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Companhia Siderúrgica de Tubarão

CLASSE DE DOCUMENTO NORMATIVO NÚMERO

PADRÃO TÉCNICO PT-ENG-EGEL-00-0017

TÍTULO

REQUISITOS TÉCNICOS PARA CONSTRUÇÃO DE SALAS PARA INSTALAÇÃO DE


EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS
QUANTIDADE DE PÁGINAS DATA DA CRIAÇÃO DATA DA REVISÃO REVISÃO NÚMERO

13 16/06/2004 14/03/2005 001

1 - OBJETIVO

Este Padrão estabelece os requisitos técnicos mínimos para a elaboração de projetos, fornecimento e
construções de salas para instalação de equipamentos com tensão igual ou inferior a 15 kV, a serem
atendidos pelos fornecedores da Companhia Siderúrgica de Tubarão - CST.

2 - DOCUMENTOS COMPLEMENTARES

- INMETRO - Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial


- NBR-5410 - Instalações Elétricas de Baixa Tensão
- NBR-9441 - Execução de Sistemas de Detecção e Alarme de Incêndio
- NR 10 - Instalações e Serviços em Eletricidade
- PT-ENG-EGEL-00-0032 - Placas de Identificação, Sinalização e Advertência para Instalações e
Equipamentos Elétricos

3 - CONDIÇÕES NORMATIVAS

O projeto e fornecimento de Salas para Instalação de Equipamentos Elétricos devem atender aos
requisitos das Normas e Padrões relacionados em Documentos Complementares.

3.1 - REQUISITOS CONSTRUTIVOS GERAIS

3.1.1 - SALAS PARA INSTALAÇÃO DE EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS

Os tipos de salas a serem consideradas são:

a) Salas elétricas.

b) Salas para baterias.

c) Celas para transformadores.

d) Salas de Controle, púlpito ou cabine de operação.

3.1.2 - REQUISITOS PARA CONSTRUÇÃO DE SALAS

a) As salas devem ser construídas em alvenaria, cobertura em laje, com ventilação natural ou forçada,
com portas de entrada, espaços adequados entre os painéis e sistema de bandejas sob o piso ou em
canaletas. Podem ser adotadas outras soluções construtivas com a prévia aprovação da CST.

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b) A instalação de sistemas de água potável ou de refrigeração, drenagem ou esgoto devem ser


exclusivos para atender às instalações da sala.

c) As celas para transformadores, quando instalados em paredes contíguas às salas, são consideradas
como parte integrante e devem atender aos requisitos específicos.

d) O nível do piso térreo deve ficar, no mínimo, a 500 mm acima do nível do terreno da área
(GL + 500).

e) O pé direito mínimo livre das salas elétricas deve ser de 3300 mm.

f) O pé direito mínimo livre das salas de controle e púlpitos de operação deve ser de 2800 mm.

g) É permitida a construção de pisos falsos para instalação de cabos em salas de controle com a prévia
aprovação da CST.

3.1.2.1 - REQUISITOS RESTRITIVOS

Não é permitido executar instalações e/ou construir salas com os seguintes requisitos restritivos:

a) Construir salas em locais próximos a áreas sujeitas a danos físicos, temperaturas elevadas, gases,
vapores ou contendo armazenamento de líquidos ou gases inflamáveis.

b) Utilizar as salas para instalação ou armazenamento de equipamentos não elétricos ou de líquidos


ou gases inflamáveis.

c) Instalar dentro das salas sistemas de gás, óleo e outros produtos inflamáveis ou corrosivos.

d) Instalar pisos, móveis e utensílios de material combustível.

3.1.3 - ARRANJO INTERNO

a) A distribuição interna deve adotar o princípio de agrupar os equipamentos por classe de tensão, e
dentro de cada classe de tensão, por grupo funcional do processo ou sistema.

b) As dimensões e o arranjo devem prever disponibilidades de espaços reservados para instalação de


novos equipamentos, quando já previamente definidos; e de espaços reservas para instalações de
eventuais equipamentos futuros.

c) A definição do arranjo deve considerar os espaçamentos recomendáveis entre equipamentos e


obstáculos além de permitir a livre circulação e o acesso direto do pessoal às portas e aos
equipamentos.

d) As salas com mais de um nível de piso devem ter o pavimento térreo para instalação dos
equipamentos de potência, e demais pavimentos para instalação dos equipamentos de controle e de
operação, segundo esta ordem.

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e) Os conjuntos de manobra que recebem alimentação do secundário de transformadores instalados


em celas anexas à sala elétrica devem ser posicionados ao lado da parede de separação.

3.1.4 - ESPAÇOS DE TRABALHO

As dimensões mínimas dos espaços de trabalho devem atender a Tabela 1 e a Figura 1.

Tabela 1 - Espaço Livre para Instalação de Painéis Elétricos

VISTA DO PAINEL TIPO DE PAINEL E DIMENSÃO MÍNIMA (mm)


QUADROS DE MÉDIA QUADROS DE QUADRO DE
PAINEL 1 (DE)
TENSÃO BAIXA TENSÃO CONTROLE OU
PAINEL 2 OU PAREDE (PARA) (<1000 V) OPERAÇÃO
(3,45 E 13,8 KV)

a Traseira Traseira ou Parede 1800 1000 1000

b Parede 1500 1500 800


Lateral
d Lateral 600 600 600

Frente 2800 1500 1500


c Frente
Parede 1800 1500 1500

Figura 1 - Espaço Livre para Instalação de Painéis Elétricos

NOTA 1 - Painéis de equipamentos digitais sem manutenção ou operação traseira podem ser montados
contra parede somente se tiverem acesso frontal a todos os equipamentos e componentes e
sem precisar remover nenhum obstáculo.

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NOTA 2 - As dimensões definidas devem ser maiores, se for necessário para permitir a remoção ou
manutenção dos equipamentos ou para permitir a abertura simultânea das portas no caso de
dois painéis frente a frente.

NOTA 3 - Sobre os quadros deve ser previsto um espaço mínimo de 1000 mm em relação ao teto ou
as vigas, e de 500 ou 1000 mm em relação a bandejamento, para os quadros de potência e
controle, respectivamente.

3.1.5 - SUBSOLOS

a) Os subsolos devem ser utilizados para instalações de cabos e como ponto de acesso a túneis de
cabos.

b) A instalação de equipamentos elétricos em subsolos não devem ser adotada, exceto em casos
especiais e com prévia aprovação da CST.

c) Os subsolos devem ter uma altura mínima livre de 2.800 mm.

3.1.6 - ACESSOS

a) Os subsolos de salas elétricas devem possuir no mínimo 2 escadas de acesso em concreto,


dispostas convenientemente de forma a permitir evacuação de pessoal em caso de bloqueio ou
obstrução de um acesso devido a algum acidente ou incêndio.

b) Devem ser previstas portas distintas de acesso de pessoal e de equipamentos.

3.1.7 - CABLAGEM

a) As salas com grande quantidade de cabos devem possuir, no caso de ser no piso térreo, subsolos
para instalações dos mesmos ou, no caso de ser piso elevado, o andar inferior exclusivo para cabos
com o pé direito de no mínimo 1.800 mm.

b) As salas com pequena quantidade de cabos podem adotar a instalação de cabos em canaletas.

c) O sistema de cablagem deve utilizar bandejas para instalação dos cabos.

d) Pode ser adotado o uso de bandejamento com passarela ao lado das bandejas caso o pé direito
tenha no mínimo 5.500 mm.

3.1.8 - SISTEMA ELETRÔNICO DE CONTROLE DE ACESSO ÀS SALAS ELÉTRICAS

a) As salas elétricas devem possuir sistema eletrônico de controle de acesso seguro e integrado ao
sistema vigente nas demais salas elétricas da CST.

b) Todas as portas das salas elétricas só devem permitir o acesso via sistema eletrônico.

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3.1.9 - PORTAS PARA ACESSO DE PESSOAS

a) As salas elétricas devem ter no mínimo 2 portas de acesso de pessoal, preferencialmente dando
acesso a áreas diferentes e de forma a permitir uma evacuação rápida e segura do pessoal, exceto as
salas de operação e púlpitos de controle, que podem ter apenas uma porta de acesso.

b) As portas de pessoal devem ser definidas visando obter sempre alternativas de acessos para o
exterior, de forma que, de qualquer ponto da sala, haja sempre uma alternativa de saída na
ocorrência de um bloqueio da outra saída.

c) As portas das salas elétricas devem ter dimensões mínimas de 2.100 x 1.000 mm.

d) As portas das salas de controle devem ter dimensões mínimas de 2.100 x 800 mm.

e) Salas de operação, computador, PLC e equipamentos eletrônicos e Instrumentação devem possuir


portas com visor de vidro.

f) A porta principal deve abrir para fora e possuir um sistema de fechadura eletromagnética, leitoras
de crachás e chave de emergência para destravamento interno.

g) A porta da ante-sala deve abrir para fora sem nenhum dispositivo de travamento e possuir um
dispositivo de pressão para fechamento.

h) A porta secundária deve abrir para fora e possuir um sistema de fecho que permita trancá-las por
fora através de chave do tipo "Yale" e abri-las por meio de uma simples pressão ou toque pelo lado
de dentro, e sem necessidade de dispositivos especiais (chaves).

i) As salas elétricas e de controle localizadas em áreas com grande concentração de pó em suspensão


ou com pressurização interna e/ou ar condicionado devem ter portas duplas de acesso de pessoal,
com ante-sala.

j) As portas devem ser construídas com chapa e perfis de alumínio conforme padrão CST.

3.1.10 - PORTAS PARA ACESSO DE EQUIPAMENTOS

a) As salas elétricas devem possuir portas de acesso específicas para montagem e remoção de
equipamentos.

b) As portas devem ter sistemas de fechos para permitir a colocação de cadeado ou de outro
dispositivo de bloqueio.

c) Para retirada de equipamentos através desta porta de acesso deve ser previsto a instalação de viga
"I" com talha manual.

d) As portas devem abrir 180º, e ter meios de travamento na posição aberta.

e) As portas devem ser construídas de chapa de aço.

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3.1.11 - SISTEMA DE DRENAGEM

a) Não é permitido que o sistema de drenagem seja dirigido para dentro das salas elétricas, inclusive
para o subsolo e canaletas.

b) Subsolos de salas elétricas devem possuir poços de drenagem e bomba com controle automático e
manual, com alarme remoto de anormalidade e de nível alto indicando no sistema supervisório de
controle.

c) Canaletas e pisos rebaixados devem ter drenagem.

3.1.12 - VENTILAÇÃO

a) As salas elétricas devem ter ventilação natural, ventilação forçada ou ser climatizada com sistema
de ar condicionado.

b) Os equipamentos de ar condicionado e de ventilação devem ficar em sala separada da sala elétrica.

3.1.12.1 - SALAS COM VENTILAÇÃO NATURAL

a) As salas elétricas com ventilação natural devem ter aprovação prévia da CST.

b) As salas elétricas localizadas em áreas limpas, sem pó em suspensão, não contendo equipamentos
dissipadores de calor ou geradores de gases tóxicos podem ter circulação de ar natural.

c) Aberturas inferiores e superiores, em dimensões adequadas, devem ser previstas para garantir a
remoção do ar.

3.1.12.2 - SALAS COM VENTILAÇÃO PRESSURIZADA

a) As salas elétricas com ventilação pressurizada devem ter aprovação prévia da CST.
b) Salas elétricas contendo equipamentos geradores de calor ou gases tóxicos devem ter ventilação
mecanizada.
c) Salas elétricas instaladas em atmosfera com pó em suspensão devem ser ventiladas e pressurizadas
para evitar entrada de pó.
d) Em todos os casos a tomada de ar deve ser externa através de filtros auto-limpantes.
e) As salas pressurizadas devem possuir "dampers" automáticos para ajuste de pressão.
f) O sistema de ventilação deve garantir uma renovação mínima de 5 vezes o volume da sala por
hora, e uma pressurização positiva ajustável de 3 a 5 mm de coluna de água.
g) É obrigatória a redundância de equipamentos de ventilação.
h) Deve ser previsto alarme no sistema supervisório da operação central da área indicando a
ocorrência de anormalidade ou defeito no sistema de ventilação.

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3.1.12.3 - SALAS CLIMATIZADAS

a) As salas elétricas, salas de controle, púlpitos e cabines de operação devem possuir sistema de
climatização com controle de temperatura e umidade.

b) O sistema de climatização deve garantir a qualidade do ar e um nível de umidade adequado para


evitar a corrosão nas placas de circuito eletrônico.

c) Estes sistemas devem se adequar às necessidades operacionais, de controle e de segurança.

d) Para as salas elétricas e de controle é obrigatória a redundância de equipamentos de ar


condicionado.

e) Deve ser previsto alarme no sistema supervisório da operação central da área indicando a
ocorrência de anormalidade ou defeito no sistema de ar condicionado.

3.1.13 - SISTEMA DE ILUMINAÇÃO E TOMADAS

a) O comando do sistema de iluminação da sala elétrica ou de controle deve prever interruptor do tipo
paralelo localizado próximo às portas de acesso.

b) Todas as salas elétricas, de controle e de operação devem possuir iluminação de emergência junto
às portas de acessos, subsolos, escadas, nos locais de trânsito de pessoal, próximas aos sistemas de
operação, supervisão e manobras de emergência.

c) A iluminação deve ser projetada utilizando luminárias fechadas com lâmpadas fluorescentes.

d) Deve ser instalado em lados opostos tomadas de 32A, 3P+T, 9h, cor azul, conforme padrão CST.

3.1.14 - ALARME E PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO

As salas elétricas, de controle, púlpitos e cabine de operação devem ser projetadas adotando métodos
preventivos e anti-propagantes de incêndios, e construídas com material incombustíveis.

3.1.14.1 - SISTEMA DE DETECÇÃO E ALARME

a) Todas as salas elétricas de equipamentos, celas para transformadores e púlpitos de controle e


operação, devem possuir um sistema de detecção e alarme de incêndio.

b) O sistema de detecção deve ser instalado nas áreas de equipamentos e nas áreas com grande
concentração de cabos (subsolos e túneis). Os tipos de sensores devem ser definidos conforme a
área e os equipamentos, porém em todos os casos devem ser instalados sensores de fumaça.

c) O sistema de alarme deve ser audível e visual na sala e no púlpito central de operação do processo
ou sistema, bem como externamente e próximo às portas de acesso da sala.

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d) Devem ser previstos também acionadores de comando de alarme, localizados no lado externo e
próximos às portas, em local de fácil acesso.

e) O sistema de detecção deve ter intertravamento com o sistema de ventilação e ar condicionado,


para desligamento destes em caso de alarme.

f) Os circuitos de detecção devem ser projetados de acordo com os requisitos da Classe A conforme a
norma NBR-9441.

g) O sistema de detecção deve ser do tipo inteligente com os dispositivos de campo endereçáveis
indicando a exata localização da ocorrência.

h) O sistema de detecção deve indicar o nível de contaminação por poeira dos detectores de fumaça.

i) Todos os sistemas de detecção devem permitir a sua monitoração através da estação de supervisão
instalada no prédio da equipe do Corpo de Bombeiros.

3.1.14.2 - SISTEMA DE EXTINÇÃO

a) Todas as salas elétricas devem possuir extintores manuais de gás carbônico, próximos às portas de
acesso e distribuídos internamente conforme requisitos definidos pela CST.

b) O sistema automático de extinção de incêndio deve ter aprovação prévia da CST.

c) Não é permitida a utilização de extintor à base de pó químico.

3.1.14.3 - PROTEÇÃO PASSIVA

As rotas de cabos devem ser projetadas adotando medidas preventivas contra a propagação de
incêndios, através da vedação dos furos de passagem e das travessias com barreiras corta-fogo de
material anti-propagante e resistente ao fogo.

3.1.15 - INSTALAÇÕES SANITÁRIAS

Todas salas de operação devem possuir banheiros com instalações sanitárias e bebedouro.

3.1.16 - ABERTURAS EM PISOS

Todos as aberturas em piso ou laje destinados a passagem de equipamentos ou instalação de


equipamentos futuros, devem ter corrimão de proteção ou fechados com placas de piso fixas.

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3.1.17 - PISOS DAS SALAS

a) O acabamento dos pisos das salas deve atender aos requisitos da Tabela 2.

Tabela 2 - Acabamento do Piso das Salas

LOCAL ACABAMENTO
Salas elétricas Concreto armado desempenado
(painéis e conversores de potência) liso e pintado
Sala de equipamentos de controle e automação
Piso de granito ou cerâmico
(PLC, computadores e instrumentação)
Púlpitos de operação e salas de computadores Piso de granito

Salas de transformadores Concreto armado desempenado e liso


Concreto armado desempenado
Salas de motores
liso e pintado

b) É permitida a utilização de piso em chapa de aço somente com aprovação prévia da CST. O piso
deve ser revestido de borracha autoextingüível com baixa emissão de fumaça não tóxica,
homologada por órgãos oficiais.

3.1.18 - SALA PARA BATERIAS

a) A sala para instalação de baterias deve ser exclusiva para esta finalidade, não sendo permitida a
instalação de outros equipamentos, inclusive do carregador de baterias.
b) A sala de bateria deve ser anexa à sala elétrica, fazendo parte da mesma edificação e com porta de
acesso para interior da sala elétrica.
c) Deve ser previsto pia de bancada com dimensões mínimas de 1500 x 500 mm (comprimento x
largura), com água potável para lavagem de utensílios de amostras de eletrólito.

3.1.18.1 - SISTEMA DE ILUMINAÇÃO E TOMADAS

a) Interruptores e tomadas não devem ser instalados no interior da sala de baterias.


b) Não projetar a instalação das luminárias diretamente sobre a estante de baterias, para evitar a
dificuldade de manutenção.

3.1.18.2 - ESPAÇO DE TRABALHO

a) Devem ser previstos espaços livres de circulação e acesso para inspeção, manutenção e testes dos
elementos. Estes espaços devem ser em todo o contorno da estante suporte dos elementos, com
dimensão mínima de 1500 mm.
b) Para estantes projetadas contra parede, com prévia aprovação da CST, podem ser previstos espaços
somente nos lados frontais e laterais.
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3.1.18.3 - PISO

a) O piso deve ser acabado ou pintado com material resistente ao eletrólito.

b) Devem ser previstas caixas de coleta e drenagem para permitir lavagem e limpeza em caso de
vazamento de eletrólito.

3.1.18.4 - VENTILAÇÃO

a) A sala para baterias deve ter ventilação mecânica por exaustão junto ao teto, com ligação direta ao
ar livre. Aberturas adequadas para entrada de ar devem ser previstas próximas ao piso. O sistema
de ventilação deve ser independente.

b) Os ventiladores devem ser construídos de material e forma, tais que seja impossível a formação de
faíscas se uma das pás do ventilador vier a tocar a estrutura estacionária do mesmo. Para este
propósito, não devem ser utilizadas pás metálicas.

c) Se forem utilizados dutos, estes devem ser construídos de material resistente aos gases, ou acabado
com processo de pintura adequado. O motor do ventilador deve ser colocado fora do duto de
exaustão.

d) Na sala de operação central do sistema, deve ser sinalizada qualquer anormalidade do sistema de
ventilação.

3.1.18.5 - ESTANTE SUPORTE

a) As baterias devem ser instaladas em estantes ("racks") fabricadas para esta finalidade e construídas
de estrutura metálica.

b) As estantes devem ser pintadas com tinta resistente, ao eletrólito, com suportes isolantes para o
apoio dos elementos.

c) As estantes devem ser firmemente fixadas no piso.

d) Sob a estante de baterias deve ser previsto uma bandeja coletora resistente ao eletrólito.

3.1.19 - CELA PARA TRANSFORMADORES

a) Deve ser construída externamente à sala elétrica; ser ventilada com ar externo sem necessidade de
ventilação mecânica ou de dutos de canalização de ar.
b) Deve possuir paredes corta fogo com resistência a até 3 horas de chama.
c) A cela para transformador deve possuir sistema de detecção e alarme contra incêndio através de
detector inteligente.
d) O acesso do transformador deve ser através de um portão de abertura de 180º para fora.

e) A cela deve ter cobertura e ser fechada com painel e portão com tela.

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f) Em subestação de recebimento externa, os transformadores podem ser instalados ao tempo sem


necessidade de utilização de celas, desde que seja obedecida a distância mínima de 5000 mm entre
transformador e qualquer edificação e entre transformadores ou outro equipamento refrigerado a
óleo.

g) Distâncias menores podem ser utilizadas desde que sejam construídas paredes corta fogo entre os
transformadores.

h) Os transformadores instalados no interior de salas elétricas devem ser secos e ou refrigerado com
silicone.

i) Não é permitido instalar luminárias diretamente sobre o transformador.

j) Quando localizadas externamente às edificações não é necessário utilizar cobertura e quando


instalados contíguos a salas elétricas devem possuir cobertura de concreto armado.

k) Para transformador com potência =500 kVA deve ser construído cela individual.

l) Não é permitida a construção de portas de acesso das celas de transformadores para o interior da
sala elétrica.

m) O nível do piso deve ficar, no mínimo, a 500 mm acima do nível do terreno da área (GL+ 500).

n) Deve ser instalado "insert" metálico no piso de cada cela para a retirada do transformador.

3.1.20 - SISTEMA DE DRENAGEM DE ÓLEO PARA TRANSFORMADORES

a) Deve ser previsto um sistema de coletor de óleos isolantes abrigando toda a projeção do tanque e
dos radiadores (NR-10).

b) O sistema dever ser constituído de:

- sistema coletor - São tubos para drenagem do óleo isolante que ligam a bacia de contenção até
o tanque acumulador.

- bacia de contenção de óleo isolante - É um dispositivo constituído de grelha, duto de coleta e


dreno, preenchido com pedra britada, com a finalidade de coletar vazamentos de óleo isolante.

- sistema de coleta específico (tanque acumulador) - É um tanque com separador água/óleo


destinado ao óleo drenado do transformador acidentado.

c) Os poços de coleta de óleo devem ter drenagem para um poço externo à sala, construído de
concreto impermeabilizado, e possuindo tampa elevada de 150 mm em relação ao nível do terreno.

d) Os poços devem ter capacidade de reter o volume útil do tanque de óleo do transformador, e no
caso de um grupo de transformadores, deve reter 1,5 vezes o volume do tanque de óleo do maior
transformador.

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3.1.21 - DIMENSÕES MÍNIMAS P/ CELAS OU SALAS DE TRANSFORMADORES

a) As salas ou celas de transformadores devem ter dimensões mínimas definidas em função do espaço
de trabalho e das dimensões dos transformadores.

b) O espaço de trabalho deve ser livre, sem qualquer obstáculo que dificulte a circulação de pessoas.

c) O espaço de trabalho deve ser em todo o contorno do transformador com uma largura mínima de
1000 mm entre paredes e transformador, e de 1500 mm entre o transformador e o portão.

d) Estas dimensões podem ser reduzidas para 600 mm se o transformador não possuir acessórios ou
caixas terminais que necessitam de inspeção, teste ou manutenção.

e) O pé direito mínimo deve ser de 2800mm e definido de forma que haja um espaço livre mínimo de
1500 mm entre a maior dimensão do transformador e a cobertura ou vigas.

f) A dimensão da cela deve considerar a instalação do resistor de aterramento.

3.1.22 - SALA DE REATORES E CAPACITORES


Equipamentos e instalações com utilização de reatores e capacitores para correção de fator de potência
e filtragem de harmônicos devem seguir os mesmos requisitos aplicáveis de instalação dos
transformadores.
3.1.23 - SALAS DE CONTROLE E PÚLPITOS DE OPERAÇÃO
a) Devem ter paredes ou janelas de vidro de forma a permitir uma visão panorâmica da área e
processo.
b) As salas próximas a áreas sujeitas a temperaturas altas devem ter paredes com isolação térmica ou
janelas de vidro duplo temperado.
c) O comando de iluminação de salas de controle e operação deve permitir o controle do nível de
iluminância.
3.1.24 - ÍNDICE DE REVISÃO
O índice de revisão deste Padrão está definido no Anexo A.

4 - RESPONSABILIDADE

Cabe à Divisão de Engenharia Elétrica e Eletrônica manter este Padrão Técnico atualizado.

5 - AUTORIDADE

Cabe ao gerente do Departamento de Manutenção e Controle de Processo a aprovação deste Padrão


Técnico.

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Anexo A - Índice de Revisão

ÍNDICE DE REVISÃO
REVISÃO Nº DESCRIÇÃO

000 Criação - Adequação do Processo

001 Revisão geral para atualização técnica e adequação às normas

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