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E-book Colaborativo
Volume 2
Um projeto
Gaia Creative + CIC ESPM
Copyright © 2011 Gaia Criative – www.gaiacreative.com.br (fund. 2009) / São Paulo; 86 páginas
Expediente
Conselho Editorial:
Cibele Silva, Gil Giardelli, Talita Carvalho
Responsável:
Gil Giardelli
Realização:
Gaia Creative e CIC/ESPM
Edição e Revisão
Cibele Silva
ORGANIZAÇÃO E EXECUÇÃO
+
A Gaia Creative é uma Empresa de Tendências, O Centro de Inovação e Criatividade (CIC)
que visa à inovação na Gestão do Conhecimento, ESPM proporciona o ambiente adequado
a Gestão da Inovação e é especializada em para pessoas interessadas em se tornarem
soluções tecnológicas para Relacionamento prossionais atuantes em um cenário
Digital, Redes Sociais, Campanhas de Email extremamente dinâmico onde inovação e
Marketing e Campanhas de Mobile Marketing. criatividade caracterizam cada vez mais as
atividades das marcas líderes. No CIC são
realizados os cursos do professor Gil Giardelli,
o #InovadoresESPM
Por persistir nesta ideia é que lanço mais um livro colaborativo – volume II. É a junção
do espírito colaborativo de meus alunos e a concentração do que eles podem me
ensinar e também ensinar a todos vocês leitores este livro
O pensador Mark Prensky disse “A fonte do conhecimento não são mais os professores,
mas a internet. A educação mais útil para o futuro não está acontecendo na escola.
Está acontecendo depois da escola, especialmente em clubes de robótica etc., e na
internet como um todo – está acontecendo nos games…”
Eric Mazur da Universidade de Harvard disse “Educação é muito mais do que mera
transferência de informação. A informação precisa ser assimilada. Os alunos têm de
conectar a informação ao que já sabem, desenvolver modelos mentais, aprender a
aplicar o novo conhecimento e adaptá-lo a situações novas e desconhecidas.”
E para colocar mais pimenta nesta encruzilhada, não contávamos com as rápidas vias
digitais “No século XXI, redes de banda larga serão tão cruciais para a prosperidade
econômica e social quanto às redes de transporte, água e eletricidade” disse
Hamadoun Touré, secretário-geral da ITU União Internacional de Telecomunicações.
Fica claro, que a escola precisa de uma reforma. Ser interativa! Coletiva! Em rede!
“Banda largueada”. Como será ensinar para alunos conectados na rede com bandas
gigantescas, trocando arquivos, experiências e percepções em uma era, onde a
simples troca de informação é um motor de grandes mudanças?
Vivemos o choque entre a era do “seu diploma tem prazo de curta validade” com
a pedagogia da era industrial? Do aprendizado em massa à interatividade? Do
aprendizado individual ao colaborativo? Da padronização à personalização?
6 Real e imaginário
Gabriela Ramos
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18 O meu aprendizado
Thierry Aires 46
Turbine-se!
20 Érica Brasil 49
25 Basta um clique
Danuzza Cavalcante 59
A nova descoberta do fogo
26 Cintia Coutinho 60
O mundo nesta rede
27 Denise Ferreira 62
Faça da sua rede de relacionamentos uma inovação.
28 Fabio Fernandes 65
35 O que é inovação?
Sonia Maria Eulálio Alves 82
Inovação Digital
36 Magali Martins 84
1. A era
da síntese
na escrita
Anderson Pinho
Revirando minhas gavetas outro dia, tive a grata surpresa de reencontrar a carta de
um amigo paulistano. Amarelada pelo tempo, a carta manuscrita foi postada no dia 16
de junho de 1996, conforme carimbo da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos
(ECT). A caligraa não era das melhores, mas seu conteúdo era legível. Ela descrevia
uma rotina de sonhos, de trabalho, de lazer e das relações conituosas de uma família,
como muitas outras, tal qual a minha. A riqueza de detalhes dos relatos estimulava
minha imaginação.
O fuso horário entre Cuiabá e São Paulo - cuja diferença é de uma hora - restringia
as conversas telefônicas, mais esporádicas do que as correspondências. A carta via
serviço postal era uma das formas mais baratas de manter correspondência com quem
morava longe, uma forma de regar o jardim da amizade. Com três páginas, o documento
era bem escrito, com poucos erros de gramática. A correspondência era um espelho de
muitas que recebi e tantas outras que enviei.
Hoje recebo todo tipo de correspondência via correio: boletos, contas, faturas, cartões
comemorativos, revistas, informativos, exceto cartas manuscritas. A internet e mundo
digital contribuíram para que processos manuais estivessem tão em baixa. Enviar carta
manuscrita equivale hoje a ouvir disco de vinil. Mas, por romantismo ou nostalgia,
há sempre alguém que não abre mão dessas práticas. As inovações tecnológicas
revolucionaram a forma de lidar com as relações sociais.
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Nunca o conceito de que “uma câmera na mão e uma idéia na cabeça” esteve tão em
alta como nessa era das mídias digitais. Vídeos postados na internet fazem um recorte
do olhar de um indivíduo. Eles são compartilhados com milhares de pessoas no mundo
todo, fazendo com que aquelas imagens valham mais que mil palavras.
Nessa esteira, as mensagens deixadas nos pers de redes sociais acompanharam essa
simplicação os torpedos, ganhando textos mais curtos, mas sem tantas abreviações.
Se por um lado se perdeu em detalhes e em espaço por causa do caráter prático do
mundo moderno, de outro se ganhou em poder de síntese. O Twitter, por exemplo,
estabeleceu 140 caracteres por mensagem. Mais fácil de escrever, mais difícil de errar,
melhor para ser compreendido, melhor para ler.
As redes sociais são uma vitrine do seu mundo, de uma imagem positiva de si, um
cartão de visitas, de um argumento inteligente, de uma imagem que queremos que os
outros tenham da gente, de uma persona virtual. Um ator social, anal você é o que
compartilha. Ou não é?
2. Planejamento
Estratégico -
Web 2.0
Maria Elisa Teixeira Leitão
As redes sociais estão aí, com força total, modicando dia-a-dia comportamentos e
rompendo conceitos estabelecidos. Conceitos estes, que pareciam ser únicos, eternos
e ecientes.
Mas, em seu lugar, aora uma consciência coletiva e colaborativa que está
reposicionando e reestruturando papeis sociais.
Neste novo cenário encontramos as empresas que irão derrubar suas paredes e abrir
suas salas de reuniões para viverem esta nova era da transparência, da informação e
da colaboração entre pessoas, sejam elas denomidadas como: clientes, fornecedores,
funcionários, etc., que irão impactar o mundo dos negócios.
Até então, as empresas tinham um papel unilateral nas suas relações com os clientes,
produziam produtos e serviços, distribuiam e desenvolviam a comunicação, do outro
lado, os clientes compravam – acreditando que estes eram feitos para atender suas
necessidades e aceitavam o que lhes era imposto pelas indústrias. Agora, os clientes
passaram a ter acesso a informação e as pessoas, ideias e experiências passaram a
ser trocadas entre clientes, catálogos e guias de produtos e serviços, gerados pelos
departamentos de marketing, perderam espaço para opiniões publicadas nas redes
sociais e, as empresas precisarão aprender a administrar estas novas relações onde a
opinião externa e colaborativa fará parte das empresas.
Sem dúvida, o fator de sucesso passará a ser a rapidez. A rapidez que as empresas
compreendem as necessidades e comportamentos e a forma como se relacionam com
as pessoas. Lembrando que o segredo tornou-se obsoleto dando lugar para a gestão da
transparência da informação.
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Inicialmente, é necessário integrar os colaboradores internos, para que sejam envolvidos,
construam e se identiquem com as diretrizes corporativas, fomentando a participação
e o monitoramento da marca no mercado.
Também é importante saber “com quem a empresa está se relacionando e com quem
quer estabelecer relacionamento” para desenvolver um conteúdo adequado para as
mídias digitais.
Estabelecer uma métrica para análise das ações. Por exemplo: se a comunicação
está alinhada e interessante, a probabilidade é que o número e frequência de acessos
sejam crescentes. Caso contrário, a ação deverá ser repensada rapidamente.
Provavelmente de uns tempos para cá, você se deparou com duas palavras que juntas
“se anunciam” revolucionárias para os negócios: Mídias Sociais.
Muitos torcem o nariz e mesmo diante de inúmeros cases de sucesso, acreditam que é
“modinha”. Grandes enganos cometem os mesmos.
São inúmeras mídias sociais que estão disponibilizadas para serem exploradas. Entre
elas citarei as cinco mais populares no Brasil: Orkut, Twitter, Facebook, Youtube e
Formspring, lembrando que existem outras, tão boas e ecientes quanto.
Mas anal, como usá-las e conseguir resultados positivos para seu negócio?
Tenha em mente que o seu consumidor sempre falou de marcas e empresas, a grande
diferença presente nessas mídias é que agora ele pode ser observado, analisado e
principalmente, OUVIDO.
Com essa informação, posso citar um grande erro que muitas empresas cometem:
- Tratar as Mídias Sociais como mais um canal de marketing, passando assim, a falar
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apenas delas mesmas, por favor, esqueçam essa metodologia.
Interaja com seu público, oferecendo um bom conteúdo, com assuntos relevantes e
inovadores, tornando-se uma fonte útil de informação.
Esteja preparado para ouvir críticas (feedbacks instantâneos) e as tornem fontes de
melhoramentos. Você sabia que sugestões colocadas na internet são uma das formas
mais conáveis de propaganda?
Pense antes de falar; uma opinião postada na internet pode gerar grande inuência
sobre outras pessoas, por isso é necessário PLANEJAMENTO.
Tenha comprometimento com as mídias sociais, nas quais você resolver ingressar, ou
seja, nada adianta você criar um perl, para deixá-lo abandonado, sua interação tem
que ser permanente. É preciso conversar com se público, se você não der subsídios
coerentes e rápidos ele se frustra.
Mensure resultados. Avalie o retorno destas mídias, assim como faz com mídias off-
line. Analise se seu conteúdo gera relevância na busca orgânica do Google, busque
controlar o número de acessos, RTs, busca geográca entre outras formas de medir
sua popularidade.
Seguindo essas dicas, posso garantir que os resultados serão satisfatórios, pois
você atrairá pessoas que se tornarão entusiastas, divulgando sua marca de forma
espontânea.
Muito Complicado?
Há alguns anos, mesmo nas ditas grandes cidades, principalmente no nal da tarde,
as pessoas levavam as cadeiras para as calçadas, formavam pequenos grupos e
colocavam a conversa em dia. Vez ou outra, passava alguém e contava uma novidade.
Os assuntos eram variados: a chuva que não chega, a prima que vai casar, o vizinho que
está doente, a loja nova, as mágoas, as alegrias. Havia ocasiões em que aparecia um
violão para animar o grupo. Até hoje ainda é assim em muitas cidades do interior desse
país. Talvez essa seja a rede social de um mundo não globalizado. Hoje, se vê tudo isso
no Orkut, Facebook, Twiter e companhia, com um dado inusitado: esse bate-papo entre
“comadres” acontece entre estranhos.
E por causa dessa conversa-ada diária os estranhos se tornam íntimos. Não foi a
tecnologia que provocou essa integração. Ela é natural. Apenas estendeu sua teia. Se
você chega em uma cidade bem pequena, se senta no botequim e começa a conversar
com o dono e com as pessoas que estão a seu lado, logo uma rede se estabelece. Pode
até rolar uma paquera... No supermercado, na farmácia, na prefeitura, na praça. No
interior, as pessoas conversam mais.
Como em todo tipo de relações, regras vão sendo informalmente estabelecidas. Por
exemplo, cada um sabe onde lhe aperta o calo, cada um sabe o que ‘deve’ ou não dizer.
Cada um estabelece o limite de sua exposição.
E como toda roda de papo-furado, a linguagem varia de acordo com o grupo. Tem roda
onde se pode falar palavrão, falar bobagem sem ser censurado. Em outras se deve
manter um certo recato. Há ocasiões em que é bom se exibir. Em outras é melhor
passar despercebido e car só espiando. Assim são as redes sociais, cada uma com
sua característica peculiar. E essas normas não estão escritas, não foram discutidas
antes nem regulamentadas. São estabelecidas sem serem verbalizadas!
Contudo, na internet a conversa é pública e perene. O que você disser vai car lá para
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todo mundo ver e para sempre. Quem para pra pensar nisso, mede suas palavras.
Mas não deixa de ser espontâneo. Xinga o juiz ladrão, discute política, fala do coração
partido. Por isso tantas relações estreitas se estabelecem.
E que vendedor (empresa) não quer entrar nessa conversa inndável? Mas não basta
dar uma paradinha junto das comadres, sacar seu produto e começar a enumerar suas
qualidades. Assim, vai ser um chato oportunista e logo será excluído do grupo e cará
falando para as paredes. É preciso entrar no clima, levantar um assunto que interesse
a todos, ensinar alguma coisa, contar uma novidade, aguçar a curiosidade, brincar.
Para tanto, é preciso estar bem informado. Saber o que se faz do outro lado do mundo.
E ser criativo. Tem de inovar, arriscar, experimentar. E, principalmente, conhecer bem
o terreno onde está pisando; no caso, a web. Se não tem as ferramentas necessárias,
busque quem as tem. Porém, de nada adianta ter ferramentas se não souber fazer
um bom uso delas. Por isso, acredito que o conteúdo é fundamental. É com ele que se
prende a atenção do outro.
E detalhe fundamental: talvez mais importante do que ter algo interessante a dizer seja
ouvir o outro com a devida atenção. Isso se chama interagir. Um toma-lá-dá cá. Nas
redes sociais, todo mundo quer se exibir. E também espiar a vida alheia. E descobrir
coisas novas. É o mundo que passa na sua calçada.
A gente conversa de igual para igual com um camponês de Ouricuri e com um banqueiro
da Suíça. É só eles passarem na nossa calçada ou a gente na calçada deles. Portanto, a
gente tem que falar uma língua que todo mundo entenda. Questionamentos losócos
e piadas estão em alta. Sexo nem se fala! E amor, claro.
Dicas e serviços são importantes e o tal ‘vendedor’ (as empresas) deve car de olho
nisso. O que ele tem para oferecer de útil às comadres da calçada? E tem de contar do
jeito que elas entendam. Não adianta complicar. Nessa nossa grande rede globalizada,
o mais simples é o mais eciente. O mais prático. Tudo isso sem perder o charme e a
poesia, pois as emoções não desapareceram na frieza de um computador. Ao contrário,
ali se aoram ainda mais.
Há quem distribua prêmios para aumentar sua rede. Funciona? Por pouco tempo. A
não ser que gere um conteúdo que prenda o interesse dessas pessoas lá. Trabalho
árduo, porém absolutamente viável.
Enm, as redes sociais, qualquer que seja, devem ser tratadas com naturalidade. Olhe
para aquele grupo, para aquela rodinha de bate-papo, e descubra como eles falam,
quais os assuntos mais interessantes, o que chama mais atenção e mergulhe nela! Em
Roma como os romanos.
O importante é estar atento ao surgimento de cada grupo, de cada nova rede. Acompanhar
esse movimento. E ser muito, muito criativo. E todos nós somos. É só agir numa rede
social, como agimos nos diversos círculos de relacionamento que cultivamos ao longo
da vida. Nesse aspecto, a experiência vale muito. E a diversidade também. Como na
vida de um modo geral. Temos de exercer plenamente nossa capacidade de adaptação,
ser um pouco camaleão sem deixar de ser verdadeiro. Não há nada pior numa rede, ou
numa roda de amigos, do que alguém fake.
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5. Como empresas
devem lidar com
críticas nas redes sociais
Felipe Mendes
Números mostram que 87% dos internautas brasileiros navegam por redes
sociais, onde passam 6hs:20mins por mês apenas como comparativo vale dizer
que no Brasil as pessoas “gastam” 6hs por mês em lazer, em média ou seja,
¼ de seu tempo online. Dessas pessoas, 67% dizem interagir com marcas e
empresas nas redes sociais.
Acontece que essas pessoas que falam das empresas são pessoas comuns,
de carne, osso, coração e cabeça. Elas encontraram nas redes sociais um
canal para expressar de forma livre, rápida e fácil o que pensam e sentem
em relação a todos os assuntos, entre eles suas experiências com empresas,
produtos e serviços. E por que fazem isso? Porque compartilhar experiências
é tão antigo quanto a vida em sociedade. Foi graças às rodas em volta de
fogueiras que aprendemos que “mamutes são maus, corra deles” e sobrevivemos
até os dias de hoje. Também é exatamente por isso que hoje, 80% das pessoas
conam mais em recomendações de amigos do que em publicidade. E é aí
que o “problema”
começa para quem ainda não entendeu ou se preparou para as mudanças do
mundo.
Tenha a certeza de que isso vai delizar seus clientes e agregar valores
importantes à sua marca. Se sua empresa ainda não tem uma equipe interna
gerenciando sua presença nas redes sociais trate de montá-la ou contratar
uma agência especializada rápido, muito rápido. Não espere o João, a
Maria, o Francisco e o seu Oswaldo se unirem.
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6. Real e
imaginário
Gabriela Ramos
Estamos acostumados a ver, e não olhar o outro. Diferente de “ver” o olhar é mais
humano, mais atento, preocupado com o propósito de perceber.
Hoje as redes sociais são como um grande encontro, no qual muitos estão em
busca de um olhar, mesmo que muitas vezes a supercialidade esteja presente
nas relações. Nas redes sociais você diz o que pensa, você julga, você clica dizendo
se gostou ou não, discute, arma, publica. Sua opinião é sempre importante, tão
importante como a de qualquer outro. Conversamos com quem nunca vimos como
se estivéssemos escrevendo uma carta para alguém bem perto. Apoiamos causas
sociais e nos engajamos em lutas até então desconhecidas, compartilhamos nossas
alegrias, tristezas e frustrações, nos expomos a todo momento com o objetivo de
atrair o “olhar” do outro.
Essa inquietação humana me faz reetir... Outro dia fui visitar os pais do meu marido,
e minha sogra foi me mostrar a nova “caixinha” de correspondência que eles haviam
instalado na casa “acredita que todos os dias olho para ver se alguém nos escreveu?”
disse. Fiquei pensando que poderíamos nos falar mais se eles utilizassem as redes
sociais, porque nem me lembro da última vez que escrevi uma carta... Mais na
verdade o que eles querem não são cartas, aquilo foi uma forma de expressar o
quão só eles estão, eles querem ser “olhados” com mais frequência. Um gesto que
envolve sensibilidade e atenção de pessoas que veêm seu tempo sendo engolidos
freneticamente por um mundo que exige cada dia mais.
Tudo começou no pouquinho que restava de Janeiro de 2011, várias pessoas atrás de
conhecimento e formas de como fazer a presença digital, tanto delas próprias quanto
a de seus clientes, se tornar mais presente de maneira eciente e expansiva...
Passaria horas exemplicando o que é possível fazer nesse grande universo digital,
mas o mais legal disso tudo são os relacionamentos que você cria, os laços de
amizade, a colaboração vinda de todas as partes, o engajamento das pessoas em
causas que você jamais imaginou que poderia fazer parte um dia.
A facilidade com que tudo vem e vai, como as ondas do mar, a nobreza das ações
pensadas não apenas em prol de uma pessoa, mas sim, de milhares e milhares,
buscando atingir a todos, eu, você, ele, ela, branco, negro, amarelo e vermelho.
E como tudo que começa, seguindo as leis naturais, tem um m, o curso teve um
desfecho maravilhoso, em que as pessoas puderam transpor suas mentes de dentro
da sala de aula, para um lugar mais natural e belo que se possa imaginar.
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nada é excluído, ‘deletado’ ou algo do tipo, lá só existiu o acréscimo, a inclusão, o
acontecimento, a interação, o social.
E esse nal de curso, não teve nem um pouco ‘cara’ de nal, mas sim, mais um início
de um grande começo.
8. Redes Sociais
no divã
Larissa Andrade
Muito se fala hoje em dia sobre a revolução trazida pelas redes sociais no
relacionamento interpessoal, entre clientes e empresas, cidadãos e governos. Há
pouco mais de um século, uma outra revolução que também estava diretamente
ligada à comunicação mudou o mundo: o lançamento do livro A Interpretação
dos Sonhos, de Sigmund Freud.
Pode parecer que psicanálise e mídias sociais não têm muita relação, mas
na verdade ela é bastante estreita. Um exemplo disso é o uso que muitos dos
usuários dessas redes têm feito para reclamar ou elogiar empresas e seus
produtos/serviços no Twitter, esperando com isso com isso um retorno mais
rápido do que aquele oferecido pelo call center e com maior visibilidade – na
rede, tudo é visto e comentado, e com isso seus amigos também podem palpitar
naquele problema que você teve. A busca é só uma: buscar uma solução se
expressando. Foi mais ou menos isso o que propôs Freud ao criar a psicanálise,
a chamada Talking Cure, ou Cura pela Palavra, que consistia em deixar que o
paciente falasse o que lhe viesse à mente, sem interrompê-lo ou censurá-lo. Não
é isso que vem acontecendo nas redes sociais?
Mas enquanto a terapia se limita ao divã e ao analista numa sala com horário
marcado, as redes sociais não oferecem limites: é possível falar com pessoas do
mundo inteiro, o tempo todo, sobre qualquer assunto. Diante de tanta liberdade,
muitos se questionaram: mas, afinal, sobre o que eu quero escrever? E sem
saber exatamente o porquê, fizeram da wall do Facebook ou da timeline do
Twitter sua sessão de análise, onde falam o que lhes vier à mente. Mas Freud
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nunca responde – talvez a tarefa fique a cargo dos amigos ou seguidores.
Um dos aspectos mais interessantes das redes sociais está na interação com
as empresas, que deixou de ser uma via de mão única. Mais do que nunca os
consumidores sentem que têm o poder: eles estão sendo lidos por centenas ou
milhares, eles podem encontrar pessoas que nem conhecem, mas que estão
na mesma situação e se dispõem a ajudar. Mas muito além de reclamar e lutar
pelos seus direitos, esse consumidor busca atenção daquela empresa e quer
entender como ela pôde decepcioná-lo quando ele confiou nela e a escolheu
diante de tantas opções disponíveis no mercado. Profissional de Marketing
Digital da Rede Pão de Açúcar, Andrea Dietrich, disse bem: ‘todo cliente mantém
com a marca uma relação de amor e ódio’.
E é exatamente essa relação que agora está visível para todos: é expondo nas
redes sociais o que sente pela marca que as pessoas têm a oportunidade de
serem ouvidas e, principalmente, respondidas – seria a tal cura pela palavra
quando se fala em atendimento ao cliente na era 2.0? O fato é que as empresas
que estão nessas redes vêm encontrando desafios diários em atender essa
demanda de atenção que os clientes exigem. Mais do que simplesmente atender,
elas devem surpreender, encantar, porque o cliente já espera isso delas. Afinal,
não é isso que esperamos todos nós dos produtos que compramos, das viagens
que realizamos, dos serviços que adquirimos e das pessoas com quem nos
relacionamos?
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num modelo semelhante ao moderno e posterior... fax. Computador? Ainda era um
monstro de tela âmbar e rodando DOS. Windows? Só nas revistas de cção ou no
meio acadêmico.
“Quem lê tanta notícia?”, cantava Caetano Veloso em Alegria, alegria. Quem consegue
separar joio de trigo, o que presta e o que não presta entre tantos e-mails, jornais,
revistas ou mesmo nas innitas redes sociais às quais nos associamos. Quanto mais
gente você segue, mais perde o que foi postado. Quanto mais ca no facebook, mais
é demandado a fazerdizercurtirprotestar. O dia encurta, as horas desaparecem, a
vida corre. E como corre!!!
Somos ltro. Cabe a nós ajudar a identicar o que foi um dia segmentação, depois
transformou-se em stakeholders e agora atende pelo singelo nome de clusters.
Saber o que dizer a cada um, como chegar a cada um, saber ouvir, ler e entender
é papel dos gestores de conteúdo. Os mesmos que precisam ajudar a traduzir para
uma linguagem clara e inteligível os discursos técnicos de médicos, advogados,
engenheiros, economistas e, porque não, até mesmo de marqueteiros.
Ser gestor de conteúdo é fazer ouvir e saber cuidar de quem um dia apenas chorava e
emitia sons desconexos (mas que se fazia entender) e hoje constrói teias sociais nas
redes invisíveis, explora as possibilidades das ferramentas de mídias sociais e grita!
Grita com a multidão que ajudou a formar!
Era uma delícia entrar no estúdio com aquele arsenal de equipamentos. As paredes
forradas, os microfones, as mesas de áudio repletas de botões e os discos...ah, os
belos discos de vinil. De lá só saíamos com a matriz do programa pronto e com um
céu noturno salpicado de estrelas a nos brindar.
O processo era exaustivo. Primeiro gravava-se a locução, que não podia ter erros e
precisava estar cronometrada e ininterrupta. Com essa base pronta, trocava-se o rolo
de ta e começava o processo de construção da master, com os sons de fundo, as
vinhetas, as sonoras e entrevistas que já estavam previamente gravadas. E de corte
em corte ia-se criando o programa. O ouvido do operador era o instrumento mais
aado de que dispúnhamos. Um microssegundo errado e lá íamos nós começar todo
o processo novamente. A edição analógica era linear. Sim, consumíamos uma tarde
inteira para gravar e editar míseros dois minutos de programa de rádio. Ao terminar,
guardávamos aquele rolo de Akay como uma jóia preciosa, a materialização de
muitas horas de trabalho e empenho.
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Não. Não é a história de uma saudosista publicitária na década de 50. Isso era julho de
1997 e eu, agora com pouco mais de 30 anos, acompanhei de perto toda a revolução
que a tecnologia impôs ao processo de trabalho na área de comunicação e à vida em
sociedade.
Hoje compra-se fotos para anúncios em bancos de imagem cujo acervo não tem
limite geográco. E compra-se imagem também, para editar vídeos, documentários
e o que mais a imaginação quiser.
Eu, não mais tão menina, ouço iPod mas não abro mão da coleção de discos de vinil.
Uso a história, isenta de nostalgia e repleta de compleição estética, para ser presente
e me preparar para os próximos dez anos, que serão ainda mais velozes.
11. Os deuses e a
Inovação Digital
Sergio Karagulian
O fato é que devido ao progresso da tecnologia moderna esses dois objetos de busca,
que são em si mesmos subjetivos e intrínsecos, ganharam nessa tecnologia uma aliada
fascinante. Hoje através de poucos toques e em segundos, é possível alcançar a esfera
de milhares ou até de milhões de pessoas num intervalo de tempo já considerado
“real”, o fator on-line é hoje algo subentendido, e quem não está nesse “status” já está
descartado do mundo atual.
Qualquer idéia pode ser debatida em poucos minutos após ser concebida em diferentes
países e lugares do mundo, tornando cada idéia, cada compartilhar na rede em algo
único e eterno, uma vez que colocado na mesma rede, na rede eternamente cará, seja
relevante ou não.
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Passa a ser dúbio o fator então de ter experiências por se tratar de experimentar em
outro aquilo que eu já aprovo em mim mesmo, através de pers escolhidos e que é
bom lembrar, foram editados, sem necessariamente corresponder a 100% da verdade,
uma vez que nem nós mesmos nos conhecemos a fundo.
E a questão de relacionamento? Posso conversar on-line com o mundo e isso por si só não
signica que tenho relacionamento nessa dimensão. A palavra em si (relacionamento)
já demonstra o equivoco, uma vez que evoca amizade, intimidade, convivência, como
posso ter tudo isso com milhões de pessoas e ao mesmo tempo?
Portanto podemos ter uma grande gama de pessoas que “curtimos” e que nos
identicamos de alguma forma, por critérios de beleza, posição cultural, social, questões
prossionais, etc., podemos até dentre essas pessoas, desenvolver de fato algo mais
profundo, mas daí a dizer que temos relacionamento com as “comunidades” de que
fazemos parte, sinceramente é algo muito complexo de armar.
Por isso podemos analisar que a inovação digital enquanto um meio é uma benção,
mas quando passa a ser um m em si mesma, relativizando os conceitos básicos de
comunidade e sociedade, sendo assim utilizada, pela própria sociedade, temos um
problema.
Veja os conceitos de qualquer religião que tem por nome padrão religar o homem a
Deus, o eterno criador, que nos criou a todos e nos colocou juntos para aprender uns
com os outros, e ver a presença dEle mesmo em cada um.
Quando não desenvolvemos de fato relacionamentos como Deus nos criou para fazer, as
experiências obtidas perdem o foco, a razão, porque em todas as ideologias conhecidas,
o próximo deve ser elevado a um nível de alta valia e consideração, preterindo-se o
próprio ego em favor dos outros.
Por isso podemos armar que a inovação digital, a internet propriamente dita, as redes
sociais, enm todas as ferramentas que se mostram no presente e que serão ainda
mais importantes no futuro, se não forem bem trabalhadas, se não tiverem um enfoque
de fato social, indo além dos meus gostos e predileções, se não me zerem ir além
de saber, ir além de ter informação, de me levar a uma ação pró-ativa em prol de uma
causa maior do que razões políticas, econômicas, ou outras, de fato pra que servem?
Devem sim nos levar a trazer as pessoas para estarem aonde deveriam estar, de onde
nunca deveriam ter saído, que é da presença de Deus, e do relacionamento que Ele
quer ter conosco em Cristo que veio ao mundo e disse que veio para servir e não ser
servido, para curar, para ajudar, para amar ao próximo e nos mandou fazer o mesmo.
Isso sim é uma experiência que ui de um relacionamento que nos torna pessoas de
fato, nos torna reais num mundo virtual, nos torna lhos do verdadeiro Deus e não de
nos mesmos, de nossos desejos e “grupos” seletos, mas de toda uma razão de ser e
existir.
Deixaremos então se ser deuses de nós mesmos, onde tudo que importa é o eu, o meu,
a minha vontade, o ego exarcebado e passaremos a entender o que a bíblia diz sobre
fé sem obras, o que comunidades fazem ao ajudar as pessoas (quer sejam espíritas,
ou de qualquer outro nome), o que outros diversos grupos fazem em prol de um mundo
melhor.
Paramos então para entender que se ao invés de gastar horas em frente das telas
que se nos oferecem, se desligarmos tudo por uma hora que seja e ganharmos nosso
tempo olhando nos olhos, abrindo o coração ao invés das bocas somente; daí teremos
uma família melhor, casamentos melhores, comunidades de fato, deixaremos de ser
falsos deuses e nos tornaremos semelhantes ao verdadeiro e único Deus que é amor.
Experiência e relacionamento estão no fato de amar sem querer nada em troca e se
puder viver essa realidade usando as ferramentas da inovação, digital ou não, será
maravilhoso, por isso vamos cultuar ao verdadeiro Deus que nos ajuda e ensina a
amar, e não aos deuses que nos fazem odiar a nos mesmos.
E você tem usado a inovação para cultuar ou ser cultuado? Que deus é você? O verdadeiro
manda amar e fazer algo real pelo próximo, temos feito ou vivemos na “vitualidade” do
mundo sendo “avatares de zumbis”, achando que redes sociais nos serão sucientes?
Acordemos, vivamos com intensidade a tecnologia mas sempre sem esquecer quem é
Deus, quem somos nós, porque estamos aqui, como devemos estar, e o nal de todas
as coisas: o amor real, no mundo real, de pessoas reais.
Que Deus nos ajude!
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12. Redes Sociais x
Cultura BBB
Viviane Amaro
Será que o Brasileiro ainda não entendeu o poder que tem nas mãos? Infelizmente não,
basta prestar atenção no trending topics mundial do twitter para entender porque o
brasileiro ainda não acordou. Durante 3 dias seguidos acompanhei as noticias relevantes
pelo mundo e Brasil, tweetei sobre o assunto, não tive nenhum RT. Para desespero geral
os temas colocados pelo brasileiro nos top 10 do twitter entre 08/02/11 e 11/02/11
foram:
Nós somos quase 200 milhões de vozes das quais 40% exercem papel ativo nas redes
sociais produzindo que tipo de conteúdo? Exemplos como os citados acima são muito
comuns e retratam o que a grande maioria dos brasileiros produzem nas redes, besteira
sem nenhum engajamento político,social e ambiental. É óbvio que não podemos
generalizar e que existe muita produção de conteúdo com relevância feito por nós, mas
está na hora da grande massa acordar e entender que agora é a hora de agir! Vamos
deixar esta cultura ridícula e supérua de lado e vamos nos engajar em causas que
realmente valem a pena para contribuição de um país e mundo mais descente e justo.
13. Assessoria de
Imprensa 2.0
Letícia Volponi
O que muda no universo das assessorias de imprensa com o advento das redes sociais?
Se você respondeu tudo, está enganado! A essência da comunicação com a imprensa
não mudou, o que mudou foi o formato como essa comunicação acontece. Se antes a
informação era propagada e a assessoria de imprensa era um meio para as empresas
levarem suas mensagens aos formadores de opinião, hoje, a comunicação é construída
a partir de inúmeras fontes disponíveis, sejam elas porta-vozes ociais e experts em
determinados assuntos, sejam blogueiros, twitteiros e internautas, capazes de mobilizar
multidões, muitas vezes com apenas 140 caracteres.
Se hoje boa parte da comunicação se dá pela forma escrita, até 2014 estima-se que os
vídeos representem 90% do tráfego de dados da internet. Enquanto o e-mail ainda tem
uma força muito grande no trabalho da assessoria, há uma forte tendência de que ele
vá perdendo espaço para outros mecanismos de comunicação. Tudo isso, nos revela
que já não se fazem mais planos de comunicação sem levar em conta o mundo de
oportunidades que se abre mesmo para as empresas que ainda não despertaram para
a importância de estarem conectadas.
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personalidade tanto para seus clientes quanto para ele mesmo. O prossional que
souber explorar e aplicar essas competências vai se tornar referência para a busca de
informação de qualidade por parte da imprensa e para executar uma estratégia bem
sucedida de exposição de seus clientes, contribuindo de forma efetiva para o negócio
dele.
O que as buscas que realizamos para mapear cenários utilizam para nos trazer a
informação desejada? Palavras-chave. Ferramentas como o Google Search, Technorati,
Social Metrix e Social Mention permitem ao assessor de imprensa observar e mensurar
o que o público em geral está dizendo a respeito de determinado tema e, com base
nesses dados, avaliar o impacto que essas opiniões trazem para a atividade do cliente
e qual a melhor estratégia para potencializar os pontos positivos ou mitigar os impactos
negativos.
Enquanto essas ferramentas contribuem para mapear o que dizer e para quem, ca
o desao de como transmitir a sua mensagem, como se relacionar com esses novos
formadores de opinião. Segundo dados da Mega Brasil, há no País cerca de 1,2 mil
agências de assessoria de imprensa que empregam cercam de 11 mil prossionais
formados. Muitos clientes acreditam que precisam ter suas marcas expostas em
alguns poucos veículos-alvo. Esses dois fatores somados resultam em uma disputa
dramática por espaços que levam jornalistas a receberem cerca de 200 contatos
diários de assessores de comunicação vendendo suas pautas. Para ganhar espaço
nesse ambiente, é preciso inovar no conteúdo, na forma de apresentação e criar canais
alternativos para que a empresa obtenha o destaque desejado.
O e-mail ainda tem uma força de transmissão de dados muito grande entre as redações
da grande imprensa, mas as pessoas mais jovens já não usam mais e-mails e são, na
maioria das vezes, os formadores de opinião dos produtos e serviços dos clientes que
atendemos. Para atingir esses diferentes públicos, o texto da assessoria de imprensa
evoluiu para um novo formato, o social media press release.
A nova assessoria de imprensa deixa de ser uma ferramenta de marketing para atuar
de forma integrada e desenvolver a comunicação como um processo que busca engajar
pessoas. É preciso adquirir mais sensibilidade do que técnica, porque nossa prossão
não é apenas um ramo de comunicação é sobre a arte de se relacionar com os seres
humanos.
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14. Conteúdo é Preciso,
Rede Social não
Paulo Redondo
Quando decidi fazer o curso de Redes Sociais e Inovação Digital oferecido pelo Centro
de Inovação e Criatividade da ESPM, “compartilhado” (leia a explicação do termo
mais adiante) pelo Gil Giardelli, realmente esperava um curso focado em Internet e
Mídias Sociais. Estes assuntos foram o que me levaram até o curso, mas não foram
eles que me motivaram a escrever aqui.
Este curso, caso possa ser chamado assim, disseminou aprendizados, inquietações,
desconfortos, surpresas, frustrações, mudanças, debates, encontros, muito
compartilhamento – enm, tudo o que diz respeito a uma verdadeira Rede Social.
Infelizmente não tive nem o tempo para pesquisar e nem o tempo para elaborar como
queria este texto, mas gostaria de dar também a minha contribuição a esta iniciativa
e compartilhar o que assimilei sobre redes sociais e a maneira como podemos nos
beneciar dela para disseminar conteúdo relevante à todos ligados a elas.
Diferentemente de antes quando pensava que redes sociais eram somente um meio
digital, explorado pelas mídias sociais, para ver, ser visto e se divertir, inspirado pelo
Augusto de Franco e outros ótimos palestrantes, agora entendo que este fenômeno
é bem mais antigo que isso. Redes Sociais evoluem com a história da Humanidade,
desde o princípio de sua sobrevivência e existência. E conviver em redes sociais é uma
característica intrínseca do ser humano, apesar de inconsciente para muitos, explica
talvez o enorme sucesso que a implementação destas no meio digital alcança. Não
vou citar aqui as variadas contribuições que as redes trouxeram para a evolução da
humanidade, mas pense que por trás de cada passo grandioso dado pelos seres
humanos em sua história, a coletividade, a rede, estava presente.
O que isso tem a ver com a disseminação de conteúdo? Tudo! Pois se hoje temos
somente 1% de conteúdo (falta citar a fonte) sendo produzido e consumido nas
mídias sociais, qual é a explicação? No meu entender uma fonte vasta de informação,
mesmo que ainda em, já está disponível em meio digital para ser compartilhado,
discutido, questionado, aprendido e utilizado por todos os que tem acesso a esse
meio. Informação esta que inclui todas as questões humanas e cientícas largamente
produzidas desde remotas eras até os dias atuais. Já que temos acesso (infelizmente
não podemos incluir a todos), por que continuamos a produzir tão pouco conteúdo
relevante (aqui relevante tem o sentido de algo que contribua com nossa evolução
como seres humanos)? Vou falar por mim, falta tempo! Tempo que vai sobrar quando
estiver vivendo de acordo com o que acredito e me relacionando com Redes de
pessoas que estarão compartilhando este enorme conteúdo comigo e vice versa. Mas
o conteúdo não é tudo, pois o fato de se conectar e compartilhar com outras pessoas
transformem o conteúdo existente anteriormente em algo novo. Um novo conteúdo
que não necessariamente será baseado em outros anteriores, podendo até negá-los
ou contradizê-los, mas que talvez não existissem caso não houvesse esse contato e
troca proporcionados pelas redes. Não é assim que as novas teorias e pensadores se
apresentam?
Abraços a todos os #InovadoresESPM e aos tantos outros com a mesma gana dos
antigos exploradores, deixo os versos do sensacional do Poeta Fernando Pessoa,
que demonstra num mesmo verso a constatação da imprecisão do controle da vida,
diante das ferramentas que sempre nos querem fazer seguir seu rumo preciso. A
contradição é a que entregam sua alma para a humanidade e querem contribuir para
sua evolução – para torná-la grande – usando novos mapas.
Navegar é Preciso
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15. O Flickr de
Dorian Gray
Roberto Cibulski
Eu sei que parece complicado, mas é só uma pirâmide! Se todo mundo zer a sua
parte, tudo vai dar certo. O faraó ca feliz, todos camos felizes! E assim, com um
pouco de pressão e sem nenhuma inovação digital, uma rede social às avessas
conseguiu fazer um senhor trabalho. De lá para cá a máquina de café talvez tenha
sido a principal inovação, pois nada no ambiente corporativo possui tanto poder de
agrupar pessoas e fazer com que fofocas e opiniões sejam atualizadas!
As redes sociais não são novidade, apenas aceleraram sua dinâmica com o passar
do tempo. Existiam no comércio da Mesopotâmia, nos estudantes que discutiam
as últimas da losoa na Alexandria e também na galerinha que se encontra no
shopping e mantém o corpo por lá e a mente em 50 lugares diferentes. As redes
sociais são antigas, mas ganharam poder e velocidade quando a inovação digital
entrou na receita.
Para quem é mais velho, o mundo gira rápido demais. Um dia donos do mundo,
começamos escancarar a vida em um blog. No dia seguinte, acordamos ansiosos por
um convite para o orkut. Entramos na onda, contamos e mostramos tudo: aquilo que
era só nosso e de mais alguns virou patrimônio de todos. E antes que explicassem
que privacidade é uma coisa bacana e não algo que seu avô curtia, a avalanche
jogou redes públicas, privadas, algumas narcisistas, outras colaborativas e mais um
punhado de redes super cool que você não sabe usar e nem entende para que servem.
O mundo cou pequeno, o dia cou curto e as regras mudaram.
Este novo mundo desperta paixões. Alguns alertam para a supercialidade das
relações e também para a exposição descontrolada e suas possíveis consequências.
Outros agitam bandeiras em nome da liberdade sem restrições e validam qualquer
uso para a rede. A rede e suas redes são a cornucópia digital ou o vício que nos
consumirá? Cara e coroa, certamente!
As mídias sociais de hoje são uma lente de aumento. Se por um lado dão força e
alcance a quem luta para imprimir sua marca em busca de um mundo melhor, por
outro escancaram a futilidade e o narcisismo da imensa maioria de usuários que vê
nas redes uma maneira de chamar a atenção para o seu nada. É o Princípio de Pareto
aplicado de forma crua e triste.
Um lado da moeda agrupa pessoas com interesses nobres ou úteis: acabar com a
fome no mundo, descobrir ETs, motivar doações, encontrar a cura para uma doença
ou quem queira emprestar um sofá a um turista backpacker nos conns do mundo.
O outro lado consome tempo de milhares de pessoas que buscam somente o êxtase
do narcisismo em escala planetária: veja minhas fotos, saiba o que eu comi ontem,
acompanhe minha viagem de férias, veja como eu frequento lugares legais, descubra
quem estou namorando, me veja xingar muito no Twitter! Uma maioria brutal vive
como um avatar de Dorian Gray e deixa seu retrato envelhecendo no Flickr enquanto
grita em um tweet: “Vou ser infantil para sempre!”
Se pensar demais, estremeço diante da vida passando em 140 caracteres, sem tempo
para uma relação amadurecer, ganhar consistência, se desenvolver. Mas se pensar
um pouco mais, co inebriado com as inimagináveis oportunidades que brotam a
cada link. Cara e coroa, tudo na mesma moeda. A virtude está no meio: é só lembrar
a máxima de Aristóteles para manter a compostura e se deliciar com o futuro que é
jogado sobre nós todos os dias!
E se Dorian Gray topar descobrir os novos sabores que o amadurecimento pode trazer
tudo cará ainda melhor.
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16. Mamãe,
hoje é amanhã?
Samia Gabriel
Parece uma pergunta simples de uma criança de quatro anos que ainda está perdida
nas convenções do tempo, mas essa pergunta me fez parar por alguns instantes para
em seguida vir a tona um milhão de coisas que tenho visto, ouvido e vivido nesses
últimos dias em que começo, realmente, a me interessar pelo mundo digital.
Poderia simplesmente responder para ela que não, dentro da lógica do tempo que
estamos acostumados, hoje é o presente e amanhã ainda estar por vir e a dúvida
certamente continuaria, pois o “por vir” é muito confuso para o entendimento objetivo
e concreto de uma criança de quatro anos. Aproveitei a dúvida dela para mergulhar
na possibilidade de dizer, pra mim mesma, que sim, hoje é amanhã e fazer algumas
observações no “continum”do tempo. Ver como estava o homem no início do século
passado, como deve ter sentido as mudanças no seu modo de vida. Tentar achar em
algum lugar na nossa história um tempo semelhante a este que vivemos hoje, com
tantas mudanças.
Referências:
2- Livro: O cinema e a invensão da vida moderna. Leo Charney e Vanessa R. Schwartz (orgs.)
3- Frase mais horrivel que já ouvi na minha vida e que nosso ex-presidente adora falar.
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17. Palavrinhas mágicas
que aprendi
aos dois anos...
Sandra de Angelis
A notícia é que acabou o sossego, não existe mais zona de conforto, tudo é para
ontem e estar conectado, saber mexer com as mais modernas ferramentas de
Tecnologia da Informação e Comunicação, ter feito este ou aquele trabalho de
comunicação, divulgação, campanha comercial, etc, nos últimos 20 anos não lhe
garantirão sobrevivência para os próximos 30 dias. Se o seu foco de trabalho é a
comunicação, marketing, publicidade, então, a notícia é mais grave ainda. Mas nem
que você tenha 20 anos e não tenha tido tempo de fazer muita coisa na sua vida,
será possível escapar da implacável e voraz evolução dos meios de comunicação e
de expressar-se.
A gente vê que esse ritmo alucinante se expande para todos os setores produtivos, e
cedo ou tarde vai impactar em todos os setores da sociedade.
O pacato cidadão que ca sentado no sofá da sala, assistindo sua novela, vai se
inquietar em breve. O clássico empregado de expediente das 9h às 18h vai ser
agrado por novos ambientes de trabalho. A padaria da esquina vai continuar
a vender o pãozinho, mas como será essa venda? O modelo clássico do negócio
“padaria” certamente enfrentará um concorrente mais ousado que pode vir a vender
o pãozinho por meio de uma rede social, por exemplo, montada com os moradores
do raio de um quilômetro da padaria. Essa rede social pode, inclusive, vender muito
mais do que pãozinho e assim por diante, colocando em risco o negócio “padaria”,
conforme conhecíamos.
Se aquela empresa ou negócio tem por prática sublimar o cliente, não entregar o que
vende, seja produtos ou serviços, ter canais obstruídos de comunicação interna ou
externamente, o risco de ter sua marca exposta negativamente e de forma inerente, é
crescente. No sentido contrário, quando se constroem “fãs” de uma marca, proposta
ou abordagem, a possibilidade de colheita positiva também é verdadeira. E neste
caso, na construção de “fãs”, nenhuma estratégia publicitária e de marketing será
mais eciente do que o testemunhal positivo do seu público.
Terra de ninguém que opera com vida própria, a lógica da rede, por mais inquietante
que seja pelo menos me dá um alento quando analiso que todas as estratégias já
vistas como “cases de sucesso nas redes sociais” têm seu eixo baseado na verdade,
na educação, no respeito ao outro e na colaboração. Além disso, POR FAVOR, COM
LICENÇA e MUITO OBRIGADO são palavras mágicas, para desenhar os primeiros e
os últimos traços de um plano de relacionamento com o cliente, com o colaborador,
com o fornecedor, seja ele no ambiente físico ou virtual. E essas palavrinhas mágicas
eu aprendi quando comecei a falar...
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18. O meu
aprendizado
Thierry Aires
O curso passou lições sobre inovação e novas mídias, mas também passou a lição
mais importante de todas, que não encontramos escrita em livros de 50 reais ou
em qualquer post de blog. Nos ensinou que se agirmos juntos podemos trazer uma
melhor qualidade de vida para as pessoas e para nós mesmos, fazer o mundo um
pouco melhor.
Inovar não é somente inventar o que não foi inventado, ou fazer o que não foi feito.
Inovar é também atualizar o que já existe e que através daí podemos evoluir como
prossionais e seres humanos. Hoje podemos contar com a tecnologia e as novas
mídias que surgem todos os dias, sem esquecer que por trás delas temos pessoas
e não somente máquinas. De nada vale ferramentas de monitoria e métricas se
esquecermos disso, e se tratarmos os relatórios de números apenas como números.
Gil, palestrantes e colegas de sala, vocês são sensacionais. Obrigado pela inspiração,
nos vemos no futuro!
19. As histórias que
a internet
não contou
Vanessa Teodoro
O curso de montagem de rádio foi o mais especial para mim. Eu tinha cinco anos e
me lembro perfeitamente da imagem do meu pai chegando cansado do trabalho,
vestido com um macacão azul marinho. Ele tomava banho, jantava e, depois, lia os
livros didáticos e tentava montar as peças.
Eu não sabia o que ele queria fazer, mas eu o observava e desejava estar presente
durante o processo. Achava que ele era um cientista maluco, como o Professor Pardal
da Disney.
No começo, só se ouvia um chiado inaudível. Ele foi rodando um botão e achou uma
estação. Inesperadamente, um homem começou a falar. Ao perguntar do que se
tratava, meu pai me respondeu:
- Tem um homem que mora lá dentro.
Levei um susto e, ao mesmo tempo, quei maravilhada. Meu pai era sério e contido,
mas sorriu timidamente ao ver seu grande feito.
A partir deste momento, comecei a buscar entrar nesse universo também. Aos 14
anos trabalhava em rádio comunitária. Aos 18 anos, me prossionalizei. Tirei meu
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DRT e virei radialista e locutora comercial.
Minha avó Olívia, mais conhecida como vó Lola, tinha muito orgulho de mim, pois eu
era “a pessoa famosa da família”, mesmo anônima. Em 2003, eu a presenteei com
um clipe, editado com fotos da família e uma narração que eu mesma z contando a
história de sua vida.
Depois de ver o vídeo, ela me pediu para rever a cena que mostrava meu avô Benedito,
seu marido que havia falecido quatro anos antes. Eu, então, pausei o vídeo, sem
entender o porquê do pedido.
Ela levantou do sofá com diculdade e chegou perto da televisão. Passou a mão no
aparelho e começou a conversar com a imagem do meu avô. Eu nunca esquecerei do
seu ar de espanto. E ela me olhava com admiração, assim como olhei para o meu pai
quando ele ligou o rádio a primeira vez. Era como se eu fosse uma bruxa que tivesse
conseguido captar a alma do meu vô e transportado para a televisão.
A vó Lola morreu em agosto de 2010, aos 87 anos. Ela nunca soube o que fazia
um computador. Sabia que era um equipamento “usado para trabalhar”, mas não
chegava perto de um quando ia à casa dos lhos e netos. Acredito que a assustava
saber que o aparelho tinha vida própria.
Olivia Stander Retucci deixou o mundo sem saber o que era internet. E ela foi feliz.
E ela conheceu muitas pessoas. E ela existiu, apesar de não ser exibida nenhuma
ocorrência quando digitado seu nome do Google.
Lola não teve Orkut, Facebook, twitter, nem sabia o que eram essas coisas. Em seu
enterro, porém, estavam os sete lhos, noras, genros, 37 netos e netas, 29 bisnetos,
dois tataranetos, além de amigos da família.
O número parece pouco se comparado aos seguidores que as pessoas têm em suas
redes sociais, mas quem estava presente na cerimônia a conhecia e a amava de
verdade. O que não se pode dizer o mesmo de amigos que se conectam apenas no
mundo virtual.
O mais interessante é que agora ela existirá também na internet. Hoje, ao inserir esta
redação em uma rede social, estarei eternizando a história da minha avó no espaço
digital, mesmo que ela nunca tenha ligado um computador durante a vida.
Érica Brasil
Muito se tem falado a respeito da inovação. Em pauta, a idéia de que ela é um dos
ingredientes principais a destacarem pessoas como gênios, aqueles que conseguem
colocar em prática boas sacadas e colher as cifras acumuladas, tais como frutos. A boa
notícia é que ser inovador não é algo inacessível aos pobres mortais: características
individuais podem ser trabalhadas ou aprimoradas para se trilhar o caminho rumo
ao sucesso.
Aprimore as suas percepções estabelecendo relações entre elas. Steve Jobs, um dos
gurus da atualidade, acredita que a criatividade é a capacidade de ligar as coisas. E
não é difícil imaginar soluções que nasceram de uma simples observação do cotidiano,
seguida de associações improváveis entre elementos. Necessidades não atendidas
podem ser percebidas com sensibilidade e um olhar atento. A principal preocupação
de Alexander Graham Bell, por exemplo, era a educação de pessoas com deciência
auditiva. Esse interesse levou o pioneiro na área das telecomunicações à criação
do microfone em 1876 e, mais tarde, à máquina que hoje chamamos telefone. São
aparelhos que hoje facilitam a vida de todos.
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Não se conforme. Questione, tente mudar o mundo. Imagine, seja ousado e enfrente
o status quo. E não deixe de incluir nessa conta eventuais obstáculos e diculdades
que possam aparecer nessa jornada. São desaos que a criatividade adora superar.
Tudo isso de nada adianta sem pessoas. Mais precisamente, as pessoas certas. E elas
não precisam necessariamente concordar com você. Junte uma equipe multidisciplinar
e com idéias variadas a respeito de um assunto, misture as diferentes interpretações
e, provavelmente, você vai obter conclusões criativas de primeira.
Observar atentamente as necessidades das pessoas e pensar em algo que eleve sua
qualidade de vida tem sido a chave do sucesso para as maiores invenções da web.
Mais do que em qualquer outro meio, o usuário tem o poder no mundo no digital, e
são seus cliques, suas opiniões e seus feedbacks que tecem a web e determinam o
rumo da comunicação digital. Assim sendo, ele deve estar no topo do planejamento
de qualquer ação digital, e empreendedores que desejam inovar com sucesso devem
estar atentos aos hábitos de seu público para captar insights que reitam suas
necessidades.
Startups bem sucedidas no mundo virtual têm em comum o foco nas necessidades
do usuário. O Google é um grande exemplo disso. Nos laboratórios da Universidade
de Stanford, os pós-doutorandos Larry Page e Sergey Brin desenvolveram um
buscador cujo algoritmo revolucionava o modo como a informação era levada ao
usuário. Ao invés de exibir resultados aleatoriamente ou em ordem alfabética, o
algoritmo conseguia medir a relevância de um site e o quanto ele estava de acordo
com as palavras chaves buscadas. Dessa forma, o usuário passava a encontrar as
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informações que desejava de uma maneira muito mais rápida, aumentando assim sua
produtividade. Outros empreendimentos bem sucedidos da web como o You Tube e o
Twitter também nasceram de uma necessidade especíca dos usuários. O primeiro,
da necessidade de se compartilhar vídeos de maneira simples e independente de
formatos; o segundo, da necessidade de uma comunicação simples e rápida que
tivesse fácil adaptação à mobilidade. O caminho tomado por esses empreendimentos
reforça a ideia de que o foco no usuário é a chave para o sucesso no meio digital.
Wellington Sacchi
Dos clássicos questionamentos: De onde vim, onde estou e para onde vou, vamos nos
ater aqui a questão do presente – onde estou.
Para uma nova aproximação dessa questão comecemos com uma experiência: pense
aonde você esta neste momento, deixando passado e futuro em seus respectivos
lugares. Você provavelmente pensará primeiramente em seu posicionamento físico,
por exemplo, estou em minha casa. Pois bem, assim de maneira muito simples você
começa a responder o que poderia ser um grande enigma. Mesmo que seja necessário
um aprofundamento losóco sobre a questão, o fato concreto da localização física
é inerente a essa situação e esse geoposicionamento que nós e as coisas do planeta
nos encontramos pode nos dar pistas concretas para a resposta que procuramos.
Aqui podemos nos reportar a Ptolomeu que por volta 150 a 170 (dC) faz o que
podemos chamar um primeiro tratado sobre geoposicionamento através da obra
Introdução a Geograa onde começa a traçar nossos primeiros mapas com descrições
de coordenadas para latitudes e longitudes. Esse tratado passa a ter, na Idade
Média, uma enorme valia para a descoberta do novo mundo. Era considerado um
tratado cartográco com a possibilidade, através de instruções, para a construção
de mapas. Ptolomeu empreende um processo inovador que mesmo com os diversos
erros detectados posteriormente, permite através deste ferramental cartográco que
Cristovão Colombo vá ao encontro do Novo Mundo.
Mas por que falar de Ptolomeu e do GPS para essa questão do onde estou que parece
ser mais losóca do que física. È necessario, antes de mais nada lembrarmos que que
a pergunta mais adequada que devemos faze é: aonde, nós, estamos. A ferramenta
de geoposicionamento, nos leva a uma relatividade necessáriamente construida entre
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pessoas. Mesmo que se construa mapas para lugares inabitados, ainda assim eles
estarão no universo em que a sociedade se encontra e serão relativos às pessoas. A
qualquer lugar que quizermos chegar sempre haverá uma relação interpessoal em
questão
*Termo usado para fazer uma vericação de geoposicionamento através da rede Foursquare.
Referências
FUGITA, Alexandre. “Índios Brasileiros no Google Earth”, in Blog Meio Bit [http://meiobit.com/11300/
ndios-brasileiros-no-google-earth/] acesso em 21/11/2010
McCARTY, Brad. “The rst check in from space? It just happened via Foursquare and Nasa”, in Blog
The Next Web [http://thenextweb.com/location/2010/10/22/the-rst-check-in-from-space-it-just-
happened-via-foursquare-and-nasa/ ] acesso em 21/11/2010
RIBEIRO JR., W.A. Introdução à Geograa, de Ptolomeu. Portal Grécia Antiqua, São Carlos. Disponível
em www.greciantiga.org/arquivo.asp?num=0509. Consulta: 14/11/2010.
RIBEIRO JR., W.A. Ptolomeu: Geograa 2.1.1-6. Portal Grécia Antiqua, São Carlos. Disponível em
www.greciantiga.org/arquivo.asp?num=0565. Consulta: 14/11/2010.
23. Muito além
das fronteiras
do Cyberespaço
Ricardo Moreno
O que pouco se fala é que esse relacionamento pode ir muito além das fronteiras do
cyberespaço e se reetir em benefícios para campanhas no mundo ofine. A empresa
que faz um bom trabalho de branding nas Redes Sociais criando laços fortes com o
público soma capital social e acima de tudo consegue criar engajamento do internauta
com a sua marca, isso abre grandes portas para que as ações de marketing no mundo
real tenham um maior impacto.
Vamos pegar a Apple como exemplo, uma das empresas no mundo que mais possuem
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acionados pelos seus produtos. Todos aqueles que gostam da Apple, gostam de
verdade, são fãs de carteirinha dos seus produtos. Essa turma faz questão de seguir a
empresa onde ela estiver e sempre que eles se deparam um artigo ou um anúncio seja
em revista ou tv, eles olham com mais atenção, querem ler sobre ela, enm, fazem
questão de estarem por dentro de tudo o que acontece com a marca. Já os anúncios
de outras empresas na mesma revista ou TV possivelmente passam despercebidos.
Por tudo isso é muito importante zelar pelas ações da marca no ambiente digital,
anal, a marca que desfruta de uma boa imagem com seu público-alvo nas Redes
Sociais online, gera maior relevância para suas campanhas ofine.
24. Inovações
no comércio
Allan Alves
Como se não bastasse à recomendação de sites, nos últimos anos surgiram as redes
sociais no cotidiano do internauta. Agora, além da recomendação por empresas,
temos a recomendação por amigos em momentos que não estamos nem pensando
em comprar alguma coisa. “Maravilha esse negócio de internet!” – diriam meus pais.
Além de cômodo, as compras estão inseridas em momentos de diversão.
O último passo foi começar a quebrar barreiras entre a experiência de compra ofine
e online.
Uma das poucas categorias de produto cuja compra, para ser acertada, é
preferencialmente feita fora de casa talvez seja vestuário, principalmente no Brasil,
em função da falta de padronização de medidas.
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as roupas em um ipad e uma projeção simulava como elas cavam no espelho do
provador, também possibilitando o compartilhamento online.
Danuzza Cavalcante
Muito se falou sobre a inuência da tecnologia nas nossas vidas. Disseram que nos
tornaríamos reclusos, automatizados, frios. E o que aconteceu? A tecnologia, além de
encurtar distâncias e fazer a nossa vida car mais prática, faz com que as pessoas
compartilhem experiências, conhecimento e também se mobilizem, seja para tirar as
calças no metrô ou para ajudar uma mãe a comprar medicamentos para o lho que
porta uma doença raríssima.
Você usa aplicativos. Seja no computador, no celular ou no iPad. Você ouve música,
acessa seu Twitter, procura o caminho para aquele restaurante hypado no Google
Maps e passa bons minutos brincando com Tom, the talking cat. Grandes e pequenas
empresas já enxergam os aplicativos como ferramenta de engajamento e lucratividade.
Pais acompanham o crescimento dos lhos, isqueiros virtuais são acesos em shows
de rock e até a turma da Vila Sésamo já utiliza aplicativos.
Uma das maneiras mais criativas e inovadoras de ativar as menções da sua marca,
de se tornar presente, de estimular ações colaborativas, são os aplicativos. Você vai
car fora dessa?!
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26. A nova
descoberta
do fogo
Cintia Coutinho
Todos os dias, todas as horas, a cada minuto surgem novas campanhas, novos cases,
estudos, pesquisas, dados importantes sobre alguma coisa.
Muitos já perceberam, outros seguem a onda, mas, todos buscam respostas. Como?
Quando? O quê? Pra quê? Pra onde?
De todos os que utilizam a internet: 95% aprende, 4% replica e 1% produz. Mas todos,
sem sombra de dúvida interagem nas redes sociais.
A comunicação tem que ser interativa, a mensagem tem que ser útil e a propaganda
têm que ser algo mais do que simples venda. Qual a ideia da sua marca, produto
ou serviço? Qual sua intenção? Qual sua reputação? O que você faz de bom na sua
sociedade?
Novos meios, novas formas, novos horizontes, novos desaos, novas prossões e
prossionais, novas gerações X, Y, Z convivendo e trabalhando unidas enfrentando e
superando suas diferenças.
Estamos na era dos “geeks/nerds”? Pode ser. Não basta apenas querer inovar em
uma época em que já se viu de tudo e o novo sempre vem, como já dizia a música.
Já não basta ser uma coisa só, é necessário um conjunto de ideias, cabeças,
conhecimento, é necessária uma nova forma de pensar. Repetir velhas formas já não
é garantia de sucesso, muito pelo contrário.
Porque no nal das contas, todos são iguais quando buscam o diferente e no fundo
todas as pessoas são simples, assim como eu e você. Todos querem ser reconhecidos,
ter valor, ganhar estrelinhas, likes e retuites, ser populares, ter amigos e ter coisas,
pessoas e momentos para se apegar e chamar de seu.
Vivemos em um mundo capitalista. Mas, por mais “modernos” que possamos ser
estamos descobrindo um novo “fogo” assim como na era das cavernas, que mudará
e já está mudando nossa maneira de viver. E assim estamos na busca constante de
saber anal como e o que fazer nessa nova realidade. Como já disse Albert Einstein
“A mente que se abre a uma nova idéia jamais voltará ao seu tamanho original.”
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27. O mundo
nesta rede
Denise Ferreira
O Facebook, por exemplo, levou quase 5 anos para conquistar os primeiros 150
milhões de usuários e apenas oito meses para dobrar este número. O objetivo dos
criadores do Facebook é conectar o máximo possível da população mundial através da
rede e, então, fazer com que os usuários a utilizem como acesso principal à internet.
Quanto mais pessoas se juntarem chamado “efeito de rede” de sites como Facebook,
Orkut, Myspace, maiores são os insights que os negócios terão sobre a natureza
dessas relações. E quanto mais eles souberem sobre o que interessa às pessoas mais
capazes serão de lucrar com esse conhecimento.
Ao dar aos empreendedores acesso grátis à sua audiência, Twitter e Facebook estão
colocando os bagrinhos no mesmo nível dos leviatãs, como Starbucks e Dell, no que
diz respeito à difusão de suas mensagens em um mercado de massa.
• Empreendimento 2.0
As redes sociais estão também sendo usadas para quebrar barreiras internas no
mundo corporativo. Algumas corporações estão permitindo que seus funcionários
tenham pers nas redes sociais e compartilhem informações sobre seu trabalho. O
argumento é que isso ajuda as corporações impessoais a parecer mais humanas aos
olhos de seus clientes. Mas a maioria das companhias ainda está profundamente
desconfortável com a idéia, principalmente pelo receio de seus empregados deixarem
vazar informações estratégicas.
Isso tem provocado o interesse das redes de Empreendimento 2.0 adaptadas para o
mundo corporativo. Elas funcionam praticamente como o Twitter, MSN e o Facebook,
mas deixam informações fora da internet aberta, protegidas por um rewall.
Embora este seja apenas o começo, as companhias dizem que estas iniciativas já
estão acelerando o compartilhamento de conhecimento e as comunicações internas.
Serviços como Yammer e Chatter criam um ambiente de trabalho mais aberto ao
deixar que as pessoas vejam em que os outros estão trabalhando e encorajando o
compartilhamento. Num trabalho de produção de conhecimento, por exemplo, em
vez de gastar 6 a 8 horas em busca de informações, us funcionários podem se valer
de redes sociais para conseguir os dados e utilizar o tempo restante para outras
coisas.
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• Recrutamento inteligente
As vantagens para quem busca um prossional são muitas. A principal delas é que os
usuários visitam suas páginas pessoais frequentemente, e seus pers estão sempre
atualizados, com conteúdo rico em informações que ajudam aos recrutadores
a ter uma boa percepção do candidato, sem ter de car destrinchando currículos
detalhados.
Estamos na era da tecnologia, mas onde nasce tudo o que existe hoje? Pode ser uma
pergunta irônica, mas você já parou para pensar quantas coisas são criadas no dia a
dia?
Pois é, o mundo é assim, criação de ideias que são compartilhadas pelas as pessoas,
as noticias também tem pernas e sabiam que voam, voam pelo e-mail onde apertamos
o botão enviar, pronto já li sua idéia, vou compartilhar com um amigo.
É assim que estamos vivendo a era de compartilhar as ideias para ajudar o próximo
ou melhorar algo que já esta criada, as pessoas estão pensando assim agora, pois
o mundo não está suportando a carga de crescimento descontrolado, poluição
ambiental e tecnológica acelerado, ajudar é um bem coletivo, não só para si, mas
para todos o que estão ao seu redor.
Pois é, as mídias sociais chegaram para revolucionar a nossa economia Brasileira, pois
as empresas estão percebendo que há nicho de mercado para atrair consumidores
para vender no seu próprio segmento de negocio, onde facebook, twitter, demais
redes sociais são precisas para analisar o mercado e o que o mercado está dizendo
a respeito da sua marca.
Fique atento, seja inovador, pesquise, troque idéias com os seus amigos, professores
e entre nesta rede social, pois onde você vive há idéias que possa ser compartilhadas
conosco para mudar o mundo na qual vivemos.
Não caia na mesmice, pois a mesmice nós foge de limitações de ideias, pense e
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inove no seu estilo de vida, lendo um livro que trará idéias para sua vida, pois se não
correr cará na mesmice. Você gosta da mesmice? Pense e reita consigo mesmo,
pois você pode a diferença na atual realidade sendo inovador com suas próprias
idéias, não prenda as suas idéias, vende-as e compartilhe.
29. Inovação com
sustentabilidade.
O caminho para um mundo.
Fernando Eliezer Figueiredo
Hoje o mundo vive diversos dilemas e questões cujas respostas ainda não temos.
São questões que afetam a todos, mas poucos ainda estão atentos ao que realmente
precisa ser feito. Ouso dizer que estamos vivendo o momento mais importante da
civilização no planeta terra. Nós seres humanos e terráqueos, que estamos por aqui
em uma breve passagem neste inicio do século XXI, temos uma possibilidade rica e
ímpar de fazer a diferença para as próximas gerações.
Estamos vivendo hoje no amanhecer de uma nova era, uma nova economia “verde”,
inclusiva e sustentável que precisa ser compreendida e potencializada. Precisamos
otimizar os recursos naturais disponíveis, aprender a fazer mais com menos, consumir
conscientemente e criar novos paradigmas para empreender e crescer.
Esta nova economia pede que reinventemos, façamos de forma diferente, inovemos!
Inovar é o único caminho para o desenvolvimento de negócios sustentáveis. Nosso
copo está meio cheio e novas oportunidades como fontes alternativas de energia,
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biotecnologia, tecnologia da informação de nova geração, materiais avançados,
carros movidos a combustíveis alternativos e tecnologia para poupar energia e não
agredir o meio ambiente são algumas das muitas e novas oportunidades que estão
se apresentando.
A hora é agora, o Brasil tem a grande oportunidade de dar um salto neste caminho,
vamos inovar idéias, produtos, métodos, renovar conceitos, aprimorar nossa interação
com todos os seres vivos e construir um mundo melhor, aqui e agora. Só depende de
cada um de nós, pois inovar com sustentabilidade começa em cada pequeno ato do
nosso dia a dia.
30. A “mão invisível”
da rede social
A própria rede social faz a manutenção e a limpeza dela mesma. A rede funciona
como banco de dados, para a análise da informação sobre um determinado grupo,
rede ou tribo. A intenção, da Inovadores-ESPM, de fato estimula a nossa mente para
pensarmos sobre as novas tendências digitais, ou melhor, em palavras do nosso
preletor “não use velhos mapas para descobrir novas terras.” por Gil Giardelli.
Um novo mundo, o mundo das redes sociais, tem participação virtual e real. Pode
entender a rede social como projetos que buscam a coletividade, estão vivendo um
mundo da liberdade e da felicidade. Projetos como a “Teoria da Diversão”, “free hugs”
e “free steps”, tem surgido cada vez mais inuenciando milhares de pessoas. Você já
assistiu as últimas propagandas da Smirnoff? E até mesmo o ocorrido no aniversário
do show de Oprah? Diversão e coletividade são essas as duas palavras chaves do séc
XXI.
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31. Inovação entre
os públicos
Fui beber na fonte da língua portuguesa para reavivar o signicado do verbo inovar.
Nada melhor que um dicionário respeitado e de credibilidade cujo propósito é registrar
os sentidos e signicados comuns das palavras e vocábulos entre outras facilidades.
Segundo o Dicionário Houaiss, Inovar é tornar novo, renovar, fazer algo como não
era feito antes. Assim, a inovação pode ser vista como a promoção de mudanças
signicativas para melhorar processos de um indivíduo ou processos e produtos de
uma organização e criar valor adicional para as partes interessadas
inteligência
invenção
instigamento
interação
insight
instantâneo
#in ■
Fontes:
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32. Inovação nas
organizações
Nei Grando
Nos últimos anos e principalmente neste ano que estou em período sabatino participei
de diversos Cursos e Workshops e li muitos artigos a respeito de Inovação e creio
que este assunto está diretamente relacionado aos demais temas de interesse que
apresentei acima.
Penso e sinto que inovar e empreender são paixões, é mais fazer do que falar, é mais
do que agir e do que pensar. Pois nas duas empresas de tecnologia da informação
que tive onde inovamos como empresa, como modelo de negócios, onde formos
pioneiros em alguns projetos de hardware, software e internet, onde arriscamos sem
o capital necessário, onde perdemos e ganhamos em muitas batalhas que fazem
parte deste tipo de espírito, que exige coragem, perseverança e determinação. Por
isso posso dizer que senti na pele o signicado da palavra inovação.
Se me pedissem uma dica a respeito eu diria que é preciso se re-inventar a cada dia
para poder inovar melhor, usem ciência com as metodologias e melhores práticas,
mas também a arte com intuição e criatividade.
Inovação pode ser também denida como fazer mais com menos recursos, por
permitir ganhos de eciência em processos, quer produtivos quer administrativos ou
nanceiros, quer na prestação de serviços, potenciar e ser motor de competitividade.
A inovação quando cria aumentos de competitividade pode ser considerada um factor
fundamental no crescimento económico de uma sociedade.
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Porque a inovação é tão importante
Tipos de Inovação
Gestão da Inovação
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• Modelo de Receitas: Mudar o jeito pelo qual você é pago
• Cadeia de Valor: Mudar a posição ou o escopo de participação na cadeia de
valor.
• Logística de Distribuição: Mudar o jeito que você fornece e entrega os produtos.
• Modelo de Vendas e Canais: Mudar a forma como você vai para o mercado com
o seu produto
• Networking: Mudar a forma com que você se liga aos clientes ou fornecedores
O futuro
O livro “A Nova Era da Inovação” de C.K. Prahalad e M.S. Krishnan, nos apresenta dois
pilares ou princípios de transformação considerando o novo paradigma dos negócios:
a Orientação da empresa para compreensão do comportamento, necessidades e
habilidades de consumidores individuais; e que a empresa deve deixar de pensar em
termos de apropriação de recursos e se concentrar em ter acesso a eles a partir de
diferentes fornecedores espalhados pelo mundo.
Enm, aprendi que a globalização exige rapidez e mudança constante nas corporações,
que o usuário está mais exigente, que o mercado está cada vez mais competitivo, que
o capital intelectual está se tornando o ativo mais importante das empresas. Mas
mais do que nunca as ferramentas disponíveis na Web, os recursos de mobilidade,
as mídias sociais, as possibilidades de colaboração em projetos, co-criação, trabalho
remoto, permitem que a inovação aconteça mais rapidamente e de forma melhor. Os
próprios usuários podem e estão colaborando com idéias, com sugestões e com testes
de protótipos e versões betas de produtos. Um admirável mundo novo está surgindo,
não mais industrial, mas do conhecimento, da multiplicidade de relacionamentos
com unidade na diversidade. A revolução tecnológica nos trouxe uma revolução
econômica e social e agora o ciclo recomeça surgindo novas tecnologias. ■
Referências Bibliográcas
- Artigo: “Introdução a Gestão de Conhecimento nas Organizações” por Nei Grando em http://t.co/
ssFzVeS
- Artigo: “Tudo que você queria saber sobre inovação e não tinha a quem perguntar”, entrevista
exclusiva com Silvio Lemos Meira pela editora-executiva Adriana Salles Gomes da Revista HSM
Management janeiro-fevereiro 2009
- Material do Encontro FNQ (Fundação Nacional da Qualidade) com a TerraForum sobre Gestão de
Inovação, Agosto/2008
- Material do Curso ESPM “Redes Sociais e Inovação” – Novembro/2010 – Prof. Gil Giardelli
- Material do Curso ESPM Realidade Aumentada e Web 3.0 – Maio/2010 – Prof. Marcelo Negrini
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33. Inovar é transformar
pela irresistível
força da mudança.
Priscilla Freire
Inovação no universo acadêmico pode soar como um acorde fora de tom. Mas ser
harmônico se faz necessário que a tradição seja pautada, também, na inovação.
“Há apenas uma coisa no universo que você tem certeza que pode transformar e essa
coisa é você”. Aldous Huxley
34. Inovar : novidade
ou renovação
Reinaldo Cirilo
Parece muito fácil se apropriar de uma palavra tão interessante e dizer: “eu inovei”.
Mas, não, não é tão fácil você conseguir se desprender de sua rotina, de seus afazeres,
de suas habilidades habituais, para criar algo novo, jamais pensado, ou se pensado
jamais colocado em prática.
Um dos problemas da inovação, no meu ponto de vista, é que sempre pensamos nela,
de uma maneira egoísta, somente para melhorar algo que nos diga respeito, mas
também se já é complicado pensar para nós, imagina no coletivo.
Inovar é fazer mais com menos, é pensar fora da caixa, é fazer diferente do que
está sendo feito e que não dá resultado, é se rebelar, quebrar padrões, se expor,
radicalizar, simplicar, realizar e por ai vai.
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Meados dos anos 50, um país um tanto quanto careta, uma sociedade que se
levantava de uma guerra, economia de altos e baixos, eis que surge alguém, que
revoluciona uma década, encanta a sua terra, modica o ambiente, tem o poder da
transformação...ele cria a denominação correta do termo – Rock, ele é Elvis Presley.
Com sua música, criatividade, ele mexe com um sistema, revoluciona a cabeça dos
jovens, convida essa garotada a usar jeans, camiseta justa, cabelo com topete, muda
hábitos e padrões, cria uma legião de fãs e tudo isso, por ter inovado, pensando
diferente, lutando contra a razão.
Ele foi um marco, sumiu do nosso mundo, mas nunca mais os padrões foram os
mesmo, ele deixou sua marca, registrou um domínio, muda a cabeça de muita
gente, fez uma innidade de pessoas cinzas, se transformaram em pessoas felizes e
coloridas, ele é considerado o Rei do Rock & Roll.
Nem sempre é fácil contaminar alguém com idéias incríveis e inovadoras, mas o
gostoso de tudo isso é passar por cima dessas pessoas que não te dão bola.
Imagina falar em voar, no inicio do século passado...
Este sonho é alimentado pelo homem, desde a pré-história, muitos tentaram, mas um
conseguiu. Para nosso orgulho, o pai da aviação é brasileiro, e podemos considerar
talvez o maior inovador do nosso país – Santos Dumont.
Com uma capacidade extraordinária de pensar na frente de seu tempo, ele encurtou
os espaços entre o mundo, revelou lugares incríveis, fez o mundo rodar, as pessoas
se conhecerem, interagirem, culturas serem criadas e ainda teve tempo de criar o
relógio de pulso.
São todos mestres, todos inovaram dentro de seus pensamentos, pesquisas, carreiras
e dentro da sua realidade.
Todos eles se basearam nos seus pontos fortes, para reinventar algo que já existia.
Esses inovadores criaram maneiras de fazer algo diferente do que já era feito, não
aceitaram ser mais um e isso é o gostoso.
E a internet, o mundo nunca mais foi o mesmo. Algumas cabeças pensantes, inovaram
de verdade o mundo. A geração www., foi talvez a invenção mais importante que
já assistimos, não desmerecendo outras, todas tem sua importância histórica e de
acordo com o momento, mas a internet, essa foi demais.
Nossa reexão aqui, não se trata de uma tentativa de se despertar o desejo de fazer
algo revolucionário, monstruoso, mas construir pequenos degraus no seu dia-a-dia,
deixar a rotina de lado, fazer algo de bom para a sua comunidade, para o seu vizinho,
para o seu colega de trabalho.
Pensar fora da caixa, não é exclusividade de sábios, mas sim de seres humanos, que
tem vontade, capacidade e não se contentam com respostas do tipo Porque sim!
Comece a sua revolução dentro de sua casa, contamine as pessoas que estão ao seu
redor, abra a janela, deixa a inovação correr solta na sua vida, sinta-se um felizardo
de ser dono da sua própria consciência e de sua capacidade de recriar novos mundos,
refazer antigos mapas, explorar novos ambientes. Seja você!
A inovação é o maior bem que podemos deixar para uma geração que vai nos substituir.
Pense nisso.
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35. O que é
inovação?
Inovação hoje pode já não ser a mesma de amanhã, as mudanças acontecem muito
rápido, o velho chavão de que o tempo voa..
Há 10 anos quem diria que as Redes Sociais teriam um poder tão grande de inuenciar,
indicar, ajudar em resoluções de problemas, comercializar produtos, formar opiniões,
com esta enorme força que se mostra.
Você é o que você posta, sua identicação tem nome e sobrenome: #fulanodetal,
as pessoas às vezes se conhecem e na impossibilidade de trocar telefones vale um
perl de Orkut, Facebook, ou outra rede menos conhecida no Brasil. Acredito que
uma das mais novas prossões no mercado de trabalho, e se pensarmos a rede abre
grandes possibilidades, uma vez que posso ser jovem ou também menos jovem e
perfeitamente ser inserida neste contexto, desde que esteja aberta às mudanças.
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36. Inovação
Digital
Magali Martins
Para inovar em comunicação tem que aceitar que a ação parte do consumidor em
direção à
marca. E a marca é que dá o feedback.
O mundo mudou e a comunicação não é de massa.
A massa segmentou, mas a linguagem globalizou.
O legal é não precisar garantir resultado, anal na era digital todo mundo é igual.
Estamos na era do relacionamento!
Relacionamento não tem garantia, não mensura market share, não bate metas!
Alguém já ouviu dizer “ele é meu amigo 87,5%” ou “esse ano vou atingir 100% da
meta
de fazer amigos”. Bizarro.
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