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Detectores
Fotografia
Do grego:
FOTOGRAFIA:
d = diâmetro do orifício
f = distância focal
l = comprimento de onda
Ex.: para l = 550 nm e f = 25mm → d = 0,17 mm
Efeito Pinhole
Óculos reticulados
(ou óculos pinhole)
“furos estenopeicos”
Câmera escura do tipo caixa, com espelho, Câmera escura de mesa (1820).
usada por cerca de 150 anos,
antes do aparecimento da Fotografia.
Câmera escura: a introdução da lente objetiva
d = diâmetro do orifício
f = distância focal
l = comprimento de onda
Ex.: para l = 550 nm e f = 25mm → d = 0,17 mm
1600 – por volta desta época, as câmeras escuras já eram capazes de formar imagens
com uma qualidade razoável. O próximo desafio era registrar estas imagens
sem intermédio de um artista.
Concluiu que foi a luz e não o calor que fez com que os cristais
do sal de prata (nitrato de prata) se transformasse em prata
metálica escura.
Por não ver utilidade prática neste processo doou sua descoberta
para a Academia Imperial de Nuremberg.
O problema da fixação do registro luminoso
Após alguns anos: recobriu uma placa de cobre com betume branco da Judéia
(que tem a propriedade de endurecer quando exposto à luz).
A parte mole (não exposta) era removida com uma solução de essência de
Alfazema.
Passou a usar placas de cobre, cobertas por uma camada de prata polida e “sensibilizada”
através da exposição ao vapor de iodo, o que formava uma camada de iodeto de prata.
O iodeto de prata é o componente fotossensível.
Mais tarde, Daguerre descobriu acidentalmente que uma imagem quase invisível obtida
com um tempo de exposição curto podia revelar-se quando exposta ao vapor de mercúrio.
O mercúrio deixava brilhante as regiões com prata.
Para fixar a imagem, submetia a placa a um “banho fixador”, para dissolver os sais de
prata residuais. Inicialmente usou sal de cozinha (NaCl) e posteriormente
tiossulfato de sódio.
Deficiência da talbotipia: o negativo era feito de papel que, devido a suas fibras,
não permitia a reprodução fiel de detalhes mais finos da imagem, quando esta era
passada para o positivo.
Muitos pensavam que a solução seria usar vidro como base, pois o vidro é
perfeitamente plano. A dificuldade era fazer os sais de prata aderirem à
superfície do vidro.
1847 – Abel Niépce de Saint-Victor, descobriu que era possível usar clara de ovo
(albumina): a placa de vidro era coberta com clara de ovo, sensibilizada
com iodeto de potássio, submetida a uma solução ácida de nitrato de
prata. Revelada com ácido gálico. Fixação com tiossulfato de sódio.
Instruções:
Espalhar colódio + iodeto de potássio sobre o vidro → superfície uniforme.
Num quarto escuro: submeter a placa a um banho de nitrato de prata.
Antes que o éter evaporasse, a placa deveria ser revelada com ácido pirogálico
ou sulfato ferroso.
O colódio era muito transparente e a concentração de sais de prata era 10 vezes maior
do que com a albumina.
A emulsão de gelatina
Resultado:
A placa fotográfica ficou 180 vêzes mais lenta que o colódio úmido,
mas liberava o fotógrafo de todo o processamento...
● Projeto DSS foi desenvolvido pelo Space Telescope Science Institute (STScI)
com início em 1994.
A tabela acima lista os levantamentos (surveys) fotográficos que compõe o DSS, mostrando
a época em que o survey foi realizado, o tipo de emulsão fotográfica e filtro utilizado, a
banda de cobertura do espectro eletromagnético (Band), a magnitude limite (Mag), as
zonas em declinação (Dec.zones), o número de placas utilizadas (N.plates), e a escala
por pixel.
PLACA FOTOGRÁFICA
PRINCÍPIOS DE FUNCIONAMENTO
Placa / Filme Fotográfico
← (verniz protetor)
← emulsão fotográfica
← base (vidro/celulose)
← camada “anti-halo”
← base
vidro
Emulsão fotográfica – é uma camada formada por sais de prata suspensos em gelatina.
Camada anti-halo – evita que os raios de luz que atravessam a emulsão sejam refletidos
e causem halos nas partes claras da fotografia.
Camada aderente – é formada por uma substância aderente que serve para unir as
diferentes camadas do filme.
Emulsão Fotográfica
Composição típica:
Os sais são haletos de pratas (AgBr, AgCl, AgF ou AgI) e estão na forma de cristais.
Por outro lado, quanto maior for o cristal (grão), maior é sua sensibilidade.
Logo, quanto maior a resolução, menor a sensibilidade.
gelatina + cristais de prata
Tamanho dos grãos de prata: 50 a 1100 nm.
Tamanhos dos Cristais de Haleto de Prata
cristais maiores
cristais menores
cristal maior
(1100 nm)
cristal menor
(50 nm)
fio de cabelo
O tamanho dos cristais de haleto de prata pode variar de 50 nm (menores) a 1100 nm (maiores).
Na figura acima, vemos os cristais maiores (1100 nm) comparados com a secção de um
fio de cabelo humano (~ 50 000 nm). À direita, vê-se um cristal maior (1100 nm) comparado
com um cristal menor (50 nm).
A área da secção de um fio de cabelo equivale à ~1600 cristais maiores e 785 000 cristais
menores.
Sais de Prata (Haletos de Prata)
Halogênios
A rede cristalina do brometo de prata (assim como a rede cristalina de qualquer cristal)
não é perfeita. Cristais sempre possuem falhas em sua estrutura reticular. Pode haver,
regiões onde há lacunas , presença de impurezas ou de “íons soltos” da rede.
Por exemplo, elétrons liberados em algum ponto se deslocam sobre a superfície externa
do cristal e acabam sendo atraídos por essas micro falhas, permanecendo ali.
Essas propriedades podem ter aplicações tecnológicas.
No caso da fotografia, as imperfeições nos cristais de prata podem ser usados como
“pontos de sensibilidade”.
O cristal de brometo de prata com um defeito de rede
Num cristal de AgBr (brometo de prata), os íos positivos de prata (Ag+) e os íons negativos de
bromo (Br-) estão distribuídos de forma regular no espaço formando uma “rede cristalina”.
O sistema com um todo é eletricamente neutron (# cargas positivas = # cargas negativas).
Quando o obturador da câmera fotográfica é aberto, luz incidirá sobre os cristais de AgBr.
Os fótons da luz incidente interagem com os “elétrons extras” dos íons de bromo. Nesta
interação, os fótons podem ser absorvidos pelos elétrons, transferindo sua energia para
estes.
Formação de elétrons livres
Se a energia transferida por um fóton para o “elétron extra” do íon bromo for suficientemente
alta, este pode ser “arrancado” do íon, tornando-se um elétron livre. O bromo, por sua vez,
volta a ser um átomo neutro e as ligações iônicas com íons prata (Ag⁾ vizinhos ficam
enfraquecidas.
Deslocamento dos elétrons livres
Íons pratas sem ligações iônicas fortes com elementos da rede, também têm uma certa
liberdade de movimento e são atraídos (eletrostaticamente) pela carga elétrica negativa
dos elétrons concentrados nas regiões de defeito do cristal.
Formação de prata metálica
Quando os íons prata (Ag+) chegam às regiões de defeito, capturam os elétrons que lá
estão, tornando-se novamente átomos neutros de prata (prata metálica). Note que o cristal
de AgBr é relativametne transparente, mas a prata neutra (prata metálica) é opaca e reflete
a luz. Depois que o obturador da câmera fotográfica é fechado e a incidência de luz cessa,
cada região de defeito conterá um certo número átomos de prata metálica. O número de
átomos de prata metálica será proporcional à intensidade de luz incidente (e ao tempo de
exposição). O conjunto de todos esses pequenos grupos de átomos de prata metálica sobre
a placa fotográfica, formam um registro ainda débil da imagem, conhecido como “imagem
latente”. Para transformar a imagem latente na imagem final, é necessário transformar esses
pequenos conjuntos de átomos de prata em “grãos de prata”. Isso é feito por um processo
químico durante a “revelação” da imagem latente.
Revelação da Imagem Latente
Num filme normal, cerca de 6 átomos de prata neutra por cristal
é suficiente para formar uma imagem latente. Num filme mais
sensível, chegam a se formar de 10 a 12 átomos de prata / grão.
O processo de revelação é feito no escuro, pois ainda existem cristais sem prata metálica
e que ainda são sensíveis à luz.
Fixação da Imagem
Véu de base – (ou densidade de veladura) é a densidade de um filme não exposto à luz,
mas revelado.
I = E / t – intensidade relativa;
D – densidade;
Dsat – densidade de saturação;
Dvel – densidade de ponto zero da placa fotográfica;
c – ponto zero de intensidade
Curva característica e curva de sensibilidade
Curvas de sensibilidade
expressam a sensibilidade do
filme em função do comprimento
de onda, sendo uma medida
da eficiência quântica do filme.
Eficiência Quântica da Fotografia
Eficiência Quântica (E.Q.) é a fração (ou percentual) dos fótons incidentes sobre
um detector que são detectados pelo mesmo.
Sensibilidade de diferentes tipos de placas fotográficas disponíveis em 1937.
Vantagens da Fotografia sobre o Olho Humano
2 – Além disso, a fotografia tem o poder de integrar no tempo, isto é, captar de forma
cumulativa fótons de fontes luminosas. Isto permite detectar fontes muito mais fracas.
3 – Para um mesmo tempo de exposição, fotografia é mais sensível do que o olho humano.
4 – A fotografia, não só detecta luz na faixa visível do espectro, com também na região
ultravioleta (e menos eficientemente no infravermelho), invisível ao olho humano.