UFPI, 2003. Professora do IFPI – Campus Teresina Central. E-mail :
vilanivasconcelos@hotmail.com.br
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Keywords: Kinematics; Basic Physical Application; Physics Teaching; Teaching - Learning

1. INTRODUÇÃO

A evolução tecnológica nunca foi vista até o presente momento como, um contexto
plano fundamental na vida da humanidade. No mundo contemporâneo, cada vez mais as
decisões políticas, são influenciadas por conhecimento científico e tecnológico. Desse modo,
o domínio da tecnologia constitui componente importante não apenas para a construção de
uma visão de mundo apropriada, mas também para o exercício da cidadania. Assim, “é
inegável que a escola precisa acompanhar a evolução tecnológica e tirar o máximo de
proveito dos benefícios que esta é capaz de proporcionar” (BRASIL, 2002, p.).
Atualmente a tecnologia como ferramenta pedagógica, contribui no processo de
aprendizagem, pois o universo ilimitado de saberes e informações possibilitam conhecer
diferentes mundos. Sendo avaliada por especialistas como uma metodologia que, se bem
conduzida, pode trazer ganhos expressivos para o educando. Dentro disso, verifica-se que
dispositivos móveis, podem ser um importante apoio pedagógico na escola, tornando as aulas
mais atraentes. O uso da tecnologia na sala de aula como ferramenta pedagógica, pode gerar
aspectos positivos, principalmente por se entender que estimula o desenvolvimento da
autonomia, curiosidade, criatividade e socialização promovendo a construção de
conhecimento dos alunos.
Sabemos hoje que as novas tecnologias não conquistaram espaço em nossa vida
repentinamente, pois seguem o processo evolutivo da sociedade, obedecendo a uma
lógica geral em nossa época [...] E a orientação virtual que acontece hoje fortemente
baseada na tecnologia é que possibilita desenvolver processos de interação entre os
participantes de processos educativos. [...]. (LEITE, 2009, p. 153-153).

Neste contexto, o uso de dispositivos móveis como Smartphones, Tablets pode abrir
muitas oportunidades, para ensinar e aprender de forma criatividade, ao mesmo tempo em que
se torna um elemento de motivação e colaboração, uma vez que o processo de aprendizagem
do aluno se torna, atraente, divertido, significativo e auxilia na resolução de problemas que
podem ser resolvidos conjuntamente com outros. O professor precisa ter um planejamento
bem estruturado, presente o objetivo que pretende atingir com seus alunos, quando faz uso de
tecnologia como ferramenta pedagógica.
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O uso de celulares na área educacional é recente, muitos se questionam sobre a


utilização. Conforme (LEITE; 2009) não vê a possibilidade de não ser utilizado, pois não se
trata apenas de um instrumento com fins limitados, mas com várias possibilidades, tais como:
pesquisas, simulações, comunicações ou, simplesmente para entretenimento). Enfim, cabe a
quem vai utilizar para fins educacionais definir qual objetivo se quer atingir, pois mesmo a
sua utilização restrita é importante.

O celular sendo subutilizado por alunos com fins de aprendizagem despertou no


desenvolvimento do estágio, o objeto dessa pesquisa. A tecnologia sendo utilizado para o
ensino de Física motivou fazer uso de celular no aprendizado de Física. A ferramenta
pedagógica pode e deve contribui no processo de aprendizagem do conteúdo de Física, por
estarem disponíveis de forma eletrônica e em um formato mais apresentável, com gráficos,
animações exemplos bem diferentes, além da possibilidade de visualizar várias vezes, quando
e onde quiserem ou puderem. Diante dessa perspectiva, o problema do estudo foi: Qual a
contribuição do Aplicativo Física Básica no processo de aprendizagem do conteúdo de
Cinemática? Diante do problema, foi definido o objetivo de analisar se o Aplicativo Física
Básica enquanto ferramenta pedagógica contribui no processo de aprendizagem do conteúdo
de Cinemática.
O objetivo do aplicativo Física Básica é usar tecnologia para ensinar física, sendo
melhor e mais pratica. Oferecer ferramentas para que o aprendizado seja objetivo, a fim de
que os estudantes não só alcancem suas metas, mas de maneira cativante, os conhecimentos
sejam incorporados. O Aplicativo Física Básica em particular, que apresenta o conteúdo de
física clássica: mecânica, termofísica, óptica, ondulatória, eletromagnetismo e fluidos, além
de calculadoras de fórmulas, para auxiliar o estudante a resolver exercícios e um conversor de
unidades, animações interativas e mais de 400 exemplos com solução. Surge como uma
possibilidade de melhor desenvolvimento de um ensino aprendizagem.
Os aplicativos podem ser considerados programas de grande importância a partir do
momento em que sejam projetados por meio de uma metodologia que os contextualizem no
processo ensino aprendizagem. Desse modo, mesmo um aplicativo detalhadamente pensado
para mediar à aprendizagem pode deixar a desejar se a metodologia do professor não for
adequada ou adaptada a situações específicas de aprendizagem.
Docentes que resistem à inclusão da tecnologia em sua prática pedagógica acabam por
tornarem-se obsoletos. Por outro lado, professores capazes de tirar proveito dos benefícios
que a tecnologia pode trazer aos processos de ensino e aprendizagem, são capazes de atuar de
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maneira mais atraente e inovadora junto aos seus alunos. São enormes as incertezas e os
obstáculos que afetam, direta ou indiretamente, o sistema de ensino em geral e,
particularmente, o ensino de Física. Uma delas que, embora não seja tão nova, vem se
intensificando nos últimos anos é o uso exagerado e descontrolado dos aparelhos celulares por
parte dos alunos.
Se por um lado a tecnologia facilita o acompanhamento individual do aluno e abre
espaço para a personalização do ensino, por outro ela ajuda a escalar novas oportunidades de
aprendizagem. As tendências para o uso de tecnologia na educação apontam para
a convergência de dispositivos eletrônicos portáteis que ampliam as oportunidades de
aprendizagem dentro e fora de sala de aula e geram dados sobre esses processos e as pessoas
envolvidas neles. Diante desse cenário, serão criadas novas formas de comprovar capacidades
e métricas de avaliação que ajudam a monitorar o desenvolvimento de competências para o
século 21.(CRISTIANE GONÇALVES, 2017)

É possível perceber o descontentamento dos alunos em relação às aulas consideradas


tradicionais, sem a inclusão de qualquer tecnologia. O perfil do aluno de hoje necessita saber
para que seja por que aprender determinados assuntos abordados nas aulas. O aprender por
aprender deixou de existir dando espaço para a aprendizagem utilitária onde o aluno se propõe
somente a aprender o que é útil. É difícil, portanto, prender a atenção do aluno em aulas feitas
somente do conjunto lousa, giz e professor. KENSKI (2007, p. 103) afirma que “precisamos
utilizar a educação para ensinar sobre as tecnologias que estão na base da identidade, e que se
faça o uso delas para ensinar as bases dessa educação”. Conforme MORAN (2000) cabe,
portanto, ao professor ser um investigador, desafiador e incentivador no desenvolvimento da
autonomia dos alunos. Motivando-os na participação e na interação e, assumindo o papel
primordial: de auxiliar o aluno na interpretação das informações.

A aquisição da informação, dos dados, dependerá cada vez menos do professor. As


tecnologias podem trazer, hoje, dados, imagens, resumos de forma rápida e atraente.
O papel do professor – o principal papel – é ajudar o aluno a interpretar esses dados,
a relacioná-los, a contextualizá-los. (MORAN, 2000, p. 29).

A sociedade contemporânea exige uma aprendizagem que se estende ao longo de toda


a vida do individuo. Isso acontece devido ao grande número de novos saberes que surgem no
cotidiano das pessoas e, esse fato tem levado vários pesquisadores que atuam na área de
Ensino de Ciências, em particular de Física, a buscarem articulações que permitam uma
mudança no atual currículo das escolas de ensino médio. A formação do professor de Física
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deve ser contínua e permanente, valorizando a experiência e o conhecimento que os


professores têm a partir de sua prática pedagógica. Para que exista uma formação continuada,
professores e alunos devem estar interagindo. O aluno deve estar disposto a querer aprender.
O mesmo raciocínio se aplica ao professor, sendo este o construtor da aprendizagem em
relação às teorias aplicadas (OSTERMANN; MOREIRA, 2013)
O aprendizado da Física promove a articulação de toda uma visão de mundo, de uma
compreensão dinâmica do universo, capaz de transcender nossos limites temporais e
espaciais. Ao lado de um caráter mais prático, a Física revela, também, uma dimensão
filosófica, com uma beleza e importância que não devem ser subestimadas no processo
educativo.
O estudo de física não resulta da falta de sua aplicação no cotidiano do aluno, pois ela
está presente, por exemplo, no funcionamento de aparelhos eletrônicos existentes na maioria
dos lares brasileiros. Também não se pode alegar que é uma disciplina cujo conteúdo seja
difícil de ensinar e aprender. As dificuldades que se encontram nessa disciplina partem do
principio de que os professores não diversificam sua prática docente, haja vista que é notório
que os docentes não buscam novas metodologias na aplicabilidade dos conteúdos repassados
aos alunos, aliados à carência de infraestrutura básica das escolas, que não dispõem ambiente
adequado às aulas práticas de ciências; a carência de oportunidades para treinamento de
professores; a dificuldade ao acesso a novas tecnologias para a educação, entre outros.
Esta tendência em direcionar o ensino de Física a resolução de problemas, que
normalmente estão recheados de cálculos, fortemente influenciados pelo uso do livro didático,
tem sido tema de sérias críticas às editoras e, por consequência aos autores das obras. A
maioria dos livros que circulam nas escolas apresentam os conteúdos como conceitos
estanques, dando o caráter de Ciência acabada e imutável a Física. Porém, o mais
problemático das obras está na forte identificação que elas agregam entre a Física e os
algoritmos matemáticos. Os textos e, principalmente, os exercícios são apresentados como
matemática aplicada, na qual a questão fundamental se resume a treinar o estudante na
resolução de problemas algébricos.
Dentre tantos conceitos de grande relevância teórica na Física destacamos os conceitos
de campo, que se consolidou ao longo do século XIX, quando se revelou uma das mais
importantes atuações desde o tempo de Newton. Conceitos estes que pelo fato da exclusiva
exploração matemático-conceitual perde um pouco de toda sua potencialidade científica.
Debates sobre as evoluções de idéias na Física, ou seja, a utilização dos conceitos da evolução
histórica de determinada teoria na Física, é de extrema importância para que se compreenda
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com mais maturidade as teorias matemáticas conceituais atuais do assunto abordado em sala
de aula. O conhecimento histórico conceitual não se aplica somente a teoria de campos citada,
mas a toda a Física que é composta de conteúdo histórico, ao qual faz parte o conteúdo
matemático (ROCHA, 2009).

2. METODOLOGIA DA PESQUISA

O estudo em questão, que tem o contexto da tecnologia como ferramenta de


aprendizagem do conteúdo de Física, em particular, Conteúdo de Cinemática, utilizou-se da
pesquisa qualitativa, pois objetiva analisar se o Aplicativo Física Básica enquanto ferramenta
pedagógica contribuiu no processo de aprendizagem do conteúdo de Cinemática. Nessa
perspectiva, o presente adotou a pesquisa qualitativa:
“Procedimento mais intuitivo, mas também mais maleável e mais adaptável a
índices não previstos, ou à evolução das hipóteses, já que permite sugerir possíveis
relações entre um índice da mensagem e uma ou diversas variáveis do locutor (ou da
situação de comunicação).” (BARDIN, 2011, p. 5)

Em busca a resposta do problema, qual a contribuição do Aplicativo Física Básica no


processo de aprendizagem do conteúdo de Cinemática? E para fazer esse estudo os aspectos
considerados foram: O estudo foi realizado na segunda quinzena de julho a segunda quinzena
de setembro de 2017 e está caracterizado como pesquisa . Na análise dos dados foram usados
os parâmetros qualitativos e quantitativos.

2.1. OS SUJEITOS

A pesquisa foi realizada com duas turmas de alunos, do 1º ano do ensino médio, em
uma escola da rede estadual da cidade de Teresina – PI. Os sujeitos totalizaram 38 alunos (18
alunos – Turma D) e (20 alunos – Turma E). A Turma D foi escolhida por sorteio para
participar, da proposta de ensino com o uso do Aplicativo Física Básica, resolvendo questões
de uma atividade proposta em sala de aula e analisando as simulações correspondentes ao
referido aplicativo. A Turma E, desenvolvida a proposta, sem o uso do aplicativo, sendo
aplicadas as mesmas atividades.

2.2. OPERACIONALIZAÇÃO DA PROPOSTA


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A proposta de ensino aprendizagem de Cinemática, com e sem uso Aplicativo Física


Básica, foram organizadas para ser realizada em três momentos, a saber: (1) Fundamentação
Teórica, (2) Atividade propostas com ou sem o uso do Aplicativo Física Básica e (3)
Discussões das conclusões. Os conteúdos específicos desenvolvidos nas duas turmas foram:
Cinemática Escalar: Velocidade Escalar Média, Movimento Retilíneo Uniforme (MU) e
Movimento Uniformemente Variado (MUV). A proposta foi realizada no período de agosto a
setembro de 2017.

3. ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS DADOS

A intervenção diferenciada dada a Turma D, realizada no período de agosto a


setembro de 2017, foi submetida à resolução da atividade proposta, sendo antes, os sujeitos da
pesquisa, orientados do manuseio do Aplicativo Física Básica.

Figura 1: Desempenho dos Alunos

Fonte: Medias dos bimestres

Questão 01 - No movimento retilíneo uniformemente variado, com velocidade inicial nula, a distância
percorrida é:
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Figura 2:
a) diretamente proporcional ao tempo de percurso
b) inversamente proporcional ao tempo de percurso
c) diretamente proporcional ao quadrado do tempo de
percurso
d) inversamente proporcional ao quadrado do tempo de
percurso
e) diretamente proporcional à velocidade

Fonte: Própria.

Questão 02. Uma partícula em movimento retilíneo desloca-


se de acordo com a equação v= -4+t, onde v representa a velocidade escalar em m/s e t, o tempo em
segundos, a partir do instante zero. O deslocamento dessa partícula no intervalo (0 s, 8 s) é:
Figura 3:

Fonte: Própria

3. Um móvel, partindo do repouso com uma aceleração constante igual 1m/s² se desloca durante minutos.
Ao final deste tempo, qual é a velocidade por ele adquirida? Figura 4:

De modo geral, o trabalho nos permitiu


concluir o quanto é importante à utilização dos recursos tecnológicosFonte:
paraPrópria
melhoria da
aprendizagem dos alunos, principalmente daqueles que possuem alguma dificuldade na
compreensão dos conteúdos da cinemática. As análises dos resultados demonstram que o uso
de um recurso metodológico diferenciado aplicado àqueles estudantes melhorou
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significativamente a maneira como os mesmos tratavam com os exercícios, pois viam no


aplicativo a possibilidade de interagir com a situação-problema.

Figura 5: Desempenho do nível de Aprendizagem com o aplicativo

Fonte: media bimestral.

De acordo com os dados obtidos através de uma pesquisa, constatou-se que o aplicativo
Física Básica para celulares, foi bem recebido pelos alunos, e contribuiu de forma
significativa para o desenvolvimento do ensino-aprendizagem, pela possibilidade de se
aprender Física de uma forma lúdica e prazerosa. Muitos professores pensam que os
dispositivos não podem oferecer a turma experiências de aprendizagem valiosas porque
representam uma fonte de distração. Se elas são capazes de atrair a atenção dos estudantes,
por que não usar isso a favor dos estudantes.

O aplicativo Física Básica atingiu a expectativa levantada no inicio da pesquisa, pois


as maiorias dos alunos da turma relataram que as aulas com o aplicativo são mais
interessantes, facilitando o entendimento. A avaliação do aplicativo pelos alunos em relação
ao seu aprendizado foi positiva, mostrando o potencial da ferramenta para o estudo da
cinemática.

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os recursos tecnológicos se constituem em uma importante ferramenta que pode auxiliar


no trabalho pedagógico, tornando as aulas mais dinâmicas e prazerosas, desde que
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integradas ao processo de ensino e de aprendizagem como mais uma ferramenta


metodológica, necessitando, desta forma, ser pensada a partir de objetivos a serem alcançados
frente aos conteúdos que devem ser desenvolvidos. Vislumbramos que, com o passar do
tempo, ao utilizarem diferentes ferramentas no ensino, entre elas os recursos tecnológicos,
professores e estudantes conseguirão reconstruir suas teorias e práticas pedagógicas podendo
haver uma maior integração entre eles.

Concluímos que o uso sistemático de aparelhos celulares com o aplicativo Física Básica
em sala de aula leva a crer que se tem disponível uma nova forma de ensinar física, onde é
possível não mais apenas por meio de experimentos e modelagem matemática, mas também
por meio da interação com modelos dinâmicos e interativos. Há indícios de que o uso
contínuo dos aplicativos tem desenvolvido o letramento visual dos alunos e apresentado como
resíduo uma imagem visual relevante para os momentos de resolução de exercícios e
avaliações, em situações nas quais o simulador não está disponível.

Acreditamos que um processo de concepção e produção de aplicativos eficiente,


gerando um conjunto de simuladores tecnológicos disponíveis para a comunidade de
professores e alunos que atende aos objetivos propostos no presente trabalho. Entendemos que
os aplicativos são limpos, permitem vários níveis de interatividade, fazem uso adequado dos
processos de visualização em ciências, podem ser recombinados com outros materiais
instrucionais, podem ser reutilizados em diferentes contextos e constituem um material
instrucional potencialmente significativo.

REFERÊNCIAS

MORAN, José Manuel. Novas tecnologias e mediação pedagógica . 6. ed. Campinas: Papirus, 2000.
14

BARBOSA, A. C. C. A computação numérica como ferramenta para o professor de Física do Ensino


Médio. Revista Brasileira de Ensino de Física, v. 28, n. 2, p. 249 - 254, (2006).

KENSKI, Vani Moreira. Educação e Tecnologias: O novo ritmo da informação. 2.ed. Campinas, SP:
Papirus, 2007

OSTERMANN, Fernanda; MOREIRA, Marco Antônio. Uma revisão bibliográfica sobre a área de
pesquisa “Física Moderna e Contemporânea no Ensino Médio”. Porto Alegre: Investigações em
Ensino de Ciências, v. 5, n. 1,2000

BEHRENS, Marilda Aparecida. O Paradigma Emergente e a Prática Pedagógica. 2ºed.


Petrópolis,RJ: Vozes, 2005.
ZUANON, A.C.A.; SILVA, C.A. O biolhar contextualizado da botânica fora do livro didático.
Revista SBEnBio, n.1, p.10-11, ago./2007.

BONADIMAN H. e NONENMACHER S. E. B. O gostar e o aprender no ensino de física: uma


proposta metodológica. Caderno Brasileiro de Ensino de Física, v. 24, n. 2: p. 194-223.

ARAUJO, I.S.; VEIT, E. A.; MOREIRA, M. A. Atividades de modelagem computacional no


auxílio à interpretação de gráficos de Cinemática. Revista Brasileira de Ensino de Física, São
Paulo, vol. 26, n. 2, p. 179-184, 2004.

ARANTES, A.R.; MIRANDA, M.S.; STUDART, N. Objetos de Aprendizagem no ensino de física:


usando simulações do PheT. Física na Escola, v. 11, n. 1, 2010. Disponível em:
<http://www.sbfisica.org.br/fne/Vol11/Num1/a08.pdf>. Acesso em: 12 fev. 2013.

LEITE, Lígia Silva. Formando Profissionais Reflexivos na Sala de Aula do Século XXI. In:
VALENTE, José Armando; BUSTAMANTE, Silvia Branco Vidal (Orgs). Educação à distância:
prática e formação do profissional reflexivo. São Paulo:
AVERCAMP, 2009.

APÊNDICE

Unidade Escolar Helvidio Nunes


Ensino: Integral
Rua Magalhães Filho - Norte 2020 - Marquês de Paranaguá, Teresina – PI
15

CINEMÁTICA
Velocidade:
1. Um macaco que pula de galho em galho em um zoológico, demora 6 segundos para atravessar sua jaula, que
mede 12 metros. Qual a velocidade média dele?

2. Um carro viaja de uma cidade A, a uma cidade B, distantes 200km. Seu percurso demora 4 horas, pois
decorrida uma hora de viagem, o pneu dianteiro esquerdo furou e precisou ser trocado, levando 1 hora e 20
minutos do tempo total gasto. Qual foi a velocidade média que o carro desenvolveu durante a viagem?

3.ao fazer uma viajem de carro entre duas cidades um motorista observa que sua velocidade escalar média foi de
70 km/h, e que, em média, seu carro consumiu 1,0 litro de gasolina a cada 10 km. Se, durante a viagem, o
motorista gastou 35 litros de gasolina, quanto tempo demorou a viagem entre as duas cidades.

MOVIMENTO UNIFORME (M.U)


4. Um carro desloca-se em uma trajetória retilínea descrita pela função S=20+5t (no SI). Determine:
(a) a posição inicial;
(b) a velocidade;
(c) a posição no instante 4s;
(d) o espaço percorrido após 8s;
(e) o instante em que o carro passa pela posição 80m;
(f) o instante em que o carro passa pela posição 20m.

MOVIMENTO UNIFORMEMENTE VARIADO (M. U. V.)


5. Um automóvel encontra-se parado diante de um semáforo. Logo quando o sinal abre, ele arranca com
aceleração 5m/s², enquanto isso, um caminhão passa por ele com velocidade constante igual a 10m/s. Depois de
quanto tempo o carro alcança o caminhão?
6. Um corredor chega à linha de chegada em uma corrida com velocidade igual a 18m/s. Após a chegada ele
anda mais 6 metros até parar completamente. Qual o valor de sua aceleração?
Movimento Vertical
7. Em uma brincadeira chamada "Stop" o jogador deve lançar a bola verticalmente para cima e gritar o nome de
alguma pessoa que esteja na brincadeira. Quando a bola retornar ao chão, o jogador chamado deve segurar a bola
e gritar: "Stop", e todos os outros devem parar, assim a pessoa chamada deve "caçar" os outros jogadores.
Quando uma das crianças lança a bola para cima, esta chega a uma altura de 15 metros. E retorna ao chão em 6
segundos. Qual a velocidade inicial do lançamento?
Para realizar este cálculo deve-se dividir o movimento em subida e descida, mas sabemos que o tempo gasto
para a bola retornar é o dobro do tempo que ele gasta para subir ou descer. Então:

 Subida (t=3s)

INTRODUÇÃO AO MOVIMENTO

1. Em 1984, o navegador Amyr Klink atravessou o Oceano Atlântico em um barco a remo, percorrendo a
distância de, aproximadamente, 7000 km em 100 dias. Nessa tarefa, sua velocidade média foi, em km/h, igual a:
16

a) 1,4
b) 2,9
c) 6,0
d) 7,0
e) 70
2. Um carro viaja de uma cidade A a uma cidade B, distantes 200km. Seu percurso demora 4 horas, pois
decorrida uma hora de viagem, o pneu dianteiro esquerdo furou e precisou ser trocado, levando 1 hora e 20
minutos do tempo total gasto. Qual foi a velocidade média que o carro desenvolveu durante a viagem?

3. Uma composição ferroviária com 1 locomotiva e 14 vagões desloca-se à velocidade constante de 10 m/s.
Tanto a locomotiva quanto cada vagão medem 12 m. Então, quanto tempo ela demorará para atravessar um
viaduto com 200 m de comprimento?
4. Qual será a distância total percorrida por um automóvel que parte de um hotel, no km 78 de uma rodovia, leva
os hóspedes até uma fazenda de gado, no km 127 dela, e depois retorna ao local de saída

MOVIMENTO UNIFORME (M.U)

5. Um carro desloca-se em uma trajetória retilínea descrita pela função S=20+5t (no SI). Determine:
(a) a posição inicial;
(b) a velocidade;
(c) a posição no instante 4s;
(d) o espaço percorrido após 8s;
(e) o instante em que o carro passa pela posição 80m;
(f) o instante em que o carro passa pela posição 20m.

MOVIMENTO UNIFORMEMENTE VARIADO.

1.No movimento retilíneo uniformemente variado, com velocidade inicial nula, a distância percorrida é:
a) diretamente proporcional ao tempo de percurso
b) inversamente proporcional ao tempo de percurso
c) diretamente proporcional ao quadrado do tempo de percurso
d) inversamente proporcional ao quadrado do tempo de percurso
e) diretamente proporcional à velocidade
2.uma partícula em movimento retilíneo desloca-se de acordo com a equação v= -4+t, onde v representa a
velocidade escalar em m/s e t, o tempo em segundos, a partir do instante zero. O deslocamento dessa partícula no
intervalo (0 s, 8 s) é:
3. Um móvel, partindo do repouso com uma aceleração constante igual 1m/s² se desloca durante 5 minutos. Ao
final deste tempo, qual é a velocidade por ele adquirida?

EQUAÇÃO DE TORRICELLI.
17

4. Uma motocicleta se desloca com velocidade constante igual a 30m/s. Quando o motociclista vê uma pessoa
atravessar a rua freia a moto até parar. Sabendo que a aceleração máxima para frear a moto tem valor absoluto
igual a 8m/s², e que a pessoa se encontra 50m distante da motocicleta. O motociclista conseguirá frear totalmente
a motocicleta antes de alcançar a pessoa?
Como a aceleração utilizada para frear a moto se opõe ao movimento, tem valor negativo, então:
5. Um corredor chega à linha de chegada em uma corrida com velocidade igual a 18m/s. Após a chegada ele
anda mais 6 metros até parar completamente. Qual o valor de sua aceleração?

Unidade Escolar Helvidio Nunes


Ensino: Integral
Rua Magalhães Filho - Norte 2020 - Marquês de Paranaguá, Teresina – PI

AVALIAÇÃO SOBRE O APLICATIVO FÍSICA BÁSICA

1. Na sua concepção as aulas de Física precisam de recursos tecnológicos, para se tornarem atrativas?

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2. Algum professor já utilizou recursos tecnológicos (simuladores, aplicativos computacionais e/ou


celulares) para ministrar aula de Física?

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3. Em relação ao aplicativo “Física Básica”, os assuntos são bem abordados?

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4. Para você o aplicativo Física Básica contribuiu na Aprendizagem?

a) ( ) Sim!, Contribuiu com o conteúdo repassado pelo professor.


b) ( ) Sim!, Contribuiu na resolução de exercícios.
c) ( ) Não!, A informação no aplicativo ficou incoerente com o conteúdo.
d) ( ) Não compreendi o conteúdo do aplicativo.

5. Você gostou do aplicativo “Física Básica”?

a. ( ) Sim
b. ( ) Não

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