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FILOSOFIA

3ªSÉRIE
SEMANA 8

Olá, estudantes!
Esta semana vamos estudar na Aula Paraná de Filosofia sobre: Filosofia de Heráclito, retomada
de conteúdos do 1º trimestre. Para ajudar em seus estudos, você está recebendo o resumo dos
conteúdos. Relembrando que teremos 3 aulas e vamos tratar sobre:

AULA: 15 Filosofia de Heráclito: Doxografia e crítica moderna.


AULA: 16 Retomada de conteúdos 1º Tri parte I
AULA: 17 Retomada de conteúdos 1º Tri parte II

Bem-vindo(a) Prezado (a) Estudante! É muito bom estar com vocês novamente. Vamos
continuar nos preparando para o vestibular? Nesta aula vamos nos aprofundar um pouco mais em
Heráclito. Partiu!

Filosofia de Heráclito: Doxografia e crítica moderna.


Objetivo:

• Compreender a essência dos fragmentos de Heráclito e as doxografias e críticas


modernas indicados para a 1ª fase do vestibular da UFPR.

Nasceu em 540 a.C - em Éfeso, cidade da Jônia, de família com prerrogativas reais
(descendentes do fundador da cidade). Morreu em 470 a.C. Está entre os mais importantes filósofos
pré-socráticos.
Heráclito – é Considerado o “Pai da Dialética”, ele explorou a ideia do devir (fluidez das coisas).
Para ele, o princípio de todas as coisas estava contido no elemento fogo. Ele queria transmitir a ideia
de que tudo que existe é uma manifestação da unidade da qual o homem faz parte. As transformações,
segundo o filósofo, são consequências da tensão entre os opostos, da ação e reação. Segundo ele, o
sol é novo a cada dia e o universo muda e transforma-se infinitamente a cada instante.
Você sabia?
Doxografia deriva da palavra grega "δόξα" (doxa), que significa aparecer; opinião + "γραφία"
(grafia); escrita; descrição. Doxografia é o relato das ideias de um autor quando interpretadas por outro
autor, ao contrário do fragmento, que é a citação literal das palavras de um autor por outro. O termo
foi cunhado pelo helenista alemão Hermann Diels, em sua obra Doxographi Graeci (Berlim em 1879).
Ou seja, a Doxografia é a interpretação ou explicação de filósofo da antiguidade sobre os filósofos pré-
socráticos.
Crítica moderna de Heráclito
Hegel foi um filósofo germânico. Sua obra Fenomenologia do Espírito é tida como um marco
na filosofia mundial e na filosofia alemã. Hegel pode ser incluído naquilo que se chamou de Idealismo
Alemão, uma espécie de movimento filosófico marcado por intensas discussões filosóficas entre
pensadores de cultura alemã (Prússia) do final do século XVIII e início do XIX.
Hegel interpreta Heráclito, buscando revelá-lo como o filósofo especulativo que expressou a
verdade do ser na identidade de ser e não ser. Essa identidade exprime o uno como totalidade que se
expressa no devir: Deus torna-se outro de si, no Filho, reconciliando-se consigo mesmo no Espírito. É
o um que é o outro, mas na verdade é o mesmo, manifestando-se na diferença.
Afirma que é com Heráclito que podemos datar o início da filosofia, “pois foi com Heráclito que
se expressou a natureza do infinito e que compreendeu a natureza como sendo em si infinita, isto é,
sua essência como processo” (Hegel). No caso da interpretação hegeliana de Heráclito, o processo
expressa a permanência da substância. Sob a perspectiva hegeliana, ao compreender o devir,
Heráclito expressa um entendimento universal, vinculando-se à totalidade.

Crítica Moderna – Nietzsche


Nietzsche nasceu em Röcken, Reino da Prússia, 15 de outubro de 1844, e faleceu em Weimar,
Império Alemão, 25 de agosto de 1900). Ele foi um filósofo, filólogo, crítico cultural, poeta e compositor
prussiano do século XIX, nascido na atual Alemanha. Escreveu vários textos criticando a religião, a
moral, a cultura contemporânea, filosofia e ciência, exibindo uma predileção por metáfora, ironia e
aforismo.
De acordo com Nietzsche, e ao contrário de Hegel, Heráclito tinha a intuição como base à sua
concepção de realidade (efetividade), sendo alheio a qualquer traço lógico e conceitual das
representações. Sob a intuição, para Nietzsche, Heráclito expressa uma compreensão do mundo
presente como movediço e multiforme a partir da experiência; experiência essa que só se faz possível
pelas condições suscitadas pelo tempo e pelo espaço.
Resumindo:

✔ A filosofia de Heráclito é uma filosofia da mudança;


✔ Doxografia são interpretações/explicações de filósofos antigos sobre os pré-
socráticos;
✔ Crítica Moderna são as interpretações dos filósofos modernos e contemporâneos
ao pré-socráticos.
✔ Hegel interpreta Heráclito como filósofo do devir para inseri-lo no seu sistema de
pensamento que defende uma verdade absoluta;
✔ Nietzsche interpreta Heráclito para a partir de seus aforismos sobre tempo e
mudança critica a ideia de verdade absoluta no pensamento ocidental.

Aula 16: Retomada de conteúdos 1º Tri parte I

Objetivo:
• Revisar os conteúdos estudados no 1º Tri.

Você lembra dos conceitos de:


✓ epistemologia?
✓ indução?
✓ dedução?

A palavra epistemologia é a fusão das palavras gregas Episteme que significa conhecimento
e Logia – que significa estudo. Assim, a epistemologia é o estudo do conhecimento, de suas fontes e
de como ocorre sua aquisição.
A dedução é um processo de raciocínio lógico que parte de uma certeza para a interpretação
de dados ou fatos, da causa para os efeitos.
Já a indução é o processo que parte de dados ou fatos semelhantes para a definição de uma
certeza comum, dos efeitos para as causas.
Você se lembro o que é Racionalismo e Empirismo?
O Racionalismo é uma escola de pensamento filosófico que afirma que a fonte do conhecimento
é a razão. Os sentidos e as experiências sensoriais nos enganam, nos iludem.
O Empirismo é uma escola de pensamento filosófico que afirma que a fonte do conhecimento é
a experiência. Todo o nosso pensamento complexo, a razão, vem de sucessões de experiências
acumuladas por nós.
Aula 17: Retomada de conteúdos 1º Tri parte II

Objetivo:
• Revisar os conteúdos estudados no 1º Tri.

Estudamos em Filosofia da Ciência que o homem sempre buscou conhecer objetos ao seu redor,
por instinto de sobrevivência e pelo desejo de dominar fenômenos naturais.
Platão distingui o conhecimento em dois tipos: episteme (ciência – saber) e doxa (opinião).
Aprendemos com Aristóteles que o homem nasce e vive com a finalidade de conhecer.
Estudamos os 5 níveis do conhecimento (sensação, memória, experiência, arte e ciência), além disso
classificou as ciências em produtivas, práticas e teoréticas.
Estudamos as principais características de ciência, as contribuições de Galileu e Bacon.
René Descartes falou sobre a dúvida metódica e o método cartesiano. Com Kant aprendemos
sobre a Revolução Copernicana na Filosofia, onde ele retira o objeto e coloca o sujeito no centro do
processo de conhecer.
Está lembrado do Positivismo Filosófico de Comte? Ele nos ensinou sobre a Lei dos Três Estados
e a Religião Positivista.
Você se lembra?
A ciência na modernidade é marcada por uma crise em razão de novas descobertas, na tentativa
de resolver a crise o Círculo de Viena propôs o critério da verificabilidade. Popper propõe a
refutabilidade.

Terminamos o trimestre aprendendo sobre o significado de paradigma e Kuhn e a proposta


“contra o método” de Feyrabend.

Foi um trimestre cheio de emoções, fique ligado e até a próxima!


Escola/Colégio:
Disciplina: Ano/Série:
Estudante:
LISTA DE EXERCÍCIOS

1) Leia o seguinte texto de Descartes:

[...] considerei em geral o que é necessário a uma proposição para ser verdadeira e
certa, pois, como acabara de encontrar uma proposição que eu sabia sê-lo inteiramente,
pensei que devia saber igualmente em que consiste essa certeza. E, tendo percebido
que nada há no “penso, logo existo” que me assegure que digo a verdade, exceto que
vejo muito claramente que, para pensar, é preciso existir, pensei poder tomar por regra
geral que as coisas que concebemos clara e distintamente são todas verdadeiras.
(DESCARTES, R. Discurso do método. Tradução de Elza Moreira Marcelina. Brasília:
Editora da Universidade de Brasília; São Paulo: Ática, 1989. p. 57.)

Com base no texto e nos conhecimentos sobre o pensamento cartesiano, é correto


afirmar: (1,0)

a) Para Descartes, a proposição “penso, logo existo” não pode ser considerada como
uma proposição indubitavelmente verdadeira.

b) Embora seja verdadeira, a proposição “penso, logo existo” é uma tautologia inútil no
contexto da filosofia cartesiana.

c) Tomando como base a proposição "penso, logo existo", Descartes conclui que o que
é necessário para que uma proposição qualquer seja verdadeira é que ela enuncie algo
que possa ser concebido clara e distintamente.

d) Descartes é um filósofo cético, uma vez que afirma que não é possível se ter certeza
sobre a verdade de qualquer proposição.

2) O filósofo que postulou a falseabilidade como critério da avaliação das teorias


científicas foi:

A) Karl Popper.

B) Imre Lakatos.

C) Ludwig Wittgenstein.

D) Thomas Kuhn.

E) Francis Bacon.

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