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Roma
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Roma

Comuna

Símbolos
Bandeira
Brasão de armas

Localização

Roma
Localização de Roma na Itália

Coordenadas 41° 54' N 12° 30' E

Região Lácio

Província Roma

Administração

Prefeito Virginia Raggi

Características geográficas
Área total 1 285 km²

População 2 872 800 hab.


total

Densidade 1 981 hab./km²

Altitude 37 m

Outros dados

Código ISTAT 058091

Código H501
cadastral

Código postal 00100 (genérico), da 00121 a 00199

Prefixo 06
telefônico

Padroeiro São Pedro e São Paulo

Feriado 21 de Abril (aniversário da cidade),


29 de Junho (festa dos padroeiros)

Sítio www.comune.roma.it
Roma (em italiano: Roma [ˈroːma] (
escutar (ajuda·info))) é uma cidade e uma comuna
especial (chamada "Roma Capitale") da Itália. É a
capital do país, da província homônima e também da
região do Lácio. Com 2,8 milhões de habitantes em
1 285,3 km² de área, também é a maior cidade italiana
e a quarta cidade mais populosa da União Europeia. A
área urbana de Roma se estende além dos limites
administrativos da cidade com uma população de
cerca de 3,8 milhões.[1] Entre 3,2 e 4,2 milhões de
pessoas vivem na área metropolitana da capital
italiana.[2][3][4][5][6] A cidade está localizada na porção
centro-ocidental da península itálica, cortada pelo rio
Tibre, dentro do Lácio. Roma é a única cidade no
mundo que tem em seu interior um país inteiro, o
enclave do Vaticano.
Roma é uma das cidades mais importantes da história
da humanidade, exercendo uma influência sem igual
no desenvolvimento da história e da cultura dos
europeus durante milênios e na construção da
Civilização Ocidental. Sua história abrange mais de
2500 anos, desde a sua fundação lendária em 753
a.C. Roma é uma das mais antigas cidades
continuamente ocupadas na Europa e é conhecida
como "A Cidade Eterna", uma ideia expressa por
poetas escritores da Roma Antiga. No mundo antigo,
foi sucessivamente a capital do Reino de Roma, da
República Romana e do Império Romano e é
considerada um dos berços da civilização ocidental.
Desde o século I, a cidade é a sede do papado e no
século VIII a cidade tornou-se a capital dos Estados
Pontifícios, que duraram até 1870. Em 1871, Roma se
tornou a capital do Reino da Itália e em 1946 da
República Italiana.
Após a Idade Média, Roma foi governada pelos papas
Alexandre VI e Leão X, que transformaram a cidade
em um dos principais centros do Renascimento
italiano, juntamente com Florença.[7] A versão atual da
Basílica de São Pedro foi construída e a Capela
Sistina foi pintada por Michelangelo. Artistas famosos
e arquitetos, como Bramante, Bernini e Rafael,
residiram por algum tempo em Roma, contribuindo
para a sua arquitetura renascentista e barroca.

Roma é considerada uma cidade global.[8][9][10] Em


2007, Roma foi a 11ª cidade mais visitada do mundo,
a terceira mais visitada da União Europeia e a atração
turística mais popular na Itália.[11] A cidade tem uma
das melhores "marcas" da Europa, tanto em
reputação quanto em patrimônio.[12] O seu centro
histórico é classificado pela UNESCO como
Patrimônio Mundial.[13] Monumentos e museus tais
como os Museus Vaticanos e o Coliseu estão entre os
destinos turísticos mais visitados do mundo, sendo
que ambos os locais recebem milhões de turistas por
ano. Roma também sediou os Jogos Olímpicos de
Verão de 1960.

Etimologia[editar | editar código-fonte]

De acordo com o mito fundador da cidade dos


próprios romanos antigos,[14] acredita-se que a longa
tradição da origem do nome "Roma" venha do
fundador e do primeiro rei da cidade, Rômulo.[15]
No entanto, é uma possibilidade que o nome Rômulo
tenha sido derivado da própria Roma. Já no século IV,
havia teorias alternativas propostas sobre a origem do
nome da cidade. Várias hipóteses foram lançadas
com foco em raízes linguísticas incertas:[16]
• De Rumon ou Rumen, nome arcaico do rio Tibre, que
por sua vez tem a mesma raiz do verbo grego ῥέω
(rhèo) e do verbo latino ruo, que significam "fluxo";[17]
• Da palavra etrusca ruma, cuja raiz é *rum-"tetina",
com possível referência à loba que adotou e
amamentou os gêmeos Rômulo e Remo, ou à forma
dos montes Palatino e Aventino;
• Da palavra grega ῥώμη (rhōmē), que significa
"força";[18]
• Na Bíblia (em Gênesis) o irmão de Abraão, Nacor,
tinha uma concubina chamada Roma.
A origem do nome da divindade protetora de Roma é
desconhecida. Provavelmente com a finalidade dos
romanos se protegerem contra a formula que
utilizavam antes de atacar as cidades inimigas;
invocando o nome dessa divindade em seu benefício.
Segundo os textos antigos o nome místico de Roma,
Amor[19] não podia ser reproduzido publicamente.

História[editar | editar código-fonte]

Fundação[editar | editar código-fonte]

Há evidências arqueológicas da ocupação humana da


área de Roma há aproximadamente 14 000 anos, mas
a camada densa de detritos muito mais jovens
obscurece os sítios paleolíticos e neolíticos.[20]
Evidências de ferramentas de pedra, cerâmica e
armas de pedra atestam cerca de 10 000 anos de
presença humana. Várias escavações apoiam a visão
de que Roma cresceu a partir de assentamentos
pastorais no monte Palatino, construído acima da área
que viria a se tornar o Fórum Romano. Entre o final da
era do bronze e o início da era do ferro, cada colina
entre o mar e o Capitólio era coberta por uma vila (no
Capitólio, uma aldeia é atestada desde o final do
século XIV a.C.).[21] No entanto, nenhuma delas ainda
tinha uma característica urbana.[21]
Atualmente, existe um amplo consenso de que a
cidade nasceu gradualmente através da agregação
("sinecismo") de várias aldeias ao redor do maior,
localizadas acima do Palatino.[21] Esta agregação,
que sinaliza a passagem de uma situação proto-
urbana para uma situação urbana, foi permitida pelo
aumento da produtividade agrícola acima do nível de
subsistência, o que permitiu o estabelecimento de
atividades secundárias e terciárias: por sua vez, isso
impulsionou o desenvolvimento do comércio com a
colônias gregas do sul da Itália (principalmente Ísquia
e Cumas).[21] Todos esses acontecimentos, que de
acordo com as escavações arqueológicas ocorreram
mais ou menos em meados do século VIII a.C.,
podem ser considerados como o "nascimento" da
cidade.[21] Apesar das recentes escavações na colina
do Palatino, a visão de que Roma foi fundada
propositalmente em meados do século VIII a.C., como
a lenda sugere (a data da tradição de Rômulo),
continua a ser uma hipótese marginal.[22]

Lenda da fundação de Roma[editar | editar código-


fonte]

As histórias tradicionais transmitidas pelos próprios


antigos romanos explicam a história mais antiga de
sua cidade em termos de lendas e mitos. O mais
familiar desses mitos, e talvez o mais famoso de todos
os mitos romanos, é a história de Rômulo e Remo, os
gêmeos que foram amamentados por uma loba.[14]
Eles decidiram construir uma cidade, mas depois de
uma discussão, Rômulo matou seu irmão e a cidade
tomou seu nome. De acordo com os análogos
romanos, isso aconteceu em 21 de abril de 753
a.C..[23] Esta lenda tinha que ser reconciliada com
uma tradição dupla, estabelecida anteriormente, que o
refugiado de Troia, Eneias, escapou para a Itália e
criou a linhagem dos romanos através de seu filho
Iulo, o homônimo da dinastia júlio-claudiana.[24]

Monarquia e república[editar | editar código-fonte]

O Fórum Romano foi durante a maior parte do período


da Roma Antiga representaram o centro político,
jurídico, religioso e econômico da cidade e o centro
nevrálgico de toda a civilização romana.[25]

Após a lendária fundação por Rômulo,[26] Roma foi


governada por um período de 244 anos por um
sistema monárquico, inicialmente com soberanos de
origem latina e sabina, mais tarde por reis etruscos. A
tradição transmitiu sete reis: Rômulo, Numa
Pompilius, Tullus Hostilius, Ancus Marcius, Tarquinius
Priscus, Servius Tullius e Tarquínio, o Soberbo.[26]
Em 509 aC, os romanos expulsaram o último rei de
sua cidade e estabeleceram uma república
oligárquica. Roma então começou um período
caracterizado por lutas internas entre patrícios
(aristocratas) e plebeus (pequenos proprietários de
terras), e por constantes guerras contra as populações
da Itália central: etruscos, latinos, volscos, équos e
marsos.[27] Depois de se tornar mestre do Lácio,
Roma liderou várias guerras (contra os gauleses, osci-
samnitas e a colônia grega de Taranto, aliada de Pirro,
rei de Epiro) cujo resultado foi a conquista da
península italiana, da área central até Magna
Grécia.[28]
O terceiro e século II a.C. testemunharam o
estabelecimento da hegemonia romana sobre o
Mediterrâneo e os Bálcãs, por meio das três Guerras
Púnicas (264-146 a.C.) contra a cidade de Cartago e
as três guerras romano-macedônicas (212-168 a.C.)
contra a Macedônia.[29] As primeiras províncias
romanas foram estabelecidas nesta época: Sicília,
Córsega e Sardenha, Hispânia, Macedônia, Acaia e
África.[30]

Desde o início do século II a.C., o poder era disputado


entre dois grupos de aristocratas: os optimates,
representando a parte conservadora do Senado, e os
populares, que contavam com a ajuda da plebe
(classe baixa urbana) para conquistar o poder. No
mesmo período, a falência dos pequenos fazendeiros
e o estabelecimento de grandes propriedades
escravistas causaram a migração em grande escala
para a cidade. A guerra contínua levou ao
estabelecimento de um exército profissional, que se
revelou mais leal aos generais do que à república. Por
isso, na segunda metade do século II e durante o
século I a.C. ocorreram conflitos internos e externos:
após a tentativa fracassada de reforma social dos
populares Tibério e Caio Graco,[31] e a guerra contra
Jugurta,[31] houve uma primeira guerra civil entre Caio
Mário e Sula.[31] Seguiu-se uma grande revolta de
escravos sob a liderança de Espártaco[32][32] e, em
seguida, o estabelecimento do Primeiro Triunvirato
com César, Pompeu e Crasso.[32]
A conquista da Gália tornou César imensamente
poderoso e popular, o que levou a uma segunda
guerra civil contra o Senado e Pompeu. Após sua
vitória, César se estabeleceu como ditador
perpétuo.[32] Seu assassinato levou a um Segundo
Triunvirato entre Otaviano (sobrinho-neto e herdeiro
de César), Marco Antônio e Lépido, e a outra guerra
civil entre Otaviano e Antônio.[33]

Império[editar | editar código-fonte]

O Império Romano em sua maior extensão no ano


117, aproximadamente 6,5 milhões de quilômetros
quadrados [40] de superfície terrestre.
Em 27 a.C., Otaviano tornou-se princeps civitatis
(Primeiro Cidadão do Estado) e recebeu o título de
Augusto, fundando o principado, um diarquia entre o
príncipe e o Senado.[33] Durante o reinado de Nero,
dois terços da cidade foram arruinados após o Grande
Incêndio de Roma e a perseguição aos cristãos
começou.[34][35][36] Roma foi estabelecida como um
império de facto, que alcançou sua maior expansão no
século II sob o imperador Trajano. Roma foi
confirmada como caput Mundi, ou seja, a capital do
mundo conhecido, expressão que já havia sido usada
no período republicano. Durante seus primeiros dois
séculos, o império foi governado por imperadores das
dinastias júlio-claudiana,[37] flaviana (que também
construiu um anfiteatro homônimo, conhecido como o
Coliseu)[37] e nerva-antonina.[38]
Esta época também foi caracterizada pela
disseminação do cristianismo, pregado por Jesus
Cristo na Judeia na primeira metade do século I (sob
Tibério) e popularizada por seus apóstolos através do
império e além.[39] A era antonina é considerada o
apogeu do Império, cujo território ia do Oceano
Atlântico ao Eufrates e da Grã-Bretanha ao Egito.[38]
Após o fim da Dinastia Severa em 235, o Império
entrou em um período de 50 anos conhecido como a
Crise do Terceiro Século, durante o qual ocorreram
numerosos golpes de generais, que buscaram
assegurar a região do império que lhes foi confiada
devido à fraqueza da autoridade central em Roma.
Após a abdicação de Diocleciano e Maximiano em
305 e uma série de guerras civis entre pretendentes
rivais ao poder imperial, durante os anos 306-313, a
Tetrarquia foi abandonada.[40]
Constantino, o Grande, empreendeu uma grande
reforma da burocracia, não mudando a estrutura, mas
racionalizando as competências dos diversos
ministérios durante os anos 325-330, após derrotar
Licínio, imperador no Oriente, no final de 324. O Édito
de Milão de 313, na verdade um fragmento de uma
carta de Licínio aos governadores das províncias
orientais, concedeu liberdade de culto a todos,
incluindo os cristãos, e ordenou a restauração das
propriedades da Igreja confiscadas mediante petição
aos vigários recém-criados de dioceses. Ele financiou
a construção de várias igrejas e permitiu que o clero
atuasse como árbitro em processos civis (uma medida
que não durou além de seu reinado, mas que foi
parcialmente restaurada muito mais tarde). Ele
transformou a cidade de Bizâncio em sua nova
residência, que, no entanto, não era oficialmente nada
mais do que uma residência imperial como Milão, Trier
ou Nicomédia, até que foi dada a um prefeito em maio
de 359 por Constâncio II; Constantinopla.[41]

Queda do Império Romano[editar | editar código-


fonte]

O cristianismo na forma do Credo Niceno se tornou a


religião oficial do império em 380, por meio do Édito
de Tessalônica emitido em nome de três imperadores
- Graciano, Valentiniano II e Teodósio I - com Teodósio
claramente a força motriz por trás dele. Ele foi o último
imperador de um império unificado: após sua morte
em 395, seus filhos, Arcádio e Honório dividiram o
império em uma parte ocidental e uma parte oriental.
A sede do governo no Império Romano Ocidental foi
transferida para Ravena após o Cerco de Milão em
402. Durante o século V, os imperadores da década
de 430 residiam principalmente na capital, Roma.[41]
Roma, que havia perdido seu papel central na
administração do império, foi saqueada em 410 pelos
visigodos liderados por Alarico I,[42] mas muito poucos
danos físicos foram causados, a maioria dos quais
reparados. O que não podia ser substituído tão
facilmente eram itens portáteis, como obras de arte
em metais preciosos e itens de uso doméstico. Os
papas embelezaram a cidade com grandes basílicas,
como a Basílica de Santa Maria Maior (com a
colaboração dos imperadores). A população da cidade
havia caído de 800 mil para para cerca de 500 mil na
época em que a cidade foi saqueada em 455 por
Genserico, rei dos vândalos.[43]
Os fracos imperadores do século V não conseguiram
impedir a decadência, levando à deposição de
Rômulo Augusto em 22 de agosto de 476, que marcou
o fim do Império Romano Ocidental e, para muitos
historiadores, o início da Idade Média.[41] O declínio
da população da cidade foi causado pela perda de
embarques de grãos do Norte da África, de 440 em
diante, e pela relutância da classe senatorial em
manter doações para sustentar uma população
grande demais para os recursos disponíveis. Mesmo
assim, grandes esforços foram feitos para manter o
centro monumental, o palatino e as maiores termas
públicas, que continuaram a funcionar até o cerco
godo de 537. As grandes Termas de Constantino no
Quirinal foram até reparados em 443 e a extensão do
dano foi exagerada e dramatizada.[44]
No entanto, a cidade passou a ter uma aparência
geral de degradação e decadência por causa das
grandes áreas abandonadas devido ao declínio
populacional. A população diminuiu para 500 mil em
452 e para 100 mil no ano 500 (talvez mais, embora
nenhum número possa ser comprovado). Após o
cerco gótico de 537, a população caiu para 30 mil
pessoas, mas aumentou para 90 mil no papado de
Gregório, o Grande.[45] O declínio demográfico
coincidiu com o colapso geral da vida urbana no
Ocidente nos séculos V e VI, com poucas exceções.
As distribuições de grãos subsidiadas pelo Estado
para os membros mais pobres da sociedade
continuaram até o século VI e provavelmente
impediram que a população caísse ainda mais.[46] A
cifra de 450–500 mil é baseada na quantidade de
carne de porco, 3.629.000 libras distribuído aos
romanos mais pobres durante cinco meses de
inverno, a uma taxa de cinco libras romanas por
pessoa por mês, o suficiente para 145 mil pessoas ou
1/4 ou 1/3 da população total.[47]

Idade Média[editar | editar código-fonte]

O bispo de Roma, chamado Papa, foi importante


desde os primeiros dias do cristianismo por causa do
martírio dos apóstolos Pedro e Paulo ali. Os bispos de
Roma também eram vistos (e ainda são vistos pelos
católicos) como os sucessores de Pedro, que é
considerado o primeiro bispo de Roma. A cidade
tornou-se assim cada vez mais importante como
centro da Igreja Católica. Após a queda do Império
Romano do Ocidente em 476, Roma ficou primeiro
sob o controle de Odoacro e depois tornou-se parte do
Reino Ostrogótico antes de retornar ao controle
romano oriental após a Guerra Gótica, que devastou a
cidade em 546 e 550. Sua população diminuiu de
mais de um milhão em 210, para 500 mil em 273[48] e
35 mil após a Guerra Gótica (535-554),[49] reduzindo a
extensa cidade a grupos de edifícios habitados
intercalados entre grandes áreas em ruínas, cobertas
por vegetação, vinhas e hortas comerciais.[50] É
geralmente considerado que a população da cidade
até o ano 300 era de 1 milhão (as estimativas variam
de 2 milhões a 750 mil) diminuindo para 800 mil em
400, 500 mil em 450 e para 100 mil no ano 500
(embora pode ter sido o dobro disso).[51]
Após a invasão lombarda da Itália, a cidade
permaneceu nominalmente bizantina, mas na
realidade, os papas seguiram uma política de
equilíbrio entre os bizantinos, os francos e os
lombardos.[52] Em 729, o rei lombardo Liuprando doou
a cidade de Sutri ao norte do Lácio para a Igreja, o
que deu início ao seu poder secular.[52] Em 756,
Pepino, o Breve, após ter derrotado os lombardos,
deu ao Papa jurisdição secular sobre o Ducado
Romano e o Exarcado de Ravena, criando assim os
Estados Papais.[52] Desde esse período, três poderes
tentaram governar a cidade: o papa, a nobreza (junto
com os chefes das milícias, os juízes, o Senado e a
população) e o rei franco.[52] Esses três partidos
(teocrático, republicano e imperial) foram uma
característica da vida romana durante toda a Idade
Média.[52] Na noite de Natal de 800, Carlos Magno foi
coroado em Roma imperador do Sacro Império
Romano-Germânico pelo Papa Leão III: nessa
ocasião, a cidade acolheu pela primeira vez as duas
potências cuja luta pelo controle seria uma constante
medieval.[52]

Em 846, árabes muçulmanos invadiram sem sucesso


as muralhas da cidade, mas conseguiram saquear as
basílicas de São Pedro e São Paulo, ambas fora das
muralhas da cidade.[53] Após a decadência do poder
carolíngio, Roma foi vítima do caos feudal: várias
famílias nobres lutavam contra o papa, o imperador e
entre si. Esses foram os tempos de Teodora e sua
filha Marózia, concubinas e mães de vários papas, e
de Crescêncio II, um poderoso senhor feudal, que
lutou contra os imperadores Otão II e Otão III.[54] Os
escândalos desse período forçaram o papado a se
reformar: a eleição do papa foi reservada aos cardeais
e tentou-se a reforma do clero. A força motriz por trás
dessa renovação foi o monge Hildebrando Soana, que
uma vez eleito papa sob o nome de Gregório VII,
envolveu-se na Controvérsia da Investidura contra o
imperador Henrique IV.[54] Posteriormente, Roma foi
saqueada e incendiada pelos normandos sob o
comando de Roberto de Altavila, que havia entrado na
cidade em apoio ao Papa e então o sitiou no Castelo
de Santo Ângelo.[54]
Durante este período, a cidade era governada de
forma autônoma por um senatore ou patrizio. No
século XII, esta administração, como outras cidades
europeias, evoluiu para a comuna, uma nova forma de
organização social controlada pelas novas classes
abastadas.[54] O Papa Lúcio II lutou contra a Comuna
Romana e a luta foi continuada por seu sucessor, o
Papa Eugênio III: nesta fase, a comuna, aliada à
aristocracia, era apoiada por Arnaldo de Bréscia, um
monge que era um reformador religioso e social.[55]
Após a morte do papa, Arnaldo foi feito prisioneiro
pelo Papa Adriano IV, o que marcou o fim da
autonomia da comuna.[55] Sob o Papa Inocêncio III,
cujo reinado marcou o apogeu do papado, a comuna
dissolveu o senado e o substituiu por um senador, que
estava sujeito ao papa.[55]

Neste período, o papado desempenhou um papel de


importância secular na Europa Ocidental, muitas
vezes agindo como árbitro entre monarcas cristãos e
exercendo poderes políticos adicionais.[56][57]
Em 1266, Carlos de Anjou, que estava indo para o sul
para lutar contra os Hohenstaufen em nome do papa,
foi nomeado senador. Carlos fundou a Sapienza, a
universidade de Roma.[55] Nesse período morreu o
papa e os cardeais, convocados em Viterbo, não
chegaram a um acordo sobre seu sucessor. Isso
enfureceu o povo da cidade, que então destrancou o
prédio onde se encontraram e os prenderam até que
nomearam o novo papa; isso marcou o nascimento do
conclave.[55] Neste período, a cidade também foi
destruída por contínuas lutas entre as famílias
aristocráticas: Annibaldi, Caetani, Colonna, Orsini,
Conti, aninhados em suas fortalezas construídas
acima de edifícios romanos antigos, lutaram entre si
para controlar o papado.[55]
O Papa Bonifácio VIII, nascido Caetani, foi o último
papa a lutar pelo domínio universal da Igreja; ele
proclamou uma cruzada contra a família Colonna e,
em 1300, convocou o primeiro Jubileu, que trouxe
milhões de peregrinos a Roma.[55] No entanto, suas
esperanças foram destruídas pelo rei francês Filipe, o
Belo, que o fez prisioneiro e o matou em Anagni.[55]
Posteriormente, um novo papa fiel aos franceses foi
eleito e o papado foi brevemente transferido para
Avinhão (1309-1377).[58] Durante este período, Roma
foi abandonada, até que um homem plebeu, Cola di
Rienzo, chegou ao poder.[58] Idealista e amante da
Roma antiga, Cola sonhava com o renascimento do
Império Romano: depois de assumir o poder com o
título de tribuno, suas reformas foram rejeitadas pela
população.[58] Forçado a fugir, Cola voltou como parte
da comitiva do cardeal Albornoz, que foi encarregado
de restaurar o poder da Igreja na Itália.[58] De volta ao
poder por um curto período, Cola foi logo linchado
pela população e Albornoz tomou posse da cidade.
Em 1377, Roma tornou-se a sede do papado
novamente sob o Papa Gregório XI.[58] O retorno do
papa a Roma naquele ano desencadeou o Cisma
Ocidental (1377-1418) e, nos quarenta anos
seguintes, a cidade foi afetada pelas divisões que
abalaram a Igreja.[58]

Renascença[editar | editar código-fonte]


Em 1418, o Concílio de Constança estabeleceu o
Cisma Ocidental, e um papa romano, Martinho V, foi
eleito.[58] Isso trouxe para Roma um século de paz
interna, que marcou o início do Renascimento. [61] Os
papas governantes até a primeira metade do século
XVI, de Nicolau V, fundador da Biblioteca do Vaticano,
a Pio II, humanista e letrado, de Sisto IV, um papa
guerreiro, a Alexandre VI, imoral e nepotista, de Júlio
II, soldado e patrono, a Leão X, que deu seu nome a
este período ("o século de Leão X"), todos devotaram
suas energias à grandeza e à beleza da "Cidade
Eterna" e ao patrocínio das artes..[58]
Durante esses anos, o centro do Renascimento
italiano mudou-se de Florença para Roma. Obras
majestosas, como a nova Basílica de São Pedro, a
Capela Sistina e a Ponte Sisto (a primeira ponte a ser
construída sobre o rio Tibre desde a Antiguidade,
embora sobre fundações romanas) foram criadas.
Para isso, os Papas contrataram os melhores artistas
da época, incluindo Michelangelo, Perugino, Rafael,
Ghirlandaio, Luca Signorelli, Botticelli e Cosimo
Rosselli.
O período também foi famoso pela corrupção papal,
com muitos papas sendo pais de filhos e praticando
nepotismo e simonia. A corrupção dos papas e os
enormes gastos com seus projetos de construção
levaram, em parte, à Reforma e, por sua vez, à
Contrarreforma. Sob papas extravagantes e ricos,
Roma foi transformada em um centro de arte, poesia,
música, literatura, educação e cultura. Roma tornou-
se capaz de competir com outras grandes cidades
europeias da época em termos de riqueza,
grandiosidade, artes, aprendizado e arquitetura. Roma
atingiu o ponto mais alto de esplendor sob o Papa
Júlio II (1503–1513) e seus sucessores Leão X e
Clemente VII, ambos membros da família Médici.

Castelo de Santo Ângelo ou Mausoléu de Adriano, é


um monumento romano radicalmente alterado na
Idade Média e no Renascimento. Foi construído no
ano 134 e coroado com estátuas dos séculos XVI e
XVII.

Neste período de vinte anos, Roma se tornou um dos


maiores centros de arte do mundo. A Antiga Basílica
de São Pedro construída pelo imperador Constantino,
o Grande[59] (que na época estava em um estado
degradado) foi demolida e uma nova foi construída. A
cidade recebeu artistas como Ghirlandaio, Perugino,
Botticelli e Bramante, que construíram o templo de
San Pietro in Montorio e planejaram um grande
projeto de reforma do Vaticano. Rafael, que em Roma
se tornou um dos pintores mais famosos da Itália,
criou afrescos na Villa Farnesina, nas Salas de Rafael,
além de muitas outras pinturas famosas. Michelangelo
iniciou a decoração do teto da Capela Sistina e
executou a famosa estátua de Moisés para o túmulo
de Júlio II.
Sua economia era rica, com a presença de vários
banqueiros toscanos, entre eles Agostino Chigi, que
era amigo de Rafael e patrono das artes. Antes de sua
morte precoce, Rafael também promoveu pela
primeira vez a preservação das antigas ruínas. A
Guerra da Liga de Cognac causou o primeiro saque
da cidade em mais de quinhentos anos desde o saque
anterior; em 1527, os lansquenetes do imperador
Carlos V saquearam a cidade, trazendo um fim
abrupto à era de ouro do Renascimento em Roma.[58]
Começando com o Concílio de Trento em 1545, a
Igreja deu início à Contrarreforma em resposta à
Reforma Protestante, um questionamento em grande
escala da autoridade da Igreja em assuntos espirituais
e governamentais. Essa perda de confiança levou a
grandes mudanças de poder na Igreja.[58] Sob os
papas de Pio IV a Sisto V, Roma se tornou o centro de
um catolicismo reformado e viu a construção de novos
monumentos que celebravam o papado.[60] Os papas
e cardeais do século XVII e início do século XVIII
continuaram o movimento, enriquecendo a paisagem
da cidade com edifícios barrocos.[60]
Esta foi outra era nepotista; as novas famílias
aristocráticas (Barberini, Pamphili, Chigi, Rospigliosi,
Altieri, Odescalchi) foram protegidas por seus
respectivos papas, que construíram enormes edifícios
barrocos para seus parentes.[60] Durante o
Iluminismo, novas ideias chegaram à "Cidade Eterna",
onde o papado apoiou estudos arqueológicos e
melhorou o bem-estar do povo.[58] Mas nem tudo
correu bem para a Igreja durante a Contrarreforma.
Houve retrocessos nas tentativas de afirmar o poder
da Igreja, um exemplo notável foi em 1773, quando o
Papa Clemente XIV foi forçado por poderes seculares
a suprimir a ordem dos jesuítas.[58]

Período contemporâneo[editar | editar código-fonte]

O governo dos papas foi interrompido pela breve


República Romana (1798-1800), que foi estabelecida
sob a influência da Revolução Francesa. Os Estados
Papais foram restaurados em junho de 1800, mas
durante o reinado de Napoleão, Roma foi anexada ao
Primeiro Império Francês. Após a queda de Napoleão,
os Estados Papais foram reconstituídos por uma
decisão do Congresso de Viena de 1814.
Em 1849, uma segunda República Romana foi
proclamada durante as Revoluções de 1848. Duas
das figuras mais influentes da Unificação Italiana,
Giuseppe Mazzini e Giuseppe Garibaldi, lutaram pela
república de curta duração.
Roma então se tornou o foco das esperanças da
reunificação italiana depois que o resto da Itália foi
unida como Reino da Itália em 1861 com a capital
temporária em Florença. Naquele ano, Roma foi
declarada capital da Itália, embora ainda estivesse
sob o controle do Papa. Durante a década de 1860, os
últimos vestígios dos Estados Pontifícios estavam sob
a proteção francesa, graças à política externa de
Napoleão II. As tropas francesas estavam
estacionadas na região sob controle papal. Em 1870
as tropas francesas foram retiradas devido ao início
da Guerra Franco-Prussiana. As tropas italianas
conseguiram capturar Roma entrando na cidade por
uma brecha perto de Porta Pia. O Papa Pio IX
declarou-se prisioneiro no Vaticano. Em 1871, a
capital da Itália foi transferida de Florença para
Roma.[61] Em 1870 a população da cidade era de 212
mil habitantes, todos viviam com a área circunscrita
pela cidade antiga e, em 1920, a população era de
660 mil. Uma parte significativa vivia fora das
muralhas no norte e do outro lado do Tibre, na área do
Vaticano.

Logo após a Primeira Guerra Mundial, no final de


1922, Roma testemunhou o surgimento do fascismo
italiano liderado por Benito Mussolini, que promoveu
uma marcha sobre a cidade. Ele acabou com a
democracia em 1926, finalmente declarando um novo
Império Italiano e aliando a Itália à Alemanha Nazista
em 1938. Mussolini demoliu partes bastante grandes
do centro da cidade para construir largas avenidas e
praças que deveriam celebrar o regime fascista e o
ressurgimento e glorificação da Roma clássica.[62]
O período entre guerras viu um rápido crescimento da
população da cidade, que ultrapassou um milhão de
habitantes logo após 1930. Durante a Segunda
Guerra Mundial, devido aos tesouros de arte e à
presença do Vaticano, Roma escapou em grande
parte do trágico destino de outras cidades europeias.
No entanto, em 19 de julho de 1943, o distrito de San
Lorenzo foi bombardeado por forças anglo-
estadunidenses, resultando em cerca de 3 mil mortes
imediatas e 11 mil feridos, dos quais 1 500 morreram.
Mussolini foi preso em 25 de julho de 1943. Na data
do Armistício de Cassibile, 8 de setembro de 1943, a
cidade foi ocupada pelos alemães. O Papa declarou
Roma uma cidade aberta. Ela foi libertada em 4 de
junho de 1944.[63][64]
Roma se desenvolveu muito após a guerra como
parte do "milagre econômico italiano" da reconstrução
e modernização do pós-guerra nos anos 1950 e início
dos 1960. Durante este período, os anos de la dolce
vita ("a doce vida"), Roma se tornou uma capital da
moda, com filmes clássicos populares como Ben-Hur,
Quo Vadis, Roman Holiday e La Dolce Vita filmados
nos icônicos estúdios Cinecittà. A tendência de
aumento no crescimento populacional continuou até
meados da década de 1980, quando a comuna tinha
mais de 2,8 milhões de residentes. Depois disso, a
população diminuiu lentamente à medida que as
pessoas começaram a se mudar para os subúrbios
próximos.

Geografia[editar | editar código-fonte]

Topografia e localização[editar | editar código-fonte]

O núcleo do sistema urbano desenvolve-se ao longo


do rio Tibre, em pequenos relevos no meio dos quais
se encontra a ilha Tiberina. Tanto à esquerda como à
direita do rio encontram-se relevos de pouca
expressão, restos do antigo aparelho vulcânico
designado de Vulcão Lacial, como os montes
Tiburtinos e os montes Prenestrinos.
Em termos de altitude, a zona varia entre os 13 m ao
nível médio do mar da Praça do Povo e os 120 m do
Monte Mário.[65] Roma é atravessada ainda por outro
rio, o Aniene, que conflui no Tibre ainda em território
urbano. As margens do Aniene estão protegidas sob
estatuto de parque natural.
A comuna de Roma tem limites com as comunas de
Albano Laziale, Anguillara Sabazia, Ardea,
Campagnano di Roma, Castel Gandolfo, Castel San
Pietro Romano, Ciampino, Colonna, Fiumicino, Fonte
Nuova, Formello, Frascati, Gallicano nel Lazio,
Grottaferrata, Guidonia Montecelio, Marino, Mentana,
Monte Porzio Catone, Monte Compatri, Monterotondo,
Palestrina, Poli, Pomezia, Riano, Sacrofano, San
Gregorio da Sassola, Tivoli, Trevignano Romano,
Zagarolo.

Clima[editar | editar código-fonte]

Roma após uma nevasca em fevereiro de 2018


Roma é caracterizada por seu clima mediterrânico
(Classificação climática de Köppen: Csa), com
invernos suaves e úmidos e verões quentes e secos.
Sua temperatura média anual está em cerca de 20 °C
durante o dia e 10 °C durante a noite. Em janeiro, o
mês mais frio, a temperatura média é de 12 °C
durante o dia e de 3 °C à noite. Nos meses mais
quentes, julho e agosto, a temperatura média é de
30 °C durante o dia e 18 °C à noite.[66] A temperatura
média anual é de cerca de 15 °C.
Dezembro, janeiro e fevereiro são os meses mais
frios, com temperaturas médias em torno de 12,5 °C
durante o dia e de 3,6 °C à noite. As temperaturas
variam geralmente entre 10 e 15 °C durante o dia e
entre 3 e 5 °C à noite, mas com períodos mais frios ou
mais quentes que ocorrem com frequência. A queda
de neve é ocasional - ocorre em quase todos os
invernos, geralmente sem acumulação. Grandes
nevascas são raras, sendo a última registrada em
2012.[67]
A umidade relativa média é de 75%, variando de 72%
em julho para 77% em novembro. As temperaturas do
mar variam de um mínimo de 13 °C em fevereiro e
março para uma alta de 24 °C, em agosto.[67]
Demografia[editar | editar código-fonte]

Variação demográfica do município entre 1861 e


2011[68]

Fonte: Istituto Nazionale di Statistica (ISTAT) -


Elaboração gráfica da Wikipedia

Em meados de 2010, havia 2 754 440 moradores na


cidade propriamente dita, enquanto que cerca de 4,2
milhões de pessoas viviam na Grande Roma (que
pode ser aproximadamente identificada com sua
província administrativa, com uma densidade
populacional de cerca de 800 hab/km², que se
estende por mais de 5 000 km²). Os menores (jovens
com abaixo dos 18 anos de idade) totalizaram 17% da
população em relação aos aposentados, que
representam 20,76% dos habitantes da cidade. Isso
se compara com a média italiana de 18,06% (menores
de idade) e 19,94% (aposentados).[68]
A idade média de um residente romano é de 43 anos,
em comparação com a média italiana de 42. Nos
cinco anos entre 2002 e 2007, a população de Roma
cresceu 6,54%, enquanto a da Itália como um todo
cresceu 3,56%. A taxa de natalidade atual de Roma é
de 9,10 nascimentos por 1 000 habitantes, em
comparação com a média italiana de 9,45
nascimentos.[68][69]

Histórico[editar | editar código-fonte]

Na época do imperador Augusto, Roma era a maior


cidade do mundo: com uma população de cerca de
um milhão de pessoas (aproximadamente do tamanho
de Londres no início do século XIX, quando Londres
era a maior cidade do mundo).[70][71][72]
Após a queda do Império Romano do Ocidente, a
população da cidade caiu drasticamente para menos
de 50 mil pessoas e continuou a estagnar ou encolher
até o Renascimento.[73]
Quando o Reino da Itália, anexou Roma em 1870, a
cidade tinha uma população de cerca de 200 mil
habitantes, que aumentou rapidamente para 600 mil
pessoas às vésperas da Primeira Guerra Mundial. O
regime fascista de Mussolini tentou bloquear um
aumento demográfico excessivo da cidade, mas não
conseguiu evitar que ela atingisse um milhão de
pessoas por 1930. Após a Segunda Guerra Mundial, o
crescimento continuou, ajudado por um boom
econômico do pós-guerra. O bom desempenho da
construção civil também criou um grande número de
bairros durante os anos 1950 e 1960.[74]

Composição étnica[editar | editar código-fonte]

De acordo com as últimas estatísticas realizadas pelo


ISTAT, Cerca de 9,5% da população romana é
composta por não italianos. Cerca de metade da
população imigrante é constituída por pessoas de
várias outras origens europeias (principalmente
romenos, poloneses, ucranianos e albaneses),
totalizando 131 118 habitantes, ou 4,7% da
população. Os 4,8% restantes são imigrantes não
europeus, principalmente filipinos (26 933),
bangladechianos (12 154), peruanos (10 530) e
chineses (10 283).[75]
O rione Esquilino, fora da Estação Ferroviária Termini,
evoluiu para um bairro em grande parte ocupado por
imigrantes e que agora é considerado a Chinatown de
Roma, mas na verdade imigrantes de mais de cem
países diferentes lotam suas ruas movimentadas e
praças. A agitada área comercial de Esquilino possui
dezenas de restaurantes com todos os tipos de
cozinha internacional. Existem inúmeras lojas de
roupas por atacado: dos 1 300 ou mais
estabelecimentos comerciais que operam no distrito,
800 são de propriedade chinesa, cerca de 300 são
geridos por imigrantes de outros países ao redor do
mundo e cerca de 200 são de propriedade de
italianos.[76]
Religião[editar | editar código-fonte]

Assim como o resto da Itália, a população da cidade


de Roma é predominantemente católica romana. A
capital italiana tem sido um importante centro de
peregrinação religiosa e, durante séculos, a base da
religião romana com o pontífice máximo (pontifex
maximus) e, mais tarde, como sede do Vaticano e do
papa. Antes da chegada dos cristãos em Roma, a
religião romana (religio romana) era a principal religião
da cidade na antiguidade clássica. Os primeiros
deuses consideradas sagrados pelos romanos foram
Júpiter, o mais importante, e Marte, o deus da guerra
e pai dos gêmeos fundadores de Roma, Rômulo e
Remo, segundo a tradição. Outros deuses e deusas,
como Vesta e Minerva eram homenageados. Roma
também era a base de vários cultos misteriosos, como
o mitraísmo.
Mais tarde, depois de São Pedro e São Paulo serem
martirizados na cidade e dos primeiros cristãos
começarem a chegar, Roma se tornou cristã e a
Antiga Basílica de São Pedro foi construída em 313
d.C.. Apesar de algumas interrupções (como o
Papado de Avinhão), Roma foi durante séculos a sede
da Igreja Católica Romana e do Bispo de Roma,
também conhecido como Papa.[77]

Apesar de Roma ser a casa do Vaticano e da Basílica


de São Pedro, a catedral da cidade é a Basílica de
São João de Latrão, localizada ao sudeste do centro.
Há cerca de 900 igrejas em Roma no total, além da
própria catedral e outras, como a Basílica de Santa
Maria Maior, a Basílica de São Paulo Extramuros, a
Basílica de São Clemente, a Basílica de San Carlo
alle Quattro Fontane e a Igreja de Jesus. Há também
as antigas catacumbas romanas, no subsolo da
cidade. Várias instituições de educação religiosa muito
importantes também estão em Roma, como a
Pontifícia Universidade Lateranense, o Pontifício
Instituto Bíblico, a Pontifícia Universidade Gregoriana
e o Pontifício Instituto Oriental.
Nos últimos anos, houve um crescimento significativo
na comunidade muçulmana de Roma, principalmente
devido à imigração de pessoas vindas de países do
Norte da África e do Oriente Médio para a cidade.
Como consequência deste aumento dos praticantes
locais da fé islâmica, a Comuna de Roma promoveu a
construção da maior mesquita da Europa, a Grande
Mesquita de Roma, projetado pelo arquiteto Paolo
Portoghesi e inaugurada em 21 de junho de 1995.
Desde o fim da República Romana, Roma é também o
centro de uma importante comunidade judaica, que já
foi sediada em Trastevere e mais tarde no Gueto
Romano. Lá também se encontra a maior sinagoga de
Roma, o Tempio Maggiore.[78]

Governo e política[editar | editar código-


fonte]

Roma constitui uma speciale comune, com o nome


"Roma Capitale" e é a maior em termos de área e de
população entre as 8 101 comunas da Itália. É
governada por um prefeito (sindaco), atualmente
Francesco Paolo Tronca e um conselho municipal . A
sede da comuna é o Palazzo Senatorio no Monte
Capitolino, a sede histórica do governo da cidade. A
administração local em Roma é comumente referido
como "Campidoglio", o nome italiano da colina.[79]
Roma é a principal cidade da província de mesmo
nome, que inclui a área metropolitana da cidade e se
estende ao norte até Civitavecchia. A Província de
Roma é o nona maior da Itália por área. Em seus
2 066 km², suas dimensões são comparáveis à região
da Ligúria. Além disso, a cidade também é a capital da
região do Lácio.
Roma é a capital nacional da Itália e é a sede do
governo italiano. As residências oficiais do Presidente
da República Italiana e do Primeiro-Ministro, as sedes
de ambas as casas do Parlamento Italiano e do
Tribunal Constitucional Italiano estão localizadas no
centro histórico da cidade. Os ministérios estão
espalhados por toda a cidade, como o Ministério das
Relações Exteriores, que está localizado no Palazzo
della Farnesina, perto do Estádio Olímpico.

Relações internacionais[editar | editar código-fonte]

Roma possui uma única cidade-irmã, e 17 cidades


parceiras.

Cidade-irmã

• Paris, França (em francês: Seule Paris est digne de


Rome; seule Rome est digne de Paris; em italiano:
Solo Parigi è degna di Roma; solo Roma è degna di
Parigi; trad. "Somente Paris é digna de Roma;
somente Roma é digna de Paris").[80]

Cidades parceiras

• Achacachi, Bolívia.
• Argel, Argélia
• Pequim, China
• Belgrado, Sérvia
• Brasília, Brasil
• Cairo, Egito
• Cincinnati, Estados Unidos
• Kiev, Ucrânia
• Londres, Reino Unido
• Marbella, Espanha
• Montreal, Canadá
• Nova Iorque, Estados Unidos
• Plovdiv, Bulgária
• Seul, Coreia do Sul
• Sydney, Austrália
• Tongeren, Bélgica
• Tóquio, Japão

Subdivisões[editar | editar código-fonte]

Município População Área Densidade Mapa


31 de km² por km²
dezembro
de 2015

Municipio I – Centro 186 802 19,91 9.382


Histórico

Municipio II – 167 736 19,60 8.567


Parioli/Nomentano
Município População Área Densidade Mapa
31 de km² por km²
dezembro
de 2015

Municipio III – Monte 204 514 97,82 2.091


Sacro

Municipio IV – 177.084 49,15 3.603


Tiburtina

Municipio V – 246 471 27,00 9.137


Prenestino/Centocelle

Municipio VI – Roma 256 261 113,40 2.261


Delle Torri

Municipio VII – Appio- 307 607 46,80 6.580


Latino/Tuscolano
/Cinecittà

Municipio VIII – Appia 131 082 47,29 2.772


Antica

Municipio IX – EUR 180 511 183,17 985

Municipio X – 230 544 150,64 1.530


Ostia/Acilia

Municipio XI – 154 871 70,90 2.185


Município População Área Densidade Mapa
31 de km² por km²
dezembro
de 2015

Arvalia/Portuense

Municipio XII – Monte 140 996 73,12 1.928


Verde

Municipio XIII – 133 813 68,70 1.949


Aurelia

Municipio XIV – 190 513 131,30 1.451


Monte Mario

Municipio XV – 158 561 186,70 849


Cassia/Flaminia

Economia[editar | editar código-fonte]


Sede da ENI, em Roma, uma das maiores empresas
industriais do mundo e entre as "supermajors" de
petróleo e gás.[81][82]

Por ser a capital italiana, Roma hospeda todas as


principais instituições do país, como a Presidência da
República, o governo (e seu único Ministeri), o
Parlamento, os principais tribunais judiciais e os
representantes diplomáticos de todos os países para
os Estados da Itália e do Vaticano (curiosamente,
Roma também abriga, na parte italiana do seu
território, a Embaixada da Itália para a Cidade do
Vaticano, um caso único de uma embaixada dentro
dos limites de seu próprio país). Muitas instituições
internacionais estão localizados em Roma,
principalmente as culturais e científicas, como o
Instituto Norte-Americano, a Escola Britânica, a
Academia Francesa, os Institutos Escandinavos, o
Instituto Arqueológico Alemão, além de agências
especializadas da Organização das Nações Unidas
(ONU), como a Organização das Nações Unidas para
Alimentação e Agricultura (FAO). Roma, também
abriga as principais organizações políticas e culturais
internacionais e mundiais, como o Fundo Internacional
de Desenvolvimento Agrícola (FIDA), o Programa
Alimentar Mundial (PAM) , o Colégio de Defesa da
Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e o
Centro Internacional para o Estudo da Preservação e
Restauração dos Bens Culturais (ICCROM). Roma é
atualmente uma cidade global beta + cidade (depois
que perdeu a classificação alfa em 2008), junto com
Berlim, Estocolmo, Atenas, Praga, Montreal e
Vancouver.[8] Com uma pontuação de 2,56, Roma
também foi classificada em 2010 no 28º lugar no
Índice de Cidades Globais (dois lugares superiores em
relação a sua posição de 2008), sendo a cidade mais
com a mais alta classificação na Itália (Milão vem em
segundo lugar, na 42ª posição).[10] Além disso, Roma
foi classificada como a 15ª cidade do mundo por
importância global, principalmente por sua experiência
cultural.[83]
Com um PIB de 94,3 bilhões de euros (ou 121,5
bilhões de dólares) em 2005,[84] a cidade produziu
6,7% do PIB italiano (mais do que qualquer outra
cidade no país) e sua taxa de desemprego baixou de
11,1% para 6,5% entre 2001 e 2005, tornando-se uma
das taxas mais baixas de todas as capitais da União
Europeia.[84] Roma cresce 4,4% ao ano e continua a
crescer a uma taxa mais elevada em comparação com
qualquer outra cidade no resto do país.[84] Isto
significa que se Roma fosse um país, seria a 52ª
nação mais rica do mundo pelo PIB, próximo ao
tamanho da economia do Egito. Roma também tinha
um PIB per capita em 2003 de 29 153 euros (ou 37
412 dólares, o segundo lugar na Itália, depois de
Milão) e é mais do que 134,1% superior a média de
PIB per capita da UE.[85] Roma, como um todo, tem
os maiores arrecadações totais na Itália , atingindo
47 076 890 463 euros em 2008,[86] no entanto, em
termos de rendimento médio dos trabalhadores, a
cidade está em nono lugar na Itália, com 24 509
euros.[86] A área de Roma tinha um PIB no valor de
167,8 bilhões dólares e um PIB per capita de 38 765
euros.[87]
Embora a economia romana seja caracterizada pela
ausência de indústria pesada e seja amplamente
dominada pelo setor de serviços, empresas de alta
tecnologia (como informática, aeroespacial, defesa,
telecomunicações), centros de pesquisa e
desenvolvimento, construção civil, atividades
comerciais (especialmente o setor bancário) e o
desenvolvimento de uma enorme indústria de turismo
são áreas muito dinâmicas e extremamente
importantes para a economia da cidade. O Aeroporto
Internacional de Roma, Fiumicino, é o maior da Itália e
a cidade abriga a sede da grande maioria das grandes
empresas italianas, bem como a sede de três das 100
maiores empresas do mundo: Enel, Eni e Telecom
Italia.[88]

Turismo[editar | editar código-fonte]


Roma, atualmente, é um dos destinos turísticos mais
importantes do mundo, devido à imensidão
incalculável de seus tesouros arqueológicos e
artísticos, bem como por suas tradições únicas, a
beleza de suas vistas panorâmicas e a majestade de
seus magníficos parques. Entre os recursos turísticos
mais importantes da cidade estão os seus muitos
museus, como os Museus Capitolinos, os Museus
Vaticanos e a Galleria Borghese e outros dedicados à
arte moderna e contemporânea, além de aquedutos,
fontes, igrejas, palácios, edifícios históricos,
monumentos e as ruínas do Fórum Romano e da
catacumba romana. Roma é a terceira cidade mais
visitada da União Europeia, depois de Londres e Paris
e recebe uma média de 7 a 10 milhões de turistas por
ano, número que, por vezes, dobra em anos
sagrados. O Coliseu (com 4 milhões de turistas) e os
Museus Vaticanos (com 4,2 milhões de turistas) são o
39º e 37º lugares mais visitados do mundo,
respectivamente.[89]
A cidade é um grande centro arqueológico e um dos
principais centros mundiais de pesquisa arqueológica.
Existem inúmeros institutos culturais e de pesquisa
localizadas na cidade, como a Academia Americana
em Roma[90] e o Instituto Sueco em Roma.[91] A
cidade possui vários sítios arqueológicos, como o
Fórum Romano, o Mercado de Trajano, o Fórum de
Trajano,[92] o Coliseu e o Panteão. O Coliseu, sem
dúvida um dos sítios arqueológicos mais
emblemáticos de Roma e é considerado como uma
das maravilhas do mundo.[93][94]
A capital italiana contém uma coleção vasta e
impressionante de arte, esculturas, fontes, mosaicos,
afrescos e pinturas de vários períodos históricos
diferentes. A cidade tornou-se pela primeira vez um
grande centro artístico durante a Roma Antiga, com
formas de arte romana importantes como arquitetura,
pintura, escultura e trabalho em mosaico.[95] Roma
tornou-se mais tarde um grande centro de arte do
Renascimento, uma vez que os papas investiram
grandes somas de dinheiro na construção de
grandiosas basílicas, palácios, praças e edifícios
públicos em geral. Roma tornou-se um dos principais
centros europeus de arte renascentista, perdendo
apenas para Florença e capaz de se comparar a
outras grandes cidades e centros culturais, como
Paris e Veneza. A cidade foi muito afetado pelo estilo
barroco e Roma se tornou o lar de numerosos artistas
e arquitetos, como Bernini, Caravaggio, Carracci,
Borromini e Cortona, entre outros.[96] No final do
século XVIII e início do século XIX, a cidade foi um
dos centros do Grand Tour,[97] quando ingleses jovens
e ricos, além de outros aristocratas europeus,
visitaram a cidade para conhecer a antiga cultura,
arte, filosofia e arquitetura romana. Roma foi a casa
de um grande número de artistas neoclássicos e
rococó, como Pannini e Bernardo Bellotto. Hoje, a
cidade é um importante centro artístico, com vários
institutos de arte e museus.[98]
Roma também é amplamente reconhecida como uma
das capitais mundiais da moda. Apesar de não ser tão
importante como Milão, Roma é o quarto centro de
moda mais importante do mundo, de acordo com o
Global Language Monitor de 2009, após Milão, Nova
York e Paris, acima de Londres.[99] As principais
casas de moda de luxo e redes de joalherias, como
Bulgari, Fendi, Laura Biagiotti e Brioni, estão sediadas
ou foram fundadas na cidade. Além disso, outras
marcas grandes, como Chanel, Prada, Dolce &
Gabbana, Armani e Versace tem boutiques de luxo na
cidade, principalmente ao longo da famosa Via
Condotti.[100]

Infraestrutura[editar | editar código-fonte]

Transportes[editar | editar código-fonte]

Roma é circundada por uma auto-estrada circular de


cerca de 60 km de perímetro, designada de Grande
Raccordo Anulare (grande cordão circular), que
intersecta todas as estradas consulares que datam da
Roma Antiga, como a Via Salária, a Nomentana, a
Flamínia, Cássia, Aurélia, Portuense, Ápia, Tuscolana,
etc. — todas elas partindo do Capitólio e ligando
Roma a todo o antigo Império. O ponto de partida, o
quilómetro 0 físico, designava-se o miliarium, a coluna
outrora dourada e colocada no Fórum, agora de
mármore e colocada acima da Cordonata, a escadaria
do Capitólio.[101]
No transporte aéreo, Roma é servida por três
aeroportos: Leonardo da Vinci, civil, situado entre
Roma e Fiumicino; Giovan Battista Pastine, ao longo
da Via Ápia e da vila de Ciampino, civil low-cost e
militar, e o aeroporto da Urbe, a 6 km do centro, ao
longo da Via Salária, que atualmente se encontra
fechado à aviação civil.[102]
O coração da cidade é servido por uma rede de
metropolitanos, a Metropolitana di Roma. A
construção do primeiro ramo teve lugar na década de
1930 e estava planeada para ligar rapidamente a
estação de comboios (Termini) com a então recente
área nos subúrbios a sul, a E42, onde se planeava dar
lugar à Exposição Universal de 1942, que nunca
chegou a ser realizada por causa da Segunda Guerra
Mundial. A área foi então parcialmente redesenhada e
renomeada para EUR durante a década de 1950 para
servir como um quarteirão moderno dedicado a
escritórios. A linha seria finalmente inaugurada em
1955 e é atualmente parte da Linha B. A linha A foi
inaugurada em 1980 entre as estações de Ottaviano e
Anagnina, e mais tarde expandida em etapas
(1999-2000) até Battistini. Durante a década de 1990
foi inaugurada uma extensão à Linha B de Termini a
Rebibbia e encontra-se em construção uma
ramificação da mesma.[103][104]
Os achados arqueológicos da Cidade Eterna atrasam,
naturalmente, os trabalhos e escavações. A rede
subterrânea, relativamente reduzida, é geralmente
bastante prática, embora se torne muito
congestionada nas horas de ponta e durante eventos,
especialmente a Linha A. Em 2005 a total extensão
era de 38 km. As duas linhas existentes intersectam-
se na Estação Termini, a principal estação de
comboios em Roma, que é também a maior estação
em toda a Europa, em baixo da qual (e em redor)
existe um centro comercial conhecido como o Forum
Termini com mais de 100 lojas de variados sectores.
Outras estações: Tiburtina, a segunda maior,
atualmente em remodelação e expansão para se
tornar o principal entroncamento de comboios de alta
velocidade na cidade, Ostiense, Trastevere,
Tuscolana, San Pietro, Casilina e Torricola.[105]
Embora a cidade tenha seu próprio bairro no Mar
Mediterrâneo (Lido di Ostia) este tem apenas uma
marina e um pequeno porto-canal para barcos de
pesca. O principal porto que serve Roma é o porto de
Civitavecchia, localizado a cerca de 62 km a noroeste
da cidade.[106]
Roma dispõe também de um flexível sistema de
autocarros. O bilhete único, de duração de 75 minutos
(em 2005), permite aos utentes viajar por toda a
cidade utilizando qualquer companhia e qualquer meio
de transporte. Entretanto, devido ao
congestionamento crónico verificado durante as
décadas de 1970 e 1980, o centro histórico de Roma
condiciona o tráfego numa zona designada de ZTL,
Zona de Tráfego Limitada: apenas se pode circular
com a viatura dentro da ZTL em horários específicos.
[107][108]

Educação[editar | editar código-fonte]


Roma é um importante centro internacional de ensino
superior em todo o país, contendo inúmeras
academias, faculdades e universidades. A cidade
sempre foi um importante centro intelectual e
educacional em todo o mundo, especialmente durante
a Roma Antiga e o Renascimento, além de
Florença.[109] De acordo com o City Brands Index,
Roma é considerada a segunda cidade mais histórica,
educacional e culturalmente interessante e bonita do
mundo.[110]
Roma tem muitas universidades e faculdades. Sua
primeira universidade, La Sapienza (fundada em
1303), é uma das maiores do mundo, com mais de
140 000 estudantes; em 2005, foi classificada como a
33ª melhor universidade da Europa[111] e em 2013 a
Universidade Sapienza de Roma foi classificada como
a 62ª no mundo e a melhor na Itália no World
University Rankings[112] e foi classificada entre as 50
faculdades da Europa e as 150 melhores do
mundo.[113] Para diminuir a superlotação da La
Sapienza, duas novas universidades públicas foram
fundadas nas últimas décadas: Tor Vergata em 1982 e
Roma Tre em 1992. Roma também abriga a Escola de
Governo LUISS, a mais importante universidade de
pós-graduação da Itália em as áreas de assuntos
internacionais e estudos europeus.[114]
Roma contém muitas universidades pontifícias e
outros institutos, incluindo a Escola Britânica de
Roma, a Academia da França em Roma, a Pontifícia
Universidade Gregoriana (a mais antiga universidade
jesuíta do mundo, fundada em 1551), o Istituto
Europeo di Design, a Escola Lorenzo de Médici, o
Campus de Malta e a Universidade Campus
Biomédico. Roma também é o local de duas
universidades americanas; a Universidade Americana
de Roma[115] e a Universidade John Cabot, bem como
o campus da Universidade de São João, o John Felice
Rome Center, o campus da Universidade Loyola
Chicago e a Temple University Rome, o campus da
Universidade Temple.[116] As Faculdades Romanas
são vários seminários para estudantes de países
estrangeiros que estudam para o sacerdócio nas
universidades pontifícias.[117]
As principais bibliotecas de Roma incluem: a
Biblioteca Angelica, aberta em 1604, o que a torna a
primeira biblioteca pública da Itália; a Biblioteca
Vallicelliana, criada em 1565; a Biblioteca
Casanatense, aberta em 1701; a Biblioteca Central
Nacional, uma das duas bibliotecas nacionais da Itália,
que contém 4 126 002 volumes; a Biblioteca do
Ministro dos Negócios Affari Esteri, especializada em
diplomacia, relações exteriores e história moderna; a
Biblioteca do Instituto da Enciclopédia Italiana; a
Biblioteca Dom Bosco, uma das maiores e mais
modernas de todas as bibliotecas salesianas; a
Biblioteca e Museu Teatrale del Burcardo, uma
biblioteca-museu especializada em história do drama
e teatro; a Biblioteca da Sociedade Geográfica
Italiana, localizada na Villa Celimontana, a biblioteca
geográfica mais importante da Itália e uma das mais
importantes da Europa;[118] e a Biblioteca do Vaticano,
uma das bibliotecas mais antigas e importantes do
mundo, que foi formalmente estabelecida em 1475,
embora na verdade seja muito mais antiga e possua
75 000 códices, além de 1,1 milhão de livros
impressos, incluindo 8 500 incunábulos. Existem
também muitas bibliotecas especializadas ligadas a
vários institutos culturais estrangeiros em Roma, entre
elas a da Academia Americana de Roma, da
Academia Francesa de Roma e da Bibliotheca
Hertziana - Instituto de História da Arte Max Planck,
uma biblioteca alemã, frequentemente reconhecida
por excelência nas artes e ciências.[119]

Cultura[editar | editar código-fonte]

Centro Histórico de Roma, Propriedades da


Santa Sé e Basílica de São Paulo
Extramuros *

Património Mundial da UNESCO


País Itália

Critérios i, ii, iii, iv, vi

Referência 91 en fr es

Histórico de inscrição

Inscrição 1980 (4.ª sessão)

* Nome como inscrito na lista do Património Mundial.


Roma, com a sua imensa bagagem cultural, é um dos
grandes polos de atração turística internacional. Mas
não somente do passado vive a Cidade Eterna. É,
ainda, um grande centro de referência que se estende
da moda à culinária.[120]
Em certos períodos do ano, são realizados grandes
festivais que atraem milhares de pessoas,
principalmente jovens. Destacam-se: Festival da
Europa de Roma,[a] Festival Romics,[b] Festival de
Jazz de Roma,[c] Verões Romanos,[d] Festival de
Literatura,[e] e Noites Brancas.[f]
Devido à sua história milenar, são associados vários
símbolos a Roma: o Coliseu, a Lupa Capitolina, os
símbolos do cristianismo, e o famoso acrónimo
S.P.Q.R., utilizado durante a expansão imperial para
designar as terras como sendo d' O Senado e (d)o
Povo Romano. As cores da cidade são o dourado e
vermelho, representando, respectivamente, o
cristianismo e o Império Romano. Feriados
municipais: 21 de Abril, a fundação (aniversário) da
cidade, e 29 de Junho, festa dos padroeiros da
cidade.

Arquitetura[editar | editar código-fonte]

Roma está repleta de remanescências do seu


passado milenar. No decurso da sua História de mais
de dois mil anos, Roma acumulou inúmeros e notáveis
tesouros de arte e um património arqueológico sem
igual no resto do mundo. Esta característica desta
cidade pode ser separada em duas componentes
histórica e culturalmente distintas: a Roma Antiga, ou
também denominada Clássica, e a Roma Papal.[121]
Foi esta abundância de vestígios históricos que
permitiu aos analistas reconstruir a história, costumes
e algumas preocupações dos habitantes e
governantes de Roma. Durante o período régio,
nomeadamente no século VI a.C., período de grande
prosperidade para a cidade sob influência etrusca,
realizaram-se importantes obras públicas: o Templo de
Júpiter no Capitólio,[122] o santuário arcaico da área
de San Omobono, e a construção da Cloaca Massima
(um dos primeiros sistemas de esgotos alguma vez
construídos)[123] que iria permitir a bonificação da
área do Fórum Romano e a sua primeira
pavimentação.
Durante a Invasão Gálica (390 a.C.) é construída uma
grande cinta muralhada, algumas partes da qual
conservam-se ainda em alguns troços, conhecida
erroneamente como Muralha Serviana.[124] A cidade
seria rapidamente reconstruída, e foi à tamanha
rapidez que os históricos romanos atribuíram o
aspecto urbanístico desorganizado da cidade; com
efeito, tal deveu-se possivelmente ao seu contínuo
crescimento, não previsto nem planeado previamente,
com edifícios e estradas simplesmente adaptados à
geografia do terreno. Na idade Republicana, assiste-
se à fundação de vários edifícios públicos e templos,
sobretudo na área do Fórum Romano, cujas
referências aparecem nas suas fases sucessivas.
Criam-se as primeiras estradas consulares e as suas
pontes sobre o rio Tibre, bem como os primeiros
aquedutos.
Seria apenas a partir do século II a.C. que se assistiria
às primeiras transformações monumentais, inseridas
num plano urbanístico coerente (por exemplo, os
templos republicanos da área sacra do Largo di Torre
Argentina), construídos separadamente e unificados
através de um grande pórtico. Nasceram tipos
arquitectónicos como a basílica civil e o Arco do
Triunfo. Pela primeira vez foi aplicada a técnica
edificadora do cementizio, um material característico
das construções da Roma Antiga, que dotou a
arquitectura romana com um desenvolvimento
particular e original, e que iniciou a importação de
mármore e sua utilização como ornamento nos
edifícios. O primeiro templo inteiramente em mármore
foi o templo redondo do Fórum Boário. Os autores
destas obras, que entretanto ganharam prestígio,
iniciaram projetos urbanístico cada vez mais
ambiciosos, a partir dos grandes pórticos da zona do
Circo Flamínio ao Tabulário de Sula, que se estende
do Fórum Romano ao Capitólio, bem como o restauro
ao templo capitolino. Pompeu deixa-nos o seu legado
na cidade com a construção de um grande Teatro.
Júlio César cria também uma nova praça com o seu
nome, o Fórum de César, ao mesmo tempo que se dá
o restauro da Cúria, sede do senado romano.
No entanto, o maior desenvolvimento urbanístico deu-
se na época Imperial. Com Augusto, a cidade é
dividida em 14 regiões. Completam-se as
intervenções de César e iniciam-se novos grandes
projetos urbanísticos ao lado da praça do Fórum
Romano, como a construção da Basílica Júlia e a
remodelação da basílica Emília. Augusto, com a ajuda
indispensável de Agripa, seu amigo e conselheiro,
ocupar-se-ia da sistematização do Campo de Marte,
que já vinha sido enriquecida de edifícios públicos e
monumentos. Na zona periférica da cidade, é
construído o seu mausoléu, e é erigido um grande
relógio solar que usa um obelisco como gnômon e o
Altar da Paz (Ara Pacis). Na área do Circo Flamínio
surge o Teatro dedicado a Marcelo e, mais
lentamente, o Templo de Apolo Sosiano.
O processo de monumentalização da cidade
prosseguiu com os sucessores de Augusto. Em 64
d.C., durante o reinado de Nero, um grande incêndio
quase destrói a cidade inteira. Para favorecer uma
reconstrução ordenada e corrigir as condições que
favoreceram o alastrar do incêndio foi criado um novo
plano regulamentar, colocado em prática apenas
parcialmente. Nero construirá, assim, a sua Casa
Dourada e ocupará os espaços compreendidos entre
os montes Célio, Esquilino e Palatino com uma
enorme villa.
Após a morte de Nero, os imperadores Flavianos
restituíram para uso público parte dos espaços
ocupados para a sua residência, construindo as
Termas de Tito na colina de Ópio e o Coliseu. Ainda
durante esta dinastia, são erigidos o Arco de Tito, o
Templo da Paz, o Fórum de Nerva e o Palácio imperial
no Palatino ("Casa Flávia" e "Casa Augustana" e o
Estádio Palatino), além do estádio de Domiciano, a
atual Praça Navona, e o Odeão de Domiciano.
Com Trajano completa-se a série de fóruns imperiais
com a grande praça do Fórum de Trajano e a célebre
coluna e o complexo contíguo de mercados. Além
disso, surgem as termas na colina Ópio. Deve-se a
Adriano a construção do Panteão com o seu aspecto
atual e a construção de um mausoléu, transformado
entretanto no atual Castelo de Santo Ângelo, embora
a actividade edificadora diminuísse. Assiste-se ainda à
construção do Templo de Adriano, inserido num
palácio papal posterior que hoje serve de sede da
Borsa di Roma,[125] o Templo de Antonino e Faustina,
no Fórum Romano e a coluna Antonina, dedicada a
Marco Aurélio. Durante a dinastia dos Severos são
alçados o Arco de Septímio Severo e as termas de
Caracala.
No decurso do século III, em que os imperadores
passavam pouco tempo na cidade, a actividade
edificadora quase pára por completo. É, no entanto,
neste período que é erigida a Muralha Aureliana,
atribuída ao imperador Aureliano, a partir de 272:
alguns séculos depois teme-se novamente pela
segurança da cidade. As muralhas seriam
sucessivamente reforçadas até adquirirem o aspecto
monumental atual.
Com a Tetrarquia, retoma-se a actividade edificadora
com a construção das termas de Diocleciano, da
Basílica de Constantino e da grande vila de Magêncio,
na Via Ápia, e do Arco de Constantino. A partir de
Constantino I dá-se início à construção das primeiras
grandes igrejas cristãs: as basílicas de São João de
Latrão e de Santa Cruz de Jerusalém, e as basílicas
cemiteriais nas tumbas dos mártires contíguas ao
mausoléu da família imperial e, ainda durante os anos
sucessivos, Santa Maria Maior e São Paulo Fora de
Muros. Nos finais do século continuou-se, todavia, a
restaurar os edifícios públicos e templos pagãos. O
poder temporal do Papado iria interferir,
posteriormente, no território citadino e nas igrejas. São
também incontáveis os vestígios arquitectónicos na
periferia da cidade.

Esportes[editar | editar código-fonte]

No que diz respeito ao desporto e infraestruturas,


Roma dispõe do Estádio Olímpico, do Estádio
Flaminio e da Lottomatica, um complexo desportivo da
década de 1950.
No futebol, Roma é a cidade do Associazione Sportiva
Roma (AS Roma), a Società Sportiva Lazio (SS
Lazio), ambos na Serie A, a primeira divisão do
campeonato italiano, e ainda a Associazione Sportiva
Cisco Roma e a equipa feminina S.S. Lazio Calcio.
No ciclismo, esta cidade já foi meta de prova no Giro
d'Italia, em 1989 (27 de Maio), 7ª etapa, vencida pelo
suíço Urs Freuler, e em 2000 (13 de Maio), na prova
de contra-relógio, vencida pelo checo Jan Hruška. O
Giro del Lazio é uma corrida de ciclismo de um dia,
considerada clássica do ciclismo italiano, que é
disputada nos arredores de Roma no início de
agosto.[126]
Roma ainda se faz representar em provas de
basquete (Virtus Pallacanestro Roma), andebol (S.S.
Lazio), polo aquático (A.S. Roma e S.S. Lazio),
voleibol (Virtus Roma, Linea Medica Siram Roma) e
râguebi (Rugby Roma e S.S. Lazio).
A cidade já foi anfitriã dos Jogos Olímpicos de 1960 e
foi candidata ao Jogos Olímpicos de 2016, porém
retirou a candidatura.[127]

Notas

1. ↑ Encontro anual de arte moderna e teatro, música e


dança, com artistas de toda a Europa
2. ↑ Festival de banda desenhada com exibições, curtas-
metragens de designers e editoras.
3. ↑ Festival de música jazz realizado desde 1876, com
artistas italianos e internacionais.
4. ↑ Vários eventos desde música a teatro, encontros de
literatura e cinema.
5. ↑ Leituras de trabalhos de escritores contemporâneos
famosos, acompanhados de música, no recinto da
Basilica di Massenzio.
6. ↑ Acontece em setembro com uma série de eventos,
como concertos, actuações com entrada livre,
exposições livres de igrejas, monumentos ao público,
museus e lojas, alguns durante a noite. Programação
Arquivado em 4 de agosto de 2004, no Wayback
Machine..

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85-15-01750-4. Embora Faus critique profundamente o
poder temporal dos papas ("Mais uma vez isso
salienta um dos maiores inconvenientes do status
político dos sucessores de Pedro" – pág.: 64), ele
também admite um papel secular positivo por parte
dos papas ("Não podemos negar que intervenções
papais desse gênero evitaram mais de uma guerra na
Europa" – pág.: 65).
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Bibliografia[editar | editar código-fonte]

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