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Grupo 6
- São áreas geralmente extensas, com um certo grau de ocupação humana, dotadas de atributos
abióticos, bióticos, estéticos ou culturais especialmente importantes para a qualidade de vida e
o bem-estar das populações humanas, e tem como objetivos básicos proteger a diversidade
biológica, disciplinar o processo de ocupação e assegurar a sustentabilidade do uso dos
recursos naturais.
Área de Proteção Ambiental Sul RMBH (APA-Sul)
- A demanda pela criação de uma Área de Proteção Ambiental (APA), na região sul de Belo
Horizonte, partiu inicialmente de uma associação de proprietários de “residências de fins de
semana” da localidade de São Sebastião das Águas Claras.
- Na APA SUL RMBH estão presentes duas grandes bacias hidrográficas, a do Rio São Francisco
e a do Rio Doce, que respondem pelo abastecimento de aproximadamente 70% da população
de Belo Horizonte e 50% da população de sua região metropolitana.
- Poder público conta com representantes da UFMG, IEPHA, Copasa e prefeituras municipais;
sociedade civil com representantes da FIEMG, FAEMG, IBRAM, CBH Paraopeba, dentre
outros.
- Nas Atas de Reuniões Ordinárias da APA-Sul (49 reuniões desde 2007 até 2018 registradas), há
referências que implicam diretamente no planejamento territorial de BH apenas quanto à
preservação de mananciais para abastecimento do município, havendo nada específico sobre
ocupação urbana e atividades econômicas.
- A empresa Tecnologia em Sistemas Espaciais Ltda. (TESE) foi licitada para o estudo, mediante
a coordenação da SMAPU e SUPLAN.
- Proposta em 3 etapas: (I) Diagnóstico, (II) Estratégias para a estruturação urbana sustentável e
(III) Instrumentos para a efetivação da proposta de estruturação urbana.
- Disponível apenas a primeira etapa, o Diagnóstico (entregue em dezembro de 2013), onde teve a
divisão em três lotes:
- O plano detinha quatro princípios basilares que fundamentariam as propostas nos territórios.
Sendo eles:
1. A sustentabilidade ambiental,
2. Inclusão Social,
3. Gestão Democrática e
4. Descentralização das Atividades Urbanas.
- Todos os eixos seriam integrados, dialogáveis e abordariam temáticas semelhantes, sendo essa
cisão apenas de praticidade na elaboração do documento final.
Diagnóstico – Situação atual e tendências da dinâmica urbana das Regionais
- A captação conjunta de dados gerou camadas digitais de dados (Shapefiles) e norteou as áreas e
casos que as pesquisas em campo seguiriam.
Quadro de Atividades
- O estudo dessa regional seguiu pelo lote III, iniciando na terceira semana de Junho de 2011.
- Os setores nortearam também as entrevistas junta à população, essas que ouviram empresários do
ramo imobiliário e de empreendimentos de grande porte, lideres comunitários, representantes
religiosos, educacionais e de segurança, membros de ONGs e pesquisadores, técnicos públicos,
etc.
- As regionais do nosso estudo são as que detém a maior concentração de áreas verdes protegidas
dos lotes II e III, sendo também a maior em relação AV/Hab, onde o Barreiro se destaca
fortemente em ambas
Especificamente no Barreiro:
Distribuição espacial da Áreas Verde
Legalmente Protegidas.
- As entrevistas dentro da perspectiva ambiental relataram dois pontos centrais que nortearam as
maiores problemáticas vistas pela população: a questão Hídrica e as Áreas Verdes.
Segue algumas falas:
“Só córregos são três. Muito mal tratados. Muito lixo, esgoto a céu aberto e ratos. População joga
muito lixo. Setor público e privado também não dão assistência”. (Membro de Associação de
Moradores no Barreiro).
“Há problema sempre quando chove no Santa Margarida. No Tirol quando chove chega a entrar água
dentro dos apartamentos. Toda extensão do Barreiro de Cima, Avenida Olindo Meireles”. (Membro de
Associação de Moradores no Barreiro).
“Serra do Rola Moça tem queimada todo ano e invasão com construção imobiliária. Precisa de uma
maior atuação do poder público na proteção da área”. (Elias Lourenço de Sousa - Núcleo de Ação
Social do Bairro das Indústrias).
“Só tem uma área de lazer para toda a região. É muito deficiente. O Parque Ecológico da Vila
Pinho tem quadra, campo, academia da cidade, mas tem que atender a uma população muito grande,
há várias vilas. Praças com equipamentos não há.” (Anderson Lima - Associação Comunitária Vila
Ecológica).
Restrições à ocupação e necessidade de
proteção ambiental.
- Centralidades (15%);
- Bairro Pilar (Setor 7) está categorizado como área passível de adensamento (e uso econômico),
mesmo sendo pertencente à APA, e estando dentro de AP’s e AEIS, além de serem limiares às áreas
mais restritivas ambientalmente (mapas nos próximos slides).
- O caso citado pelos moradores e pelo próprio PDR, de invasões do setor imobiliário nessas áreas
verdes, vão de conflito a designação de uso econômico privado a essas áreas:
“O Bairro Pilar, por sua vez, pode ser considerado adensável em sua maior parte, mas não
poderia ser ocupado/adensado a sul da rua de acesso principal ao Bairro, uma vez que esta área
se encontra muito próxima às encostas da Serra do Curral.” (PDR, 2013, p. 113)
- As áreas já ocupadas são vistas nessas localidades próximas à Serra do Curral, onde já adentram nas
ADE’s e (em partes) nas áreas AEIS ambientais (mapa nos próximos slides)
- Além disso, o pedido popular de maior número de áreas verdes funcionais ao lazer vai de
contrapartida à designação de uso econômico, onde demonstra uma segregação social ao uso das
áreas verdes, onde tem-se a recriação de uma “paisagem elitizada na APA-sul” (Laschefshi &
Costa, 2008, p. 320), as quais causam uma duplicidade de conflitos: “além da ameaça à natureza,
como símbolo de qualidade de vida, pela urbanização descontrolada, há também a tendência a
reproduzir barreiras ao acesso e ao usufruto da população da baixa renda à área.” (p. 320)
Mapa das Áreas de interesses ambiental no PDR
Mapa das áreas em potencial para o recebimento de equipamentos (privados e/ou públicos)
Regional Oeste – Caso especifico do Bairro Olhos D’água
- A FERROBEL extraiu minérios na região nas décadas de 60 e 70, quando foi desativada e a área
passou por um processo de reabilitação.
- Situada em níveis topográficos elevados, a região conta com diversos pontos de visada ampla da
cidade, incluindo a Praça do Papa e Mirante das Mangabeiras que são referências turísticas na
cidade.
Regional Centro-Sul – Caso específico do Bairro Mangabeiras
- Por sua topografia acidentada e de alta declividade em muitos pontos, além de solos frágeis sujeitos
a deslizamentos, a macroárea apresenta diversas restrições à ocupação.
- A região é enquadrada como Zona de Proteção 2 (ZP-2) e possui duas ADEs: ADE Mangabeiras e
ADE Mirante.
- Além dessas, integra também a macroárea a ADE da Serra do Curral, que estabelece controle de
ocupação tendo em vista a preservação ambiental e preservação das visadas da serra.
- Delimitada pelo limite dos bairros Mangabeiras, Comiteco, Sion, Belvedere, Aglomerado da Serra
e pelo limite de Nova Lima.
- É ocupada em partes por atividade mineradora da Mineração Lagoa Seca, que está em processo
final de exploração e alto interesse imobiliário, que segundo o diagnóstico da regional “não deve
prevalecer sobre a necessidade de recuperação da área e sua reintegração ao ambiente
natural do entorno” (TESE, 2013, p. 473)
Regional Centro-sul – Macroárea Serra do Curral
- É protegida por diversos instrumentos legais, sendo zoneada majoritariamente como Zona de
Preservação Ambiental (ZPAM) e na sua porção oeste (incluindo as áreas de atividade
mineradora) como Zona de Proteção 1 (ZP 1).
- Toda a área integra a ADE da Serra do Curral, tendo sua porção de encosta da serra sido tombada
em 1960 como Patrimônio Nacional.
Mapa da Macroárea da Serra do Curral
Regional Centro-sul – Macroárea Serra do Curral
CPRM. Projeto Apa Sul RMBH Estudos do Meio Físico. Área de Proteção Ambiental Sul da Região
Metropolitana de Belo Horizonte. Programa GATE: Informações para a gestão territorial. Geotecnia;
Vol. 4, Belo Horizonte, 2005.
IEF, Instituto Estadual de Florestas. Portal meio ambiente. MG; Unidades de preservação. Acessado
em 04/08/2021. Disponível em: http://ief.mg.gov.br/
LASCHEFSKI & COSTA, Klemens e Heloisa. Segregação social como externalização de conflitos
ambientais: a elitização do meio ambiente na APA-Sul, Região Metropolitana de Belo Horizonte.
Ambiente & Sociedade, Campinas V. XI, nº 2; p. 307 – 322, jul – dez. 200/.
TESE. Plano Diretor das Regionais Administrativas de Belo Horizonte, Regional Barreiro.
Diagnóstico - Situação Atual e Tendências da Dinâmica Urbana da Regional Barreiro. Dez/2013.
TESE. Plano Diretor das Regionais Administrativas de Belo Horizonte, Regional Centro-Sul.
Diagnóstico - Situação Atual e Tendências da Dinâmica Urbana da Regional Barreiro. Dez/2013.
TESE. Plano Diretor das Regionais Administrativas de Belo Horizonte, Regional Leste.
Diagnóstico - Situação Atual e Tendências da Dinâmica Urbana da Regional Barreiro. Dez/2013.
TESE. Plano Diretor das Regionais Administrativas de Belo Horizonte, Regional Oeste.
Diagnóstico - Situação Atual e Tendências da Dinâmica Urbana da Regional Barreiro. Dez/2013.