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Conselho Editorial
Revisão
Felipe Corrêa
Capa
Carlos
A. S. Santos
Diagramação
Ademilton J.Santana
ISBN: 978-85-64842-01-4
1 Qualidade de vida. 2.Promoção da saúde. I. Gutierrez,
Gustavo Luis.II. Marques, Renato. III. Trigo, Luiz Gonzaga Godoi,
pref. IV. Título
CDD 22.ed. – 613
Autorizo a reprodução e divulgação total ou parcial deste trabalho, por qualquer meio convencional ou eletrônico,
para fins de estudo e pesquisa, desde que citada a fonte.
O WHOQOL-100 tem escalas de respostas referentes a quatro tipos
básicos de questões: intensidade, capacidade, frequência e avaliação
(FLECK et al. 1999). Também existe uma versão simplificada desse
instrumento, o WHOQOL-Brief, composto por 26 questões, sendo duas
gerais sobre qualidade de vida e uma por cada faceta da versão em maior
escala.
É sobre essa relação que trata o próximo item desse texto, refletindo
sobre as influências socioeconômicas perante a qualidade de vida dos
sujeitos e suas possibilidades de ação individuais frente às decisões
relativas à própria vida.
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É preciso salientar que as esferas de percepção sobre qualidade de
vida (objetiva e subjetiva) têm suas fronteiras muito tênues. Observa-se
que autores que adotam definições sobre este termo tendendo a adotar
uma dessas formas de compreensão, por vezes, ainda utilizam conceitos e
princípios de outra. Isso não se caracteriza por um equívoco metodológico.
O fato é que lidar com qualidade de vida implica em considerar inúmeras
variáveis que a compõem e as relações entre elas.
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(realizações para garantia da sobrevivência) forem garantidos.
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(estilo de vida) com maior influência direta, porém, possibilitadas pelas
determinantes socioeconômicas (modo e condição de vida).
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forma despolitizada, desconsiderando influências do Estado, do mercado
ou adotando visões reducionistas sobre o tema. É possível observar que o
uso desse termo, devido sua grande abrangência e possibilidades de ação
(pois é um campo multidisciplinar) é feito, muitas vezes, de forma a atender
demandas de mercado e direcionar interesses políticos. Isso ocorre tanto
na promoção de produtos, quanto em promessas eleitoreiras. Nota-se
que esse direcionamento estabelece uma característica reducionista ao
campo, como se o consumo de determinados bens, ou a mudança de
setores específicos da sociedade estabelecessem uma melhoria definitiva
sobre a qualidade de vida dos indivíduos.
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saudáveis. Por exemplo, em vez de proporcionar uma política de trabalho
que possibilite ao sujeito dedicar algumas horas de seu dia à atividade
física, simplesmente é fortalecida a necessidade dessa prática, deixando
a cargo do indivíduo as formas de realização.
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satisfação dos desejos. Um indivíduo se considera com boa qualidade de
vida se consegue realizar as aspirações criadas por sua sociedade e por
suas escolhas frente às possibilidades que o universo social lhe oferece.
Ou seja, as possibilidades de consumo e escolha que são estipuladas
objetivamente pelo meio social.
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e, principalmente, para o mercado, que se nutre desse filão, por exemplo,
com a venda de possibilidades e produtos vinculados à prática periódica
de atividade física.
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