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ORGANIZADOR
A PSICOLOGIA DO
ESPORTE E A CRIAN<_;A
EDIPUCRS
Porto Alegre
2004
© EDIPUCRS, 2004
Capa:
Guilherme Sfredo Miorando
Prepara9iio de originais:
Eurico Saldanha de Lemas
Revisüo de nor11ias:
Anaí Zubik Camargo de Souza
Revisiio:
Do Organizador
Editora9iio:
Supernova Editora
I1npressüo e acabaniento:
Gráfica Epece
CDD: 796.01
~ EDIPUCRS
Av. lpiranga, 668 l - Prédio 33
Caixa Postal 1429
CEP 90619-900 Porto Alegre, RS - BRASIL
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E-mail: edipucrs@pucrs.br
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Proibida a reproduc;ao total ou parcial desta obra sem a autorizac;ao expressa da Editora.
Sumário
Introdrn;iio ......................................................................... 17
l. Motiva9iio no esporte .................................................. 21
Ro berta Mário Scalon, Cláudio L. Mirando la,
Ana Paula de Souza e Juarez Santini
2. Os motivos da aderencia da crian9a ao esporte ...... 49
Ro berta Mário Scalon
3. Inicia9iio desportiva .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. 79
Nelson Schneider Todt
4. Comunica9iio entre crian9as e pais sobre os moti-
vos que os levaram a buscar a escolinha esportiva
de basquete bol .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. . 99
Marisa Mendes Gotze e Benno Becker Jr
5. Coopera9iio e competi9iio ............................................ 119
Jader Denicol do Amaral
6. Educa9ao por meio do movimento e do jogo ............. 149
Dietmar Martin Samulski
7. Os fatores motivacionais que influem no abandono
da crian9a no esporte .................................................. 165
Roberto Mário Scalon
8. A técnica da mentaliza9ao em ginastas infantis ..... 185
Patrícia Cristiane Sturm e José Augusto E. Hernández
9. O assessoramento psicológico e sua valoriza9iio no
transcurso do processo de forma9iio desportiva ...... 207
Félix Guillén Garcia
Anexos ...... :.. ,.. .. .. ........ .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .... ..... .. .... .... .. .. .. . .. .. .. 241
O assessoramento psicológico 9
e sua valoriza~ao no
transcurso do processo de
forma~ao desportiva
Introdrn;ao
Ao falar de assessoramento psicológico na forma9iio
desportiva, me refiro na orienta9iio do tipo psicológico que
se pode proporcionar durante o processo de forma9iio. Quan-
do se fala de orienta9ao psicológica no desporto, geralmen-
te só se pensa na orienta9ao dirigida aos desportistas, no
entanto existe uma abrangencia mais importante, ou ao
menos tao importante, a orienta9iio dirigida aos treinado-
res e técnicos desportivos. Isso se deve ao fato de que nao
podemos falar só de alguns elementos do processo, no caso
do desportista, sem considerar o restante dos elementos,
sendo talvez o mais importante deles os treinadores, pela
grande influencia que exerce sobre os desportistas, princi-
palmente quando estes sao muito jovens.
Estratégia de comunica9ao
Com o programa de estratégia de comunica9ao se pre-
tende que o treinador reflita e tome consciencia sobre a im-
portancia que tem, em geral, na comunica9ao para qualquer
pessoa e, em particular, para ele como treinador.
Se considerarmos a capacidade que possui o treinador
para co1nunicar-se com as pessoas ao seu redor, tanto na
rela9ao que mantém com seus desportistas e com os pais
destes, facilitando assim a obten9ao de resultados impor-
tantíssimos no desenvolvimento das suas atividades.
Com este programa tentarei apontar que a comunica9ao
nao só consiste em transmitir mensagens, como também
saber transmitir de maneira que resulte em uma mensa-
gem efetiva. O resultado do processo de comunica9ao nao é
o que se diz mas sim a forma em que se diz. Além disso, a
comunica9ao nao somente consiste em transmitir informa-
96es se nao em recebe-la. Nesta última situa9ao, o impor-
tante é saber recebe-la.
Sem dúvida, em alguns casos, o treinador nao sabe fa-
zer chegar aos desportistas a informagao que deseja e em
certas ocasi6es pode nao perceber e nem se dar canta das
condi96es de seus desportistas, ou que tenha deficiencia na
comunicagao em níveis didáticos, devido a sua incapacida-
de para utilizar meios adequados para alcangar os objeti-
vos da s11a comunicac;8.o.
Estratégias motivacionais
Quando tivemos a oportunidade de manter conversas em
reuni5es, corn monitores e treinadores, ouvimos a preocuw
pa9ao de muitos deles por nao saber como motivar seus
desportistas. Isto ocorre mais quando os jovens chegam no
período da adolescencia.
O papel do treinador como motivador é imprescindível.
Percebe-se que o seu papel é de ajudar a cada despo1·tista a
alcan9ar seu potencial máximo.
Os treinadores além de programar exercícios, devem se
preocupar pela motiva9ao dos desportistas com esta finali-
dade eles obteriam um bom rendimento, um tempo de expe-
riencias satisfatórias e positivas.
Aos treinadores interessa saber por que um desportista
com qualidades nao pratica um determinado desporto, ou
por que um desportista abandona uma equipe ou a prática
de um desporto ou porque treina com vontade ou nao.
As respostas a estas perguntas tem seu fundamento em
questoes motivacionais.
Por exemplo, as teorías homeostáticas da motiva9ao
(HULL, 1943; SPENCE, 1956) o que explicaría apontar que
um desportista estará mais motivado para treinar, quando
os exercícios que realiza no treinamento conectam com seus
interesses ou necessidades. Por outro lado, o desportista
praticará um desporto, na medida em que encontra satisfa-
9ao nesse desporto. Esta satisfa9ao pode ser de diferentes
índoles, sempre que estas atendam as suas necessidades:
domínio de habilidades desportivas, bons resultados, aprova-
Técnicas de relaxamento
O relaxamento é urna técnica utilizada em psicologia. O
relaxamento permite ser muito útil em diversas situa96es
da vida cotidiana, por sua simplicidade e pela facilidade que
pode ser realizado concretamente, no campo do esporte, os
psicólogos o tem utilizado para reduzir o nível geral de ati-
va9ao dos atletas sobretudo quando esse elevado nível de
ativa9ao está prejudicando o rendimento do atleta. Outro
l. Estabelecer metas.
2. Assegurar um compromisso por parte dos despor-
tistas.
3. Identificar os obstáculos.
4. Desenvolver um plano de a9ao.
5. Proporcionar feedback sobre as metas.
6. Avaliar os resultados das metas.
Referencias
ALFERMANN, D. Teacher-student interaction and interaction
patterns in student groups. In: VANDEN AUWEELE, Y.; BAKKER, F.;
BIDDLE, S.; DURAND, M.; SEILER, R. (Eds.). Psychology forphysical
educators. Champaign, 111: Human Kinetics, 1999. p. 343-377.
AMES, C.; AMES, R. Research on 1notivation in education. New York:
Academic Press, 1984. v. 1: Student motivation.
ANNETT, J. Imagery and skill acquisition. In: DENIS, M.; ENGEL-
KAMP, J.; RICHARDSON, J. T. (Eds.). Cognitive and neuropsycho-
logical approaches to niental irnagery. Dordrecht, Holanda: Martinus
Nijhoff, 1984. p. 259-268.
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perspectives. Ergono1nics, v. 37, p. 5-15, 1994.