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Componentes Da Ansiedade Controle, Competencia e
Componentes Da Ansiedade Controle, Competencia e
Aceitação, competência e controle (Beck e Emery, 1985), que compartilham o elo comum da
ameaça.
Os aspectos da aceitação são baseados no temor de que uma pessoa não seja aceitável para as
demais. O componente crucial de seu sistema cognitivo é a crença de que necessita da
aceitação de todo o mundo a fim de conseguir o bem- estar ou a felicidade e que a rejeição
representa uma importante ameaça. A pessoa preocupada com a aceitação encontra-se
excessivamente vigilante aos sinais de rejeição e pode esperar também que todo o mundo
proporcione sinais claros de aceitação.
Suposições típicas incluem: “A crítica significa rejeição pessoal”, “Não há nada se não me
amam”, “Tenho que agradar aos demais”.
As pessoas que temem perder o controle se centram na ameaça dos demais ou nos
acontecimentos que os dominam.
Esta preocupação particular pode tomar muitas formas. Os pacientes, amiúde, temem perder
o controle e “ficar loucos” ou converter-se em escravos de uma pessoa com autoridade.
Normalmente atribuem sua ansiedade a estímulos externos, porém um exame mais minucioso
revela que não é a situação em si o que se teme (p. ex., uma festa), mas sim a possível perda
de controle (p. ex., que tenham um ataque de pânico). Também podem interpretar muitas
interações sociais como tentativas de outras pessoas para controlá-los (p. ex., "Meu chefe me
convidou para ir a seu chalé porque quer que sinta que lhe devo algo").
Comportamentalmente o temor de perder o controle em uma determinada área pode
manifestar-se como um excesso de controle em outra área; por exemplo, uma mulher que
teme perder o controle em seu trabalho pode gastar toda sua energia tendo controle sobre os
temas referentes à casa e às crianças. Suposições típicas incluem: “Sou o único que pode
solucionar meus problemas”, “Se deixo que alguém se aproxime muito, pode chegar a
controlar-me”, “Não posso suportar que os demais me digam o que tenho que fazer”. Estes
pacientes mostram um desejo de um grau de controle pouco realista e, por esta razão, se
beneficiam se estruturam seu mundo não em termos de controle mas, pelo contrário, em
termos de escolhas. Para fazer a mudança do controle à escolha, a terapia deve centrar-se em
fazer com que sobressaiam as opções disponíveis.
IV.4.2. Descatastrofizar
Nas raízes de um temor, freqüentemente, subjaz uma cena catastrófica (Clark, 1989).
O terapeuta deveria saber que os pacientes podem estar muito indecisos para trazer à luz o
seu temor mais profundo, especialmente quando não está baseado em uma clara evidência ou
é absurdo. Pode-se tranqüilizar os pacientes dizendo-lhes que, de fato, muita gente que sofre
transtornos de ansiedade tem pensamentos e imagens estranhas sobre a pior situação ou cena
possíveis. Normalmente, pergunta-se ao paciente: "O que é o pior que pode acontecer? Quais
são os pensamentos e as imagens que passam por sua cabeça quando pensa na pior situação
possível?". Se for apropriado, o terapeuta pode perguntar, "O que aconteceria se ocorresse o
que você mais teme?", ou tentar determinar a probabilidade de ocorrer a situação. Uma vez
identificada a cena catastrófica, é possível modificá-la. Pode-se empregar a projeção no tempo
para descatastrofizar certos problemas. Esta técnica implica no projetar-se a si mesmo no
futuro para dar uma perspectiva ao paciente. Por exemplo, pode-se pedir a uma pessoa que
tem medo de uma determinada cirurgia que imagine a si mesma dois meses após a cirurgia,
quando estiver totalmente recuperada. O descentralizará outra técnica desenvolvida para
proporcionar contra-argumentos à crença de que alguém é o centro da atenção dos demais.
Esta técnica é análoga à comprovação da realidade, mas tem um objetivo mais definido que
consiste em perceber que ele não é ponto central da atenção. Utilizando outra técnica, o
paciente pode recordar uma experiência anterior que seja similar à temida atualmente. Pode-
se tentar retroceder à primeira experiência e pedir ao paciente que imagine o que vê, os
odores, os sons, da situação original. Freqüentemente, surgem elementos similares entre as
crenças subjacentes da situação original e aquelas que motivam a situação catastrófica atual.
Empregando o enfoque socrático típico, o terapeuta pode assinalar as similaridades entre as
duas situações, conceber uma hipótese sobre como se desenvolveram as crenças em um
determinado momento da vida do paciente, quando não podia avaliá-las adequadamente, e
sublinhar as diferenças entre as duas situações, incluindo as estratégias adultas de
afrontamento das situações que o paciente dispõe agora.
466 Manual de Técnicas de Terapia e Modificação Comportamental