Em um nível global, estes elementos são claramente as forças materiais da natureza. Em um universo subatômico, esses elementos representam a qualidade da interação entre as partículas. Todos os elementos- chave interagem e criam novos níveis de complexidade. O Fogo da Criação é resfriado para formar estrelas, o fogo das estrelas é resfriado para formar os planetas, o Fogo no centro da Terra esfria para formar a terra e o uso da terra no Fogo faz o processo de rejuvenescimento e de transformação. Dizer que a água desce abaixo da terra é expressar a verdade óbvia de que, enquanto a água fluir de um lugar para lugar do solo, ela estará retornando a terra. Na Nigéria, a camada de água subterrânea é muito próxima da superfície e não há uma cadeia complexa de veios de água subterrânea que sejam invisíveis ao nível do solo. Superficialmente, este provérbio é uma simples observação sobre a termodinâmica da umidade. A água representa a emoção, na maioria dos ensinamentos. Em Ifá, a água é um símbolo do entusiasmo e poder da intuição para gerar sentimentos fortes. O significado espiritual do provérbio está relacionado à influência das emoções secretas sobre o corpo físico. Em yorùbá, a palavra “emoção” é “Egbe”. De acordo com Ifá, o Egbe, ou o núcleo emocional de cada corpo humano tem uma enorme influência sobre o estado geral de saúde física e mental do indivíduo. Assim como a água mergulha debaixo da terra para formar córregos subterrâneos, as emoções são absorvidas pelo organismo, afetando o Eu interior de maneira que permanecem invisíveis, formando uma lição que não foi completamente apreendida. Um elemento chave em todas as formas de transformação espiritual é a iluminação, influências secretas que afetam o comportamento. Ifá se refere a essas influências como “omi l’enia”, que significa: “A humanidade é a água”. Um dos primeiros estágios de iniciação ao òrìsà é a realização de um funeral para o espírito interior do iniciado. No dia em que minha iniciação em Ifá foi concluída, houve uma tremenda celebração na comunidade. Houve um fluxo de visitantes que vieram para expressar sua alegria e gratidão para com o meu esforço em descobrir o meu próprio destino. Fiquei profundamente comovido com a sinceridade dos cumprimentos e era muito claro que eles acreditavam que os meus esforços tiveram um impacto direto sobre a qualidade de suas vidas. Ocidentalmente falando em algumas comunidades de òrìsà, tenho notado um senso coletivo de inveja direcionada para aqueles que conseguiram qualquer tipo de sucesso em suas vidas. O ciúme como emoção é contrário ao conceito de Ifá para desenvolver um bom caráter. Dizendo que a mão direita lava a mão esquerda está dizendo que toda vez que alguém tem experiências de crescimento, o potencial de crescimento em todos está crescendo. Quando qualquer membro de uma grande família melhora a qualidade de vida, a qualidade de vida em toda a comunidade também melhora. Compreender plenamente este provérbio requer uma apreciação da filosofia de Ifá. A melhoria da qualidade de sua vida à custa dos outros não melhora nada. Pensamentos bons trazem bons caminhos,trazem a alegria sobre todas as coisas,observem como nossos ancestrais tinham uma canção para cada situação da vida,e assim temos que ser aceitar as coisas vindas tanto ruins como boas,se nosso ori esta em paz mesmo na tristeza saberemos conduzir com humanidade qualquer situação que nosso destino poderá nos dar.
Asé a todos !
Rita de Cássia Monteiro
" A historia do candomblé "
O Candomblé não deve ser confundido com Umbanda,
Macumba e/ou Omoloko, outras religiões Afro- Brasileiras com similar origem; e com religiões Afro- derivadas similares em outros países do Novo Mundo, como o Vodoo Haitiano, a Santeria Cubana, e o Obeah, os quais foram desenvolvidos independentemente do Candomblé e são virtualmente desconhecidos no Brasil.
" Sobre as nações existentes "
Os escravos brasileiros pertenciam a diversos grupos
étnicos, incluindo os Yoruba, os Ewe, os Fon, e os Bantu. Como a religião se tornou semi-independente em regiões diferentes do país, entre grupos étnicos diferentes, evoluíram diversas "divisões" ou nações, que se distinguem entre si principalmente pelo conjunto de divindades veneradas, o atabaque (música) e a língua sagrada usada nos rituais. A lista seguinte é uma classificação pouco rigorosa das principais nações e sub-nações, de suas regiões de origem, e de suas línguas sagradas:
Nagô ou Iorubá Ketu ou Queto (Bahia) e quase todos os
estados - Língua Yoruba (Iorubá ou Nagô em Português) Efan na Bahia, Rio de Janeiro e São Paulo Ijexá principalmente na Bahia Nagô Egbá ou Xangô do Nordeste no Pernambuco, Paraíba, Alagoas, Rio de Janeiro e São Paulo Mina-nagô ou Tambor-de-Mina no Maranhão Xambá em Alagoas e Pernambuco (quase extinto). Bantu, Angola e Congo (Bahia, Pernambuco, Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo, Goiás, Rio Grande do Sul), mistura de Bantu, Kikongo e Kimbundo línguas. O Candomblé de Caboclo (entidades nativas índios)língua Ewe e língua Fon (Jeje) Jeje Mina língua Mina São Luiz do Maranhão Babaçuê no Pará Omoloko, Rio de Janeiro e Minas Gerais (quase extinto). É importante termos estes pontos bem exclarecidos pois ainda encontramos pessoas que se confundem com os cultos. E nesta confusão acabam misturando tudo,claro que eu entendo que toda forma de fé é valida diante de cada problema que temos na vida,mas é importante ressaltar aqui que,as energias,as magias,e até mesmo o entendimento intelecto de cada um pode se chocar em informações e magias,pois se tudo esta ligado a nossa cabeça ( ori)então isso pode ocorrer graves problemas,cada nação tem seu entendimento e suas magias em seu tempo e entendimento e por estas razões acabam se chocando as ideias e entendimento sobre o culto de uma forma drástica a quem procura ajuda,já falamos em ègbé-orún volume 1 que temos um tratado no céu e muitas vezes as coisas não dão certo devido ao esquecimento a este tratado.Nem todas as pessoas que tem problemas precisam fazer orisá entrar para a religião,muitas precisam apenas de luz verdade e entendimento seguido de ebó,bory,não propriamente de uma iniciação ao culto.E oque vemos por ai hoje em dia são pessoas desacreditadas do culto Afro por conta destas procuras e soluções que nem sempre estão na iniciação e sim em orientação de ifá e entendimento luz e caminhos abertos,mas para isso não precisam estar dentro do wó ( segredos) creio eu que a maior causa da religião estar perdida vem destas colocações,quando o sacerdote não sabe dar caminhos a uma pessoa então ele simplesmente inicia esta pessoa mas ela não tem caminhos dentro do wó se foi procurar apenas ajuda deveria ter encontrado ajuda,e oque acaba acontecendo quando iniciada esta pessoas e revelado alguns segredos a ela então vem o medo e as duvidas e algumas abandonam literalmente a religião e até banalizam,pois não estavam aptas a serem do asé,lembrando que precisavam apenas de uma orientação e isso os sacerdotes podem fazer e devem analisar quem deva entrar e quem não precisa entrar,conheço casos que me faz pensar muito se aquela pessoa esta desrespeitando ou apenas se perdeu diante de segredos que seu ( ori) cabeça não estava preparado ou destinado a seguir determinada religião ou ser iniciada,são milhares de pessoas que se perderam assim,outras ficam viciadas e querem o poder que jamais terão. E assim vivemos uma caos na sociedade candomblé muitas casas se queixam de seus adeptos por ter abandonado a religião,hoje com uma serie de mudanças que aconteceram ao meio da religião,temos as leis que devem ser seguidas,tanto há lei para o sacerdote quanto para o adepto ou cliente que procuram as casa de asé. A guerra foi e ainda esta acontecendo algumas coisas ganhamos outras não ganhamos por não entender o sacerdote Brasileiros algumas questões ligadas a natureza,uma das questões é a matança de animais,por ser uma religião ligada a formação do mundo e que aprendemos de pai para filho (segundo quem segue suas tradicionais casas até o fim)movida de um nome chamado wó ( segredos)é que se perderam muitas informações e alguns repetem as mesmas magias não procurando entender que tudo na vida humana se transforma pois somos seres vivos e por esta questão estamos sempre em rumo da evolução mas alguns sacerdotes não querem entender isso e ai causam danos a natureza humana e a .natureza divina Em tempos antigos quando não tínhamos o apoio diante da sociedade sobre o candomblé muitos dos sacerdotes lutaram para uma liberdade e entendimento de nossa religião,muitos morreram,mas sempre ouve a fé e os sábios que entendiam que um novo mundo chegaria ao candomblé e chegou...Porem oque muito evoluiu também muito se perdeu,uma das coisas foi o entendimento e respeito ao sagrado,nossa religião esta como uma torre de babel segundo o cristianismo,ninguém fala a mesma linguagem e entendimento e muitas vezes são pessoas do mesmo asé da mesma matriz mas fazem suas misturas constantes com a umbanda,angola e outras nações existentes,tudo porque não procuram o profundo da religião procuram soluções em suas vidas sem saberem que cada evolução esta dentro de cada um,sobre um tratado esquecido adormecido e quem nem sempre tem haver com iniciação aos segredos do orisá. Umas das coisas que assustam algumas pessoas é o ritual de iniciação feita com a matança de animais,por mais historias lendas que possam ser contadas aquela pessoa secretamente não aceita mas por medo devido a tudo que viu,começa então a fingir,outras abandonam e assim vão se criando um circulo de más odús tanto para o mundo quando para as pessoas seguidoras do asé chamado candomblé.( Maú ódu seria como criar uma coisa ruim para a vida)Os tabus existentes hoje em dia ja estão meio explícitos pela internet e tem pessoas que acreditam que podem ler e assim se tornarem bons sacerdotes e isso não é verdade dentro dos segredos existem coisas que somente cada um pode levar com sigo e jamais será encontrado nas redes sociais ou nos livros,estes foram feitos para a cultura e entendimento intelecto mas as verdades do segredos e tratados somente os sacerdotes e adeptos poderão vivencia-los,então a busca de entender porque um asé é outro é assado só causara como disse acima maú odú ou a perdição da paz e do entendimento espiritual e profundo que o candomblé tem,nele encontramos todas as respostas basta sabermos como procurar e entender oque realmente viemos fazer na terra dos vivos e quais as funções de cada orisá para a vida humana. Meu intuito com este trabalho vem por questões que sempre vem a mim,pessoas cansadas e desesperadas onde perderam sua fé em algum sacerdote,então procuro não desmoralizar o entendimento deles mas sim procuro reavivar a fé perdida daquela pessoa e confesso que é um trabalho árduo e muitas vezes desgastante porque estas pessoas,muitas delas acabam por zombar do sagrado brincam,pois assim pensam para mim não surtiu efeito então vou fazer com outros estas pessoas não acreditam na religião estão no quadro acima citado são pessoas que se calaram fingiram e assim seguem um caminho até que se tornem sacerdotes também,existem duas formas de entender estas pessoas,ficaram com medo no inicio devido ao segredo e depois viram assistiram que isso poderia virar um negócio lucrativo,pois candomblé dá rendas ao sacerdote,muitas não tem nem mesmo o tão famoso ( Oyê) a obrigação de 7 anos para que possam a se iniciar a ser um sacerdote,já fazem coisas que viram fazer,ebós continuo us ou alguns recorrem a internet ou procuram sacerdotes de ifá africanos que hoje esta espalhado por toda Brasil,se iniciam em coisas quem nem eles la cultuam mais e que se perderam,aprenderam conosco lessé orisá ( culto de incorporação a divindade)e como todo bom estrangeiro aprenderam rápido a enganar quem procura a fé e entendimento dentro do candomblé,alguns africanos radicalizam e dizem que tem que ser inciado novamente e pertencer a família deles na áfrica e quem nem sempre todos da família são de asé ou ao culto de orisá,mas sabem que isso dará muito dinheiro a eles e assim seguem e estas pessoas se perdem dentro das fantasia e confusões que muitas vezes nem eles descendentes direto sabem realmente do fundamento entre Léssé-Orisá e ao culto africano originalmente Ifá.Fazem uma mistura e assim ganham dinheiro e iludem a quem os seguem,sempre na proposta de que tudo irá se resolver e muitos se perdem e cansados de perderem dinheiro então acabam aprendendo a ganha-lo de volta enganando assim outras pessoas e este circulo não para,são infinitas as propostas que a internet mostra,a religião virou uma grande feira de sacerdotes e famílias africanas oferecendo seus trabalho por até milhões e os que querem rapidamente se levantar e se iludir do que ele mesmo se propôs vão atras e gastam e depois tiram e asé de verdade entendimento de verdade são poucos que adquirem com seriedade. Não quero mudar nada apenas quero deixar um pouco do que eu aprendi dentro de minha visão sem desmerecer ninguém pois como eu disse e sempre estou narrando temos respostas para tudo dentro do culto a orisás,coisas certas e erradas,podemos entender se tivermos luz e entendimento.Quando falo e misturo os assunto neste trabalho é para que você caro leitor faça desta leitura um aprendizado voltando então deste de a primeira narração até o final dela e cada vez que voce ler entenderá mais uma parte do que eu digo,nem sempre esta leitura deverá ser feita como um simples laser ela deverá ser feita sempre em questionamentos e vivenciamento dentro da religião Afro-descendente não são verdades minhas,e sim buscas suas,para quando nesecitar de um conselho junto a um sacerdote saiba pedi-lo de acordo com o que real mente com que você precisa e acredita,e saiba que nem sempre a iniciação será sua salvação,procure aprender entender e só depois de tudo isso resolva sem problemas se iniciar na religião mas enquanto tiver duvidas peça apenas ajuda.
" Vamos entender o Sincretismo"
Casas grandes, que são organizadas tem uma
hierarquia rígida, não é de propriedade do sacerdote, nem toda casa grande é tradicional, é uma Sociedade Civil ou Beneficente. Casas de linhagem matriarcal: (só mulheres) assumem a liderança da casa como Iyalorixá. Casas de linhagem patriarcal: (só homens) assumem a liderança da casa como Babalorixá no Culto aos Orixá ou Babaojé no Culto aos Egungun. Casas de linhagem mista: tanto homens como mulheres podem assumir a liderança da casa. A progressão na hierarquia é condicionada ao aprendizado e ao desempenho dos rituais longos da iniciação. Em caso de morte de uma ialorixá, a sucessora é escolhida, geralmente entre suas filhas, na maioria das vezes por meio de um jogo divinatório Opele-Ifa ou jogo de búzios.
" O candomblé deve ser sua identidade "
A iniciação ritual no Candomblé é um processo de construção de uma identidade psicológica permanente entre o participante e a entidade. O transe de incorporação no Candomblé tem por objetivo principal o auto-reconhecimento recíproco entre o ‘santo’ e seu ‘filho’, o reatamento simbólico do mundo dos homens (Ayé) com o mundo dos deuses (Orum). NAÇÃO: NAGÔ(KETU), língua ioruba, entidades Orixás, Toques de músicas: Ajicá, Aguerê, Opanjé, Darô, Alujá e Ibi. NAÇÃO: JEJ-FON, língua Ewe, entidades Os Voduns, Toque de musica: Arramunha, Bravum e Sato. NAÇÃO: ANGOLA E CONGO, língua Banto e Português, entidades Os Inkices, Toques de música: Barravento, Cabula e Congo. Este processo simbólico entre os participantes e os Orixás não existe apenas no momento do transe ritual, a identidade entre o iniciado e seu santo corresponde a incorporação psicológica e as características do orixá na personalidade de seus filhos. Esta identidade começa não só através da iniciação, se desenvolve lenta e gradualmente nos transes, mas também é reforçado nas obrigações sucessivas e renovada nas festa públicas dos santos, quando toda a comunidade esteja presente. Os rituais do Candomblé consistem de um conjunto de temas , símbolos, incorporação de forças naturais personificadas em comportamentos e estórias, que se sucedem durante a cerimônia. Cada entidade se manifesta através de um transe característico, produzido por imagens, sons, cheiros, gostos, danças, ritmos, cores, trajes e adereços específicos. Invocados através dos toques e da dança, e de três tambores cerimoniais (rum, rumpi e lé), os deuses africanos incorporam em seus ‘filhos’, fazendo os grandes feitos místicos e lendas: a luta dos irmãos Ogum e Xangô pelo amor de Òxum a viagem de Oxalufã ao encontro de seu filho Xangô, as aventuras amorosas de Yansã ... As entidades são, ao mesmo tempo, fundamentos psíquicos de comportamentos humanos e forças místicas da Natureza. São representadas nos rituais como identidades sagradas que se manifestam dentro de uma estrutura, para ajudar o mundo. Há uma ‘economia energética’, onde forças espirituais são manipuladas e manipulam os corpos dos participantes, em um espetáculo coreográfico que associa imagens a temas, a ritmos determinados. Essas associações audiovisuais são produto e instrumento de um processo de construção de uma identidade simbólica, que vai de acordo com a tradição cultural de cada Nação do Candomblé e com a força da entidade invocada, como: Orixás cultuados nas Nações existentes. " Ketu, Nagô " Òlórún ( Um dos sagrado nome de Deus o criador) Òlódumarê ( assim chamado por todos também o nome de Deus o criador de todas as coisas). Òsálá ( divindade do branco criado para orientar os humanos na terra dos vivos) Ògun ( orixá que iniciou o principio dos humanos na terra) Òxósse ( Para muitos no Brasil o cassador,mas nas historias mais profundo saberemos oque realmente significa óxóssé em outras nações por ora aqui ele é odé) Òmólú ( pai de todas doenças senhor da terra) Òbaluaiê ( O mesmo que òmólú) Sancô ( senhor da justiça) xango) Yásãn ( mesmo que Oyá senhora dos ventos) Òsún ( Deusa da fertilidade) oxum) Iemanja ( Yemonjá senhora de todas as cabeça do universo ) Òssúmarê ( senhor do arco iris) oxumarê Òssanhê ( senhor das folhas ) Esú ( guardião do céu e dos caminhos) exu) Náná ( senhora dos pantanos mãe mais velha de toda a humanidade) BURUKê.
Zamby ( Ou zamby àpónkô ) Lèmbá ( LEMBARENGANGA) Sumbo Mukumbe Mútalambê ( Tauamin) Burukunzo Kambáranguájé ( Zázé Luanda) Bambúrucema (Matambá) Quizimbá ( Kaiálá) Dandálunda Àngôrô Katendê Tempo ( orixá) Kêrê Kêrê ( quere-quere) Fazendo uma comparação, entre as três nações é que nos Voduns e nos Inkices estão, as mesmas forças místicas que formam os Orixás nagôs, mas trazem outras forças e outros conceitos. No caso dos Jeje, existentes no Haiti, em Cuba e no estado brasileiro do Maranhão, os Voduns cultuados são em número maior que os orixás mais conhecidos no culto Iorubá.
Os Voduns podem ser divididos em homens e mulher;
e, em moços e velhos, somando um total de quarenta entidades. Já no caso dos ritos bantos, a outra uma ancestralidade, entidades provenientes da mitologia indígena e também a presença de diversos tipos de espíritos de mortos (caboclos, preto velhos, crianças, índias).
De uma forma geral, podemos dizer que o modelo ‘Jeje-
Nagô’ é o mais tradicional, o menos permeável a mudanças e influências culturais, o mais próximo do modelo africano original ainda hoje existente na Nigéria. oposição a esta tendência tradicionalista do modelo Jeje-Nagô, o grupo cultural dos Bantos (nações de Angola e Congo) foi o que mais se sincretizou. Os Bantos, mesmo depois de um primeiro momento de autonomia religiosa, viram seus rituais progressivamente desagregarem, para dar lugar ao sincretismo afro-ameríndio (Catimbó, Candomblé de Caboclo, a pajelança e o culto a entidades indígenas) e ao afro-espírita (Jurema, Umbanda) ou se adaptaram as regras ditadas pelos candomblés nagôs, não se distinguindo destes senão por seus cantos, entre o banto com o português em louvores a ‘Zambi’. O modelo Jeje-Nagô ou baiano apresenta, dezesseis orixás principais: Exú, Ogum, Oxossi, Ossaim, Xangô, Iansã, Oxum, Obá, Nanã Burukê, Omulú, Oxumaré, Iroko, Ibeji, Logunedé, Yemanjá e Oxalá.. " JEJE-NAGÔ E OS VEGETAIS " Osanyìn, o orixá patrono da vegetação e divindade das folhas medicinais. É cultuado nos terreiros de Candomblé, principalmente, durante o processo iniciático quando banhos, atin (pós) e “descarrego” são feitos com o auxílio das folhas. Sua importância é tão grande dentro da religião que, nenhuma cerimônia pode ser praticada sem a sua participação,pois sendo o detentor do asé contido nos vegetais, todos os orixas dependem dele, por isso diz-se que sem folhas não tem orixa – Kosí ewé kosí Òrìxá. O sistema de classificação dos jêje-nagôs, que diz respeito aos vegetais, são dos quatro elementos que é visto como universal, Fogo, Água, Terra e Ar. Sendo os orixas/voduns, representações vivas destas forças que regem a natureza, as folhas a eles atribuídos, na religião, associam-se, a estes elementos. Deste modo, os vegetais estão colocados, diretamente aos quatro elementos da natureza,como: No Elemental Fogo esão as Ewé inan(Folhas do Fogo) No Elemental Água estão as Ewé Omí (Folhas da água) No Elemental Terra estão as Ewé Ile (Folhas da terra) No Elemental Ar estão as Ewé Afefé(Folhas do Ar) Nestes quatro Elementos, todo o sistema religioso, jêje-nagô. Sendo assim, cada orixá possui uma característica própria que é transmitida ao seu iniciado, o que possibilita identificar, seus pais míticos, e qual orixá que rege a pessoa. Temos: Orixás relacionados ao Fogo: Exu, Xangô e Oiá Orixás relacionados a Água: Yemanjá, Oxún, Oba, Oiá, Ewá, Oxumaré, Nàná, Oxosi, Òxàlá Orixás relacionados a Terra: Osanyin, Ògún, Oxosi, Omolu Orixás relacionados ao Ar: Òxàlá, Oxumaré e Oiá. A divisão do óríxá em qualidades, faz com que estes pertençam a mais de um elemento. Ex.: Exù que se relacionam com todos os orixás; Ògún e Oxosi que vivem na água; Oiá que possui caminhos de fogo, água, mato; Oxumaré que transita entre o céu, a terra e as águas etc. Os vegetais se dividem, dentro de um sistema Masculinos e Femininos que são determinadas pela forma de suas folhas: Folhas alongadas ou que possuem forma fálica são masculinas. Folhas arredondadas ou que possuem forma uterina são femininas. As folhas masculinas estão associadas aos orixás masculino, bem como as femininas, aos orixás femininos, todavia, eventualmente encontraremos algumas folhas femininas usadas para orixás masculino e algumas masculinas utilizadas para as ìyába, o que reflete a própria relação familiar dos orixás masculinos com femininos. Como Ògún filho de Yemanjá, as folhas femininas usadas para esta ìyába é freqüentemente usada para este orixás. Os jêje-nagô consideram, ainda que as folhas podem estar posicionadas no lado direito,” Ewé opa otun” , que é masculino e positivo em oposição ao esquerdo e “Ewé opa osí” , que é feminino e negativo. Os compartimentos que contem as ewé inan (folhas do Fogo) e ewé Afeefe (folhas do Ar) estão associados ao masculino, elementos ativo e fecundantes. As ewé omí (folhas da Água) e as ewé Ilé (folhas da Terra) se ligam ao feminino, elementos passivos e fecundáveis. Mas algumas folhas positivas se relacionam com o lado esquerdo ou feminino e vice- versa, daí, encontrarmos folhas femininas usadas com fins positivos e folhas masculinas consideradas negativas. Os vegetais, quando bem dosadas de acordo com a situação de cada indivíduo. Os vegetais considerados gún estão ligados aos elementos Fogo ou Terra, e os considerados” éró”, relacionam-se com os da Água ou Ar. Elas são interpretadas pelas pessoas do candomblé como fria (eró) ou quente (gún). Quando utilizadas nos rituais de iniciação ou nos trabalhos religiosos, os vegetais,érô,tem a função de abrandar o transe, apaziguar ou acalmar o orixa, mas os gún servem para facilitar a possessão e excitar o orixa. Os vegetais gún e éró são tem a finalidade de:
" Tîtî (folhas fresca) eró Rinrin (folha úmida)
eró Pèrègún (Provoca o transe) – gún Tîtîrîgún (Que produz transe) – gún Iroko (Produz calma) eró Ewé ina (Folha de fogo) gún "
È importante, estudar e sempre rever, que o ofó
(encantamento) é que determina a função da folha, embora exista todo um sistema classificatório para os vegetais, cada folha traz em si a função a qual ela se destina. Como Peregún que no seu ofó é considerado o senhor da maldição, tem a finalidade de retirar maldições das pessoas. O Ewuro, a folha amarga, tem por função de retirar o amargo da vida. Teté, Rinrin e Odundun são folhas calmantes mas, com função de atrair prosperidade para seus usuários.“Ewé njé Oògún njé Oògún tikò jé Ewé re í kò pé” “As folhas funcionam. Os remédios funcionam. Remédio que não funciona é porque faltam folhas”. Orixá Onilé – Sobre a Terra repousam nossos ancestrais - Cultuada discretamente em terreiros antigos de nação africana, a Mãe Terra desperta curiosidade e interesse entre os seguidores dos orixás, sobretudo entre aqueles que compõem os seguimentos mais intelectualizados da religião. Onilé é um Orixá que representa a base de toda a vida, a Terra-Mãe, tanto na vida como na morte, é o princípio e representação coletiva dos elegun e Egungun. São os primeiros a receber as oferendas e a ser evocado nos ritos dos sacrifícios. Todo terreiro possui o acento de Onilé, denominado como o fundamento da casa ou simplesmente Axé da casa, onde todos reverenciam este local. Também chamado pelo "Povo de santo" de Oluaye, Aiê, Ilê e Sakpatá. A primeira parte de todos os sacrifícios de (Ejé) sangue é sempre derramada sobre a terra, independente de para qual entidade ou divindade seja o sacrifício, este gesto é uma forma de lembrar e reconhecer o poder de Onilé. Tudo vem da terra e a ela retorna. Elegun (em Yorubá Elégùn) é o conceito dos "iniciados" nas religiões tradicionais africanas e de matriz africana ou de afro- descendentes, inerente ao culto do Orixá. É aquele que passou pela iniciação, Feitura de santo ou iniciação nagô, sujeita ao transe de incorporação. Os chamados não rodantes não são considerados Elegun. Todo elegun é um olóòrìsà (aquele que possui um orixá), que habita no seu interior e pode ser expressado em qualquer hora e lugar. Tratando de Onilé, a Dona da Terra, o orixá que representa nosso planeta como um todo, estaremos tratando o mundo em que vivemos. Onilé, a Terra, tem muitos inimigos que a exploram e podem destruí-la. Para muitos seguidores da religião dos orixás, interessados em recuperar a relação orixá-natureza, o culto de Onilé é a preocupação com a preservação da própria humanidade e de tudo que há em seu mundo.Muitos vezes as historias Itãns ofós nos parece tão infantil e sem fundamento,mas se analisarmos os Kochos dos japoneses também parecem sem sentido mas que são cheio de sabedoria para que sente o sentido de cada palavra. Aprendi que os sábios não fazem delongas e se formos analisar Deus ( Òlodumare,Òlorún) são metáforas para que você entenda e siga seus caminhos. Os espíritos inquietos são os únicos responsáveis pela evolução da humanidade.
A complexidade do olho humano não coloca
obstáculos para a evolução pela seleção natural.Na verdade, olho e biologia não fazem sentido sem evolução. Alguns dizem que a evolução é só uma teoria, como se fosse uma mera opinião. A teoria da evolução, assim como a da gravidade, é um fato científico.
Rita de Cássia Monteiro
Vou colocar aqui a historia contada pelo povo de Fõn e tirem suas próprias conclusões sobre os que contam a historia e se lembrem cada um em seu estado ou continente. " A formação do mundo segundo a Nação Fõn " Na mitologia Fon, Nana Buruku (bulucu) com a ajuda da serpente sagrada foi quem criou o mundo dando vida aos animais, a flora e aos minerais. Após criar o mundo, Nana teve um casal de filhos gêmeos a quem batizou de Mawu-Lisa e deu a eles a incumbência de criar o homem e povoar a Terra. Com o nascimento desses filhos, Nana criou a dualidade que daria o equilíbrio ao mundo e aos seres viventes. Mawu é o princípio feminino, a fertilidade, a suavidade, a compreensão, a ponderação, a reconciliação e o perdão Lisa é o princípio masculino, o julgador, a impaciência, a força cósmica que castiga os homens errados e os corrige, a seriedade. Ele está sempre atento para que as leis de Mawu sejam cumpridas. Nana vendo que Mawu não conseguia mudar o gênio de Lisa e que esse não atendia Mawu quando essa tentava ponderar antes que ele castigasse os homens,resolveu separa-los e deu a Mawu a supremacia no governo da Terra. Enviou Mawu à lua para ser a luz que iluminaria a Terra no período noturno e suavizar os sofrimentos dos seres e projetar o Fé (amor) sobre o planeta. Enviou Lisa ao sol para que esse pudesse ver com mais clareza os erros dos homens e julgasse bem antes de castiga-los. Ordenou também que Lisa uma vez por ano deveria andar na Terra para conviver com os homens e conhecer de perto suas necessidades, ajudando-os e corrigindo-os. Com essas andanças pela Terra, Lisa deixou aqui alguns descendentes que se tornaram divinizados. Os Fons dizem que a partir dessa separação, Mawu e Lisa só se encontram quando ocorre um eclipse e nessa ocasião Eles fazem amor, gerando mais Voduns para ajudar os homens. Antes que essa separação se concretizasse, Mawu e Lisa chamaram seu filhos e os enviaram à Terra como os primeiros habitantes e para que esses os ajudassem a governar a Terra, deram a cada um uma atribuição. Por essa razão, os Fons acreditam que todos os homens são Voduns, sendo que só voltarão a sua condição de divindades, após a morte física do corpo. Vodum Zodje e Nyohye Ananu (gêmeos) – riquezas – Teriam que controlar todas as riquezas da Terra e distribui-la aos homens segundo seus merecimentos. Foram habitar no reino abissal (fundo do mar). Voduns Agbê e Naete (gêmeas) – o amor, a água – Teriam que ensinar o amor aos homens e a todos os seres viventes. Foram habitar nas águas. Vodum Sakpata – doenças, a terra – Teria que levar as pestes e doenças que corrigirião os homens que se auto flagelavam e ao mesmo tempo trouxe consigo as fórmulas para a cura de todas as doenças, deveria dá- las aos homens. Foi habitar as profundezas da terra. Voduns Hevioso e Sobo – a justiça, o fogo – Teriam que fazer com que as leis de Mawu fossem cumpridas com justiça e cobrasse dos homens seus erros. Foram habitar nos vulcões. Vodum Gu – a guerra – Teria que combater todos que usassem o poder para matar e explorar os mais fracos. Deveria lutar ao lado dos guerreiros que estivessem dentro das leis de Mawu e castigar os demais mesmo que para isso tivesse que mata-los. Vodum Djó – o ar, o vento, a chuva – Teria que enviar a todos os seres o AR necessário à vida e enviar as chuvas para fertilizar a Terra. Ficou habitando o espaço celeste próximo a Mawu e Lisa. Encontramos alguns autores escrevendo a palavra dji como sendo o correto nome desse Vodum e ao mesmo tempo o identificam como Dan Hwedo. A tradução da palavra dji é chuva ou céu no sentindo de dizer chuva que vem do céu Vodum Age – as florestas e agricultura – Teria que saciar a fome dos homens e animais. Os pássaros e demais animais ficaram sob sua responsabildade e o abate de um desses só deveria ser permitido para aplacar a fome. Vodum Loko – as árvores - Ficou responsável por todas as árvores e seres que a habitavam. Deveria frutificar algumas a fim de saciar a fome dos homens e animais e combater os espíritos malignos que quisessem se apoderar delas ou controla-los. Vodum Legba – Por ser muito arteiro e aprontar muitas brincadeiras perigosas e sem limites e também por ser o preferido de Mawu, foi mantido perto dos pais. Recebeu a incumbência de ser o mensageiro entre os irmãos e Mawu-Lisa. Recebeu o dom de saber todos os idiomas e dialetos para que pudesse escutar tudo no céu e na terra e contasse para seus pais. Embora o povo Fon cite somente o nome de Mawu como o Deus Criador, eles têm conhecimento da existência de Lisa e o consideram o lado justiceiro de Mawu. Mawu e Lisa são conhecidos por uma infinidade de nomes, de acordo com o dialeto falado podemos encontrar: MAWU LISA Segbo-Mawu Sebo-Lisa Dada-Segbo Dada- Segbo-Lisa, etc. Adimoula Mawuto Mawu Todzi Mahou, etc.Na África, existem três grandes templos de Mawu- Lisa, todos fundados por Wanjele que era sacerdotisa de Lisa, esposa do rei e mãe do futuro rei Tegbesu. Certa ocasião Tegbesu ficou muito doente, Wanjele consultou Fá e através desse, Lisa ordenou que ela erguesse um templo para ele em Abomey e trouxesse seus assentamentos. Wanjele mandou buscar o filho doente e foi para sua cidade natal (Adja) buscar seus assentamentos. Após instalar Lisa no novo templo em Abomey, Tegbesu ficou curado. Lisa é associado ao sagaman (ságámâm - camaleão) e ao topodun (tópôdum - crocodilo) Algum tempo depois Wanjele fundou outros templos para Lisa, um em Ghana e outro em Ouidah. Vejamos agora alguns Voduns filhos de Mawu-Lisa e outros somente de Lisa. São esses os Voduns cultuados ou feitos nos iniciados. A pessoa feita de Lisa é chamada inicialmente de agamavi e após seis meses de iniciação passa a sere chamada de anagônu. Mawu não é feito na cabeça de ninguém e nem recebe oferendas como os demaisVoduns. Como podem perceber em Fõn também se fala sobre as crianças gêmeos,porem para eles elas vivem no fundo do mar,cada continente entendeu a historia da forma que bem lhes coube ou diante de uma situação semelhante,pois toda lenda vem de um fato inexplicado a quem a passou e dela contou entre seus medos e ansiedades de entender o por-que de determinadas situações. " Nação JeJe " A palavra JEJE vem do yorubá adjeje que significa estrangeiro, forasteiro. Portanto, não existe e nunca existiu nenhuma nação Jeje, em termos políticos. O que é chamado de nação Jeje é o candomblé formado pelos povos fons vindo da região de Dahomé e pelos povos mahins. Jeje era o nome dado de forma pejorativa pelos yorubás para as pessoas que habitavam o leste, porque os mahins eram uma tribo do lado leste e Saluvá ou Savalu eram povos do lado sul. O termo Saluvá ou Savalu, na verdade, vem de "Savê" que era o lugar onde se cultuava Nanã. Nanã, uma das origens das quais seria Bariba, uma antiga dinastia originária de um filho de Oduduá, que é o fundador de Savê (tendo neste caso a ver com os povos fons). O Abomei ficava no oeste, enquanto Axantis era a tribo do norte. Todas essas tribos eram de povos Jeje. " A Origem da palavra Dahomé "
A palavra DAHOMÉ, tem dois significados: Um está
relacionado com um certo Rei Ramilé que se transformava em serpente e morreu na terra de Dan. Daí ficou "Dan Imé" ou "Dahomé", ou seja, aquele que morreu na Terra da Serpente. Segundo as pesquisas, o trono desse rei era sustentado por serpentes de cobre cujas cabeças formavam os pés que iam até a terra. Esse seria um dos significados encontrados: Dan = “serpente sagrada” e Homé = “a terra de Dan”, ou seja, Dahomé = “a terra da serpente sagrada”. Acredita-se ainda que o culto à Dan é oriundo do antigo Egito. Ali começou o verdadeiro culto à serpente, onde os Faraós usavam seus anéis e coroas com figuras de cobra. Encontramos também Cleópatra com a figura da cobra confeccionada em platina, prata, ouro e muitos outros adornos femininos. Então, posso dizer que este culto veio descendo do Egito até Dahomé. " Dialetos falados" Os povos Jejes se enumeravam em muitas tribos e idiomas, como: Axantis, Gans, Agonis, Popós, Crus, etc. Portanto, teríamos dezenas de idiomas para uma tribo só, ou seja, todas eram Jeje, o que foge evidentemente às leis da lingüística - muitas tribos falando diversos idiomas, dialetos e cultuando os mesmos Voduns. As diferenças vinham, por exemplo, dos Minas - Gans ou Agonis, Popós que falavam a língua das Tobosses, que a meu ver, existe uma grande confusão com essa língua. " Os primeiros no Brasil " Os primeiros negros Jeje chegados ao Brasil entraram por São Luís do Maranhão e de São Luís desceram para Salvador, Bahia e de lá para Cachoeira de São Félix. Também ali, há uma grande concentração de povos Jeje. Além de São Luís (Maranhão), Salvador e Cachoeira de São Félix (Bahia), o Amazonas e bem mais tarde o Rio de Janeiro, foram lugares aonde encontram-se evidências desta cultura. " Voduns " Muitos Voduns Jeje são originários de Ajudá. Porém, o culto desses voduns só cresceram no antigo Dahomé. Muitos destes Voduns não se fundiram com os orixás nago e desapareceram totalmente. O culto da serpente Dãng-bi é um exemplo, pois ele nasceu em Ajudá, foi para o Dahomé, atravessou o Atlântico e foi até as Antilhas. Quanto a classificação dos Voduns Jeje, por exemplo, no Jeje Mahin tem-se a classificação do povo da terra, ou os voduns Caviunos, que seriam os voduns Azanssu, Nanã e Becém. Temos, também, o vodun chamado Ayzain que vem da nata da terra. Este é um vodun que nasce em cima da terra. É o vodun protetor da Azan, onde Azan quer dizer "esteira", em Jeje. Achamos em outro dialeto Jeje, o dialeto Gans-Crus, também o termo Zenin ou Azeni ou Zani e ainda o Zoklé. Ainda sobre os voduns da terra encontramos Loko. Ele apesar de estar ligado também aos astros e a família de Heviosso, também está na família Caviuno, porque Loko é árvore sagrada; é a gameleira branca, que é uma árvore muito importante na nação Jeje. Seus filhos são chamados de Lokoses. Ague, Azaká é também um vodun Caviuno. A família Heviosso é encabeçada por Badë, Acorumbé, também filho de Sogbô, chamado de Runhó.Mawu-Lissá seria o orixá Oxalá dos yorubás. Sogbô também tem particularidade com o Orixá em Yorubá, Xangô, e ainda com o filho mais velho do Deus do trovão que seria Averekete, que é filho de Ague e irmão de Anaite. Anaite seria uma outra família que viria da família de Aziri, pois são as Aziris ou Tobosses que viriam a ser as Yabás dos Yorubás, achamos assim Aziritobosse. Estou falando do Jeje de um modo geral, não especificamente do Mahin, mas das famílias que englobam o Mahin e também outras famílias Jeje. Como relatei, Jeje era um apelido dado pelos yorubás. Na verdade, esta família, ou seja, as pessoas que pertencem a esta nação deveriam ser classificados de povo Ewe, que seria o mais certo. Ewe-Fon seria a verdadeira denominação. Seriam povos Ewe ou povos Fons. Então, se fôssemos pensar em alguma possibilidade de mudança, nós iríamos chamar, ao invés de nação Jeje, de nação Ewe-Fon. Somente assim estaríamos fazendo jus ao que é encontrado em solo africano. Jeje é então um apelido, mas assim ficará para todas as gerações classificados como povo Jeje, em respeito aos antepassados. Continuando com algumas nomenclaturas da palavra Ewe-Fon, por exemplo, a casa de candomblé da nação Jeje chama-se Kwe = "casa". A casa matricial em Cachoeira de São Félix chama-se Kwe Ceja Undé. Toda casa Jeje tem que ser situada afastada das ruas, dentro de florestas, onde exista espaço com árvores sagradas e rios. Depende das matas, das cachoeiras e depende de animais, porque o Jeje também tem a ver com os animais. Existem até cultos com os animais tais como, o leopardo, crocodilo, pantera, gavião e elefante que são identificados com os voduns. Então, este espaço sagrado, este grande sítio, esta grande fazenda onde fica o Kwe chama-se Runpame, que quer dizer "fazenda" na língua Ewe-Fon. Sendo assim, a casa chama-se Kwe e o local onde fica situado o candomblé, Runpame. No Maranhão predomina o culto às divindades como Azoanador e Tobosses e vários Voduns onde a "sacerdotisa" é chamada Noche e o cargo masculino, Toivoduno. " Os fundadores" Voltando a falar sobre "Kwe Ceja Undé", esta casa como é chamada em Cachoeira de São Félix de "Roça de Baixo" foi fundada por escravos como Manoel Ventura, Tixerem, Zé do Brechó e Ludovina Pessoa. Ludovina Pessoa era esposa de Manoel Ventura, que no caso africano é o dono da terra. Eles eram donos do sítio e foram os fundadores da Kwe Ceja Undé. Essa Kwe ainda seria chamada de Pozerren, que vem de Kipó, "pantera". Darei um pequeno relatório dos criadores do Pozerren Tixarene que seria o primeiro Pejigan da roça; e Ludovina, pessoa que seria a primeira Gaiacú. A roça de cima que também é em Cachoeira é oriunda do Jeje Dahomé, ou seja, uma outra forma de Jeje. Estou falando do Mahin, que era comandada por Sinhá Romana que vinha a ser "Irmã de santo" de Ludovina Pessoa (esta última mais tarde assumiria o cargo de Gaiacú na Kwe de Boa Ventura). Mas, pela ordem temos Manoel Ventura, que seria o fundador, depois viria Sinhá Pararase, Sinhá Balle e atualmente Gamo Loko-se. O Kwe Ceja Undé encontra-se em controvérsia, ou seja, Gamo Loko-se é escolhida por Sinhá Pararase para ser a verdadeira herdeira do trono e Gaiacú Agué-se, que seria Elisa Gonçalves de Souza, vem a ser a dona da terra atualmente. Ela pertence a família Gonçalves, os donos da terra. Assim, temos os fundadores da Kwe Ceja Undé. No Rio de Janeiro, saindo de Cachoeira de São Félix, Tatá Fomutinho deu obrigação com Maria Angorense, conhecida como Kisinbi Kisinbi. Uma das curiosidades encontradas durante minha pesquisa sobre Jeje é o que chamamos de Deká, que na verdade vem do termo idecar, do termo fon iidecar, que quer dizer "transmissão de segredo". Esse ritual é feito quando uma Gaiacú passa os segredos da nação Jeje para futura Gaiacú pois, na nação Jeje não se tem notícias, que possa ter havido "Pai de santo". O cargo de sacerdotisa ou "Mãe de santo" era exclusivamente das mulheres. Só as mulheres poderiam ser Gaiacús. " Ogãns" ( tocadores de tambor) Os cargos de Ogan na nação Jeje são assim classificados: Pejigan que é o primeiro Ogan da casa Jeje. A palavra Pejigan quer dizer “Senhor que zela pelo altar sagrado”, porque Peji = "altar sagrado" e Gan = "senhor". O segundo é o Runtó que é o tocador do atabaque Run, porque na verdade os atabaques Run, Runpi e Lé são Jeje. No Ketu, os atabaques são chamados de Ilú. Há também outros Ogans como Gaipé, Runsó, Gaitó, Arrow, Arrontodé, etc. Podemos ver que a nação Jeje é muito particular em suas propriedades. É uma nação que vive de forma independente em seus cultos e tradições de raízes profundas em solo africano e trazida de forma fiel pelos negros ao Brasil. Mina Jeje Em 1796, foi fundado no Maranhão o culto Mina Jeje pelos negros fons vindos de Abomey, a então capital de Dahomé, como relatei anteriormente, atual República Popular de Benin. A família real Fon trouxe consigo o culto de suas divindades ancestrais, chamados Voduns e, principalmente, o culto à Dan ou o culto da Serpente Sagrada. Uma grande Noche ou Sacerdotisa, posteriormente, foi Mãe Andresa, última princesa de linhagem direta Fon que nasceu em 1850 e morreu em 1954, com 104 anos de vida. " Deuses Voduns" *Ayzan - Vodun da nata da terra *Sogbô - Vodun do trovão da família de Heviosso *Aguê - Vodun da folhagem *Loko - Vodun do tempo.( espirto do tempo). " dialeto ewe " esin = água atinçá = árvore agrusa = porco kpo = pote zó izô = fogo avun = cachorro nivu = bezerro bakuxé = prato de barro kuentó = kuentó yan = fio de contas vodun-se = filho do vodun ou iniciados da Nação Jeje yawo = filho do vodun ou iniciados da Nação Ketu muzenza = filho do vodun ou iniciados da Nação Angola tó = banho zandro = cerimônia Jeje sidagã = auxiliar da Dagã na Cerimônia a Legba zerrin = ritual fúnebre Jeje sarapocã = cerimônia feita 07(sete) dias antes da festa pública de apresentação do(a) iniciado(a) no Jeje sabaji = quarto sagrado onde fica os assentos dos Voduns runjebe = colar de contas usado após 07(sete) anos de iniciação runbono = primeiro filho iniciado na Casa Jeje rundeme = quarto onde fica os Voduns ronco = quarto sagrado de iniciação bejereçu = cerimônia de matança
" A influência das palavras "
A cultura Jeje vinda do Antigo Dahomé, que antes
abrangia o Togo e fazia fronteira com o país de Gana é, sem dúvida, uma das maiores contribuições culturais deixada pelos negros fons no Brasil. Estes povos Adjejes, como eram chamados pelos yorubás, estabeleceram fundamentos nos seguintes lugares: Cachoeira de São Félix, na Bahia; Recife, em Pernambuco e São Luís, no Maranhão. Houve durante um período uma influência da cultura yorubá, daí essa mistura passar a ser chamada de: Cultura Jeje-Nagô. Essa mistura, como expliquei, adveio principalmente dos yorubás com várias tribos Jejes. Dentre elas destacaram-se: tribo Gan, Fanti, Axanti, Mina e Mahin. Estes últimos, ou mahins, tiveram maior destaque sobre as demais culturas Jeje, no Brasil. Estes negros falavam o dialeto ewe que, por ser marcante, influenciou por demais a cultura yorubá e também a cultura bantu. Como exemplo, cito os nomes que compõem um barco de yawo: Dofono, Dofonitin, Fomo, Fomutin, Gamu, Gamutin e Vimu, Vimutin. Outras palavras Jeje foram incorporadas não só na cultura afro-brasileira como também no nosso dia-a- dia, como por exemplo: Acassá, “faca” que no original ewe é escrita com “K” ao invés de “C”. Outra palavra Jeje que ficou no nosso cotidiano foi a palavra “tijolo” que em ewe é Tijoló. " A tradição JEJE" A tradição dos povos fons que aqui no Brasil foram chamados de Adjeje ou Jeje pelos yorubás, requer um longo confinamento quando na época de iniciação. Essa tradição Jeje exigia de 06 (seis) meses ou até 01 (um) ano de reclusão, de modo que o novo vodun-se aprendesse as tradições dos voduns: como cultuá-los, manter os espaços sagrados, cuidar das árvores, saber dançar, cantar, preparar as comidas e um artesanato básico necessário a implementos materiais dos diferentes assentos, ferramentas e símbolos necessários ao culto. Para os povos Jeje, os voduns são serpentes que tem origem no fogo, na água, na terra, no ar e ainda tem origem na vida e na morte. Portanto, a divindade patrona desse culto é Dan ou a "Serpente Sagrada". Como disse, para o povo Jeje os Voduns são serpentes sagradas e sendo as matas, os rios, as florestas o habitat natural das cobras e dos próprios voduns. O ritual Jeje depende de muito verde, grandes árvores pois muitos voduns tem seus assentos nos pés destas árvores. Outra particulariedade deste culto é de que quando as vodun-ses estão em transe ou incorporadas com seu vodun: os olhos permanecem abertos, ou seja, os voduns Jeje abrem os olhos, diferente dos orixás dos yorubás, que mantem os olhos sempre fechados. É comum no culto Jeje provar o poder dos Voduns quando estes estão incorporados em seus iniciados. Uma destas provas é a prova chamada Prova do Zô ou Prova do Fogo do vodun Sogbô, que governa as larvas vulcânicas e é irmão de Badé e Acorombé, que comandam os raios e trovões. A seguir, descrevo uma Prova do Zô feita com uma vodun-se feita para Sogbô, um vodun que assemelha- se ao Xangô do Yorubás: Num determinado momento entra no salão uma panela de barro, fumegante, exalando cheiro forte de dendê borbulhante, contendo dentro alguns pedaços de ave sacrificada para o vodun. Sogbô adentra o salão com fúria de um raio, os olhos bem abertos (que como expliquei é costume dos voduns) e tomando a iniciativa vai até a panela, onde mergulha as mãos por algum tempo. Em seguida, exibe para todos os pedaços da ave. É um momento de profunda emoção gerando grande comoção por parte dos outros iniciados que respondem aquele ato entrando em estado de transe com seus voduns. NANÃ Nanã Buruku ou Buku é considerada a mais antiga das divindades. Muito cultuada na África em regiões como: Daça Zumê, Abomey, Dumê, Cheti, Bodé, Lubá, Banté, Djabalá, Pesi e muitas outras regiões. Para os fons e ewes, a palavra Nanã ou Nàná é empregada para se chamar de mãe as mulheres idosas e respeitáveis, ou seja, a palavra Nanã significa: "Respeitável Senhora". Nanã está associada à terra, à água e à lama. Os pântanos e as águas lodosas são o seu domínio. Como relatei no começo, é a mais antiga das divindades, pois representa a memória ancestral. Mãe de Loko ou Irokô, Omolu e Oxumare ou Becém na dinastia Fon, Nanã está ligada ao mistério da vida e da morte. É a senhora da sabedoria, mais velha que o ferro. Daí, não usar lâminas em seu culto. BECÉM O culto à serpente remonta desde o início dos séculos. Os romanos e os gregos já prestavam culto à cobra, sendo os povos que mais difundiram em séculos passados este culto. No Egito, a serpente era venerada e encarregada de proteger locais e moradias. Cleópatra era uma sacerdotisa do culto à serpente. Todos os seus pertences e adornos eram em formatos de cobras e similares. Este culto correu através do Rio Nilo as diversas regiões africanas. No Antigo Dahomé, este culto se intensificou e lá Dan, como é chamada a Serpente Sagrada, transformou-se no maior símbolo de culto daquele povo, também sendo chamado pelo nome de vodun-becém. Já os yorubás chamaram esta mesma entidade de Oxumare ou a Cobra Arco-íris; e os negros Bantos, de Angôro. Na verdade, aí falamos de uma só divindade com vários nomes dependendo da região em que é cultuada. Mas, Oxumare, como é mais popularmente conhecido no Brasil, é o Orixá que determina o movimento contínuo, simbolizado pela serpente que morde a própria cauda e enrola-se em volta da terra para impedí-la de se desgovernar. Se Oxumare perder-se a força, a Terra vagaria solta pelo espaço em uma rota a seguir, sendo o fim do nosso Planeta. É o orixá da riqueza, um dos benefícios mais apreciados não só pelos yorubás como por todos os povos da terra. Arró- bo-boí ! . BECÉM PARA PROSPERIDADE Em tempos difíceis, um dos voduns que não pode deixar de ser cultuado é Becém, pois este vodun é o Deus do movimento. Na nação de Ketu, este vodun é assimilado ao Orixá Oxumarê. Os ingredientes necessários para a comida ou oferenda à Becém, para prosperidade são: 01 travessa média de barro 300g de batata doce ½ k de canjica 14 moedas correntes 14 folhas de louro 14 búzios abertos 01 colher de açúcar cristal . " Como realizar este ató " Cozinhar bem a canjica e colocá-la na travessa Cozinhar as batatas doces, retirar as cascas e amassá-las bem. Modelar duas cobras de batata doce e colocá-las em cima desta canjica Enfiar as folhas de louro nos cantos, em volta da canjica. (Observação: para cada folha, uma moeda e um búzio aberto até completar as 14 folhas, 14 moedas e 14 búzios) *Espalhar o açúcar cristal por cima de toda esta oferenda e oferecê-la à Becém, em baixo de uma árvore bonita e frondosa com 14 velas em volta, acesas. Certamente, Sr Acolo Becém irá trazer muita prosperidade para vocês! AJOIÉ E EKEDI: A palavra “ajoié” é correspondente feminino de ogan pois, a palavra ekedi, ou ekejí, vem do dialeto ewe, falado pelos negros fons ou Jeje. Portanto, o correspondente yorubá de ekedi é ajoié, onde a palavra ajoié significa “mãe que o orixá escolheu e confirmou”. Assim como os demais oloyés, uma ajoié tem o direito a uma cadeira no barracão. Deve ser sempre chamada de “mãe”, por todos os componentes da casa de orixá, devendo-se trocar com ela pedidos de bençãos. Os comportamentos determinados para os ogans devem ser seguidos pelas ajoiés. Em dias de festa, uma ajoié deverá vestir-se com seus trajes rituais, seus fios de contas, um ojá na cabeça e trazendo no ombro sua inseparável toalha, sua principal ferramenta de trabalho no barracão e também símbolo do óyé, ou cargo que ocupa. A toalha de uma ajoié destina-se, entre outras coisas, a enxugar o rosto dos omo-orixás manifestados. Uma ajoié ainda é responsável pela arrumação e organização das roupas que vestirão os omo-orixás nos dias de festas, como também, pelos ojás que enfeitarão várias partes do barracão nestes dias. Mas, a tarefa de uma ajoié não se restringe apenas a cuidar dos orixás, roupas e outras coisas. Uma ajoié também é porta-voz do orixá em terra. É ela que em muitas das vezes transmite ao Babalorixá ou Yalorixá o recado deixado pelo próprio orixá da casa. No Candomblé do Engenho Velho ou Casa Branca, as ajoiés são chamadas de ekedis. No Gantois, de "Iyárobá". Já na Nação de Angola, é chamada de "makota de angúzo". Mas, como relatei anteriormente, "ekedi" é nome de origem Jeje mas, que se popularizou e é conhecido em todas as casas de Candomblé do Brasil, seja qual for a Nação. ODÙS NA CULTURA JEJE: Um Babalawo, ou Pai dos segredos (awô) é muito respeitado pela cultura yorubá. O Babalawo, como o nome diz, é o conhecedor de todos os mistérios e segredos no culto à Orunmilá, sendo portanto sacerdote de ifá. Somente o Babalawo pode manipular o Rosário de ifá que em yorubá recebe o nome de opele-ifá e em ewe, língua da cultura fon ou Jeje tem o nome de agú-magá. Ainda na cultura Jeje, ifá é chamado de Vodun-fá ou Deus do destino e o Babalawo é denominado de Bokunó. Mas, nas duas culturas, tanto o Babalawo dos yorubás quanto o Bokunó dos fons precisam de uma divindade que interprete as caídas do jogo à ifá. Quem seria essa divindade? Para os yorubás, essa divindade que auxilia o Babalawo a interpretar as caídas do jogo-a-ifá tem o nome de Exu e para os ewes ou fons da cultura Jeje essa mesma divindade é chamada de Legba, que em ewe significa: "Divino esperto". Como podemos observar, nas duas culturas o culto à ifá é bem constante na vida destes povos, pois tanto na Nigéria como no antigo Dahomé, o destino individual ou coletivo é motivo de muita atenção(Destino que em yorubá se chama odù e " Se não estivermos atento,tudo passará como fração de segundos e ai nos daremos conta que estes segundos foram uma vida!
O que modifica uma pessoa é o tempo que ela
passa vivendo um período de sua vida(pessoas próximas, família, amigos), isso defini seu modo de enxergar as coisas e a sua maneira de agir. Cada um pode ser dono de suas escolhas, consequências e lembranças. Tudo isso faz parte de um processo que nos leva ao próximo período, ciclo necessário para a constante evolução. O mundo muda cada vez mais rápido, iremos nos adaptar "sem perceber"
Rita de Cássia Monteiro
e em ewe-fon, aírun-ê), pois os povos Jejes também cultuavam os odùs ou aírun-ê. Abaixo, encontram-se divulgados alguns nomes dos odùs, em ewe-fon: ogudá ou obéogunda em yorubá lossô ou yorossun em yorubá ruolin ou warin em yorubá sá ou ossá em yorubá. Candomblé Jeje, é o candomblé que cultua os Voduns do Reino de Dahomey levados para o Brasil pelos africanos escravizados em várias regiões da África Ocidental e África Central. Essas divindades são da rica, complexa e elevada Mitologia Fon. ... e assim ficou conhecido o culto dos Voduns no Brasil ou Nação Jeje. Muitas vezes nos deparamos com semelhanças e percebemos que por mais que a historia pareça diferente ela sempre chega no mesmo sentido de encontro as outras nações,mas estas pequenas diferenças é que muitas vezes criam polêmicas intermináveis como se os Deuses mudassem a cada continente e na verdade é apenas forma de falar e cultuar em tempos e locais diferente. Vamos falar sobre anjo,e vamos coloca-los diante da religião iorubá,já que ela cientificamente foi comprovada ser a que acompanha o mundo,desde que Deus assim a criou.
A. Existência dos anjos: Anjos são encontrados em
trinta e cinco livros da Bíblia, e em duzentas e setenta e cinco referências. Cristo ensinou a existência dos anjos (Mat 18:10; 26:53). Os anjos são uma ordem distinta da criação e foi-lhes dado uma posição celestial, ou esfera, acima da esfera do homem (Sal 8:5; Heb 2:7-9; Apo 5:11; 7:11). Anjo significa "mensageiro". Eles são sempre referidos através do gênero masculino.
" A ORIGEM DOS ANJOS "
A palavra Anjo é derivada do latim, angelus, e do
grego, angelos, com o significado de mensageiro. A palavra Anjo, no sentido que empregamos atualmente, era chamado de Daimones pelos gregos (gênio, anjo, ser sobrenatural), que foi adequadamente corrompido para "demônios" pelos autores canônicos. Segundo os gregos, eles eram o que se podia chamar de "espíritos" da condição humana, isto é, personificações de vários estados de existência, emoções, ações e moralidade. Os Daimones de moralidade foram divididos em Agathoi (o Bem, Virtude ) e KaKoi (o Ruim, Vícios). Foram classificados Daimones de ação humana e condições semelhantes como Agathos ( Bom, Favoráveis ) ou Kakos ( Ruim, Prejudicial). A palavra hebraica para Anjo é Malakl, que significa "Mensageiro". Anjos são os seres intermediários entre Deus e a humanidade. Eles são definidos por sua função de proclamação de mensagem,embora este papel não compreenda todas as suas atividades. Originários do Zoroastrismo, eles são particularmente encontrados (embora não exclusivamente) na família ocidental de religiões: Judaísmo, Cristianismo e Islamismo, em que Deus é concebido como um ser tão elevado que não intervém diretamente no mundo. Os anjos são constantemente vistos entregando mensagens aos mortais ou anunciando de outras maneiras a vontade de Deus. Muitas religiões contém noções de anjos da guarda, que são anjos com a função de vigiar e proteger os indivíduos. Um contraste entre a angelologia tradicional e contemporânea é que o foco da doutrina mais tradicional sobre os anjos estava na atividade de Deus por meio de seus anjos, enquanto, no período contemporâneo, Deus quase parece ter sido ocultado por seus anjos. Vamos, por contraste, examinar uma história de milagre mais tradicional, o resgate do apóstolo Pedro por um anjo no livro de Atos dos Apóstolos. A base desta história é a perseguição da Igreja cristã primitiva na Palestina. O rei Herodes (neto de Herodes, o Grande), que ocupava sua posição indicado por Roma, executou Tiago, o irmão de João, e aprisionou Pedro com a intenção de executá-lo logo após a Festa dos Pães Asmos. Ciente do destino que aguardava Pedro, a comunidade dos cristãos orou por sua libertação : "Pedro estava guardado na prisão; mas a igreja orava com insistência a Deus por ele.Ora, quando "Pedro estava guardado na prisão; mas a igreja orava com insistência a Deus por ele. Ora, quando Herodes estava para apresentá-lo, nessa mesma noite estava Pedro dormindo entre dois soldados, acorrentado com duas cadeias e as sentinelas diante da porta guardavam a prisão. E eis que sobreveio um anjo do Senhor, e uma luz resplandeceu na prisão; e ele, tocando no lado de Pedro, o despertou, dizendo: Levanta-te depressa. E caíram-lhe das mãos os cadeados". ( Atos 12:5-7). O primeiro ponto a ser observado é que o Deus cristão responde à oração. Neste caso, ele envia um anjo para responder às orações da comunidade cristã. Isto confere com o conhecimento hebraico tradicional de uma divindade real que envia anjos da corte dos céus para entregar suas mensagens ao seu povo. O anjo instrui Pedro a se vestir e segui-lo para fora da prisão. Pedro,meio sonolento, pensa que está sonhando. "Depois de terem passado a primeira e a segunda sentinela, chegaram à porta de ferro, que dá para a cidade, a qual se lhes abriu por si mesma; e tendo saído, passaram uma rua, e logo o anjo se apartou dele". ( Atos 12:10). Os anjos no sentido próprio surgiram inicialmente no Zoroastrismo, o primeiro monoteísmo verdadeiro. De significado decisivo na visão dos últimos desenvolvimentos nas religiões irmãs do Judaísmo, Cristianismo e Islamismo, foi a doutrina de Zoroastro de uma luta contínua entre o bem e o mal- uma visão dualista do mundo- que incluía a guerra entre os anjos do bem e do mal. Acredita-se que esta grande luta aconteceu no segundo dia da Criação. Deus criou todos os anjos com livre arbítrio para escolher entre o bem e o mal. Além disso, acredita-se que alguns foram fortalecidos com a Graça de seguir a Deus, enquanto a outra facção, igualmente forte, teve maior inclinação para ocupações menos nobres. Quando este grupo pecou, foi deflagrada uma guerra, com o arcanjo Miguel no comando dos bons anjos e Lúcifer como o líder das legiões das trevas. O Monte São Miguel na costa da Normandia é o monumento eterno ao líder vitorioso das hostes celestias na guerra contra o anjo rebelde. Quando Lúcifer deixou o céu, foi dito que levasse consigo um terço dos habitantes do celestiais. Segundo Orígenes, havia também alguns "anjos duvidosos" que não estavam certos da posição a tomar, se deviam ficar do lado de Deus ou de Lúcifer. Alguns crêem que foi dessas criaturas hesitantes e irresolutas que se originaram os humanos. Na literatura, a história mais significativa sobre a Guerra no Céu pode ser encontrada na obra "O Paraíso Perdido de John Milton", em que um Satã arrogante coloca anjos rebeldes contra o fiel que defende o Monte de Deus no céu. Ao ser expulso do céu, Satã corrompe os primeiros humanos como revanche. Os hebreus antigos não tinham postulado uma divindade malígna ou diabo, oposta a Jeová. No livro de Jó, por exemplo, Satanás é o membro da corte celestial cujo papel parece ser o de advogado de acusação, em vez de inimigo de Deus. Estes escritos extrabíblicos explicavam o mal em termos da revolta e/ou desobediência dos anjos de Deus. Em uma dessas histórias, Satanás declarou-se igual a Deus e liderou uma rebelião de anjos contra a ordem celestial. Derrotado, ele e seus seguidores foram expulsos do céu, e subsequentemente continuaram a guerrear contra Deus, tentando arruinar a Terra, a criação de Deus. Uma narrativa alternativa, bem menos conhecida e preservada no livro apócrito de Enoch,é que um grupo de anjos desejou ardentemente possuir fêmeas mortais; depois de deixarem sua morada celestial, caíram ao ter relações sexuais com elas. Além da noção de uma batalha espiritual contínua entre o bem e o mal, o Judaísmo também adotou a idéia de um juízo final e ressurreição dos mortos no final dos tempos- um tempo em que a justiça finalmente triunfaria. Este final feliz seria precedido por uma batalha final em que os anjos de Deus venceriam Satanás e seus anjos caídos de uma vez por todas. Além da Bíblia hebraica, diversos textos importantes da literatura religiosa judaica desenvolveram ainda noções sobre anjos. O mais importante é o Talmude. Os rabinos talmúdicos simultaneamente reconheciam inovações pós-bíblica, como a divisão entre anjos de paz e anjos do mal. A angelologia cristã medieval moveu-se em duas direções. A primeira é caracterizada por um fascínio com as personalidades de figuras angélicas específicas. Escritos como os Livros de Enoch, o Testamento de Abraão e o Apocalipse de Elias descrevem as funções dos anjos chamados Uriel, Raguel, Sariel, Jeremiel e outros que prestam serviços com Gabriel, Miguel e Rafael. Escritos cristãos não-canônicos, especialmente os textos de Nag Hammadi, continuam e estendem-se sobre esta tendência. Para descobrir seres paralelos em outras religiões, os autores contemporâneos geralmente mencionam certos espíritos e semideuses hindus/budistas, como os devas, apsaras e gandharvas; bem como divindades mensageiras do panteão grego ou romano clássico, como Eros, Hermes e Nice. Estas últimas deidades são particularmente apropriadas para comparação, pois contribuíram iconograficamente para os anjos cristãos. Outra classe de seres que convida à comparação são as fadas. Fadas são um tipo de espírito da natureza que, sob diferentes nomes e disfarces, são encontradas em todas as partes do mundo. No Ocidente, os anjos iniciaram um declínio gradual em importância com o alvorecer da ciência, no início da era moderna.As ciências físicas sufocaram a crença na realidade concreta de céu, inferno, anjos e demônios. A única tendência importante que prevaleceu foi o surgimento da psicologia de profundidade, que deu a essas entidades nova plausibilidade como fenômenos mentais. A noção de anjos como seres reais, literais, voltou à moda dentro de duas subculturas distintas: o Protestantismo evangélico moderno e a subcultura metafísica contemporânea da Nova Era. Curiosidade: De acordo com São Bartolomeu, os anjos são constantemente acompanhados por uma fragrância prolongada no ar, como as flores ou o pinho. Assim como os orisás sempre em busca de uma nova era um mundo melhor para os seres humanos,ao contrario dos anjos que levam o nome de mensageiros mas estão mais próximo do criador,mas em outras historias de anjos podemos entender que alguns anjos não queriam seres humanos no céu,e por esta razão causaram uma grande guerra e alguns desobedeceram a Deus,e claro LUCIFER queria se assemelhar ao criador e aqui na terra então foi e esta sendo seu juízo final. A Bíblia nos mostra um Deus carrasco,o tempo todo diferente de nossa crença ioruba que ao dar o livre arbítrio os nossos semi-Deuses erraram e tentam até os dias de hoje acertarem os erros através de nós em iniciações e outros afazeres quando nos encontramos diante de uma situação difícil em nossas vidas,pode até ser uma forma errada diante dos cultos prestados eu descordo de muitas forma de cultuar ( principalmente a matança de animais) eu até entendo cientificamente onde queiram chegar,mas isso não quer dizer que todos nossos problemas serão resolvido com sacrifícios e adorações,Ifá e Òrúnmila nos chama ao nosso caráter a nossa postura diante da vida e dos problemas e nos ensina como caminhar sem carregar a irá deixada pelos semi-Deuses e as frustrações dos orisás diante da vida humana,por isso a minha insistência em falar sobre a sociedade do céu pois tudo esta la e ao mesmo tempo aqui guardado dentro de nós,e que se abrimos a nossa mente ( Nosso orí) podemos não resolver todos os problemas criados mas poderemos fazer nossa parte. Como na bíblia nossos semi-Deuses e nossos deuses também guerrearam mas não foi contra nós e sim contra os erros cometidos,e como não havia tempo para mudar então ficaram as coisas ruins onde buscamos entender e resolver através de cada orisá que nos rege neste mundo dos vivos.
" A Criação "
Deus plantou duas árvores no meio do jardim: a Árvore
da Vida e a Árvore do Conhecimento do Bem e do Maú. Deus mandou que o homem cuidasse de tudo o que havia no Jardim do Éden, e deu-lhe uma ordem: "Você pode comer à vontade de todas as árvores, menos da Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal. Jamais coma o fruto daquela árvore. No dia em que fizer isso, você morre"Para mostrar quanto amava Adão e Eva, Deus supriu todas as suas necessidades, e um pouco mais, para que aproveitassem a vida ao máximo. " O livre arbitrio" Deu-lhes também a capacidade de fazer escolhas, e a chance de usar bem esta capacidade. Deus queria que Adão e Eva mostrassem quanto o respeitavam, obedecendo a uma ordem apenas: a de não comer de uma única árvore. Adão e Eva podiam usufruir todas as coisas.( observação,não seria a arvore de Ègbé-Orún) ? podia e pode ser numa versão cristã. Para viverem felizes e em paz no lindo jardim, só precisavam confiar na sabedoria de Deus, e respeitar a autoridade dele. Deveriam ser gratos e felizes pela vida e liberdade que tinham. Mas a liberdade só traz alegria quando sabemos fazer boas escolhas.(aqui podemos encontrar a sabedoria de Ifá). Muito antes de criar o homem, Deus também deu liberdade de escolha aos anjos que havia criado. Ele queria ser honrado pelos anjos—que moravam no reino espiritual—tanto quanto pelos homens. (nossos semi- deuses orisás).
Quase todos os anjos decidiram seguir a Deus, e até
hoje eles o adoram e obedecem, e ajudam muito as pessoas . Alguns anjos, no entanto fizeram uma péssima escolha. Eles rejeitaram o amor de Deus, e escolheram Lúcifer—o anjo mais bonito que existia—para ser o líder deles. Por ser arrogante e orgulhoso, Lúcifer perdeu sua posição de honra junto ao trono de Deus. Podemos ver isso em ògun,em odé em vários orisás e semi-deuses e divindades que erram diante da terra dos vivos. Por causa de sua rebeldia, foi expulso do Céu. Lúcifer desafiou Deus, dizendo em seu coração : "Erguerei meu trono acima das estrelas de Deus. Eu serei igual ao Deus altíssimo" Existe uma passagem de sancô ( xanco) semelhante a essa passagem biblica,) Lúcifer, também chamado na Bíblia de Diabo e Satanás, quer a adoração que pertence só a Deus. Satanás engana as pessoas só para ser adorado por elas. Ele chega até mesmo a se disfarçar de anjo de luz, mas suas mentir as e religiões falsas causam dor, sofrimento e destruição. Então Deus disse a Lúcifer: "Você vai ser lançado nas profundezas do Inferno". Então devemos entender aqui que o inferno realmente seja aqui porque como todos sabem ele foi lançado para a terra com mais 16 anjos após a rebelião e como é interessante isso são 16 anjos e são 16 orixás que vieram para o mundo dos vivos. Se os iorubas é o berço da humanidade creio que não poderia ser diferente a historia. (Elogiando o Espírito Interno)
A palavra Oriki, é formada por duas palavras,
Ori = Cabeça e KI = Louvar / saudar. Então Oriki significa, saudar ou louvar a algo que estamos nos referindo. Sendo as palavras portadoras de força e asè, dá-se aos orikis o poder de invocarem por si próprios a força vital.
" Mo kí ọ ìwọ ìmí ti mi kookan"
( Eu te saudo hó espirio de meu ser)
Rita de Cássia Monteiro
Como narrei em Egbé-òrun 2 sobre os orixás,que vieram a terra e fizeram a guerra e as diferenças entre eles estão Jagum,um guerreiro que viveu nas terra de Obaluaiê em Sápátá,vou contar um pouco desta Divindade que se tornou orisá . Jagun é uma divindade guerreira, originário de Ekiti Ifòn, pois acredita-se que seja filhos de um dos Òrìsà Funfun... ao que se sabe é considerado um Guerreiro Branco... Considerado invencível, por sua bravura e coragem, nunca perdeu uma batalha, o que lhe deu o título de Keledjegbe – O Guerreiro Invencível... (vodun ligado ao tempo), é um vodun que como alguns pensam ser da família de Sakpatá e Azunsun (vodun da terra), não o é. É um voodun a parte, ou seja, vodun diferente da família citada, as folhas, as roupas, isès e o assentamento de Jagun são diferentes do vodun Sakpatá e familia Azunsun; veste-se geralmente de branco, dependendo do caminho que este venha, ou estampados bem claros entre as cores (branca, vermelha e marrom), não usa jamais a cor preta; suas contas são muito diferentes da família de Sakpatá e Azunsun; não usa palha da costa,quando usa é rosada, quando usa aze é aberto no rosto, não usa mascaras; porém, vem coberto de acordo com a família do vodun e não trás xaxará, usa muitos búzios, shawrò (guizo) e cabaças; dependendo da família cada um trás um instrumento diferente nas mãos; não existe um igual ao outro dentro da familia de Jagun; seus zandrós são diferentes do da família de Sakpatá e Azunsun. Vodun ligado totalmente ao tempo (ayiè); vodun muito rico e prospero mas simples ao extremo; possui fundamentos com vodun Gújá e Jagunà (Jagunan). Segundo as lendas e itans, conta-se que Jagun, era Guerreiro dos Exércitos de Obatalá e que foi enviado às Terras de Omolú para lutar pela páz em nome de Oxalá. Por isso, ele é cultuado em algumas nações como “Qualidade de Omolú”, por ter passado vários anos em terras de Omolú.Trata-se de um Orixá Funfun, pois o culto a Jagun nasceu no Ekiti Efon, por esse motivo Jagun é cultuado no Axé Efon como um Orixá separado de Omolú. Antes dele ter ido para as terras de Omolú já existia seu culto no Ekiti, onde era sua terra natal. Assim também conta seus itans que Jagun teve passagem não só nas terras de Omolú, mas também nas terras de Ifé (Terra de Ogun) e Elegibô (Terra de Osayan). Pela ordem do meridilogun, Jagun responde no Odú Ejionilê (oitavo Odu) Odú regido por Oxaguiã, Odú no qual também respondem outros Guerreiros Brancos como Ogun-Já e Oxaguiã Ajagunãn. Pela ordem de chegada dos odus, o culto a Jagun nasceu no Odu Okaran. Jágun, é uma palavra Yorubá, e significa: Guerreiro, Soldado. Jagun é um Orixá ambicioso, luta para conquistar posição alta sem ver de que maneira…Apesar de ser Orixá Funfun (branco), é considerado e cultuado como Santo de Guerra, “santo quente”, carrega uma lança prateada na mão e um facão ao adaga e muitas das vezes dependendo do caminho de Jagun ele usa até um ofá nas mãos,pois conta se um itan que Oxalá o nomeia como o guerreiro de todas as armas veste-se somente de branco. Usa contas brancas rajadas de preto e dependendo da qualidade, intercalada com contas brancas, gosta também de contas feitas de buzios e marfin. Jágun é Orixá Jovem,quase chega ser um menino adolecente de Obatalá .. Ligado a Obatalá (Rei no pano branco ), tem caminhos com Ogun Já, Oxaguiã – Ajagunãn, e Ayrá. Tem caminhos também com Yemanjá e quase todas as Yabás, pois elas acalmam sua fúria.Quem traz Jágun ao barracão é Oxaguiã. Ele é considerado o “protetor” e “guardião” de Oxalufã. Por ser considerado Orixá Funfun (branco) não leva azeite de dendê, e sim azeite doce , banha de ori, adin e as vezes mel e de preferencia a banha de Ori, suas comidas são todas brancas, aceita pipocas feitas na areia, bolas de inhame cozido, bolas de arroz, acaçá, obí funfun (claro), come também do Ebô (canjica) de Oxalá, assim como seus bichos também devem ser todos brancos, por ser ligado ao rei do pano branco (Obatalá ). Jágun dança com outros Orixás, acompanha na dança; Ogun e principalmente Oxaguiã e Oxalufã. A dança de Jágun é extremamente guerreira, começa com movimentos lentos, dançando com a palma das mãos viradas ora para baixo, ora para cima, simbolizando o céu e a terra, dança empunhando sua lança, seu momento de "extâse" é quando salta e se sacode todo empunhado a lança de um lado para outro, tamanha é sua fúria guerreira nessa hora. " A Ignorância "
O ignorante estabelece critérios que
desclassifiquem o conselho alheio,em prol da sua falta de conhecimento, busca estabelecer ideias falsas sobre si mesmo e o mundo que o cerca de forma errônea, que desagrade aqueles que o cercam. Ignorância é não saber, e não saber que não se sabe.
Rita de Cássia Monteiro
Segundo as lendas, a lança prateada de Jágun, durante as batalhas e guerras, além de ser usada para proteção contra os males e feitiçarias e abrir os caminhos, deixava seus inimigos cegos após serem feridos por ela. Jagun, assim como Ogun, é um grande caçador, e por sinal foi ele quem ensinou seu irmão Oxóssi a caçar. Ele nao deixa também de ser um guerreiro, assim é Jagun, um grande guerreiro mas também um grande caçador. E algumas de suas cantigas relatam isso. Conta o itan que existiam três irmãos: Já, Jágun e Ajagunãn. Eram três Guerreiros que pertenciam aos exércitos de Obatalá, lutavam e venciam todas as guerras e batalhas em nome de Oxalá e eram os Guardiões deste Orixá. Eram chamados de Guerreiros Brancos, por se vestirem somente com trajes brancos em homenagem a Obatalá. Eram considerados invencíveis, por sua bravura e coragem, nunca perderam uma batalha sequer. Sempre muito unidos, nunca se separavam.Mas um belo dia, os três irmãos guerreiros, foram guerrear contra a cidade de Oxun. Oxun com a grande sabedoria dos poderes de Ya mi, foi avisada que seu reino seria atacado. Oxun ficou desesperada e foi até Ifá para saber o que faria. Orumila mandou ela fazer um ebó, sacrificar oito Igbis à Oxalá e com o casco fizesse um pó e soprasse nas terras de Osogbo. Assim Oxun fez, quando os guerreiros chegaram para invadirem as terras, eles ficaram tontos e se perderam um do outro. Aí que Jagun foi para as terras de Omolú, Já para as terras de Ifé Ogun, e Ajagunã para as terras de Oxagyan. Mas mesmo assim, os três irmãos sempre estão juntos, respondem um pelo outro, eles continuam a ser Guerreiros Brancos, ou seja, são considerados Orixás Funfun, e sempre ligados a Obatalá, seus caminhos se cruzam…os três irmãos Guerreiros continuam nas batalhas, sempre guerreando pela Páz. Deram essa característica guerreira aos seus filhos. É por isso que o culto a Jagun foi assimilado ao de Omolú, sendo que depois disso conta o Itan que ele viveu alguns anos nas terras de Omolú e que lá encontrou uma linda mulher que também nao era das terras, mas estava lá por outros motivos, e se apaixonou por ela, tiveram filhos e se amam até hoje, e essa linda mulher era Yewá . Lá, ele se juntou com o Orixá Osayn e passou a ser um grande curandeiro, e em tempos de guerra ele cuidava dos guerreiros feridos com as porções e ervas mágicas que Osayn o ensinou. Jagun teve uma trajetória muito grande e bonita nas terras de Omolú, mas depois de anos retornou as terras do Ekiti- Efon, Não existe nada que não haja uma resposta.
" Basta conhecer-mos o principio de
cada historia,e nada teremos mais a temer,nem anjos nem demônios,apenas a certeza que temos que viver bem para morrermos melhor ainda.
Rita de Cássia Monteiro
onde Oxun era rainha e Osagyan grande gurreiro e protetor do palácio e cidade de Oxun. Conta-se também que Jagun foi às terras de Osogbo, para destruir a cidade e buscar Oxun, pois Oxun tinha sua cidade onde era rainha Ekiti Efon, entao por ordem de Olooke ele fui buscá-la. Depois disso tudo ter acontecido, Jagun viveu anos nas terras de Omolu, Oxagyan trouxe Oxun de volta para Ekiti-Efon, por isso muitos acabaram se equivocando ao falar que foi Oxagyan quem deu as terras de Ekiti para Oxun, mas nao foi isso que aconteceu, ele apenas trouxe Oxun de volta a terra onde ela nasceu e era dona junto com Olooke seu pai. Orixá Olooke vendo o prejuizo que Jagun teve e o tempo que ficou em outras terras, por causa de seu pedido de buscar Oxun, intitulou Jagun Olu Efon.(Guerreiro senhor de Efon), para retribuir o tempo que Jagun ficou afastado de sua terra que tanto amava (Ekiti – Efan). Orixá Jagun foi muito confundido com o culto à Omolu e Obaluaye, e foi por esse motivo que muitos de seus fundamentos se perderam, mas graças a Olorum e ao Axé Efón, está sendo resgatado todos os preceitos e orôs..Jagun possui caminhos próprios, como Jagun Odé, Arawe, Agaba e outros..Jagun um Orixá exclusivo do axé Efon, mas que foi migrado para as terras de Gege Mahí e Ketú….Jagun é um lindo Orixá de grande valor no Axé Efón, lembrando que o culto à Jagun no Efón (efan) é separado de Obaluaye… Importante mencionar que a cidade iorubá Ijena ou Jena foi fronteiriça com o antigo Dahomé e outrora um dos grandes centro de contacto e aculturação entre duas das maiorias etnias da África os Ewe-Fon e os Yorubá... Em território iorubá o descrevem segurando uma lança – Okò em uma das mãos e um facão – gbada na outra... sua cor predominante é o branco e seus interditos são o vinho de palmeira, cabe ressaltar que o vinho-de-palma é tabu para todas as divindades da família de Òrìsà-Nlá.... Nos Terreiros Tradicionais, Jagun é acomodado em cuscuzeiras de barro branco, veste-se de branco, porta uma lança de metal branca, mas não utiliza o Àso Òdùn denominado de Azen para cobrir o corpo e não tem direito de carregar o Sasara-owó, o único entre eles que tem cânticos específicos para guerrear... Divindade Dahomeana da luta, guerra e da execução da morte... É o mais belo dançarino do candomblé... Representa o poder "vida/morte", “fome/fartura", "saúde/doença", "guerra/paz" . Ajagun ou Jagun é poderosíssimo e costuma atender às súplicas de todos". O Nascimento dos 3 Guerreiros Brancos Contam os itans (lendas), que os 3 Guerreiros Brancos, Já, Jagun e Ajagunan, foram gerados do sêmem de Oxalufã dentro do casco do Igbin (caramujo), considerados portanto filhos de Oxalufã. Portanto a Ligação dos 3 irmãos é muito grande nos enredos de santo. Todas as pessoas que são iniciadas para esses Orixás, tem que saber o quanto é importante arrumar todo o seu complexo de Orixás Funfun (Brancos) (pois estes Orisás, não existem sem um conjunto), são ligados entre si, á Yemanjá e principalmente a Oxalufã e Ayrá, pois em uma determinada época os 3 irmãos Guerreiros: Já, Jagun e Ajagunan entram novamente no casco do Igbin (deixando a vida de seus filhos parada, estagnada por um periodo) e só quem reaquece a vida da pessoa tirando-a da estagnação é Ayrá. E os filhos destes Orisás podem sempre que puderem estar arriando uma comida a Ayrá para que ele mantenha sua vida sempre próspera e fluindo. Não sabe quais as razões porque Ajagún saiu ao mudo dos vivos e defende-los se conta somente o Itãn ( reza e historia) que ele era e sempre foi um guerreiro. mas com ele foi enviado a terra de sápátá a terra de òmólu( senhor da morte) e obaluaiê ( senhora da terra) podemos entender o porque...Afinal o orisá que nos dá o final desta vida terrestre é òluaiê o senhor rei da terra. Co mo os contos bíblicos há sempre uma incógnita e creio que seja exatamente para nos foçar a entender e assim procurar as verdades,mas oque sempre acontece é outra estoria contada em cima de Historia,orisá e Olodumarê deixou os itãns assim como o Deus dos católicos e protestantes deixaram a bíblia a diferença é que a bíblia foi escrita,e os itãns cantados a cada família ioruba e muitas vezes os itãns se tornaram cânticos tristes de nossos escravos que não entendiam o porque estavam longe de suas cidades e as lamentações também são cantadas e as frustrações emergidas num profundo doer dentro de cada ser.Os cristãos com suas historias retorcidas por uma politica os negros por um sofrimento seguido de perdas.E assim nossos Deuses se tornaram apenas elementos de pedidos e clamações não assistimos a um candomblé onde vemos nossos orisás dançarem por apenas estarem alegres,estão sempre nos mesmos gestos mostrando suas lutas erros etc. Mas o ser humano não vê isso se emociona sem entender oque realmente é a mensagem de estarem prostrado num corpo humano.ao meu ver estão ainda a ensinar e a pedir para que sejamos fieis aos nosso votos diante da vida e de Olodumarê. Então nos reportamos a tão conhecida: ( a Árvore da Vida é uma das duas árvores especiais que Deus colocou no centro do jardim chamado Éden. A outra é a "Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal", de cujo fruto, Eva, e depois Adão, acabaram por comer por influência de uma serpente.
Vamos falar de Japão,como eles veem a arvore da
vida,não só em uma só especie mas sim em varias assim como Ossanhê o Deus das folhas e das matas os japoneses tem suas arvores com suas historia,sempre voltadas ao céu e a prosperidade humana a felicidade enfim.O vegetal sempre presente em todas as religiões como sempre digo é questão de local solo entendimento e verdades de cada lugar. Lenda do casal pinheiro Diz uma antiga lenda japonesa que na cidade de Takasago (Hyogo) vivia um casal de velhinhos, modelo de felicidade e harmonia conjugal. O velho chamava-se Okina; e a velha, Uba. Eram muito queridos por todos, pela sua simpatia e bondade. Um dia, um mendigo muito velho e andrajoso – que era um Kami (semideus) disfarçado – apareceu-lhes na porta da choupana pedindo-lhes esmola. Okina e Uba mandaram-no entrar e repartiram com ele sua frugal refeição. Enquanto comia, o mendigo perguntou-lhes qual era o seu maior desejo. Eles responderam: – Nosso maior desejo é ter meios para ajudar sempre os pobres e, quando chegar o tempo de deixarmos este mundo, gostaríamos de morrer juntos. Conta-se que, desde então, eles ficaram prósperos de repente, viveram longos anos, sempre felizes, e morreram juntos, na mesma hora. Foi então que seus corpos se transformaram em dois pinheiros. O pinheiro é o símbolo da constância e da felicidade conjugal. Ademais, o pinheiro significa a perpetuidade do gênero humano, porque conserva-se sempre verde, mesmo sob a neve. Estes pinheiros (aioi) em que Okina e Uba se transformaram crescem dois a dois, em Takasago, e ainda hoje representam o emblema da união feliz. Matsu (pinheiro)
Uma arvore da especie pinheiro que eles acreditam na
longa vida.
Rita de Cássia Monteiro
Você pode sim mudar seu futuro, pois nada é eterno. Então decida se vai valer apena sofrer mais tarde. Se não, comece interferindo no agora!Pois é o agora que define sua eternidade.
" Após passar a vida,levará consigo somente a vida"
Rita de Cássia Monteiro
O mais interessante destas crenças japonesas é esta arvore.
Tão parecida quanto a arvore de Egbé-Orun ela chama-
se ( kodama, japanese tree spirits (from princess mononoke) que ao meu ver vem ser a grande mãe do Orun a que cuida das crianças no Egbé-órun, Traduzindo a cima heis o nome da arvore.
( Kodama, espírito japonês da árvore (da princesa
mononoke). Vamos falar desta lenda que hoje virou desenho animado,assim como toda estoria contada mas ainda permanece nos corações mais antigo as verdades sobre esta lenda no japão.
Um mergulho na História das Civilizações, o espírito
dos povos antigos em Contos que guardam tesouros surpreendentes. Uma ponte entre o passado e o presente carregado de promessas. Um lugar para se perder, onde toda a magia é possível... Japão em Mitologia e lendas que encantam e inspiram. Histórias de um mundo distante, povoado por guerreiros, deuses e demônios. Fábulas que evocam a beleza e a cultura desta fabulosa civilização e refletem a alma do povo da terra do sol nascente. Vejam bem caros leitores,a historia,ou estoria se repete no japão completamente distante da áfrica então os mitos correram o mundo,como não acreditar em Egbé-órun a sociedade das crianças do céu? Percorri vários países em busca de arvores sagradas encontrei em cada um deles uma arvore como Egbé-- orun. Vamos a lenda do japão: " Kodama: Espíritos da Floresta"
Kodama ou ko-dama é um youkai antigo do folclore
japonês. É um espírito misterioso, um guardião que habita e protege a floresta, geralmente em grandes árvores anciãs, sendo por isso forte, poderosos e bastante velhos. São criaturas míticas que vagueiam através do tempo, visitando florestas ancestrais, deixando em seu caminho um rastro de gramas e árvores florescentes. A maioria dos Kodamas são pacíficos e serenos, partilhando a sua sabedoria com aqueles com os quais são capazes de se comunicar…
" Kodama primeira versão"
A história de Kodoma mudou ao longo dos séculos. Nos
tempos antigos, Kodama foi dito ser um kami, divindades da natureza que habitavam em árvores. Alguns acreditavam que Kodama não estavam ligados a uma única árvore, mas podiam se mover com agilidade, viajando livremente pela floresta. Em antigas lendas, acreditavam que os Kodamas eram invisíveis, ou foram enraizados como as próprias árvores, não se distinguindo na floresta. Segundo a crença, os kodamas conseguem imitar vozes humanas, criando assim ecos em uma floresta (a palavra kodama também pode significar eco). Ecos que reverberam através de montanhas e vales, o som de uma árvore caindo na floresta também foram dito ser o lamento de um Kodama. Apesar de pacíficos, os kodamas reagirão agressivamente contra aquele que desrespeitar o meio ambiente: acredita-se que quem derrubar uma árvore habitada por um kodama, amaldiçoará toda a sua aldeia. A maldição do Kodama era algo a ser temido. " Wakunochi-no-kami “deus árvore” "
Kodamas também podem ser entendidos como deuses
da montanha, e um “deus árvore” nas escrituras do velho Kojiki (Livro de Registros Antigos do Japão). A primeira menção conhecida de espíritos das árvores, fala sobre o deus árvore “Wakunochi-no-kami”, que, segundo o livro, nasceu dos deuses Izanagi e Izanami. Outro livro do período Heian, Genji Monogatari (O Conto de Genji), usa os caracteres 木 魂, para descrever Kodama como uma espécie de duende da árvore " Kodama o significado da palavra" Kodama é uma crença muito antiga, e, uma palavra muito antiga. Foi falado muito antes de o Japão ter uma linguagem escrita, e ao longo dos séculos, tem havido três kanjis diferentes usados na escrita para Kodama. Na descrição mais antiga, “古 多 万”, a palavra se decompõe em 古 – (ko; idade) – 多 – (da; muitos) – 万 (ma; 10.000). Porque antigos japoneses não tinham sistema de escrita quando o sistema de escrita chinesa foi adotado, caracteres kanji foram muitas vezes selecionados para identificar o som. Símbolos independentes foram colocados juntos para aproximar a pronúncia das palavras japonesas existentes. Em anos posteriores foi usada a descrição “木 魂” (木: ko; árvore – 魂: dama, alma), assim como “木 魅” (木: ko; árvore – 魅: dama, alma), e ultimamente “木 霊” (木: ko; árvore – 霊: dama, espírito) tende a ser o mais usado. Há pouca diferença entre “木 魂”, “木 魅” ou” 木 霊”, sendo todas variações do termo “espírito da árvore”. Outro kanji também usado para Kodama é “谺”, que significa eco.Durante o período Edo, Kodama perdeu seu posto como deus da floresta, passando a ser visto como apenas um dos youkais onipresente do Japão. Kodama tornou-se humanizado, como em muitas histórias onde tomam a forma humana, assim como, também se apaixonam por esses seres.
“Ritual de adoração à natureza”
Ainda hoje no Japão, as pessoas preparam pequenos santuários na base das criptomérias (cedro japonês) e ainda adoram e rezam para eles. Na aldeia Mitsune, em Hachijō-jima, eles ainda têm um festival a cada ano, dando graças e respeito ao “kidama-san” ou “Kodama- san”, esperando por perdão e bênçãos, quando cortar as árvores para a indústria madeireira. Os japoneses sempre souberam que algumas árvores eram especiais. Talvez por causa de seus troncos em forma diferente, ou uma sequência de nós que se assemelham a um rosto humano, ou apenas por um certo sentimento de temor, algumas árvores foram identificadas como sendo as moradas de espíritos. Dependendo do local esses espíritos passaram por muitos nomes. Mas o termo mais comum, aquele que é usado ainda hoje, é sobre Kodama. Quando se acredita que uma árvore possui um kodama, é comum colocar à sua volta uma corda sagrada (shimenawa) para protegê-la. Outra lenda sobre a criação na visão dos japoneses:
Os deuses convocaram dois seres divinos à existência,
o macho Izanagi e a fêmea Izanami, e ordenou-lhes para criarem seus primeiros lares. Para ajudá-los a fazer isso, os deuses deram ao Izanagi e Izanami uma lança decorada com jóias, chamado Amenonuhoko (lança do céu). As duas divindades eram a ponte entre o Céu e a Terra (Amenoukihashi) e agitaram o mar com a lança do céu. Quando as gotas de água caíram da ponta da lança, a ilha Onogoro-Shima foi formada. Eles desceram à ilha a partir de uma ponte do céu. Eles tiveram dois filhos, Hiruko e Awashima, mas eram imperfeitos e não eram considerados deuses. Em seguida, eles colocaram as duas crianças num barco que foi arrastado pela correnteza de Onogoro-Shima. Então eles perguntaram aos deuses o que eles fizeram de errado. Após receberem a resposta, Izanagi e Izanami decidiram se casar novamente e seu casamento foi um sucesso. Desta união nasceram o Ohoyashima, ou as oito principais ilhas do Japão. Eles criaram muitas ilhas e muitas divindades " Izanagi e Izanami " ( os Deuses da criação)
Izanagi e Izanami geraram todos os outros kamis do
mundo, mas Izanami morreu ao dar à luz ao Kagutsuchi (encarnação de fogo). Perdido em raiva, Izanagi matou Kagutsuchi. Sua morte também criou dezenas de divindades. Izanagi inconformado com a morte de Izanami empreendeu uma viagem a Yomi ou "a terra sombria dos mortos."As saídas de Yomi são guardadas por criaturas terríveis e é onde os mortos vão para, aparentemente, apodrecer por tempo indefinido. Uma vez caída lá, a alma nunca mais poderá voltar para a terra dos vivos. Ela, prometendo retornar, diz que vai para o Submundo e que lá ele não poderia ir, tendo de esperar. Izanagi espera, mas depois de muito tempo resolve quebrar a promessa e vai atrás de Izanami. Izanagi procura Izanami e rapidamente a encontrou. Inicialmente Izanagi não poderia vê-la porque as sombras a escondiam, mas ele pediu a Izanami para ela voltar com ele. Izanami disse que era tarde demais pois já tinha comido o alimento do submundo e pertencia agora a terra dos mortos. Ela não poderia voltar à vida. Izanagi ficou chocado com a notícia mas concordou em retornar ao mundo superior, mas antes pediu para deixá-lo dormir na entrada do submundo. Enquanto ele dormia ao lado dela, Izanagi pega uma pente que prendia o cabelo de izanami acendendo fogo para usar como uma tocha. Sob a luz da tocha, ele observa a forma horrível de Izanami outrora bela e graciosa. Agora era uma forma de carne em decomposição que dava luz a vários demônios, com vermes e criaturas demoníacas deslizando sobre seu corpo. Ela, percebendo a audácia de seu marido, manda os demônios o perseguirem. Fugindo das criaturas demoníacas, Izanagi pega a pente e o quebra, jogando seus pedaços no chão. Os demônios, famintos, devoram os brotos de bambu que surgiram da pente. Izanagi foge dos demônios, e rolando uma pedra enorme, os prende no Yomi. Izanagi furioso por Izanami lhe trair, usa os poderes do sol e destroi todos os demônios. E assim começou a existência da morte, causada pelo orgulho de Izanami. " Lua ,Sol e Mar " Enquanto Izanagi purificava-se no rio após se recuperar de sua descida ao Yomi diversas divindades eram formadas em ornamentos e impurezas que desprediam de seu corpo. Diversas divindades surgiram quando ele mergulhou o rosto na água para se purificar. Os kamis mais importantes foram criados a partir de seu rosto: Amaterasu (encarnação do sol) a partir de seu olho esquerdo Tsukuyomi (encarnação da lua) de seu olho direito e Susanoo (encarnação do mar) do seu nariz Izanagi dividiu o mundo entre eles. A deusa Amaterasu herdaria os céus, Tsukuyomi tomaria o controle da noite e Susanoo seria o deus da tempestade e dos mares. " Susanoo "
Susanoo, descontente com a negociação destinada a
remediar uma disputa entre os seus dois irmãos, faz grandes patifarias à irmã Amaterasu, 'deusa do Sol', a ponto de a fazer fugir para uma caverna chamado Iwayado, deixando o mundo na escuridão. Todos os outros kami, reunidos, concebem então um plano para a fazer sair. Com grande alarido, gritos e risos, despertam a curiosidade da deusa solar, que a leva a entreabrir a entrada da caverna. Atraída por um espelho colocado à sua frente, acaba por sair, sendo então fechada a caverna, para a impedir de que entrasse novamente. Garantida de novo a luz, Susanoo é condenado a pagar uma multa e a ser desterrado dos céus. Mais tarde, ele arrepende-se e acaba por presentear a irmã com um esplêndido sabre retirado do corpo de um dragão que ele matou. Susanoo aparece em várias histórias. Uma história fala do comportamento impossível de Susanoo contra Izanagi. Izanagi, cansado de sofrer ataques de Susanoo, desapareceu no Yomi. Susanoo desgostoso concordou, mas tinha negócios inacabados para resolver primeiro. Ele foi para Takamagahara (céu) para dizer adeus a sua irmã, Amaterasu. Amaterasu sabia que seu irmão não tinha boa intenção em mente e se preparou para a batalha. Amaterasu pensando que Susanoo queria o Takamagahara para si e vai ao encontro de Susanoo. Susano propõe um acordo para provar que suas intenções são boas. Amaterasu concorda. Primeiro, Amaterasu pega a espada de Susano e cria três deusas, as Munakata Sanjojin. Então, Susano pega um colar de jóias de Amaterasu e nascem cinco deuses, todos homens. Amaterasu diz que os deuses que nasceram a partir do colar de jóias foram feitos a partir de um objeto seu, portanto são filhos dela. Amaterasu afirma também que as deusas que nasceram da espada são filhas de Susano. Todos os deuses dominavam um elemento da criação e da destruição: o ar, a luz e a natureza. Ambos os deuses reivindicaram a vitória. A insistência causou violentas campanhas que atingiu seu clímax quando Susanoo jogou um 'cavalo morto celestial' sobre os teares das criadas tecelãs de Amaterasu onde uma de suas criadas morreu. Amaterasu fugiu e se escondeu na caverna chamada Iwayado. Enquanto a deusa do sol desapareceu, as trevas cobriam o mundo.
" Susanoo e Orochi "
Susanoo desce a Izumo nas proximidades de um rio hoje conhecido como Hiikawa. Lá, Susanoo percebe hashi sendo carregados pela correnteza e decide subir o rio. Susanoo encontra o casal de idosos Ashinajichi e Natejichi chorando. O casal tinha oito filhas, porém o monstro Yamata no Orochi que possuía oito cabeças, oito caudas e olhos vermelhos vinha uma vez por ano e comia uma de suas filhas. Sua última filha, Kushinadahime estava prestes a ser devorada. Susanoo, percebendo a relação do casal de idosos com a deusa do sol Amaterasu, ofereceu sua ajuda. O casal então promete a mão de sua filha se Susanoo exterminasse o monstro. Susanoo mata Yamata no Orochi, se casa com Kushinadahime e constrói um castelo para morar com ela. Ōnamuji (Ookuninushi) era descendente de Susanoo. Ele, junto com seus muitos irmãos, concorreu a mão da princesa Yakami de Inaba durante a viagem de Izumo para Inaba. Ōnamuji sofreu muito devido a inveja de seus irmãos. Perseguido por seus inimigos, ele se aventurou no reino Susanoo onde se encontrou com a filha do Deus Vingativo,Suseri-hime. Susanowo testou várias vezes Onamuji mas no final, Susanoo aprovou Ōnamuji e previu sua vitória contra os seus irmãos. Ookuninushi e Sukunahikona desenvolvem o Ashihara no Nakatsu Kuni criando as regras da agricultura, medicina e magia.
" Tsukuyomi "
Tsukuyomi ou Tsukiyomi, também conhecido como
Tsukuyomi-no-kami, é o deus da lua no xintoísmo e na mitologia japonesa. O nome Tsukuyomi é uma combinação das palavras japonesas lua/mês (tsuki) e "ler; contar"(yomu). Outra interpretação de seu nome é a combinação de "Noite iluminada pela Lua" (Tsukiyo) e um verbo significando "Olhando para" (miru). Ainda outra interpretação diz que o kanji para "arco"(弓, yumi) foi corrompido com o kanji para "yomi". "Yomi" Também pode se referir ao mundo subterrâneo, apesar desta interpretação não ser bem aceita. Tsukuyomi foi a segunda das "Três nobres crianças" nascidas quando Izanagi, o Deus que criou a primeira terra, Onogoro-shima, lavou seu olho direito enquanto se banhava para purificar-se de seus pecados depois de escapar do mundo subterrâneo e das correntes de sua enraivecida esposa, Izanami. De qualquer forma, em uma história alternativa, Tsukuyomi nasceu de um espelho feito de cobre branco na mão direita de Izanagi. Depois de subir a escada celestial, Tsukuyomi viveu no "paraíso", também conhecido como Takamagahara, com sua irmã Amaterasu, a Deusa do Sol. " Ashihara no Nakatsu Kuni "
Amaterasu e os outros deuses do Takamagahara
declaram que eles deveriam governar o Ashihara no Nakatsu Kuni, então governado por Ookuninushi. Vários deuses são enviados a Ashihara no Nakatsu Kuni, mas falham em seu objetivo. Amaterasu pergunta aos deuses quem deveria ser o próximo enviado. Os deuses respondem que deveria ser Itsunoohabari ou seu filho Takemikadzuchi. Takemikadzuchi e Amenotohibune são enviados ao Ashihara no Nakatsu Kuni. Lá chegando Takemikadzuchi finca a espada Totsuka no Tsurugi no chão. Takemikadzuchi se senta e diz a Ookuninushi que Amaterasu ordenara que Ashihara no Nakatsu Kuni fosse governado por um de seus filhos. Takemikadzuchi vai então conversar com Kotoshironushi, filho de Ookuninushi e Kotoshironushi se esconde. Em seguida vai conversar com outro filho de Ookuninushi, Takeminakata. Takeminakata tenta medir forças com Takemikadzuchi, mas é derrotado. Amaterasu envia então Takamimusubi para conversar com Ookuninushi. Takamimusubi diz a Ookuninushi que Amaterasu lhe construiria um grande castelo em troca do controle do Ashihara no Nakatsu Kuni. Ookuninushi pede um grande castelo, para seus 180 filhos morarem e depois disso desaparece. Este castelo é o santuário Izumo Taisha, em Shimane. " Prosperidade e eternidade" Ninigi conheceu a princesa Konohana-Sakuya (símbolo de flores), a filha de Yamatumi (mestre das montanhas). Eles se apaixonaram e Ninigi pediu a Yamatumi a mão de sua filha. Yamatumi ofereceu a mão de suas duas filhas, Iwanaga (símbolo de pedra) e Sakuya (símbolo de flores). Mas Ninigi escolheu Sakuya. "Iwanaga é abençoado com a eternidade e Sakuya com a prosperidade", disse em lamentação Yamatumi, recusando Iwanaga, sua vida será curta a partir de agora. Devido a isso, Ninigi e seus descendentes tornaram-se simples mortais. Sakuya deu à luz a três filhos. Os nomes das crianças foram Hoderi, Hosuseri, e Howori.Seria muito dificil narrar todos os Deuses dos japão mas eles estão na mesma numerologia dos Yórubás,assim como temos 16 semi-Deuses eles também possuiem 16 semi-Deuses filho de Deuses e Deusas do Orún céu. Quanto as divindades como nós eles tem quase a mesma quantidade por nos chamados de odús regente e por eles Deuses.Temos 256 Odús difundidos entre os orisás e divindades mais as que nos une junto ao orún são 16 que são os 16 orixás regente no mundo. Em cada pais um Deus unico com seus semi-deuses.