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O PROJETO HIDRÁULICO
A retificação do rio Tietê, a montante da avenida Gabriela Mistral, foi planejada para, além de
atender as características normais de capacidade de escoamento e navegação comercial,
impedir, também, inundações em toda zona leste da Grande São Paulo. Ademais, o projeto
deveria, necessariamente, manter ou melhorar a situação existente de acumulação de água nos
picos de enchentes, de forma a conservar ou diminuir as vazões do rio na cidade de São Paulo,
onde o canal se apresentava insuficiente. Foram projetados a nível de anteprojeto, desde a
avenida Gabriela Mistral até Mogi das Cruzes:
b) lagos decantadores na foz dos afluentes maiores para impedir o assoreamento dos
lagos interligados e canal de navegação, com o estabelecimento. nesses locais, de dragas
de sucção para desassoreamento permanente:
o material dragado, durante alguns anos, seria transportado hidraulicamente para áreas
de bota-fora previamente estabelecidas para atender o projeto paisagístico.
O PROJETO PAISAGÍSTICO E ARQUITETÔNICO
OS PROJETOS EXECUTIVOS
Obras hidráulicas
Projetadas a nível executivo para o trecho A1, a montante de São Paulo, compreendiam:
Face à insuficiência de recursos para a implantação de todas essas obras determinou-se que as
obras hidráulicas deveriam prosseguir a partir da ponte da avenida Gabriela Mistral, numa
extensão aproximada de 3,5 quilômetros. Seria conservada a interferência sob a ponte da
avenida Gabriela Mistral e postergada a construção da barragem da Penha.
Seu projeto não se limitava ao trecho A1, a montante, mas também aos trechos central e de
jusante e compreendia:
Área do Parque Ecológico com maior densidade populacional (zona leste de São Paulo e grande
parte do município de Guarulhos) para o qual foram projetados centros de lazer, centro
ecológico, sistema viário, amplo paisagismo buscando a recomposição da flora e fauna, etc,
b) Trecho central
Estavam previstos apenas serviços paisagísticos junto aos canteiros das avenidas marginais
(Tiete e Pinheiros)
c) Trecho de jusante
Foram projetados:
Obras viárias
Foram projetadas a nível executivo, 3,5 quilômetros da avenida marginal esquerda, a partir da
avenida Gabriela Mistral e melhoramentos na via de acesso ao Centro de Lazer da Ilha de
Tamboré e Ilha do Bacuri. Estabeleceu-se a implantação da avenida marginal somente até o
Centro de Lazer de Eng.Goulart e a pavimentação da estrada de manutenção do DAEE para
acesso ao Centro de Lazer das Ilhas do Tamboré e Bacuri.
Como se escondendo nos côncavos das barrancas, brotam fugindo à luz viva do sol,
avencas variadas, mimosas, e begônias diversas, de flores brancas e folhas codiformes
(...).
Em média 250 animais chegam ao parque mensalmente. São aves como araras, tucanos,
papagaios, periquitos, pássaros pretos, coleirinhas e canários da terra. O répteis mais
comuns são lagartos e jabutis e mamíferos: saguis, macacos-prego, quatis, gambás,
antas e catetos. Ao chegarem ao Parque, os animais passam por uma avaliação realizada
pela equipe técnica, composta por biólogos e veterinários, realizam exames clínicos e
parasitológicos, recebem o tratamento necessário e alimentação adequada, e após um
período de recuperação, realizado em viveiros e áreas de procriação são destinados a
programas de soltura e repovoamento. Muitos animais, no entanto, não se adaptam mais
à vida em liberdade e estão condenados a viverem isolados pelo resto da vida.
O C.R.A.S. não recebe visitação, pois trata-se de um local para recuperação desses
animais.
Informações: (0xx11) 6958-1477
Mapa de localização
Descrição dos locais:
01 BLOCO A 11 PRAÇA DE ALIMENTAÇÃO 28 Playground
Clube da Turma 12 29 Bosque com churrasqueira
Estação de Trem / Embarcadouro
Infocentro - Informática 30 -x-
13 Campos de Futebol
02 BLOCO B 31 Olaria e Wetlands
Auditório 14 Área de Pic-nic 32 Trilha da Água
Biblioteca 15 Pista de Cooper e Caminhada 33 -x-
03 BLOCO C 16 Caixa D'Agua 34 Ilha dos Macacos
Oficina de Arte e Reflexão sobre a
Natureza 17 -x- 35 Ilha dos Bambus
04 BLOCO D 18 Quiosques com churrasqueiras 36 -x-
Informações ao Público 37 Lago dos Barcos e Pedalinhos
19 Quiosque Sanitário
Promoções e Eventos 38 Portaria
RESTAURANTE 20 Estacionamento 39 Passarela
Vão Livre para Eventos 21 Administração 40 Via Parque
Sanitários - Masc / Fem
22 Casarão (Museu do Tietê) 41 Via de Acesso ao Parque pela Av.
Vestiários - Masc / Fem
23 Dr. Assis Ribeiro, 3000
05 Teatro de Arena Centro de Recepção de Animais
Silvestres (CRAS) 42 Rodovia Ayrton Senna
06 Playground
07 Pista de Bicicross 24 Orquidário
08 Quadras Poliesportivas 25 Viveiro de Mudas
09 Conjunto Aquático 26 Museu do Tietê
10 Palco de Shows e Eventos
27 Quiosques com churrasqueiras
A bacia do Rio Tietê é uma unidade hidrográfica da Bacia do Rio Paraná, composta por seis sub-bacias: Alto
Tietê, onde está inserida a Região Metropolitana de São Paulo; Piracicaba; Sorocaba/Médio Tietê;
Tietê/Jacaré; Tietê/Batalha e Baixo Tietê.
Despiu-se de todo o
encanto e de todo o
mistério:
Despoetizou-se e
empobreceu por São
Paulo e pelo Brasil".
Alcântara
Foto: Sede do Clube Espéria - década de 20 (acervo Clube Espéria) Machado
O projeto foi desenvolvido por uma equipe técnica coordenada pelo engenheiro Clóvis
R.da Cunha, Chefe de Gabinete do DAEE, e formada pelo historiógrafo Fausto Henrique
Gomes Nogueira, o pedagogo Vítor C. Maniero, a fotógrafa Vera Viscardi e a arquiteta
urbanista Fabiana Z. Azevedo; além de uma equipe de arquitetos dirigida pela arquiteta
Herle C. Bezerra, encarregados da nova sede do Museu.
Nesta etapa, procurou-se levar a cabo uma proposta museológica que demonstrasse a
importância do rio Tietê para a história de São Paulo, como via de navegação e como
produtor de energia, além das atuais condições ambientais em que se encontram este
rio.
O educador, de uma forma geral, possui um número reduzido de espaços culturais que
lhe proporcione a oportunidade para a consecução de projetos educacionais que se
relacionam com a sua disciplina, no sentido de formar cidadãos críticos e participativos.
O resultado disto é um certo sentimento de impotência do professor face às
transformações rápidas do mundo contemporâneo, sem poder transmitir aos seus
educandos possibilidades práticas de construção do conhecimento.
Neste sentido, o Museu do Tietê apresenta-se como um espaço que visa permitir ao
educador o desenvolvimento de um projeto de cunho pedagógico, além de permitir à
comunidade o entendimento de questões referentes às nossas experiências em comum.
Planta da nova sede do Museu do Tietê; blocos 1, 2 e 3. Projeto da Divisão Técnica de Parques do DAEE
A realização do Museu do Tietê possui, assim, uma função pedagógica ao contribuir para
uma educação patrimonial, isto é, um ensino voltado aos bens culturais; uma
metodologia que concede a esses bens o ponto de partida de um ensino voltado para a
cidadania.
O Museu do Tietê, agrupa uma série de bens históricos como imagens, objetos da cultura
material, painéis e utensílios diversos, constituindo-se o acervo a partir de doações de
diversos órgãos como o CTH e da reprodução autorizada de obras de arte integrantes de
acervos de outras entidades, como Museu Paulista da Universidade de São Paulo, além
de fotos provenientes de diversos acervos, como do Clube Espéria, Clube de Regatas
Tietê etc.
VISITAS MONITORADAS
Cabe destacar que o Museu do Tietê, só teve sucesso graças ao auxílio de uma série de
pessoas e instituições, que têm em comum o amor a este grande rio de São Paulo, sem
as quais o trabalho seria impossível de se concretizar.
Fausto Henrique Gomes Nogueira: mestrando em História da Cultura pela USP, colaborador do projeto Cultura e
Cidadania/DAEE, e historiógrafo do Museu do Tietê.
Museu do Tietê
Oficina de Arte e Reflexão sobre a Natureza
o Oficina de Artesanato
o Teatro
Biblioteca do Tietê
Clique nos links acima ou sob as imagens abaixo para visualizar os locais
Museu do Tietê
Implantado pelo DAEE, o Museu do Tietê teve seu acervo inaugurado no dia 22/09/1999,
data em que comemoramos o "Dia do rio Tietê" e tem como principal objetivo contribuir
para o ensino voltado para a cidadania, preservando e fornecendo para a população a
possibilidade de pesquisa, estudo e apreensão da cultura.
Entrada do Museu
Seu acervo reúne uma série de imagens, objetos da cultura indígena, e painéis com o
objetivo de demonstrar como o rio Tietê contribuiu e vem contribuindo, decisivamente
para a história de São Paulo.
O Museu está aberto para visitação de Terça à Domingo das 09:00 às 16:00 hs.
Estacionamento
O estacionamento principal do parque tem capacidade para 600 veículos e fica na Via
Parque, ao lado da passarela. Seu uso é gratuito, mas não há seguranças no local.
O local não é um estacionamento, mas foi adaptado pelos usuários para deixarem seus
veículos fora da área de risco que é a Via Parque. O parque não se responsabiliza pela
guarda dos veículos em nenhum dos locais.
Lanchonetes ao ar livre
È um serviço prestado por terceiros e funciona de segunda a domingo das 08:00 as 17:00 horas
Quadras Poliesportivas
O parque possui 5 quadras poliesportivas, tais como: Basquete; Vôlei e Futebol de Salão.
Existe também uma Raia de Atletismo em torno do campo 4, mas é pouco utilizada devido a falta de uma manutenção
constante.
Oficina Cultural
Conheça todos os trabalhos do parque na área cultural Palco coberto
Palco de shows e eventos onde acontece os grandes Oficina de Artesanato
espetáculos do Parque. Esta oficina ensina a transformar sucata em arte
Clube da Turma
Entidade que cuida de menores carentes da zona leste
Na entrada de São Paulo, as duas áreas implantadas do projeto do Parque Ecológico do Tiet
apresentam como um exemplo da compreensão do rio por seu múltiplo uso. Elaborado em
pelo arquiteto Ruy Ohtake, esse projeto prevê a ocupação de uma área de mais de 100
quilômetros na extensão do rio, desde sua nascente até Santana do Parnaíba, passando, al
capital, pelas cidades de Salesópolis, Biritiba-Mirim, Moji das Cruzes, Itaquaquecetuba, Suz
Poá, Ferraz de Vasconcelos, Guarulhos, Osasco, Carapicuíba, Barueri e Jandira, sempre abo
o Tietê como um importante elemento paisagístico, ecológico, recreativo e ordenador das c
Núcleo Engenheiro Goulart
Ao contrário da maior parte dos projetos de intervenção no Tietê, o Parque Ecológico assum
como rio, inclusive com suas enchentes: ele não visa canalizá-lo, nem determinar que obed
aos desejos dos homens e viva na rasante. pelo contrário: o Parque Ecológico assume esse
comportamento do rio e propõe o afastamento das suas avenidas marginais, adotando um
conceito que contaria o da maior parte dos engenheiros urbanos do país, que acolhem a idé
construção de estradas próximas aos leitos.
No caso do Tietê, onde ele passa pela cidade de São Paulo foi um engano emparedá-lo com
avenidas e edificações, porque suas margens são a várzea natural do rio. Além disso, com o
Núcleo Tamboré
aumento das águas devido à impermeabilização progressiva do solo urbano, as obras de
aprofundamento do Tietê, além de se tornarem a cada dia mais complexas, assumem, a médio prazo, um custo financeiro
superior ao do alargamento do seu leito e afastamento das avenidas marginais.
Além da correção desse erro doloroso do ano passado, a recuperação de uma faixa média de 800 metros às margens do T
em toda a extensão do parque, e o alargamento do seu leito em vários pontos, formando 14 lagos, é uma opção urbaníst
caso da cidade de São Paulo, o Parque Ecológico aborda o Tietê como o grande detonador da organização da metrópole, p
por sua ocupação longilínea, permite desenhos claros e definidos em seu entorno; e o aborda, ainda, como o centro do qu
seria, possivelmente, o último parque urbano que a cidade, com poucas áreas verdes, poderia ter, uma vez que suas dem
áreas verdes significativas estão fora da malha urbana.
O Parque Ecológico foi implantado apenas em Tamboré, perto de Osasco, e em Engenheiro Goulart numa região posterior
cortada pela Rodovia dos Trabalhadores (atual Ayrton Senna), a caminho do Aeroporto de Cumbica.
Nesses locais, com o afastamento das marginais, o que seria um longo canal retificado ganhou novas proporções: a área
enriquecida paisagisticamente, foram implantados equipamentos culturais e esportivos, construídos viveiros de pássaros
plantas, e a água se integrou de maneira mais adequada ao seu ambiente, permitindo, com o aproveitamento dos afluent
rio, a recriação de várias espécies de peixes.
Fonte: www.tratamentodeagua.com.br
O Parque Ecológico do Tietê foi criado em 1976, inaugurado em 1982, com a finalidade de preservar as várzeas do rio Tie
combater, juntamente com outras obras (barragens, retificação do rio, desassoreamento), as enchentes na Região Metrop
da Grande São Paulo.
Como subproduto desta grande função e ciente da carência de áreas verdes destinadas ao lazer da comunidade, foram cr
dois Centros de Lazer: Engenheiro Goulart e Ilha do Tamboré/Ilha do Bacuri, localizados respectivamente na Zona Leste e
da Capital.
Com uma área total de 14 (quatorze) milhões de metros quadrados, o Parque Ecológico do Tietê é administrado pelo DAE
Departamento de águas e Energia Elétrica da Secretaria de Estado e Recursos Hídricos, Saneamento e Obras - Governo d
Estado de São Paulo.
Além de suas funções prioritárias, o PET proporciona aos seus usuários uma série de atividades educacionais, recreativas,
esportivas e lazer, recebendo mensalmente cerca de 40 (quarenta) mil visitantes.
Parque Ecológico do Tietê - Arquiteto Ruy Ohtake
Este projeto está sendo elaborado para a Secretaria de Obras e do Meio ambiente, aproveitando as obras de retificação do rio Tietê.
- São Paulo é hoje, uma das maiores concentrações urbanas do mundo, com seus 11 milhões de habitantes, distribuídos
área de 900 km2.
- O crescimento vertiginoso e descontrolado da nossa cidade caracterizou-se sobretudo pela ocupação excessiva e caótica
construções numa avalanche imediatista, sem que normas municipais ou projetos de intervenção urbana conseguissem
implantar um desenho para a cidade.
- Por outro lado, não tememos as grandes cidades: a adequada relação entre áreas abertas, verdes e áreas edificadas po
propiciar o equilíbrio urbano, organizando a cidade e possibilitando bonitos espaços para todas escalas de convivência do
homem.
- A isso devemos acrescentar que as cidades, tendo sua história, devem possuir marcos que assinalem significativamente
etapas histórico-culturais.
- A área total do Parque é de 140 km2, portanto 120 vezes maior que o Parque do Ibirapuera.
- Essa importância aumenta quando sabemos que o sentido leste-oeste é o eixo de desenvolvimento de São Paulo.
- Assim, propusemos para o Parque as características de um parque urbano, onde a população possa usufruir plenamente
faixa aberta, que integra os equipamentos de uso social com o verde e a água.
- Com isso nossa cidade, tão carente de área libre, passará a ter um parque urbano compatível.
- Finalmente, o parque poderá ser um elemento organizador do desenvolvimento da cidade, pela sua ocupação longilínea
partir disso, são possíveis desenhos urbanos claros e definidos.
Alem disso, conseguimos melhorar sensivelmente as condições de construção, pois com seu afastamento evitamos que as
marginais passassem sobre os meandros do atual curso do rio.
A leve sinuosidade do traçado criará perspectivas surpreendentes ao longo de toda a área. Uma correta ocupação do solo
externo ao Parque nos trechos ainda não comprometidos, poderá completar o quadro, dando a São Paulo uma nova feiçã
urbana.
Propusemos, paralelamente a essas marginais, uma pista exclusiva dedicada ao transporte em massa, pois que atravessa
áreas de grande concentração urbana.
A faixa criada pelas duas avenidas marginais será a base para a formação do Parque. Extensos bosques predominarão em
panorama: desde bosques compactos e "santuários", até bosques mais abertos. Espécies vegetais adequadas comporão e
maciços e em certos trechos tentaremos reconstruir a flora inicial. Com isso, será possível restabelecer o retorno da fauna
pequeno porte.
Um viveiro convenientemente dimensionado fornecerá os 6 milhões de mudas previstas para o Parque. Além disso,
procuraremos sempre introduzir o aspecto educativo do Parque e da sua vegetação.
Projetos específicos de paisagismo comporão os entornos dos equipamentos sociais a serem implantados.
Com isso, o índice de área verde por habitante, em São Paulo, passará de 1,5 para 10 m2/hab - portanto um aumento
substancial.
O rio Tietê atravessa o vale num percurso cheio de meandros. Além disso, em algumas regiões como Osasco e Itaquaque
foram abertas grandes crateras devido a extração de areia.
Propusemos, então, que o canal alargasse seu leito em vários pontos de seu trajeto, formando bonitos lagos.
Assim, ao que seria um longo e estreito canal retificado, conseguimos dar novas proporções, fazendo com que a água ten
agora uma integração mais adequada com o bosque, enriquecendo enormemente o Parque, tanto paisagisticamente, com
seu uso recreativo.
Ao total formulamos 14 lagos, sendo 2 deles maiores que a lagoa Rodrigo de Freitas, do Rio. E no lago de Itaquaquecetub
previmos uma Cidade náutica, com instalações completas para regatas.
Com isso, o projeto melhorou também as condições de retificação, evitando volumes imensos de aterros sobre os meandr
rio e buracos de escavações de areia.
Evidentemente, o uso recreativo da água será possível quando surgirem os primeiros efeitos do tratamento para a despol
da bacia do Tietê. É um processo lento, a exigir grande esforço governamental e cooperação da população.
Com essas condições, teremos retomado o Rio Tietê, hoje transformado num grande escoadouro do esgoto. Com o projet
apropriamos devidamente a natureza, trazendo o rio ao convívio urbano e marcando culturalmente a presença do homem
parque metropolitano, que propomos contemporâneio e atuante.
Ao caracterizarmos o Parque como urbano, é porque consideramos imprescindível seu uso pela população.
Nos estudos mais recentes que elaboramos, cerca de 500 mil pessoas deverão freqüentar o Parque em fins-de-semana (
Parque do Ibirapuera é hoje freqüentado por 50 mil pessoas).
Na nossa proposta, preocupando-nos em desenvolver o lazer-prática (cotidiano, lúdico, cultura) e não estimular o lazer
consumo, propusemos dois tipos de equipamentos.
O primeiro é voltado à população mais próxima do Parque, portanto mais diretamente beneficiada: núcleos comunitários,
núcleos esportivos, núcleos culturais, centros infantis e "play-grounds".
O segundo tipo procurará atender ao interesse da população de toda a cidade: centro cultural da cidade, cidade da crianç
estádio esportivo, cidade náutica, viveiro de mudas, viveiro de pássaros, museu do parque e centro ecológico.
Com isso, acreditamos estar dotando de equipamentos não só a faixa leste-oeste, mas toda a cidade, que se tornou tão c
arrastada que foi por uma visão imediatista e gananciosa.
Limitando ao norte pela Serra da Cantareira e ao sul pela Serra do Mar, o desenvolvimento da cidade de São Paulo é no e
leste-oeste, que coincide com o eixo do Parque. Isso lhe confere uma importância urbana fundamental, pois ao longo de s
148 quilômetros acompanhará a ocupação da cidade, possibilitando, de um lado, que novas populações o possam usufrui
outro, que a ocupação lindeira possa ser mais sugestiva, através de um zoneamento não de "manchas", mas que defina u
desenho para esta faixa da cidade.
Modelos de ocupação do solo que o parque sugere
O parque
150 km de integração urbana
Uma visão tecnicista e imediatista diria que a integração entre vários pontos de uma cidade se faz através de uma via exp
Ao propormos o Parque ao longo do rio Tietê, possibilitamos que a integração urbana, numa extensão superior a 100 km,
faça pelas atividades de lazer, de cultura e esportivas, que serão desenvolvidas ao longo dele, com pessoas a caminhar p
bosques a a andar de bicicletas.
Essa a integração que desejamos: pelas atividades humanas, ligadas por verde e lagos e canais.
O rio Tietê:
sua história e a retomada
"...De repente
O ólio das águas recolhe em cheio luzes trêmulas,
É um susto. E num momento o rio
Esplende em luzes inumeráveis, lares, palácios e ruas,
Ruas, ruas, por onde os dinossauros caxingam
Agora, arranha-céus valentes donde saltam
Os bichos blau e os punidores gastos verdes,
Em cânticos, em prazeres, em trabalhos e fábricas,
Luzes e glória. É a cidade... È a amaranhada forma
Humana corrupta da vida que muge e se aplaude.
E se aclama e se falsifica e se esconde. E deslumbra.
Mas é um momento só. Logo o rio escurece de novo.
Está negro. as águas oliosas e pesadas se aplacam
Num gemido".
3 - Alguns equipamentos:
de atividade local
No programa do parque, propusemos o desenvolvimento do lazer, norteados por suas diretrizes básicas: o lazer como prá
onde se estimula o desenvolvimento da capacidade criadora e o lazer espetáculo, através do qual a população possa conh
novos valores, incorporar novos significados.
Por outro lado, dadas as dimensões do Parque, formulamos um grupo de equipamentos que atenda mais diretamente a
população lindeira.
Alem dos equipamentos de atividades locais, em vista da importância física do Parque, formulamos vários equipamentos
interesse metropolitano. São eles, com a localização respectiva:
- Centro Cultural da Cidade, em Guarulhos;
- Estádio Esportivo, em São Miguel;
- Cidade da Criança, em Guarulhos;
- Cidade Náutica, em Itaquaquecetuba;
- Viveiro de Mudas, em Biritiba-Mirin;
- Viveiro de Pássaros, em Biritiba-Mirin;
- Museu do Parque, em Guarulhos;
- Museu do Tietê e do Bandeirante, em Santana do Parnaiba;
- Centro de Pesquisas Ecológicas, em Santana do Parnaiba.
O detalhamento do projeto é longo, não só pela extensão do Parque, mas também pelo aspecto multidisciplinar do projet
nossa coordenação, a nossa equipe de assessoria mais as equipes do DAEE e do DER, estamos desenvolvendo estudos e
projetos, vários deles já concluídos, nas seguintes faixas:
Solo
Água
- Estudo hidráulico do canal, levando em conta índices pluviométricos de 500 anos, para efeito de enchentes, determinan
assim sua secção e patamares auxiliares.
- Projeto de pequenas eclusas em trechos do canal, para regularizar as diferentes vazões de épocas de chuva e estiagem.
- Projeto da secção do canal a fim de permitir a navegabilidade nos lagos e ao longo do canal, em qualquer época do ano
Projeto das estações de embarque.
- Projeto final dos lagos.
Saneamento e Drenagem
- Política geral de saneamento e proteção à bacia.
- Estudo de proteção das águas do canal do esgoto urbano.
- Estudo de proteção das águas superficiais.
- Estudo de proteção dos afluentes já poluídos.
- Estudo de proteção dos afluentes não poluídos.
- Projeto de drenagem do Parque.
Urbanismo do Parque
- Projeto final dos limites do Parque, levando em conta o traçado do canal, a atual ocupação da malha urbana e o projeto
avenidas marginais.
- Projeto final dos lagos.
- Conceituação do lazer e distribuição dos equipamentos sociais ao longo do Parque.
- Projeto de implantação dos equipamentos.
- Projeto dos caminhos e ruas internas do Parque
- Projeto da rede de eletricidade e de hidráulica.
Equipamentos
Paisagismo
Sistema Viário
- Traçado geométrico das duas avenidas marginais (72,0 km da marginal direita e 81,2 km da marginal esquerda).
- Projeto executivo dessas marginais. acessos e estacionamentos.
- Projeto da faixa exclusiva para transporte de massa.
- Projeto das passarelas sobre as marginais, unido a malha urbana ao Parque (38 sobre a marginal - direita e 57 sobre a
marginal esquerda)
- Articulação das travessias com o sistema viário municipal e estadual, em consonância com o SISTRAN.
Patrimônio Histórico
- Levantamento dos monumentos históricos e paisagísticos significativos na área e sua incorporação ao Parque: Igreja de
Miguel e nascente do rio Tietê.
- Desde já e fundamental definir o critério pelo qual o Parque será administrado, e então esquematizar atividades e sua
manutenção.
4 - Trabalho em andamento - A atuação profissional
- Parece-nos importante colocar nossa posição e atuação perante os projetos de intervenção urbana, e que nortearam o
presente trabalho.
- Respeitamos os diagnósticos, os estudos de viabilidade econômico-financeira. Entretanto, acreditamos que esses estudo
deverão servir, basicamente, para aprimorar as idéias fundamentais que o projeto propuser.
- Portanto, o projeto deve ser antecedente, carreando conteúdos histórico-culturais, que numa intervenção urbana não po
omitir. esse compromisso com a história vai caracterizando uma cidade.
- Além disso, os diagnósticos, estudos de viabilidade econômico-financeira, via de regra, conduzem a uma resposta em qu
prepondera uma linha tecnicista mais imediatista, deixando num plano totalmente secundário o desenho da cidade.
- Foi com essas convicções que elaboramos o projeto, estamos conscientes, por outro lado, de que a nossa cidade cresce
de pequenos projetos, isto é, projetos que são implantados dentro de um mesmo período administrativo. Claro está que a
implantação de grandes projetos de intervenção urbana, os que geram as grandes linhas de uma cidade, não podem ficar
circunscritos aos 4 anos de um governo. É por isso que achamos fundamental a urgente criação do Conselho da Cidade, ó
que terá a incumbência de garantir a implantação integral dos grandes projetos urbanos, ao longo de tantas administraçõ
quantas forem necessárias.
Arquitetura e Urbanismo
Ruy Ohtake, arquiteto - direção geral
Haron Cohen, arquiteto - coordenação
Alfred Talaat, arquiteto
Dalton de Luca, arquiteto
Helio Pasta, arquiteto
José Roberto Portugal Graciano, arquiteto
Léo Bonfim Júnior, arquiteto (*)
Maria Teresa Ramasini Furuiti, arquiteta
Ricardo Itsuo Ohtake, arquiteto
Paisagismo
Roberto Burle Marx, paisagista
José Tabacow, arquiteto
Klara Kaiser Mori, arquiteta
Koiti Mori, arquiteto
Mormes Moreira de Souza, botânico
Gal. Leonino Júnior, engenheiro hidráulico
Carlos Minoru Kanugusko, desenhista
Rosana Bazzo Lerer, desenhista
Vera Lúcia Maia Gavinho, desenhista
Yoshiki Shimahara, desenhista
Estudo Sócio-econômicos
Maria Flora Gonçalves Ohtake, socióloga - coordenação
Francisco Rocca, economista
Yoshie Kawano, socióloga
Maria Helena Ferreira Machado, sociólogo (*)
Eliana Nascimento Minicucci, socióloga (*)
Cecília Maria de Mattos Pimenta, estagiária
Mercedes Montero, estagiária
Sideval Francisco Aroni, estagiário
Agrimensura
EQUITEL - Equipe Técnica de Agrimensura
Assistência Social
Dora silvia Cunha Bueno Bannwart, administradora
Biologia
Cirillo Eduardo Mafra Machado, biólogo
Educação Infantil
Iza Cristiana Figueiredo, professora de arte
Engenharia de Solos
Victor Froilano BHachmann de Mello, engenheiro civil
Engenharia Florestal
Luiz Fernando Galli, engenheiro florestal
Reginaldo de Almeida Romani, engenheiro florestal
Sandra Mara Angeli Romani, engenheira agrônoma
Estrutura
Escritório Técnico Feitosa, De Lucca & Cruz
Geomorfologia
Azuz Nacib Ab' Sáber, geógrafo
Helmut Troppmair, geógrofo
Hidráulica e Eletricidade
Reichi Ishida, engenharia civil
Guentaro Kimura, engenheiro civil
Hidrografia
Guido Moralez Lopez, engenheiro civil
Stefam M. Eisner, engenheiro civil
Museologia
Ulpiano Bezerra de Menezes, arqueólogo
Programação Cultural
Aracy Amaral, artes plásticas
Fernando Novais, história
José Luiz Paes Nunes, música
Paulo Emílio Salles Gomes, cinema
Ruth Escobar, teatro
Sábato Megaldi, teatro
Editoria
Ana Lúcia Pó, revisora
Angela Napolitano, revisora
Eugênio Alex Wissembach, editor gráfico
Maria Cláudia Veronese Pereira, programadora visual
Maristela Debenest, editora de texto
Mirian Lemos Cintra, editora de texto (*)
Noriko Fukumoto, revisora
Regina Inês André, programadora visual
Takeshi Katsumata, desenhista industrial
Desenho
Antenor Tadeu Bertarelli, desenhista
Brunete Frahia Fraccaroli, estagiária
Geraldo de Souza, desenhista
Hideko Hekena Okita, desenhista
Ismael Sebastião Domingues, desenhista
Jair Silvério, desenhista
José Carlos Bozzolo, desenhista
José Carlos Costa Ramassini, desenhista
José Roberto Tieppo, desenhista
Livio Orselli, desenhista
Martine Rey, desenhista
Mauricio da Costa Motta, projetista
Otanir Nelo Bozzolo, projetista
Sergio Fumio Nozu, desenhista
Maquetes
Takeshi Katsumata, desenhista industrial
Mary Katsumata, programadora visual
Fotografia
José Moscardi, fotógrafo
Camera Press, laboratório de fotografia
Documentação
Francisca Pimenta Evrard, bibliotecária
Arminda de Oliveira, estagiária
Rosane Aparecida Braga, estagiária
Mary Katsumata, programadora visual
Secretaria e Administração
Nelson Cruz
Marcia Leandro Silva
Carmela Maria Meller
Luiz Roberto de Oliveira Ferreira
Masae Ishizaka
Nilzen Regina Bacciotti
Paulino Dias Motta
Regina Bernardo Pavão
Rosemeire Diniz Bacciotti
Rubens Vilabor
(*) participação na primeira fase do trabalho
O parque
O Parque Ecológico do Tietê foi criado, em 1976, para preservar as várzeas do Rio Tietê e
combater, juntamente com outras obras como barragens, retificação do rio e desassoreamento,
as enchentes na Região Metropolitana de São Paulo. O projeto do parque foi elaborado pelo
arquiteto Ruy Ohtake prevendo uma área de mais de 100 quilômetros ao longo do rio, desde a
sua nascente na cidade de Salesópolis até Santana de Parnaíba, passando por 13 cidades, além
da Capital.
Para suprir a necessidade de áreas verdes destinadas ao lazer da comunidade, foram criados
dois centros de lazer: Engenheiro Goulart, que atende a população da Zona Leste de São Paulo e
Guarulhos, e Ilha do Tamboré/Ilha do Bacuri, na Zona Oeste da capital.
O Centro de Lazer Engenheiro Goulart é o maior espaço de lazer da Zona Leste, com uma área
de 14 milhões de metros quadrados, dispondo de um centro de educação ambiental, viveiro de
mudas, minhocário, espaço cultural, orquidário, trilhas para caminhada, biblioteca, museu,
teatros de arena, quadras poliesportivas, pista de bicicross, campos de futebol, barcos a remo,
pedalinhos, sanitários, vestiários, quiosques com churrasqueiras e bosques com lagos.
A cada dia que passa vem aumentando o número de visitantes no núcleo Engenheiro Goulart,
principalmente aos domingos. Estima-se que em janeiro de 2004 o número de visitantes tenha
sido de aproximadamente 100.000 pessoas.
O Parque Ecológico do Tietê foi criado em 1976, com a finalidade de preservar as várzeas do rio Tietê
e combater, juntamente com outras obras (barragens, retificação do rio, desassoreamento), as
enchentes na Região Metropolitana da Grande São Paulo.
Como subproduto desta grande função e ciente da carência de áreas verdes destinadas ao lazer
da comunidade, foram criados dois Centros de Lazer : Eng. Goulart e Ilha do Tamboré / Ilha do
Bacuri, localizados respectivamente na Zona Leste e Oeste da Capital. - Com uma área total de 14
milhões de metros quadrados, o Parque Ecológico do Tietê é administrado pelo DAEE –
Departamento de Águas e Energia Elétrica.
Além de suas funções prioritárias, o PET proporciona aos seus usuários uma série de atividades
educacionais, recreativas, esportivas e de lazer, recebendo mensalmente cerca de 40 (quarenta) mil
visitantes.
gosto 2000
Na década de 1960 o DAEE contratou um Plano Diretor de Obras para o aproveitamento múltiplo dos recursos hídricos do Rio
Tietê na Região Metropolitana de São Paulo, abrangendo este trecho desde Salesópolis, onde estão suas nascentes, até a
barragem de Edgard de Souza, em Santana do Parnaíba. O Plano propôs a retificação do Tietê e a canalização de seus
principais afluentes, como o rio Tamanduateí, e a implantação de 5 reservatórios de cabeceira complementados por obras de
interligação. Especificamente para o Rio Tietê, no trecho Salesópolis / Santana do Parnaíba, na década de 1970 foi elaborado
um estudo no qual, além de obras de retificação, foi proposta a implantação de um Parque Ecológico nas margens do rio,
objetivando a preservação da sua várzea (área naturalmente ocupada pelas águas durante as cheias).
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