1. 1. E Q U A Ç Ã O GERAL DO PLANO
A B
Observações: a) Da forma com que definimos o plano , vimos que ele fica
perfeitamente identificado por um de seus pontos A e por um vetor normal
n (a, b, c) a , com a, b, c não simultaneamente nulos. Qualquer vetor
UNIDADE VI – O PLANO EM R3 1
c) É importante observar que os três coeficientes a, b e c da equação
geral ax by cz d 0 representam as componentes de um vetor normal ao plano.
Por exemplo, se um plano é dado por: : 3x 2 y 4 z 5 0, um de seus vetores
normais é: n (3,2, 4). Este mesmo vetor n é também normal a qualquer plano
paralelo a .
Assim, todos os infinitos planos paralelos a têm equação geral do tipo:
3x 2 y 4 z d 0, na qual d é o elemento que diferencia um plano de outro. O valor
de d está identificado quando se conhece um ponto do plano.
Exemplos: 1º) Determinar a equação geral do plano que passa pelo ponto
A(2,-1,3), sendo n (3,2, 4) um vetor normal a .
2º) Escrever a equação cartesiana do plano que passa pelo ponto
A(3,1,-4) e é paralelo ao plano: 1 : 2 x 3 y z 6 0.
3º) Estabelecer a equação geral do plano mediador do segmento AB,
dados A(2,-1,4) e B(4,-3,-2).
4º) Determinar a equação geral do plano que passa pelo ponto A(2,1,-2)
x 4 3t
e é perpendicular à reta r : y 1 2t .
z t
1. 2. D E T E R M I N A Ç Ã O DE UM PLANO
Vimos que um plano é determinado por um de seus pontos e por um vetor normal a ele.
Existem outras formas de determinação de um plano nas quais estes dois elementos
(ponto e vetor normal) ficam bem evidentes. Algumas destas formas serão a seguir
apresentadas.
Neste caso: n v1 x v2 .
2.) passa por dois pontos A e B e é paralelo a um vetor v não colinear ao vetor AB .
UNIDADE VI – O PLANO EM R3 2
Neste caso: n v x AB;
UNIDADE VI – O PLANO EM R3 3
6.) contém uma reta r e um ponto B r.
Neste caso: n v x AB, sen do v um vetor diretor de r e A r.
Exemplos: 1º.) Determinar a equação geral do plano que passa pelo ponto
A(1, 3,4) e é paralelo aos vetores v1 (3,1, 2) e v2 (1, 1,1).
2º.) Estabelecer a equação geral do plano determinado pelos pontos
A(2,1, 1); B(0, 1,1) e C (1,2,1) .
3º.) Estabelecer a equação cartesiana do plano que contém a reta
x 4
r: e o ponto B( 3,2,1) .
y 3
plano , sen do n (a, b, c) um vetor normal a . Quando uma ou duas das componentes
1. 3. 1. P l an o q u e p a ss a p e la o ri g e m
1. 3. 2. P l an o s Pa ra l e l o s a os Ei xo s Coo r d en a d o s
UNIDADE VI – O PLANO EM R3 4
A figura mostra o plano de equação: 2 y 3z 6 0.
Da análise feita sobre este caso particular, conclui-se que a variável ausente na
equação indica que o plano é paralelo ao eixo desta variável.
As figuras seguintes mostram os planos 1 : x z 3 0 e 2 : x 2 y 4 0,
UNIDADE VI – O PLANO EM R3 5
1. 3. 3. P l an o s Pa ra l e l o s a os P l an o s Co o rd e n ad o s
qual vemos que qualquer ponto do tipo A (x,y,4) satisfaz esta equação e k (0,0,1) é
um vetor normal ao plano.
Assim sendo, o plano paralelo ao plano x0y e que passa pelo ponto A(x1,y1,z1) tem
por equação: z = z1.
Por exemplo, o plano que passa pelo ponto A(-1,2,-3) e é paralelo ao plano x0y tem
por equação: z = -3.
Com raciocínio análogo, vamos concluir que:
II) os planos paralelos ao plano x0z têm por equação: y = k;
III) os planos paralelos ao plano y0z têm por equação: x = k.
As figuras abaixo mostram os planos 1 : y 3 ; 2 : x 2 respectivamente
UNIDADE VI – O PLANO EM R3 6
Exemplos: 1º) Determinar a equação cartesiana do plano que contém o ponto
x 4
A(2,2,-1) e a reta r : .
y 3
2º) Determinar a equação geral do plano que passa por A(2,3,4) e é
paralelo aos vetores v1 j k e v2 j k.
Sejam os planos
1 : a1 x b1 y c1z d1 0
e
2 : a2 x b2 y c2 z d2 0
Sejam os planos
1 : a1 x b1 y c1z d1 0
e
2 : a2 x b2 y c2 z d2 0
UNIDADE VI – O PLANO EM R3 7
Então, n1 a1, b1, c1 1 e n2 a2 , b2 , c2 2
Obs.:
a) Se além das igualdades anteriores se tiver também
a1 b1 c1 d1
a2 b2 c2 d2
Exemplos:
1) Calcular os valores de m e n para que o plano 1 : 2m 1 x 2 y nz 3 0 seja
paralelo ao plano 2 : 4 x 4 y z 0 .
2) Calcular os valores de m e n para que o plano 1 : 2m 1 x 2 y nz 3 0 seja
perpendicular ao plano 2 : 4 x 4 y z 0 .
UNIDADE VI – O PLANO EM R3 8
1.6. POSIÇÕES DE PARALELISMO E PERPENDICULARISMO ENTRE RETA E PLANO
I. Se r // , v n
O paralelismo de r e implica a
ortogonalidade dos vetores v e n
II. Se r / , v // n
O perpendicularismo de r e implica o
paralelismo dos vetores v e n .
x 2 y 1 z
Exemplo: Verificar se a reta r : é perpendicular ao plano
3 2 1
: 9 x 6 y 3z 5 0.
1.7. CONDIÇÕES PARA QUE UMA RETA ESTEJA CONTIDA NUM PLANO
Obs.: uma reta r está também contida num plano se dois pontos A e B
pertencentes a r pertencem a esse plano.
x 2 t
Exemplo 1: Verificar se a reta r : y 1 t
z 3 2t
está contida no plano : 3x y 2 z 1 0 .
1. 8. I N T E R S E C Ç Ã O DE DOIS PLANOS
A intersecção de dois planos não paralelos é uma reta. O nosso problema será
determinar a equação que define esta reta.
Sejam 1 e 2 planos não paralelos. Para determinar a reta intersecção de 1 e
2 resolveremos o sistema composto por suas equações.
5x 2 y z 7 0
3x 3 y z 4 0
UNIDADE VI – O PLANO EM R3 10
5x 2 y z 7 0
eliminaremos a variável z multiplicando uma das equações
3x 3 y z 4 0
por - 1 e em seguida efetuamosa soma de ambos.
5x 2 y z 7 0
3x 3 y z 4 0
2x y 3 0 isolamos uma das variáveis (no caso y)
y 2x 3
1. 9. I N T E R S E Ç Ã O DE RETA E PLANO
y 3 z 4
Exemplo: Determinar o ponto de intersecção da reta r : x com o
2 3
plano : 3x 5 y 2 z 9 0 .
3.x 5. 2 x 3 2. 3x 4 9 0
3x 10 x 15 6 x 8 9 0
7x 14 0
x 2
Para x 2 y 2. 2 3 e z 3. 2 4
y 1 z 10
Como os pontos dos eixos são da forma (x, 0, 0), (0, y, 0) e (0, 0, z), basta fazer
na equação do plano duas variáveis iguais a zero para se encontrar a terceira, e assim
obter as interseções com os eixos. Assim:
A3 0,0,6
A2 0,2,0 y
x A1 3,0,0
UNIDADE VI – O PLANO EM R3 12
outras duas variáveis e, assim, obter as interseções com os planos coordenados.
Então:
x 0
I) Se x 0, 3 y z 6 0 , a reta r1 : é a interseção de com o plano
z 3y 6
yOz.
y 0
II) Se y 0, 2 x z 6 0 , a reta r1 : é a interseção de com o
z 2x 6
plano xOz.
z 0
III) Se z 0, 2 x 3 y 6 0 , a reta r1 : 2 é a interseção de com o
y x 2
3
plano xOy.
UNIDADE VI – O PLANO EM R3 13