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2015
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Índice
Introdução……………………………………………………………………………….…….4
O Albinismo............................................................................................ 35
Pesadelos…………………………………………………………………………………..45
Quantas horas deve dormir uma criança? ...... Erro! Marcador não definido.
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Alergias Alimentares ............................................................................... 60
Dengue .................................................................................................. 69
Febre ..................................................................................................... 76
A Vacinação............................................................................................ 79
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NOTA: Este manual foi concebido para apoio ao Curso Piloto de Amas em Benfica – Luanda
– Angola - realizado na Escola Nacional de Formação de Técnicos de Serviço Social e
ministrado por Amélia Andrade.
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INTRODUÇÃO
Os primeiros seis anos de vida são extremamente importantes no desenvolvimento
de uma criança. Nesta fase, os pais precisam de contar com o auxílio de
profissionais eficientes, sensíveis, conscientes e que tenham apreço à sua função.
Esta formação visa aumentar a consciência profissional, a humanização do trabalho
e ampliar a comunicação entre os pais e as Amas, o que garante a todos uma maior
tranquilidade.
Mudança comportamental;
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MÓDULO 1
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A importância dos cuidados não parentais
Do que se trata?
Para examinar o impacto de cuidados não
parentais sobre o desenvolvimento de crianças
muito pequenas, é necessário definir cuidado
não parental e qualidade do cuidado.
O cuidado não parental pode incluir também serviços de apoio a pais que
trabalham e, em alguns casos, pode contribuir para reduzir o número de crianças
que vivem em situação de pobreza, e oferecer proteção temporária a crianças que
correm risco de abuso na família. Se esse atendimento pode ou não promover o
desenvolvimento social e emocional da criança é uma questão que depende da
qualidade do cuidado oferecido.
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Boas Maneiras e Imagem Cuidada
Alguns aspectos relacionados com a postura e a imagem são importantes, tais como:
Roupa ou uniforme impecável e discreto (evitar decotes e peças justas);
Sapatos baixos ou sapatilhas;
Cabelo limpo e preso;
Tonalidades discretas para cabelos pintados;
Unhas curtas e bem cuidadas, somente com base;
Não usar bijuterias;
Não usar perfumes e desodorizantes fortes;
Cuidar do hábito e da escovação dental;
Não usar piercing.
Festas e Aniversários
Em ambiente de festas, a profissional deve manter postura adequada, lembrar-se
que está a trabalhar e que está a ser observada por outras pessoas. Portanto, é
importante ficar atenta a aspectos como:
Uso do Telefone
A profissional não deve atender ligações no telemóvel durante o dia para não
prejudicar o cuidado da criança.
Se houver telefone fixo, este deve ser usado somente em casos de emergência ou de
forma rápida, sempre com o conhecimento dos patrões.
Viagens
Quando a ama acompanha a família em viagens, deve usar sempre o uniforme,
evitar roupas curtas e provocantes, como shorts, bermudas, mini-saias, decotes,
etc., mesmo que seja em praias. Se utilizar fato de banho, este deve ser inteiro, do
tipo indicado para natação. Usar também um creme protector solar.
É importante saber que em datas comemorativas como Natal, Ano Novo, Carnaval,
etc., a ama não tem folga, pois são períodos de descanso familiar onde os seus
serviços são mais necessários. Quando a família tem como hábito viajar nos finais
de semanas para fora da cidade, conta com a presença da profissional, excepto na
sua folga.
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Questões para reflectir
1. Saber lidar com tensão própria;
2. Disfarçar seus sentimentos negativos;
3. Ouvir as crianças;
4. Valorizar as emoções das crianças;
5. Permitir que a criança corrija seus erros;
6. Parar, acalmar-se e pensar antes de agir;
7. Avaliar o significado emocional dos
acontecimentos;
8. Ser suave;
9. Nunca fazer uso de ameaças;
10. Estabelecer os limites sem ter que ser autoritária;
11. Não permitir que seu estado emocional direcione suas atitudes e seus actos;
12. Oferecer tranquilidade às crianças;
13. Procurar compreendê-las;
14. Favorecer a independência das crianças;
15. Proporcionar a harmonia da casa;
16. Não criticar, nem humilhar as crianças;
17. Elogiar;
18. Não impor desejos pessoais e ouvir os outros funcionários da casa;
19. Ser tolerante;
20. Acreditar nas crianças;
21. Ser presente;
22. Conquistar a confiança das crianças;
23. Incentivar;
24. Dar colo;
25. Olhar nos olhos;
26. Procurar conhecer mais profundamente a criança, respeitando assim a sua
individualidade;
27. Saber reconhecer os seus erros;
28. Procurar estabelecer com os pais uma relação saudável, com respeito e
confiança;
29. Não ceder às chantagens das crianças;
30. Não permitir que os pais verbalizem comportamentos inadequados, na frente da
criança;
31. Não falar sobre a criança com os pais, na presença das mesmas;
32. Procurar uma mudança na qualidade da comunicação, como: conversar e não
bater; falar baixo e não gritar; pedir desculpas; agradecer; pedir por favor...
33. Não discutir com qualquer pessoa, na presença das crianças;
34. Não tecer comentários inadequados sobre os pais da criança;
35. Não assustar as crianças, com assuntos sobre morte, fantasmas, velho do saco,
bicho papão...
36. Apresentar a mesma postura com a criança, independente da presença ou não,
de outra pessoa;
37. Evitar que a criança fique ociosa;
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38. Mostrar-se segura e tranquila;
39. Dirigir-se à criança chamando-a pelo nome;
40. Demonstrar empatia;
41. Ouça a criança; não a trate como um ser que não sabe o que quer e o que diz;
42. Deixar bem claro, que você está ali para ajudá-la;
43. Ser tolerante com os familiares, para que a criança não se sinta mais insegura;
44. Usar os familiares a seu favor; tranquilizando-os e solicitando ajuda deles,
quando necessário;
45. Explicar à criança tudo o que fizer;
46. Evitar falar na frente dela, com os familiares, principalmente quando se tratar
de questões desagradáveis;
47. Procurar falar com a criança na mesma altura dela;
48. Não tratá-la como se fosse menor ou maior do que é;
49. Não assegurar coisas que não dependem de si, como: vamos no domingo ao
shopping, vamos brincar no parque...
50. Não dizer que não chore;
51. Quando se mostrar agressiva, seja paciente, mas diga-lhe que não vai deixar que
ela lhe magoe, assim como não irá magoá-la em momento algum;
52. Procure ser autêntica e estável;
53. Mostre-se disponível.
54. Não interrompa a sua conversa;
55. Quando não conseguir resolver algumas situações peça ajuda aos pais;
56. Garanta que aconteça o que acontecer estará sempre do lado dela;
57. Mostre sempre o quanto ela é importante;
58. Não tenha vergonha de pedir desculpas. Isso é importante, ela precisa saber que
é natural cometer erros mas que é possível repará-los;
59. Mostre que se interessa pelas coisas dela;
60. Respeite seus sentimentos;
61. Seja maduro, ou pelo menos procure ser;
62. Não deixe que entenda que não pode confiar em si;
63. Procure acalmá-la nos momentos de cólera, não a deixe mais agitada com gritos
e ameaças;
64. Mostre-se tranquila e bem-humorada se a deixar na escola;
65. Mostre que acredita nela;
66. Considere as intensões, embora mostre que é preciso ter cuidado;
67. Procure acalmá-la quando: entornar sumo, deixar cair algo, Nesse momento ela
precisa de ajuda;
68. Quando for buscá-la à escola, pergunte como foi o seu dia, se ocorreu algo novo;
69. O limite deve ser dado com clareza;
70. Respeite a raiva enquanto sentimento, mas não deixe que a expresse como
quiser. Ajude-a mudar de atitude;
71. Procure fazer com que a relação entre as duas seja harmoniosa;
72. Tenha paciência e determinação;
73. Avalie cada momento separadamente. Não pense que toda reacção tem a mesma
causa;
74. Quando se magoar procure acalmá-la e mostre que está ali para a ajudar.
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Ética e a Postura Profissional da Ama
Anexo
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FICHA DE TRABALHO DA AMA
Data de Admissão da
criança:
Nome da criança:
Idade actual:
Nome da Mãe:
Nome do Pai:
Telefone da Mãe:
Telefone do Pai:
Nome de outra pessoa
responsável pela criança:
Telefone do responsável:
Morada de Família:
Medicamentos a usar:
Alergias:
Intolerâncias Alimentares:
Cuidados Especiais:
Médico ou Clinica:
Telefone de Médico ou
Clinica:
Morada:
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MÓDULO 2
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Desenvolvimento Infantil
Afinal, o desenvolvimento infantil dá-se à medida que a criança vai crescendo e vai
se desenvolvendo de acordo com os meios onde vive e os estímulos deles recebidos.
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Entre 1 ano e 1 ano e 6 meses: o bebé anda sozinho.
18 MESES
Entre 1 ano e 6 meses a 2 anos: o bebé corre ou sobe degraus baixos.
2 ANOS
Entre 2 e 3 anos: o bebé diz seu próprio nome e nomeia objectos como seus.
Perto dos 2 anos: o bebé reconhece-se no espelho e começa a brincar ao faz de
conta (atividade que deve ser estimulada, pois auxilia no desenvolvimento
cognitivo e emocional, ajudando a criança a lidar com ansiedades e conflitos e a
elaborar regras sociais).
Entre 2 e 3 anos: os pais e amas devem começar aos poucos a retirar as fraldas ao
bebé e a ensiná-lo a usar o bacio.
4 - 6 ANOS
Entre 3 e 4 anos: a criança veste-se com ajuda.
Entre 4 e 5 anos: a criança conta ou inventa pequenas histórias.
O comportamento da criança é predominantemente egocêntrico; porém, com o
passar do tempo, outras crianças começam a tornar-se importantes.
A sua memória e a habilidade com a linguagem aumentam.
Os seus ganhos cognitivos melhoram a capacidade de tirar proveito da educação
formal.
A partir dos 6 anos: a criança passa a pensar com lógica, embora esta seja
predominantemente concreta.
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Enquadramento do Desenvolvimento Motor
Por estranho que possa parecer, aprender a andar, a correr e a saltar, começa pela
aprendizagem do controle da cabeça. Assim, quando por volta das 4 semanas de
idade o bebé começa a erguê-la, estará a assistir aos seus primeiros esforços para
andar.
Como todo o desenvolvimento, a progressão dirige-se dos pés para a cabeça.
Assim o controle da cabeça é a primeira fase, e é essencial.
Tenha sempre em conta que os bebés são únicos. O seu desenvolvimento depende
de muitos factores (saúde, ambiente, ausência geral de afectos, experiências e de
estímulos).
Deixe-o explorar
Deixe o bebé experimentar o chão, fazer suas próprias distâncias, procurar os
melhores caminhos, descobrir texturas com os pés e as mãos. Fique sempre por
perto.
Incentive
Você pode, por exemplo, colocar-se a um metro da criança e chamá-la. Ela irá
esforçar-se para chegar até si. Também pode ajudá-la a ficar em pé na ponta do sofá
para que caminhe até à outra ponta – onde você espera por ela. Usar brinquedos é
outra dica. Afaste-os para que a criança, aos poucos, tente agarrá-los.
Dê segurança
A posição ereta e os primeiros passos significam um novo mundo para o bebé. A
capacidade de locomoção leva-o a arriscar-se – é aí também que a sua atenção será
decisiva. Se o bebé tropeçar ou derrubar algo, alerte-o de forma carinhosa. Gestos
ou palavras agressivas ou impacientes podem retrair a criança e até atrasar o seu
desenvolvimento motor.
Não o assuste
OK. Assusta ver aquele bebé a andar todo desengonçado ao ponto de cair a qualquer
momento. Mas a sua postura é fundamental para que ele não tenha medo (isso pode
até atrasar o tempo de ele andar). Se por acaso, cair para trás e bater com a cabeça,
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socorra-o, mas sem desespero. Então, conforte-o e observe se não fica sonolento ou
vomita. Se perceber qualquer modificação no seu comportamento, informe
imediatamente os pais.
Esqueça o andarilho
Além de ser responsável por acidentes com crianças, este acessório, diferente do
que se imagina, não estimula a criança a andar. Ao contrário. O andarilho pode
atrasar o desenvolvimento psicomotor do bebé, fazendo com que leve mais tempo
para ficar de pé e caminhar sem apoio. Isso sem falar que ele encurta uma etapa
importante, o gatinhar.
Calçado ideal?
Ténis moles, confortáveis e do tamanho certo.
Um lugar diferente
Leve a criança a passear num parque ou num jardim. Um bichinho ou uma folha
grande de árvore pode despertar a sua curiosidade e ser um estímulo para que
queira andar e o melhor é, se possível, deixá-lo descalço. Além de dar melhor
aderência, ao sentir o chão ele sente-se mais seguro. Meias antiderrapantes também
são boas opções, principalmente para os dias frios. Esqueça calçados duros demais.
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Desenvolvimento Motor da Criança – 0 aos 6 anos
0- 2 ANOS
Movimenta a cabeça e é capaz de levantá-la ligeiramente quando deitado de
costas ou de bruços.
Estende os braços para os lados, sem direcção.
Dá pontapés com forças quando deitada em decúbito dorsal.
É capaz de projectar tanto os braços como as pernas para frente, de forma
que, quando de bruços parece tentar arrastar-se.
Mexe a cabeça quando deitada em decúbito ventral, para cima, de um lado
para o outro.
Mantém a cabeça levantada quando em decúbito ventral, durante alguns
segundos.
Controla a cabeça e os ombros quando sentada, apoiada numa almofada ou
travesseiro.
Tenta agarrar objectos a cerca de 20 cm à sua frente.
Agarra objectos mantidos 10 cm à sua frente.
Retém objectos, usando preensão palmar durante alguns segundos,
soltando-os involuntariamente.
Tenta alcançar e agarrar com preensão objectos à sua frente.
Tenta alcançar objecto predilecto.
Coloca objectos na boca.
Mantém a cabeça erecta e firme quando carregada em pé.
Deitada de bruços, sustenta cabeça e peito, apoiada nos antebraços.
Vira de bruços para o lado.
Rola de bruços para costas.
Estando de bruços tenta movimentar-se para a frente.
Rola de costas para o lado.
Vira-se de costas para bruços.
Puxa para sentar-se quando agarrada nos dedos do adulto.
Vira a cabeça livremente quando o corpo está apoiado.
Mantém posição sentada durante alguns minutos.
Larga um objecto deliberadamente para agarrar outro.
Agarra e deixa cair objecto deliberadamente.
Fica de pé com máximo apoio (quando mantida pela cintura).
Salta para cima e para baixo quando em posição de pé, enquanto apoiada.
Arrasta para frente para pegar objecto.
Mantém-se sentada com apoio das mãos para frente.
De posição sentada, passa para posição de mãos e joelhos.
Passa de bruços para posição sentada.
Senta-se sem apoio de mão.
Atira objectos para todos os lados.
Balança para trás e para frente apoiada sobre mãos e joelhos.
Transfere objectos de uma para outra mão em posição sentada.
Retém 2 cubos de 3 cm em uma das mãos.
Coloca-se em posição de joelhos.
Coloca-se em posição de pé.
Gatinha.
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Tenta alcançar coisas com uma das mãos.
Fica de pé com o mínimo de apoio.
Vira caixas e despeja objectos.
Faz movimento de enfiar ou tirar com colher ou pá.
Coloca objectos grandes num recipiente.
Abaixa-se para sentar.
Bate palmas.
Caminha com mínimo de auxílio.
Dá alguns passos sem apoio. Gatinha escada acima.
Passa da posição sentada para de pé.
Rola uma bola em imitação.
Sobe a uma cadeira de adulto, vira-se e senta-se.
Coloca aros num pino.
Tira e coloca pinos grandes de uma prancha.
Constrói torre de 3 cubos.
Faz rabisco com lápis de cera ou lápis.
Vira páginas de um livro, várias de uma vez.
Caminha independentemente.
Gatinha escadas abaixo com os pés em primeiro lugar.
Senta-se numa cadeira pequena.
Curva-se para apanhar objectos sem cair.
Empurra e puxa brinquedos enquanto anda.
Usa cavalo de baloiço.
Sobe escada com ajuda.
Fica de cócoras e volta a ficar em pé.
Segura o lápis em preensão radial.
Imita movimento.
2 – 3 ANOS
Vira trincos e maçanetas de portas.
Salta sobre os dois pés.
Salta o último degrau da escada com um pé na frente do outro.
Caminha para trás.
Desce escadas com ajuda.
Atira bola para o adulto a um metro e meio sem o adulto mover os pés.
Constrói torre de 5 - 6 cubos.
Vira páginas, uma de cada vez.
Desembrulha um objecto pequeno.
Dobra um papel, imitando.
Separa e junta brinquedos que se completam de formas simples.
Desparafusa brinquedos de encaixe.
Dá pontapés em bolas grandes.
Faz bolas de argila.
Dá cambalhotas para a frente, com ajuda.
3 – 4 ANOS
Martela pinos.
Junta o quebra-cabeça de 3 peças ou prancha de formas.
Corta com uma tesoura.
Pula de uma altura de 24 cm com os 2 pés unidos.
Dá pontapé numa bola grande quando rolam para ela.
Anda na ponta dos pés.
Corre 10 passos com movimentos de braços coordenados.
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Pedala num triciclo.
Balança no baloiço quando este é posto em movimento.
Trepa e escorrega para baixo no escorrega.
Dá cambalhota para a frente.
Sobe a escada alternando os pés.
4 – 5 ANOS
Fica apoiada num pé só, sem ajuda por 4 a 5 segundos.
Corre mudando de direção.
Caminha sobre uma trave de equilíbrio.
Pula para a frente 10 vezes sem cair.
Pula sobre um fio a 5 centímetros acima do chão.
Pula para trás.
Bate e agarra uma bola grande.
Faz formas de argila composta de 2 a 3 partes.
Recorta curva.
Aparafusa objecto de rosca.
Desce escadas com os pés alternados.
Pedala um triciclo virando na esquina.
Pula sobre um dos pés 5 vezes sucessivas.
Marcha.
Agarra uma bola com as duas mãos.
Usa molde.
Recorta 1/4 de uma linha de 20 cm.
Segura o lápis entre o polegar e o indicador, descansando o terceiro dedo.
5 – 6 ANOS
Caminha sobre a barra de equilíbrio para frente, para trás e para o lado.
Salta rapidamente.
Balança em balanço começando e sustentando movimento.
Abre bem os dedos tocando o polegar em cada dedo.
Sobe degraus de escada íngreme.
Bate com martelo em prego.
Dribla bola com direção.
Usa afia-lápis.
Segura bola macia ou saco com areia com uma das mãos.
É capaz de saltar à corda sozinha.
Bate na bola com pau ou vareta.
Apanha objecto do chão enquanto corre.
Patina para a frente cerca de 10 pés.
Anda de bicicleta.
Caminha ou brinca na água até a cintura.
Conduz carro de criança dando impulso com o pé.
Salta e gira em cima de um pé.
Salta de altura de 30 centímetros e cai sobre a ponta dos pés.
Permanece num pé só, sem apoio, com olhos fechados, durante 10
segundos.
Segura-se por alguns segundos numa barra horizontal, apoiando o próprio
peso nos braços.
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Desenvolvimento Geral – 3 aos 6 Anos
3 – 4 ANOS
Encontra livro específico, quando lhe pedem.
Aponta para figuras simples, quando nomeadas.
Combina texturas.
Utiliza molde.
Corta com tesoura.
Aponta para 10 partes do corpo seguindo uma ordem verbal.
Diz quais os objectos que se usam juntos, por imitação.
Junta 2 partes para formar um todo (figuras).
Combina um a um, três ou mais objectos.
Constrói uma ponte com cubos, imitando.
Junta quebra-cabeças de 3 peças.
Agarra o lápis entre o polegar e o indicador, descansando o 3º dedo.
Copia linha ondulada.
Desenha uma cruz, imitando.
Acrescenta perna e/ou braço ao desenho incompleto de uma pessoa.
4 – 5 ANOS
Agarra o número especificado de objectos, quando lhe pedem.
Copia um triângulo, a pedido.
Separa objectos por categoria.
Demonstra compreensão (apontando) se um objecto é pesado ou leve.
Empilha 2 ou mais argolas numa estaca por ordem de tamanho.
5 – 6 ANOS
Desenha gravuras simples: casa, homem, árvore.
Recorta e cola formas simples.
Copia letras maiúsculas, grandes, isoladas em qualquer lugar do papel.
Capaz de copiar letras pequenas.
Escreve o seu nome.
Pinta obedecendo a contornos.
Capaz de cortar gravura de revista sem sair muito do contorno.
Copia desenhos complexos.
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Desenvolvimento Psicossocial, Linguagem e Autonomia Infantil
3 aos 4 anos – Testa o seu poder com birra, graça e pedidos, descobre qual a melhor
forma de ter os seus desejos atendidos. Cumpre regras de convivência colectivas e
realiza tarefas como carregar a própria mochila e tirar dela o material. Pode ainda
usar a casa de banho com a supervisão de um adulto.
4 aos 5 anos – Manuseia objectos pessoais e, se não estiver apta, solicita ajuda.
Tem condições de escolher com o que vai brincar. Muda de roupa, participa em
tarefas colectivas e ajuda o professor.
5 aos 6 anos – Escolhe os amigos e as brincadeiras e pode ser responsável pelo seu
material individual.
6 aos 7 anos – Já possui linguagem mais elaborada e, por isso, expressa-se com
mais clareza. Realiza as tarefas de casa com autonomia e responsabiliza-se por
trazer e levar os materiais. Divide tarefas nos trabalhos em grupo e compromete-se
com o trabalho final.
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Desenvolvimento Cognitivo – 0 aos 6 anos
0 - 1 ANO
Vira a cabeça em direção à chucha quando a bochecha é tocada.
Abre a boca para biberão ou seio e começa a sugar antes da chucha tocar a
boca.
Olha na direção ou movimenta o corpo em resposta ao som.
Responde à voz do adulto através de movimento do corpo ou parando de
chorar.
Indica sensibilidade de contacto do corpo através dos seguintes
comportamentos: ficar quieto, chorar ou movimentar o corpo.
Fica calmo ou muda de movimento do corpo em resposta à presença de
uma pessoa.
Chora devido a desconfortos diversos.
Segue visualmente um objecto da linha mediana do corpo.
Segue a luz com os olhos virando a cabeça.
Segue e procura localizar um som movimentando a cabeça na sua direcção.
Mantém contacto visual durante alguns segundos.
Golpeia objectos e tenta alcançá-los. Esforça-se por agarrá-los.
Observa a sua mão.
Segura um objecto utilizando a preensão palmar durante 30 segundos com
libertação involuntária.
Olha ao redor quando carregado.
Olha para a pessoa, fala ou movimenta-se tentando ganhar a sua atenção.
Procura um objecto que tenha sido removido da sua linha de visão.
Tira um pano do rosto que obscurece a sua visão.
Despeja objectos de um recipiente.
Coloca objectos no recipiente, imitando.
Tira objectos de recipiente, imitando.
Chocalha objectos sonoros.
Deixa cair e apanha um brinquedo.
Transfere um objecto de uma mão para outra a fim de agarrar outro
"brinquedo".
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Encontra um objecto escondido debaixo de um recipiente.
Executa ordens simples a pedido.
1 – 2 ANOS
Coloca um objecto num recipiente seguindo instrução verbal.
Coloca objectos num recipiente esvaziando-o depois.
Coloca objectos num recipiente, a pedido.
Tira objectos de um recipiente, um de cada vez.
Empilha cubos, imitando.
Rabisca.
Vira páginas de um livro 2 a 3 de cada vez, para achar uma figura que foi
nomeada.
Aponta para uma parte do corpo.
Aponta para si mesma quando lhe perguntam “onde está?”
Aponta para uma figura nomeada.
Coloca argola num pino.
Constrói torre de cubos, imitando.
Imita movimento circular.
2 – 3 ANOS
Desmonta e monta brinquedo desmontável.
Coloca objectos "em cima de", "debaixo de", "dentro", "fora".
Constrói torres com 5 a 6 cubos.
Vira páginas de um livro, uma de cada vez.
Dobra papel pela metade, imitando.
Desenha círculo.
Combina objectos semelhantes.
Desenha uma linha vertical imitando
Desenha uma linha horizontal, imitando.
Aponta para 3 cores, quando nomeadas.
Vira maçaneta de porta, cabos, etc.
Desembrulha objectos pequenos.
Faz bolas de argila.
Monta um brinquedo de 4 partes.
Combina uma forma geométrica com a figura correspondente.
Aponta para grande ou pequeno quando lhe pedem.
Reconhece músicas que lhes são familiares.
3 – 4 ANOS
Encontra um livro específico, quando lhe pedem.
Aponta para figuras simples, quando nomeadas.
Combina texturas.
Utiliza molde.
Corta com tesoura.
Aponta para 10 partes do corpo seguindo uma ordem verbal.
Diz quais os objectos que se usam juntos, por imitação.
Junta 2 partes para formar um todo (figuras).
Combina um a um, três ou mais objectos.
Constrói uma ponte com cubos, imitando.
Junta um quebra-cabeça de 3 peças.
Pega o lápis entre o polegar e o indicador, descansando o terceiro dedo.
Copia linha ondulada.
Desenha uma cruz, imitando.
Acrescenta perna e/ou braço ao desenho incompleto de uma pessoa.
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4 – 5 ANOS
Apanha um número especificado de objetos, quando lhe pedem.
Copia um triângulo, a pedido.
Separa objectos por categoria.
Demonstra compreensão (apontando) se um objecto é pesado ou leve.
Empilha 2 ou mais argolas numa estaca por ordem de tamanho.
5 – 6 ANOS
Desenha gravuras simples: casa, homem, árvore.
Recorta e cola formas simples.
Copia letras maiúsculas, grandes, isoladas em qualquer lugar do papel.
Capaz de copiar letras pequenas.
Escreve o seu nome.
Pinta obedecendo a contornos.
Capaz de cortar gravura de revista sem sair muito do contorno.
Copia desenhos complexos.
ESTIMULE OS SENTIDOS
Fale, cante, pegue ao colo, embale, aproxime objectos do rosto
DESPERTE INTERESSE
Mantenha contacto visual, seja expressivo, fale de vários ângulos, para que se
habitue aos sons de direcções diferentes
REFORCE A INDIDIVIDUALIDADE
Mostre o seu reflexo no espelho (exemplo: “esta sou eu, aquele és tu”). Diga NÃO
para mostrar a negativa. Dê-lhe alguns alimentos para a mão.
VER LIVROS
Nesta fase, a criança já está familiarizada com rotinas, diz adeus reconhece e
diferencia brinquedos. Vejam juntos livros. Peça brinquedos e brinque!
LEIA HISTÓRIAS
Por volta de 1 ano, já beija perfeitamente, pega nos bonecos, diz algumas palavras
e começa a compreender perguntas simples.
Para estimular a imaginação e a formação de ideias abstractas, comece a ler
pequenas histórias, descreva acções, peça para imitar sons mediante determinadas
gravuras.
Apresente-lhe o sentido de posse (exemplos: “a bola é do João”; “a boneca é da
Luena”).
Quando pede comida e bebida, nomeie tudo, diga os nomes, converse com a criança.
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MÓDULO 3
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Enquadramento
Considera-se que uma criança está em risco quando está ou esteve sujeita a certas
condições adversas, que se sabe estarem altamente correlacionadas com o
aparecimento posterior de défices numa ou mais áreas do desenvolvimento.
Há dois grandes grupos de factores de risco, biológicos e ambientais.
Os diferentes factores não são mutuamente exclusivos e frequentemente coincidem
com alterações do desenvolvimento.
No risco ambiental isolado, a criança é genética e biologicamente normal, mas está
inserida num contexto de privação.
No risco biológico, a criança passou por situações com forte potencial para destruir
o sistema.
Em todos os casos, a intervenção precoce deve ter como objectivo a redução do
impacto dos diferentes factores de risco, através de intervenções médicas.
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Criança de 1 ano e meio a 2 anos
• Não interage com outras pessoas na hora da brincadeira (seja oferecendo
algum objecto, olhando para alguma direcção para apontar, esperando
alguma reacção);
• Não reconhece imagens de objectos familiares ou de pessoas quando se
aponta para o que é pedido;
• Não brinca de faz-de-conta (alimentando bonecas ou bichinhos, por exemplo).
Os sintomas descritos acima podem variar muito de criança para criança e podem
aparecer em idades variadas. Há casos ainda de crianças que têm um
desenvolvimento normal até um certo ponto, e depois regridem de conquistas como
a fala e a socialização.
É comum também que crianças com transtornos de desenvolvimento social não
gostem de ser tocadas, apresentem tiques, fiquem muito aborrecidas com a quebra
de qualquer rotina e façam movimentos repetitivos com o corpo (como, por exemplo,
bater "asas", mexer-se para frente e para trás, bater a cabeça sem parar).
A Visão
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Deficiência Visual
Deficiência visual é a perda ou redução da capacidade visual de um ou ambos os
olhos, com carácter definitivo, não sendo susceptível de ser melhorada ou corrigida
com o uso de lentes e/ou tratamento clínico ou cirúrgico.
De entre os deficientes visuais, podemos ainda distinguir os portadores de cegueira
e os de baixa visão.
Como identificar?
Sinais de alerta
Olhos vermelhos;
Desvio de um dos olhos;
Não seguimento visual de objectos;
Não reconhecimento visual de pessoas ou objectos;
Baixo aproveitamento escolar;
Atraso de desenvolvimento;
Pálpebras inchadas ou com pus nas pestanas;
Esfregar os olhos com frequência;
Fechar ou tapar um dos olhos, sacode a cabeça ou estende-a para a frente;
Segura os objectos muito perto dos olhos;
Inclina a cabeça para a frente ou para trás, pisca ou semicerra os olhos para
ver os objectos que estão longe ou perto;
Quando deixa cair objectos pequenos não os consegue apanhar.
A Surdez
29
Surdez leve: perda auditiva de até 40 decibéis;
Não impede aquisição normal da linguagem, mas poderá ser causa de algum
problema articulátorio ou dificuldade na leitura e/ou escrita.
O Albinismo
30
Mesmo que o indivíduo tenha o gene recessivo que gera o albinismo pode não
desenvolver a condição se herdar um gene dominante saudável. “Quando acontece
a coincidência do pai e da mãe possuírem esse gene recessivo alterado, existe a
possibilidade de o filho herdar os dois genes e desenvolver o albinismo, mesmo que
os pais sejam saudáveis”
Cuidados
Crianças albinas precisam de cuidados especiais por não ter melanina, substância
protectora natural da pele e que lhe dá cor. Além da reposição do creme bloqueador
solar durante todo o dia, o médico recomenda o uso de óculos escuros para proteger
da fotofobia, a intolerância à luz. O albinismo é genético. Eles não podem expôr-se
ao sol forte, porque o resultado não será bronzeamento, mas sim queimaduras.
Hiperactividade ou TDAH
A Hiperactividade confunde pais, amas, professores
e médicos.
Além da criança não conseguir fixar a atenção numa atividade por mais de alguns
minutos, os hiperactivos sobem aos móveis, falam compulsivamente, vivem
perdendo material escolar e não suportam bem frustrações.
Ser mãe de um bebé hiperactivo é muito difícil, tem de conviver com uma criança
que não responde ao que é ensinado, vive derrubando as coisas. É impossível não
ficar irritada.
31
A Hiperactividade também é sinónimo de aumento e/ou excesso de actividade;
comportamento hipercinético (hiper = muito; cinesia = movimento).
As crianças e adultos hiperactivos são, na maior parte das vezes, pessoas com
inteligência acima da média, carismáticos, cheios de energia, divertidos, “fáceis de
gostar”, criativos, etc.
Quem apresenta?
Como se manifesta?
Características
1. Não consegue prestar muita atenção a detalhes ou comete erros por descuido nos
trabalhos da escola ou tarefas;
2. Tem dificuldade em manter a atenção em tarefas ou actividades de lazer;
3. Parece não estar a ouvir quando se fala directamente com ele;
4. Não segue instruções até o fim e não termina deveres de escola, tarefas ou
obrigações;
5. Tem dificuldade para organizar tarefas e actividades;
6. Evita, não gosta ou não se envolve contra a vontade em tarefas que exigem esforço
mental prolongado;
32
7. Perde coisas necessárias para actividades (p. ex: brinquedos, deveres da escola,
lápis ou livros);
8. Distrai-se com estímulos externos;
9. É esquecido em actividades do dia-a-dia;
10. Mexe com as mãos ou os pés ou remexe-se na cadeira;
11. Sai do lugar na sala de aula ou em outras situações em que se espera que fique
sentado;
12. Corre de um lado para outro ou fala demais nas coisas em situações em que
isto é inapropriado;
13. Tem dificuldade em brincar ou envolver-se em actividades de lazer de forma
calma;
14. Não pára ou frequentemente está a “mil à hora”;
15. Fala em excesso;
16. Responde às perguntas de forma precipitada antes delas terem sido terminadas;
17. Tem dificuldade em esperar pela sua vez;
18. Interrompe os outros ou intromete-se (p.ex. mete-se nas conversas / jogos)
Como se trata?
O tratamento envolve o uso de medicação, geralmente algum psico-estimulante
específico para o sistema nervoso central, uso de alguns antidepressivos ou outras
medicações.
Sobredotação
Tradicionalmente confinou-se a sobredotação às
habilidades cognitivas (QI), recorrendo-se
geralmente aos testes de inteligência para a sua
identificação.
33
Aptidão Artística – traduz as habilidades superiores numa ou várias áreas de
expressão, tais como a pintura, escultura, desenho, música, literatura ou teatro,
por exemplo.
Sobredotação – 3 anéis
• Habilidade acima da média
• Alta Criatividade
• Grande envolvimento com tarefas
Causas
• Hereditariedade genética
• Hipoxemia cerebral: crianças nascidas de partos difíceis em que possa ter havido
falta de oxigénio no momento do nascimento.
Sintomas de Comportamento
• Perfeccionismo;
• Altos padrões de desempenho;
• Auto-crítica excessiva;
• Super sensibilidade e senso de justiça;
• Ideias divergentes e atitudes não conformistas na escola;
• Muito observador e aberto a coisas e situações inusuais e pouco correntes;
• Gosta de conceitos abstractos, de resolver os seus próprios problemas e tem uma
forma de pensar muito independente;
• Tem muito interesse nas relações entre conceitos;
• Supersensível, precisa de suporte emocional;
• É energético e activo.
Estratégias Educacionais
Síndrome de Down
• A criança com Síndrome de Down tem
uma anomalia cromossómica que implica
alterações no seu desenvolvimento físico e
mental.
34
• Atinge todas as raças e continentes independentemente do seu rendimento,
condições de saúde nutrição, etc.
Características Físicas
• A cabeça é um pouco maior que o normal.
• A parte posterior da cabeça é levemente achatada na maioria das crianças, o
que dá uma aparência arredondada à cabeça.
• As moleiras (fontanela) são, muitas vezes, maiores e demoram mais para se
fechar.
• Cabelo liso e fino, em algumas crianças, pode haver áreas com falhas de cabelo,
ou, em casos raros, todo o cabelo pode ter caído.
• O rosto tem contorno achatado, devido, principalmente, aos ossos faciais pouco
desenvolvidos e nariz pequeno.
• Osso nasal geralmente afundado.
• Em muitas crianças, passagens nasais estreitadas.
• Olhos têm uma inclinação lateral para cima e a dobra epicântica (uma dobra na
qual a pálpebra superior é deslocada para o canto interno), semelhante aos
orientais.
• Pálpebras estreitas e levemente oblíquas.
• Orelhas pequenas e de implantação baixa, a borda superior da orelha (hélix) é
muitas vezes, dobrada.
• A estrutura da orelha é ocasionalmente, alterada.
• Os canais do ouvido são estreitos.
• Em consequência das anomalias cardíacas e de uma baixa resistência às
infecções, a longevidade dos mongolóides costuma ser reduzida.
• Algumas crianças mantêm a boca aberta e a língua pode projectar-se um pouco.
• À medida que a criança com síndrome de Down fica mais velha, a língua pode
ficar com estrias.
• No inverno, os lábios tornam-se fragmentados.
• A boca é pequena.
• O céu-da-boca é mais estreito do que na criança "normal".
• A erupção dos dentes de leite é geralmente atrasada.
• Às vezes um ou mais dentes estão ausentes e alguns dentes podem ter um
formato um pouco diferente.
• Maxilares pequenos, o que leva, muitas vezes, á sobreposição dos dentes.
• Pescoço de aparência larga e grossa com pele redundante na nuca.
• O abdómen costuma ser saliente e o tecido gorduroso é abundante.
• Tórax com formato estranho, sendo que a criança pode apresentar um osso
peitoral afundado (tórax afunilado) ou o osso peitoral pode estar projectado
(peito de pomba).
• Na criança cujo coração é aumentado devido à doença cardíaca congénita, o
peito pode parecer mais redondo do lado do coração.
• As mãos e os pés tendem a ser pequenos e grossos, dedos dos pés geralmente
curtos e o quinto dedo muitas vezes levemente curvado para dentro, falta de
uma falange no dedo mínimo.
• Na maioria das crianças, há um espaço grande entre o dedão e o segundo dedo,
com uma dobra entre eles na sola do pé, enfraquecimento geral dos ligamentos
articulares.
Possíveis causas
A maioria dos especialistas considera que existe uma multiplicidade de factores
etiológicos, tais como:
35
• Factores hereditários
• Idade da mãe
• Factores Externos
• Processos infecciosos como por exemplo: hepatite e rubéola;
• Problemas de tiroide na mãe;
• Relação entre o índice elevado de imunoglobina e de tiroglobina no sangue
materno (aumento de anticorpos associados ao aumento da idade da mãe);
• Deficiências vitamínicas.
Autismo
O autismo é um transtorno de desenvolvimento que geralmente aparece nos três
primeiros anos de vida e compromete as
habilidades de comunicação e interação social.
É caracterizada por problemas na comunicação,
na socialização e no comportamento, que faz com
a criança apresente algumas características
específicas.
O autismo infantil é uma síndrome geralmente
diagnosticada entre os 2 e 3 anos de idade.
Factores de risco
Sexo: meninos são de quatro a cinco vezes mais propensos a desenvolver autismo
do que meninas.
Histórico familiar: famílias que já tenham tido algum familiar com autismo
correm riscos maiores de ter outro posteriormente. Da mesma forma, é comum
que alguns pais que tenham gerado algum filho autista apresentem problemas
de comunicação e de interação social eles mesmos
Outros transtornos: crianças com alguns problemas de saúde específicos
tendem a ter mais riscos de desenvolver autismo do que outras crianças.
Idade dos pais: quanto mais avançada a idade dos pais, mais hipóteses de a
criança desenvolver autismo até os três anos.
Sintomas de Autismo
A maioria dos pais de crianças com autismo suspeita que algo está errado antes de
a criança completar 18 meses de idade e procura ajuda antes que ela atinja 2 anos.
As crianças com autismo normalmente têm dificuldade em:
• Brincar de faz de conta
• Interações sociais
• Comunicação verbal e não-verbal
Algumas crianças com autismo parecem normais antes de um ou dois anos, mas
de repente "regridem" e perdem as habilidades linguísticas ou sociais que
adquiriram anteriormente.
Esse tipo de autismo é chamado de autismo regressivo.
36
Uma pessoa com autismo pode:
• Ter visão, audição, tacto, olfacto ou paladar excessivamente sensíveis (por
exemplo, podem recusar usar roupas "que dão coceira" e ficam angustiados se
são forçados a usá-las).
• Ter uma alteração emocional anormal quando há alguma mudança na rotina
• Fazer movimentos corporais repetitivos
• Demonstrar apego anormal aos objectos.
Interação social
• Não faz amigos
• Não participa em jogos
• É retraído
• Pode não responder a contato visual e sorrisos ou evitar o contacto visual
• Pode tratar as pessoas como se fossem objectos
• Prefere ficar sozinho, em vez de acompanhado
• Mostra falta de empatia
Brincadeiras
• Não imita as ações dos outros
• Prefere brincadeiras solitárias ou ritualistas
• Não faz brincadeiras de faz de conta ou imaginação
Comportamentos
• Acessos de raiva intensos
• Fica preso em um único assunto ou tarefa (perseverança)
• Baixa capacidade de atenção
• Poucos interesses
• É hiperativo ou muito passivo
• Comportamento agressivo com outras pessoas ou consigo
• Necessidade intensa de repetição
37
Dislexia
É uma perturbação da aprendizagem da leitura
apesar de uma inteligência normal e ausência de
perturbações sensoriais ou neurológicas.
Dislexia
=
Dis (dificuldade)
+
lexia (palavra)
=
Dificuldade com as palavras
Então, Dislexia é uma perturbação da aprendizagem que tanto pode ocorrer com
as palavras como com os números.
Esta perturbação da aprendizagem existe mesmo na presença de uma educação
correcta e apropriada.
Ela não tem nada a ver com os pais nem com os professores, nem com os métodos
de ensino.
Esta é uma dificuldade da criança (ou adulto) que precisa de ser identificada cedo
para que se possa fazer a respectiva correcção e eliminação.
38
O sono – hábitos, rituais e medos
A forma como uma criança encara o sono está
relacionada em grande parte com o que lhe
sucede durante o dia e com a sua relação com o
ambiente. É possível que caso a criança se
encontre num ambiente no qual não existam
regras educativas ou no qual não se sinta seguro,
tenha mais dificuldades para desenvolver a sua
autonomia e isso pode fazer com que surjam
problemas relacionados com o sono.
• Não devemos acordar o bebé para o alimentar: caso fique inquieto, antes de ser
alimentado, deve ser embalado por um breve período. Se for preciso alimentá-lo, é
necessário reduzir o tempo ou a quantidade da refeição.
39
• Durante os primeiros 8 meses de idade é normal que o bebé acorde durante a
noite: não deve ser alimentado, porque nesta idade um bebé saudável já não precisa,
e devemos tentar não alterar o ambiente, acendendo a luz ou retirando-o do berço.
• Nesta idade podemos utilizar um peluche para lhe fazer companhia no berço e
para o tranquilizar no momento de dormir.
• É aconselhável que no momento de deitar o bebé, a porta do quarto onde está
fique aberta.
Ao completar os 2 anos
• Não devemos perder a calma quando a criança acorda a meio da noite. Devemos
transmitir a mensagem de que vai conseguir dormir sozinho.
• É conveniente que a ama não deve "perder a calma". O importante é transmitir
tranquilidade e segurança educativa.
• Devemos ter em conta que dormir na mesma cama que os pais pode alterar a
fisiologia do sono da criança e a dos pais. No entanto, cada família tem o seu nível
de tolerância e as suas próprias convicções: não há sistemas bons ou maus, apenas
diferentes.
Embora a partir dos dois anos a criança se encontre fisicamente preparada para
conciliar o sono, é possível que se recuse a ir para a cama ou inclusivamente a
permanecer no quarto. Esta dinâmica, em muitos casos pode resultar das próprias
decisões da ama ou dos pais, por vezes pouco firmes, ou da dinâmica estabelecida
em casa. Para evitar estas situações, é recomendável seguir as seguintes regras:
40
• As amas e os pais devem eliminar os gritos, os castigos e qualquer atitude que
fomente a escalada de tensão.
• Devem diminuir a actividade física depois do jantar de modo a facilitar a transição
para a hora de ir dormir.
• Deve estabelecer-se de forma regular um ritual para que a criança vá para a cama
que não deve ser modificado ainda que a criança proteste.
• A rotina de ir para a cama deve ser breve e agradável. Os pequenos rituais, como
o banho, contar um conto, dar um beijo ou acender uma pequena luz ajudam a
criança a adormecer.
• Pode deixar-se um brinquedo na cama para que a criança possa entreter-se caso
acorde a meio da noite.
• Nas crianças com mais de três anos podem ser utilizadas técnicas de reforço
positivo como prémios se a sua conduta for a apropriada.
Pesadelos
Com o termo "pesadelos" referimo-nos a sono angustiante ou ameaçador e que pode
acabar por acordar a criança. Os pesadelos não costumam ser associados ao
sonambulismo.
Os pesadelos são um fenómeno frequente nas crianças, calculando-se que afectem
entre 10% e 50% das crianças dos 3 aos 6 anos.
Embora a presença de pesadelos costume ser habitual nas crianças em idade pré-
escolar, a presença de pesadelos frequentes pode ser um indicador de stress
psicológico.
Seja qual for o caso, a resposta tem que ser sempre de apoio. É necessário falar
calmamente com a criança sobre os seus receios e medos. Envolver uma pessoa de
confiança pode dar resultados muito positivos.
Enurese
41
É provável que a enurese seja a mais stressante das perturbações do sono para a
criança, visto que não só é uma fonte de perda de sono, mas também de vergonha
ou timidez.
Embora a maior parte das crianças com enurese costume superar completamente
o seu problema com o tempo, o processo por vezes é mais lento do que o desejável.
1. Fale com a criança sobre o problema. Explique à criança que ela vai precisar de
tempo para superar o problema mas que o processo pode ser acelerado. Mostre-lhe
o seu apoio, para que não pense que se trata de algo digno de ser ridiculizado ou
inclusivamente motivo para castigo.
3. Proteja o colchão com um lençol de plástico; coloque sobre este um lençol normal.
Por cima deste deverá colocar outro lençol de plástico seguido de outro lençol
normal. Desta forma, se durante a noite acontecer um "acidente" poderá retirar os
dois primeiros lençóis rapidamente mantendo a camada inferior. Também é
conveniente que durante a noite (se se tiver molhado) a criança mude a sua roupa
sem ajuda, isso dar-lhe-á a confiança de estar a fazer algo positivo. Da mesma
forma, de manhã, a criança deverá ajudá-lo a fazer a cama.
4. Para motivar uma criança e ajudá-la a sentir mais confiança em si mesma, pode
criar uma tabela de atividades de reforço positivo, como ter um calendário no qual
marcar os dias em que não faz chichi na cama. Desta forma ela própria verá a sua
evolução e ficará consciente das suas melhorias de dia para dia.
Em qualquer caso, evite os castigos, pelo contrário, recompense a criança por cada
sucesso obtido. Tenha em conta que lhe está a pedir que vença um obstáculo com
o qual as outras crianças da sua idade não têm que se debater, e este esforço merece
ser recompensado.
42
Quantas horas deve dormir uma criança?
43
MÓDULO 4
ALIMENTAÇÃO INFANTIL
44
Alimentação saudável
COMPLETA
EQUILIBRADA
VARIADA
45
O leite materno contém todas as proteínas, açúcar, gordura, vitaminas e água que
o bebé necessita para ser saudável.
Além disso, contém determinados elementos que o leite em pó não consegue
incorporar, tais como anticorpos e glóbulos brancos. É por isso que o leite materno
protege o bebé de certas doenças e infecções.
Vantagens da amamentação
• O leite materno tem composição especícifa assegurando um óptimo padrão
de crescimento.
• Evita mortes infantis: devido aos factores do leite materno que evitam
infecções.
• Evita diarréia. Essa proteção diminui quando amamentação deixa de ser
exclusiva(como oferecer água e chás)
• Evita infecção respiratória
• Diminui riscos de alergias: como a alergia à proteína do leite de vaca
• Diminui o risco de hipertensão, colesterol alto e diabetes: tanto na criança
como na mãe
• Reduz chances de obesidade: há melhor desenvolvimento da auto-regulação
de ingestão de alimentos
46
Introdução da sopa de legumes:
Base: batata + cenoura ou abóbora + 1 fio de azeite no final da cozedura e sem sal.
Ir introduzindo um legume novo (alface, feijão verde, agrião, alho francês alterando
com cebola, brócolos espinafres) a cada 3/5 dias.
Os espinafres são introduzidos a partir dos 6 meses.
Introduzir fruta uma semana depois da sopa.
Fruta
A partir dos 6 meses, podem introduzir-se novos frutos (na prática TODOS), se a
criança não for alérgica, claro. A fruta deverá ser dada nas refeições de puré de
legumes.
Convém apenas esperar pelos 9 meses relativamente a citrinos, kiwis, ananás e
morangos. Pode comer manga, papaia, meloa, melão, pêssego, ameixa, uva…
Glúten
O glúten é uma proteína de alguns cereais, que tem uma parte, a gliadina, que é
o que permite fazer o pão.
Algumas crianças têm uma intolerância a esta proteína e desencadeiam o que se
designa por «doença celíaca».
Iogurte
Deve começar-se por iogurte natural.
Depois do bebé estar habituado a comer iogurte natural, - que geralmente se pode
dar a partir do 6 meses, substituindo a papa de cereais, e juntando-lhe bolacha
esfarelada e um pouco de fruta – pode começar-se, pelos 9 meses, a dar iogurtes
de fruta.
O iogurte é, uma boa arma contra as diarreias, porque povoam o intestino
de bactérias «boas», deixando menos espaço para as bactérias e vírus
patológicos.
47
Alimentação a partir dos 9 meses
Introduzir peixe (1 colher de sopa/ dia) na alimentação. Pode ser peixe congelado
– Ex : pescada, solha, robalo, linguado
1 Refeição de sopa com carne alternadamente com peixe ao almoço e ao jantar
1 Refeição de papa com glúten alternando com iogurte ao lanche.
Alergia ao peixe
O peixe pode causar alergia – por essa razão, evita-se a sua administração antes
dos nove meses, em crianças alérgicas ou com elevado risco de potencial alérgico
(um ou ambos os pais com alergias marcadas).
Quadro resumo
48
Algumas regras adicionais
• Nos intervalos das refeições oferecer água o bebé;
• Até os 6 meses de idade usar sempre água fervida;
• Não introduzir alimentos novos na dieta com intervalos, inferiores a 1
semana;
• Não adicionar açúcar, mel ou qualquer outro produto adoçante aos
alimentos;
• Durante o 1º ano de vida não oferecer guloseimas, nem adicionar sal aos
alimentos;
• Antes dos 15 meses de idade, não oferecer morangos, amoras, framboesas,
kiwi, doces, enchidos e marisco e não adicionar condimentos aos alimentos.
Vitamina A
Importante para a pele, olhos, cabelo e ossos.
Encontra-se em alimentos alaranjados como cenoura e em frutas, ovos e fígado de
boi.
Vitaminas do complexo B
(B1, B2, B3, B5, B6, B7, B9 e B12)
Oferece energia e nutrição em geral
Encontra-se em leite, ovos, frutas e verduras.
Vitamina C
Fortalece a saúde, protegendo contra gripes
Auxilia na absorção do ferro
Encontra-se em laranjas, limão, melancia, frutas cítricas, etc.
Vitamina D
Previne contra o raquitismo
Óptima para os ossos
49
Econtra-se em peixes, óleo de fígado de bacalhau, etc
Vitamina E
Protege contra o envelhecimento precoce
Encontra-se em leite, amendoim, gérmen de trigo, etc
Vitamina K
Aumenta a produção de plaquetas, auxiliando na coagulação em feridas
Encontra-se em vegetais verdes, leite, gema de ovo, etc
Cálcio
Cálcio (encontrado em leite e em alimentos derivados do leite)
Fortalece os ossos e previne contra doenças nos ossos
Ferro
Ferro (encontrado em feijão, frutas e verduras)
Nas crianças é muito importante para prevenir anemia e auxilia no desenvolvimento
Água
A água também é essencial em uma alimentação adequada, podendo ser ingerida
também em sumos e vitaminas.
Sumos
Os sumos são fontes de vitaminas, sais minerais e de água. Além de nutrir, também
hidrata.
Iogurtes
Os iogurtes tem cálcio, vitaminas e vários nutrientes que favorecem principalmente
na digestão da criança.
50
Preparação e cuidados alimentares
10 REGRAS BÁSICAS
Vantagem de usar os produtos locais NA MANIPULAÇÃO DE
ALIMENTOS
Não comprar ovos rachados. Em casa, procure
armazená-los no frigorífico, na parte interna, pois na
porta eles podem rachar devido ao movimento de 1. Escolher produtos
abrir e fechar; de boa qualidade.
2. Cozinhar bem os
Cuidado com as carnes com cheiro e cor estranhas.
alimentos.
Compre somente se estiverem frescas, brilhantes,
sem cheiro forte; 3. Diminuir ao máximo
o tempo entre a
Peixe tem de ter as guelras fechadas e rosadas. Os cozedura e a
olhos devem estar cheios, brilhantes e ocupando distribuição.
toda a órbita. Pescados com olhos fundos e cheiro
forte de urina, apresentam sinais fortes de 4. Guardar
deterioração. Fuja deles! cuidadosamente os
alimentos cozidos.
Escolher FRUTAS, VERDURAS e LEGUMES da
época. São mais nutritivos, saborosos e baratos. 5. Reaquecer
adequadamente os
alimentos cozidos.
Procedimentos para higienização dos
6. Evitar o contacto
alimentos entre os alimentos
crus e cozidos.
51
Nutrição No Primeiro Ano de Vida
Aconselhamos o aleitamento materno exclusivo até os 6 meses de idade.
A composição do leite materno vai mudando ao longo do tempo. Por exemplo, nos primeiros
dias, o colostro é extremamente rico em anticorpos. Além disso, contém substâncias que
fazem com que o sistema digestivo do bebé comece a funcionar. Ele é mais fácil de digerir.
O leite materno previne contra várias infecções e diminui também alguns sintomas de
alergias. Ao amamentar, a mãe liberta a hormona oxitocina, que provoca contracções
uterinas, e isto faz com que o útero retorne ao seu tamanho original mais rapidamente. A
amamentação também previne a mulher contra alguns tipos de cancro de mama e ovário.
O leite materno contém praticamente todas as vitaminas necessárias, com excepção talvez
da vitamina D. O pediatra poderá recomendar um suplemento vitamínico. Um complemento
vitamínico também pode ser necessário caso a mãe seja vegetariana.
É importante que o momento da amamentação seja relaxante, tanto para a mãe como para
a ama que estiver com o bebé. Encontre uma posição em que ambos estejam confortáveis.
Escolha um ambiente tranquilo e converse sempre com a criança.
1) Sempre que tomar alguma medicação, conferir com o pediatra se a medicação passa para
o leite materno;
2) Não deixe que ninguém fume perto do bebé;
No entanto, nem sempre o aleitamento materno é possível, ou às vezes a mãe não deseja
amamentar. A mãe não se deve sentir culpada por isto.
Ao dar o biberão a um bebé, segure-o firmemente e olhe-o nos olhos, isto também ajuda a
criar um vínculo. Confira sempre a temperatura do leite antes de oferecê-lo ao bebé. Não é
aconselhável aquecer o leite no micro-ondas. Certifique-se que o tamanho da chucha é
apropriado, e que o bebé não está a chuchar ar, inclinando o biberão. Aconselhamos que o
pai também dê o biberão ao bebé. Além de criar um vínculo entre pai e filho, também dá
um descanso à mãe.
Não deixe que o bebé adormeça enquanto está a mamar, pois o resto do leite que fica na
boca do bebé, principalmente se ele já está a começar a dentição, pode provocar cáries nos
dentes.
Existem vários tipos de leite artificial no mercado. A maioria é à base de leite de vaca, mas
existem também alguns tipos de leite adequados para crianças que não toleram o leite de
vaca.
52
Pode também complementar a mamada com farinha de milho ou de mandioca muito diluída
se a mãe não tiver uma alimentação completa.
Se o bebé não tomar o biberão todo, não ofereça o resto novamente mais tarde. O leite pode
estragar facilmente. Use um biberão limpo a cada mamada.
Alimente o bebé sempre com uma colher, não dê o alimento diluído no biberão, pois desta
forma ele pode ingerir mais do que necessita, e começar a ter problemas de sobrepeso.
Aconselhamos começar com uma papa de cereal de arroz. Este alimento é adequado pois
não contém glúten, diminuindo portanto, as possibilidades de alguma reacção alérgica.
O cereal pode ser misturado com um pouco de água fervida ou leite artificial. As quantidades
oferecidas no início são pequenas. A ideia não é substituir uma mamada (seja de leite
materno ou artificial), mas sim complementá-la.
Ofereça a papa antes da mamada, pois assim o bebé estará com mais fome e mais propenso
a experimentar o novo alimento.
Depois comece a oferecer frutas amassadas, outros cereais e legumes amassados ou
peneirados, e alguns sumos de frutas, excepto sumo de laranja, limão, maracujá.
Respeite o limite do bebé. Ele dará indícios de quando está satisfeito, podendo inclinar-se
para trás, fechar a boca ou virar a cabeça. Quando ele tiver uma melhor coordenação
motora, ele poderá até tentar tirar a colher da sua mão. Não o force a comer.
Outra questão importante é onde alimentá-lo. Se ele já conseguir sentar-se, pode alimentá-
lo no cadeirão, sempre bem preso. Caso ele ainda não consiga sentar-se, pode sentá-lo ao
seu colo, numa cadeirinha ou no carrinho, sempre tendo o cuidado que ele esteja numa
posição erecta, evitando engasgar-se.
Por volta dos 7 a 9 meses, a criança coloca os objectos na boca, e ele pode tentar comer
sozinho. Nesta época também, pode começar a beber líquidos de uma caneca. Um modelo
adequado é aquela com duas alças e tampa, onde a criança vai chupando o líquido.
A vantagem de preparar a comida em casa é que o bebé irá acostumar-se com aquilo que a
família normalmente come. Deve tentar oferecer uma grande variedade de alimentos e a
forma mais saudável de prepará-los é assá-los, fervê-los ou grelhá-los. Ao ferver os
alimentos, usar pouca água para manter as vitaminas.
53
Agora que a criança come alimentos sólidos, é importante oferecer bastantes líquidos, o
melhor sendo água. Não se deve dar mel a uma criança com menos de 1 ano de idade, pelo
risco de botulismo.
Nesta fase de alimentos sólidos, as fezes do bebé sofrerão uma alteração. Isto é normal.
Mudarão na consistência, cor e cheiro.
Entre os 7 e 10 meses, o bebé já estará fazendo 3 refeições por dia e a ingestão de leite
materno ou biberão diminui. Aqui torna-se importante oferecer outras fontes de proteína,
tais como carne muito picadinha ou frango e é mais fácil de oferecê-los se misturados com
um legume que ele goste. Ele ainda não tem os molares, e é comum engasgar ou ter ânsias.
54
DEZ PASSOS PARA UMA ALIMENTAÇÃO INFANTIL SAUDÁVEL
Dar exclusivamente leite materno até aos 6 meses (não oferecer água, chás ou
qualquer outro alimento).
O leite materno tem uma composição nutritiva dinâmica. A sua constituição
Passo 1 modifica-se com a evolução do aleitamento, ao longo do dia, durante a mesma
mamada ou mesmo de acordo com a idade gestacional do recém-nascido.
Entre as inúmeras vantagens da sua composição salienta-se a presença de
fatores bioactivos, que tornam o leite materno um alimento único e uma
verdadeira fonte de saúde para o bebé.
Passo 2 A partir dos 6 meses de idade, introduzir de forma lenta e gradual outros
alimentos, mantendo o leite materno até os dois anos ou mais, se puder.
A partir dos 6 meses, dar alimentos complementares (alimentos que não o leite
materno, especialmente preparados para as crianças até que passem a ingerir
Passo 3 os alimentos consumidos pela família) três vezes ao dia se a criança receber
leite materno e cinco vezes ao dia se estiver desmamada. Com o início da
alimentação complementar deve ser oferecida água ao bebé, em pequenas
quantidades, várias vezes ao longo do dia.
Não oferecer açúcar, sal (em alternativa, use ervas aromáticas como tempero),
Passo 8 café, enlatados, fritos, refrigerantes, rebuçados, salgados, alimentos
processados e similares nos primeiros anos de vida.
Usar sal com moderação.
55
da criança que dai podem aparecer (diarreia, desnutrição, alergias, infecções,
carência de micronutrientes, entre outras).
Não reutilizar sobras (leite materno ou em pó) para as refeições seguintes.
Legumes e saladas
Os legumes são fontes de inúmeras vitaminas (vitamina A e C) e minerais (ferro,
cálcio, magnésio, potássio), assim como de fibra. Tomate, cenoura, abóbora,
56
espinafres, couve, gimboa, entre outros são boas opções, alguns em forma de sopa,
outros crus e outros cozidos/salteados.
Para uma boa nutrição e alimentação infantil é importante ter estes alimentos
sempre disponíveis, não só no frigorífico mas nos pratos das crianças nas duas
refeições principais, mesmo que ela não queira.
Fruta fresca
A fruta, fornecedora essencial de fibra, vitamina C e A, ácido fólico, magnésio, são
normalmente doces e por isso muito mais fáceis que os legumes de serem aceites
pelas crianças. O recomendado nestas idades é cerca de 3 peças de fruta por dia,
das diversas variedades.
É também importante ter algum cuidado com algumas frutas mais alergénicas
(morangos e frutos tropicais) mas que a partir dos dois anos podem ser oferecidas
com algum cuidado e estando atentos a possíveis reações alérgicas.
Fruta da época e diversidade, tal como nos legumes, é o mais apropriado para uma
boa alimentação do bebé e da criança saudável.
Exemplos:
Abacaxi = potássio + magnésio – ajuda no crescimento da criança
Abacate + farinha mandioca – alto teor nutritivo
Banana – anti-inflamatório e anti diarreico
Goiaba, manga e mamão – vitamina A e C (visão e pele)
Carne/peixe/ovos
Frango, porco, vaca, peixe (gordo e magro), ovos devem estar presentes na
alimentação das crianças, tanto ao almoço como ao jantar, em cerca de 30g em cada
uma das refeições. Este são alimentos muito ricos em vitaminas do complexo B,
ferro, zinco, ácidos gordos essenciais.
Considerados alimentos construtores devem ser dados em quantidades adequadas,
o que por vezes não acontece, pois há tendência para fornecer mais do que o
necessário.
Água
A água é fornecedora de minerais e essencial para o bom funcionamento geral,
intestinal e intervêm ainda em inúmeras reacções químicas do organismo. Em
crianças com 2-3 anos de idade é recomendado a ingestão de cerca de 1 litro de
água.
Nestas idades a desidratação pode acontecer rapidamente, logo oferecer água às
crianças ao longo do dia é o principal! Evite ter e dar refrigerantes e sumos.
Doces devem ser experimentados o mais tarde possível e só oferecidos em dias de
festa!
As mudanças alimentares podem ser demoradas e até difíceis de aplicar, mas é tudo
uma questão de tempo. Importante mesmo é tornar a comida apelativa e fazer
escolhas saudáveis!
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Alguns sinais de desnutrição
Interrupção do crescimento
Feridas mais difíceis de cicatrizar
Alterações no desenvolvimento: anemia e diarreias persistentes
Apatia geral
Cabelo ralo e sem côr
Alergias alimentares
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Cutâneas (urticária, edema).
Respiratórias (dificuldade em respirar, pieira).
Gastrointestinais (diarreia e vómitos).
Cardiovasculares (diminuição da pressão arterial e perda de consciência).
Saúde Bucal
Aos dois anos de idade, a criança já deve escovar os dentes, pelo menos, uma ou
duas vezes por dia. Isto tem que fazer parte da sua rotina diária.
Por volta dos dois anos e meio, a criança já terá todos seus dentes de leite,
incluindo os segundos molares. Os dentes permanentes só virão por volta dos 6 ou
7 anos de idade.
As cáries são o maior problema dentário na idade pré-escolar. Caso não sejam
tratadas, a dor e a infecção causados pela decomposição dentária, podem levar a
problemas na alimentação, na fala e na aprendizagem.
59
• Tenham uma higiene oral adequada e consultem o dentista regularmente;
• Não partilhem utensílios, copos, colheres ou escovas de dentes com a criança;
• Não “limpem” a chupeta da criança na própria boca, antes de dá-la ao bebé.
É importante cuidar dos dentes de leite do bebé, pois estragam-se e acabarão por
cair. Como os dentes permanentes ainda não estão na hora de nascer, os dentes de
leite irão reposicionar-se no espaço que ficou vazio, não deixando um espaço para
quando chegarem os dentes permanentes.
É preciso vigiar a escovação, utilizando uma escova macia e muito pouca pasta de
dente, pois o flúor em excesso também faz mal. Se ele não gostar do sabor da pasta,
pode fazer a escovação sem pasta de dente, só com água; a escovação e lavar com
água são mais importantes que o uso de pasta de dentes. É importante escovar
todos os dentes, não só aqueles que ele consegue ver, por dentro e por fora, de cima
e de baixo.
Esta fase é ideal para criar hábitos alimentares saudáveis para toda a vida:
estimular o consumo de frutas, verduras e legumes, grãos integrais, carnes de
galinha e sem gordura e leite, iogurtes e queijos e reduzir ao máximo o consumo de
alimentos e bebidas ricas em açúcar. Se a criança comer um pedaço de bolo, mas
escovar os dentes logo em seguida, não é tão prejudicial do que se ele comer aquelas
pastilhas, doces ou frutas secas, onde o açúcar permanecerá na boca por um longo
tempo.
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MÓDULO 5
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DOENÇAS TROPICAIS
O Paludismo
Prevenção
62
Sintomas
O Dengue
Qual a causa?
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Como tratar?
Não existe tratamento específico para dengue, apenas tratamentos que aliviam os
sintomas. Deve-se ingerir muitos líquidos como água, sumos, chás, etc. Os
sintomas podem ser tratados com paracetamol.
Dengue Clássica
Dengue hemorrágica
O doente pode apresentar sintomas como febre, dor de cabeça, dores pelo corpo,
náuseas ou até mesmo não apresentar qualquer sintoma.
64
O aparecimento de manchas vermelhas na pele, sangramentos (nariz,
gengivas), dor abdominal intensa e contínua e vômitos persistentes podem
indicar a evolução para dengue hemorrágica.
Este é um quadro grave que necessita de imediata atenção médica, pois pode
ser fatal.
Chicungunha ou Catolotolo
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O termo chikungunya vem de um dialeto da Tanzânia e significa algo como “aquele
que se dobra”. O termo surgiu pelo fato dos pacientes acometidos pela doença terem
intensas dores articulares, que fazem com que o mesmo fique com o tronco sempre
arqueado.
A febre chicungunha pode ser transmitida pelos mosquitos Aedes aegypti e Aedes
albopictus, os mesmos que transmitem o vírus da dengue e da febre amarela.
A chamada fase aguda da febre chicungunha começa com uma febre alta de início
súbito, geralmente ao redor do 40ºC, associada à mal-estar e intensa poliartralgia
(dor em várias articulações). As dores articulares costumam surgir nas primeiras
48 horas e surgem no corpo inteiro, mas os locais mais afectados costumam ser as
mãos, punhos, pés e tornozelos. Intensa dor lombar também é comum. Nos
primeiros 2 ou 3 dias de doença, até 75% dos pacientes apresentam uma urticária
na pele, que são pequenos pontos avermelhados e agrupados, que podem ou não
ter algum relevo. Surge no tronco, mãos e pés.
66
A dengue e a febre chicungunha partilham de várias semelhanças. Em alguns casos,
pode ser bastante difícil fazer o diagnostico diferencial somente através dos sinais e
sintomas. Todavia, uma avaliação clínica mais cuidadosa pode nos ajudar.
Na febre chicungunha, um dos sintomas mais fortes é tipicamente a dor das
articulações das extremidades (mãos e pés). Outra diferença é a urticária. Na febre
chicungunha as manchas vermelhas surgem nas primeiras 48 horas, enquanto que
na dengue a urticária só surge a partir do 3º ou 4º dia.
Após o fim da fase aguda, o paciente com dengue costuma sentir-se cansado por
vários dias, enquanto que o paciente com febre chicungunha queixa-se de dor
articular.
Tal como na dengue, não existe tratamento específico contra a febre chicungunha.
A maioria dos pacientes irá curar-se de forma espontânea após cerca de 7 a 10 dias.
Para evitar a desidratação, que é muito comum, indica-se o consumo de 1,5 a 2,0
litros de água por dia. Para o controle da febre e das dores articulares, as drogas
mais indicadas são o paracetamol e a dipirona. O uso de anti-inflamatórios ou
aspirina deve ser evitados na fase aguda, pois se o paciente, na verdade, tiver
dengue em vez de febre chicungunha, esses medicamentos aumentam o risco de
eventos hemorrágicos.
Doença do Sono
Geralmente conhecida como doença do sono,
a Tripanossomíase Humana Africana é uma
infecção parasitária transmitida por moscas
tsé-tsé.
Essas moscas podem ser encontradas em 36
países da África subsaariana, colocando em
risco cerca de 60 milhões de pessoas. A
infecção ataca o sistema nervoso central,
causando distúrbios neurológicos graves.
Sem tratamento, a doença é fatal.
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A doença leva o nome do seu sintoma mais marcante: os doentes não conseguem
dormir durante a noite, mas são frequentemente vencidos pelo sono durante o dia.
É difícil diagnosticar a doença do sono antes da segunda parte devido aos sintomas
iniciais.
O paciente tem de ser visto urgentemente por médico que vai determinar o
estágio da doença e o tratamento adequado.
Febre
A febre é um sinal muito frequente no bebé e na criança e uma importante causa
de preocupação.
Crianças e adolescentes saudáveis com febre com temperatura inferior a 38°C não
precisam de tratamento. Em situações especiais como existência de doença
cardíaca ou neurológica ou nas crianças com antecedente de convulsão febril, o
tratamento com antitérmicos em febres mais baixas é benéfico.
68
Sempre que indicado, dar o medicamento antitérmico e apenas adoptar medidas
para favorecer a perda de calor pelo organismo cerca de 30 ou 40 minutos depois
do início da subida de febre.
Convulsão febril
Todas as crianças com convulsão associada a febre devem ser cuidadosamente
examinadas e investigadas à procura de outras causas para a febre.
A forma de controlar a febre em novas situações de infecção deve ser orientada pelo
médico, mas sempre lembrando-se que a convulsão febril é benigna (apesar de
assustar muito os pais e as amas).
69
Após os 5 anos de idade, a convulsão tende a desaparecer e devemos usar sempre
medidas que baixem a temperatura (antitérmicos e medidas físicas, como
compressas e banho). Nem sempre teremos o controlo total da temperatura nos
episódios febris, mas não devemos sentirmo-nos culpados caso um novo episódio
de convulsão venha a acontecer.
A Epilepsia
O que é a epilepsia infantil?
Muitos dos casos que parecem não são epilepsias. As convulsões febris, por
exemplo, não entram dentro do que se chama epilepsias. Uma criança pode ter
epilepsia quando:
A maioria das crianças que desenvolvem esta síndrome podem ser controladas com
a medicação anti-epiléptica. Só em casos que existam crises resistentes aos
70
tratamentos, se vai necessitar enfoques diferentes como a cirurgia. Nestes casos, os
pais devem evitar que os seus filhos estejam expostos a factores que possam
desencadear uma crise como a televisão, videojogos, etc.
São muitos os factores que podem provocar uma crise epiléptica nas crianças:
problemas de desenvolvimento cerebral durante a gravidez; falta de oxigênio
durante ou depois do parto; traumatismos crânio-encefálico; tumores cerebrais,
convulsão febril muito prolongada, etc.
A epilepsia pode ser detectada por crises com intervalo de no mínimo 24 horas entre
elas. Um só episódio não pode indicar uma crise epiléptica. O tratamento da
epilepsia é indicado apenas a partir da segunda crise. Os remédios têm o objetivo
de bloquear as crises, eliminando a atividade anormal do cérebro da criança. O êxito
do tratamento depende dos pais da criança afectada. Só eles podem vigiar e garantir
que o seu filho esteja medicado. A criança não pode deixar de tomar a medicação
sob nenhum pretexto nem deixar de ir às revisões médicas.
Antes do ataque, a criança pode saber que vai ocorrer. É conhecido como "aura".
Ela refere sentir cheiro ou gosto estranho, algumas vezes pode ter alucinações
visuais ou sonoras. A vítima, muitas vezes, anuncia que a crise vai começar.
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Febre Aftosa
O que é?
A febre aftosa é uma infecção causada por um
vírus, a qual origina pequenas aftas vermelhas
na parte posterior da boca. Em seguida, as
erupções transformam-se em bolhas cheias de
líquido que depressa rebentam, deixando
pequenas úlceras ou feridas. Apesar de serem
muito pequenas, as úlceras podem ser muito
dolorosas para a criança levando-a a recusar
alimentos e a beber água.
Causa também erupções nas mãos e nos pés
e na zona da pele coberta pelas fraldas.
Como se transmite?
A Febre Aftosa é uma enfermidade altamente
contagiosa que ataca todos os animais de
casco fendido, principalmente vacas, porcos,
ovelhas e cabras.
O vírus é transmitido quando a criança toca
em fezes infectadas e, depois, introduz as
mãos na boca. O vírus também pode ser transmitido através dos pulmões ao tossir
e espirrar.
O vírus também pode sobreviver tempo suficiente em determinados espaços e
objectos, como balcões e brinquedos, de forma a transmitir-se a outra pessoa.
Sinais e sintomas
A febre aftosa pode começar com febre, garganta inflamada e uma sensação geral
de mal-estar durante vários dias antes do aparecimento das erupções na boca. As
crianças poderão não querer comer e ficar muito irritáveis. As crianças mais velhas
poderão queixar-se de dor de cabeça, garganta inflamada e falta de energia.
Não existe tratamento mas as úlceras acabarão por desaparecer por si ao fim de 10
dias.
72
O único tratamento consiste num bom controlo da dor. Para controlar a dor, dê
paracetamol.
Siga sempre as instruções constantes da embalagem do medicamento ou fale com
o médico da criança.
A vacinação
Vacinas do recém-nascido
Vantagens da vacinação
A vacinação constitui o meio mais eficaz de medicina preventiva, sendo uma das
maiores defesas contra doenças muito graves. São salvas por ano, entre sete e oito
milhões de vidas no mundo inteiro, isto quer dizer que, salvam-se mais vidas do que
qualquer outra medida de saúde. Conseguiu-se acabar com a varíola do planeta, e
está ao alcance de qualquer país, por exemplo a eliminação da poliomielite, da
difteria, do sarampo, da tosse convulsa, entre outras doenças.
Objetivos da vacinação
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Proteger o indivíduo contra a doença e suas complicações;
Proteger a comunidade contra a transmissão da doença através dos
indivíduos infectados (com ou sem indicação de doença);
Reduzir o número de eventuais indivíduos sensíveis a doenças, de modo a
que a “imunidade de grupo” os possa proteger, conseguindo-se através de
uma elevada percentagem de indivíduos vacinados;
Erradicar doenças.
Quando somos infetados por um vírus, bactéria, ou outro agente causador de uma
doença transmissível, o nosso corpo reage produzindo substâncias chamadas
anticorpos. Estes anticorpos combatem o agente invasor (chamado antigénio) e
ajudam-nos a recuperar da doença. Em geral, estes anticorpos permanecem no
nosso corpo, mesmo depois de estarmos curados, evitando que apanhemos a
mesma doença mais tarde. A isto chamamos ter imunidade à doença.
As vacinas permitem que o bebé fique imune a muitas doenças, mesmo depois de
perder os anticorpos recebidos da mãe. Dentro da vacina estão os agentes
causadores de doenças (antigénios) num estado muito fraco. A vacina “engana” o
nosso corpo, fazendo-o pensar que estamos a ser invadidos pela doença. O corpo
reage produzindo anticorpos que permanecem durante muito tempo activos. Se a
criança vacinada for exposta à doença mesmo a sério, estará melhor protegida.
No mesmo dia podem ser administradas várias vacinas (apesar de algumas vacinas
terem de ser administradas em locais diferentes). Se as vacinas não forem
administradas no mesmo dia, então terão que ser respeitados intervalos de tempo
diferente de acordo com as vacinas específicas para a administração das vacinas
seguintes.
Depois de serem compradas, as vacinas devem ser administradas logo que possível.
Devem ser conservadas preferencialmente nas prateleiras do meio do frigorífico (e
não na porta do frigorífico).
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Prevenção de Acidentes Domésticos
Actualmente, os acidentes domésticos são a principal causa de morte em crianças
com menos de 5 anos no mundo.
A tarefa de evitar acidentes é a maior responsabilidade dos pais e das amas.
Em cada fase da vida da criança, existem perigos diferentes, e portanto, os cuidados
que devem ser tomados também são diferentes.
Até os seis meses de idade, aconselhamos que não deixe um bebé ou criança sozinho
numa situação que pode oferecer algum risco.
Assim que ele começar a mexer-se, ele é um risco para si mesmo: rola da cama,
entra em lugares que não deveria, escala lugares perigosos, põe a mão em tudo e
experimenta tudo.
A criança não tem noção do perigo ao qual se expõe, e também não tem memória de
experiências más ou dos seus avisos para não fazer ou mexer alguma coisa. Ela está
a descobrir o mundo. Não tem capacidade de prever as consequências do seu acto,
por exemplo, se ela puxa o fio do ferro de passar a roupa, ela não tem noção que o
ferro quente pode cair em cima dela.
É muito importante ser consistente, e nunca deixe que uma regra de segurança seja
desobedecida. É importante explicar à criança porque não permitimos que ela faça
alguma coisa que pode oferecer-lhe algum risco.
A maioria dos acidentes com crianças ocorre quando estamos sob stress. As
seguintes situações estão normalmente associadas com acidentes:
• Fome ou cansaço;
• Gravidez da mãe;
• Doença ou morte na família;
• Tensão entre os pais ou com a ama;
• Mudanças no meio ambiente da criança, tais como mudar para uma casa nova,
sair em viagem ou ir para uma creche ou jardim-de-infância.
Tente fazer da casa ou jardim-de-infância um ambiente seguro para o bebé e a
criança, onde se possa sentir livre para explorar.
0 aos 6 meses
Vira na cama, rola do colo de adultos;
Ferimentos provocados por objectos
perfurantes;
Asfixia durante o sono;
Queimadura na água do banho e cozinha;
Mordidas de animais e picadas de
insectos;
Colisão de automóveis.
7 aos 12 meses
Rola, engatinha, senta na cama, dá os
primeiros passos apoiada nos móveis;
Usa força nos dentes para quebrar partes
dos brinquedos;
Deglute brinquedos que soltam pedaços;
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Móveis com pontas agudas;
Rola da cama e outros móveis, rola dentro da banheira;
Colisão de automóvel.
De 1 aos 3 anos
Usam cadeiras como escadas;
Adoram brincar com água;
Engasgamento com chicletes, rebuçados, outros alimentos;
Adoram fogo panelas com cabos para fora do fogão;
Choque elétrico em tomadas;
Sufocamento com sacos plásticos;
Pratos copos de vidro e facas, pregos, lâminas de barbear;
Entram em fornos e geladeiras;
Quedas de janelas, terraços, poço e escadas;
Introdução de corpos estranhos no corpo.
76
(dos 7 anos ao início da adolescência)
77
PRIMEIROS SOCORROS INFANTIS
Na escola, em casa, na rua e outros locais, por vezes, as crianças sofrem pequenos
acidentes que provocam ferimentos e que necessitam de ser tratados com urgência.
Os Primeiros Socorros são ajudas que se dão imediatamente depois de as pessoas
sofrerem um acidente.
Muitas vezes não nos sentimos preparados para actuar, por não sabermos o que
fazer e como fazer.
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Saber o que fazer e (especialmente) o que não fazer pode significar a diferença nestes
casos, mas é preciso treinar para aprender.
Não tente socorrer se não souber o que fazer. Pode causar danos ainda maiores para
a vítima, como por exemplo, a paralisia e mesmo a morte.
79
Primeiros Socorros, onde se guardam
alguns medicamentos e utensílios
básicos e essenciais para uma
primeira assistência.
A caixa de Primeiros Socorros pode também ter alguns medicamentos para dor,
febre, inflamação, intoxicação alimentar, queimaduras ou picadas de insectos.
As caixas de Primeiros Socorros têm também 1 Manual de Primeiros Socorros para
consulta em caso de dúvida.
80
Princípios Gerais e Básicos do Socorrismo
PAS
Prestador de Socorro
81
Socorrista
Manter a calma
Ser tranquila ajuda a pensar e a
avaliar a situação da criança e dos
cuidados necessários a fazer.
Avaliar a situação
Quem vai socorrer a criança, deve
verificar se o local onde aconteceu o
acidente está seguro.
Não pôr em risco a sua própria vida
para confirmar o estado da criança.
82
83
1. Asfixia e engasgamento
2. Corpos Estranhos
Corpos estranhos são todos os pequenos objectos que o bebé ou criança podem
levar à boca, colocar no nariz, nos olhos, nos ouvidos.
Na Garganta
Criança mais pequena Criança mais velha e/ ou Adulto
Manobra de Heimlich
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Nos olhos
Os mais frequentes são: grãos de areia, insectos, limalhas, …
O que fazer?
• Abrir as pálpebras do olho atingido com muito cuidado.
• Fazer correr água sobre o olho, do canto interno, junto ao nariz, para o
externo.
• Repetir a operação duas ou três vezes.
• Se não obtiver resultado, fazer um penso oclusivo, isto é, colocar uma
compressa e adesivo, e enviar ao Hospital.
Nos ouvidos
Os corpos estranhos mais frequentes são os insectos.
3. Picadelas
Abelhas e Vespas
O que fazer?
• Extrair o ferrão com uma pinça;
• Aplicar água fria ou gelo;
• Friccionar com álcool ou vinagre;
• Aplicar gelo para aliviar a dor e reduzir
o inchaço;
• Ir ao médico em caso da reação alérgica.
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Mosquito da Malária
NOTA:
É uma emergência médica que requer hospitalização.
86
Picadas de peixes venenosos/ Ouriços/ Alforrecas
4. Envenenamento/ Intoxicação
Via Inalatória
- Eliminar a fonte do tóxico, afastando a vítima
do local;
- Retirar roupas;
- Hospital.
Via Gastrointestinal
Via Ocular
Via Cutânea
- Lavar abundantemente com água corrente;
- Retirar roupas contaminadas;
- Não aplicar qualquer produto;
- Hospital.
87
5. Feridas ou Cortes
Superficiais
Simples – não necessitam de tratamento médico ou
diferenciado;
Complicadas – necessitam de tratamento médico ou
diferenciado.
Profundas ou penetrantes
Necessitam sempre de tratamento médico ou diferenciado.
O que fazer?
Acalmar a pessoa;
• Lavar a ferida com água da torneira;
• Desinfectar bem;
• Colocar uma compressa esterilizada.
• Se a ferida for profunda ou extensa necessita de transporte urgente ao Hospital.
Casos Especiais
Se existe um objecto estranho encravado (faca, vidro, prego, etc) nunca se retira.
Fazer uma protecção com “rodilha”, para que o objecto não alargue os bordos da
ferida ou se afunde mais e fixar cobertura.
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6. Mordedura de Animais
O que fazer?
Cães
• Lavar a ferida com água e sabão;
• Desinfetar com um antisséptico
• Procurar saber se o animal está vacinado
• Transportar a vítima de imediato ao Hospital.
Nota: A mordedura de cão envolve risco de infecção.
7. Queimaduras
Fogo
Atrito
Fricção
Líquidos ferventes
Vapores
Electricidade
Radiações solares
Frio
Produtos químicos, …..
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O que fazer?
• Aplicar água fria ou manteiga na zona queimada durante 10 minutos;
• Nos casos graves, levar a pessoa queimada imediatamente ao Hospital.
Gravidade da queimadura:
1° grau - Atinge a epiderme, fica com vermelhidão.
2° grau - Atinge a epiderme estendo-se até a derme e caracteriza-se pela presença
das bolhas.
3° grau - Atinge todas as camadas da pele. Provoca lesões que vão até aos
músculos.
4 ° grau – (é o mais grave) . Atinge os ossos.
Queimaduras Solares
• Procurar um lugar à sombra;
• Refrescar o corpo, passando a zona afectada por
água fria ou compressas húmidas;
• Aplicar um creme hidratante/calmante;
• Beber muita água.
90
Se surgir:
• Febre
• Arrepios
• Vómitos
• Dores de cabeça
Queimadura com bolhas
Ir ao médico! É insolação.
Proteger sempre que se está exposto, quer esteja na praia, na piscina, no recreio,
no jardim ou na rua...
Colocar um chapéu, lenço ou boné na cabeça e usar uma T-shirt nas horas de
maior calor!
Evitar a exposição solar nas horas de maior calor (entre as 11h e as 17 h)
Mesmo que se fique debaixo de um chapéu-de-sol ou de um toldo, deve-se usar
o protector solar.
8. Hemorragias
Tipos de Hemorragia
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Quanto à origem
Hemorragia Externa (sangue sai por uma ferida na pele)
Hemorragia Interna Visível (sangue sai por uma abertura natural do corpo)
Hemorragia Interna Invisível (sangue fica retido no interior do corpo)
Hemorragia nasal
O que fazer?
• Endireitar as costas da vítima;
• Inclinar a cabeça ligeiramente para trás;
• Comprimir com o dedo, a narina que sangra;
• Aplicar gelo exteriormente;
• Se a hemorragia persistir mais do que 10 minutos
transportar a vítima ao Hospital.
9. Fracturas
Tipos de fraturas
Quando se fractura um osso da perna deve imobilizar-se a perna com uma tala,
acolchoando-a com gaze ou pedaços de tecido para transportar o ferido para o
hospital.
92
O que fazer?
• Avisar a vítima para permanecer imóvel;
• Não deslocar a vítima;
• Manter a vítima confortável e aquecida.
• No caso de fraturas expostas (evitar a infecção)
• Controlar a hemorragia com pressão manual (pressionar a ferida com um
pano limpo com a mão);
• Lavar e desinfectar a zona atingida;
• Aplicar gaze sobre a ferida.
• Expor o foco da fractura
• Retirar roupa / adornos
• Prevenir o choque
• Controlar hemorragias (compressão
manual indirecta)
• Cobrir com compressas as feridas
• Colocar as talas com almofadadas
• Verificar se a imobilização não impede
a circulação
93
NOTA: É uma situação grave que necessita transporte urgente para o hospital.
11. Convulsão
O que fazer?
94
O que não deve fazer?
Como prevenir?
95
13. Afogamento
Poços e Tanques
Um poço destampado é perigo certo.
Coloque uma tampa pesada sobre o poço para que
as crianças não consigam removê-la.
Piscinas
• Nunca deixe uma criança sozinha na piscina, seja em que circunstância for.
• Esteja atento às brincadeiras das crianças na água;
• Coloque braçadeiras ou coletes às crianças que
não sabem nadar, mesmo quando elas estão a
brincar ao pé da piscina.
• Se escorregarem e caírem para dentro da água
estarão mais protegidas;
• Se tem piscina em casa, coloque uma vedação
ou tela de protecção à volta, de forma a impedir
que a criança tenha acesso à água.
Prevenção
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No caso de afogamento, retirar da água o mais rápido possível com movimentação
cuidadosa, tomando-se precauções especiais com a cabeça e o pescoço, para evitar
lesões na coluna e paralisia.
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15. Estrangulamento
O que fazer?
• Cortar imediatamente a corda, tecido, ou o que estiver a fazer pressão em
torno do pescoço da vítima.
• Executar o SBV se houver sinais de asfixia.
Prevenção
- A distância entre as grades dos berços não deve caber a cabeça da criança
- Não permitir brincadeiras com fios ou tecidos alongados que possam
envolver seu pescoço e apertá-lo involuntariamente
16. Sufocamento
Prevenção
- Evitar brincadeiras com sacos plásticos
ou brincadeiras com os rostos tampados
por fraldas de pano, cobertores ou
travesseiros
98
17. Quedas
As quedas são a principal causa de acidentes domésticos com crianças.
Prevenção
99
18. Transporte
As crianças devem ser transportadas obrigatoriamente no banco traseiro e em
dispositivos de retenção.
19. Atropelamento
Em caso de acidente:
Chamar imediatamente a equipa de resgate, para que a criança seja transportada
ao Hospital o mais breve possível, mesmo que a criança esteja aparentemente bem.
100
20. Enregelamento
O golpe de frio/enregelamento é uma situação resultante da exposição excessiva ao
frio;
Existe uma evolução progressiva que vai do torpor ao enregelamento e, por último,
à gangrena e mesmo à morte.
Arrepios.
Torpor (sensação de formigueiro e
adormecimento dos pés, mãos e orelhas).
Cãibras.
Baixa progressiva da temperatura,
extremidades geladas.
Insensibilidade às lesões.
Dor intensa nas zonas enregeladas.
Gangrena.
Estado de choque.
Coma.
Desapertar-lhe os sapatos e pedir à vítima que bata com os pés no chão e as mãos
uma na outra para reactivar a circulação.
. Envolver a vítima em cobertores.
Dar-lhe bebidas quentes e açucaradas.
101
Previne-se:
21. Desmaio
Sinais e sintomas
• Palidez.
• Suores frios.
• Enjoo.
• Tonturas
• Falta de força.
• Pulso fraco.
102
1. Se nos apercebermos de que uma pessoa está prestes a desmaiar:
• Sentá-la.
• Colocar-lhe a cabeça entre as pernas.
• Molhar-lhe a testa com água fria.
• Dar-lhe de beber chá ou café açucarados.
22. Politraumatizado
Politraumatizado é um sinistrado
que sofreu traumatismos múltiplos.
1. Traumatismo craniano
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Sinais e sintomas
• Ferida do couro cabeludo ou hematoma.
• Perda de conhecimento.
• Diminuição da lucidez e/ou sonolência.
• Vómitos.
• Perturbações do equilíbrio.
• Uma das pupilas mais dilatadas.
• Paralisia de qualquer parte do corpo.
• Saída de sangue ou líquido (nariz, boca ou ouvidos).
• Acalmar a vítima.
• Colocá-la sobre uma superfície dura, sem almofada, entre dois lençóis
enrolados.
• Mantê-la confortavelmente aquecida.
É uma situação grave que necessita transporte urgente para o Hospital
2. Traumatismo da face
3. Traumatismo torácico
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Traumatismo grave por poder afectar a ventilação se houver perfuração do
pulmão.
Sinais e sintomas
• Dificuldade respiratória.
• Lábios e unhas roxas.
• Pulso fraco e rápido.
• Agitação.
• Confusão e delírio.
Sinais e sintomas
• Impossibilidade de fazer movimentos.
• Dor no local do traumatismo.
• Sensação de “formigueiro” nas extremidades (mãos/pés).
• Insensibilidade de qualquer parte do corpo.
5. Traumatismo abdominal
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O traumatismo abdominal é uma lesão provocada
por acção mecânica sobre o abdómen (queda ou
pancada), capaz de causar fractura ou ruptura de
vísceras.
Sinais e sintomas
Se houver fractura ou ruptura de vísceras, os
sinais e sintomas são idênticos aos referidos para
as hemorragias internas.
• Dor local.
• Sede.
• Pulso progressivamente mais rápido e mais fraco.
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é meio caminho para se evitar os acidentes.
Estatísticas
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MÓDULO 6
BRINCADEIRA E BIRRAS
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O Lúdico e a Ludicicdade
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O Lúdico através da História
O acto de jogar é tão antigo quanto o próprio Homem, pois sempre manifestou uma
tendência lúdica, um impulso para o jogo.
Idade Média (Europa - 476 – 1500) – com o Cristianismo, a Igreja considera o jogo
na educação como algo profano e este foi proibido. Com a chegada dos Jesuítas o
aspecto lúdico foi novamente retomado e incentivado na educação das crianças
Rizzo (Brasil) – dizia que a ludicidade era uma boa estratégia no auxílio à
aprendizagem.
110
Decroly (Bélgica – 1871-1932) - foi o criador da expressão “jogos educativos”.
Cotrim & Parisi (Itália) - defendiam que a escola devia ser activa.
Kishimoto (Japão – 1974 - ) – dizia que o jogo educativo com fins pedagógicos
era um instrumento essencial para situações de ensino-aprendizagem e de
desenvolvimento
Aprender a Aprender
CONVIVER a SER
Aprender Aprender a
a FAZER CONHECER
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Desenvolvimento da Criança através do Brincar
Brincar é fundamental na infância por ser uma das linguagens expressivas do ser
humano.
Proporciona a comunicação, a descoberta do mundo, a socialização e o
desenvolvimento integral.
Materiais sugeridos:
Papel para rabiscar, desenhar ou pintar
Plasticinas ou argila
Livros
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Forma lúdica da criança aprender a consciencializar-se, regular e desenvolver-se
emocionalmente.
Através dos livros, dos contos das gravuras da interacção com o adulto, ou seja,
fazerem perguntas, reflectirem sobre os temas.
Uma ótima brincadeira para o desenvolvimento do bébé dos 0 aos 3 meses é colocar
uma música suave, segurar o bébé nos braços e dançar agarrado a ele, apoiando-
lhe o pescoço.
Uma outra brincadeira para o bébé desta idade é cantar uma música, fazendo tons
de voz diferentes, cantando baixinho e depois mais alto e tentando incluir o nome
do bébé na música. Enquanto canta, pode acrescentar brinquedos para o bébé
pensar que é o brinquedo quem está cantando e falando com ele.
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O bébé com esta idade também adora brincadeiras de se esconder. Por exemplo,
pode-se colocar o bébé em frente ao espelho e fazer brincadeiras de aparecer e
desaparecer ou esconder o rosto com uma fralda e aparecer de frente para o bébé.
Uma outra brincadeira para o bébé com esta idade é brincar à bola com ele, atirando
uma bola grande para cima e deixá-la cair no chão, como se não conseguisse agarrá-
la, ou empurrar na direção do bébé para ele aprender a pegá-la e a devolver.
Uma óptima brincadeira para o desenvolvimento do bébé dos 10 aos 12 meses pode
ser ensinar a ele movimentos como tchau, sim, não e vem ou perguntar por pessoas
e objectos para que ele aponte ou diga alguma coisa. Outra opção é dar ao bébé
papel, jornais e revistas para ele mexer e começar a rabiscar e contar-lhe histórias
para começar a identificar animais, objectos e partes do corpo.
Nesta idade, os bébés também gostam de empilhar cubos e de empurrar coisas, por
isso, pode-se deixá-lo empurrar o carrinho e dar-lhe uma caixa grande com tampa
e brinquedos dentro para ele tentar abrir.
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SOS Birras
Estabeleça uma regra: Se a criança não a
cumprir faça-lhe uma advertência,
mostrando-lhe que e está a ter uma
atitude errada.
Se esta pausa obrigatória para refletir não surtir efeito, corte com algo de ele
goste muito (boneco, chupeta, fralda de afagar) algo favorito. Vai obrigá-la a
reconquistar o que “perdeu”.
O que dizer? Não grite, não bata nem ameace. Identifique os comportamentos
inadequados que a criança teve e dê-lhe alternativas, deixando-o participar
da solução.
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O sucesso da Formação de Amas foi alcançado por:
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