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O Parque Ecológico do Tietê foi concebido no contexto das obras e serviços de combate a

inundações na Região Metropolitana da Grande São Paulo. A capacidade de amortecimento das


cheias, nas várzeas do Tietê, entre Guarulhos e Ponte Nova e, como subproduto, aproveitar as
áreas lindeiras para atividades de lazer, esporte, cultura e para a preservação da fauna e flora.
Foram projetadas nas cabeceiras do rio, cinco barragens, com múltiplas finalidades:
regularização do rio, abastecimento de água, irrigação, recuperação de várzeas, piscicultura e
lazer.
A preservação da várzea, no entanto - leito maior do rio - é de fundamental importância na
atenuação dos picos de enchentes. Nesse sentido, evitou-se a redução na sua capacidade de
absorção das cheias e impediu-se a ocorrência de danos sociais e econômicos.
A Figura 2 apresenta um esquema de implantação de parques em várzeas inundáveis, com
indicação das diversas classes de uso.

A - Leito menor do curso de água, de domínio da União ou do Estado


B - terrenos marginais de domínio da União: art. 20, inciso III da Constituição Federal;
C - terrenos para atividades de esporte, recreação e lazer.
D - área com ocupação permitida sob zoneamento municipal e edificações especiais
A seção do leito natural do rio, sob a ponte, apresentava interferência natural (rochas aflorantes). Daí
para cima, o terreno é praticamente plano e devido a essa interferência, sofria inundações anuais que
dificultaram o aproveitamento da área.
Observava-se, contudo, a existência de planos de eliminação das várzeas, principalmente nas esferas
municipais de São Paulo e Guarulhos. Ambas prefeituras depositavam lixo urbano através de aterros
sanitários em lagoas e crateras formadas pela extração de areia, durante o primeiro terço do século.
Algumas indústrias também interferiam na várzea através da implantação ou expansão de suas
instalações.
Previu-se, então, a preservação de uma faixa relativamente larga de várzea, desde o inicio da
retificação (ponte da avenida Gabriela Mistral), até a barragem de Ponte Nova, nas cabeceiras do rio,
de tal forma que abrigasse todos os meandros, evitando que ficassem pequenas áreas esparsas, de
propriedade do estado, em toda sua extensão.

O PROJETO HIDRÁULICO

A retificação do rio Tietê, a montante da avenida Gabriela Mistral, foi planejada para, além de
atender as características normais de capacidade de escoamento e navegação comercial,
impedir, também, inundações em toda zona leste da Grande São Paulo. Ademais, o projeto
deveria, necessariamente, manter ou melhorar a situação existente de acumulação de água nos
picos de enchentes, de forma a conservar ou diminuir as vazões do rio na cidade de São Paulo,
onde o canal se apresentava insuficiente. Foram projetados a nível de anteprojeto, desde a
avenida Gabriela Mistral até Mogi das Cruzes:

 retificação do leito do rio, dimensionado para permitir a navegação comercial em toda


sua extensão;
 implantação de lagos incorporados ao leito do rio, para garantir a acumulação de água
nas vazões de cheia. evitando-se completamente as inundações naquele trecho da zona
leste de São Paulo:

 implantação de lagos isolados-sem ligação com o canal retificado-que. além de se


destinarem ã acumulação de água serviriam também para lazer. conforme previsto no
.projeto urbanístico:

 implantação do sistema de drenagem e infra.estrutura de saneamento básico


compreendendo:

a) canal de circunvalação do Parque, para drenar e impedir a condução de esgoto e


detritos para dentro de sua área:

b) lagos decantadores na foz dos afluentes maiores para impedir o assoreamento dos
lagos interligados e canal de navegação, com o estabelecimento. nesses locais, de dragas
de sucção para desassoreamento permanente:

No trecho previa-se a implantação de quatro barragens


com comportas moveis destinadas a manter os níveis das
águas, para as atividades propostas, ou seja. navegação
comercial no canal e acumulação de água nos lagos
incorporados, suficiente para reduzir as vazões do rio. a
jusante, Previa-se, também, a implantação de eclusas de
transposição, permitindo a navegação comercial em todo o
trecho.

<< Barragem da Penha

A execução completa dessas obras traria, ainda, as


seguintes vantagens adicionais no trato dos problemas
hidráulicos do rio Tietê:

 a existência de grandes lagos, incorporados ao rio, permitiria a decantação do material


sólido transportado pelo rio e seus afluentes de montante. Essa decantação, além de
conter todo o assoreamento, daria as águas mais limpas, escoadas a jusante, maior
poder de transporte, diminuindo sensivelmente o assoreamento do canal na Capital:
 o desassoreamento permanente do canal e lagos integrados seria realizado através de
dragas de sucção, com transporte hidráulico de material sólido. Seu custo seria cerca de
um terço inferior ao executado com drag-line e transportado por caminhões, conforme se
verifica atualmente no canal que corta a Capital:

 o material dragado, durante alguns anos, seria transportado hidraulicamente para áreas
de bota-fora previamente estabelecidas para atender o projeto paisagístico.
O PROJETO PAISAGÍSTICO E ARQUITETÔNICO

Elaborado em nível de anteprojeto, abrangia a totalidade da área marginal dos trechos


retificados ou a retificar do rio Tietê, isto é, desde a barragem Edgard de Souza a jusante, no
município de Santana do Parnaíba, até a barragem de Ponte Nova, a montante, no município de
Salesópolis, com uma extensão aproximada de 86 quilômetros.
Face às diversas características das áreas marginais, foi dividido em três trechos distintos a
saber:
- trecho de montante, desde a barragem de Ponte Nova, até a avenida Gabriela Mistral.
atravessando oito municípios (São Paulo, Guarulhos, ltaquaquecetuba, Poá, Suzano, Mogi das
Cruzes, Biritiba Mirim e Salesópolis):
- trecho central partindo da ponte da avenida Gabriela Mistral até a ponte da Rodovia Castelo
Branco, atravessando os municípios de São Paulo, Osasco e Barueri:
- trecho de jusante, partindo da ponte da Rodovia Castelo Branco até a barragem Edgard de
Souza. atravessando os municípios de Barueri, Carapicuíba e Santana do Parnaíba.
No trecho de montante, a faixa média do parque era mais larga predominando Várzeas amplas.
No trecho central, com o rio totalmente retificado e avenidas marginais já implantadas, a faixa
era praticamente continua, sem maiores acréscimos as áreas existentes. O trecho de jusante
caracterizava se por pequenas áreas de várzeas descontinuas, com topografia mais acidentada.
Ao trecho central do Parque, devido as suas características, com retificação e avenidas marginais
concluídas, foi incorporada, também, a faixa retificada do rio Pinheiros, desde Santo Amaro até
sua junção com o rio Tietê no total de 45 quilômetros, sendo 20 no rio Pinheiros e 25 no rio
Tietê. O projeto previa apenas o plantio de grama e árvores, com espécies adequadas, visando
conferir as marginais maior riqueza visual, atenuando a ausência de vegetação entre essas
faixas e o Parque Ecológico, muito mais rico em vegetação nos demais trechos.
Foi previsto o plantio de cerca de 125 mil mudas de aproximadamente cem espécies diferentes.
Os trechos de montante e jusante constituíam o Parque Ecológico do Tietê propriamente dito
com seus 90 quilômetros quadrados de lagos e áreas verdes. Sua importância aumentava. por
ser o sentido oeste-leste o eixo principal de desenvolvimento da Grande São Paulo.

Idéias básicas do projeto

Aproveitamento das áreas recuperadas com a retificação do rio, desenvolvendo-se a medida em


que as obras de retificação fossem sendo executadas.
Afastamento das marginais no trecho de montante: direcionadas para o leste do estado, as
avenidas marginais existentes colocadas junto ao canal retificado, teriam prosseguimento
obedecendo as mesmas características técnicas, porem afastando se do canal e garantindo o
espaço físico do parque.
Formação de bosques: projeto paisagístico, de extensos bosques circundando os equipamentos
sociais do Parque, com utilização de plantas que suportassem encharcamentos periódicos.
Recuperação da fauna e flora: mudas vegetais, em sua maioria autoctones, visando recuperar e
desenvolver a flora e fauna originais da região.
Formação de lagos: grandes lagos isolados para enriquecimento paisagístico e uso recreativo
imediato.
Equipamentos sociais: construção de vários equipamentos sociais, para atividades de lazer
educativas e de pesquisas, estando previstos dois tipos distintos em toda a área do Parque:

 para atender núcleos populacionais mais próximos, centro de lazer contendo


equipamentos destinados ao esporte, as atividades comunitárias e infantis;
 para atender a população da Grande São Paulo, um estádio distrital, cidade da criança,
um museu e um viveiro de mudas:
Reserva de diversas áreas para implantação de núcleos habitacionais, que seriam
comercializados. gerando recursos financeiros para prosseguimento da implantação do projeto.

OS PROJETOS EXECUTIVOS

Obras hidráulicas

Projetadas a nível executivo para o trecho A1, a montante de São Paulo, compreendiam:

 retificação do Tiete desde a desembocadura do Rio Cabuçu de Cima ate a primeira


barragem projetada (da Penha);
 construção da barragem da Penha;

 retificação e obras complementares (lagos integrados, circunvalação, etc ) até o local da


segunda barragem (de São Miguel).

Face à insuficiência de recursos para a implantação de todas essas obras determinou-se que as
obras hidráulicas deveriam prosseguir a partir da ponte da avenida Gabriela Mistral, numa
extensão aproximada de 3,5 quilômetros. Seria conservada a interferência sob a ponte da
avenida Gabriela Mistral e postergada a construção da barragem da Penha.

Obras paisagísticas e arquitetônicas

Seu projeto não se limitava ao trecho A1, a montante, mas também aos trechos central e de
jusante e compreendia:

a) Trecho de montante (A1)

Área do Parque Ecológico com maior densidade populacional (zona leste de São Paulo e grande
parte do município de Guarulhos) para o qual foram projetados centros de lazer, centro
ecológico, sistema viário, amplo paisagismo buscando a recomposição da flora e fauna, etc,

b) Trecho central

Estavam previstos apenas serviços paisagísticos junto aos canteiros das avenidas marginais
(Tiete e Pinheiros)

c) Trecho de jusante

Foram projetados:

 Centro de Lazer da Ilha de Tamboré localizada no município de Barueri;


 paisagismo, com plantio de árvores beirando os lagos 
Considerando o desenvolvimento das obras hidráulicas e a disponibilidade de recursos,
estabeleceu-se a execução das obras dos trechos central e de jusante. No trecho a montante,
seria realizado apenas parte do projeto, com a implantação do Centro de Lazer de Engenheiro
Goulart.

Obras viárias

Foram projetadas a nível executivo, 3,5 quilômetros da avenida marginal esquerda, a partir da
avenida Gabriela Mistral e melhoramentos na via de acesso ao Centro de Lazer da Ilha de
Tamboré e Ilha do Bacuri. Estabeleceu-se a implantação da avenida marginal somente até o
Centro de Lazer de Eng.Goulart e a pavimentação da estrada de manutenção do DAEE para
acesso ao Centro de Lazer das Ilhas do Tamboré e Bacuri.

FASES DE IMPLANTAÇÃO DO PARQUE ECOLÓGICO DO TIETÊ

Os diversos períodos administrativos do governo do estado representaram diferentes fases de


evolução do Parque Ecológico do Tietê, conforme indicado na Figura 4.
A caracterização sintética de cada fase tornou possível a elaboração de um diagnóstico e este
levou à formulação de propostas, no sentido de viabilizar a continuidade de implantação do
Parque.
A aprovação e o adequado encaminhamento dessas propostas, permitirá que iniciativas
semelhantes sejam realizadas com menores custos

A flora e fauna originais do Tietê apresentavam diversas formações vegetais e espécies de


animais: nos barrancos temos figueiras colossais, cujos ramos curvam-se para o rio, e que
projetam raízes multiformes que mergulham nas águas. E, na estação própria, os figos
maduros que caem despertam a gula voraz dos peixes, que acodem em grandes cardumes
a cevar-se em tão substancioso alimento,  formando-se assim pesqueiros naturais, onde
abundam, entre outros, as piracanjubas e os dourados. Espécies vegetais, das quais
destacam-se os ingazeiros copados, cujas flores brancas, semelhantes à penugem, atraem
diversos insetos, em torno dos seus fartos nectários; imbaúbas de tronco alvacento e
esgalhamento escasso; jenipapeiros de folhas lustrosas e frutos aromáticos; e que
forneciam tinta negra para a tatuagem dos índios; jataizeiros frondosos, cuja resina
medicinal era outrora empregada para o envidraçamento da cerâmica indígena. Como se
escondendo nos côncavos das barrancas, brotam fugindo à luz viva do sol, avencas
variadas, mimosas, e begônias diversas, de flores brancas e folhas codiformes

No extremo leste a vegetação predominante ainda é o capim e pequenos arbustos

Devido ao enorme grau de degradação da área na época da implantação do Parque, a


vegetação predominante ainda é o eucalipto, uma espécie exótica que precisa ser
gradualmente substituída por espécies nativas.

Em 21 anos de parque, pouco se fez em termos de reflorestamento.


 Observe na imagem acima:
A área com tom mais ESCURO são árvores de pequeno e médio porte.
(árvores nativas ou reflorestadas)
A área com tom mais CLARO são pequenos arbustos, capim e grama.
(a maior parte desta área já deveria ter sido reflorestada, conforme previa o
projeto inicial de construção do parque) 

   Como se escondendo nos côncavos das barrancas, brotam fugindo à luz viva do sol,
avencas variadas, mimosas, e begônias diversas, de flores brancas e folhas codiformes
(...).                                 

Em média 250 animais chegam ao parque mensalmente. São aves como araras, tucanos,
papagaios, periquitos, pássaros pretos, coleirinhas e canários da terra. O répteis mais
comuns são lagartos e jabutis e mamíferos: saguis, macacos-prego, quatis, gambás,
antas e catetos. Ao chegarem ao Parque, os animais passam por uma avaliação realizada
pela equipe técnica, composta por biólogos e veterinários, realizam exames clínicos e
parasitológicos, recebem o tratamento necessário e alimentação adequada, e após um
período de recuperação, realizado em viveiros e áreas de procriação são destinados a
programas de soltura e repovoamento. Muitos animais, no entanto, não se adaptam mais
à vida em liberdade e estão condenados a viverem isolados pelo resto da vida.

Os animais recebidos recebem tratamento veterinário e adequação biológica para


posteriormente serem devolvidos a natureza ou encaminhados para centros de
conservação (criadores conservacionistas e zoológicos), conforme autorização do IBAMA.

O C.R.A.S. não recebe visitação, pois trata-se de um local para recuperação desses
animais.
Informações: (0xx11) 6958-1477

      

Mapa de localização
Descrição dos locais:
01 BLOCO A 11 PRAÇA DE ALIMENTAÇÃO 28 Playground
Clube da Turma 12 29 Bosque com churrasqueira
Estação de Trem / Embarcadouro
Infocentro - Informática 30 -x-
13 Campos de Futebol
02 BLOCO B 31 Olaria e Wetlands
Auditório 14 Área de Pic-nic 32 Trilha da Água
Biblioteca 15 Pista de Cooper e Caminhada 33 -x-
03 BLOCO C 16 Caixa D'Agua 34 Ilha dos Macacos
Oficina de Arte e Reflexão sobre a
Natureza 17 -x- 35 Ilha dos Bambus
04  BLOCO D 18 Quiosques com churrasqueiras 36 -x-
Informações ao Público 37 Lago dos Barcos e Pedalinhos
19 Quiosque Sanitário
Promoções e Eventos 38 Portaria
RESTAURANTE 20 Estacionamento 39 Passarela
Vão Livre para Eventos 21 Administração 40 Via Parque
Sanitários - Masc / Fem
22 Casarão (Museu do Tietê) 41 Via de Acesso ao Parque pela Av.
Vestiários - Masc / Fem
23 Dr. Assis Ribeiro, 3000
05 Teatro de Arena Centro de Recepção de Animais
Silvestres (CRAS) 42 Rodovia Ayrton Senna
06 Playground
07 Pista de Bicicross 24 Orquidário
08 Quadras Poliesportivas 25 Viveiro de Mudas
09 Conjunto Aquático 26 Museu do Tietê
10 Palco de Shows e Eventos
27 Quiosques com churrasqueiras
A bacia do Rio Tietê é uma unidade hidrográfica da Bacia do Rio Paraná, composta por seis sub-bacias: Alto
Tietê, onde está inserida a Região Metropolitana de São Paulo; Piracicaba; Sorocaba/Médio Tietê;
Tietê/Jacaré; Tietê/Batalha e Baixo Tietê.

MUSEU DO TIETÊ: IDENTIDADES E REPRESENTAÇÕES

Por Fausto Henrique Gomes Nogueira

"...O Tietê deu a São


Paulo quanto
possuía: o ouro da
areias, a força das
águas, a fertilidade
das terras, a madeira
das matas, os mitos
do sertão.

Despiu-se de todo o
encanto e de todo o
mistério:

Despoetizou-se e
empobreceu por São
Paulo e pelo Brasil".

Alcântara
Foto: Sede do Clube Espéria - década de 20 (acervo Clube Espéria) Machado

O Museu do Tietê, inaugurado dia 22 de setembro, nasceu da iniciativa do engenheiro


José Bernardo Ortiz, Superintendente do DAEE, cuja preocupação era resgatar a história
do mais importante rio do Estado de São Paulo, através da criação de um espaço
educativo significativo no Parque Ecológico do Tietê para a compreensão do nosso
passado histórico e de sua preservação.

O projeto foi desenvolvido por uma equipe técnica coordenada pelo engenheiro Clóvis
R.da Cunha, Chefe de Gabinete do DAEE, e formada pelo historiógrafo Fausto Henrique
Gomes Nogueira, o pedagogo Vítor C. Maniero, a fotógrafa Vera Viscardi e a arquiteta
urbanista Fabiana Z. Azevedo; além de uma equipe de arquitetos dirigida pela arquiteta
Herle C. Bezerra, encarregados da nova sede do Museu.

Nesta etapa, procurou-se levar a cabo uma proposta museológica que demonstrasse a
importância do rio Tietê para a história de São Paulo, como via de navegação e como
produtor de energia, além das atuais condições ambientais em que se encontram este
rio.

Neste sentido, aqui apresenta-se a grande importância de uma instituição desta


natureza. Atualmente, torna-se fundamental disponibilizar aos cidadãos informações
sobre a nossa história que normalmente não são de fácil acesso; ainda mais em um
mundo que presencia de forma contundente a desintegração cultural e a perda de
referenciais que nos façam repensar o real, enquanto possibilidade de transformação do
mundo. Tudo isto resultado de um desconhecimento de nossas experiências em comum.

Ao mesmo tempo, a instituição escolar também tem encontrado dificuldades para


cumprir o seu papel, disputando espaço com os meios de comunicação, cuja
característica principal é a emissão de mensagens sem reflexão, na qual o movimento e
a quantidade de imagens se sobrepõe ao conteúdo transmitido. Além disso, suas
preocupações com o presente imediato e descartável contribuem de forma inexorável
para o esquecimento, para o descarte da memória histórica. Neste particular, torna-se
fundamental a conscientização sobre as experiências do passado que possam contribuir
para a formação de um mundo melhor, mais ético e solidário.

A nossa sociedade baseada em um consumismo desenfreado, e em um mundo


tecnológico forjado por ritmos de mudanças em uma velocidade impressionante, faz com
que tudo se transforme em passado, mas em um passado tido como algo ultrapassado.
O indivíduo, assim, não consegue perceber os relacionamentos com o passado,
vinculando nossas experiências às das gerações anteriores, e possuindo vagas
perspectivas em relação ao futuro.

O educador, de uma forma geral, possui um número reduzido de espaços culturais que
lhe proporcione a oportunidade para a consecução de projetos educacionais que se
relacionam com a sua disciplina, no sentido de formar cidadãos críticos e participativos.
O resultado disto é um certo sentimento de impotência do professor face às
transformações rápidas do mundo contemporâneo, sem poder transmitir aos seus
educandos possibilidades práticas de construção do conhecimento.

Neste sentido, o Museu do Tietê apresenta-se como um espaço que visa permitir ao
educador o desenvolvimento de um projeto de cunho pedagógico, além de permitir à
comunidade o entendimento de questões referentes às nossas experiências em comum.

Foto: Regata de inauguração da Ponte das Bandeiras


É finalidade do museu contribuir para a elucidação do processo histórico através dos
objetos dispostos em seu acervo, constituindo-se como um espaço privilegiado para um
trabalho multidisciplinar, de memória e de conhecimento. O reconhecimento destes
objetos materiais é imprescindível para a compreensão da identidade cultural do
indivíduo, um dos pilares da plena realização da cidadania. Desta forma, é importante
preservar estes objetos, pois fizeram parte da vida e da sobrevivência dos nossos
antepassados, referência para a vida presente.

Torna-se fundamental, portanto, a valorização dos acervos dos Museus, dispostos e


organizados em exposições das mais diferentes formas, mas que constituem discursos,
algumas vezes, críticos. Os objetos dispostos no acervo podem, em uma primeira leitura,
não ter relação nem significado nos dias de hoje; mas o tiveram em outra época e,
embora este significado possa ser reconstruído de diferentes formas, é tarefa construir
um discurso museológico que forneça ao público o entendimento sobre o nosso passado
em comum.

Não pensamos, assim, em um Museu a partir de uma postura conservadora, depositário


de objetos de uma época que não mais existe, mas como um espaço criativo e de
reflexão. Não podemos, também, pensar em um museu histórico como uma instituição
que funcione como complemento da escola; mas sim como forjador de um conhecimento
construído historicamente, e apropriado de diferentes formas pela comunidade. Desta
forma, este espaço pretendeu contribuir para uma reflexão da História, entendida aqui
como uma ciência que nos fornece um instrumental para a compreensão da nossa
realidade atual, em suas múltiplas articulações. A História, assim, deve ser apreendida
como um processo, fruto do conjunto das experiências humanas, e de suas relações
materiais e culturais.

Planta da nova sede do Museu do Tietê; blocos 1, 2 e 3. Projeto da Divisão Técnica de Parques do DAEE
A realização do Museu do Tietê possui, assim, uma função pedagógica ao contribuir para
uma educação patrimonial, isto é, um ensino voltado aos bens culturais; uma
metodologia que concede a esses bens o ponto de partida de um ensino voltado para a
cidadania.

O Museu do Tietê, agrupa uma série de bens históricos como imagens, objetos da cultura
material, painéis e utensílios diversos, constituindo-se o acervo a partir de doações de
diversos órgãos como o CTH e da reprodução autorizada de obras de arte integrantes de
acervos de outras entidades, como Museu Paulista da Universidade de São Paulo, além
de fotos provenientes de diversos acervos, como do Clube Espéria, Clube de Regatas
Tietê etc.

O Museu, através da organização do seu acervo, pretende demonstrar a importância do


rio Tietê para a história de São Paulo e do Brasil, isto é, de como o velho e lendário
Anhembi, testemunha de passagens marcantes da história paulista, transformou-se,
gradualmente, em um esgoto a céu aberto. As transformações sofridas ao longo dos
anos pelo rio Tietê, fruto de um desenvolvimento econômico desorganizado e predatório
constituem uma das temáticas privilegiadas no acervo.

Se adentrarmos na trajetória do pensamento de um Melo Nóbrega, (historiador, autor de


"História do Rio Tietê") podemos pensar em um rio concebido pela sua lógica própria,
agente capaz de interferir no processo histórico, dotado de vontade própria, sendo que
muitos outros autores demonstraram esta capacidade do rio Tietê. Neste aspecto,
percebemos o Tietê em sua dialética inexorável, que constrói sentido, sendo um
personagem, e não mero objeto a ser moldado pela ação racional do homem, em busca
de algo que este define como progresso.

O rio Tietê se caracteriza pela sua importância histórica e econômica, ligado às


conquistas e à expansão do território brasileiro, pelos bandeirantes; ou então à produção
de energia para São Paulo. Representava para os índios via de transporte e meio de
subsistência. Embora não fosse importante em um período imediatamente posterior à
fundação de São Paulo, tendo o Tamanduateí e o Anhangabaú, uma importância maior,
no século XVI e XVII foi a grande via fluvial dos paulistas, "despertando o desejo de
conquistas", ou como afirmou Afonso de E. Taunay: "Quando à margem do rio, se
puseram pela primeira vez a meditar acerca do curso provável daquelas águas,
estranhas e volumosas, que nasciam tão perto do mar e corriam para o interior das
terras, que teria ocorrido à mente desses primeiros povoadores do planalto? Para onde
iria o misterioso caudal?".

Entretanto, este ilustre personagem também é um ilustre incompreendido. Desrespeitado


pela cidade que ajudou a crescer, constituindo-se como local de lazer e de encontro, hoje
contribui com as enchentes e a poluição. Entretanto, isto ocorre pois suas margens foram
invadidas, esgotos são jogados sem qualquer tratamento, e a cidade culpa o rio como se
este fosse o algoz, e não a vítima de um processo de urbanização acelerado e mal
planejado. Constantemente notamos que os projetos feitos ao longo do século XX, no rio
Tietê, tiveram como preocupação fundamental "domar o rio" sem levar em conta a lógica
tieteana. Nos dias de hoje o paulistano não possui uma identificação em relação ao rio. O
"mais paulista dos paulistas" é, infelizmente, um vizinho odiado, um inimigo a ser
vencido. A falta de memória histórica é uma constante em nossa sociedade. Estas
contradições têm um tratamento especial dado pelo acervo do Museu.
 

VISITAS MONITORADAS

De terça a domingo, das 9 às 16 hs.

Informações e agendamento: fone 6958.1477


com Isabel Fernandes Batista.

Em 22/09/1999, o DAEE inaugurou as novas instalações do Museu do Tietê, com as


condições necessárias para expansão do acervo incorporando outras temáticas.

Cabe destacar que o Museu do Tietê, só teve sucesso graças ao auxílio de uma série de
pessoas e instituições, que têm em comum o amor a este grande rio de São Paulo, sem
as quais o trabalho seria impossível de se concretizar.

Particularmente destacamos a contribuição do administrador Fernando Silveira Queiroz,


diretor do DSD, pelo inestimável apoio; do Prof. José Sebastião Witter, Diretor do Museu
Paulista da Universidade de São Paulo – conhecido como Museu do Ipiranga – e da Prof.
Miyoko Makino, Diretora de Difusão e uma das maiores especialistas em pinturas históricas,
que autorizaram a reprodução das pinturas pertencentes ao acervo daquela instituição; de
Jonas Soares de Souza, Supervisor do Museu Republicano de Itú, pelas importantes idéias
concedidas; o jornalista Ettore Liberalessu, de Salto, que emprestou fotos referentes à
enchente de 1929; Marco Antonio Palermo, que cedeu fotos do seu acervo pessoal; a diretora
do Parque Ecológico do Tietê, Eng. Priscilla T. S. Balotta de Oliveira, que nos recebeu
gentilmente; aos engenheiros Mário Thadeu Leme de Barros, Antoninho Pereira da Silva e
Carlos Loret Ramos, da equipe do CTH que contribuíram na coleta e análise da água
proveniente do Tietê, além da doação de equipamentos e das informações pertinentes aos
mesmos. O Clube Espéria nos auxiliou com importantes imagens, através do responsável do
Arquivo Histórico, André, permitindo a reprodução de suas fotos. O sr. Max, do Clube de
Regatas Tietê, nos propiciou um raro entendimento sobre o período das regatas. O Museu,
portanto, é obra coletiva e desinteressada de uma série de pessoas que tem em comum o amor
a este grande rio de São Paulo.

Fausto Henrique Gomes Nogueira: mestrando em História da Cultura pela USP, colaborador do projeto Cultura e
Cidadania/DAEE, e historiógrafo do Museu do Tietê.

Fonte: DAEE - Centro de Educação Ambiental - http://www.daee.sp.gov.br 

Designer - Anacleto B. Pereira


Ecotiete - © Todos os direitos reservados
Centro Cultural Rio Tietê
Criado pelo Projeto Revitalização seu objetivo é desenvolver uma série de ações no
sentido de disponibilizar espaços e atividades culturais que contribuam para a
socialização e o lazer da população.

O Centro Cultural do Rio Tietê é composto pelas seguintes áreas:

 Museu do Tietê
 Oficina de Arte e Reflexão sobre a Natureza
o Oficina de Artesanato
o Teatro
 Biblioteca do Tietê

Clique nos links acima ou sob as imagens abaixo para visualizar os locais

Museu do Tietê Oficina de artesanato Teatro Biblioteca

Museu do Tietê

Implantado pelo DAEE, o Museu do Tietê teve seu acervo inaugurado no dia 22/09/1999,
data em que comemoramos o "Dia do rio Tietê" e tem como principal objetivo contribuir
para o ensino voltado para a cidadania, preservando e fornecendo para a população a
possibilidade de pesquisa, estudo e apreensão da cultura. 
Entrada do Museu

Sediado no Parque Ecológico do Tietê, o Museu demonstra as transformações sofridas ao


longo dos anos pelo Rio Tietê, fruto de um desenvolvimento econômico desorganizado e
predatório, assim como a sua recuperação através dos projetos levados a cabo pelo DAEE
e outros órgãos governamentais. 

Seu acervo reúne uma série de imagens, objetos da cultura indígena, e painéis com o
objetivo de demonstrar como o rio Tietê contribuiu e vem contribuindo, decisivamente
para a história de São Paulo. 

O Museu está aberto para visitação de Terça à Domingo das 09:00 às 16:00 hs.

Agendamento de escolas ou grupos organizados e mais informações podem ser obtidas


através do tel. 6958 1477 com Isabel.
Sanitários e Vestiários

Os maiores sanitários e vestiários ficam localizados no Bloco "D" próximo da entrada


principal, em frente ao palco de shows e eventos.
O outro é o "quiosque sanitário" que fica localizado próximo da portaria, em frente ao
Museu do Tietê.

O sanitário e vestiário M/F fica no "bloco D", após o vão livre.


O quiosque sanitário M/F fica em frente ao Museu do Tietê

Estacionamento

O estacionamento principal do parque tem capacidade para 600 veículos e fica na Via
Parque, ao lado da passarela. Seu uso é gratuito, mas não há seguranças no local.

Vista do Estacionamento principal


Estacionamento improvisado em frente a Portaria 1

Visão geral do estacionamento improvisado em frente a Portaria 1

O local não é um estacionamento, mas foi adaptado pelos usuários para deixarem seus
veículos fora da área de risco que é a Via Parque. O parque não se responsabiliza pela
guarda dos veículos em nenhum dos locais.

Faixas indicativas na entrada do Parque

Com o crescente numero de novos visitantes ao parque, havia a necessidade de


disponibilizar melhor orientação aos mesmos, e esta orientação começou dia 15/10 com
a colocação de faixas indicativas na Biblioteca, Oficina do Tietê, Atendimento ao Público
e Sanitários, localizados nos blocos "B", "C" e "D" na entrada principal do Parque
Ecológico do Tietê.
Fotos: Anacleto B. Pereira 19 de outubro de 2002

Vista da entrada principal - Núcleo Engenheiro Goulart


Restaurante no Parque Ecológico
Desde o mês de Maio/2003, os usuários do Parque Ecológico do Tietê tem mais um local para fazer sua alimentação. Trata-se
restaurante que fica localizado no Bloco "D" que é  administrado por terceiros e que oferece uma boa alimentação por um preç
popular.  ( Clique AQUI e veja sua localização no MAPA )

Vista interna do Restaurante


Vista externa do Restaurante
Lanchonetes
Situadas na Praça de Alimentação, entre o Palco de Shows e o lago dos pedalinhos, existem 6 (seis) lanchonetes para atender os
visitantes do parque, vendendo lanches, petiscos e bebidas.

Lanchonetes ao ar livre
È um serviço prestado por terceiros e funciona de segunda a domingo das 08:00 as 17:00 horas
Quadras Poliesportivas
O parque possui 5 quadras poliesportivas, tais como: Basquete; Vôlei e Futebol de Salão.

Vista de uma das quadras poliesportivas


ATENÇÃO: Para a utilização das quadras poliesportivas, há necessidade de fazer reserva com 10 dias de antecedência: Veja o
do documento << ABRIR >>
Maiores informações:
Área de Promoções - Tel.: 6958.1477 - ramal 2634 - Sr. DEPETRI ou JULIO CESAR
Fax 6958.3999
Designer - Anacleto B. Pereira
Ecotiete - © Todos os direitos reservados
Campos de Futebol
O parque possui 4 campos de futebol na área interna, e 11 campos de futebol de várzea na área externa em toda a extensão da "V
Parque". Todos os finais de semana, clubes da região se encontram para a disputa de campeonatos. É necessário fazer a reserva
administração da área desportiva do parque.

Vista do campo de futebol na área interna do Parque Ecológico do Tietê


ATENÇÃO: Para a utilização dos campos da área interna e da área externa do parque, há necessidade de fazer reserva com 10 d
antecedência: Veja o modelo do documento << ABRIR >>
Maiores informações:
Área de Promoções - Tel.: 6958.1477 - ramal 2634 - Sr. DEPETRI ou JULIO CESAR
Fax 6958.3999

Designer - Anacleto B. Pereira


Ecotiete - © Todos os direitos reservados
Esporte - Atletismo - Pedestrianismo
A Trilha do Tietê, denominação oficial dada pelo Parque Ecológico, possui 4.050 metros e 5.360 respectivamente (vide mapa ab
e vem sendo utilizada cada vez mais pelos amantes do atletismo.
A trilha é quase que totalmente arborizada, existe marcação oficial a cada KM para que o atleta possa registrar seu ritmo e o pis
terra batida com pequenos pedregulhos em quase todo percurso, e asfalto num trecho de aproximadamente 450 metros entre a ca
d'água e a praça de alimentação.
ATENÇÃO: Como não é uma trilha exclusiva para corredores, a Administração do parque pede que tomem cuidado nas curvas
cruzar com grupos de caminhantes, principalmente crianças e idosos.
O maior fluxo de caminhantes na trilha é entre 6:00 e 10:00 horas durante a semana e no sábado e domingo, praticamente o dia

Existe também uma Raia de Atletismo em torno do campo 4, mas é pouco utilizada devido a falta de uma manutenção
constante.

Designer - Anacleto B. Pereira


Ecotiete - © Todos os direitos reservados
Pista de bicicross
Localizado ao lado da "caixa d'água" e do Conjunto Aquático do Parque Ecológico do Tietê, o oferece um excelente
espaço para os praticantes desta modalidade de esporte. É uma área montada especialmente para bicicross, com uma
pista sinuosa, num terreno acidentado e cheios de aclives e declives.

Vista da pista de bicicross

Designer - Anacleto B. Pereira


Ecotiete - © Todos os direitos reservados
Playground
Existem dois playground's na área interna do parque e um na área externa. A manutenção é precária, mas as crianças aproveitam
brincar assim mesmo.
Playground ao lado do Bloco A

Playground ao lado da portaria 1


Playground externo, ao lado da Via Parque e em frente a portaria 1 (abandonado
Estrutura de LAZER do Parque Ecológico do Tietê

Trilha do Tietê Passeios de Trenzinho


Passeios de Pedalinhos Trilha arborizada e de terra, com percurso de 4 km para Conheça toda área do parque, num trajeto de 4
Leve seus filhos para passear nos pedalinhos cisnes no passeios, caminhada ou corrida... trilhas
lago do parque

Passeios de Barco a Remo Bosque com Churrasqueiras


Divirta-se remando no lago principal do parque Uma área agradável para passar com a família..
Aluguel de Bicicletas
Para passear pelas trilhas do parque, você pode alugar
uma...

Áreas para Piquenique Pipódromo


O parque possui áreas apropriadas para piqueniques... Um local exclusivo para a soltura de pipas e pap

Tobogã - Escorregador Inflável


Para crianças de todas as idades
Quadra de BOCHA Trilha Secundária - Leste
Está quase concluída... Uma nova opção para os adeptos do atletismo.
Quiosques com Churrasqueiras mais...
São 6 quiosques disponíveis aos visitantes...

Piscinas / Conjunto Aquático


Uma conjunto de piscinas disponíveis à comunidade
Playground usuária...
Existem dois playground na área interna e um na área
externa...

Estrutura CULTURAL do Parque Ecológico do Tietê

Centro Cultural do Rio Tietê Programa GINÁSTICA e AERÓBICA


Conheça... Inicio dia 15 de Agosto
Inscreva-se JÁ...

Programa: VIVENCIANDO O TEATRO Ecoficina do Tietê


Inscreva-se e participe... Conheça a PEÇA TREATRAL em Cartaz na Oficina
Cultural

Programa ARTE POPULAR


Danças, Músicas, cantos e arte em geral. Oficina Cultural - Teatro Museu do Tietê
Inscreva-se a participe... Conheça. O Museu demonstra as transformações sofridas
dos anos pelo Rio Tietê.

Anfiteatro / Auditório Biblioteca do Tietê


Espaço destinado à Reuniões e Palestras Possui amplo acervo bibliográfico com ênfase em Infocentro
assuntos ambientais  Centro de Informática, cursos gratuitos, e acess
Internet - Destinado à comunidade da região

Oficina Cultural
Conheça todos os trabalhos do parque na área cultural Palco coberto
Palco de shows e eventos onde acontece os grandes Oficina de Artesanato
espetáculos do Parque. Esta oficina ensina a transformar sucata em arte

Clube da Turma
Entidade que cuida de menores carentes da zona leste

Teatro de Arena Veja se o que deseja saber já possui uma respo


Área destinada a apresentações de espetáculos ao ar
livre.

Histórico do Parque Ecológico do Tietê

Na entrada de São Paulo, as duas áreas implantadas do projeto do Parque Ecológico do Tiet
apresentam como um exemplo da compreensão do rio por seu múltiplo uso. Elaborado em
pelo arquiteto Ruy Ohtake, esse projeto prevê a ocupação de uma área de mais de 100
quilômetros na extensão do rio, desde sua nascente até Santana do Parnaíba, passando, al
capital, pelas cidades de Salesópolis, Biritiba-Mirim, Moji das Cruzes, Itaquaquecetuba, Suz
Poá, Ferraz de Vasconcelos, Guarulhos, Osasco, Carapicuíba, Barueri e Jandira, sempre abo
o Tietê como um importante elemento paisagístico, ecológico, recreativo e ordenador das c
Núcleo Engenheiro Goulart

Ao contrário da maior parte dos projetos de intervenção no Tietê, o Parque Ecológico assum
como rio, inclusive com suas enchentes: ele não visa canalizá-lo, nem determinar que obed
aos desejos dos homens e viva na rasante. pelo contrário: o Parque Ecológico assume esse
comportamento do rio e propõe o afastamento das suas avenidas marginais, adotando um
conceito que contaria o da maior parte dos engenheiros urbanos do país, que acolhem a idé
construção de estradas próximas aos leitos.

No caso do Tietê, onde ele passa pela cidade de São Paulo foi um engano emparedá-lo com
avenidas e edificações, porque suas margens são a várzea natural do rio. Além disso, com o
Núcleo Tamboré
aumento das águas devido à impermeabilização progressiva do solo urbano, as obras de
aprofundamento do Tietê, além de se tornarem a cada dia mais complexas, assumem, a médio prazo, um custo financeiro
superior ao do alargamento do seu leito e afastamento das avenidas marginais.

Além da correção desse erro doloroso do ano passado, a recuperação de uma faixa média de 800 metros às margens do T
em toda a extensão do parque, e o alargamento do seu leito em vários pontos, formando 14 lagos, é uma opção urbaníst
caso da cidade de São Paulo, o Parque Ecológico aborda o Tietê como o grande detonador da organização da metrópole, p
por sua ocupação longilínea, permite desenhos claros e definidos em seu entorno; e o aborda, ainda, como o centro do qu
seria, possivelmente, o último parque urbano que a cidade, com poucas áreas verdes, poderia ter, uma vez que suas dem
áreas verdes significativas estão fora da malha urbana.

O Parque Ecológico foi implantado apenas em Tamboré, perto de Osasco, e em Engenheiro Goulart numa região posterior
cortada pela Rodovia dos Trabalhadores (atual Ayrton Senna), a caminho do Aeroporto de Cumbica.

Nesses locais, com o afastamento das marginais, o que seria um longo canal retificado ganhou novas proporções: a área
enriquecida paisagisticamente, foram implantados equipamentos culturais e esportivos, construídos viveiros de pássaros
plantas, e a água se integrou de maneira mais adequada ao seu ambiente, permitindo, com o aproveitamento dos afluent
rio, a recriação de várias espécies de peixes. 

Fonte: www.tratamentodeagua.com.br 

O Parque Ecológico do Tietê foi criado em 1976, inaugurado em 1982, com a finalidade de preservar as várzeas do rio Tie
combater, juntamente com outras obras (barragens, retificação do rio, desassoreamento), as enchentes na Região Metrop
da Grande São Paulo.

Como subproduto desta grande função e ciente da carência de áreas verdes destinadas ao lazer da comunidade, foram cr
dois Centros de Lazer: Engenheiro Goulart e Ilha do Tamboré/Ilha do Bacuri, localizados respectivamente na Zona Leste e
da Capital.

Com uma área total de 14 (quatorze) milhões de metros quadrados, o Parque Ecológico do Tietê é administrado pelo DAE
Departamento de águas e Energia Elétrica da Secretaria de Estado e Recursos Hídricos, Saneamento e Obras - Governo d
Estado de São Paulo.

Além de suas funções prioritárias, o PET proporciona aos seus usuários uma série de atividades educacionais, recreativas,
esportivas e lazer, recebendo mensalmente cerca de 40 (quarenta) mil visitantes.
Parque Ecológico do Tietê - Arquiteto Ruy Ohtake
Este projeto está sendo elaborado para a Secretaria de Obras e do Meio ambiente, aproveitando as obras de retificação do rio Tietê.

Outubro 1976 - EcoUrbs

1 - O parque que a cidade ganha - Introdução

- São Paulo é hoje, uma das maiores concentrações urbanas do mundo, com seus 11 milhões de habitantes, distribuídos
área de 900 km2.

- O crescimento vertiginoso e descontrolado da nossa cidade caracterizou-se sobretudo pela ocupação excessiva e caótica
construções numa avalanche imediatista, sem que normas municipais ou projetos de intervenção urbana conseguissem
implantar um desenho para a cidade.

- Por outro lado, não tememos as grandes cidades: a adequada relação entre áreas abertas, verdes e áreas edificadas po
propiciar o equilíbrio urbano, organizando a cidade e possibilitando bonitos espaços para todas escalas de convivência do
homem.

- A isso devemos acrescentar que as cidades, tendo sua história, devem possuir marcos que assinalem significativamente
etapas histórico-culturais.

- É dentro dessa perspectiva que propusemos o projeto do Parque Ecológico do Tietê.


- O rio tem 113 km a leste da cidade e 18 km a oeste atravessando os seguintes municípios: Salesópolis, Biritiba-Mirim, M
Cruzes, Suzano, Poá, Itaquaquecetuba, Guarulhos, São Paulo, Osasco, Barueri, Carapicuiba e Santana do Parnaiba.

- A área total do Parque é de 140 km2, portanto 120 vezes maior que o Parque do Ibirapuera.

- Essas dimensões dão-lhe configuração metropolitana da mais alta importância.

- Essa importância aumenta quando sabemos que o sentido leste-oeste é o eixo de desenvolvimento de São Paulo.

- Assim, propusemos para o Parque as características de um parque urbano, onde a população possa usufruir plenamente
faixa aberta, que integra os equipamentos de uso social com o verde e a água.

- Com isso nossa cidade, tão carente de área libre, passará a ter um parque urbano compatível.

- Finalmente, o parque poderá ser um elemento organizador do desenvolvimento da cidade, pela sua ocupação longilínea
partir disso, são possíveis desenhos urbanos claros e definidos.

1 - O parque que a cidade ganha - Idéias básicas


Aproveitando a retificação do rio, obra inadiável para minorar os efeitos das enchentes, propusemos que as duas avenida
marginais, tradicionalmente correndo junto ao canal, sejam mais afastadas. Com isso, criamos uma faixa entre essas ma
garantindo a implantação do Parque, cuja largura média é de 800 metros, ao longo dos seus 148 km.

Alem disso, conseguimos melhorar sensivelmente as condições de construção, pois com seu afastamento evitamos que as
marginais passassem sobre os meandros do atual curso do rio.

A leve sinuosidade do traçado criará perspectivas surpreendentes ao longo de toda a área. Uma correta ocupação do solo
externo ao Parque nos trechos ainda não comprometidos, poderá completar o quadro, dando a São Paulo uma nova feiçã
urbana.
Propusemos, paralelamente a essas marginais, uma pista exclusiva dedicada ao transporte em massa, pois que atravessa
áreas de grande concentração urbana.

A faixa criada pelas duas avenidas marginais será a base para a formação do Parque. Extensos bosques predominarão em
panorama: desde bosques compactos e "santuários", até bosques mais abertos. Espécies vegetais adequadas comporão e
maciços e em certos trechos tentaremos reconstruir a flora inicial. Com isso, será possível restabelecer o retorno da fauna
pequeno porte.

Um viveiro convenientemente dimensionado fornecerá os 6 milhões de mudas previstas para o Parque. Além disso,
procuraremos sempre introduzir o aspecto educativo do Parque e da sua vegetação.

Projetos específicos de paisagismo comporão os entornos dos equipamentos sociais a serem implantados.

Com isso, o índice de área verde por habitante, em São Paulo, passará de 1,5 para 10 m2/hab - portanto um aumento
substancial.
O rio Tietê atravessa o vale num percurso cheio de meandros. Além disso, em algumas regiões como Osasco e Itaquaque
foram abertas grandes crateras devido a extração de areia.

Propusemos, então, que o canal alargasse seu leito em vários pontos de seu trajeto, formando bonitos lagos.

Assim, ao que seria um longo e estreito canal retificado, conseguimos dar novas proporções, fazendo com que a água ten
agora uma integração mais adequada com o bosque, enriquecendo enormemente o Parque, tanto paisagisticamente, com
seu uso recreativo.

Ao total formulamos 14 lagos, sendo 2 deles maiores que a lagoa Rodrigo de Freitas, do Rio. E no lago de Itaquaquecetub
previmos uma Cidade náutica, com instalações completas para regatas.

Com isso, o projeto melhorou também as condições de retificação, evitando volumes imensos de aterros sobre os meandr
rio e buracos de escavações de areia.

Evidentemente, o uso recreativo da água será possível quando surgirem os primeiros efeitos do tratamento para a despol
da bacia do Tietê. É um processo lento, a exigir grande esforço governamental e cooperação da população.

Com essas condições, teremos retomado o Rio Tietê, hoje transformado num grande escoadouro do esgoto. Com o projet
apropriamos devidamente a natureza, trazendo o rio ao convívio urbano e marcando culturalmente a presença do homem
parque metropolitano, que propomos contemporâneio e atuante.
Ao caracterizarmos o Parque como urbano, é porque consideramos imprescindível seu uso pela população.

Nos estudos mais recentes que elaboramos, cerca de 500 mil pessoas deverão freqüentar o Parque em fins-de-semana (
Parque do Ibirapuera é hoje freqüentado por 50 mil pessoas).

Na nossa proposta, preocupando-nos em desenvolver o lazer-prática (cotidiano, lúdico, cultura) e não estimular o lazer
consumo, propusemos dois tipos de equipamentos.

O primeiro é voltado à população mais próxima do Parque, portanto mais diretamente beneficiada: núcleos comunitários,
núcleos esportivos, núcleos culturais, centros infantis e "play-grounds".

O segundo tipo procurará atender ao interesse da população de toda a cidade: centro cultural da cidade, cidade da crianç
estádio esportivo, cidade náutica, viveiro de mudas, viveiro de pássaros, museu do parque e centro ecológico.

Com isso, acreditamos estar dotando de equipamentos não só a faixa leste-oeste, mas toda a cidade, que se tornou tão c
arrastada que foi por uma visão imediatista e gananciosa.

1 - O parque que a cidade ganha - A cidade que se organiza com o parque

O sentido leste-oeste do parque

Limitando ao norte pela Serra da Cantareira e ao sul pela Serra do Mar, o desenvolvimento da cidade de São Paulo é no e
leste-oeste, que coincide com o eixo do Parque. Isso lhe confere uma importância urbana fundamental, pois ao longo de s
148 quilômetros acompanhará a ocupação da cidade, possibilitando, de um lado, que novas populações o possam usufrui
outro, que a ocupação lindeira possa ser mais sugestiva, através de um zoneamento não de "manchas", mas que defina u
desenho para esta faixa da cidade.
Modelos de ocupação do solo que o parque sugere

O rio Tietê tem algumas dezenas de afluentes em volta da cidade.


Desde córregos, até alguns de porte mais significativo, como o Guaió, o Taiaçupeba, o Jundiaí, o Baquirivu etc. Pela form
geomorfológica, predominam os da margem esquerda.
A proposta urbanística, complementar ao Parque, é que tratemos adequadamente os chamados fundos de vale desses afl
Não como uma visão de saneamento apenas, construindo duas ruas ou avenidas marginais a sufocar o leito desses córreg
Mas com um afastamento mais generoso, permitindo também a implantação de uma faixa verde.
Assim, teremos um desenvolvimento urbano organizado numa forma de espinha de peixe, determinada pelas faixas verde
onde a coluna dorsal é o Parque Ecológico. E entre as fixas dos afluentes poderemos desenvolver os diferentes tipos de
ocupação urbana.
Fica essa proposta urbana, que vislumbramos bonita, pela organização que se pode estabelecer.

Modelos para o tratamento urbanístico das cidades ao longo do parque


O Parque, ao longo de sua trajetória, passará por uma série de cidades (Guarulhos, São Miguel, Itaquá, Poá, suzano, Moj
Evidentemente, o impacto do Parque deverá atrair o desenvolvimento físico dessas cidades para junto de si. Isso poderá
provocar um desequilíbrio na presente situação, e mesmo, deteriorar precocemente os atuais centros da cidade, na medid
que o centro de gravidade urbano penda em direção ao Parque.
A fim de garantir o devido equilíbrio no processo de desenvolvimento, imaginamos localizar na extremidade oposta da cid
um equipamento social ou institucional significativo e criar uma ligação, o grande passeio, que o una ao Parque passando
centro.
Com isso, acreditamos não desequilibrar as atuais estruturas urbanas e os centros serão utilizados com esses grandes pa

O parque
150 km de integração urbana

Uma visão tecnicista e imediatista diria que a integração entre vários pontos de uma cidade se faz através de uma via exp
Ao propormos o Parque ao longo do rio Tietê, possibilitamos que a integração urbana, numa extensão superior a 100 km,
faça pelas atividades de lazer, de cultura e esportivas, que serão desenvolvidas ao longo dele, com pessoas a caminhar p
bosques a a andar de bicicletas.
Essa a integração que desejamos: pelas atividades humanas, ligadas por verde e lagos e canais.
O rio Tietê:
sua história e a retomada

"-É noite. E tudo é noite. Debaixo do arco admirável


Da Ponte das Bandeiras o rio
Murmura num banzeiro de água pesada e oliosa";

"...De repente
O ólio das águas recolhe em cheio luzes trêmulas,
É um susto. E num momento o rio
Esplende em luzes inumeráveis, lares, palácios e ruas,
Ruas, ruas, por onde os dinossauros caxingam
Agora, arranha-céus valentes donde saltam
Os bichos blau e os punidores gastos verdes,
Em cânticos, em prazeres, em trabalhos e fábricas,
Luzes e glória. É a cidade... È a amaranhada forma
Humana corrupta da vida que muge e se aplaude.
E se aclama e se falsifica e se esconde. E deslumbra.
Mas é um momento só. Logo o rio escurece de novo.
Está negro. as águas oliosas e pesadas se aplacam
Num gemido".

"Meu rio, meu Tietê, onde me levas?


Sarcástico rio que contradizes o curso das águas
E te afastas do mar e te adentras na terras dos homens,
Onde queres me levar?..."

"Rio que fazes terra, húmus da terra, bicho da terra,


Me induzindo com a tua insistência turrona paulista...
Para as tempestades humanas da vida, meu rio!..."

"Estas águas do meu Tietê são objetas e barrentas,


Dão febre, dão morte decerto, e dão graças e antíteses".

"A culpa é tua Pai Tietê? A culpa é tua


Si as tuas águas estão pobres de fel
E majestade falsa? A culpa é tua
Onde estão os amigos? onde estão os inimigos?
Onde estão os pardais? e os teus estudiosos e sábios, e
Os iletrados?
Onde o teu povo?..."

(Mário de Andrade, A Meditação sobre o Tietê, 1944/45, extratos).


Esse poema de Mário de Andrade retoma a meditação e a discussão sobre a importância do Tietê na formação e no
desenvolvimento de São Paulo. Esse brado de alerta só recentemente em ocupado lugar de destaque nas preocupações
governamentais e nos jornais.
A história nos mostra os portugueses vencendo a barreira da Serra do Mar. Encontraram no planalto o sítio privilegiado p
instalação de um povoado, base para suas incursões colônia adentro, através de uma via natural: o rio.
Durante os dois primeiros séculos, o Tietê foi usado como o acesso ao interior.
O crescimento contribuiu para transfigurar a cidade. Esse processo acelerou-se a tal ponto que, no século passado, o Tiet
transformou num depósito de dejetos da cidade, implicando em problemas sanitários de proporção, como a propagação d
malária.
Com o início da industrialização, os problemas se agravaram para o Tietê. A várzea foi sendo ocupada por indústrias, que
em suas águas a melhor solução para despejo de resíduos industriais.
Mas a meditação sobre o Tietê, embora envolvesse Mário de Andrade em meados da década de 40, era relegada a um se
plano, em relação a preocupações imediatistas. A visão do progresso e de distorcido crescimento urbano, abafava vozes e
pensamentos que lhe colocassem dúvidas. Sem dúvida, alguns projetos voltaram sua atenção ao Tietê. Em 1929, Prestes
e em 1930, Saturnino Brito propuseram algumas medidas para solucionar os problemas do rio.
Em 1965, Jorge Wilheim propõe o aproveitamento do trecho urbano e, em 1974, Miguel Colassuonno de um trecho a mon
da cidade.
No entanto, nenhum desses projetos teve uma maior atenção para sua implantação, embora tenham oferecido contribuiç
importantes para a busca de novas propostas.
Hoje, em meio às discussões e à procura de soluções para os problemas urbanos colocados pelo caráter do crescimento d
Paulo, é o momento de retomarmos a meditação sobre o Tietê.
Projetamos o Parque Ecológico do Tietê, no qual propomos a retomada do rio e a reapropriação desse elemento da nature
parte da população paulistana. Vemos também que isto só será possível através da recuperação conjunta do canal e de to
faixa marginal, que torne o Tietê um de seus locais de vivência. Com isso, reintegramos o Tietê à cidade, e sua forte pres
urbanística poderá dar a organização e a contemporaneidade que desejamos.

Centro Cultural Estádio Distrital Centro Ecológico


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Núcleo Comunitário Núcleo Esportivo

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Museu do Tietê e do Bandeirante Viveiro de Mudas

3 - Alguns equipamentos:
de atividade local

No programa do parque, propusemos o desenvolvimento do lazer, norteados por suas diretrizes básicas: o lazer como prá
onde se estimula o desenvolvimento da capacidade criadora e o lazer espetáculo, através do qual a população possa conh
novos valores, incorporar novos significados.

Por outro lado, dadas as dimensões do Parque, formulamos um grupo de equipamentos que atenda mais diretamente a
população lindeira.

Alem dos equipamentos de atividades locais, em vista da importância física do Parque, formulamos vários equipamentos
interesse metropolitano. São eles, com a localização respectiva:
- Centro Cultural da Cidade, em Guarulhos;
- Estádio Esportivo, em São Miguel;
- Cidade da Criança, em Guarulhos;
- Cidade Náutica, em Itaquaquecetuba;
- Viveiro de Mudas, em Biritiba-Mirin;
- Viveiro de Pássaros, em Biritiba-Mirin;
- Museu do Parque, em Guarulhos;
- Museu do Tietê e do Bandeirante, em Santana do Parnaiba;
- Centro de Pesquisas Ecológicas, em Santana do Parnaiba.

3. Alguns equipamentos: Parque Infantil


Esses equipamentos, que chamamos de atividades locais, distribuem-se ao longo de toda a gleba, de acordo com a densi
populacional e área disponível do Parque. São elas (em primeira etapa):
- 17 núcleos comunitários;
- 8 núcleos esportivos;
- 29 parques infantis;
- 5 centros culturais.

4. Trabalho em andamento - O desenvolvimento

O detalhamento do projeto é longo, não só pela extensão do Parque, mas também pelo aspecto multidisciplinar do projet
nossa coordenação, a nossa equipe de assessoria mais as equipes do DAEE e do DER, estamos desenvolvendo estudos e
projetos, vários deles já concluídos, nas seguintes faixas:

Solo

- Estudo global da geomorfologia do planalto paulista.


- Estudo específico, caracterizando trechos aluviais, hidromorfos, latosol e os de transição, na faixa do Parque.
- Estudo agronômico e botânico para a indicação adequada e tratamento das espécies vegetais.
- Projeto do movimento de terra, com as compensações devidas e levando em conta a drenagem superficial, para a adeq
implantação da vegetação e dos equipamentos.

Água

- Estudo hidráulico do canal, levando em conta índices pluviométricos de 500 anos, para efeito de enchentes, determinan
assim sua secção e patamares auxiliares.
- Projeto de pequenas eclusas em trechos do canal, para regularizar as diferentes vazões de épocas de chuva e estiagem.
- Projeto da secção do canal a fim de permitir a navegabilidade nos lagos e ao longo do canal, em qualquer época do ano
Projeto das estações de embarque.
- Projeto final dos lagos.

Saneamento e Drenagem
- Política geral de saneamento e proteção à bacia.
- Estudo de proteção das águas do canal do esgoto urbano.
- Estudo de proteção das águas superficiais.
- Estudo de proteção dos afluentes já poluídos.
- Estudo de proteção dos afluentes não poluídos.
- Projeto de drenagem do Parque.

Urbanismo do Parque

- Projeto final dos limites do Parque, levando em conta o traçado do canal, a atual ocupação da malha urbana e o projeto
avenidas marginais.
- Projeto final dos lagos.
- Conceituação do lazer e distribuição dos equipamentos sociais ao longo do Parque.
- Projeto de implantação dos equipamentos.
- Projeto dos caminhos e ruas internas do Parque
- Projeto da rede de eletricidade e de hidráulica.

Equipamentos

- Conceituação e formulação dos programas de todos os equipamentos sociais.


- Projeto desses equipamentos.
- Projeto estrutural.
- Projeto de eletricidade e hidráulica.

Paisagismo

- Projeto de paisagismo geral do Parque.


- Projeto de paisagismo específico junto aos equipamentos.
- Projeto de arborização às marginais já construídas (trechos dos rios Tietê e Pinheiros)

Sistema Viário

- Traçado geométrico das duas avenidas marginais (72,0 km da marginal direita e 81,2 km da marginal esquerda).
- Projeto executivo dessas marginais. acessos e estacionamentos.
- Projeto da faixa exclusiva para transporte de massa.
- Projeto das passarelas sobre as marginais, unido a malha urbana ao Parque (38 sobre a marginal - direita e 57 sobre a
marginal esquerda)
- Articulação das travessias com o sistema viário municipal e estadual, em consonância com o SISTRAN.

Patrimônio Histórico

- Levantamento dos monumentos históricos e paisagísticos significativos na área e sua incorporação ao Parque: Igreja de
Miguel e nascente do rio Tietê.

Administração, Operação e Manutenção

- Desde já e fundamental definir o critério pelo qual o Parque será administrado, e então esquematizar atividades e sua
manutenção.
4 - Trabalho em andamento - A atuação profissional

- Parece-nos importante colocar nossa posição e atuação perante os projetos de intervenção urbana, e que nortearam o
presente trabalho.
- Respeitamos os diagnósticos, os estudos de viabilidade econômico-financeira. Entretanto, acreditamos que esses estudo
deverão servir, basicamente, para aprimorar as idéias fundamentais que o projeto propuser.
- Portanto, o projeto deve ser antecedente, carreando conteúdos histórico-culturais, que numa intervenção urbana não po
omitir. esse compromisso com a história vai caracterizando uma cidade.
- Além disso, os diagnósticos, estudos de viabilidade econômico-financeira, via de regra, conduzem a uma resposta em qu
prepondera uma linha tecnicista mais imediatista, deixando num plano totalmente secundário o desenho da cidade.
- Foi com essas convicções que elaboramos o projeto, estamos conscientes, por outro lado, de que a nossa cidade cresce
de pequenos projetos, isto é, projetos que são implantados dentro de um mesmo período administrativo. Claro está que a
implantação de grandes projetos de intervenção urbana, os que geram as grandes linhas de uma cidade, não podem ficar
circunscritos aos 4 anos de um governo. É por isso que achamos fundamental a urgente criação do Conselho da Cidade, ó
que terá a incumbência de garantir a implantação integral dos grandes projetos urbanos, ao longo de tantas administraçõ
quantas forem necessárias.

4 - Trabalho em andamento - Equipe de trabalho

Arquitetura e Urbanismo
Ruy Ohtake, arquiteto - direção geral
Haron Cohen, arquiteto - coordenação
Alfred Talaat, arquiteto
Dalton de Luca, arquiteto
Helio Pasta, arquiteto
José Roberto Portugal Graciano, arquiteto
Léo Bonfim Júnior, arquiteto (*)
Maria Teresa Ramasini Furuiti, arquiteta
Ricardo Itsuo Ohtake, arquiteto

Paisagismo
Roberto Burle Marx, paisagista
José Tabacow, arquiteto
Klara Kaiser Mori, arquiteta
Koiti Mori, arquiteto
Mormes Moreira de Souza, botânico
Gal. Leonino Júnior, engenheiro hidráulico
Carlos Minoru Kanugusko, desenhista
Rosana Bazzo Lerer, desenhista
Vera Lúcia Maia Gavinho, desenhista
Yoshiki Shimahara, desenhista

Estudo Sócio-econômicos
Maria Flora Gonçalves Ohtake, socióloga - coordenação
Francisco Rocca, economista
Yoshie Kawano, socióloga
Maria Helena Ferreira Machado, sociólogo (*)
Eliana Nascimento Minicucci, socióloga (*)
Cecília Maria de Mattos Pimenta, estagiária
Mercedes Montero, estagiária
Sideval Francisco Aroni, estagiário

Agrimensura
EQUITEL - Equipe Técnica de Agrimensura

Assistência Social
Dora silvia Cunha Bueno Bannwart, administradora

Biologia
Cirillo Eduardo Mafra Machado, biólogo

Educação Infantil
Iza Cristiana Figueiredo, professora de arte

Engenharia de Solos
Victor Froilano BHachmann de Mello, engenheiro civil

Engenharia Florestal
Luiz Fernando Galli, engenheiro florestal
Reginaldo de Almeida Romani, engenheiro florestal
Sandra Mara Angeli Romani, engenheira agrônoma

Estrutura
Escritório Técnico Feitosa, De Lucca & Cruz

Geomorfologia
Azuz Nacib Ab' Sáber, geógrafo
Helmut Troppmair, geógrofo

Hidráulica e Eletricidade
Reichi Ishida, engenharia civil
Guentaro Kimura, engenheiro civil

Hidrografia
Guido Moralez Lopez, engenheiro civil
Stefam M. Eisner, engenheiro civil

Museologia
Ulpiano Bezerra de Menezes, arqueólogo

Programação Cultural
Aracy Amaral, artes plásticas
Fernando Novais, história
José Luiz Paes Nunes, música
Paulo Emílio Salles Gomes, cinema
Ruth Escobar, teatro
Sábato Megaldi, teatro

Editoria
Ana Lúcia Pó, revisora
Angela Napolitano, revisora
Eugênio Alex Wissembach, editor gráfico
Maria Cláudia Veronese Pereira, programadora visual
Maristela Debenest, editora de texto
Mirian Lemos Cintra, editora de texto (*)
Noriko Fukumoto, revisora
Regina Inês André, programadora visual
Takeshi Katsumata, desenhista industrial

Desenho
Antenor Tadeu Bertarelli, desenhista
Brunete Frahia Fraccaroli, estagiária
Geraldo de Souza, desenhista
Hideko Hekena Okita, desenhista
Ismael Sebastião Domingues, desenhista
Jair Silvério, desenhista
José Carlos Bozzolo, desenhista
José Carlos Costa Ramassini, desenhista
José Roberto Tieppo, desenhista
Livio Orselli, desenhista
Martine Rey, desenhista
Mauricio da Costa Motta, projetista
Otanir Nelo Bozzolo, projetista
Sergio Fumio Nozu, desenhista

Maquetes
Takeshi Katsumata, desenhista industrial
Mary Katsumata, programadora visual

Fotografia
José Moscardi, fotógrafo
Camera Press, laboratório de fotografia

Documentação
Francisca Pimenta Evrard, bibliotecária
Arminda de Oliveira, estagiária
Rosane Aparecida Braga, estagiária
Mary Katsumata, programadora visual

Secretaria e Administração
Nelson Cruz
Marcia Leandro Silva
Carmela Maria Meller
Luiz Roberto de Oliveira Ferreira
Masae Ishizaka
Nilzen Regina Bacciotti
Paulino Dias Motta
Regina Bernardo Pavão
Rosemeire Diniz Bacciotti
Rubens Vilabor
(*) participação na primeira fase do trabalho

EcoUrbs Ecologia e Urbanismo: Estudo e Projetos S/C Ltda.


Av. Eusébio Matoso, 235 - Fones: 211-9453  212-1891
05423 - São Paulo

Fonte: Projeto original, Acervo PET

Colaboração: Sr. Depetri

Designer - Anacleto B. Pereira


Ecotiete - © Todos os direitos reservados

O parque

O Parque Ecológico do Tietê foi criado, em 1976, para preservar as várzeas do Rio Tietê e
combater, juntamente com outras obras como barragens, retificação do rio e desassoreamento,
as enchentes na Região Metropolitana de São Paulo. O projeto do parque foi elaborado pelo
arquiteto Ruy Ohtake prevendo uma área de mais de 100 quilômetros ao longo do rio, desde a
sua nascente na cidade de Salesópolis até Santana de Parnaíba, passando por 13 cidades, além
da Capital.

Para suprir a necessidade de áreas verdes destinadas ao lazer da comunidade, foram criados
dois centros de lazer: Engenheiro Goulart, que atende a população da Zona Leste de São Paulo e
Guarulhos, e Ilha do Tamboré/Ilha do Bacuri, na Zona Oeste da capital.

O Centro de Lazer Engenheiro Goulart é o maior espaço de lazer da Zona Leste, com uma área
de 14 milhões de metros quadrados, dispondo de um centro de educação ambiental, viveiro de
mudas, minhocário, espaço cultural, orquidário, trilhas para caminhada, biblioteca, museu,
teatros de arena, quadras poliesportivas, pista de bicicross, campos de futebol, barcos a remo,
pedalinhos, sanitários, vestiários, quiosques com churrasqueiras e bosques com lagos.

A cada dia que passa vem aumentando o número de visitantes no núcleo Engenheiro Goulart,
principalmente aos domingos. Estima-se que em janeiro de 2004 o número de visitantes tenha
sido de aproximadamente 100.000 pessoas.

O Parque Ecológico do Tietê foi criado em 1976, com a finalidade de preservar as várzeas do rio Tietê
e combater, juntamente com outras obras (barragens, retificação do rio, desassoreamento), as
enchentes na Região Metropolitana da Grande São Paulo.  

     Como subproduto desta grande função e ciente da carência de áreas verdes destinadas ao lazer
da comunidade, foram criados dois Centros de Lazer : Eng. Goulart e Ilha do Tamboré / Ilha do
Bacuri, localizados respectivamente na Zona Leste e Oeste da Capital.   - Com uma área total de 14
milhões de metros quadrados, o Parque Ecológico do Tietê é administrado pelo DAEE –
Departamento de Águas e Energia Elétrica.
  Além de suas funções prioritárias, o PET proporciona aos seus usuários uma série de atividades
educacionais, recreativas, esportivas e de lazer, recebendo mensalmente cerca de 40 (quarenta) mil
visitantes.

   Face à multiplicidade de suas atribuições, o PET dispõe de uma


grande gama de equipamentos sociais disponíveis nesses locais, tais
como: Centro de Educação Ambiental, Viveiro de Mudas, Espaço
Cultural, Orquidário, Trilhas para caminhada, Mini biblioteca,
Teatros de Arena, Anfiteatro, Pista de "bicicross", Palco coberto,
Quadras poliesportivas, Campos de futebol, Conjunto Aquático (em
reforma), Sanitários, Vestiários, Quiosques com churrasqueiras e
Bosques com lagos.

  O Parque Ecológico do Tietê pode hoje ser considerado um Grande


Laboratório de Educação e Cultura com vistas ao estudo do meio
ambiente, configurando-se como catalisador de experiências viáveis e de
possibilidades de melhoria da qualidade de vida da comunidade.

 Envie um e-mail para brasilselvagem@hotmail.com   com peguntas ou comentários


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Última atualização:06 de AProjeto Tietê e a nova postura social
O projeto de despoluição do rio Tietê – que ganhou grande impulso com ações populares
vitoriosas, como o abaixo-assinado promovido em 1992 pela rádio Eldorado – está entrando na
sua segunda etapa. Até 2005, cerca de 1,2 milhão de moradores da região metropolitana de São
Paulo deverá ser beneficiada pela extensão dos serviços de coleta e tratamento de esgotos e
programas de educação ambiental.
Até o presente, o Projeto Tietê conta com recursos de US$ 1,1 bilhão, financiados pelo Banco
Mundial, pela própria Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) e pela
Caixa Econômica Federal.
O sistema de tratamento de esgotos da região metropolitana apresenta capacidade ociosa da
ordem de 30%, embora o esgoto efetivamente tratado seja apenas 40% do total produzido.
Essa disparidade acontece porque ainda inexistem interceptores (emissários que interligam
ramais menores da rede de esgotos às estações de tratamento) em pontos-chave do sistema. A
assessoria de imprensa da Sabesp explica que o Projeto Tietê ainda é um programa em
andamento, daí a falta de interceptores e outros recursos em locais importantes.
A segunda fase do projeto pretende corrigir aquelas falhas do sistema e outros problemas
graves, como o despejo de esgoto em áreas de mananciais. As principais intervenções da
segunda etapa devem acontecer na bacia do rio Pinheiros, no sistema São Miguel (zona leste) e
na represa Billings. “As obras nessa área são caras e feitas em etapas. Os avanços dos
investimentos nesse campo são reflexo de uma nova postura da sociedade como um todo em
relação ao meio ambiente”, afirma Lucina Cortez, da assessoria de imprensa da Sabesp.

gosto 2000
Na década de 1960 o DAEE contratou um Plano Diretor de Obras para o aproveitamento múltiplo dos recursos hídricos do Rio
Tietê na Região Metropolitana de São Paulo, abrangendo este trecho desde Salesópolis, onde estão suas nascentes, até a
barragem de Edgard de Souza, em Santana do Parnaíba. O Plano propôs a retificação do Tietê e a canalização de seus
principais afluentes, como o rio Tamanduateí, e a implantação de 5 reservatórios de cabeceira complementados por obras de
interligação. Especificamente para o Rio Tietê, no trecho Salesópolis / Santana do Parnaíba, na década de 1970 foi elaborado
um estudo no qual, além de obras de retificação, foi proposta a implantação de um Parque Ecológico nas margens do rio,
objetivando a preservação da sua várzea (área naturalmente ocupada pelas águas durante as cheias).

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