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CONTAS ATIVO PASSIVO

Patrimoniais Bens e Direitos Obrigações e Patrimônio Líquido

De Resultado Perdas e Despesas Receitas e Ganhos

Toda empresa obrigada a manter uma estruturação contábil deve efetuar um estudo
preliminar sobre quais contas utilizará para registros de suas operações. O resultado
deste é uma relação de contas elaborada pelo contabilista que servirá como guia nas
tarefas contábeis. Esta relação é conhecida como Plano de Contas.O Plano de Contas é
estruturado de forma ordenada e leva em consideração algumas características
funcionais, tais como:

Tamanho da empresa - se é micro, pequena, média ou grande empresa.

Ramo de Atividade - de acordo com os objetivos de cada empresa, as características do


seu ramo de atividade.

Sistema Contábil - a contabilidade pode ser executada em modalidades diferentes


conforme a disponibilidade de recursos materiais e humanos da empresa, pode ser
manual, mecanizada ou eletrônica.

Interesse dos usuários - as pessoas que utilizam a contabilidade sejam elas gerentes ou
administradores interessados em definir que tipo de informação contábil desejam.

Estrutura do Plano de Contas - as contas patrimoniais que compõem o balanço devem


ser dispostas em grupos e grau decrescentes de liquidez para facilitar a interpretação e
análise da situação financeira.

As Contas de Resultado, ou seja, receitas e despesas não aparecem no Balanço uma vez
que no processo contábil de encerramento de exercício os seus saldos devem ser zerados
para apuração do resultado lucro ou prejuízo.

CODIFICAÇÃO DO PLANO DE CONTAS

O Plano de Contas apresentado pode, por exemplo, ser codificado da seguinte maneira:
inicia-se com a unidade "1" para todas as contas do Ativo; com a unidade "2" para todas
as contas do Passivo; com a unidade "3" para todas as contas do Patrimônio Líquido;
com a unidade "4'' para todas as contas de Receita e Deduções da Receita e com a
unidade "5" para as contas dedutivas no resultados (custos, despesas, participações,
etc.).
Exemplo:

1. Ativo1.1 Ativo Circulante1.1.1 Ativo Circulante Caixa1.1.2 Ativo Circulante


BancosIsto facilita muito o lançamento em sistemas informatizados.

MÉTODO DAS PARTIDAS DOBRADAS. Segundo a essência do método, hoje


universalmente aceito, o registro de qualquer operação implica que um débito ou mais
de um débito em uma ou mais de uma conta devem corresponder a um crédito de
equivalente em uma ou mais contas, de forma que a soma dos valores debitados seja
sempre igual a soma dos valores creditado."Não há débito(s) sem crédito(s)
correspondente(s) ou vice-versa"CONTROLE INDIVIDUAL POR CONTASExemplo:
Já existia inicialmente um saldo de 250 portanto com mais um depósito de 200 o saldo
passou a ser 450.Conta Caixa Código 1.1.1Data: Operações: Débito Crédito D/C
Saldo03/04/00 01 Depósito Banco "X " 200 *** D 45005/04/00 02 Saque Dinheiro 100
*** C 350RAZÃOÉ um livro não exigido pela legislação comercial, é facultativo.
Todavia dado a sua eficiência é indispensável a qualquer tipo de empresa.

É instrumento valioso para o desempenho da contabilidade . O registo no razão é


realizado em contas individualizadas, assim teremos um controle por conta.
Antigamente o razão se atribuía em forma de livro onde para cada página se atribuía ao
título de uma conta.

RAZONETEDeriva do Razão é a representação gráfica denominada Conta "T" ou


Razonete "T" ou simplesmente Razonete. Afim de resolver o raciocínio contábil e
registrar individualmente cada conta. O razonete é muito utilizado nos livros didáticos
para apresentar os lançamentos.

A MECÂNICA DO DÉBITO E CRÉDITOTítulo da Conta

Lado do Lado do Débito CréditoQuando fazemos um lançamento contábil no lado


direito da conta estamos creditando esta conta e quando fazemos um lançamento no
lado esquerdo estamos debitando. Para facilitar o entendimento deste assunto vejamos a
definição de alguns termos contábeis:

SALDO - diferença entre o total dos débitos e total dos créditos feitos numa conta em
determinado período. Se o valor dos débitos for menor que o dos créditos a conta terá
um saldo devedor e se ocorrer o contrário a conta terá um saldo credor.

DÉBITO - significa um investimento de aplicação de capital. Debitamos ou registamos


a débito: aumento em contas do Ativo; aumento em contas do Passivo e as Receitas,
Rendas, Ganhos e Lucros
CONTAS PATRIMONIAIS / CONTAS DO ATIVO - Os elementos que compõem o
Ativo ficam do lado esquerdo do balanço e devem sempre apresentar saldos devedores.
Para que uma conta do Ativo tenha saldo devedor é necessário que os aumentos e as
diminuições nela ocorridos sejam assim registrados:PARA QUALQUER CONTA DO
ATIVO(Exceto as Contas Retificadoras ou Redutoras)Débito Crédito(+) aumentos (-)
diminuiçõesCONTAS DO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO - desde que as
contas do Passivo sempre apareçam do lado direito do balanço deve acontecer com elas
o inverso que acontece no Ativo, isto é, os aumentos e diminuições devem ser
registradas.PARA QUALQUER CONTA DO PASSIVO(Exceto as Contas
Retificadoras)Débito Crédito(-) diminuições (+) aumentos CONTAS DE
RESULTADOO resultados obtidos periodicamente pelo confronto entre as contas de
receitas, custos e despesas representam uma das principais causas das variações do
Patrimônio Líquido. Quando o resultado é positivo aumenta o Patrimônio Líquido e
diminui o negativo, assim quando a Receitas for maior que a soma de Custos e Despesas
temos Lucro e quando a Receita for menor do que a soma de Custos e Despesas, temos
Prejuízo.Assim considerando a equação patrimonial de que Ativo é igual ao Passivo
Exigível mais Patrimônio Líquido, ou ainda que Ativo mais Passivo Total e o fato de
que o lançamento à crédito aumenta o Patrimônio Líquido concluímos que o Lucro é um
lançamento à crédito do Patrimônio Líquido. Como as receitas geram Lucro e os Custos
e as Despesas o reduzem vemos que:Têm seus aumentos por crédito.Têm seus aumentos
por débito.

CONTAS RETIFICADORAS DO ATIV0(Redutoras do Ativo)Estas são contas do


Ativo com características de contas do Passivo, assim sendo têm funcionamento inverso
as do Passivo, estas contas ficam do lado esquerdo do balanço e devem sempre
apresentar saldos credores. Para que um conta do Ativo tenha um saldo credor é
necessário que os aumentos e diminuições nela ocorridos sejam assim registrados:As
diminuições geram lançamentos à débito e os aumentos à crédito.CONTAS
RETIFICADORAS DO PASSIVO(Redutoras do Passivo)Estas são contas do Passivo
com características do Ativo, assim sendo, têm função inversa as do Ativo, estas contas
ficam do lado direito do balanço e devem sempre apresentar saldos devedores. Para que
uma conta do Passivo tenha saldo devedor é necessário que os aumentos e diminuições
nela ocorridos sejam assim registrados:As diminuições geram Lançamentos à crédito e
os aumentos à débito.

RESUMO DO MECANISMO DÉBITO/CRÉDITOPode-se dizer que para os aumentar


o Ativo temos um débito e para diminuí-lo temos um crédito. Com o Passivo acontece o
inverso, para aumentá-lo temos um crédito e para diminuí-lo temos um débito.
Conforme tabela abaixo:BIBLIOGRAFIAANGÉLICO, João. Contabilidade Pública. 8ª
edição, São Paulo, Editora Atlas, 1995.BLATT, Adriano. Contabilidade (Filme-Vídeo).
Rio de Janeiro: Suma Econômica Pt 2, 1998.IUDICIBUS, Sérgio de e MARION, José
Carlos. Contabilidade Comercial. 3ª edição, São Paulo, Editora Atlas, 1995.MARION,
José Carlos. Contabilidade Básica. São Paulo, Editora Atlas, 1998.PADOVEZE, Clovis
Luis. Manual de Contabilidade Básica. 3ª edição, São Paulo, Editora Atlas,
1996.PADOVEZE, Clovis Luis. Sistemas de Informações Contábeis. São Paulo, Editora
Atlas, 1998.

O estudo do tema Plano de Contas, é de fundamental importância para a formação


acadêmica do bacharel em Ciências Contábeis, porque do ponto de vista da realização
da atividade contábil, é esse conhecimento que fundamenta e orienta o registro dos fatos
contábeis de uma azienda.

Nesse sentido, justifica-se esse estudo porque permite a análise das diferentes
percepções dos estudiosos do assunto, assim como possibilita ao aluno pesquisador uma
oportunidade para análise, diante da variedade de conceitos sobre o tema, o que,
certamente favorece a construção de uma síntese mais fundamentada sobre esse
conteúdo. Ressaltamos ainda, além da fundamentação teórica a importância da
fundamentação legal, cujo valor está relacionado com o exercício das atividades
contábeis com segurança, consciência, lucidez e responsabilidade, o que contribui para
que sejamos nesta área, profissionais éticos, competentes e sujeitos de direitos e
deveres.

Utilizamos como metodologia de trabalho a técnica da pesquisa bibliográfica o que


possibilitou o confronto com as idéias dos autores consultados. Esse contato com os

estudos desses especialistas despertou-nos o interesse pelo assunto diante da sua


importância no contexto contábil. As idéias constantes nesse trabalho se, fundamentam
nos estudos de: FRANCO (1996), FIPECAFI (1994), IUDÍCIBUS (1998), MARION
(1998), NEVES e VICECONTI (2004), NUNES (2005), PADOVEZE (1996),
RIBEIRO (1993) e a Lei N° 6.404/76 que dispõe sobre as Sociedades por Ações.

Capítulo 1

PLANO DE CONTAS

Como a contabilidade é um sistema de informações e possui inúmeros usuários o


primeiro usuário o(s) dono(s) - possuidores do Capital Social, o governo, os
empregados, os fornecedores, os clientes, os bancos, etc; o contador tem que ter muito
cuidado na elaboração do Plano de Contas, deve sempre consultar seu usuário principal
(o dono da azienda), e fundamentar-se no conhecimento total dos objetivos da empresa
e de suas atividades principais. Deve, ainda, observar e analisar aspectos fundamentais
para elaboração do Plano de Contas, tais como:

 Tamanho da Empresa;
 Ramo de Atividade;
 Interesses dos usuários;
 Sistema contábil (equipamentos contábeis);
 Classificação deve partir do geral para o particular;
 Deve ser codificado;
 Os títulos das contas utilizadas devem refletir imediatamente os elementos
patrimoniais que representam – devem ser claros e sucintos;etc.

Observando esses aspectos Iudícibus et. al. (1995, p.44) afirmam que a realização do
Plano de contas à empresa deve desenvolve todo o projeto observando os seguintes
critérios:

 Manual de diretrizes contábeis aprovado pela alta administração;


 Modelos de demonstrações contábeis padronizadas de uso mensal e anual e
compatíveis com o sistema orçamentário;
 Elenco de contas que contemple as necessidades de informação mencionadas;
 Um plano de conta comentando, contemplando cada conta, seu funcionamento,
documentos de origem, conciliação, registros de operações típicas, além da
nomenclatura, codificação e outros. Tal plano também é conhecido como
Manual de Contas quando contém critérios de avaliação de cada conta,
contrapartidas, explicações gerais de uso etc.;

Um sistema contábil e de processamento de dados compatível com todo o conjunto e


com os subsistemas desenvolvidos e adaptados para geração dos dados dentro dessa
estrutura.

Neves e Viceconti (2004, p. 345-346) fundamentados na Lei 6.404/76 evidenciam no


quadro abaixo como as contas devem ser classificadas e posteriormente as principais
partes que deve conter um Plano de Contas.

NÚMERO CONTAS SALDOS


1 Ativo Devedores

2 Passivo Credores

3 Despesas/Custos Devedores

4 Receitas Credores

5 Outras (*) -
(*) Contas de Compensação ou Contas Auxiliares na apuração do
resultado

Principais partes de um plano de contas:

a) Elenco de contas - relação lógica e ordenada dos títulos (nomes) das contas que
compõem um plano

b) Função das Contas - definição da conta, seu comportamento e seu objetivo.

c) Funcionamento – mostra o movimento da conta e a forma de se debitar e creditar.

Por outro lado, Nunes ([19--,] p. 31) propõe que o Plano de Contas pode ser codificado
da seguinte maneira:

Inicia-se com as unidades (1) para todas as Contas do Ativo; com a unidade (2) para
todas as contas do Passivo; com a unidade (3) para todas as contas do Patrimônio
Líquido; (4) para todas as contas Receita e deduções das Receitas e (5) para as contas
dedutivas no Resultado (Custos, Despesas, Participações etc.)

Em seguida, adiciona-se um segundo número que representará o grupo de contas do


Ativo, do Passivo, e assim por diante. Desse modo, se observa o código 1.1, tem-se o
Ativo Circulante (o primeiro 1 é Ativo, o segundo 1 é Circulante); 1.2 – Ativo
Realizável a Longo Prazo; 1.3 – Ativo Permanente; 2.1 – Passivo Circulante; 2.2 –
Passivo Exigível a Longo Prazo etc.

O terceiro dígito significa a conta do grupo. Assim, se observa o Código 1.1.1, tem-se:
1. Ativo

1.1 Ativo – Circulante

1.1.1 Ativo – Circulante – Caixa

1.1.2 Ativo – Circulante – Bancos etc.

 número de dígitos poderia ser aumentado para uma grande empresa que tenham
filiais ou ainda para uma empresa que tenha departamentos, propiciando, assim,
maior quantidade de detalhes.
 poder-se-ia ainda codificar subcontas no quarto dígito:

1.1.2.1 – Ativo – Circulante – Bancos – Banco do Brasil etc.

Como nos exemplos acima citados, a experiência e a criatividade de cada profissional é


indispensável para transformar o Plano de Contas em um instrumento de grande
utilidade em nível gerencial, mas sempre seguindo como princípio a Lei das Sociedades
por Ações. Mostraremos a seguir uma sugestão de Plano de Contas de uma empresa
comercial.

PLANO DE CONTAS DE RESULTADO PARA UM CLUBE ESPORTIVO:

3. RECEITAS

3.1. Receitas de atividades esportivas


3.1.1. Rendas de competições
3.1.1.1. Amistosos
3.1.1.2. Campeonato brasileiro
3.1.1.3. Copa Brasil
3.1.1.4. Torneios em geral
3.1.2. Receitas de transmissões esportivas
3.1.2.1. Amistosos
3.1.2.2. Campeonato brasileiro
3.1.2.3. Copa Brasil
3.1.2.4. Torneios em geral
3.1.3. Receitas de transações de atletas
3.1.3.1. Empréstimos de atletas
3.1.4. Outras receitas
3.1.4.1. Ajudas de custo
3.1.4.2. Loteria esportiva

3.2. Receitas de atividades sociais e lazer


3.2.1. Mensalidades de sócios
3.2.2. Bingos
3.2.3. Eventos e promoções
3.2.4. Escolinha de futebol
3.2.5. Natação e hidroginástica
3.2.6. Saunas e piscinas
3.2.4. Recuperação de despesas
3.3. Receitas patrimoniais
3.3.1. Aluguéis de espaços para eventos
3.3.2. Aluguéis de quadras esportivas e campos de futebol
3.3.3. Participações em eventos

3.4. Outras receitas


3.4.1. Exploração da marca do clube
3.4.2. Patrocínios
3.4.3. Subvenções e doações
3.4.4. Recuperação de despesas

3.5. Receitas extraordinárias


3.5.1. Vendas de bens patrimoniais
3.5.2. Negociação de atletas

4. CUSTOS E DESPESAS

4.1. Custos
4.1.1. Aluguéis de passe de atletas
4.1.2. Torcidas organizadas
4.1.3. Aluguéis de estádios
4.1.4. Arbitragens e autoridades
4.1.5. Exames antidoping
4.1.6. Taxas federações e confederações
4.1.7. Transportes
4.1.8. Premiações
4.1.9. Promoções e eventos

4.2. Despesas de Pessoal


4.2.1. Honorários de Diretores
4.2.2. Ordenados e Salários
4.2.3. Prêmios e Gratificações
4.2.4. Férias
4.2.5. 13º Salário
4.2.6. INSS
4.2.7. FGTS
4.2.8. Assistência Médica
4.2.9. Viagens e Representações
4.2.10. Transporte de Empregados
4.2.11. Programa de Alimentação do Trabalhador
4.2.12. (-)Recuperações

4.3. Despesas administrativas


4.3.1. Combustíveis
4.3.2. Manutenção de Veículos
4.3.3. Propaganda e Publicidade
4.3.4. Brindes
4.3.5. Depreciações e Amortizações
4.3.6. Aluguéis
4.3.7. Despesas Legais e Judiciais
4.3.8. Serviços de Terceiros
4.3.9. Eventos e promoções

4.4. Materiais
4.4.1. Combustíveis e lubrificantes
4.4.2. Materiais de jardinagem
4.4.3. Materiais esportivos
4.4.4. Materiais de limpeza e higiene
4.4.5. Materiais médico e cirúrgicos
4.4.6. Materiais para piscinas e saunas
4.4.7. Materiais para vestiários
4.4.8. Peças e acessórios para manutenção
4.4.9. Uniformes
4.4.10. Utensílios de copa e cozinha
4.4.11. Material publicitário
4.4.12. Outros materiais

4.5. Serviços de terceiros


4.5.1. Serviços prestados por pessoa física
4.5.2. Serviços prestados por pessoa jurídica

4.6. Despesas Tributárias


4.6.1. IPTU
4.6.2. IPVA
4.6.3. Tributos e Contribuições
4.6.4. Multas Fiscais
4.6.5. Juros s/ Tributos e Contribuições

4.7. Despesas gerais


4.7.1. Luz
4.7.2. Água e Esgoto
4.7.3. Telefone
4.7.4. Seguros
4.7.5. Lanches e Refeições
4.7.6. Material de Escritório
4.7.7. Material de Higiene e Limpeza
4.7.8. Assinatura de Periódicos
4.7.9. Correios

4.8. Despesas Financeiras


4.8.1. Variações Monetárias Passivas
4.8.2. Juros Passivos

4.9. Custos e despesas extraordinárias


4.9.1. Custo de bens vendidos
4.9.2. Custo de atletas negociadosCapítulo 5

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