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Instrução de Trabalho do Sistema de Gestão da Qualidade

Assunto PROCEDIMENTO PARA INSPEÇÃO INTERNA EM TANQUES ATMOSFÉRICOS


DE TETO FIXO E FLUTUANTES
Sub Data de
Grupo Número Revisão Data de Efetivação
Grupo Emissão
IQ-NQ-
NGT - 0 08/08/2002 -
0039

Emissão Alex Bertaco Aprovação Jose Paulo da Silva

* ao lado da margem indica linha adicionada ou revisada


1. OBJETIVO
Estabelecer rotina para inspeção interna de tanques atmosféricos de teto fixo ou flutuante.
O procedimento se aplica para tanques de teto fixo ou flutuante para armazenamento de
derivados de petróleo.

2. REFERÊNCIAS
P536-610.004 – Teste de Bolha com Caixa de Vácuo.
P536-610.005 – Teste de Bolha – Técnica da Pressão Direta.
P536-640.004 – Teste hidrostático de Tanques Atmosféricos.
Norma API-Std-653
Norma Petrobrás N-271 (última revisão).
Guia de Inspeção do IBP, n.º 2, primeira parte.

3. DEFINIÇÕES
Para o propósito deste procedimento, são adotadas as seguintes definições:

3.1. Inspeção interna


É a verificação visual das condições físicas dos componentes e acessórios que só
podem ser observados com o tanque fora de operação. Quando aplicável, deve ser
complementada por ensaios não – destrutivos ou outras técnicas de inspeção.

3.2. Tanques atmosféricos


Tanques projetados para operar à pressão entre a atmosfera e 0,05 kgf/cm 2, medida
acima do nível do líquido armazenado.

4. DESCRIÇÃO

4.1. Condições gerais


4.1.1. Atividades Gerais:
Deverão ser desenvolvidas conforme Instrução para Serviços Preliminares de
Inspeção.

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DE TETO FIXO E FLUTUANTES
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Grupo Número Revisão Data de Efetivação
Grupo Emissão
IQ-NQ-
NGT - 0 08/08/2002 -
0039

Emissão Alex Bertaco Aprovação Jose Paulo da Silva

* ao lado da margem indica linha adicionada ou revisada

4.1.2. Nomenclatura
A nomenclatura dos componentes deve ser aquela adotada pela Comissão de
Inspeção de Equipamentos do IBP, Guia nº 2, primeira parte.

4.1.3. Periodicidade
A inspeção interna de tanques de armazenamento deve ser realizada na
periodicidade estabelecida no Plano de Inspeção Preventiva, onde devem ser
destacados os seguintes aspectos:
a. Importância operacional do equipamento.
b. Natureza do fluído (produtos leves, resíduo, óleo combustível, óleo lubrificante
etc).
c. Taxa de corrosão.
d. Toxidade
e. Histórico do equipamento.

4.2. Roteiro da inspeção

4.2.1. Antes de iniciar a inspeção, verificar se a superfície interna do tanque está


limpa (chapas e juntas soldadas do fundo, costado e teto, inclusive acessórios
internos). Caso necessário, solicitar limpeza.

4.2.2. Pintura
Quando aplicável, verificar o estado geral da pintura quanto à existência de
empolamentos, fendimentos ou descascamentos, envolvendo todos os
componentes / acessórios internos.

4.2.3. Fundo
a. Verificar quanto à existência de recalques das chapas do fundo, principalmente
nas chapas sob as colunas de sustentação e periferia. Caso o recalque se
localize na periferia, executar medição da profundidade do mesmo e exame por
partículas magnéticas ou líquido penetrante nas soldas do costado / fundo.
b. Inspecionar as chapas e juntas soldadas através de exame visual, medição de

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espessura e teste com martelo, quanto à corrosão e trincas.

4.2.4. Costado
a. Inspecionar, através de exame visual e teste com martelo, as chapas e juntas
soldadas quanto à corrosão.
b. Executar medição de espessura nas áreas mais corroídas. Dar maior atenção
aos últimos anéis (acima do nível de líquido), região do rodapé (lastro de
água no fundo), solda fundo / costado e regiões de maior incidência solar.
c. Verificar quanto à corrosão as conexões e bocas de visita. Executar medição
de espessura nos “pontos” mais corroídos.
d. Nos tanques de teto flutuante, verificar se as chapas do costado não
apresentam rebarbas que possam danificar o selo de vedação. Durante a
drenagem do tanque, acompanhar a descida do teto (deformação do costado e
pressão no selo).

4.2.5. Teto fixo


a. Inspecionar visualmente as chapas quanto à corrosão. Dar maior atenção às
regiões sobrepostas e regiões próximas às conexões que permitam entrada de
ar.
Realizar teste com martelo e, se necessário, remover chapas para inspeção da
região de sobreposição com as vigas.
b. Inspecionar visualmente e através de calibres o sistema de sustentação do
teto:
 Coroa central e chapas de fixação – quanto à corrosão.
 Colunas – quanto à corrosão, verticalidade e flecha.
 Vigas radiais e transversais – quanto à corrosão e flecha.
 Parafusos – quanto à corrosão e trincas. Observar suas posições em
relação aos furos oblongos. Se necessário, remover alguns parafusos
para inspeção mais detalhada.
c. Inspecionar as conexões e bocas de visita quanto à corrosão.

4.2.6. Teto flutuante

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a. Inspecionar visualmente as chapas quanto à corrosão. Realizar teste com
martelo. Dar atenção aos seguintes locais: regiões sobrepostas, periferia e
abaixo dos perfis de reforço.
b. Verificar quanto à existência de trincas nas soldas e chapas do lençol inferior
do teto, junto às divisórias dos compartimentos do tipo “doublé-deck” e
locais sujeitos às concentrações de tensões.
c. Inspecionar o sistema de sustentação do teto (pernas, camisas e chapas de
reforço) quanto a corrosão e perfeito apoio no fundo. Examinar as soldas das
camisas das pernas de sustentação com o lençol inferior, com líquido
penetrante por amostragem. Dar atenção especial quanto à corrosão interna
nas camisas das pernas de sustentação (espaço de vapor). Medir espessura e
fazer teste com martelo.
d. Inspecionar a bacia e o dreno articulado do teto. Efetuar teste hidrostático do
dreno articulado para verificação de vazamento.
e. Verificar o estado físico do tubo anti-rotacional e de seus suportes.
f. Inspecionar as conexões, bocas de visita e drenos de emergência quanto à
corrosão.
g. Verificar internamente o estado físico do selo de vedação do teto.

4.2.7. Acessórios e equipamentos auxiliares internos


a. Inspecionar visualmente e com teste de martelo, onde aplicável, os acessórios e
equipamentos internos:
 Sistema de aquecimento.
 Sistema de medição de nível.
 Misturador.
 Instrumentação.
 Sistema de antivortex.
 Sistema de amostragem
b. Para o sistema de aquecimento recomenda-se a execução de teste hidrostático
na pressão específica ou com vapor (pressão de operação), para verificação de

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vazamentos. Efetuar medição de espessura nas tubulações de vapor e de
condensado, se necessário.

4.3. Controle de qualidade dos reparos


A inspeção dos reparos efetuados deve ser realizada conforme os critérios das Normas
API-653, Petrobrás N-271 e pelos seguintes testes.
4.3.1. Teste pneumático com pressõa positiva
Todas as chapas de reforço recém-instaladas devem ser testadas quanto à
estanqueidade. Consultar Procedimento para Teste de Bolha – Técnica da Pressão
Direta.
4.3.2. Teste pneumático com pressão negativa
Todas as soldas das chapas do fundo que forem substituídas durante a manutenção
devem ser testadas com caixa de vácuo. Consultar Procedimento para Teste de
Bolha com caixa de Vácuo.
4.3.3. Teste hidrostático
a. Dreno articulado
Testar com a pressão de coluna d’água, mantendo nesta pressão durante o
tempo necessário para inspeção, porém nunca inferior a 30 minutos.
b. Sistema de aquecimento
O sistema de aquecimento (serpentina ou radiadores) deve ser testado com
pressão de 1,5 vezes a pressão de projeto, permanecendo nesta pressão durante
o tempo necessário para inspeção, porém nunca inferior a 30 minutos. Para o
sistema feixe tubular, a pressão deve ser a especificada no projeto.
4.3.4. Costado
Após parada para manutenção, deve ser realizado teste hidrostático. Caso não
tenha havido reparos estruturais, esse teste pode ser dispensado. Consultar
Procedimento para Teste Hidrostático de Tanques Atmosféricos.

4.4. Critérios de Aceitação


4.4.1. Fundo

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Espessura mínima das chapas: 2,5 mm. Caso mais de 50% da área do fundo
apresente espessura abaixo da mínima, deve ser efetuada a troca total das
chapas.
4.4.2. Costado
a. Espessura mínima de acordo com a Norma API-Std-653, porém não menor
que 3,0 mm.
b. Deformação – no máximo 15 mm em 1.000 mm ao longo do costado
(N-271).
c. Verticalidade – máximo 1/200 x altura total do tanque, medida do topo à
base do tanque (API-Std-650)

4.4.3. Teto
a. Chapas
Espessura mínima = 2,5 mm. Para avaliação da necessidade de troca total
do teto, utilizar o critério do item 4.4.1.

b. Estrutura do teto
Área da seção reta – redução não maior que 15%.
Flecha vertical das vigas – 2mm/m de comprimento; máximo 10 mm
(N-271).
Flecha e verticalidade das colunas = altura da coluna/1200 (N-271).

4.4.4. Pintura
Caso se verifique a deterioração da pintura em determinada região e se a soma
total dos pontos efetivamente corroídos for maior que 30% da região atingida, será
necessário efetuar a repintura total dessa região.

4.4.5. Ensaios não destrutivos


Deverá ser desenvolvido de acordo com a Norma API-Std-653.

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4.5. Serviços complementares


Durante a inspeção interna deve-se complementar a inspeção de certos
componentes/acessórios que não podem ser avaliados totalmente com o tanque em
operação (inspeção externa).

4.5.1. Executar teste com martelo nas chapas do teto e costado, onde a corrosão for
mais intensa externamente.
4.5.2. As válvulas de pressão/vácuo e corta-chamas devem ser desmontadas, limpas e
inspecionadas quanto à corrosão, entupimento, estanqueidade e movimentação
e verificadas quanto à calibração.
4.5.3. Remover os “caps” dos esticadores dos cabos guia da bóia, para inspeção
visual das molas.
4.5.4. Retirar os filtros e purgadores do sistema de aquecimento para limpeza e
manutenção.

4.6. Registro da inspeção


Todos os resultados da inspeção dever registrados de tal forma que possibilite uma
rastreabilidade rápida e preciso, utilizando, quando aplicáveis, sistemas de
identificação tais como: croquis, tabelas; isométricos; formulários de identificação de
tubos plugueados etc.
4.7. Relatório
Concluída a inspeção, deve ser emitido um relatório de acordo com o formulário.
5. REGISTROS DA QUALIDADE
Não aplicável
6. ANEXOS
Não aplicável.

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